são, se as intervenções planeadas e deliberadasnos ambientes e comportamentos produziramou não qualquer modificação e,nesse caso, quais as modificações do ambienteque serão responsáveis pelas alteraçõesno comportamento e em que grau. Aoutilizarmos este método de avaliação dasnossas técnicas, temos somente de nos lembrarque o comportamento da criança nuncanos mente. Se com repetidas aplicações dométodo e técnicas, verificarmos que podemosiniciar e manter com sucesso e repetidamentecomportamentos apropriados ao seuestágio de desenvolvimento, temos nessecaso, não s6 um conjunto de princípiosválidos, como também um método de avaliaçãodas nossas técnicas, o que será degrande valor para todos nós.Em último lugar, não podemos justificadamenteassumir que os professores ou paisnão necessitam ou não querem conheceros princípios básicos que estão subjacentesaos métodos e técnicos que temos estado adescrever. Os princípios são do domíniopúblico, isto é, eles existem independentementede qualquer de 116s. Não pertencemaos investigadores de psicologia, aos psic6-Iogos clínicos, ou ainda a qualquer outradisciplina. Pertencem a todos 116s: professores,pediatras, psicólogos e pais. O conhecimentodestes princípios permite-nos nãoapenas resolver um problema imediato, masplanear e avaliar as técnicas a serem aplicadasno desenvolvimento de comportamentos,num âmbito muito mais vasto do que,por exemplo, conseguir apenas um contactovisual. Permite tanto aos pais como aos professoresplanear e aplicar estes princípiosde uma maneira concreta, de modo a criarambientes que irão assegurar que a criançaatingirá o seu próprio potencial, que podeaté incluir a vivência independente dentroda comunidade.Em última análise, a criança deve ter aoportunidade de conseguir a dignidade provenientedo risco de viver A custa das suaspróprias capacidades ou forças. l3 evidenteque as capacidades de uma criança autistanão são as mesmas que as das outras. Existemcrianças severamente diminuídas, quepassarão as suas vidas nos hospitais, talvezem ambientes limitados pelas fronteiras dassuas próprias camas. Usando métodos comportamentais,estas crianças poderão, contudo,desenvolver comportamentos que lhesdarão algum domínio sobre o seu ambiente.Mais importante, talvez, será tentar queos pais e professores não sejam alheadosdestes princípios. Isso seria uma forma deelitismo a que não nos podemos dar ao luxo.Todos nbs devemos formar uma equipa natarefa de planear e desenvolver ambientesreais, que facilitem o desenvolvimentocomportamental e, implicitamente humano,das crianças que nos foi solicitado atender.Se conseguirmos demonstrar que os princípiosaqui descritos e os métodos e técnicas'deles derivados servem esses interesses, seráentão uma das nossas tarefas, divulgar tantoos princípios como os métodos a todosaqueles que desejem conhecê-los e aplicá--los, sempre no interesse das crianças.Trad. de Catarina Soares, PsocólogaRESUMOEste artigo propõe-se dar uma perspectivafuncional ou comportamental como método,na alteração do comportamento decrianças autistas.Princípios do condicionamento <strong>operante</strong>:qudo os condicionadores <strong>operante</strong>s sereferem ao comportamento, estãese a referira um tipo específico de comportamento,isto é, um comportamento que é emitidoou evocado.O condicionodor <strong>operante</strong> fala do cumportamentoque ocorre na presznça de acontecimentosambientais. Para ele, o comprtamentoobservável torna-se num dos elementosdominantes da sua matéria de estudo.282
Todos os Programas de Tratamento paracrianças autistas, devem ter em conto orelação entre acontecimentos m tecedentese o comportamento dessas crianças, devendotambém incluir o controlo de estímulosatravés de um programa que discriminecertos aspectos do ambiente. O método demodificação do comportamento insiste naobservação e registo de comportamentosclaramente definidos. Contudo, essa observação.e registo não idicmn apenas a intensidade,fraqueza ou alterações deste, mastambém se o comportamento varia muitode um para o outro com frequência.BIBLIOGRAFIABETTELHEIM, B. - The Empty Fortress. NewYork: Free Press, 1967.BOER, A. P. - Application of a simple recordingsystem to the analysis of free-play behaviorin autistic children. Journal of AppliedBehavior Andysis, 1968, I, 335-340.BYASSEE, J. D. e MURRELL, S. A. - Interactionpatterns in families of autistic, disturbedand normal children. American Journal ofOrthopsychiatry, 1975, 43, 473478.COX, A., RUTTER, M. NEWMAN, S. e BAR-TAK, L. - A comparative study of <strong>infantil</strong>eautism and specific developmental receptivelanguage disorder: Parenta1 characteristics.British JournaI of Psychiatry, 1975, 126, 146--159.DeMYER, M. K., CHURCHILL, O. W., PON-TIUS, W., e GILKEY, K. M. -A comparisonof five diagnostic systems for childhoodschizophrenia and <strong>infantil</strong>e autism. Journaiof Autism and Childhood Schizophrenia, 1971,1, 175-189.FERSTER, C. B. - Positive reinforcement andbehavioral deficits in autistic children. ChildDevelopment, 1961, 32, 437-456.FERSTER, C. B. e DeMYER, M. I