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Out - Dez - Spcctv.pt

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REVISTA PORTUGUESA DE CIRURGIA CARDIO-TOR áCICA E VASCULARFigura 2Endoscopia digestiva alta. Hemorragia em toalha.Face ao diagnóstico de FAES num doente que seapresentava estável do ponto de vista hemodinâmico, foiprogramado o tratamento cirúrgico para o dia seguinte.A intervenção cirúrgica durou cerca de 10 horas e decorreusem imprevistos, tendo o doente sido transfundido com400 mL de sangue recolhido no cell-saver, 1200 mL de concentradode eritrócitos e 680 mL de plasma. Do ponto devista técnico, o procedimento cirúrgico efectuado pode serdividido em três etapas:- Primeira etapa - revascularização pélvica e dosmembros inferiores através de um bypass axilo--bifemoral, utilizando prótese de politetrafluoroetileno(PTFE) com 8 mm de diâmetro;- Segunda etapa - remoção da prótese previamenteimplantada de dacron em posição aorto--aórtica e encerramento do coto aórtico;- Terceira etapa - tratamento da olesão duodenal.A primeira etapa teve por objectivo garantir a circulaçãopélvica e dos membros inferiores. Foi realizada no inícioda intervenção, e não no fim, para evitar o período de isquemiarelativamente prolongado que ocorreria na sequênciada remoção da prótese aórtica, seguida dos procedimentosnecessários ao encerramento do coto aórtico e ao tratamentoda lesão duodenal.A segunda etapa foi efectuada através de uma laparotomiaxifo-púbica. Após a libertação das aderências entreas ansas intestinais, foi laqueada a veia renal esquerda,isolada a aorta abdominal imediatamente acima das artériasrenais e isoladas ambas as artérias ilíacas comuns; emseguida, procedeu-se à clampagem da aorta supra-renal ede ambas as artérias ilíacas comuns; foi aberto longitudinalmenteo retroperitoneu sobre o processo inflamatório queenvolvia a prótese aórtica; foi identificada a prótese e umaperfuração do duodeno entre D3 e D4 com cerca de 3 cmde diâmetro (Fig. 3). A prótese aórtica foi removida na suatotalidade e o coto aórtico proximal encerrado através deuma laqueação simples com fio de seda e o remanescente,distal a esta laqueação, reforçado com uma sutura contínuade polipropileno (Fig. 4 e 5). Seguiu-se a remoção do clampFigura 3Figura 4Lesão duodenal relacionada com a FAES, após remoção daprótese aórtica.Imagem intra-operatória. Coto aórtico após laqueaçãosimples com fio de seda; em seguida, o segmentoremanescente e distal a esta laqueação foi reforçadoatravés da sutura de polipropileno.Volume XVIII - N.º 4239

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