32 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>92</strong> | Out | 2009 |expansão desta prática foramreduzidos. Porém, mesmo nacrise, este segmento apresentoucrescimento, lógico que em menorescala, pois a terceirizaçãologística em algumas ativi<strong>da</strong>desgera diversos benefícios.Perez espera que com aestabilização do mercado, devidoà melhora na crise econômicamundial, os índices de crescimentodeste setor voltem a se estabilizar.“As expectativas para2010 e os próximos anos são degrandes avanços em escala e emcrescimento de parcerias comesta finali<strong>da</strong>de”, complementa.Já Marcos Henrique de SousaMesquita, diretor <strong>da</strong> K-Way Brasil(Fone: 21 3325.6125), destacaque, por ser uma prestação deserviços que influenciadiretamente no custo final, osclientes (comércio/indústria) têmaumentado sua atenção e grau deimportância para a segurança,quali<strong>da</strong>de, gestão e produtivi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> logística in-house. “Sendoassim, temos notado um aumentosignificativo <strong>da</strong> procura dosserviços dessa natureza. Assim,concluímos que o segmentocresce na razão inversa <strong>da</strong> criseeconômica.”Carla Jorge Butori, gerentede marketing <strong>da</strong> Santa RitaLogistic (Fone: 11 4141.7000),também aponta crescimento <strong>da</strong>logística in-house, porém deforma um pouco lenta. “Podemosafirmar, segundo pesquisas,que ain<strong>da</strong> falta aceitação paraeste serviço. Com a crise, asempresas precisam se focar noseu core business e terceirizar alogística para um operadorcapacitado com credibili<strong>da</strong>de nomercado. A terceirização geraredução de custos e faz com queo fluxo <strong>da</strong> sua mercadoria sejafeito <strong>da</strong> maneira correta, o que éum ponto positivo devido àconcorrência acirra<strong>da</strong> dos diasde hoje”, avalia Carla.Por sua vez, a Tito GlobalTrade Services (Fone: 112102.9300), como uma empresade logística internacional, confirmaque o comércio mundial teveseus volumes reduzidos emfunção <strong>da</strong> crise financeira.“Tal circunstância obviamenteimpactou o segmento deserviços <strong>da</strong> área. As saí<strong>da</strong>s dosetor devem prioritariamenteincluir soluções de custos aosBermúdez, <strong>da</strong> Tito: “assaí<strong>da</strong>s do setor devemprioritariamente incluirsoluções de custos aosprocessos de comérciointernacional”processos de comércio internacional”,<strong>completa</strong> HermetoBermúdez, CEO <strong>da</strong> empresa.TendênciasE as tendências no setor,como estão?Segundo Perez, <strong>da</strong> KeepersLogística, as tendências podemser dividi<strong>da</strong>s em duas principaisvertentes: econômica e de expansão.“Na vertente econômica,espera-se um crescimento nofluxo de operações já existentes,aumentando, assim, os ganhosem escala. Já para a expansão,espera-se a realização de novasparcerias com empresas queestão aptas e motiva<strong>da</strong>s amelhorar”, explica.Cortez, <strong>da</strong> CSI Cargo, faz suaanálise sempre com base nosetor automotivo. Segundo ele,este segmento, sob a ótica dosOperadores Logísticos especializadosnas ativi<strong>da</strong>des internasde suporte à produção, ain<strong>da</strong>tem um enorme potencial paraser explorado. “Uma grandeparcela <strong>da</strong>s montadoras instala<strong>da</strong>sno país já faz uso destaparceria e dela extraem os maismodernos conceitos logísticos,resultando em plantas maiscompactas, com alta eficiênciaoperacional, permitindo níveisde serviço que as credenciam àprodução de modelos de classemundial, ou seja, produtos comreconheci<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de, tantopelo mercado interno quantopelo externo. Já entre asindústrias de autopeças, o índicede penetração – em função dogrande número de players – ébem inferior. Portanto, reitera-seaqui que há um ‘oceano de oportuni<strong>da</strong>des’para os OperadoresLogísticos que detêm know-howem Intralogística.”Para Mesquita, <strong>da</strong> K-WayBrasil, os clientes vêm procurandouma melhor quali<strong>da</strong>de doserviço, <strong>da</strong> gestão e dosresultados. “Acreditamos que osegmento de logística in-housesofrerá uma forte tendência àprofissionalização e cobrança deníveis de produtivi<strong>da</strong>de altos.Assim, apostamos numalogística foca<strong>da</strong> na segurança,transparência, na gestão e naprodutivi<strong>da</strong>de, sempre commuita tecnologia”, atesta.Carla, <strong>da</strong> Santa Rita Logistic,também acredita que astendências são de as empresasca<strong>da</strong> vez mais aderirem aoprocesso, pois com a forteconcorrência, elas são obriga<strong>da</strong>sa se focarem mais em seu corebusiness e estratégias deven<strong>da</strong>s para conseguirem semanter no mercado. E alogística, sendo a área fun<strong>da</strong>mentalde uma empresa, porfazer o fluxo <strong>da</strong> sua mercadoriadesde a matéria-prima até o seuponto final, toma um papelmuito importante no processo.“Pois se esse caminho nãoestiver correto, você pode perderpontos consideráveis do seuNum cenário de crise, apreocupação com alogística é fun<strong>da</strong>mentalpara qualquer empresa quequeira buscar diferenciaçãoVantine: a logística in-houseestá intimamente liga<strong>da</strong> àsoperações inbound eoutbound, que exigem altaperformance e eficácianegócio e, por isso, o melhor aser feito é deixar a sua logísticacom quem realmente entende doassunto e tratar do seu produto<strong>da</strong> melhor maneira possível, combons profissionais e pontos estratégicospara sua armazenagem.Assim, obtendo um feedback deagili<strong>da</strong>de”, diz ela.Derouin, <strong>da</strong> ID LogisticsBrasil, aponta como tendênciasna área de logística in-house aexigência de mais expertise,aporte tecnológico e valoragregado ao operador; e oaumento e a verticalização dosserviços terceirizados.Parceria vantajosaPelo que se falou até omomento, quais seriam, então,os benefícios <strong>da</strong> logística inhouse?Um deles, de acordo comPrado, <strong>da</strong> Atlas, é o aprimoramento<strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> cadeia desuprimentos, o que se reflete naobtenção de melhores resultadose eficiência operacional,reduzindo custos e aumentandoa competitivi<strong>da</strong>de. “A escolha <strong>da</strong>mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de in-house é indica<strong>da</strong>para empresas que já possuemuma estrutura física adequa<strong>da</strong> enecessitam de desenvolvimentotecnológico na sua operação ouque possuem processos internosintegrados, cuja localização <strong>da</strong>operação logística influidiretamente no nível dosserviços prestados”, avalia.O gerente comercial e de
| edição nº<strong>92</strong> | Out | 2009 | <strong>Logweb</strong>33marketing <strong>da</strong> CSI Cargo diz que aadoção de um parceiro logísticonas ativi<strong>da</strong>des internas temmuito a contribuir, desde que nãose confun<strong>da</strong> este processo deterceirização apenas como uma“transição do empregador demão de obra”, ou seja, terapenas “colaboradores externostrabalhando internamente”,relegando ao Operador Logísticoapenas a execução de ativi<strong>da</strong>desque, como premissa básica,deveriam sofrer <strong>completa</strong>sreformulações. “É como se,insatisfeitos com um carro, otrocássemos por um mesmomodelo, alterando apenas suacor”, <strong>completa</strong> Cortez.Já de acordo com Perez, <strong>da</strong>Keepers Logística, algum dosprincipais benefícios destaativi<strong>da</strong>de vem diretamente aoencontro <strong>da</strong>s principaisnecessi<strong>da</strong>des dos consumidoresdeste tipo de serviços. Aumentode capaci<strong>da</strong>de operacional einstala<strong>da</strong>, ganhos em agili<strong>da</strong>de,veloci<strong>da</strong>de, quali<strong>da</strong>de e, ain<strong>da</strong>,redução de custos operacionais.“O importante é deixar evidenciadoque a logística, seja in ouout-house, propicia vantagemcompetitiva sustentável e fun<strong>da</strong>mentalao parceiro, o que é umfator determinante no amplo ecomplexo mercado competitivoque os mais diversos setoresmercadológicos atuam hoje.”Por seu lado, Mesquita, <strong>da</strong>K-Way Brasil, destaca que oprincipal benefício é liberar ocliente para focar seus recursose esforços no seu negócioobjetivo, podendo cobrar doprestador de serviço de logísticain-house índices de segurança eprodutivi<strong>da</strong>de bem acima dosalcançados, na média demercado, por aqueles queoperam sua própria logística.“Dentre as várias vantagens,destaco a proximi<strong>da</strong>de com oprestador e seus serviços e apossibili<strong>da</strong>de de otimização dosprocessos e integrações desistemas”, <strong>completa</strong> Bermúdez,<strong>da</strong> Tito.Para <strong>da</strong>r tudo certoMas, como em to<strong>da</strong>s asativi<strong>da</strong>des, sempre se devetomar cui<strong>da</strong>dos especiais eenfrentar possíveis problemas.Isto também ocorre com alogística terceiriza<strong>da</strong>. “O maiorrisco em um processo deoutsourcing está no desenvolvimentode um projeto que nãoaten<strong>da</strong> às especificaçõestécnicas, normas e procedimentosexigidos ou contratar umaempresa que não possuaalinhamento técnico,operacional, de gestão ou derelacionamento com a contratante”,diz Prado, <strong>da</strong> Atlas. Paraminimizar esse risco, o profissionalaconselha a contratante amunir o OL com to<strong>da</strong>s asinformações necessárias para odesenvolvimento do respectivoprojeto e analisar profun<strong>da</strong>menteo perfil, histórico e nível decomprometimento do seu futuroparceiro.Mais ou menos por estecaminho vão as consideraçõesde Derouin, <strong>da</strong> ID LogisticsBrasil. É importante definirclaramente o papel e asresponsabili<strong>da</strong>des de ambas aspartes (cliente/operador): riscosde ingerência na operação porparte do cliente; verificaraderência de cultura deempresas e alinhar políticas degestão de pessoas, devido àproximi<strong>da</strong>de entre colaboradoresdo cliente e do operador. Elechama a atenção para o risco denão se aproveitar totalmente odiferencial e o aporte dooperador em caso de restriçõesfortes coloca<strong>da</strong>s pelo cliente e obaixo grau de autonomia dooperador para otimizar (layout,fluxos, processos, sistemas etc.).Para Perez, <strong>da</strong> KeepersLogística, é importante deixarclaro que a má escolha dooperador logístico pode causar<strong>da</strong>nos complexos, mas quepodem acontecer nos maisvariados segmentos de