34 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>92</strong> | Out | 2009 |terceirização. Ele considera que,com a má gestão destes tipos deserviços, podem ocorrerproblemas técnicos, como trocade produtos, envio a destinostrocados, quebras, per<strong>da</strong>s eembalagem inadequa<strong>da</strong>, entreoutros. Também são comuns osproblemas estratégicos,causados por divergênciasculturais, econômicas ou deordem de importância, que geramdiscussões e redução dos níveisde serviço, tanto no operadorterceiro quanto na empresacontratante. “Infelizmente sãocomuns os casos de empresasque procuram por serviços comcustos reduzidos, esquecendoque, ao invés de gerar vantagem,esse tipo de parceria acaba porgerar desvantagem”, expõe.O diretor de novos negóciosdiz que alguns cui<strong>da</strong>dos sãodeterminantes para estabelecerparcerias longas e, acima detudo, profissionais e produtivas,gerando bons resultados paraambos os envolvidos. “Deve-seconsultar de maneira efetiva se ooperador em questão temexperiência no mercado e noserviço que está oferecendo, sepossui boa imagem no mercado,se é uma empresa idônea e sepossui certificações comoANVISA, Vigilância Sanitária, ISOou certificações específicas deempresas de auditoria econsultorias”.Mesquita, <strong>da</strong> K-Way, apontaprimeiro os cui<strong>da</strong>dos: pontuar ositens críticos, utilizar equipamentosde quali<strong>da</strong>de e capacitar mãode obra. Já os problemas,segundo ele, envolvem misturarvários serviços terceirizados quedependem uns dos outros e estãoem conflito com a cultura dopróprio cliente.Para se obter uma logísticain-house com excelência nasoperações, de acordo com Carla,<strong>da</strong> Santa Rita Logistic, énecessário, antes de tudo, que ogalpão esteja localizado em umponto estratégico e ter umaestrutura que comporte to<strong>da</strong>s asoperações. Além disso, o clientedeve possuir uma excelenteadministração interna, poisestará trazendo uma outraempresa para o seu espaço, eesse período de transição podegerar estranhamentoorganizacional.Quanto mais cui<strong>da</strong>dos,menos problemasAo se operar com logística terceiriza<strong>da</strong>, é preciso tomaralguns cui<strong>da</strong>dos para evitar problemas. O consultorVantine aconselha:➥ fazer um “long list” <strong>da</strong>s empresas que possuemserviços que mais se aproximam <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des;➥ fazer uma RFI – Request for Information solicitandotodos os <strong>da</strong>dos e informações (incluindo do equilíbrioeconômico-financeiro);➥ eliminar as que não se enquadram, criando a “short list”;➥ elaborar a RFP – Request for Proposal <strong>completa</strong> edetalha<strong>da</strong>, porque to<strong>da</strong>s as propostas comerciaisdevem ser acompanha<strong>da</strong>s de proposta técnica;➥ montar matriz de decisão com a maior quanti<strong>da</strong>de deatributos possível, que deve ser preenchi<strong>da</strong> por nomínimo cinco profissionais <strong>da</strong> empresa contratante;➥ fazer visita técnica à empresa concorrente e nomínimo a um cliente assemelhado;➥ realizar workshop com as três concorrentes finalistaspara “defesa do projeto e proposta”;➥ antes de assinar contrato de prestação de serviços,assinar um “termo de confidenciali<strong>da</strong>de e intenções”para permitir o hiperdetalhamento dos serviços erefinamento <strong>da</strong> proposta e projeto;➥ detalhar com a empresa vencedora do “BID” o maiscompleto plano de implantação;➥ elaborar um contrato com conteúdo claro, métricassimples e eficientes e forma de cobrança e pagamentoque não deixem margem a dúvi<strong>da</strong>s.“Tudo isso minimiza os problemas (não elimina), mas éimportante destacar que a terceirização <strong>da</strong> LIH exige‘contrato de casamento’, e não ‘contrato de divórcio’.Agora, o que não pode em nenhuma hipótese (e isso temacontecido muito) é a compra desses serviços sem oscui<strong>da</strong>dos que listei, e o que é pior, através <strong>da</strong> área decompras emitindo uma ‘solicitação de orçamento’”,<strong>completa</strong> Vantine.Outro cui<strong>da</strong>do que deve sertomado, na opinião <strong>da</strong> profissional,é com a junção de culturas efilosofias <strong>da</strong>s empresas, casonão sejam as mesmas ou não dêum trabalho em conjunto, o quepode trazer sérios problemas paraos negócios. “Em resumo: para seobter uma boa terceirização énecessário muito estudo eplanejamento. Deve-se conhecero mercado, verificar a credibili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> empresa a ser contrata<strong>da</strong>,se ela supre as suas necessi<strong>da</strong>dese se enquadra-se com afilosofia <strong>da</strong> sua empresa para osucesso <strong>da</strong>s operações”, afirma.Complementando, o CEO <strong>da</strong>Tito diz que é imprescindível queas atribuições estejam muitobem detalha<strong>da</strong>s e mutuamenteacor<strong>da</strong><strong>da</strong>s. “Objetivos, metas eindicadores de desempenhodeverão estar bem esclarecidose periodicamente avaliados”,finaliza Bermúdez. ●NotíciasRápi<strong>da</strong>sG2KA atua comconhecimentoseletrônicosA G2KA Sistemas (Fone: 473321.7879) oferece, emparceria com a DoriaOnline,uma solução de gestão deconhecimentos eletrônicos,o G2KA CT-e. Além deproceder com todos osrequisitos fiscais doprocesso, a solução permitea integração com qualquersistema de TMS, de maneirasimples, eficaz e totalmentetransparente para osusuários. Utiliza recursoscomo webservices, SOA(Service-oriente<strong>da</strong>rchitecture), certificaçãodigital e criptografia.“O G2KA CT-e é um EDIintegrado aos sistemas degestão de transportes, e acomunicação entre ossistemas pode ser feitaatravés <strong>da</strong> interpretação dearquivos de texto, viawebservices ou banco de<strong>da</strong>dos”, explica MaiconKlug, diretor comercial <strong>da</strong>G2KA. De maneirasimplifica<strong>da</strong>, a emissão dosconhecimentos de transporteeletrônicos inicia quandoo G2KA CT-e recebe, dosistema TMS, as informaçõesdo Conhecimento.A solução converte os<strong>da</strong>dos recebidos para umarquivo de formato XML evali<strong>da</strong> o seu layout. A partirdisso, é gerado um lote comos <strong>da</strong>dos dos Conhecimentosde Transporte. Este loteé assinado com o certificadodigital – garantia devali<strong>da</strong>de – e enviado àSecretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>através de um webservice.Feito isso, o sistema efetuao controle do retorno dosCT-e ao TMS, faz a impressãodo DACTE (DocumentoAuxiliar do Conhecimentode Transporte Eletrônico) eenvia as informações aodestinatário.
| edição nº<strong>92</strong> | Out | 2009 | <strong>Logweb</strong>35