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Condicionamento operante e autisrno infantil

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não apenas a forma do elogio verbal (porexemplo, «lindo menino)), ((estás muito bemsentado)), ((gosto mesmo da maneira comoestás a brincam), mas também a sua qualidade(por exemplo, a proporção do entusiasmo).Finalmente, não se tenciona que esta discussãoseja um argumento a favor ou contrao uso dos reforços ((artificiais)). Melhor,espera-se que, se for decidido empregar estatécnica, isso será feito com conhecimentodoa vários factores que têm que ser consideradosao procedermos assim.Já se referiu a identificação das consequênciase a questão da ((artificialidade)).Há cinco outros princípios relacionados como uso mais eficaz das consequências:1 - a automaticidade - as consequênciasdo comportamento podem produziralterações no comportamento de umacriança, sem que esta tome conhecimentoe afirme a relação existenteentre o comportamento e as suasconsequências;2 - a cortsistência - a consequência, ouo reforço, devem seguir cada ocorrênciado comportamento da criançaque está a ser reforçado, não obstantea altura ou o sítio.3 - a imediaticidade - as consequênciasdevem seguir o comportamento emfoco sem demora. Por vezes, especialmentecom as crianças autistas,até mesmo a mais ligeira demoraresultará no reforço de comportamentosnão desejados, ou incompatíveiscom o comportamento que sedeseja fortalecer;4 -a frequência - geralmente, cometem-seerros na direcção de uma frequênciademasiado baixa.Muitas vezes, é importante registara frequência dos reforços, anotandoou marcando sempre que se dá umreforço. Por exemplo, o autor estavaa supervisar o trabalho de um estu-dante com uma rapariga dada comosofrendo de danos cerebrais e quetinha sérias dificuldades comportamentaisem casa e na sala de aula.O estudante estava a tentar desenvolverum número de aptidões pré--escolares no reportório do comprtamentoda rapariga utilizando umprocesso de modelação (shaping -que será descrito mais tarde) e oreforço social. Depois de algumas semanas,o estudante veio ter comigoangustiado e mostrou-me os registosdiários do comportamento da criançaque mostravam grande variabilidadede dia para dia. Foi-lhe sugerido que,talvez, os reforços estivessem a serdados com uma frequência demasiadobaixa e foi-lhe pedido que mostrasseos registos diários do númerode reforços que, infelizmente, o estudantenão manteve. Um registo subsequentefeito pelo estudante da suaprópria frequência de reforços, indicouuma frequência demasiado baixaque foi, então, aumentada. O resultadofoi um aumento na frequênciae na estabilidade do comportamentoda criança.5 - os «pequenos passos» - ao desenvolvercomportamentos em criançasautistas (assim como também emcrianças não-autistas) é certo que OScomportamentos jamais são decompostose ensinados em passos suficientementepequenos para garantir umaalta frequência de reforços. Devemo--nos lembrar que os comportamentosinadaptados das crianças dignosticadascomo autistas são bastante resistentes.Tipicamente, estes comportamentosestão presentes há bastantetempo, tendo sido reforçados intermitentementee produzindo assim umcomportamento um tanto resistenteextinção, isto é, a eliminação pursimples impedimento, de forma a que264

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