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REVISTA PORTUGUESA DE CIRURGIA CARDIO-TOR áCICA E VASCULARCIRURGIA CARDIO-TORÁCICAANGIOPLASTIA DO TRONCOCOMUM: RESULTADOSCLÍNICOS A MÉDIO E LONGOPR AZO DE UMA POPULAÇÃODE DOENTES DE ALTO RISCOMarta Ponte, Ricardo Fontes-Carvalho, Rita Faria, Bruno Melica,Pedro Braga, Aníbal Albuquerque, Luís Vouga, Vasco Gama RibeiroServiços de Cardiologia e de Cirurgia Cardio-Torácica do Centro Hospitalarde Vila Nova de Gaia/Espinho e Faculdade de Medicina da Universidade do PortoResumoIntrodução: A cirurgia de revascularização coronária (CABG) é a terapêutica de eleição na doença do tronco comum(TC). Contudo, nos últimos anos, a intervenção percutânea (ICP) tem vindo a mostrar bons resultados e a ser utilizada numnúmero crescente de doentes. Pretendemos avaliar os resultados clínicos, com seguimento a médio e longo prazo, dos doentesque realizaram ICP do TC num centro com cirurgia cardíaca.Métodos: Estudo retrospectivo de doentes consecutivos submetidos a ICP do TC, entre Janeiro de 2005 e Junho de2011. Foram considerados quatro grupos (G) de acordo com a indicação para ICP: G1 – doentes recusados para CABG (29,2%);G2 – ICP emergente (14,6%); G3 – ICP de TC protegido por bypass coronário (37,5%); e G4 – ICP do TC como estratégia derevascularização preferencial (18,8%). Seguimento clínico em Novembro de 2011 (100% doentes; mediana de 21 meses; intervalointerquartil de 10,0 - 43,5), com análise de eventos MACCE.Resultados: Foram tratados 96 doentes, maioritariamente do sexo masculino (69,8%) e com idade média de 69,4±10,5anos. A maioria dos doentes (69%) foi intervencionada em contexto de síndrome coronária aguda, com 14% em choque cardiogénico.Em 58% as estenoses envolviam o TC distal e em 60% foram usados stents revestidos. O EuroScore logístico médioera de 13,9±11,9%. Na análise por subgrupos, os G1, G2 e G3 tinham mais doença multivaso (96, 79 e 89%, respectivamente),em oposição ao G4 onde predominou a doença isolada do TC (58%).No seguimento, 7 doentes (7,3%) tiveram morte intra-hospitalar (todos eles em choque na admissão) e a taxa de mortalidadetotal no final do seguimento foi de 28,1% (morte de causa cardiovascular (CV) em 14,6%). A taxa de MACCE (morteCV, enfarte agudo do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral e re-intervenção) foi de 26% e a mortalidade ao 1.º ano foide 15,4%. Cinco doentes (5,6%) necessitaram de re-intervenção percutânea e apenas 1 doente (1,1%) foi submetido a CABG.Na análise de subgrupos verificou-se que a mortalidade total nos G1 e G2 (46,4% e 64,3%) foi significativamente superiorà dos G3 e G4 (11,1% e 5,6%, respectivamente), p