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Condicionamento operante e autisrno infantil

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Em casa, a punição é normalmente aplicadaespontaneamente, depois da criançase ter comportado várias vezes de umamaneira que acaba por provocar reacções,como uma palmada na mão, umasova, ou ainda sentimentos de cólera porparte dos pais. Quer dizer que muitas ocorrênciasprévias do comportamento que ospais acham indesejáveis não produziramconsequências (ou talvez apenas um gestofacial ou um pedido suave a criança paraque deixe de se comportar de uma certamaneira). Quando incluído num programaterapêutico de alteração, o comportamentoque vai ser seguido por alguma consequêcciaaversiva é claramente especificado, e,cada ocorrência desse comportamento, éseguida pela consequência aversiva nãoobstante quando ou onde ocorre.De igual modo, a própria consequênciaquando aplicada no ambiente caseiro, podevariar de aplicação para aplicação. Numaocasião, um comportamento indesejávelpode produzir um «Não» alto e firme porparte dos pais. Noutra altura, o mesmo comportamentopode provocar uma sova seguidade uma explicação A criança dos motivosdo seu comportamento impróprio ejustificando, portanto, a necessidade dasova. No que diz respeito ao uso da puniçãona programação comportamental, o estímuloaversivo que se vai seguir a um dadocomportamento é especificado, tanto emtermos de tipo, como de intensidade. O comportamentoa ser reduzido é, portanto, seguidopela mesma consequência cada vezque ocorre.O outro aspecto da utilização da puniçãocomo parte de um programa comportamentalé o de registar os efeitos (e quaisquerefeitos secundários) sobre comportamentosrelacionados com a aplicação de uma consequênciaaversiva. Isto raramente é feito nasituação caseira, em parte porque no lara punição produz tipicamente o efeito desejadopelos pais visando a cessação imediatado comportamento indesejável da criança.O comportamento pode ocorrer de novomais tarde, mas a aplicação imediata dapunição obteve êxito (é este o motivo peloqual a punição é frequentemente usada pelospais para reduzir os comportamentos indesejáveisdos seus filhos).No entanto, no caso das crianças autistas,estamos mais interessados ou numa cessaçãopermanente de certos comportamentos,ou numa frequência muito baixa da suaocorrência. Mais uma vez, os comportamentosque levam a uma diagnóstico deautismo, interferem tipicamente com aaprendizagem de comportamentos que permitirãoa criança levar uma vida maisnormal. Se for permitido a esses comportamentosuma continuidade, os ganhos nodesenvolvimento que se tornam possíveiscom as técnicas de comportamento, serãocontrariados pela ocorrência de comportamentos «au tistas)).A situação específica de ensinar-aprenderserá desnecessariamente prolongada edesagradável tanto para o professor comopara a criança, podendo a adaptação hcomunidade natural ser dificultada devido Apresença contínua de comportamentos secialmente inadaptados.A fim de determinar se o programa parareduzir os comportamentos incompatíveisé realmente bem sucedido, é necessárioobservar e registar a ocorrência desses comportamentos,quer antes, quer durante aaplicação da consequência aversiva. Simultaneamente,é importante observar o aparecimentode efeitos secundários, tanto positivoscomo negativos, devidos ao uso dapunição (ver, por exemplo, uma análise dosefeitos secundários no uso do choque eléctriconas crianças autistas, feita por Lichsteine Schreibaum, 1976).CONSIDERACÕES DEONTOLÓGICASFinalmente, devemos discutir com brevidade,as questões deontológicas que se levantamcom o uso de estímulos aversivos266

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