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Condicionamento operante e autisrno infantil

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Uma vez que se especificou claramenteo comportamento, e a sua eliminação foiclaramente ligada aos interesses objectivosda criança, o processo de desenvolver umprograma comportamental demonstra a diferençafundamental entre este tipo de programae a aplicação de consequências aversivasque é mais vista no ambiente natural.Uma vez especificada, a consequência aversivadeve seguir apenas o comportamento(ou comportamentos) especificado e claramentedefinido. O desaparecimento do comportamentoleva automaticamente ao fimdo uso da consequência aversiva, a não serque os processos de especificar e de claramentedefinir qualquer outro comportamentosejam novamente executados, assimcomo a determinação de quais os interessesque serão servidos na sua redução ou eliminação.As consequências aversivas não pdem ser continuadas s6 com o objectivo deas aplicar.Outra distinção importante entre a aplicaçãode consequências aversivas numasituação espontânea e deliberada, de modoa evocar uma alteração terapêutica nocomportamento, é a prbpria consequênciaem si que deve ser claramente especificada,tanto no que diz respeito à maneira dea usar como à sua intensidade. A consequênciaaversiva pode ser a apresentação dealgum estímulo aversivo, como por exemplo,um «Não!» muito alto, quando a criançase ocupa com comportamentos auto-estimulatórios.Em alternativa, a consequênciapode ser o breve retirar do prato com alimentos,quando a criança usa as mãos emvez do garfo ou da colher para comer (estoua partir do princípio de que o uso de garfosou colheres para comer já existe, até certoponto, no reportório comportamental dacriança). Igualmente, a criança pode serposta numa sala onde não tenha acesso acoisas ou pessoas que sejam reforcantes para'ela. De qualquer modo, o método com que aconsequência será usada, é especificado antesda sua aplicação.No que diz respeito a intensidade, estadeve também ser especificada. Por exemplo,por quanto tempo é que a criança permanecerána sala, como acima se mencionou,sem acesso às pessoas ou coisas reforçantes?Sob que condições específicas é que se voltaa dar os alimentos i criança? Especificandopreviamente estes aspectos, é que se reduzou elimina a possibilidade de aplicar consequênciasaversivas ineficazes.De igual importância é a especificaçãode todos os elementos do um programa,quer seja positivo ou negativo, que se devemtornar públicos. O professor ou terapeutapode então ser responsabilizado perante ospais e membros da comunidade pelo trabalhoque fez. Talvez o mais importante éque o aspecto público de um programa podedizer respeito a outras pessoas, levando-asa comportar-se mais eficazmente (ou correctamente)em relação aos seus própriosfilhos, sejam eles deficientes ou não.Finalmente, vejamos um dos aspectosmais cruciais de um programa de modificaçãodo comportamento, com utilização deconsequências aversivas. Esta, na obrigatoriedadede se incluir um comportamentoque produza factores positivos. Com maisfrequência, este irá reflectir algum comportamentoapropriado, o qual é incompatívelcom o comportamento que produz as consequênciasaversivas. No caso das criançasautistas, por exemplo, baterem na cabeçacom o punho fechado pode, de início, produzirum «Não» muito alto de 5-10 segundose uma acção de lhe limitar os movimentosdas mãos. Simultaneamente, ocasiões emque as mãos estão no colo, devem produzirelogios e/ou alimento, ou qualquer outroreforço apropriado para essa criança.ANTECEDENTES DO COMPORTA-MENTO: CONTROLO DO§ ESTfMULOSExaminemos a relação entre o comportamentohumano e um dado acontecimentoambiental, nomeadamente as consequências268

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