47Tabela 10: Médias e confiabilidade dos resultados de Abrasão a Úmido.Nº de Soma Média Variância Desv. Confiab.amostrasPadrão1 8,0 166.400,0 20.800,0 32.182.857,1 5.673,0 30 - 40%2 8,0 128.000,0 16.000,0 81.920.000,0 9.051,0 10 - 20%3 7,0 160.000,0 22.857,1 25.356.190,5 5.035,5 40 - 50%4 8,0 69.800,0 8.725,0 34.285.000,0 5.855,3 10 - 20%5 8,0 64.000,0 9.142,9 18.529.523,8 4.304,6 20 - 30%6 8,0 81.600,0 11.657,1 27.916.190,5 5.283,6 20 - 30%7 8,0 35.200,0 5.028,6 21.699.047,6 4.658,2 10 - 20%No entanto, é possível chegar a algumas conclusões, comparando-se atendência dos resultados obtidos, mas que só poderão ser afirmadas com segurançacaso fossem realizadas mais réplicas destes experimentos. Pelos resultadosapresentados, é possível inferir que a nanossílica hidrofílica, na concentração de 2%(Experimento 3), seria a única configuração possível de apresentar melhoresresultados em relação à prova em branco, pois a sequência de valores sugere isso.No restante das concentrações, bem como na nanossílica hidrofóbica, os resultadostenderam a apresentar valores bem abaixo àqueles atribuídos à prova em branco.Também é possível notar que, em ambas as cargas na concentração de 4%, houvedesgaste muito precoce em relação à amostra de referência. Através da observaçãocom lupa de 60 vezes de aumento, verificou-se que os desgastes precocesocorridos aconteceram com uma mesma característica: rompimento do filme empequenos blocos. Infere-se, portanto, que não ocorreu um desgaste uniforme emtoda a superfície da amostra. Ocorreu sim uma remoção de pequenos blocosinteiros do acabamento (Figura 22). Este comportamento sugere que aqui,analogamente ao desempenho de alguns experimentos no ensaio de colagem, épossível que tenha ocorrido uma baixa interação da nanocarga com a matrizpolimérica, permitindo a formação de grumos concentrados de sílica. Estes, por setratarem de cargas minerais rígidas, não possuem capacidade de manterem-sesozinhos aderidos à base do laminado sintético, desprendendo-se com maiorfacilidade quando atritados no ensaio de abrasão. Este fato é mais claramentepercebido na avaliação da abrasão a úmido do que a seco porque, na presença deágua, esses aglomerados de nanossílica se sensibilizarão mais facilmente,facilitando a remoção do filme pelo desgaste do elemento abrasivo. Estasensibilização foi também percebida por Song, Zhang e Men (2007) nas suas
48avaliações dos filmes poliuretânicos carregados com nanossílicas. No referidoestudo, o desempenho da fricção com água mostrou-se bem abaixo do esperadopara todas as concentrações avaliadas, através da comparação com a prova embranco, sendo que tal desempenho é inversamente proporcional à concentração,isto é, há queda do mesmo à medida que a concentração cresce. Os pesquisadoressugerem que este comportamento pode ter ocorrido pela penetração da água namatriz polimérica por dois mecanismos distintos: a) a água é absorvida porcapilaridade através dos vazios formados nas interfaces entre a carga e a matriz;b) lenta difusão da água através dos vazios formados pelo próprio poliuretanoenovelado. Essa explicação também poderia justificar o comportamento dasamostras encontrado neste trabalho, haja vista a semelhança entre os resultados.Figura 22 <strong>–</strong> Corpo de prova com remoção de partes aglomeradas do filme na abrasão. Fonte:elaborado pelo autor.Uma avaliação com Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) foi realizadaem todos os experimentos, com uma réplica de cada, a fim de concluir ascaracterizações dos experimentos. Nesta avaliação, realizaram-se análises comampliações de 30, 200 e 5.000 vezes. O conjunto completo de todas estas imagensencontra-se no Anexo I.Nas imagens geradas a partir do MEV, não é possível identificar diferençassignificativas e claras entre as diferentes amostras, como se percebe nas seteimagens com aumento de 200 vezes (Figuras 23 a 29). Indiferentemente da