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Condicionamento operante e autisrno infantil

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víncia de Los Angeles, Califórnia (Hirsh,Needels e Silvertsen, 1977), o Programa deAquisição da Linguagem de Kent (1974) eo projecto do pessoal do Departamento doDesenvolvimento Humano da Universidadede Kansas, e ainda o do Instituto Neurológicode Kansas (Gness, Sailor e Baer,1976).Como Harris (1975) acentua na sua recenteresenha, o ensino da linguagem acrianças não verbais, tem-se desenvolvidonuma estratégia geral, habitualmente usadano ensino da linguagem. As fases típicas são:1) o desenvolvimento da atenção; 2) a mutaçãonão-verbal; 3) a imitação verbal; e4) a linguagem funcional. Em cada fase sãodefinidos, observados e registados os comportamentosespecíficos que representamcomportamentos não-verbais e verbais apropriadospara cada fase. A observação e oregisto destes comportamentos indicam apresença ou ausência dos comportamentoslinguísticos ou pré-linguísticos apropriados,ou a presença ou ausência de rudimentosdestes comportamentos. Formam-se, então,reforços contigentes nos comportamentosespecificados ou nos seus componentes rudimenares,com o objectivo de moldar comportamentoscompletos partindo dos seusrudimentos e de fortalecer, manter ou elaborarcomportanxntos já existentes. Finalmente,o ambiente é construído de tal modoque os comportamentos linguísticos sãomantidos e ocorrem apropriadamente sobnovas condições ambientais - isto é, programa-sea ocorrência da generalização.Um exemplo concreto talvez esclareça osignificado desta estratégia geral, na aplicação.Sulzbacher e Costello (1970) descrevemo seu trabalho com Teddy, um rapazde seis anos e meio, com o diagnóstico deautista. O seu programa de tratamento começoudo seguinte modo: 1) ensinar aoTeddy a olhar para o terapêuta, quando issolhe era pedido; e 2) eliminação de comportamentosincompatíveis e descritivos porexemplo, abandonar a cadeira. Para desenvolvera atenção, Teddy foi reforçado comelogios e, durante as primeiras 21 sessões,com doces, quando estabelecia contacto Visualcom o terapeuta, dentro de cinco segundos,após lhe ser pedido: ((Teddy, olha paramim.» Para reduzir os comportamentos inapropriados,o terapeuta dizia: «Não!»,quando estes ocorriam. Quando os comportamentosde atenção estavam a ocorrernuma proporção relativamente alta (80 9'0--9090 dos pedidos) e os comportamentosinapropriados tinham diminuído para zero,foi desenvolvido um programa para ensinara linguagem expressiva, especificamente anomeação de cores, gravuras e objectos.((Usámos o seguinte processo para estabelecera nomeação imitativa, apresentandoa Teddy um objecto e o estímulo verbal:((Diz.)) Depois de vários êxitos, o objectoestímulo foi apresentado com o estimuloverbal. ((0 que é isto? Diz!» A pausa entrea pergunta e a palavra «Diz!» foi graduaimenteaumentada até que a expressão ((0que é isto?» ser o suficiente para produzira resposta correcta (Zulzbacher e Costeiio,1970, p. 261).As respostas correctas eram compensadascom elogios e alimentos. No fim de cincomeses, Teddy indicava seguramente as coresnas gravuras e nos objectos com que tinhasido treinado, assim como em alguns objectoscom que não tinha sido treinado.A linguagem funcional também foi ensinadaa Teddy, usando-se um cartão ondeestavam impressas as palavras: ((Dá-me umbiscoito)) (ou qualquer outra palavra, colocanduseo biscoito ou outro objecto ao ladodo cartão). Quando Teddy conseguia respondersem hesitar, eram-lhe apresentadoso objecto e um cartão em branco, e Teddyrepetia a frase e o nome do objecto.Este é um exemplo breve mas representativoda aplicação dos princípios comportamentaisao desenvolvimento do comportamentolinguístico das crianças autistas.277

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