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cpi do narcotráfico - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ...

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D.O.E.; Po<strong>de</strong>r Legislativo, <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, 112 (117), sába<strong>do</strong>, 22 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2002 – SUPLEMENTO – 5rou com o bom andamento das investigações levadas aefeito por esta Comissão.Os fatos <strong>de</strong>monstram que a referida autarquia fe<strong>de</strong>raltratou <strong>de</strong> dificultar ao máximo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta CPI, aviltan<strong>do</strong>-lhe,inclusive, as prerrogativas constitucionais.4.3. A RECEITA FEDERAL E O COMBATE AO NAR-COTRÁFICO4.3.1. AS POTENCIALIDADES DO CONTROLE ADUA-NEIRO NO COMBATE AO CRIME ORGANIZADODentre as instituições analisadas por esta CPI com possibilida<strong>de</strong>ssub-utilizadas para uma estratégia eficiente <strong>de</strong>combate ao <strong>narcotráfico</strong> em <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, encontra-se comrelevo a Receita Fe<strong>de</strong>ral. Se levarmos em conta que, segun<strong>do</strong>a Organização Mundial da Aduanas, cerca <strong>de</strong> 60% dasdrogas apreendidas no mun<strong>do</strong> são apreendidas pelasaduanas, po<strong>de</strong>mos quantificar o potencial <strong>de</strong> combate ao<strong>narcotráfico</strong>, ao contraban<strong>do</strong> e ao <strong>de</strong>scaminho representa<strong>do</strong>pelo aparelhamento da Receita Fe<strong>de</strong>ral. De acor<strong>do</strong> coma CPI <strong>do</strong> Narcotráfico <strong>do</strong> Congresso Nacional, cerca <strong>de</strong> 120bilhões <strong>de</strong> dólares resultantes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s ilícitas noBrasil foram remeti<strong>do</strong>s ao exterior, nos últimos cinco anos.Várias ocorrências criminosas <strong>de</strong>monstram que essavulnerabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser utilizada pelo <strong>narcotráfico</strong> eoutras modalida<strong>de</strong>s criminosas. Um exemplo gritante foi aapreensão em Barcelona, Espanha, em 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2000,<strong>de</strong> uma carga <strong>de</strong> 119,8 kg <strong>de</strong> cocaína escondi<strong>do</strong>s em umcontêiner, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 17 das 2.400 caixas <strong>de</strong> um lote <strong>de</strong>aguar<strong>de</strong>nte, embarcada em navio saí<strong>do</strong> <strong>do</strong> Porto <strong>de</strong>Santos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar pelo Porto <strong>de</strong> La Luz y <strong>de</strong> LasPalmas, nas Ilhas Canárias. O <strong>do</strong>ssiê prepara<strong>do</strong> pela UNA-FISCO Sindical para a campanha ‘Chega <strong>de</strong> Contraban<strong>do</strong>’,<strong>de</strong> cujo lançamento o relator <strong>de</strong>sta CPI participou, no Rio<strong>de</strong> Janeiro, lança da<strong>do</strong>s importantes e relata outras ocorrências,a título <strong>de</strong> exemplos da fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> atual sistema<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> cargas e valores pela Aduana brasileira:* 05 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999 - “Contraban<strong>do</strong> custa ao paísUS$ 9,6 bilhões por ano e 1,5 milhão <strong>de</strong> empregos naindústria”, afirma matéria publicada em O Globo, sobre osefeitos sócio-econômicos <strong>do</strong> <strong>de</strong>scaminho no país. Entreoutros da<strong>do</strong>s, informa que US$ 20 bilhões foram importa<strong>do</strong>s<strong>de</strong> forma irregular em 1998, o que correspon<strong>de</strong>ria a34,6% das importações <strong>do</strong> país naquele perío<strong>do</strong>. O Brasilteria <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> arrecadar US$ 6 bilhões em tributos fe<strong>de</strong>raise US$ 3,6 bilhões em estaduais. A matéria revela aindaum aumento <strong>de</strong> 38,5% na apreensão <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>riasimportadas <strong>de</strong> forma fraudulenta em Santos nos primeirosmeses <strong>de</strong> 1999. Cita ainda o caso <strong>de</strong> 600 toneladas <strong>de</strong> eletro-eletrônicosapreendi<strong>do</strong>s em um <strong>de</strong>pósito em <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>,após entrar pelo Porto <strong>de</strong> Santos.* 17 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999 - “Verifica<strong>do</strong> contraban<strong>do</strong>em mais 21 contêineres”: matéria publicada no jornalTribuna <strong>de</strong> Santos registra apreensão <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong>ntre 25 contêineresreti<strong>do</strong>s em Miracatu e trazi<strong>do</strong>s a Santos para inspeção.Mais <strong>de</strong> 200 toneladas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias foramapreendidas, a maioria brinque<strong>do</strong>s, com falsa <strong>de</strong>claração<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> e sub-valoração aduaneira. A apreensão teveorigem em barreira montada na ro<strong>do</strong>via Regis Bittencourt.A merca<strong>do</strong>ria fora liberada em canal ver<strong>de</strong>, mecanismoque será explica<strong>do</strong> no item seguinte <strong>de</strong>ste capítulo.* 16 e 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2.000 - “Contraban<strong>do</strong> <strong>de</strong> armaspela fronteira é ‘livre’”. Numa extensa reportagem, o jornalO Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> afirma que, nos últimos cinco anos,apenas 1% das armas que entraram ilegalmente em territóriobrasileiro foram apreendidas. Numa das retrancas, amatéria informa que “fuzis não têm barreiras entre Miami eBrasil”.* 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2.000 - “De cada quatro importações,três não são inspecionadas”, afirma matéria publicada noJornal <strong>do</strong> Commercio <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, que <strong>de</strong>nuncia afragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo canal ver<strong>de</strong> - sistema <strong>de</strong> classificação<strong>de</strong> cargas pela Receita Fe<strong>de</strong>ral que, no Rio <strong>de</strong> Janeiro,já chegou a respon<strong>de</strong>r por 100% das liberações <strong>de</strong> cargas.* 20 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2.000 - “Armas para quem quiser” é otítulo <strong>de</strong> matéria publicada pelo jornal O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Paulo</strong>. “Revólveres, pistolas, submetralha<strong>do</strong>ras e até armaslongas po<strong>de</strong>m ser compra<strong>do</strong>s no Paraguai ou em Miami e<strong>de</strong>spacha<strong>do</strong>s para o Brasil, em troca <strong>de</strong> dólares, reais oucocaína”.* 31 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2.000 - “Porto <strong>de</strong> Santos, Viracopose Cumbica estão na mira da CPI”, afirma matéria publicadano site <strong>do</strong> Correio Popular, <strong>de</strong> Campinas. Trata das <strong>de</strong>núnciassobre a fragilida<strong>de</strong> das alfân<strong>de</strong>gas <strong>do</strong>s aeroportos <strong>de</strong>Viracopos e <strong>de</strong> Cumbica, que foram feitas pelo agente daReceita José Ricar<strong>do</strong> Alves Pinto, pelos <strong>de</strong>lega<strong>do</strong>s RobertoO<strong>do</strong>nes, Mario Ikeda e Francisco Basile e pelo Presi<strong>de</strong>nte<strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s Aeroviários, Uébio José da Silva, à CPI <strong>do</strong>Narcotráfico da Assembléia <strong>Legislativa</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>.O<strong>do</strong>nes informou que Viracopos não registra nenhumaapreensão <strong>de</strong> drogas ou armas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano passa<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong>recebeu mais <strong>de</strong> 185 toneladas <strong>de</strong> carga.* 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2.000 - “8a RF: Operações especiaisem Cumbica” é o título <strong>de</strong> matéria publicada noInforme-se, órgão <strong>de</strong> divulgação interna da Secretaria daReceita Fe<strong>de</strong>ral. Operações realizadas no AeroportoInternacional <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, no dia 20, resultaram naapreensão <strong>de</strong> 14 toneladas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias, estimadas emUS$ 7 milhões, trafegan<strong>do</strong> em vôos provenientes <strong>de</strong> Miamie em cargas que sairiam em trânsito aduaneiro.* 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2.000 - “8a RF: Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Paulo</strong> apreen<strong>de</strong> duas toneladas <strong>de</strong> brinque<strong>do</strong>s”, afirmaoutra matéria publicada no Informe-se, órgão <strong>de</strong> divulgaçãointerna da Secretaria da Receita Fe<strong>de</strong>ral. Registra aapreensão, naquela data, <strong>de</strong> carga proveniente <strong>do</strong> Paraguaicom duas toneladas <strong>de</strong> brinque<strong>do</strong>s semelhantes a revólveres,facilmente confundi<strong>do</strong>s com armas verda<strong>de</strong>iras, cujasembalagens não continham indicação <strong>de</strong> origem.* 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2.000 - “Receita apreen<strong>de</strong> 80 kg.<strong>de</strong> droga na Ponte da Amiza<strong>de</strong>”, anuncia matéria publicadano Informe-se, órgão <strong>de</strong> divulgação interna da Secretariada Receita Fe<strong>de</strong>ral. Refere-se à apreensão <strong>de</strong> 80 quilos <strong>de</strong>cocaína e maconha, apreendi<strong>do</strong>s naquele mês na Ponte daAmiza<strong>de</strong>, transporta<strong>do</strong>s por ônibus e táxis proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>Ciudad Del Este, no Paraguai.* 23 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2.000 - “Contraban<strong>do</strong>”, notapublicada no jornal O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, relata a apreensão<strong>de</strong> um contêiner com produtos contraban<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Miami, inclusive um carro da marca Porsche. O carregamento,avalia<strong>do</strong> em R$ 1,5 milhão, foi apreendi<strong>do</strong> no município<strong>de</strong> Taboão da Serra, na Gran<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>.4.3.2. A VULNERABILIDADE DO CANAL VERDE - OCASO DE SANTOSA CPI teve acesso ao Memoran<strong>do</strong>/DIDAD/11128/n. 71,<strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1999, dirigi<strong>do</strong> pelo inspetor Harol<strong>do</strong>da Costa Amorim, da Divisão <strong>de</strong> Despacho Aduaneiro daAlfân<strong>de</strong>ga <strong>do</strong> Porto <strong>de</strong> Santos, ao Superinten<strong>de</strong>nte daReceita Fe<strong>de</strong>ral em <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, Flávio Del Comuni, cujo teorrevela a fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> cargaspara liberação pelos agentes da Receita. Diz o memoran<strong>do</strong>em seus trechos principais:“Temos constata<strong>do</strong>, nos últimos meses, principalmenteapós a vigência da Instrução Normativa SRF n. 111/98, apartir <strong>de</strong> 1o. <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1998, que inúmeros <strong>de</strong>spachos<strong>de</strong> importação que <strong>de</strong>veriam ser parametriza<strong>do</strong>s no mínimopara o canal amarelo têm si<strong>do</strong> processa<strong>do</strong>s sistematicamenteno canal ver<strong>de</strong>... Por diversas ocasiões, tivemos aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alertar a COANA (Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>do</strong>Sistema Aduaneiro) sobre a fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> SISCOMEX,principalmente após a eliminação <strong>do</strong> evento da ‘recepção’,e sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> cometimento <strong>de</strong> inúmeras frau<strong>de</strong>sna importação, com o risco mínimo <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>tectadas.Lamentavelmente, nenhuma providência foi tomadapara a inserção <strong>de</strong> parâmetros que permitam uma seletivida<strong>de</strong>mínima no direcionamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>spachos para osquatro canais <strong>de</strong> parametrização.” (grifos <strong>do</strong> relator)O exemplo cita<strong>do</strong> no referi<strong>do</strong> memoran<strong>do</strong> para<strong>de</strong>monstrar cabalmente a total falta <strong>de</strong> seletivida<strong>de</strong> no SIS-COMEX para o direcionamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spachos para o canalver<strong>de</strong> é da<strong>do</strong> pela carga <strong>de</strong>clarada pela DI n. 99/0127417-6,<strong>de</strong>sembaraçada no Porto <strong>de</strong> Santos em 17 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>1.999. Diz o memoran<strong>do</strong>:“Vejamos, pois, o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> algumas das informações<strong>de</strong>claradas na referida DI:+ Peso líqui<strong>do</strong>: 8.195 kg+ Valor FOB: US $ 1,00 (R$ 1,88)+ Valor <strong>do</strong> Frete: R$ 1,88+ Valor Aduaneiro: R$ 3,78“Com relação à merca<strong>do</strong>ria <strong>de</strong>clarada, classificaçãoNCM 8524.99.00, <strong>de</strong>nominação ‘OUTS. SUPORTES P/GRAV. DE SOM/SEMELHS. GREVADOS, ETC.”, salta aosolhos seu irrisório valor FOB: apenas US$ 1,00 (um dólar<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s) para 8.195 kg <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria.“Po<strong>de</strong>ríamos citar muitos outros absur<strong>do</strong>s <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>sna DI, como, por exemplo, o número da fatura comercial(<strong>de</strong>clara<strong>do</strong> como “....”) ou o nome <strong>do</strong> navio (“NJNJNJ”),mas esses da<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser facilmente constata<strong>do</strong>s nascópias das telas em anexo.”“O QUE SE INDAGA AQUI, PRINCIPALMENTE, É:COMO É POSSÍVEL QUE UMA DI COM TANTOS ABSUR-DOS E, PRINCIPALMENTE, COM UM VALOR FOB RISÍVEL,SEJA PARAMETRIZADA EM CANAL VERDE?“Mas o que verda<strong>de</strong>iramente nos preocupa não é amencionada DI, já que, aparentemente, a merca<strong>do</strong>ria nela<strong>de</strong>clarada nem mesmo existe, já que não existe um navio<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> “NJNJNJ”. Quanto a esta, estamos toman<strong>do</strong>as providências necessárias à apuração <strong>do</strong> porquê <strong>de</strong> seuregistro. Seria apenas um teste para confirmar a fragilida<strong>de</strong><strong>do</strong> SISCOMEX, para se ter certeza <strong>de</strong> que frau<strong>de</strong>s verda<strong>de</strong>irase reais po<strong>de</strong>m ser cometidas impunemente? Seria apenaspara ridicularizar os controles da fiscalização aduaneira?Seria apenas uma DI registrada por engano? ... O querealmente importa é que o <strong>de</strong>sembaraço automático damerca<strong>do</strong>ria <strong>de</strong>clarada na mencionada DI apenas mostrou,<strong>de</strong> forma clara e irrefutável, o que há muito já se sabia. OSISCOMEX É DESPROVIDO DE PARÂMETROS CONFIÁVEISPARA O DIRECIONAMENTO DAS DI PARA OS DIVERSOSCANAIS DE PARAMETRIZAÇÃO. E, com o fim <strong>do</strong> evento da‘recepção’, MUITO POUCO PODE SER FEITO PELAFISCALIZAÇÃO ADUANEIRA PARA IMPEDIR AOCORRÊNCIA DE FRAUDES ALTAMENTE NOCIVAS À ECO-NOMIA NACIONAL.“Os problemas com a DI mencionada somente foram<strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s porque, nesta Alfân<strong>de</strong>ga, instituímos a sistemática<strong>de</strong> se fazer uma rápida análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s comprovantes<strong>de</strong> importação das <strong>de</strong>clarações <strong>do</strong> canal ver<strong>de</strong>, comvistas à <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s flagrantes. Ressalte-se,contu<strong>do</strong>, que, CASO SE CONCRETIZE A IDÉIA DAEMISSÃO DE COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO PELOPRÓPRIO IMPORTADOR, NEM MESMO ESSA ANÁLISESUPERFICIAL SERÁ MAIS POSSÍVEL. Em outras palavras,O DESPACHO DE IMPORTAÇÃO PASSARÁ A SER FEITOTOTALMENTE À REVELIA DA FISCALIZAÇÃO ADUANEIRA,já que o SISCOMEX, não obstante seus inúmeros e incontestáveisméritos, não logra, ainda, substituir a ação <strong>do</strong>Auditor Fiscal.” (grifos <strong>do</strong> relator)4.3.3. O SISTEMA DE CANAIS E A FRAGILIDADE DAFISCALIZAÇÃO ADUANEIRAA opinião expressa acima pelo Inspetor da Alfân<strong>de</strong>ga<strong>do</strong> Porto <strong>de</strong> Santos é corroborada pelo Sindicato Nacional<strong>do</strong>s Auditores Fiscais da Receita Fe<strong>de</strong>ral, através <strong>do</strong> OfícioPR 108/2000 encaminha<strong>do</strong> a esta CPI, ao comentar asInstruções Normativas SRF 106 e 111:“A Instrução Normativa SRF 106, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>1998, embora seja <strong>de</strong> aplicação eventual, trouxe ao controleaduaneiro uma permanente insegurança. Conforme essanorma, tanto na importação quanto na exportação, ASMERCADORIAS PODEM SER LIBERADAS SEM QUALQUERCONTROLE FISCAL. Por essa norma, os <strong>de</strong>positáriospo<strong>de</strong>m entregar as merca<strong>do</strong>rias importadas e o transporta<strong>do</strong>rinternacional po<strong>de</strong> embarcar para exportação sem queas mesmas tenham si<strong>do</strong> <strong>de</strong>sembaraçadas, bastan<strong>do</strong>, paratanto, uma <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> chefe da unida<strong>de</strong> regional.Qualquer eliminação <strong>de</strong> controles aduaneiros, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<strong>do</strong>s motivos, REPRESENTA UM RISCO INCAL-CULÁVEL À SOCIEDADE BRASILEIRA, não apenas em relaçãoà economia, mas também no que se refere à saú<strong>de</strong>pública, à segurança, à soberania nacional, etc., PODENDOCAUSAR DANOS IRREPARÁVEIS AO PAÍS. Nenhumanorma po<strong>de</strong>ria sequer prever tal procedimento.”“Com a nova Instrução Normativa SRF 111/98, eliminou-sea figura da recepção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos nos <strong>de</strong>spachos<strong>de</strong> importação. Com isso, a seleção parametrizadapassou a rodar imediatamente após o registro da DI e nãomais após a recepção. A seleção parametrizada é o processopelo qual as Declarações <strong>de</strong> Importação (DIs) são selecionadaspara diferentes níveis <strong>de</strong> fiscalização, representa<strong>do</strong>spor canais. No ‘canal ver<strong>de</strong>’, o <strong>de</strong>sembaraço é efetua<strong>do</strong>pelo sistema sem qualquer conferência. No ‘canal amarelo’,a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> importação será submetida à conferência<strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos. No ‘canal vermelho’, a carga será submetidaà conferência <strong>do</strong>cumental e verificação física. Háainda o ‘canal cinza’, on<strong>de</strong> a DI será submetida à conferência<strong>do</strong>cumental, verificação física e exame <strong>de</strong> valor. APE-NAS 0,5% DAS CARGAS CAEM NO CANAL CINZA.“A recepção era o momento em que havia uma possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificar indícios <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s, permitin<strong>do</strong>que a fiscalização pu<strong>de</strong>sse interferir na seleção parametrizadadirigin<strong>do</strong> alguns <strong>de</strong>spachos para o canal vermelho.Com a eliminação <strong>de</strong>sta etapa, não obstante aindaexistisse a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dirigir o <strong>de</strong>spacho para o canalvermelho, AFASTOU-SE DA FISCALIZAÇÃO QUALQUERPOSSIBILIDADE DE SUSPEITAR. Hoje, a seleção dirigida sóé possível se o importa<strong>do</strong>r solicitar. Esta norma inovouainda mais, uma vez que estabeleceu que os <strong>do</strong>cumentosinstrutivos <strong>do</strong> <strong>de</strong>spacho da importação, na hipótese <strong>de</strong>seleção para fiscalização, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong>s ao importa<strong>do</strong>r,que <strong>de</strong>verá guarda-los pelo prazo <strong>de</strong> cinco anos. Nahipótese da importação ser selecionada para o canal ver<strong>de</strong>,<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Instrução, o importa<strong>do</strong>r fica <strong>de</strong>sobriga<strong>do</strong>da apresentação <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos. Com isso tu<strong>do</strong>, o controle‘a posteriori’ fica extremamente vulnerável, pois comoestamos tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias estrangeiras, e ten<strong>do</strong> emvista que não existe presunção legal em comércio exterior,a ausência <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos inviabiliza qualquer procedimentofiscal. Com a edição <strong>de</strong>sta IN, INVIABILIZA-SE AREVISÃO ADUANEIRA E A FISCALIZAÇÃO EM ZONASECUNDÁRIA, AMBAS PREVISTAS EM LEI.”Por fim, analisa ainda a IN 114/98: “essa instrução normativarevela uma tendência <strong>de</strong> restringir a ação da aduanaou <strong>de</strong> a Receita Fe<strong>de</strong>ral ESTAR ABRINDO MÃO DE PRO-CEDIMENTOS DE CONTROLE TIPICAMENTE ADUANEI-ROS. Por essa norma, os procedimentos <strong>de</strong> conferência<strong>do</strong>cumental e física das merca<strong>do</strong>rias importadas, realiza<strong>do</strong>sno curso <strong>do</strong> <strong>de</strong>spacho aduaneiro, terão finalida<strong>de</strong> estritamentefiscal. Qualquer controle ou ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outrosórgãos públicos <strong>de</strong>vem ser feitos na fase <strong>do</strong> licenciamento.Ora, UMA DAS CAUSAS DA INEFICIÊNCIA DO SISTEMAADUANEIRO É JUSTAMENTE A GRANDE DISPERSÃO DEPROCEDIMENTOS ADUANEIROS POR VÁRIOS ÓRGÃOSPÚBLICOS. Enten<strong>de</strong>mos que a administração <strong>do</strong> sistemaaduaneiro <strong>de</strong>veria buscar a unificação e integração <strong>do</strong>sprocedimentos aduaneiros em um sistema único, não apenasinformatiza<strong>do</strong> como é o SISCOMEX, mas <strong>de</strong> fato, comlegislação e administração únicas, <strong>de</strong> forma que os importa<strong>do</strong>resestariam sempre afetos a um único sistema.” (grifos<strong>do</strong> relator)Os critérios para a parametrização <strong>de</strong> uma carga peloconjunto <strong>do</strong>s canais <strong>de</strong> fiscalização, a cargo da COANA,foram critica<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>poimento à CPI <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte daUNAFISCO Sindical, <strong>Paulo</strong> Gil Hölck Introíni, em 18 <strong>de</strong>outubro <strong>de</strong> 2000: “com relação à centralização <strong>do</strong>s critérios<strong>de</strong> seleção na COANA, são <strong>do</strong>is problemas. Um <strong>de</strong>les épuramente técnico. Se o sistema for preenchi<strong>do</strong> com critériosnacionais, po<strong>de</strong>-se não aten<strong>de</strong>r às peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>alguma região. O Porto <strong>de</strong> Vitória, por exemplo, tinha ummovimento muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> automóveis. Precisaria, então,<strong>de</strong> critérios específicos. Outro porto só tem grãos.Viracopos tem uma quantida<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> telefonia, <strong>de</strong> informática em geral. Esse, então,é um gran<strong>de</strong> problema técnico. O outro problema é a existência<strong>de</strong> um potencial gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> corrupção na cúpula <strong>do</strong>órgão. Em tese, o sistema po<strong>de</strong> aceitar que insira, porexemplo, o número <strong>do</strong> CNPJ <strong>de</strong> alguma empresa - que seDIDESEMBARAÇADASCANAL VERDESOMATÓRIO DOSCANAIS VERMELHOSE CINZACANAL AMARELOCANAL VERMELHOCANAL CINZADIAinclua ou retire, porque o sistema aceita critérios matemáticos.Estou falan<strong>do</strong> em tese, mas isso é possível. A mão-<strong>de</strong>obrahumana não é dispensada em nenhuma aduana <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. É claro que toda fiscalização tem <strong>de</strong> ter uma justificativa.A <strong>de</strong>scentralização po<strong>de</strong>ria, então, ser uma combinaçãoentre critérios nacionais e regionais, no âmbito dassuperintendências, e critérios locais.”4.3.4. OS CASOS DOS AEROPORTOS INTERNACIONAISDE CUMBICA E VIRACOPOS E DO PORTO DE SANTOSA fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> controle da movimentação<strong>de</strong> cargas pela Aduana brasileira é uma das causasda vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s portos e aeroportos internacionaispara ativida<strong>de</strong>s ilícitas, como o <strong>narcotráfico</strong>, o contraban<strong>do</strong>e o <strong>de</strong>scaminho. O risco a consi<strong>de</strong>rar po<strong>de</strong> ser avalia<strong>do</strong>pelos da<strong>do</strong>s referentes à movimentação <strong>de</strong> cargas no Porto<strong>de</strong> Santos e nos Aeroportos Internacionais <strong>de</strong> Cumbica, emGuarulhos, e Viracopos, em Campinas.Informações prestadas pelo Delega<strong>do</strong> da Polícia Civillota<strong>do</strong> no Aeroporto <strong>de</strong> Guarulhos, Francisco Basile, em<strong>de</strong>poimento à CPI no dia 31 <strong>de</strong> agosto, dão conta <strong>de</strong> númerosgigantescos: “o Aeroporto <strong>de</strong> Cumbica é o 54o. no ranking<strong>do</strong>s maiores aeroportos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A movimentaçãoanual <strong>de</strong> passageiros é estimada em 14 milhões <strong>de</strong> pessoas,com uma população flutuante estimada em 100 milpessoas, com cerca <strong>de</strong> 38 mil passageiros embarca<strong>do</strong>s ou<strong>de</strong>sembarca<strong>do</strong>s, acompanha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> seus familiares e visitantes.Há 187 mil pousos e <strong>de</strong>colagens <strong>de</strong> aeronavesnacionais e estrangeiras por ano, ligan<strong>do</strong> o aeroporto <strong>de</strong>Guarulhos a 183 cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.”“Em relação à movimentação <strong>de</strong> cargas, os armazénsmovimentaram em 1999 o total <strong>de</strong> 175 mil toneladas <strong>de</strong>carga, número inferior ao <strong>de</strong> 1998, apesar <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> crescimentoda exportação no segun<strong>do</strong> semestre, geran<strong>do</strong> umareceita <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 87 milhões referentes à armazenagem<strong>de</strong> carga aérea. A área <strong>de</strong> armazéns alfan<strong>de</strong>ga<strong>do</strong>s no terminal<strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> Guarulhos é <strong>de</strong> 41.865 m 2 para importaçãoe 22.888 m 2 para exportação. Além das cargas, há cerca <strong>de</strong>300 operações <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> valores por mês.”Já o <strong>de</strong>lega<strong>do</strong> Wilson Roberto O<strong>do</strong>nes, da Polícia Civil<strong>de</strong> Campinas, lota<strong>do</strong> no Aeroporto Internacional <strong>de</strong>Viracopos, <strong>de</strong>stacou em seu <strong>de</strong>poimento à CPI que o referi<strong>do</strong>aeroporto tem uma movimentação muito menor <strong>de</strong> passageiros- em torno <strong>de</strong> 300 mil passageiros/ano - mas apresentauma movimentação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 185 miltoneladas/ano <strong>de</strong> cargas, particularmente relacionadas aindústrias transnacionais importa<strong>do</strong>ras e exporta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>material para telefonia e informática, entre outras <strong>de</strong> altatecnologia.A Receita Fe<strong>de</strong>ral é, com certeza, a mais importanteinstituição capaz <strong>de</strong> assegurar o controle <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>cargas movimentadas nestes importantes pontos <strong>de</strong> entradae saída <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias. No entanto, quan<strong>do</strong> verificamosos da<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s à classificação das cargas para<strong>de</strong>sembaraço pelos diferentes canais <strong>de</strong> fiscalização, percebemosa fragilida<strong>de</strong> e a vulnerabilida<strong>de</strong> potencial <strong>do</strong> sistemaà ação criminosa.A CPI teve acesso à tabela, reproduzida a seguir, referenteà classificação por canais <strong>de</strong> fiscalização relativas aomês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2000, entre os dias 01 e 19. Detivemo-nosna análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s ao porto <strong>de</strong> Santos, aoAeroporto <strong>de</strong> Cumbica e ao Aeroporto <strong>de</strong> Viracopos, objetos<strong>de</strong> preocupação prioritária da CPI.QUINTA01SEXTA02SÁBADO03DOMINGO04QTDE % QTDE % QTDE % QTDE %ALF / SANTOS 770 100,0 701 100,0 8 100,0 3 100,0ALF / AISP 532 100,0 564 100,0 11 100,0 11 100,0ALF / VIRACOPOS 782 100,0 694 100,0 75 100,0 21 100,0IRF / SP 462 100,0 551 100,0 95 100,0 1 100,0IRF / S.SEBASTIÃO 5 100,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 77 100,0 100 100,0 3 100,0 0OUTRAS44 100,0 20 100,0 1 100,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 2.672 100,0 2.630 100,0 193 100,0 36 100,0ALF / SANTOS 575 74,7 530 75,6 8 100,0 3 100,0ALF / AISP 394 74,1 351 62,2 4 36,4 3 27,3ALF / VIRACOPOS 679 86,8 505 72,8 75 100,0 21 100,0IRF / SP 321 69,5 328 59,5 95 100,0 1 100,0IRF / S.SEBASTIÃO 0 0,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 49 63,6 56 56,0 3 100,0 0OUTRAS19 43,2 11 55,0 1 100,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 2.037 76,2 1.781 67,7 186 96,4 28 77,8ALF / SANTOS 195 25,3 171 24,4 0 0,0 0 0,0ALF / AISP 138 25,9 213 37,8 7 63,6 8 72,7ALF / VIRACOPOS 103 13,2 189 27,2 0 0,0 0 0,0IRF / SP 141 30,5 223 40,5 0 0,0 0 0,0IRF / S.SEBASTIÃO 5 100,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 28 36,4 44 44,0 0 0,0 0OUTRAS25 56,8 9 45,0 0 0,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 635 23,8 849 32,3 7 3,6 8 22,2ALF / SANTOS 157 20,4 132 18,8 0 0,0 0 0,0ALF / AISP 63 11,8 108 19,1 5 45,5 5 45,5ALF / VIRACOPOS 66 8,4 125 18,0 0 0,0 0 0,0IRF / SP 94 20,3 132 24,0 0 0,0 0 0,0IRF / S.SEBASTIÃO 4 80,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 11 14,3 15 15,0 0 0,0 0OUTRAS23 52,3 4 20,0 0 0,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 418 15,6 516 19,6 5 2,6 5 13,9ALF / SANTOS 38 4,9 39 5,6 0 0,0 0 0,0ALF / AISP 75 14,1 105 18,6 2 18,2 3 27,3ALF / VIRACOPOS 37 4,7 64 9,2 0 0,0 0 0,0IRF / SP 47 10,2 91 16,5 0 0,0 0 0,0IRF / S.SEBASTIÃO 1 20,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 17 22,1 29 29,0 0 0,0 0OUTRAS2 4,5 5 25,0 0 0,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 217 8,1 333 12,7 2 1,0 3 8,3ALF / SANTOS 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0ALF / AISP 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0ALF / VIRACOPOS 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0IRF / SP 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0IRF / S.SEBASTIÃO 0 0,0 0 0 0DRF / S.J.CAMPOS 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0OUTRAS0 0,0 0 0,0 0 0,0 0UNIDADESTOTAL 8 º RF 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0

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