10.07.2015 Views

Condicionamento operante e autisrno infantil

Condicionamento operante e autisrno infantil

Condicionamento operante e autisrno infantil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Diagnóstico-Não é claro que o rótulode «autismo» tenha muita utilidade para osobjectivos da psicologia e da psiquiatria.O diagnóstico é uma tarefa médica mais doque psicológica e, embora o modelo médicona psicologia tenha sido desacreditado tantoempírica como logicamente, a prática estálonge de ser posta de parte.As investigações aqui incluídas indicamalgumas dificuldades em definir o «autismo»sob o ponto de vista do comportamento(o que na realidade é a base da definiçãocorrente do autismo). Os comportamentosde crianças diagnosticadas como autistasvariam, por vezes: significativamente de umdia para o outro, tanto dentro do mesmoambiente, como noutro. Há também umadistribuição de diferenças individuais emcomportamentos específicos de crianças consideradasautistas que persistem ao longodo tempo. Mais, estas flutuações na frequênciado comportamento não são nemcasuais, nem um produto da perturbaçãofísica em si. Melhor, estes comportamentostêm uma relação lógica com elementos doambiente, elementos esses que podem seralterados de modo a produzirem alteraçõestanto quantitativas como qualificativas, nocomportamento das crianças autistas.O diagnóstico serve geralmente duas funções:primeiro, diferenciar uma doença oucondição, de outra; segundo, designar o tratamentoou tratamentos apropriados. O autkmo,como classificação diagnóstica queé, apresenta temas gerais de comportamentoou área de perturbação no comportamento(ver, por exemplo, Omitz e Ritvo,1970, podendo, contudo, os elementos específicosvariar de criança para criança. Oselementos específicos são importantes paraum diagnóstico e tratamento apropriado.No que diz respeito ao tratamento, a intervençãoprincipal que até tem produzido alteraçõesno comportamento das crianças autistasé a modificação deste (Margolies,1977). No entanto, as estratégias comportamentaisusadas com as crianças rotuladasde autistas, não são muito diferentes daquelasutilizadas com outras crianças bastanteatrasadas no seu desenvolvimento e que nãosão rotuladas como autistas (ver, por exemplo,Sailor, Guess e Baer, 1973).Finalmente, o rótulo «autismo» é comfrequência usado de uma maneira que levaa confusão e no sentimento de que conhecemosmais do que aquilo que na realidadeconhecemos. O termo «autismo» é meramenteum rótulo dado para indicar a presençaobservada de um padrão de comportamentoe a ausência, observada também,de outros comportamentos. Consequentemente,o rótulo nada explica. Afirmar, porexemplo, que uma criança se comporta deuma certa maneira, porque é «autista», sugereconhecimentos que não dispomos. Orótulo é dado para descrever comportamentose não podemos, portanto, dizer que esserótulo se apresenta como a causa dos comportamentos.B) Tratamento do autismoA revisão recente feita por Margolies(1977) das perspectivas comportamentais notratamento das crianças autistas demonstra,em primeiro lugar, que o uso dos métodoscomportamentais tem aumentado e, em segundolugar, que a utilização dos métodoscomportamentais tem atingido uma certa((medida de êxito)). Margolies (1977) «Claramente,não é possível tomar normais estascrianças. A linguagem e o comportamentona sala de aula, por exemplo, apenas seaproximam grosseiramente do da criançanormal. Considerada, no entanto, o estadodo reportório da criança antes da intervenção,foi sugerido que a modificação do comportamentotem realmente produzido verdadeirasalterações)) (p. 261).Como vem indicado na revisão de Margolies,muitos dos tratamentos de criançasautistas têm sido feitos apenas com umsujeito e na perspectiva do estudo de caso.Isto é, os relatórios publicados têm consis-274

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!