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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE CÉLIA MARGELA ARNOLD ...

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<strong>CENTRO</strong> <strong>UNIVERSITÁRIO</strong> <strong>FEEVALE</strong><strong>CÉLIA</strong> <strong>MARGELA</strong> <strong>ARNOLD</strong>DA MODERNIDADE À 7ª BIENAL DO MERCOSULNovo Hamburgo2009


2<strong>CÉLIA</strong> <strong>MARGELA</strong> <strong>ARNOLD</strong>DA MODERNIDADE À 7ª BIENAL DO MERCOSULTrabalho de conclusão de curso da práticapedagógica em artes visuais, apresentado comorequisito à obtenção de grau de Licenciatura emArtes Visuais do curso de “Artes Visuais –Licenciatura” pelo Centro Universitário <strong>FEEVALE</strong>Profª Orientadora: Cristina MentzNovo Hamburgo2009


3“O grande desafio sempre foi e continuarásendo, a gente se manter firme no que sabe fazer.Faz porque gosta, e gosta porque sabe, e temsede de aprender”. Nando de Olinda/artesão


4Agradecimentos:Tenho muitas pessoas a agradecer e seria injustonomear uma. Claro, que durante esse tempo emque estamos dentro de uma Universidade tempessoas que te estimulam e outras não. Mas comodiz Rilke, pensador e filosofo do século XIX, épreciso passar por muitas coisas, dessas andanças,de desacreditarmos, de desistirmos de nósmesmos e só então começarmos tudo de novo.Acho que é para estarmos cientes e convictos doque realmente queremos.


5LISTA DE IMAGENSFig. 1 Entrevista turma 8C ................................................................................................... 14Fig. 2 Entrevista turma 8C ................................................................................................... 15Fig. 3 Observação Pratica Professor titular ........................................................................... 15Fig. 4 Observação Pratica Professor titular ........................................................................... 16Fig. 5 Entrevista turma 1D ................................................................................................... 17Fig.6 Entrevista turma 1D ................................................................................................... 19Fig. 7 Entrevista e desenho Turma 8C .................................................................................. 20Fig. 8 Entrevista e desenho Turma 8C .................................................................................. 21Fig. 9 Entrevista e desenho Turma 8C .................................................................................. 23Fig.10 Um pouco da História ............................................................................................... 24Fig. 11 Parte frontal e lateral do Prédio da IENH/ Hamburgo Velho .................................... 25Fig. 12 O Cuidado com a escola ........................................................................................... 26Fig. 13 Dependências da escola .......................................................................................... 26Fig. 14 Dependências da escola: corredor, sala de artes ........................................................ 27Fig. 15 Alunos em aula/ Turma 8C ...................................................................................... 97Fig. 16 Alunos em atividade durante a aula ......................................................................... 99Fig. 17 Apresentação de trabalhos.........................................................................................101Fig.18 Sistema de avaliação...................................................................................................102Fig. 19 Alunos em atividade/3ª aula/ Turma 1D....................................................................106Fig. 20 Alunos em atividade/3ª aula/ Turma 1D....................................................................107Fig. 21 Fotografia das mãos dos alunos turma 1D para produção de um filme.....................108Fig. 22 Sr. Alziro Spindler supervisor do patrimônio da escola............................................109Fig. 23 Montagem para exposição/ Turma 1D.......................................................................110Fig. 24 Trabalho final/ Foto arte/ Turma 1D..........................................................................111Fig. 25 Avaliação/ Turma 1D.................................................................................................112Fig. 26 Seminário/ Relato de experiências/ aluna-mestre Margela Arnold...........................113Fig. 27 Seminário 25/11/2009/ Professora Orientadora Cristina Mentz................................116


6SUMÁRIOINTRODUÇÃO ........................................................................................................ 81 SONDAGEM ...................................................................................................... 101.1 Entrevista com o coordenador pedagógico da Fundação/IENH .................... 101.2 Entrevista com o professor de ensino da arte ................................................ 121.3 Observação sobre a prática do professor em sala-de-aula ............................. 141.3.1 Observação sobre a prática do professor em sala-de-aula/Turma 8C ...... 141.3.2 Observação sobre a prática do professor em sala-de-aula/Turma 1D ...... 171.4 Sondagem da população-alvo ....................................................................... 201.4.1 Sondagem da população-alvo/Turma 8C ............................................... 201.4.2 Sondagem da população-alvo/Turma 1D ............................................... 221.5 Análise do regimento escolar ........................................................................ 231.6 Observação sobre a escola ........................................................................... 251.7 Conclusão da sondagem ............................................................................... 262 PLANO DE UNIDADE............................................................... .......................... 282.1 Turma 8C ..................................................................................................... 282.2 Turma 1D................................................................................................. ........ 673 RELATÓRIO DA PRÁTICA ............................................................................... 943.1 Introdução .................................................................................................... 943.2 Turma 8C............................................................................................ ............. 943.3 Turma 1D.........................................................................................................1023.4 Impressões Conclusivas...................................................................................1124 SEMINÁRIO............................................................................................................1134.1 Introdução.........................................................................................................1134.2 Relato de experiências......................................................................................1134.3 Impressões Conclusivas...................................................................................114CONCLUSÃO............................................................................................................115


7ANEXOS ....................................................................................................................... 118ANEXO APerguntas referentes à entrevista feita ao coordenador da IENH ..................................... 118ANEXO BPerguntas referentes à entrevista feita ao professor titular ............................................... 119ANEXO CAmostra dos questionários e desenhos da Sondagem ...................................................... 120ANEXO DAmostra das entrevistas realizadas ao longo do estágio .................................................. 126ANEXO EAmostra dos direitos de imagem .................................................................................... 130ANEXO FAmostra da produção textual .......................................................................................... 131ANEXO GAmostra dos trabalhos produzidos em fotografia turma 1D ............................................ 137ANEXO HAmostra das avaliações dos alunos ................................................................................. 140ANEXO ISeminário / Síntese do Plano de Unidade ....................................................................... 142REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 148


8INTRODUÇÃOA Arte na educação tem papel decisivo na construção do aluno, porque, segundoEmília Ferreiro 1 (1988), nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas, em certomodo, de conceber o processo de aprendizagem. Então, a arte será mais um mecanismo capazde ampliar horizontes. A arte não representa ou apenas reflete a realidade, mas é tambémrealidade percebida, imaginada, idealizada, abstraída.Este trabalho foi realizado na IENH/ Fundação Evangélica de NH, nas séries 8ª C/Ensino Fundamental e 1ª D/Ensino Médio. Teve como objetivo: mudanças de paradigmas,diálogo sobre a produção de arte hoje no mundo, a partir da fotografia, no EnsinoFundamental e a produção de vídeo arte no Ensino Médio, com o propósito de produziremfotos e vídeos artísticos.Num diálogo sobre a produção fotográfica e de vídeos dentro das artes visuais,introduziu-se novos conceitos a respeito da Arte Contemporânea, sua função na sociedadepara a reflexão de um cidadão crítico, consciente e questionador. Também transformador elivre de conceitos pré estabelecidos, a partir de experiências vividas para uma mudançasignificativa de paradigmas.Uma das características marcantes das turmas 8C/Fundamental e 1D/Médio foi aagitação comportamental. As duas turmas possuem alunos de inclusão, os quais participaramdas atividades propostas, sendo auxiliados pelos colegas permitindo que as aulas fluíssemcom tranquilidade. Na turma 8C/Fundamental o aluno teve acompanhamento de um professorauxiliar, já na 1D/Médio isso não foi necessário. Ambos trabalharam em grupo.Em técnicas vistas em aulas posteriores, com o professor titular, experimentou-sediversas propostas dentro da aula de arte, porém empregando sempre técnicas tradicionais,como o desenho, a colagem, a pintura, a modelagem... Percebeu-se nos alunos tanto o prazercomo o desprazer nas aulas de artes. Notou-se que nesta fase eles têm uma forte tendência aoimediatismo, às fórmulas prontas, à falta de paciência e isso é resultado de uma sociedademovida ao consumismo e a imediatez produzidas pela globalização, o que também é tão1 Emilia Ferreiro, psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na Universidadede Genebra, sob a orientação de Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética.


9presente na arte contemporânea. Por esse motivo, elegeu-se o vídeo arte e a fotografia comomeio de diálogo de produção das artes.Propôs-se a utilização do vídeo e da fotografia como viés para refletir sobre ummecanismo que possibilite um diálogo rápido e interativo com o aluno. A fotografia arte e ovídeo arte são colocados aqui como meio para compreender as diversas facetas da artecontemporânea, já que os alunos buscam dinamismo, o que pode ser canalizado através deações criativas. Entendeu-se que as relações do aluno com a arte no seu dia a dia, tão presentena arte contemporânea, permitiriam que esse pudesse ter interiorizado o caminhar dafotografia e o vídeo arte dentro da história da arte, não só mais como registro e sim comoparte integrada na construção da sua história de vida.Nesse pensar arte, foi proposta a metodologia de Ana Mae Barbosa(2001), aMetodologia Triangular, por envolver três vertentes: o fazer artístico, a leitura da imagem e acontextualização histórica da arte. Segundo ela, a arte na escola pretende formar oconhecedor, decodificador da obra de arte. Precisa-se, além da produção artística dequalidade, uma capacidade de entendimento desta produção pelo público.Nessa caminhada, segundo Ana Mae Barbosa(2001), a imagem se faz necessária paracompreendermos as artes visuais, sem imagens não há possibilidades de fazermos relações,nem tão pouco senti-las. Tanto nas Fotos de Sebastião Salgado quanto no vídeo arte de MªHelena Bernardes com trabalhos dentro da Bienal, a imagem é o meio das possibilidades, semelas não temos história, não construímos nada. Cada vez mais a arte contemporânea seconstrói a partir de experimentos com o outro, com as possibilidades cada vez maisimpensáveis, Onde artista e espectador são coadjuvantes nessa ação. Por outro lado ... “ épreciso ter consciência das limitações que a arte nos impõe. Sozinha ela não pode tudo – aarte não será capaz de salvar o homem; sozinha ela não pode reverter o processo, mas elapode e deve fazer parte do conjunto de ações necessárias para humanizar o homem”.CristinaMentz


101 SONDAGEMIntrodução:A sondagem serve a algo mais do que obter dados; ela refere-se, também ànecessidade de conhecer o campo de trabalho onde se irá atuar, queremos saber quais ascondições físicas e humanas que iremos encontrar a fim de que o planejamento e ametodologia se adaptem ao local e atenda à disciplina artes.1.1 Entrevista com o coordenador pedagógicoIENH/ Fundação Evangélica de NH.Como objetivo de estagiar no segundo semestre na IENH/Fundação Evangélica deNH, entrevistei a Sra. Berlize Ko Freitag – atual Coordenadora Pedagógica – para saber darealidade escolar. Ao ser questionada sobre seu currículo e função se pronunciou dizendo quetinha 38 anos de magistério, sendo 22 anos como supervisora pedagógica dentro dessainstituição e que tem como formação: Pedagogia com especialização em Supervisão Escolar,Administração Escolar e pós-graduação em Psicopedagogia.Segundo a supervisora, a condição sócio-econômica da maioria da famílias é de classemédia, o que favorece o acesso à educação formal e atividades sócio-culturais. Quando asfamílias não têm condições de custear integralmente a educação dos filhos, contamos com umpercentual significativo de alunos com redução no valor das mensalidades.A escola se difere das demais em projetos como: Programa de ResponsabilidadeSocial; Escola de Fábrica, não ativa; Educação Inclusiva; CIARTEC-Ciência, Artes eTecnologia; Gestão Ambiental/ECO<strong>CENTRO</strong>; Intercâmbios Culturais; Empreendedorismo-Júnior Achievement; Viagens de estudo; Esportivo; Metalinguagens da Arte; Música, Dança eTeatro e Educação Financeira/ Filiados ao programa de vida sustentável, ligados aoLuterprev/Instituição Previdenciária dentro das aulas de matemática.Como Instituição Evangélica de Confissão Luterana, disse a supervisora, buscamtestemunhar o Evangelho de Jesus Cristo através de práticas e ensinamentos, respeitando as


11diferentes crenças na busca de sujeitos conscientes de seu papel na construção de umasociedade que se baseia no amor, na paz e na justiça. Assim, se define como escolacomunitária inserida e comprometida com o mundo, buscando garantir o direito a todos àconstrução de conhecimentos e à vivência de valores, possibilitando assim ao sujeitoencontrar sentido para sua vida.Tendo o compromisso político com a população, com vistas à formação do cidadãoparticipativo, a escola guarda relação com o contexto social mais amplo. A participação dospais e comunidade escolar é ativa, participativa. Interagem no processo de crescimentocultural, social, pessoal e educacional. Entendem como processo de construção o saber crítico,os valores e princípios morais para a construção de conhecimentos.O PPP é revisto de cinco em cinco anos e toda a comuniade escolar participa na suaelaboração. Foi revisto pela última vez no ano de 2007. Ele tem como essência dar vida aoconhecimento, num repensar e refazer constantes, próprios do mundo de hoje. Por essemotivo, é inacabado e permanece aberto a discussão e reflexão.O PPP contempla as especificidades da disciplina de artes com o projeto CIARTEC-Ciência, Arte e Tecnologia. A cultura está em constante mutação e é através da sualinguagem, costumes, artes, valores, religião, folclore, transmitidos coletivamente que estáinserida em sua proposta.A carga horária prevista para a disciplina de arte no ensino fundamental e primeiro doensino médio é de duas horas semanais. O segundo e terceiro ano do ensino médio é dadocomo componente curricular, ou seja, o próprio aluno escolhe o atelier que satisfaça suahabilidade / teatro, música, dança,desenho, pintura, escultura...Os livros de arte são adquiridos conforme a necessidade dos professores, buscando terum acervo mais completo possível, sempre levando em consideração a constante atualizaçãoque o mundo exige. A biblioteca está disponíveis ao corpo docente e discente durante operíodo letivo, de acordo com o horário escolar, visando um pleno atendimento.O registro de avaliação é trimestral, pois a escola entende que a mesma é contínua eglobal: processo de ação-reflexão-ação, incluíndo auto-avaliação do professor e do aluno.


12Para escola, o avaliar é processo permanente de rever, refletir, comparar, acompanhar,estimular e refazer. O processo é avaliado. Exige interação entre professor e aluno e ascompetências de cada nível de ensino. Enquanto ritual democrático legal, é feita de maneiracooperativa, implicando conhecimento dos objetivos e dos planos de estudos. A autoavalição,que se inclui num processo de ensino e aprendizagem, são previamente combinadose posteriormente analisados.O referencial pedagógico da IENH não está baseado em uma escola ou teoriafilosófica ou teológica. O PPP da instituição transcende uma visão filosófica, ponto dechegada, do que uma base teórica filosófica, como ponto de partida. Isto tem a ver com oprincípio luterano. Por isso, é muito difícil nominar filósofos, correntes filosóficas outeológicas. Na nossa visão filosófica, diz a supervisora Berlize Ko Freitag, somos um poucoracionalistas, empiristas, críticos, idealistas, materialistas e existencialistas e hoje buscamosainda referências também na filosofia da complexidade, ou seja, de Platão até Morin e outros.E é bom que assim seja em tempos complexos como o nosso.1.2 Entrevista com o professor de ensino da arteEntrevistei a professora que cederá sua turma para que eu realize meu estágio: ElianaEnnes da Silva, formada em Artes Plásticas pela <strong>FEEVALE</strong>. Seu tempo de Magistério é de 20anos dentro da mesma Instituição.Segundo ela, a importância da Arte na educação é essencial no contexto escolar.Contribui para a formação dos educandos como um todo e não apenas no que se refere aosconteúdos do Componente Curricular.Disse Eliana: A maioria das escolas “valorizará o que for valorizado” pelo seuprofessor de arte. Na nossa escola, a proposta pedagógica da área de artes é voltada para a artecomo um todo abordando inúmeros aspectos, inclusive o artesanato. Trabalhamos conformeas necessidades e potencialidades de cada faixa etária. Logo, existem momentos em que aparte técnica recebe destaque e a reflexão acontece de forma sutil. Em outros momentos aconceitualização, o debate e a reflexão sobre a arte, não apenas o fazer, assumem o papel


13principal. Entendemos o artesanato como uma parte da arte, que possui característicaspróprias.Temos o currículo elaborado da seguinte forma: a 8ª série/1ºsemt/2009, estãotrabalhando conceitos de arte figurativa e arte abstrata. No 2º semestre estão previstosconteúdos referentes a Op Arte, Bienais, Modernismo e Semana de Arte Moderna. A 1ªsérie/1ºsemt/2009 revisará os conteúdos de História da Arte que foram vistos ao longo de suavida escolar. No 2º semestre estarão estudandos as tendências modernas, os “Ismos”.Para realizarmos estes trabalhos, o professor recebe estímulo onde a escola sempreapoia em movimentos de aperfeiçoamento profissional. As pessoas e atividades indicadas aparticiparem serão determinadas a partir da análise das mesmas, caso a caso.Caso haja interesse do professor à interdisciplinariedade, havendo esta flexibilidadepara o trabalho, cabe a ele buscar, por conta própria, enriquecer suas atividades.Os critérios de avaliação nas aulas de artes são definidos no início de todas asatividades, porém definir a escolha destes critérios, embora compartilhados com os alunos,compete ao professor. É ele que tem maturidade para elaborá-los conforme as necessidades.O acesso aos Laboratórios de multimídia, informática, vídeo, e DVD estão disponíveistanto para professores quanto para os alunos. E quanto aos materiais, é possível pedir aosalunos, sem que haja exagero no custo e seja solicitado com antecedência. Claro, diz aprofessora, como são adolescentes, nem sempre trazem, mas tentamos motivá-los para isso.A finalidade da intervenção do professor é contribuir, criando situações deaprendizagem, para que o aluno desenvolva a capacidade de realizar mudanças significativaspara si mesmo, numa ampla gama de situações e circunstâncias.Quanto a passeios externos, é possível sair com os alunos, desde que se elabore umprojeto que possa ser apresentado à supervisão com antecedência, justificando a necessidade.


141.3 Observação sobre a prática do professor em sala-de-aula1.3.1 Turma 8C/ Ensino Fundamental/ IENH – Fundação Evangélica de NH.Professora titular: Srª Eliana Ennes da Silva.Após o recreio entramos em aula. A turma estava bastante agitada, talvez em funçãodo intervalo. No primeiro momento a professora me apresentou: falou do questionário e dodesenho que seria aplicado, e que retornaria no segundo semestre como professora numperíodo de aproximadamente um mês e meio.Essa turma também não foge às tendências da maioria dos adolescentes: muitoagitada, agressiva entre si, se considerada de acordo com as normas de conduta. Pudeperceber que existe um respeito recíproco entre professor e alunos. Nessa turma há um alunode inclusão, autista, onde o respeito dos colegas é notório.Fig. 1 Entrevista turma 8CAo realizar a entrevista me fizeram várias perguntas sobre artistas, espaços visitados,sobre tendências artísticas... O desenho por si só foi mais tranquilo, também junto com ogrupo pensamos na proposta a ser desenhada. Tinham o material, ou seja, os lápis de cor eassim o fizeram até o término do primeiro período da aula, tempo estipulado pelo professor, afim de dar prosseguimento as suas atividades. Claro que a atividade se estendeu por um tempoa mais, mas os alunos foram orientados que assim que terminassem a atividade dessemcontinuidade aos trabalhos da aula anterior da disciplina de artes.


15Fig. 2 Entrevista turma 8CObservação da aula: Em grupos de quatro integrantes, os alunos foram se organizando.Essa atividade foi o fechamento do conteúdo. A proposta era de juntar seus trabalhos feitos aolongo do trimestre como: noções de ponto de fuga, desenho de observação, levando-os aoabstrato. Eles dialogavam entre si, demonstrando uma agitação constante.Quanto ao aluno autista, ele não trabalhou como o restante do grupo. Fez um trabalhodiferenciado. Segundo a professora, se ela o colocasse em algum grupo, além de nãoconseguir fazer a proposta, tiraria a atenção dos demais colegas, e assim ninguém conseguiriadesenvolver a atividade, mas que isso não era regra, dependia do tipo de trabalho.Durante o segundo período, a professora entregou os trabalhos feitos ao longo dotrimestre, com uma avaliação. Os alunos discutiram as notas dadas. Ela alegou que um doscritérios da avaliação foram as atitudes em sala de aula.Fig. 3 Observação da prática do professor titular


16Pude perceber que os meninos, por sua vez, são mais prestativos e envolvidos nasatividades do que as meninas. Uma das meninas mostrou total desinteresse pelas aulas deartes, não fazendo uma das atividades. A professora questionou e pediu um posicionamento.A aluna, por sua vez, disse que tem nota suficiente para passar e que aquilo não épreocupante. Segundo a professora, ela tem consentimento da mãe que aprova esse tipo deatitude, alegando que a disciplina é desnecessária.Fig. 4 Observação da prática do professor titularAo final da aula, a professora pediu que os trabalhos ficassem com ela e quetrouxessem os materiais necessários para a conclusão dos mesmos no próximo encontro.Quanto à infra-estrutura da sala de aula, pude observar que a escola é muitoorganizada. As salas são limpas, varridas, com lixeira, paredes pintadas, não existem rasurasem portas ou paredes, as janelas são grandes e com boa luminosidade. As classes, não fugindoa exceções, são riscadas, assim como “toda escola que se preze”, porém inteiras, nãocolocando em risco o bem estar do aluno.Ps.: As aulas de artes foram dadas nas próprias salas e não nos espaços específicospara prática de artes. Por quê? Já que existem espaços próprios para isso?


171.3.2 Turma 1D/ Ensino Médio/ IENH – Fundação Evangélica de NH.Professora titular: Srª Eliana Ennes da Silva.Na turma 1D - Primeiro Ano do Ensino Médio – percebeu-se que existe umapontualidade britânica, tanto pelos alunos quanto pelo professor. A turma é bastante agitada,mas isso parece não comprometer o seu rendimento. Nessa turma há, também, um aluno deinclusão, o qual circula por toda a sala, ora fazendo as atividades ora se dispersando. Pudeperceber que os colegas já estão acostumados com ele, e o aceitam como parte do grupo.Fig. 5 Entrevista turma 1DA professora apresentou-me, após ter o controle da turma, comunicando que estou emfase final de curso e para isso precisaria participar naquele momento da aula, fazendo comeles uma pequena entrevista e após uma atividade de desenho. Avisou que no próximosemestre estaria num curto período, de um mês e meio, dando-lhes aula. Após minhaapresentação, eles se dirigem à sala de multimídia para fechamento da atividade proposta peloprofessor titular. As apresentações foram sobre maquiagens e música pop. Esses assuntosforam abordados ao longo da história.Em grupos de quatro, começaram as apresentações. Logo no início, entrou em salauma professora de outra disciplina entregando trabalhos. A turma se dispersou ainda mais.Isso tomou um tempo de aproximadamente 15 min. A professora procurou retomar o controle,mas a turma continuou muito agitada. E assim seguiram as apresentações dos trabalhos.O primeiro grupo ao se apresentar falou sobre maquiagem, fez uma breve explanaçãoem uma linha de tempo, começando com maquiagem Egípcia e estendendo-se até os dias


18atuais. Detalharam a parte da estética, técnicas de maquiagem... Fizeram uma brevedemonstração em uma colega. Tempo aproximado, 20 min. Após a apresentação a professoralevantou algumas questões, onde os alunos participaram demonstrando interesse, mascontinuavam com conversas paralelas. Temas refletidos à cerca da maquiagem: A questão damasculinidade; antigamente, segundo a professora titular, os homens confiavam em suasesposas a freqüentarem os salões, caso soubessem que os profissionais fossem mulheres ouque tivessem, um certo, jeito afeminado, isso garantia-lhes a confiança em suas esposas.Também falaram sobre as maquiagens do dia a dia, profissões que exigem maquiagem...O segundo grupo ao se apresentar demorou cerca de 10min para organizar-se.Colocaram vários cartazes na parede. O assunto foi sobre Música POP. Também com númerode quatro integrantes.Fizeram um passeio pela pré-história, passando pela Música POP, com influênciadireta da música americana, até chegar à música sertaneja. O assunto parecia muitointeressante, onde levantaram questionamentos acerca do tema. Havia uma forte manifestaçãodos colegas e a professora exigiu organização. Quando trouxeram a questão da músicasertaneja, oriunda do Brasil, fizeram um breve apanhado histórico, passando pela moda deviola, até Vitor e Léo. Também houve uma breve noção de Música Clássica, e demonstraramque não estão acostumados a escutarem esse tipo de música. No apanhado que fizeram, nobreve histórico, liam errado o nome dos músicos, não tinham noção da história e do período.Demonstrando assim total desinteresse pelo assunto em questão.O trabalho foi enriquecido com clips, vídeos de artistas atuais. Isso fez com que osdemais colegas se interessem pelo que estava sendo ensinado.Após a apresentação do grupo, a professora questionou-os sobre os trabalhosapresentados. Feito isso retornaram à sala de aula.Segundo a professora Srª Eliana Ennes da Silva, a proposta foi a de repensar a arte,tendo como parâmetro o próprio aluno, consciente e crítico, a partir de experiências vividas ede abordagens feitas pelo professor, levando-os a pensar que os conceitos mudam conforme otempo/época.


19Já em sala de aula, ela distribuiu uma folhinha de auto-avaliação, onde questiona sobresuas apresentações, postura e criatividade. Logo após, a professora recolheu as fichas, abrindoespaço para a minha atividade.Tornei a me apresentar, pedi então que respondessem algumas perguntas, a fim depoder realizar um trabalho com qualidade para o segundo semestre, a partir de uma proposta,técnica ou conceito, ainda não estudado. Também pedi que desenhassem na mesma folha,onde discutimos o tema. Após breve discussão, chegamos à conclusão que seria “Um final desemana com a família”.Fig.6 Entrevista turma 1DA resposta ao questionário e a execução do desenho ocorreu no restante da aula. Nodecorrer dessa atividade, diferentemente da turma anterior, foram feitas poucas perguntas,tinham um controle e conhecimento do assunto em questão. Quanto ao desenho, se mostraramincomodados, muito agitados. Pintaram conforme pedido, mas com divergências e restrições,porém esta constatação não se aplica a toda turma.Pude perceber que a turma no geral é muito agitada, por isso o assunto a ser trabalhadopara o segundo semestre deve ser cativante e contagiante, para que se possa mudar o conceitode arte como uma disciplina desinteressante e de pouco proveito.O tempo foi curto para uma avaliação criteriosa referente ao trabalho do professor.Pude perceber que é inspirado nas metodologias da Escola Construtivista, onde o ponto de


20partida é o conhecimento prévio do aluno. Em sua fala, pode-se observar que a professora estáavaliando o tempo todo, obtendo indicadores para suas intervenções e propondo atividadesdiferenciadas para os alunos com dificuldades.1.4 Sondagem da população-alvo1.4.1Turma 8C/Ensino Fundamental/IENH–FundaçãoEvangélica de NH.A turma era formada por trinta e dois alunos, 17 meninos e 15 meninas, com idadesentre treze e quatorze anos. Mostraram-se bastante agitados quanto ao comportamento, muitasvezes excessivo. Já praticaram várias técnicas dentro das propostas das aulas de artes, emexperimentos feitos pelo professor titular, porém empregando técnicas tradicionais como odesenho, a colagem, a pintura, a modelagem... Percebeu-se nos alunos, tanto o prazer emalguns como o desprazer em outros, em desenhar. Nota-se que nesta fase eles têm uma fortetendência em desenhar caricaturas, pois torna a representação menos comprometida. Hácrianças que possuem desenhos mais elaborados e outras menos, provavelmente devido a doisfatores: o gosto e o estímulo.A partir do segundo ano do ensino médio a escola oferece oficinas dirigidas de arte,como: teatro, a dança e as artes visuais. Isso os leva a desenvolver o aprimoramento dastécnicas.Fig. 7 Entrevista e desenho Turma 8CA turma possui um aluno de inclusão/XXX, autista, o qual permanece sentado e quietoem sala de aula, ora fazendo as atividades ora dispersando os colegas, porém eles já estãoacostumados e o aceitam como parte do grupo. Ele apresenta comprometimento no


21desenvolvimento da linguagem, parece fechado e distante, preso a atitudes restritas e rígidopadrão de comportamento. Vive em seu "mundo próprio" interagindo com o ambiente quecria, talvez por ficar isolado em seu canto observando os colegas. Não é porque ele estivessedesinteressado nas atividades, mas porque vive em seu mundo. Ele, segundo a professora,simplesmente tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.Percebi através da sua escrita que a dificuldade de comunicação está presente, mas existemanifestação de comunicação. Em seu desenho, apresentou traços de uma criança que está nafase pré-esquemática ou simbólica - de 4 aos 7 anos de idade, pois desenha em formasgeométricas, usando circunferências para representar a figura humana. A criança nesta fase éegocêntrica: desenha ele como centro e o resto a sua volta em segundo plano. O seu desenhonão apresenta céu ou chão, não há um registro vinculado à realidade espacial em que vive: osobjetos parecem estar soltos no espaço, demonstrando que o processo da definição dalateralidade ainda está em formação. Quanto à cor usada no desenho, há representação decores diferentes aleatórias, não necessariamente associa a cor com a realidade.Em relação às perguntas do questionário pude observar que a maioria dos alunosconsidera a escola de ensino qualificada por apresentar projetos voltados aos seus interesses,como: esporte, informática, intercâmbios... A maioria dos alunos já visitou algum tipo deexposição, como as Bienais do MERCOSUL, exposições em galerias e na própria escola. Afamília participa diretamente na visitação dos espaços culturais, criando assim um incentivo àcultura.Fig. 8 Entrevista e desenho Turma 8C


22Considerando que os alunos, por mais experiências que possam ter de produção dentroda sala de aula, têm pouca vivência com manifestações artísticas contemporâneas e que hápouco estímulo quanto à produção de vídeos, propõe-se a utilização desse meio como viéspara refletir sobre o mecanismo que possibilite um diálogo rápido e interativo com o aluno. Ovídeo arte é colocado aqui com meio para compreender as diversas facetas da artecontemporânea, já que os alunos buscam dinamismo, o que pode ser canalizado através deações criativas. As relações da arte com seu dia a dia, tão presente na arte contemporânea e notrabalho de Mª Helena Bernardes, permitirão que esse aluno possa interiorizar o caminhar dovídeo dentro da história da arte, não só mais como registro e sim como parte integrada naconstrução da sua história de vida.1.4.2 Turma 1D/ Ensino Médio/ IENH – Fundação Evangélica de NH.A turma era formada por vinte e oito alunos, 15 meninos e 13 meninas, com idadesentre catorze e dezesseis anos, mostraram-se bastante agitados quanto ao comportamento.Quanto à questão de experimentações de técnicas dentro da disciplina de artes, assim como aoutra turma, já vivenciaram várias propostas, porém empregando técnicas sempre tradicionaiscomo o desenho, a colagem, a pintura, a modelagem... Nisso percebia-se, também nestesalunos, tanto o prazer em alguns como o desprazer em outros, nas aulas de artes. Nota-se quenesta fase o realismo visual se torna exigente, pois à medida que a criança cresce desenvolveum espírito critico em relação aos seus trabalhos. Existe uma forte tendência em desenhar deforma caricata, pois torna a representação menos comprometida. Portanto existem criançasque possuem desenhos mais organizados e outras menos, provavelmente devido a doisfatores: o gosto e o estímulo.Da mesma forma o aluno/YYY, de inclusão, apresenta traços característicos ao alunoda turma 8C, mas com algumas peculiaridades características da fase pré-esquemática quantoao espaço e cor. Aparece a delimitação do chão, linha de base e céu. A cor é usada de acordocom os padrões rígidos: céu azul, a copa da árvore verde, o tronco marrom, o chão marrom esol amarelo.De certa forma o grupo demonstra que a técnica do desenho com característicasmimetistas não é trabalhada com ênfase na escola o que se pode apreciar nos anexos 3 e 4.


23Fig. 9 Entrevista e desenho Turma 8CAlém desses dois fatores citados anteriormente do desenvolvimento do desenhoquanto a sua maior ou menor elaboração, provavelmente existam ainda fatores queinfluenciam o desenho, como família, situação social e econômica, a adolescência, distúrbiospsicológicos e gosto particular. O que diferencia um desenho pertencente a uma fase ou outrado desenvolvimento é o nível de sofisticação. Se o desenho é mais ou menos elaborado. Isso,na verdade, é um reflexo da maior ou menor apuração da percepção visual da criança autorado desenho. A percepção visual e a criatividade se desenvolvem paralelamente.A partir do segundo ano do Ensino Médio a escola oferece aos alunos oficinasdirigidas ao teatro, a dança e as artes visuais. Deixando o aluno escolher o que melhor lheagrade.1.5 Análise do regimento escolarA escola é referencial importante na educação dentro e fora da cidade de NovoHamburgo. Tem uma trajetória de mais de cem anos. Começando com a chegada dosimigrantes alemães na região. Em março de 1886, as irmãs Amalie e Lina Engel criam, no“Hamburger Berg” em Hamburgo Velho uma pequena escola. Uma escola para meninas, comlugar para nove internas. Começando com apenas uma aluna. Em uma casa alugada, que selocalizava na Avenida General Daltro Filho nº 26, próxima da atual Galeria de Arte do pintorFrederico E. Scheffel e a casa Presser. Mais tarde, com a ajuda do irmão Friedrich ArnoldEngel adquirem a casa.


24Fig.10 Um pouco da HistóriaAs irmãs chegam ao Brasil como professoras formadas, com influências de pedagogosda época numa proposta pedagógica nitidamente evangélica e muito abrangente. A propostada escola era o estudo científico e humanístico, orientando o aluno para a vida. Havia tambémaulas práticas de trabalhos manuais femininos. Seu objetivo central era fortalecer as alunas nafé evangélica. Lamentavelmente existem poucos documentos originais sobre os primeirosanos de funcionamento do internato-escola. No seu sexagésimo aniversário da escola, exalunasfizeram um resgate através de depoimentos pessoais. Os depoimentos e documentosserviram de base para a retrospectiva sobre as pioneiras da educação feminina evangélica noRio Grande do Sul.Hoje, com os mesmos princípios luteranos buscam cada vez mais estar à frente do seutempo. A proposta da Fundação Evangélica é o preparo de lideranças comunitárias através daeducação como processo de resposta à necessidade e à ansiedade do aluno. A história daFundação Evangélica se caracteriza pela busca constante da educação participativa. A própriaestrutura da Fundação assim o exige. É uma escola nascida da vontade da Comunidade emantida a partir e pela própria Comunidade. A Fundação Evangélica não tem um fim em si.Ela está a serviço da Comunidade, a quem pertence.A formação da Fundação Evangélica nasceu da Fé dos que a construíram, mantiverame mantém com o objetivo de encontrar, contribuir e construir uma sociedade mais pacífica ejusta, mas para isso é necessário uma boa educação.


251.6 Observação sobre a escolaQuanto à estrutura, existe um cuidado constante na manutenção de tudo, desde ahistória ao prédio, os equipamentos, as salas, os laboratórios de informática, a biblioteca, osistema de vigilância, os jardins, as quadras, as áreas de circulação, os funcionários... E écobrada do funcionário uma organização ímpar, a fim de oferecer ao aluno as melhorescondições possíveis de aprendizado.Fig. 11 Parte frontal e lateral do Prédio da IENH/ Hamburgo VelhoO que pude observar da escola é que ela possui espaço físico amplo, arborizado eajardinado. As salas de aula possuem recursos como ventiladores, janelas amplas com boailuminação natural. A escola possui uma sala de artes, espaço amplo para as atividadesartísticas. Existe sistema de vigilância por todo complexo e um sistema de manutenção nosreparos bem eficiente, não vemos nada quebrado ou estragado. Há canchas de esportes ao arlivre cobertas, possuindo também uma quadra fechada. Por todo a escola encontram-se muraise quadros. A escola está de acordo com as leis de ACESSIBILIDADE - acesso livre paradeficientes como rampas. Há também, restaurante e bar estruturados, os banheiros sãohigienizados. A biblioteca tem um grande acervo destacando-se em arte:. AQUINO, Flávio D.ARTES PLASTICS/1, VOLUME 8.; KIDSON, Peter. Mundo da arte; HANSEN, KarlHeinz. Primeiro encontro com a arte; BARROS, Anna. A arte da percepção; ENSINO,da Arte Em Foco. O ENSINO DA ARTE EM FOCO; ARAÚJO, Iaperí. Elementos daarte popular; GIORDANI, Mario Curtis. História da antigüidade oriental; BIENAL DEARTES, Visuais do Mercosul. Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2; FALCAO, GeraldoGranja. MODELAR É FÁCIL QUANDO SE SABE COMO... O acervo de livros em artesé grande, em sua maioria encontra-se um ou dois exemplares.


26Fig. 12 O Cuidado com a escola1.7 Conclusão da sondagemPercebe-se na instituição um sistema organizado que vai da parte operacional aestrutura física, fundamentada em princípios luteranos e focada na construção de um alunoconsciente e crítico. Conforme entrevista feita com a coordenação pedagogia, a escola buscacada vez mais estar à frente do seu tempo. Não se baseia em uma escola ou teoria filosóficaou teológica apenas, busca promover uma educação de qualidade através da construção,produção e socialização do saber, com base nos princípios cristãos, para atuar numa sociedadeem transformação. Percebem-se nitidamente através de seus funcionários os princípios dainstituição, como: autonomia, cooperação, ética, inovação, pluralidade, qualidade de ensino,referencial luterano e responsabilidade social.Fig. 13 Dependências da escola: jardins, quadra coberta, corredores com sistema de vigilânciaQuanto ao professor titular da disciplina de artes observa-se um comprometimentocom as aulas de artes. Segundo a professora, a importância da Arte na educação é essencial nocontexto escolar. Contribui para a formação dos educandos como um todo e não apenas noque se refere aos conteúdos do Componente Curricular. Retomando o que já foi citado, aprofessora disse que “...a maioria das escolas “valorizará o que for valorizado” pelo seuprofessor de arte. A proposta pedagógica da área de artes na nossa escola é voltada para a arte


27como um todo, abordando inúmeros aspectos, inclusive o artesanato. Entendemos o artesanatocomo uma parte da arte, que possui características próprias. Na escola se trabalha conforme asnecessidades e potencialidades de cada faixa etária. Existem momentos em que a parte técnicarecebe destaque e a reflexão acontece de forma sutil. Em outros momentos a conceitualização,o debate e a reflexão sobre a arte, não apenas o fazer assumem o papel principal.Quanto aos alunos, percebeu-se que por mais experiências que possam ter de produçãodentro da sala de aula, têm pouca vivência com manifestações artísticas contemporâneas e quehá pouco estímulo quanto à produção de vídeos. Propôs-se a utilização desse meio como viéspara refletir sobre o mecanismo que possibilite um diálogo rápido e interativo com o aluno. Ovídeo arte é colocado aqui com meio para compreender as diversas facetas da artecontemporânea, já que os alunos buscam dinamismo, o que pode ser canalizado através deações criativas. As relações da arte com seu dia a dia, tão presente na arte contemporânea e notrabalho de Mª Helena Bernardes e Sebastião Salgado, permitirão que esse aluno possainteriorizar o caminhar da fotografia até chegar ao vídeo dentro da história da arte, não sómais como registro e sim como parte integrada na construção da sua história de vida. Issoamplia a arte como parte na construção desse indivíduo com seus saberes, envolvimento eresponsabilidade, coisas que ainda estão em fase de elaboração por esse indivíduo.Fig. 14 Dependências da escola: corredor, sala de artes


282 PLANO DE UNIDADEIntrodução:O plano de unidade se faz necessário a partir da sondagem, busca-se então umatemática, conforme interesse e necessidade do aluno, pois é o meio de organização paraconstrução do que se pretende ensinar. A partir de pesquisa tem-se como visualizar as etapasa serem seguidas para desenvolver um trabalho sério e comprometido com o processo deaprendizado do aluno.2.1 Turma 8CPLANO DE UNIDADENome da Escola: IENH / Fundação Evangélica de NH. Telefone: 3594- 3022Nível de Ensino: Fundamental Série: 8 Turma: CDia da Semana: Segunda-feira Turno: Manhã Horário: 10h20min às 12hProfessor (a) Titular: Eliana E. SilvaProfessor (a) Estagiário (a): Célia Margela ArnoldCaracterização Global dos Alunos:A turma é formada por trinta e dois alunos, com idades entre treze e quatorze anos. Mostram-sebastante agitados quando deveriam se manter atentos à explicação do professor. Quanto àquestão de experimentações de técnicas dentro da disciplina de artes, já vivenciaram váriaspropostas, porém empregando técnicas sempre tradicionais como o desenho, a colagem, a pinturae a modelagem. Nisso percebe-se nos alunos tanto o prazer em alguns como o desprazer emoutros, em desenhar. Nota-se que nesta fase eles têm uma forte tendência em desenhar de formacaricata, pois torna a representação menos comprometida. Há crianças que possuem desenhosmais elaborados e outras menos, provavelmente devido a dois fatores: o gosto e o estímulo.A turma possui um aluno de inclusão, autista, que é bem aceito pelo grupo. O respeito pelocolega é notório, o que auxilia os alunos a exercitarem a solidariedade e a cidadania.


29Título da Unidade: Da Modernidade à 7ª Bienal do MERCOSULArtista Mª Helena BernardesÁreas Envolvidas: Artes VisuaisTécnicas Previstas: Montagem de vídeoDuração (N o de sessões): cinco sessões de 50 min.Idéia Central: O conceito do que é arte e de que modo ela muda ao longo da história. Uma dasmanifestações que caracteriza a arte contemporânea é a utilização do vídeo como meio deexpressão.Atividade de Lançamento: Em busca de novos conceitos. Questionário/ sondagem sobreconceitos voltados à arte contemporânea.Atividade de Culminância: Arte... E o que mudou em mim??!Objetivos Gerais da Unidade:Mudar paradigmas.Conhecer ao vivo um artista que produz arte contemporânea e sobre o que pensa a respeito dearte.Dialogar sobre a produção de arte hoje no mundo.Produzir vídeos.Mudar conceitos a respeito do que vem a ser Arte.Justificativa:Considerando que os alunos, por mais experiências que possam ter de produção dentro da sala deaula, têm pouca vivência com manifestações artísticas contemporâneas e que há pouco estímuloquanto à produção de vídeos, propõe-se a utilização desse meio como viés para refletir sobre omecanismo que possibilite um diálogo rápido e interativo com o aluno. O vídeo arte é colocado


30aqui com meio para compreender as diversas facetas da arte contemporânea, já que os alunosbuscam dinamismo, o que pode ser canalizado através de ações criativas. As relações da artecom seu dia a dia, tão presente na arte contemporânea e no trabalho de Mª Helena Bernardes,permitirão que esse aluno possa interiorizar o caminhar da fotografia até chegar ao vídeo dentroda história da arte, não só mais como registro e sim como parte integrada na construção da suahistória de vida.Bibliografía:MOTTA, Gabriela – Entre olhares e lecturas/ Uma abordagem da Bienal do Mercosul – Ed.ZoukFIDELIS, Gaudêncio – Uma história concisa da Bienal do Mercosul / Histórias da Arte e do Espaço –Fundação BienalBERNARDES, MARIA Helena – Vaga em campo de rejeito – Documento AREAL 2 – Ed. Escriturashttp://www.canalcontemporaneo.art.br/cursoseseminarios/archives/002320.htmlhttp://vs40.pytown.com:8080/portal/.noticias/noticias-2008/novo-conselho-curatorial-da-fundacao-ibere-camargo/http://www.itaucultural.org.brCris/ setembro 2009


Mapa ConceitualArteModernaArteContemporânea1ª BienalBienal MercosulMª Helena BernardesTrabalho de Residênciapara BienalVídeoAtividadeProdução Imagens Produção TextoImagem/Texto/VídeoMostraAvaliação


32PLANO DE UNIDADE 1ª Aula 28/09/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12h / Ensino Fundamental / 8ª COBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMACONTEÚDOQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaBienal doMercosulArtistaMª HelenaBernardesIntrodução asartesEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerAvaliarSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarApresentação do estagiário.O que pretendo com a turma, sistemade avaliação, número de encontros, oque espero deles e esclarecer o quepossam esperar de mim. CP1Atividade de Lançamento:Em busca de novos conceitosDistribuir para turma perguntasreferentes ao conceito de artedentro de uma Bienal.Diálogo com a turma de acordo com oCP2Pedir a eles que tentemdefinir/conceituar.OuvirQuestionarSala multimídiaPower point20151ª2ªSala de multimídia:Apresentação em Power Point deuma linha do tempo da ArteModerna até Contemporânea.Breve explicação da Semana de 22.Definição do que vem a ser ArteModerna e Contemporânea.Introdução do tema Bienal doMERCOSUL. CP 350Após a apresentação do Power Pointespaço para diálogo a respeitodas questões do que vem a ser Arte.Apresentação superficial da artista MªHelena Bernardes e de seu trabalho naBienal.15CRIS/ setembro de 2009.


CP 11. Apresentação mútua.2. Proposta aos alunos das questões e conteúdos a serem estudados em aula:• (Questioná-los sobre o conceito de arte). O que, afinal é arte?• A arte muda conforme o tempo e contexto?• Apresentação e análise de uma “Linha do tempo”.• Diferença entre Arte Moderna e Contemporânea.• Primeira Bienal: Veneza/ Propósito.• Bienal do MERCOSUL.• Mesa de encontro.• Maria Helena Bernardes/ Sua proposta para bienal.• O que eu pretendo com os alunos.• Estudo sobre as mudanças de paradigmas na arte e conhecer o conceito da arteapresentada nas Bienais.• Construir ou produzir um vídeo resgatando valores, histórias, memórias de pessoasanônimas, criando um elo do passado com o presente, para que estas histórias não se percamno tempo.3. Apresentação e discussão sobre o sistema de avaliação:• Avaliação da aula: Participação, empenho, organização, pontualidade, disciplina,respeito entre os colegas e na relação entre o aluno e o professor.• Avaliação na visita da artista: Participação, silêncio, respeito, questionamento,escuta...• Avaliação: montagem do vídeo: Pesquisa, registro, produção do texto, envolvimento,formatação do vídeo, apresentação aos colegas, entrega do trabalho em dia...4. Número de encontros: cinco de 50 min. cada.5. Abrir espaço para que se manifestem sobre o que esperam de mim, como pessoa eprofessora! Respeito? Comprometimento? Paciência? Diálogo? Conhecimento?


34CP 1 ContinuaçãoAVALIAÇÃONumero de encontros/ cinco.1ª Aula 28/09/2009 - Introdução às artes2ª Aula 05/10/2009 - Pesquisa de grupo: Entrevista , filmagem3ª Aula 19/10/2009 - Montagem de vídeo4ª Aula 26/10/2009 - Conclusão da montagem do vídeo5ª Aula 09/11/2009 - Mostra dos vídeos / AvaliaçãoTurma 8CAvaliação aula1ª 2ª 3ª 4ªAndressa Caroline AdamsCamila Peixoto da SilvaDiego Soares SimanskiEduardo SimonEduardo Stein BritoEliza Sant’ana HauschildFernanda Friedrich SorgetzGabriela Pacheco de AlmeidaGuilherme AulerJoão Fernando Vaucher SefrinJúlia Renata Schenckel de OliveiraJuliana Arrue WebsterLars Berger HübbeLuc Leonardus JonathanMushumbaLuciane SchumacherLuciano Luís Menz LiesegangLuíza Strassburger FreitasManuela NoschangMarcelo Weissheimer SchmidtMontagemdo vídeoApresentação/5ª Avaliação


35Mariana Hollmann SchefflerMarina LudwigMatheus KlauckMatheus La BradburyMikaela TopaliánNatacha Führ RamosNathália Caroline Hoffmann CarletPetros RodriguesRafaela Hugentobler BeckerTobias Bohrz PachecoTomaz Lucas Lauer CabralVinícius cunha de souzaSistema de avaliação:• 1ª e 2ª aula /conduta: Participação, empenho, organização, pontualidade, disciplina, respeito• 3ª e 4ª aula (avaliação): Autonomia na manipulação de imagens, envolvimento com aproposta, criatividade, participação no trabalho em grupo...• 5ª aula Exposição/Montagem-produção do Vídeo (avaliação): criatividade/formatação:imagem x texto x vídeo e atenção ao prazo na entrega do trabalho.Obs.: Havia sido previsto a visita da artista plástica Mª Helena Bernardes, porém em funçãode sua agenda de compromissos para Bienal sua presença não foi possível.


36CP 2Atividade de Lançamento: Em busca de novos conceitos.1. O que vocês entendem por arte?2. O que é arte hoje?3. Quem faz arte? Que tipo de artista?4. Por que e para quê existem as Bienais?5. Só coisas “bonitas” entram na Bienal?6. Que tipo de artista entra numa Bienal?7. O que se espera de uma Bienal?


37CP 3Texto Base para discussão do temaArte ModernaSÉCULO XIX: O NASCIMENTO DOS “ISMOS”Há controvérsias sobre os limites temporais do moderno e alguns de seus traçosdistintivos: como separar clássico/moderno, moderno/contemporâneo, moderno/pós-moderno.Observa-se uma tendência em localizar na França do século XIX o início da arte moderna,mantendo a liderança nos duzentos anos seguintes enquanto os estilos vêm e vão.A ascensão da burguesia traz consigo a indústria moderna, o mercado mundial e olivre comércio, impulsionados pela Revolução Industrial.O trajeto da arte moderna no século XIX acompanha a curva definida peloromantismo, realismo e impressionismo. Os românticos assumem uma atitude crítica emrelação às convenções artísticas e aos temas oficiais impostos pelas academias de arte,produzindo pinturas históricas sobre temas da vida moderna.O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pelasuperação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre umsuporte plano.A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inauguram o espaçomoderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832 - 1883).Segundo o crítico norte-americano Clement Greenberg, "as telas de Manet tornaram-se asprimeiras pinturas modernistas em virtude da franqueza com a qual elas declaravam assuperfícies planas sob as quais eram pintadas". As pinturas de Manet, na década de 1860,lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de modernidade e aos tipos daParis moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso, obras comoDejeuner sur L´Herbe [Piquenique sobre a relva] (1863) desconcertam não apenas pelo tema(uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela


38composição formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a funçãode destacar ou modelar as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto.As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet (1840 -1926), Pierre Auguste Renoir (1841 - 1919), Edgar Degas (1834 - 1917), Camille Pissarro(1831 - 1903), Paul Cézanne (1839 - 1906), entre muitos outros. A preferência pelo registroda experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressõespessoais e sensações visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros emprol de pinceladas fragmentadas e justapostas, o aproveitamento máximo daluminosidade e uso de cores complementares favorecidos pela pintura ao ar livreconstituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla explorada emdistintas dicções. Um diálogo crítico com o impressionismo estabelece-se, na França, com ofauvismo de André Derain (1880 - 1954) e Henri Matisse (1869 - 1954); e, na Alemanha, como expressionismo de Ernst Ludwig Kirchner (1880 - 1938), Emil Nolde (1867 - 1956) e ErnstBarlach (1870 - 1938).O termo arte moderna engloba as vanguardas européias do início do século XX -cubismo, construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, neoplasticismo,futurismo etc. - do mesmo modo que acompanha o deslocamento do eixo da produçãoartística de Paris para Nova York, após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), com oexpressionismo abstrato de Arshile Gorky (1904 - 1948) e Jackson Pollock (1912 - 1956). NaEuropa da década de 1950, as reverberações dessa produção norte-americana se fazem notarnas diversas experiências da tachismo. As produções artísticas das décadas de 1960 e 1970,segundo grande parcela da crítica, obrigam a fixação de novos parâmetros analíticos,distantes do vocabulário e pauta modernistas, o que talvez indique um limite entre omoderno e o contemporâneo. No Brasil, a arte moderna - modernista - tem como marcosimbólico a produção realizada sob a égide da Semana de Arte Moderna de 1922. Já existena crítica de arte brasileira uma considerável produção que discute a pertinência da Semanade Arte Moderna de 1922, como divisor de águas.“ISMOS”O Cubismo recusa a idéia de arte como imitação da natureza, afastando noções comoa perspectiva e modelagem, assim como qualquer tipo de efeito ilusório.Realidade construída com "cubos". O espaço do quadro - plano sobre o qual a realidade érecriada - rejeita distinções entre forma e fundo ou qualquer noção de profundidade.


39Para o Construtivismo, a pintura e a escultura são pensadas como construções - e nãocomo representações.Surrealismo “estado de fantasia super naturalista" traz um sentido de afastamento darealidade comum entre sonho e realidade, pela criação de uma realidade absoluta, uma suprarealidade.Permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.O Dadaísmo apresenta-se como um movimento de crítica cultural mais ampla, queinterpela não somente as artes, mas modelos culturais passados e presentes. Trata-se de ummovimento radical de contestação de valores que utiliza variados canais de expressão: revista,manifesto, exposição e outros.O termo dada é encontrado por acaso numa consulta a um dicionário francês."Cavalo de brinquedo", sentido original da palavra, não guarda relação direta, nemnecessária, com bandeiras ou programas, daí o seu valor: sinaliza uma escolha aleatória(princípio central da criação para os dadaístas), contrariando qualquer sentido de eleiçãoracional. "O termo nada significa”.Se o dadaísmo não professa um estilo específico nem defende novos modelos,colocando-se expressamente contra projetos predefinidos e recusa todas as experiênciasformais anteriores, é possível localizar formas exemplares da expressão dada. Nas artesvisuais, os ready-made de Duchamp constituem manifestação cabal de um espírito quecaracteriza o dadaísmo. Ao transformar qualquer objeto escolhido ao acaso em obra de arte,Duchamp realiza uma crítica radical ao sistema da arte. Assim, objetos utilitários semnenhum valor estético em si são retirados de seu contexto original e elevados à condição deobra de arte ao ganhar uma assinatura e um espaço de exposição, museu ou galeria. Porexemplo, a roda de bicicleta que encaixada num banco vira Roda de Bicicleta, 1913, ou ummictório, que invertido se apresenta como Fonte, 1917, ou ainda os bigodes colocados sobre aMona LisaO Suprematismo defende uma arte livre de finalidades práticas e comprometidas coma pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com asformas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas - experimentadas pelo impressionismo - e


40com qualquer referência ao mundo objetivo que o cubismo de certa forma ainda alimenta. Osuprematismo representaria essa realidade, esse "mundo não objetivo", referido a uma ordemsuperior de relação entre os fenômenos - espécie de "energia espiritual abstrata" -, que éinvisível, mas nem por isso menos real.Neoplasticismo, o movimento se organiza, segundo Van Doesburg, em torno danecessidade de "clareza, certeza e ordem" e tem como propósito central encontrar uma novaforma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas e composta a partir deelementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul, vermelho e amarelo –Mondrian.Futurismo é, portanto, uma sensibilidade condicionada pela velocidade dos meios decomunicação, está na base das novas formas artísticas futuristas. Movimento de origemliterária, o futurismo se expande com a adesão de um grupo de artistas reunidos em torno doManifesto dos Pintores Futuristas e do Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas (1910). Apartir de então, se projeta como um movimento artístico mais amplo, que defende aexperimentação técnica e estilística nas artes em geral, sem deixar de lado a intervenção e odebate político-ideológico. Dinamismo e simultaneidade são termos paradigmáticos daproposta futurista.Expressionismo Abstrato refere-se a um movimento artístico que tem lugar em NovaYork, no período imediatamente após a 2ª Guerra Mundial. Trata-se do primeiro estilopictórico norte-americano a obter reconhecimento internacional. Os Estados Unidossurgem como nova potência mundial e centro artístico emergente. As diversas tendências domodernismo europeu vão conhecer soluções novas em solo norte-americano. Os artistas sebeneficiam de amplo repertório disponível no período. A combinação de todas essas fontestem como referência última o pós-guerra, e uma crítica a concepção triunfalista docapitalismo e da civilização tecnológica. A recusa dos estilos e técnicas artísticastradicionais, assim como a postura crítica em relação à sociedade aproxima um grupobastante heterogêneo de pintores e escultores, entre os quais Jackson Pollock (1912-1956),Mark Rothko (1903-1970), Adolph Gottlieb (1903-1974), Willem de Kooning (1904-1997),Ad Reinhardt (1913-1967), D. Smith, Isamu Noguchi (1904-1988). É difícil falar em únicoestilo diante da diversidade das obras produzidas, algumas figuras e técnicas acabaramdiretamente associadas ao expressionismo abstrato, por exemplo J. Pollock.


41Os emaranhados de linhas e cores que explodem nas telas de Pollock afastam qualquer idéiade mensagem a ser decifrada.A Semana de Arte Moderna inserida nas festividades em comemoração aocentenário da independência do Brasil, em 1922, apresenta-se como a primeira manifestaçãocoletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno emoposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o séculoXIX.Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, realiza-se no Theatro Municipal de SãoPaulo um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões líteromusicaisnoturnas. Entre os pintores participam Anita Malfatti, Di Cavalcanti,Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Yan de Almeida Prado eAntônio Paim Vieira, com dois trabalhos feitos a quatro mãos, e o carioca AlbertoMartins Ribeiro, cujo trabalho não se desenvolveu depois da Semana de 22. No campo daescultura, estão Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Velloso. A arquitetura érepresentada por Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel. Entre os literatos e poetas,tomam parte Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia,Oswald de Andrade, Renato de Almeida, Ronald de Carvalho, Tácito de Almeida, além deManuel Bandeira com a leitura do poema Os Sapos. A programação musical trouxecomposições de Villa-Lobos e Debussy, interpretadas por Guiomar Novaes e Hernani Braga,entre outros.A Semana de 22 não foi um fato isolado e sem origens. As discussões em torno danecessidade de renovação das artes surgem em meados da década de 1910, em textos derevistas e em exposições, como a de Anita Malfatti em 1917. Em 1921 já existe, por parte deintelectuais como Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, a intenção de transformar ascomemorações do centenário em momento de emancipação artística. No entanto, é no salãodo mecenas Paulo Prado, em fins desse ano, que a idéia de um festival com duração de umasemana, trazendo manifestações artísticas diversas, toma forma inspirado na Semaine de Fêtesde Deauville, cidade francesa. Nota-se que sem o empenho desse mecenas o projeto não sairiado papel. Paulo Prado, homem influente e de prestígio na sociedade paulistana, consegue queoutros barões do café e nomes de peso patrocinem, mediante doações, o aluguel do teatro paraa realização do evento. Também é fundamental seu papel na adesão de Graça Aranha à causados artistas "revolucionários". Recém-chegado da Europa como romancista aclamado, a


42presença de Aranha serve estrategicamente para legitimar a seriedade das reivindicações dojovem e ainda desconhecido grupo modernista.Sem programa estético definido, a Semana desempenhou na história da arte brasileiramuito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produçãoliterária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação denovas linguagens. Pois, se existia um elo de união entre seus tão diversos artífices,este era, segundo seus dois principais ideólogos, Mário e Oswald de Andrade, a negação detodo e qualquer "passadismo": a recusa à literatura e à arte importadas com os traços de umacivilização cada vez mais superada, no espaço e no tempo. Em geral todos clamam emseus discursos por liberdade de expressão e pelo fim de regras na arte. Fez-se presente,também, certo ideário futurista, que exigia a deposição dos temas tradicionalistas em nome dasociedade da eletricidade, da máquina e da velocidade. Na palestra proferida por Mário deAndrade na tarde do dia 15, posteriormente publicada como o ensaio A Escrava que não éIsaura (1925), ocorre uma das primeiras tentativas de formulação de idéias estéticasmodernas no país. Nessa conferência, o autor antevê a importância de temperar o processo deimportação da estética moderna com o nativismo, o movimento de voltar-se para as raízes dacultura popular brasileira. A dinâmica entre nacional e internacional torna-se a questãoprincipal desses artistas nos anos subseqüentes.Com a distância de mais de 80 anos, sabe-se que, com respeito à elaboração e àapresentação de uma linguagem verdadeiramente moderna, a Semana de 22 não representaum rompimento profundo na história da arte brasileira, pois no conjunto de qualidadeirregular de obras expostas não se identifica uma unidade de expressão, ou algo comouma estética radical do modernismo. No entanto, há de se reconhecer que, a despeito detodos os antagonismos, esse evento configura-se como um fato cultural fundamentalpara a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil e isso, sobretudopelos debates públicos mobilizados (cercados por reações negativas ou de apoio) e pelariqueza de seus desdobramentos na obra de alguns de seus realizadores.


43Arte ContemporâneaA arte contemporânea é um período artístico que surgiu na segunda metade doséculo XX e se prolonga até aos dias de hoje.Quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que éproduzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própriaarte ou uma análise crítica da prática visual. Como dispositivo de pensamento, a arteinterroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazemparte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O contemporâneo nãobusca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século:propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura.Geralmente, o artista de vanguarda tinha a necessidade de experimentar técnicas emetodologias, com o objetivo de criar novidades e se colocar à frente do progressotecnológico. Hoje, fala-se até em ausência do "novo", num retorno à tradição. O artistacontemporâneo tem outra mentalidade, a marca de sua arte não é mais a novidade moderna,mesmo a experimentação de técnicas e instrumentos novos visa a produção de outrossignificados. Diante da importância da imagem no mundo que estamos vivendo, tornou-senecessário para a contemporaneidade insinuar uma critica da imagem. O artista reprocessalinguagens aprofundando a sua pesquisa e sua poética. Ele tem a sua disposição comoinstrumental de trabalho, um conjunto de imagens. A arte passou a ocupar o espaço dainvenção e da crítica de si mesmo.As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio àdisposição da liberdade do artista, que se somam às técnicas e aos suportes tradicionais, paraquestionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visãopronta do mundo. O trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinadaatenção, um olhar que pensa. Um vídeo, uma performance ou uma instalação não é maiscontemporâneo do que uma litogravura ou uma pintura. A atualidade da arte é colocada emoutra perspectiva. O pintor contemporâneo sabe que ele pinta mais sobre uma tela virgem, e éindispensável saber ver o que está atrás do branco: uma história. O que vai determinar acontemporaneidade é a qualidade da linguagem, o uso preciso do meio para expressar uma


44idéia, onde pesa experiência e informação. Não é simplesmente o manuseio do pincel ou docomputador que vai qualificar a atualidade de uma obra de arte.Nem sempre as linguagens coerentes com o conhecimento de nosso tempo são asrealizadas com as tecnologias mais avançadas. Acontece, muitas vezes, que os significados daarte atual se manifestam nas técnicas aparentemente «acadêmicas». Diante da tecnologia aarte reconhece os novos instrumentos de experimentar a linguagem, mas os instrumentos esuportes tradicionais estão sempre nos surpreendendo, quando inventam imagens que atraemo pensamento e o sentimento.Mas em que consiste essencialmente a arte contemporânea? Ou melhor: qual o segredoda arte na atualidade? Pode parecer um problema de literatura ou de filosofia. - É muito maisuma questão de ética do que de estilo, para se inventar com a arte uma reflexão. Não existemestilos ou movimentos como as vanguardas que fizeram a modernidade. O que há é umapluralidade de estilos, de linguagens, contraditórios e independentes, convivendo em paralelo,porque a arte contemporânea não é o lugar da afirmação de verdades absolutas.BienaisPonto de partida: Espaço HistóricoExposição de arte do tipo Bienal:Regredir até o surgimento da primeira mostra do gênero. A primeira Bienal daHistória – 1895 em Veneza – está inserida em um contexto histórico de RevoluçãoIndustrial, iniciada no séc. XVIII, que nos remete à idéia de linha de montagem ereprodução em série, e essa idéia de cultura evoca uma reflexão interiorizada do homem. Apartir desse momento que se observa com mais precisão os aspectos da MODERNIDADE, eo surgimento abundante de produtos derivados de objetos relativos a uma chamada altacultura, passa a entendê-lo como um novo mercado.Esse lazer foi aos poucos formando a indústria do entretenimento, amplamenteinserida no contexto contemporâneo. Onde se destacam a ânsia das pessoas pelo “novo”, emum meio a um cotidiano que se apresenta vertiginoso em função da aceleração dastransformações, principalmente tecnológicas. Isso tudo tem início no pensamento iluminista,


45do séc. XVII, que se empenhou na busca por uma liberdade de reflexão até entãoinimagináveis.Interessante perceber que essa disponibilidade social diante do novo e o gosto pelaexperiência, bem como o desenvolvimento de uma indústria cultural, onde essapredisposição é explorada a ponto de exigir novas reflexões a cerca das concepçõesculturais, estão na raiz do surgimento das bienais.O que essas considerações nos indicam é a complexidade do campo das artes visuaisdo início do século XX, onde coexistem e se desenvolvem tanto no sistema modernos decirculação da arte – como as galerias comerciais e as exposições individuais e coletivas,quanto a própria arte se questiona a respeito das suas especificidades. Podemos detectar aidéia de reflexão e a idéia de diversão. Reflexão-diversão, mesmo pensando que a sociedademoderna não gosta da arte que levanta problemas, a noção de arte como objeto de troca, já seorganiza sob o signo de mercadoria, isso é, relacionada a uma elite econômica, que nemsempre corresponde a uma elite cultural.A própria existência de um mercado pode ser encarada como um desafio ao artista,capaz de reforçar a dimensão incontrolável da arte. No entanto, é justamente a singularidadeda condição intelectual e artística nos impele a desenvolver as reflexões acerca da Bienal doMERCOSUL a partir de entrevistas com artistas que participam desta exposição.BIENAIS DO MERCOSULA 1ª Bienal: pioneirismo e ousadia numa iniciativa de fôlego1997Fatores como o crescimento econômico, implantação de pequenas e médias empresasvieram a dar um novo fôlego à economia local. 1997 foi um ano que marcou de formasignificativa a trajetória cultural, política e socioeconômica do estado, como àsimplementações de reformas do aparelho estatal, as privatizações, as implicações de trazerpara o estado grandes projetos subsidiados, a paralização econômica do Cone Sul à integraçãovia MERCOSUL, no mercado mundial. Muitas promessas, nos mais diversos setores da vidapública, sinalizaram para que Porto Alegre se tornasse a “Capital cultural do MERCOSUL”.


461ª Bienal e seu campo conceitualEm 1936, Torres Garcia, artista uruguaio, coloca o mapa do continente americano decabeça para baixo, posicionando-se de forma critica à situação da arte na América latina,colocando-se assim diante de uma perspectiva visionária. Período em que a América latinapassava por insatisfações e em que os sentimentos nacionalistas cresciam.Com essa atitude Torres Garcia queria nos mostrar que não podíamos sermodernos e civilizados, uma vez que tais prerrogativas não nos eram permitidas, e umamudança estratégica no modo de pensar fazia-se necessária. Para isso, seria preciso quemudássemos a posição do olhar, ou seja, nossos delimitadores culturais.A atitude de Torres Garcia tem uma importância inaugural, justamente por ser a primeira vezem que há uma consciência pela busca de autonomia para a obra artística sob umaperspectiva latino-americana.2ª Bienal do MERCOSUL: um grande esforço para a consolidação1999Necessidade de promover uma harmonia das diferenças. Caracterizou-se pelo desafiode viabilizar o evento em um contexto financeiramente desfavorável, com a desvalorização doreal em relação à moeda norte-americana. Caracterizando-se, assim, por um grande desafiodiplomático.A identidade e a diversidade cultural são os vetores conceituais da mostra.A 2ª Bienal realizou um verdadeiro processo de arqueologia urbana ao revelar àcidade uma série de sítios arquitetônicos ainda não integrados à vida urbana de Porto Alegre.Com a recuperação desses espaços ociosos na cidade, preparados para exposições, deu umacaracterística marcante à 2ª Bienal. No que se refere à exposição, segundo o curador FábioMagalhães, a intenção dessa Bienal não era reunir as obras em torno de um tema, mas sim aoredor da problematização de questões da atualidade.3ª Bienal do MERCOSUL: continuidade e transição em curso2001Ficou conhecida pela criação da cidade dos contêineres, em uma área de 60 mil metrosquadrados no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Essa bienal se caracterizou fortemente porbuscar um mapeamento da produção emergente, promovendo uma visão para o futuro. Aimportância de dar visibilidade à produção jovem em uma bienal é para mostrar o que estáacontecendo hoje na arte contemporânea.


474ª Bienal do MERCOSUL: reconhecimento e profissionalização do evento2003A poética curatorial teve como tema a “arqueologia contemporânea”, buscando traçaros veículos entre as origens e a condição atual da arte latino-americana, sob um viés daidentidade.5ª Bienal do MERCOSUL:2005Compartilhar com o público a idéia de que, por mais surpreendentes, estranhas einusitadas que possam parecer certas manifestações da arte contemporânea, elas podem sercompreendidas quando inscritas num contexto histórico. Essa versão da Bienal parte do pontode vista de que a melhor Teoria da Arte é a própria História da Arte, ou seja, é através dosartefatos artísticos que poderemos compreender as transformações e percursos históricos daprópria arte. Assim, a Ação Educativa propos reinventar-se, a partir das experiências dasedições anteriores, e da temática central dessa Bienal que trata das transformações doespaço e da arte, propondo reflexões sobre as relações do público com a artecontemporânea e com os diferentes espaços vivenciados.Nesta perspectiva, a cidade não é apenas um espaço de trânsito, mas também umespaço de inserção da arte contemporânea que poderá suscitar novas experiências em relaçãoao ambiente e despertar olhares que passam despercebidos na vida cotidiana.Nesta bienal propôs-se a discussão sobre as relações entre homem e espaço, a troca deidéias sobre as questões das linguagens das obras de arte, tendo em vista as diferentesmodalidades de vivermos e percebermos a espacialidade contemporânea.A Bienal assume o papel de catalisador entre o público e as obras: diferentes obras,vistas por diferentes públicos, em diferentes espaços despertam olhares diferentes -estimulando a percepção e gerando enriquecedoras discussões.


486ª Bienal do MERCOSUL:2007No caminho da valorização de uma geografia cultural, criada a partir da voz do artista,extrapolar limites de fronteiras geopolíticas mostrou-se um passo necessário. Por isso, oprojeto curatorial da 6ª edição da Bienal do MERCOSUL foi inspirado na metáfora ATerceira Margem do Rio, uma imagem tomada do célebre conto de Guimarães Rosa eadotada na 6ªBienal do MERCOSUL.Segundo o curador-geral da mostra, Gabriel Perez-Barreiro, a terceira margemsimbolizou uma mudança de perspectivas. Enfatizou a possibilidade de criação de umaterceira forma de perceber a realidade, rompendo com as dualidades que a definiram edelimitaram – nacionalismo e globalização, direito e esquerdo, bem e mal, figuração eabstração, entre outros. A terceira margem foi ainda uma metáfora da geografia regional,definida por fronteiras pluviais, e fez alusão ao antagonismo entre regionalismo fechado eglobalização sem diferenças. “Nas questões políticas, quase todos os países do MERCOSULestão envolvidos em algum tipo de experiência de 'terceira via' entre o socialismo e aeconomia de mercado”.Na 6a Bienal do Mercosul, a ênfase foi sobre os artistas que criaram seu próprioespaço dentro de um “sistema estabelecido”, explica Pérez-Barreiro. A imagem daterceira margem também apontou para um dos princípios metodológicos destacuradoria: o diálogo entre dois sujeitos com vivências diferentes que gera uma terceirarealidade.O curador-geral ressaltou ainda que, ao não ter um tema definido, mas, sim, umametáfora, esta edição da Bienal é um olhar do Mercosul para o mundo, um olhar que partedo regional para o global. “É uma Bienal feita desde aqui, do Mercosul, mas que não seencerra em si mesma”, declara. A terceira margem, segundo Pérez-Barreiro, propunha-se aser, também, uma posição a ser adotada ao tratar a relação entre arte e público: “odiálogo deve ser um gerador de alternativas, fruto de constante negociação entre artista e arte,objeto e espectador e espectador e o ambiente ao seu redor”.


497ª Bienal do MERCOSUL: grito e escuta2009Em sua sétima edição a Bienal do MERCOSUL não traz um tema específico paranortear a exposição. Busca, no entanto, colocar um ponto de reflexão sobre a própria mostra, afunção do artista na sociedade atual e a gravidade das crises econômicas, sociais, políticas eculturais no mundo hoje.Mesa de Encontros da Bienal do MERCOSUL – Artistas em Disponibilidade:A educação como espaço para o desenvolvimento de micropolis experimentais,Porto Alegre/ 21 e 22 de julho de 2009, 9h -18hO Projeto Pedagógico da 7ª Bienal do MERCOSUL convidou 14 artistas queaplicaram suas próprias metodologias educativas em comunidades de diferentes regiões doestado do Rio Grande do Sul. O objetivo final seria o de inserir esses projetos artísticos dentrodo sistema educativo e incentivar a interdisciplinaridade como lugar de encontro entrepráticas artísticas e não-artísticas, entre a arte e o real. Os artistas apresentaram publicamenteseus projetos na Mesa de Encontros com o objetivo de confrontar e debater suas propostascom profissionais internacionais interessados nos valores da arte como ferramenta para aeducação.Maria Helena Bernardes / André Severo - Projeto de Residência coletiva para a 7ªBienal do MERCOSUL: Arte da Conversação**André Severo - artista plástico. Vive e trabalha em Porto Alegre, Brasil.O Seminário/ 7ª BienalO Programa de Residências Artistas em Disponibilidade levou 14 artistas a nove regiõesdo estado do Rio Grande do Sul. Cada artista trabalhou suas próprias metodologias educativasnas comunidades escolhidas, com o objetivo de inserir esses projetos artísticos no sistemaeducativo e incentivar a interdisciplinaridade entre práticas artísticas e não-artísticas.


50As falas dos artistas são propostas como:- depoimento a respeito do próprio trabalho e processo criativo pessoal.- discussão sobre a natureza das obras apresentadas nesta edição;- incentivo aos participantes para refletirem sobre conceitos e relacionar a artecontemporânea com temas do cotidiano.- abordagem de aspectos das obras selecionadas para a exposição nos espaçosculturais, além dos desdobramentos, surgidos na contemporaneidade, dos quaispartem os novos meios e formatos dessa arte.Bibliografia:http://www.itaucultural.org.brhttp://www.canalcontemporaneo.art.br/cursoseseminarios/archives/002320.htmlhttp://vs40.pytown.com:8080/portal/.noticias/noticias-2008/novo-conselho-curatorial-da-fundacao-iberecamargo/


PLANO DE UNIDADE 2ª Aula 05/10/2009. Segunda-feira /Horário:10h20min.às12h / Ensino Fundamental / 8ª CCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaBienal doMercosulArtistaMª HelenaBernardesPesquisa degrupoEntrevistaFotografiafilmagemEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionar imagensValorizar,Compreender eContextualizar oassuntoSala de multimídia:Apresentação em Power point da artista MªHelena Bernardes, sua trajetória como artista,e o trabalho de residência para Bienal doMERCOSUL. CP 4Apresentação de vídeos-arte como exemplodo trabalho a ser pedido.Após apresentação questionar os alunos sobreo que entendem por arte até agora.Assim como a artista Mª Helena Bernardesfaz um questionamento e provoca um novoredirecionamento sobre o conceito arte,estimular os alunos a buscarem novaspropostas acerca do tema para sua pesquisa.OuvirDiscutirRegistrarSala multimídiaPower pointFilmes /Vídeoarte5020103ª4ªCRIS/ setembro de 2009Formar grupo de três pessoas. Solicitar queescolham um tema comum para montagemdo vídeo.Os.: Distribuição de um questionário para quefaçam a entrevista.Tema para casa: CP 5Entrevista com pais, pessoas próximas oufamiliares buscando histórias que os façamrelembrar fatos marcantes. Registrar atravésde texto, fotos e filmagens coisas queretratem os temas narrados. Poderá ter trilhasonora dependendo da necessidade de cadaum.Sugestão de ida à Bienal como suporte paracompreender a arte e sua função nacompreensão do mundo.Ficha comquestionário1010


CP 4Maria Helena Bernardes, nasceu em 1966, em Porto Alegre, onde vive e trabalha.Fez bacharel em Artes Plásticas e é Especialista em Expressão Gráfica pela UFRGS. Atuacomo artista plástica, ensaísta, professora e sócia-diretora da Arena, associação sediada emPorto Alegre, dedicada a promover debates, projetos de artistas, publicações e formaçãoteórica nas diversas artes. É autora do livro Vaga em Campo de Rejeito, publicado por Areal,projeto realizado em parceria com André Severo, com quem edita a série de livrosDocumento Areal. Entre seus trabalhos artísticos, realizou Encontro no Intervalo: ArroioDilúvio, com André Severo, Porto Alegre, (2002), Trabalho Falado e uma Série deDisposições, com Fernando Mattos, Camaquã, (2003) e A Estrada que não Sabe de Nada,experiência e publicação realizadas com Ana Flávia Baldisserotto, a partir de 2006, emmunicípios da grande Porto Alegre. Em 2007, apresentou na Galeria Zouk, em Porto Alegre, ainstalação literário-musical Em torno de Nadja, em parceria com Fernando Mattos. Vemparticipando em colóquios e seminários no Brasil e exterior, em torno da situação cultural eartística na contemporaneidade.Proposta / Vaga em Campo de Rejeito:Proponho, diz a artista, uma arte investigativa e inovadora que traça um panorama daviagem experimental que o projeto vem empreendendo.Lembramos que é preciso um olhar “novo”, sempre inquisidor e curioso e, certamentegeneroso a novas descobertas, para apreciar esta arte. É preciso estar aberto a inusitadasexperiências e ter um coração de eterno viajante.Da obra:Busca por espaços vagos em cidades do interior do estado. Tinha em mente encontrarum campo vago, ou seja, uma área maior, de limites imprecisos e que tivesse a mesmacaracterística de coisas deixadas de lado, sobre a qual pudesse reproduzir uma vagaencontrada na área urbana, cidade eleita: Arroio dos Ratos.Artista:Curiosidade puramente espacial, sentia atração por aqueles vazios aleatórios e aomesmo tempo exatos, que não tinham forma nem conteúdo próprios. E para as pessoas


53comuns eles não existiam, tratava de uma categoria de espaços até então invisíveis.Entretanto, uma vez percebida a existência das vagas, elas ganhavam importância.“Um dia, isto não esteve aí”, pensei, contente ao me despedir com os olhos da vaga emcampo de rejeito.Execução da obra:Para os operários alheios aos fatos..., entretanto, eles pareciam encarar comnaturalidade a realização de um trabalho do qual conheciam os meios e desconheciam os fins.Percepção do trabalho de Mª Helena Bernardes visto por André Severo:Estamos desacostumados a um raciocínio não linear e parece que para cadapensamento um pouco mais aberto existe sempre um pensamento objetivo como contraponto.Então, toda ação não-funcional, todo pensamento vago, encontra hoje no intelecto motivospara serem rejeitados ou condenados. A proposta é buscar uma nova compreensão do que nosrodeia, sobre aquilo que é por nós rejeitado.Maria Helena Bernardes não parece acreditar em um espaço próprio para a arte, oupelo menos não parece acreditar em um espaço onde a arte se apresente desligada da vida, daexperiência humana e mesmo da situação cotidiana. Acredita, sim, em uma reflexão artísticaarejada e livre de vícios processuais e institucionais.O seu trabalho ecoa para além do campo da arte e circula com total liberdade nocampo rejeitado pelo pensamento prático da articulação linear. Como resultado formal, otrabalho se apresenta como um frágil recorte em uma situação sem fronteiras, cujos limitesparecem ser também imaginários. A contemplação do resultado da obra produz estranheza eacentua a noção de vazio, de desamparo, de isolamento e de deslocamento de sentido, quecaracterizam a paisagem da região.Uma das características mais marcantes desta obra é que ela parece não poder serapreendida na sua totalidade, pois não é apenas o resultado de uma operação plástica em umterritório especifico. É a soma das várias ações e visitas da artista ao local de trabalho e dasações e colocações de todos os que se envolveram em sua construção.


54Para definirmos o trabalho de Maria Helena Bernardes podemos dizer que ela se apodera deuma forma, um contexto, uma sombra e a transporta até uma zona livre, um espaço comum,um campo de rejeito e constrói com eles reflexões de dimensões artísticas e existenciaisprofundas.Glossário:Ensaísta: Autor ou autora de tentames ou ensaios (artísticos, literários, científicos, etc.).Inquisidor: Que ou aquele que qualifica....Processuais: Método, sistema, modo de fazer uma coisa.Linear: Relativo a linha ou a linhas. Que segue a direção de uma linha. Que é sequencial oudireto.Formal: Relativo à forma. Claro, terminante, positivo; textual.adv. Na forma devida; com formalidade. Campo ou região em que predomina certa cultura.Afinal de contas o que é Arte??! Proposta desafiadora aos alunos:Assim como a artista Mª Helena Bernardes faz um questionamento e provoca um novoredirecionamento sobre o conceito arte, gostaria de que através do exemplo dela, vocês,alunos utilizassem desse meio contemporâneo da apropriação de imagens/filmadas oufotografadas para produção de um vídeo arte.Boa viagem!!!


55CP 5** Modelo de ficha para orientar a entrevistas dos alunos com pessoas do círculofamiliar ou de conhecidos e, ou amigos.IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesEntrevistaO que se pretende??!Tema:_______________________________________________________________________Buscar pessoas próximas que narrem histórias de vida, ouvidas ou vividas, que fizeram a diferença emsuas vidas. DEPOIMENTOS.Narrador/Nome:________________________________________________________________História/ Título:________________________________________________________________Tempo/ Quando??!_____________________________________________________________Com quem aconteceu??!_________________________________________________________Lição da “história”:_____________________________________________________________Que mudanças ocorreram a partir deste fato na personalidade ou maneira de ver as pessoas, omundo??!_____________________________________________________________________O que essa história acrescentou para mim??!_________________________________________Responsável:__________________________________________________________________Produção do texto / Poético ou em forma de crônicaOs.: Número de linhas conforme a necessidade do vídeo. Que tenha início, meio e fim,compreensíveis a quem assiste.Responsável:__________________________________________________________________Captura de imagensVídeo ou fotografiaResponsável:__________________________________________________________________Pesquisa de trilha sonora/ Se necessário.Montagem do vídeo : 19/10/2009 em aula.


56CP 5IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesAutorização do Direito de ImagemEu, _____________________________________, cedo o direito de imagem paraprodução de fotos dentro da disciplina de Artes, por tempo indeterminado, para oaluno______________________________________, estudante da IENH/FundaçãoEvangélica de NH.____________________________Ass. AlunoCPF Nº_____________________RG Nº _________________________________________________Ass. FotografadoCPF Nº_____________________RG Nº ______________________Novo Hamburgo, 05 de outubro de 2009.** Modelo de ficha para direito de imagem.


PLANO DE UNIDADE 3ª Aula 19/10/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12h / Ensino Fundamental / 8ª CCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaBienalArtistaMª HelenaBernardesMontagem devídeoEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarIda ao laboratório deinformática passar asimagens fotografadas oufilmadas para o programaMovie Maker. As históriasnarradas deverão serregistradas em forma detexto de forma poética eserem adicionadas ao filme.O filme deverá ser feito emgrupo de no máximo trêspessoas. A organizaçãodeverá ser feita de formaque cada um fiqueresponsável por uma partedo todo, coleta das imagens,entrevista, texto.Todos deverão seresponsabilizar pelamontagem do vídeo. Tempodo vídeo é de, no máximo,10 minutos.MontarCompor imagensProdução de textopara produção dovídeo.Sala deinformáticaPrograma MovieMakerImagensfotografadas oufilmadasPapel e canetaProdução do textoPen Drive ou CD50505ª6ªPs. Instruções sobre oPrograma Movie Macker.CP 6CRIS/ outubro de 2009.


CP 6INSTRUÇÕES SOBRE O MOVIE MACKERPara acessar o programa Movie Macker, ir em iniciar - Todos os programas-Acessórios-Windows Movie Macker.O programa apresenta no lado esquerdo as seguintes opções de ação:-Importar vídeo-Importar imagens-Importar áudio ou músicaPara importar vídeos, imagens ou músicas, basta clicar nas opções acima, vai abriruma janela para procurar o local onde se encontram, selecioná-los e abri-los no MovieMacker.Depois que os arquivos estiverem abertos no Movie Macker, basta arrastá-los para olocal na parte de baixo do programa, que corresponde a cada arquivo, vídeo, imagem oumúsica. É só arrastá-los na ordem que eles devem ser exibidos.Do lado direito do programa, tem um player para a gente ver como está ficando ovídeo.Mais abaixo, ainda no lado esquerdo do programa, encontram-se as opções:-Exibir efeitos de vídeo-Exibir transições de vídeo-Criar títulos ou créditos-Criar um filme automáticoPara aplicar efeitos de vídeo, clicar abaixo em - mostrar linha do tempo - e arrastaro efeito sobre o quadro do filme. Os efeitos de vídeo podem ser aplicados até 6 vezes sobrecada quadro.Para aplicar transições de vídeo, clicar em – mostrar linha do tempo - e arrastar atransição no espaço entre os quadros do filme.


59Clicando em títulos ou créditos no filme, existem várias opções, entre elas asprincipais são as de –Adicionar título ao início do filme- e - Adicionar crédito ao final dofilme.Ao terminar o filme, ir às opções abaixo e, ainda, à esquerda do programa – Salvarno computador- ou –Salvar no CD- em – Salvar no computador-, existem 3 modos desalvar:-Melhor qualidade para reprodução no computador (recomendável)-Melhor ajuste para tamanho do arquivo (pode-se selecionar o tamanho em Megabytes)-Outras configurações (existem muitas opções, eu recomendo a opção – DV-AVI (PAL),apesar de ser muito pesada.Na barra superior do programa, é bom ir em seguida à opção - salvar projeto-, parasalvar tudo que você está fazendo, pois o programa de uma hora para outra, começa a nãoresponder, e você corre o risco de perder tudo que já fez. É em – Arquivo - Salvar projetoouSalvar projeto como-, vai abrir opção para você escolher onde quer salvar o projeto.Caso dê algum problema, ou seja, começar a trancar o programa, é só abrir o projeto e tudoque estiver sido salvo vai estar lá.programa.Abaixo e,ainda, à esquerda, existem algumas dicas de como usar os recursos doAcredito que com estas dicas dê para usar, com calma, o nosso amigo Movie Macker.Margela Arnold19/10/2009.


PLANO DE UNIDADE 4ª Aula 26/10/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12h / Ensino Fundamental / 8ª CCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaBienalArtistaMª HelenaBernardesConclusão dovídeoEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionar imagens.Valorizar,Compreender eContextualizar oassunto.Ida ao laboratório deinformática para conclusãodo trabalho.Os grupos deverão seorganizar conforme asnecessidades. O manuseioda imagem deverá ficar acargo do grupo. Todosdeverão se responsabilizarpelas imagens paramontagem do vídeo.Montar,compor imagens.Produção de textopara realização dovídeo.Concluir o vídeoSala deinformática.Programa MovieMacker.Imagensfotografadas oufilmadas.Produção dotexto, trilhasonora senecessário,Pen Drive ouCD50507ª8ªPs.: Essa aula tinha comoobjetivo a visita da artistaplástica Mª HelenaBernardes, mas em funçãode compromissos referentesà Bienal ela não pode sefazer presente. CP 7CRIS/ outubro de 2009.


CP 7Visita da artista Mª Helena Bernardes.Início da aula: 10h20minTérmino: 12hConteúdo que será discutido:• Primeiro momento apresentação da artista.• O trabalho dela como artista.• Trabalho de residência para Bienal.Diálogo com os alunosPerguntas:1. Quando você descobriu que queria ser artista?2. Todo artista precisa saber desenhar ou pintar?3. Como se sabe quando se é artista?4. O que levou a fazer arte?5. Como se faz arte hoje?6. Como se vive de arte?7. Quem propõe o tema dentro da Bienal?8. Como é estar dentro de uma Bienal?9. O que a Bienal exige?10. Precisa ter influência no meio artístico?11. Como surgem os convites para participar de uma Bienal?12. Afinal de contas o que é arte para você?13. Como você vê a arte contemporânea?14. O que você sugere para quem quer ser artista...15. Existe um mercado de arte?16. Segundo Pierre Bourdieu(1974:103) do livro Entre olhares e leituras de GabrielaMotta “... a irredutibilidade da obra de arte ao estatuto de simples mercadoria, e asingularidade da condição intelectual e artística”. Como você vê isso?17. Por que é importante participar de uma bienal?18. Qual o lado negativo de uma Bienal?


** Retorno por e-mail de Mª Helena Bernardes621. Quando você descobriu que queria ser artista? Na adolescência.2. Todo artista precisa saber desenhar ou pintar? Não necessariamente. Para fazer umaperformance, ou um vídeo, por exemplo, algum tipo de prática com projetos é interessante,mas não precisa ser a do desenho de observação, por exemplo. Há muitos artistas quecursaram engenharia, arquitetura, informática, história, ou até nem cursaram nenhumafaculdade.3. Como se sabe quando se é artista? Creio que é algo que a gente decide ser e vai lutar porisso. Comigo foi assim, não nasci artista.4. O que leva a fazer arte? As pessoas que ela me proporciona conhecer.5. Como se faz arte hoje? Cada artista trabalha à sua maneira. Os resultados são inúmeros,quase tantos quantos são os artistas. O que quer que você pense pode ser realizado como arte.Nada impede, não há regras. Quem vai devolver uma impressão se é válido, interessante, bomou ruim são as pessoas que terão contato com esse trabalho em diálogo, direto ou indireto,com o artista.6. Como se vive de arte? Não sei, sou professora. Vivo de dar aulas.7. Quem propõe o tema dentro da Bienal? Acho que são os curadores.8. Como é estar dentro de uma Bienal? Atuo como professora no Projeto Pedagógico daBienal,há alguns anos. Dessa vez, o projeto está diferente. Ao invés de cursos, a curadoriapediu que fizéssemos trabalhos artísticos junto a diferentes comunidades do RS. Mas tambémtrabalhei na preparação dos mediadores. É bem gratificante.9. O que a Bienal exige? Normalmente, eles me contratam para dar aulas e fazer palestras. Noprograma das residências, fui convidada para realizar um trabalho completamente livre edebatê-lo com a comunidade.10. Precisa ter influência no meio artístico? Não entendi a pergunta.


6311. Como surgem os convites para participar de uma Bienal? Sou uma professora conhecidaem Porto Alegre e meu trabalho como artista, envolvendo comunidades, serve bem aospropósitos dessa edição do projeto pedagógico.12. Afinal de contas o que é arte para você? Arte é aquilo que alguém diz que é. O importante éque a pessoa que a define sustente sua ideia junto à comunidade e mostre que sua definiçãofaz sentido, contribuindo, de alguma forma, com seu tempo e cultura.13. Como você vê a arte contemporânea? É tão múltipla que não dá para ter uma ideia fechada.Não é melhor nem pior do que outros períodos da arte.14. O que você sugere para quem quer ser artista... Fazer arte com autenticidade, estudarmuito e não se nortear por uma ambição carreirista.15. Existe um mercado de arte? Existir existe, mas não me interesso por ele. Mercado é assuntode economista e sou professora de História da Arte.16. Segundo Pierre Bourdieu (1974:103) do livro Entre olhares e leituras, de Gabriela Motta“... a irredutibilidade da obra de arte ao estatuto de simples mercadoria, e àsingularidade da condição intelectual e artística”. Como você vê isso?É uma opinião a ser respeitada como qualquer outra. É um teórico de formaçãomarxista, respeito-o, mas não compartilho do mesmo purismo. Acho que a arte pode servendida sem ser reduzida à mercadoria.17. Por que é importante participar de uma bienal? Gosto do Projeto Pedagógico, de ummodo geral, e gosto da curadora, Marina de Caro, e de suas ideias sobre a missão desseprojeto.18. Qual o lado negativo de uma Bienal? Muito trabalho junto.


PLANO DE UNIDADE 5ª Aula 09/11/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12h / Ensino Fundamental / 8ª CCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaBienalArtistaMª HelenaBernardesMostra dosvídeosAvaliaçãoEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerAvaliarSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarApresentação dos trabalhos na sala demultimídia.Debate sobre os trabalhos apresentados:O que perceberam durante o processo?Se é possível ter um olhar diferenciadoquando se olha um vídeo arte?Que tipo de sensação foi capturado?O que você vê é o que se vê?A proposta da captura das imagens para ovídeo foi artística?Para a construção do vídeo foi necessário aentrevista? Por quê?O que acrescentou/aprendeu com arealização do trabalho?Foi bom trabalhar em grupo?DiscutirExplicarExpressarNarrarContextualizarSalamultimídiaVídeosconcluídos30409ª10ªAvaliação:Distribuir aos alunos uma folha de avaliaçãocom as seguintes etapas a serem avaliadas:* Envolvimento com a proposta* Autonomia na manipulação de imagensCriatividade/formatação:Imagem x texto x vídeo20* Prazo na entrega do trabalhoConforme CP 8Atividade de Culminância:10Ps.: O valor de cada item foi discutido com ogrupo, cabendo a eles o peso de cada questão,com o consenso do professor!


CRIS/ novembro de 2009.Após apresentação, os alunos retomarão aoconceito Arte, discutindo sobre o queentenderam e se mudaram a forma de pensara ARTE.Tema: Arte... O que mudou em mim??!65


CP 8IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesAVALIAÇÃONome:______________________________________________Grupo/Nomes:________________________________________MontagemPesoNOTA GrupoNOTA ProfessorImagens/ExposiçãoNOTAEnvolvimento com aproposta0 a 3,0Autonomia namanipulação de imagens0 a 2,0Criatividade/formatação:imagem X texto X vídeo0 a 4,0Prazo na entrega dotrabalho0 a 1,0Valor peso nota aluno /4Valor peso nota professor/ 6Nota Final__________** Modelo de ficha para avaliação.


2.2 Turma 1DPLANO DE UNIDADE67Nome da Escola: IENH / Fundação Evangélica de NH. Telefone: 3594- 3022Nível de Ensino: Médio Série: 1º Turma: DDia da Semana: Sexta-feira Turno: Manhã Horário: 7h:20m às 9hProfessor (a) Titular: Eliana E. SilvaProfessor (a) Estagiário (a): Célia Margela ArnoldCaracterização Global dos Alunos:A turma é formada por vinte e oito alunos, com idades entre catorze e dezesseis anos,mostrando-se bastante agitada quanto ao comportamento. Já praticaram várias técnicas dentrodas propostas da aula de arte, em experimentos feitos pelo professor titular, porém empregandotécnicas tradicionais como o desenho, a colagem, a pintura, a modelagem... Percebe-se nosalunos tanto o prazer em alguns como o desprazer em outros em desenhar. Nota-se que nesta faseeles têm uma forte tendência em desenhar caricaturas, pois torna a representação menoscomprometida. Há crianças que possuem desenhos mais elaborados e outras menos,provavelmente devido a dois fatores: o gosto e o estímulo.A escola possui oficinas dirigidas aos alunos que têm interesse a determinado tipo de arte,como: teatro, a dança e as artes visuais.A turma possui um aluno de inclusão, o qual circula por toda a sala, ora fazendo as atividadesora dispersando os colegas, porém eles já estão acostumados e o aceitam como parte do grupo.Título da Unidade: Da Modernidade à 7ª Bienal do MERCOSULÁreas Envolvidas: Artes VisuaisTécnicas Previstas: FotografiaDuração (N o de sessões): CincoIdéia Central: O conceito do que é arte e o muda ao longo da história. Uma das manifestaçõesque caracteriza a arte contemporânea é a utilização da fotografia como meio de expressão.


Atividade de Lançamento: Em busca de novos conceitos. Questionário/ sondagem sobreconceitos voltados à arte contemporânea.68Atividade de Culminância: Arte... O que mudou em mim??!Objetivos Gerais da Unidade:Mudar paradigmas.Dialogar sobre a produção de arte hoje, no mundo, referente à fotografia.Produzir fotos com o conceito de arte.Mudar ideias a respeito do que vem a ser arte.Montar uma exposição sobre o tema mãos e pés.Dialogar sobre a produção fotográfica dentro das artes.Justificativa:Considerando que os alunos, por mais experiências que possam ter de produção dentro da sala deaula, têm pouca vivência com manifestações artísticas contemporâneas e que há pouco estímuloquanto à produção de fotografias, propõe-se a utilização desse meio como viés para refletir sobreo mecanismo que possibilite um diálogo rápido e interativo com o aluno. A fotografia arte écolocada aqui com meio para compreender as diversas facetas da arte contemporânea, já que osalunos buscam dinamismo, o que pode ser canalizado através de ações criativas. As relações daarte com seu dia a dia, tão presente na arte contemporânea, permitirão que esse aluno possainteriorizar o caminhar da fotografia dentro da história da arte, não só mais como registro e simcomo parte integrada na construção da sua história de vida.Bibliografia:MOTTA, Gabriela – Entre olhares e leituras/ Uma abordagem da Bienal do Mercosul – Ed.ZoukFIDELIS, Gaudêncio – Uma história concisa da Bienal do Mercosul / Histórias da Arte e do Espaço –Fundação BienalSTRICKLAND, Carol – Arte Comentada da Pré-História ao Pós Moderno - 4ª Edição – EdiouroCOSTA, Clóvis Martins e JOHN, Richard – Vetor – Editora <strong>FEEVALE</strong> – 2009.ARGAN, Giulio Carlos – Arte Moderna – Editora Companhia das Letrashttp://www.canalcontemporaneo.art.br/cursoseseminarios/archives/002320.htmlhttp://vs40.pytown.com:8080/portal/.noticias/noticias-2008/novo-conselho-curatorial-da-fundacao-ibere-camargo/http://www.itaucultural.org.brCris/ Outubro 2009.


Mapa ConceitualSurgimento daFotografiaArte ModernaArte ContemporâneaBienaisConceito/ FotografiaJornalísticaTipos de FotografiaDocumentáriaPublicitáriaComparativoSebastião Salgado Artista BienalArtísticaAtividadeProdução Imagens Produção TextoImagem/TextoExposiçãoAvaliação


PLANO DE UNIDADE 1ª Aula 16/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª D70CONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capazde:Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaA fotografia naArteContemporâneaBienal doMERCOSULEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerAvaliarSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarApresentação do estagiário.O que pretendo com a turma, sistema deavaliação, número de encontros, o queespero deles e esclarecer o que possamesperar de mim. CP1Atividade de Lançamento:Em busca de novos conceitosDistribuir para turma perguntas referentesao conceito de arte dentro de uma Bienal ea questão da fotografia na arte.Diálogo com a turma de acordo com oCP2Pedir a eles que tentem definir/conceituar.OuvirQuestionarSala multimídiaPower point2015651ª2ªIntrodução àsartesSala de multimídia:Apresentação em Power Point de umalinha do tempo da Arte Moderna atéContemporânea.Breve explicação da Semana de 22.Definição do que vem a ser Arte Modernae Contemporânea e o surgimento dafotografia.Introdução do tema Bienal doMERCOSUL. CP 3Após a apresentação do Power Pointespaço para diálogo a respeito das questõesdo que vem a ser Arte na fotografia.CRIS/ setembro de 2009.


CP 1ApresentaçãoO que pretendo com a turma:• Questioná-los sobre o conceito de arte.• Se a arte muda conforme o tempo.• Linha do tempo.• Diferença entre Arte Moderna e Contemporânea.• Primeira Bienal: Veneza/ Propósito.• Bienal do MERCOSUL.• Paralelo entre o início da fotografia e a fotografia contemporânea como arte.• Proposta dentro da Bienal, provocando redirecionamento ao olhar a fotografia.• Apresentação de Sebastião Salgado.• O que eu espero deles/Mudança de paradigma sobre Arte e o conceito de fotografia.• Fotografar pés e mãos resgatando valores de quem constrói nossa história... Conhecervalores que revelam uma visão de mundo, cosmo visão, que norteia a vida dessas pessoas.Sistema de avaliação:• Avaliação aula: Participação, empenho, organização, pontualidade, disciplina,respeito...• Avaliação Montagem fotográfica: Pesquisa, registro, produção do texto,envolvimento, formatação das imagens, apresentação aos colegas, entrega do trabalho emdia...Número de encontros/ cinco.O que espero deles• Respeito.• Participação.• Comprometimento.• Responsabilidade.• Questionamento.


72• Interesse.• Diálogo.• Execução dos vídeos.• Apreciação dos trabalhos.• Na entrevista: interação com os pais, avós, ...entrevistados. Buscando mostrar-seinteressado pelas coisas, idéias e visão de mundo dos outros.O que esperam de mim:• Respeito.• Comprometimento.• Paciência.• Diálogo.• Conhecimento.


73CP 1 ContinuaçãoAVALIAÇÃONumero de encontros/ cinco.1ª Aula 16/10/2009 - Introdução as artes2ª Aula 23/10/2009 - Conceito de fotografia na arte/ Pesquisa de grupo Entrevista eFotografia3ª Aula 30/10/2009 - Manipulação das imagens no programa disponível na escola4ª Aula 06/11/2009 - Conclusão do trabalho em fotografia5ª Aula 13/11/2009 - Mostra dos trabalhos / Avaliação FinalTurma 1DAna Laura Selzer NinomiyaArthur Hatz MeneghettiAxel Cássio MussoBruna Wilhelms de SouzaDiênifer Isteice dos SantosEllen Schütz AlvesGustavo Soares SpohrHenrique Schneider LyraIsadora Haas HillebrandJúlia Gabriele de Jessus FerreiraLuana AdamsLuiz Antonio Garcia de AbreuMarcella Do O’ Catão AgraMarcelo Henrique ScolariMatheus Vinícius JacobyPaola LauxPedro Henrique NazarioPriscila BrennerRafael Zimmer KonrathAvaliação aula1ª 2ª 3ª 4ªMontagem5ª Imagens/Exposição


74Raísa SchaefferRaphael Bruxel MarxSérgio Klippel FilhoTauana BartikoskiThomas Arnold Schmidt FerreiraTiago CescaVanessa SchaeferVictor Marrone SaueressigSistema de avaliação:• 1ª e 2ª aula avaliação: Participação, empenho, organização, pontualidade, disciplina,respeito...• 3ª e 4ª aula avaliação: Autonomia na manipulação de imagens, envolvimento com aproposta, criatividade, trabalho em grupo...• 5ª aula Exposição/Montagem fotográfica avaliação: criatividade/formatação:imagem X texto, prazo na entrega do trabalho.IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação Evangélica


75CP2Atividade de Lançamento: Em busca de novos conceitos.1. O que entendem por arte?2. O que entendem por fotografia? Existe diferença entrefotografia artística e comercial?3. O que faz de uma fotografia, obra de arte?4. Quem faz arte? Que tipo de artista?5. Por que existem as Bienais?6. Só coisas “bonitas” entram na Bienal?7. Que tipo de fotografia entra numa Bienal?8. O que se espera de uma Bienal?9. Quando a fotografia passa a ser arte?


76CP 3SÉCULO XIX: O NASCIMENTO DOS “ISMOS”No início do séc. XlX a França mantém a liderança da arte e se estende nos duzentos anosseguintes, enquanto os estilos vêm e vão.NEOCLASSICISMO: Febre romanaFormas gregas e romanas revividas.GOYA: UM HOMEM SEM “ISMOS”Não-conformista denuncia a hipocrisia humana.ROMANTISMO: O PODER DA PAIXÃOInteresses em temas exóticos; objetivo da arte é expressar emoção.REALISMOSugere nova visão da função da arte; artistas mostram a vida nas ruas, a realidade semretoques.Daumier, BonheurO NASCIMENTO DA FOTOGRAFIAIMPRESSIONISMO: QUE HAJA COR E LUZArtistas franceses pintam cartazes para registrar efeitos cambieantes da luz, causam revoluçãona arte.Carimbos dos estilos dos Impressionistas, quadros marcantes, Manet, Monet, Renoir, Degas,Cassat, Morisot, Picasso...PÓS-IMPRESSIONISMOPintores franceses desbravam os caminhos usando a cor para expressar emoção e simularprofundidade.Marco dos Estilos Pós-ImpressionistasSeurat, Cézanne, Van GoghINÍCIO DO EXPRESSIONISMOForma e cores distorcidas para transmitir sentimentos.Munch, Modersohn-BeckerSIMBOLISMOArtistas buscam imagens subjetivas, fantasiasRousseau, Redon, RyderSÉCULO XX: A ARTE MODERNA


77Os estilos da arte mudam a cada década; cresce tendências da arte não representativa.FOVISMO: EXPLORAÇÃO DA CORPintores franceses pervertem as cores para expressar reação subjetiva e não aparência doobjeto.Vlaminck, Derain, Dufy, RouaultCUBISMOPicasso e Braque eliminam a perspectiva renascentista, quebram a forma para mostraraspectos simultâneos do objeto.Cubismo Analítico, Cubismo Sintético: Gris, LégerMONDRIAN: A HARMONIA DOS OPOSTOSMondrian cria a arte puramente geométrica.DADÁ E SURREALISMO: ARTE ENTRE GUERRASDáda desafia a lógica; artistas surrealistas exploram o mundo dos sonhos e o inconsciente.Duchamp, Arp, Schwitters, Miró, Chagall, Dalí, MagritteA MAIORIDADE DA FOTOGRAFIAA fotografia reflete tendências geométricas e surreais.Man Ray, Cartier-Bresson, Weston, LangeARTE AMERICANA: 1908-40Realistas americanos focalizam problemas sociais, vida diária.Escola Ashcan, Sloan, Bellows, Pintores da Cena Americana, Realismo Social...EXPRESSIONISMO ABSTRATOPintores de ação esmagam a arte tradicional, criam primeiro movimento nos Estados Unidos ainfluenciar o mundo da arte.Gorky, Pollock, de Kooning, Kline, Still,EXPRESSIONISMO FIGURATIVO/ MAIS QUE UM ROSTO BONITINHOArtistas buscam efeitos visceral mediante distorção das figuras.Dubuffet, Arte Marginal, Bacon, KahloCAMPO DE CORAmericanos se apóiam em campos de cor para transmitir mensagens da arte.Rothko, Newman, Frankenthaler, LouisO SÉCULO XX E ALÉM: ARTE CONTEMPORANEAA experimentação continua, enquanto estilos, materiais e técnicas mudam rapidamente.HARD EDGE


78Artistas usam grandes formas geométricas para mostrar como as cores interagem.Albers, Noland, Kelly, StellaARTE PRÉ-POPObjetos reconhecíveis retornam à arteRauschenberg, JohnsARTE POPCultura do consumismo permeia a arte.Warhol, Oldenburg, Segal, Arte OpMINIMALISMO: A ESCOLA DA FRIEZAArtistas despem a escultura até os elementos mais simples, pura forma sem conteúdo.Judd, Andre, Flavin, Le Witt, Morris, SerraARTE CONCEITUAL: ARTE VISUAL INIVISIVELA idéia, e não o objeto de arte, é dominante.Arte Processo, Arte Ambiental, Arte Performática, InstalaçõesFOTOGRAFIA: AS NOVIDADESFotografia e fantasia ao mesmo tempo.Abbott, Bourke-White, Adams, Fotografia de rua, BaldessariFOTORREALISMOA pintura imita a Câmara.Estes, Flack, Close, HansonNEO-EXPRESSIONISMOTemas fortes revividos.Beuys, Kiefer, Clemente, Baselitz, BasquiatA NOVA GERAÇÃO: ARTE PÓS-MODERNAEstilos múltiplos com critica social em comum.Arte da ApropriaçãoArte derivada da FotografiaArte GraffitiArte políticaO que está acontecendo agora??!!


PLANO DE UNIDADE 2ª Aula 23/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMACONTEÚDOQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaA fotografiana ArteContemporâneaBienal doMERCOSULPesquisa degrupoEntrevistaFotografiaCRIS/ setembro de 2009EscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionar imagens.Valorizar,Compreender eContextualizar oassunto.Sala de multimídia:Surgimento da fotografia. CP 4Apresentação em Power point doartista/fotógrafo Sebastião Salgado,sua trajetória como fotógrafo e umparalelo dos trabalhos em fotografiadentro de uma Bienal. CP 5Apresentação de fotografias comoexemplo do trabalho a ser pedido.Após apresentação questionar osalunos sobre o que entendem por fotoarte até agora.Assim como o fotógrafo artistaSebastião Salgado faz umquestionamento e provoca um novoredirecionamento ao olhar afotografia, estimular os alunos abuscarem novas propostas sobre otema para sua pesquisa.Formar grupo de três pessoas, pedirque fotografem mãos ou pés depessoas de dentro da escola oufamiliares.Tema para casa: CP 6Entrevista com funcionários daescola ou familiares sobre a profissãoque exercem, buscando além daentrevista um registro fotográfico demãos ou pés dessas pessoas. Após aentrevista deverá ser feito um texto,poético ou resenha a ser acrescentadoàs imagens.Sugestão de ida à Bienal comosuporte para compreender a arte dafotografia e sua função nacompreensão do mundo.OuvirDiscutirRegistrarSala multimídiaPower pointFilmes /Vídeo arte80203ª4ª


CP 4O Nascimento da FotografiaNo início do século XlX, as descobertas cientificas na área de ótica e químicaconvergiram para a produção de uma nova forma de arte: a fotografia.Em 1826, o químico francês Nicéphore Niépce(1765 – 1833) fez a primeira imagemfotográfica do pátio de sua casa. Deixou uma placa de estanho polido em exposição duranteoito horas.Seu colaborador, Louis Daguerre inventou um processo mais pratico de fotografia em1837. Sua primeira fotografia, entre “Natureza-morta” era uma vista brilhantementedetalhada de um canto de seu ateliê, que ficou em exposição de dez a quinze minutos. Em1839, Daguerre tirou a primeira fotografia conhecida de um ser humano. Sua fotografia de umbulevar parisiense conhecido pela multidão de pedestres apressados não mostra sinal algumde vida, exceto por um homem engraxando os sapatos – o único ser humano que ficou paradotempo suficiente para que sua imagem fosse registrada durante a longa exposição.Em 1851, um processo chamado chapa molhada reduziu o tempo de exposição parasegundos e produziu impressões quase tão exatas quanto as de Daguerre. Então, foi inventadoo tipo de metal, como a imagem numa de metal fina, em vez de vidro delicado. A placa secaliberou o fotógrafo de ter que correr imediatamente para a câmara escura.Nos anos de 1880, as câmaras portáteis de mão e o filme em rolo tomaram cena.Tipos populares de fotografiaFotografias de viagemOs fotógrafos profissionais foram aos bandos para locais diferentes documentarmaravilhas remotas e alimentar o apetite do publico pelo exótico.Fotografia de GuerraTrouxer para casa os horrores da Guerra.


81Fotografia DocumentalExperimentando diretamente a violência das favelas, passou a contar com o elementosurpresa e invadia esconderijos de ladrões, oficinas de trabalhadores mal pagos e moradiaspobres para documentar as tenebrosas condições de vida.Fotografia RetratoNadar(1820-1910), caricaturista Frances, começou a fotografar as primeiras figurasartísticas de Paris em 1853. Seus retratos eram mais do que apenas rígidos retratosdocumentais. Ele concebia a pose, fazia a pessoa posar e iluminava a figura de modo aenfatizar seus traços e caráter. Nadar esteve entre os primeiros a usar a luz elétrica nasfotografias e inventou a foto aérea, pairando sobre paris num balão de ar quente.Fotografia de ArteJulia Margaret Cameron(1815-79), quis captar nada menos que a beleza ideal.“... registro fielmente a grandeza interna bem como os traços do homem exterior. A fotografiaassim tirada é a corporificação de um coração”. Foi a primeira a ter lentes especiais, queproduziam um efeito de foco suave nas suas fotografias de gênero, alegóricas e muitas vezesexcessivamente sentimentais.O impacto da fotografia na pintura“Deste dia em diante, a pintura está morta!” DelarocheRetratos em miniatura foram condenados ao esquecimento, ficavam prontos em 15 minutos ecustavam12 centavos e meio.“Odiamos tudo o que tem a ver com a fotografia.” Vlaminck/Pintor fovistaOutros artistas viam a fotografia como acessórios auxiliares, usavam como estudospara poses difíceis de manter. Viram a vantagem de usar as fotografias para pintar retratos emvez das sessões intermináveis de pose. Coubert e Manet também as usavam. Os instantâneosde ação Degas o ajudaram a imaginar poses incomuns. Três gerações depois da invenção dafotografia, os pintores abandonaram a imagem e passaram para a abstração.O oficio era mais que um negócio de bater retratos ou servir de base para a pintura,portanto uma bela arte em si. “...Mais que uma arte, é um fenômeno solar, em que o artistacolabora com o sol.” Lamartini/ Escritor


82Os fotógrafos aspiravam imitar a pintura. Para competir com a imaginação do artista,os “os fotógrafos da arte” começaram a bater imagens ligeiramente fora de foco, a retocarnegativos, acrescentar tintas às fotografias impressas, a superpor negativos e, de outrasmaneiras, manipular as imagens mecanicamente. Nascia uma nova forma de arte para omundo pós-Revolução Industrial.Quando a fotografia se torna arteA fotografia documenta, conserva lembranças, mostra um dado tempo e umdeterminado espaço.A fotografia é a base obsessiva que se prolifera em retratos, cartões-postais, catálogos,folhetos, imagens eletrônicas, todo tipo de imagem que se espalha e se divulga para mostraras coisas como elas supostamente são.Acontecer em fronteiras indefinidas, as quais misturam os campos da arte, do jornalismo, dapublicidade, do entretenimento, das pesquisas cientificas e acadêmicas, a fotografia povoa oespaço urbano, a internet, os jornais, as revistas de comportamento, de moda e de difusão denoticias.Com quase dois séculos de existência, continua a mover a critica, a abalar teorias, atraduzir convenções, a denunciar os erros, a investigar as coisas e a inventar a si mesmacontinuamente.Chega ao ponto, talvez inédito na história das populações, em que o não-fotografadopraticamente não exista. Na carteira de identidade, no passaporte, na celebração das alegrias,nos piores desastres, na saudade fúnebre, as fotografias contam e marcam as vidas.Reprodutível, espalhada com certa facilidade, a fotografia propaga os modossingulares e também comuns do olhar de cada um que fotografa. Eterniza um instante, mesmona captura do acaso, a fotografia conserva um modo de olhar.Sem enquadramentos não se tira uma foto. Trata-se de recortar um espaço, escolher planos decaptura, criar uma imagem de acordo com as distancias e as angulações que o olho toma.A fotografia que se afirma Arte quebra com as tendências muito forte de se relacionarfotos simplesmente com a memória, como algo que serve para avivar lembranças que não


83problematizam o passar do tempo, o envelhecimento e tudo o que, perdido no passado, aimagem tenta recompor.A imagem deixa de ser mero documento para se tornar obra de arte quando o queaparece em sua superfície coloca problemas para serem pensados.A fotografia-arte obriga o espectador a criar novos olhares. Situados numa zona ondeo pensamento encontra a luz física, essas imagens fotográficas se carregam de paradoxos,apresentam disjunções entre o eterno e o efêmero, a presença e a ausência, a proximidade e adistancia, a evidência das formas e a abstração dos conteúdos, o conhecido e o estrangeiro.Experiências para inquietar o olhoEmoldurar o olho: Atividade de observar as diferenças entre a aproximação e odistanciamento dos objetos, as variedades temáticas, as possibilidades de angulação...Estruturar a passagem da luz: O objetivo é construir referencias sobre a incidencia da luz numlugar determinado, observar as variações das cores, linhas e superfícies em diferentes horas dodia.Montagens: montagens de uma imagem dentro da outra...Pergunta para pensar:O que se vê nessa fotografia?O que se está se enquadrando nessa imagem?Como a câmara se coloca?Como são as figuras?Como se apresentam aos contrastes da luz para sombra?Há nuances na passagem da sombra para luz? Como são essas graduações?Que tipo de impressões foram capturadas?Que impressões essa imagem provoca?O que ela expressa?O que você vê é o que se vê?O QUE FAZ DE UMA FOTOGRAFIA, OBRA DE ARTE??!


84FOTOGRAFIA E ARTE CONTEMPORÂNEARegistro do VISÍVEL“Grafia da luz”. Essa captura das impressões luminosas é muito mais do queluminosidade gravada em película fílmica ou dados digitais. A problemática de um trabalhoartístico fotográfico não está restrita aos seus aparatos técnicos, ao domínio da luz, ao “bom”uso do foco, a melhor definição das formas e virtuosismo do contraste. São preocupações queserão importantes se a intenção do artista for obter imagens claras e bem delineadas. Umamáquina cheia de possibilidades é secundaria quando se trata de fotografias como obras dearte. O trabalho contemporâneo só precisa obter determinado tipo de imagem se o conceitoque está em jogo na obra assim exigir.O que a obra coloca em questão, muito mais do que o objeto focado, é o que interessa, fazer da imagem uma possibilidade para muitas questões.Entender a imagem fotográfica na arte contemporânea como algo que obriga o espectador apensar. Para o artista, uma fotografia, mais do que exprimir um olhar, é o meio usado paraexpressar ideias, elaborar proposições, criar algo novo, produzir textos e levantar questões.Por meio do seu trabalho o artista mostra suas inquietações e os elementos em jogo em suasvidas, seu tempo e sua cultura, numa ação poética.O que faz de uma fotografia, ou qualquer outro tipo de manifestação da artecontemporânea não é mais um recurso num universo cada dia mais cheio de possibilidades,são as possibilidades interpretativas que o conjunto de uma obra permite. No trabalho de umaartista, junto o que a imagem recorta, amplia, enquadra e expõe, o que se vê funciona comomote para pensarmos o mundo, o papel do ser humano, seus gestos e seus corpos.


85CP 5Sebastião Salgado e a Arte da fotografiaSebastião Ribeiro Salgado /Aimorés, 8 de fevereiro de 1944/é um fotógrafobrasileiro reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar.Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade.Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazercrônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livrose realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa eno continente americano.“Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair” dizSebastião Salgado. “Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doandobens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de idéias, estando realmentepreocupada sobre o que está acontecendo no mundo”.“Estas fotografias contam a história de um tempo. São um trabalho arqueológicovisual de uma época conhecida como a Revolução Industrial, quando o trabalho manual dehomens e mulheres constituíam o eixo do mundo. Com a reformulação dos conceitos deprodução e eficiência, a natureza do trabalho é transformada. O mundo industrializado seguea toda velocidade, tropeçando no próprio futuro. A contração do tempo é o resultado dotrabalho de todos no mundo, apesar de beneficiar poucos. O planeta permanece dividido. Deum lado o primeiro mundo vive uma crise de excesso. De outro, o terceiro mundo vive umacrise de escassez. No fim do século XX, o segundo mundo, aquele construído sobre alicercessocialistas, está em ruínas.” Sebastião SalgadoBibliografia:http://plataformavirtual.wordpress.com/2007/09/28/sebastiao-salgado/http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&lr=&um=1&q=sebasti%C3%A3o+salgado+site+oficial&sa=N&start=378&ndsp=18


86Fotos ContemporâneasO TEMPO CONTAMINADOMais do que qualquer outra linguagem artística – um instante conflito entre o real e oimaginário, a presença e a ausência, o material e o imaterial, entre outros contrapontos. E,mais presentemente, as tecnologias digitais permitem ainda subverter a realidade, fundindotodas as possibilidades de representação e sentido, e assim, colocando em xeque o próprioestatuto da imagem.A questão mais relevante no contexto da fotografia contemporânea é o pluralismo depropostas que se produzem nas contaminações de diversos tipos de pensamento.Fábio Del ReLenir de MirandaRichard JohnSão artistas que reafirmam a Fotografia como um campo aberto às investigações poéticas.Catálogo: O Tempo ContaminadoLocal de exposição: Subterrânea: Av. Independencia, 745, subsolo – POA – RSAbertura: 17 de setembro, quinta-feira, às 19hVisitação: de segunda a sábado, das 14h às 19h /Out. 2009.


87CP 6IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesEntrevistaO que se pretende??!Tema: Mãos e Pés que falam...Buscar pessoas da comunidade escolar ou familiares descrevendo com o que trabalham.Nome:________________________________________________________________Onde trabalha? _________________________________________________________Quantas horas trabalham por dia?__________________________________________________Quanto tempo trabalha nessa função?_______________________________________________O que faz?____________________________________________________________________Gosta do que faz? ______________________________________________________________Qual a necessidade para a comunidade do trabalho feito?_______________________________Existe valorização profissional? De que forma percebe isso? ____________________________O que almeja como profissional?__________________________________________________Responsável:__________________________________________________________________Produção do texto / Poético ou em forma de crônicaOs.: Número de linhas conforme a necessidade. Que tenha início, meio e fim, compreensíveis a quemlê.Responsável:__________________________________________________________________Captura de imagensFotografiaResponsável:__________________________________________________________________Pesquisa de trilha sonora/ Se necessário.Montagem do trabalho: 30/10/2009 em aula.** Modelo de ficha para entrevista.


88CP 6IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesAutorização do Direito de ImagemEu, _____________________________________, cedo o direito de imagem paraprodução de fotos dentro da disciplina de Artes, por tempo indeterminado, para oaluno______________________________________, estudante da IENH/FundaçãoEvangélica de NH.____________________________Ass. AlunoCPF Nº_____________________RG Nº _________________________________________________Ass. FotografadoCPF Nº_____________________RG Nº ______________________Novo Hamburgo, 23 de outubro de 2009.** Modelo de ficha para direito de imagem.


PLANO DE UNIDADE 3ª Aula 30/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaA fotografiana ArteContemporâneaBienal doMERCOSULMontagemdas imagensEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarIda ao laboratório deinformática para passar asimagens fotografadas para oprograma disponível naescola. A entrevista deveráser registrada em forma detexto de forma poética e seradicionadas às imagens ouconforme necessidade.As fotos deverão ser feitasem grupo de no máximotrês pessoas. A organizaçãodeverá ser feita de formaque cada um fiqueresponsável por uma partedo todo, coleta das imagens,entrevista, texto. Todosdeverão se responsabilizarpelas imagens finais emontagem da exposição.Ps.: Mostrar um livro doartista para compreensão daproposta de imagempalavra..Além de impressas, asfotografias serão projetadasna parede durante aexposição em espaço aindaa ser definido pelasupervisora da escola.MontarCompor imagensProdução de textopara produção dasimagens fotográficas.Sala de informáticaProgramadisponível pelaescola.ImagensfotografadasPapel e canetaProdução do textoPen Drive ou CD50505ª6ªCRIS/ setembro de 2009


PLANO DE UNIDADE 4ª Aula 06/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno seja capaz de: Se o aluno foi capaz de: Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. AulaA fotografia naArteContemporâneaBienal doMERCOSULMontagem dasimagensEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarIda ao laboratório deinformática paraconclusão do trabalho.Os grupos deverão seorganizar conforme asnecessidades. Omanuseio da imagemdeverá ficar a cargo dogrupo. Todos deverãose responsabilizarpelas imagens finaisimpressas e montagemda exposição.MontarCompor imagensProdução de textopara produção dasimagens fotográficasConcluir trabalhofotográficoSala de informáticaProgramadisponível pelaescola.ImagensfotografadasPapel e canetaProdução do textoPen Drive ou CD50507ª8ªCRIS/ setembro de 2009


PLANO DE UNIDADE 5ª Aula 13/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DCONTEÚDOOBJETIVOS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS RECURSOS CRONOGRAMAQue o aluno sejacapaz de:Se o aluno foi capazde:Do Professor Do Aluno Do Professor Do Aluno Min. Aula91A fotografiana ArteContemporâneaBienal doMERCOSULEscutarIdentificarRelacionarDiscutirExplicarExpressarLocalizarContextualizarApontarRelatarConhecerAvaliarSelecionarValorizarCompreenderNarrarContextualizarMontagem da exposição e apresentação dostrabalhos no espaço definido pela supervisora daescola. CP 7Debate sobre os trabalhos expostos:O que perceberam durante o processo?Se é possível ter um olhar diferenciado quando seolha uma foto artística?Que tipo de sensação foi capturado?O que você vê é o que se vê?A proposta da captura das imagens foi artística?Na construção do texto o que se fez pensarquando se analisou as fotos?Qual a importância para o grupo na realização dotrabalho?DiscutirExplicarExpressarNarrarContextualizarEspaço paraexposiçãoAparelhoretroprojetorRegistrofotográficoimpressoparaexposição15409ª10ªMostra dostrabalhosAvaliaçãoAvaliação:Distribuir aos alunos uma folha de avaliação comas seguintes etapas a serem avaliadas:Envolvimento com a propostaAutonomia na manipulação de imagensCriatividade/formatação: imagem X textoPrazo na entrega do trabalho/ ConformeCP 830Atividade de Culminância:Ps.: O valor de cada item será discutido com ogrupo, cabendo a eles o peso de cada questão.Após apresentação os alunos retomarão aoconceito Arte na fotografia, o que entenderam ese mudaram a forma de pensar a ARTE.Tema: Arte... O que mudou em mim??!15CRIS/ setembro de 2009.


CP 7A fotografia na ArteContemporâneaO que você vê é o que se vê?Provocando um novo redirecionamento ao olhar a fotografia, foipedido aos alunos da turma 1D que entrevistassem pessoas dacomunidade escolar ou familiares sobre a profissão que exercem,buscando além da entrevista um registro fotográfico de mãos ou pés.A proposta era repensar o conceito ARTE. Propõe-se aqui a utilizaçãodesse meio como viés para refletir sobre o mecanismo que possibiliteum diálogo rápido e interativo com o aluno. A fotografia arte écolocada para compreender as diversas facetas que a arte assume.As relações da arte com seu dia a dia, tão presente na artecontemporânea, permitirão que esse aluno possa interiorizar ocaminhar da fotografia dentro da história da arte, não só mais comoregistro e sim como parte integrada na construção da sua história devidaTurma: 1DDisciplina: ArtesProfessora: Margela Arnold


93CP 8IENH – Instituição Evangélica de NH – Fundação EvangélicaDisciplina: ArtesAVALIAÇÃONome:______________________________________________Grupo/Nomes:________________________________________MontagemPesoNOTA alunoNOTA ProfessorImagens/ExposiçãoNOTAEnvolvimento com aproposta0 a 3,5Autonomia namanipulação de imagens0 a 2,5Criatividade/formatação:imagem X texto0 a 3,0Prazo na entrega dotrabalho0 a 1,0Valor peso nota aluno /4Valor peso nota professor/ 6Nota Final__________** Modelo de ficha para avaliação.


94RELATÓRIO DA PRÁTICA3.1 Introdução:O registro da prática é imprescindível para a reflexão do Arte-educador. O professor precisaestar atento ao que o cerca, buscando mecanismos para cativar o aluno e de se compreenderem sua prática diária. O registro da prática se faz necessário para que se possa buscarcomprometimento na pesquisa e ampliá-lo posteriormente.“A Arte na escola principalmente pretende formar oconhecedor, fruidor, decodificador da obra de arte. Umasociedade só é artisticamente desenvolvida quando ao lado deuma produção artística de alta qualidade há também uma altacapacidade de entendimento desta produção pelo público”. AnaMae Barbosa 23.2 Turma 8CRelatório 1ª Aula28/09/2009/Segunda-feira/Horário:10h20min às12h/Ensino Fundamental/8ª CA professora Eliana assumiu o primeiro momento da aula, precisou dar fechamento naunidade de seu plano, ocupando aproximadamente quarenta minutos. Após isso, fomos parasala de multimídia. Como a aula era após o recreio percebi que os alunos vieram com osânimos alterados, ela precisou aproximadamente quinze minutos para acalmá-los.Questionaram-na sobre o método de avaliação, sobre a entrega dos trabalhos. Pude percebercom isso, que quanto mais flexível o professor é, mais ousado o aluno será, e por vezes,precisamos ter posicionamento firme quanto ao acordo estipulado para não se tercontratempos posteriores.Quando chegamos na sala de multimídia os alunos ainda estavam muito agitados.Então, controlada a situação, questionei sobre o que entendiam por Arte. Muitos disseram que2 Principal referência no Brasil para o ensino da Arte. Primeira brasileira com doutorado em Arteeducação/1977/Universidade de Boston.


95não passavam de aulas de “desenhinhos”. Nesse diálogo fiz uma explanação sobre o queentendo por arte, e foi se abrindo um canal interessante, onde os alunos pareciam curiosos emdiscutir algo que no primeiro momento parecia muito indigesto. Falei da minha proposta, oque pretendia, da artista que traria, do vídeo que faríamos, do comprometimento que eu tinhacom eles e da maneira que eu os avaliaria, do que esperava deles e o que poderiam esperar demim, enquanto profissional que se dispõe a mudar paradigmas.Assim que terminei o diálogo, dei início à atividade de lançamento, conforme o plano,isso tudo num clima descontraído. Os alunos por vezes se dispersavam, chamei a atenção demuitos, muitas vezes. Eles em nenhum momento se mostraram aborrecidos, ou com apossibilidade de me agredir verbalmente, o que é tão comum na realidade de outras escolas.Consegui passar o Power point até arte moderna. Quanto à sala, deixaram as cadeiras emdesordem, conforme as encontraram. Pela falta de tempo deixei como estavam.A professora titular me acompanhou durante toda a aula, o que foi bom, para darsegurança perante a turma. Uma de suas colocações foi quanto à quantidade de texto doPower point, dizendo que os aluno não estão acostumados aquele tipo de aula expositiva.Concordei com ela no sentido de prender a atenção do aluno, o texto me pareceu umpouco cansativo, mas não dispensável. Pensei em condensá-lo e colocar ainda mais imagens,já que a arte é visual, parte-se do pré-suposto de que devem predominar imagens.Relatório 2ª Aula05/10/2009/Segunda-feira/Horário:10h20min às12h/Ensino Fundamental/8ª CUm desafio para qualquer professor é encontrar um grupo de alunos após o recreio, emum dia com temperaturas altas somado ao entusiasmo da adolescência, onde todoacontecimento é motivo para uma comemoração. Comecei minha segunda aula tentandorecuperar parte da anterior, dei seguimento a partir da arte contemporânea. A professoratitular Srª Eliana E. Silva, não estava presente, mas tive a visita da minha supervisora, quenaturalmente deve ter se estranhado com o comportamento da turma por ser excessivamenteagitada. Os alunos não paravam um só instante, as conversas paralelas acabaramcomprometendo o andamento do conteúdo. Mostravam-se desinteressados com o tema


96proposto. Acredito que a professora não deva se aprofundar na parte teórica, para conseguirdar continuidade aos conteúdos estipulados, a fim de que os alunos produzam em aularesultados esperados.A idéia era desenvolver um diálogo entre professor e aluno e, responder questões casono decorrer do conteúdo fossem surgindo perguntas. Não que isso não tenha acontecido, masà medida que se abria para um diálogo, era quase impossível retornar ao conteúdo. Todosfalavam juntos e por mais que chamassem suas atenções, isso era ignorado. Vi em aulasanteriores que reagem da mesma forma com a professora titular, não se criando umcomprometimento com a disciplina.O conteúdo proposto para aula foi dado até o final, mas com muita fadiga. Aprofessora titular já tinha me alertado sobre a conduta da turma. O déficit de atenção frustraqualquer plano de aula por mais brilhante que seja. Entendo que para mim a Bienal éimportante, o conceito de arte, a diferença dela para o mundo, da artista e sua proposta, maspara eles é mais um assunto “chato e desnecessário”, que não tem sentido algum para suasvidas. Os sinto responderem inconscientemente como um protesto, como se eles se sentissemmais uma caixa de depósito, precisando estar abertos a um assunto que, nesse momento nãolhes acrescenta em nada em suas vidas. Isso se torna desesperador quando o professor vemcheio de novidades, movido por amor e encontra uma turma com vícios de comportamento.Entendo que o excesso de informações nessa aula foi decisivo para o resultado obtido.Uma das alternativas seria a mostra de vídeos para entenderem o tema proposto. Talvez issoempolgasse a turma, mostrando comprometimento com a atividade a ser realizadaposteriormente. Espero que à medida que façam as entrevistas, capturem as imagens eregistrem em forma de texto, mudem seu modo de pensar sobre o conceito de arte.Como em qualquer profissão, existem contratempos... Sou movida por desafios, o que me fazseguir é o modo de como olho o problema. Esse precisa ser encarado como mais um, em meioa muitos para se chegar ao resultado desejado.Antes de encerrar a aula, formaram-se os grupos para o trabalho da unidade. Erameles: grupo 1/ Júlia, Matheus La Bradbury e Andressa; Grupo 2/Rafaela, Eliza e Nathália;grupo 3/Juliana, Fernanda, Natacha e Lars; grupo 4/Marcelo, Tomaz e Eduardo Simon; grupo5/Luc,Vinícius e Willian; grupo 6/ João Fernando, Tobias e Diego; grupo 7/ Petros; grupo


978/Luciano, Eduardo Brito e Guilherme; grupo 9/Luíza, Luciane e Mikaela; grupo 10/Mariana,Manuela e Gabriela; grupo 11/Marina, Matheus Klauck e Camila.Relatório 3ª Aula19/10/2009/Segunda-feira/Horário:10h20min às12h/Ensino Fundamental/8ª CA aula teve início pontualmente as 10h e 20min., após o recreio. Fui à salaacompanhada pela professora titular, essa por sua vez esteve presente durante toda a aula.Pedi que pegassem seus materiais e nos dirigíssemos à SALA DE INFORMÁTICA 4. Osalunos diferentemente da aula anterior estavam participativos, se mostraram interessados pelaexecução do vídeo, fizeram as entrevistas e desenvolveram o texto para o vídeo conformesolicitado. Um dos onze grupos não conseguiu fazer a reportagem, então me solicitaramentrevistar um senhor de dentro da escola. Senti que as crianças vieram entusiasmadas com orelato narrado por esse senhor, e ele por sua vez se mostrou, segundo eles, enaltecido emnarrar sua história. Tratou-se do seu casamento, de uma ida ao cinema, enfim, de uma históriade vida. Precisei ser flexível com esse grupo, pois iriam participar de um torneio de vôlei forada cidade, voltando somente no final da semana, onde nos encontraríamos na aula seguintepara dar fechamento aos vídeos.Fig. 15 Alunos em aula/ Turma 8CRegistrei com fotos o procedimento do pessoal, seu entendimento diante de umcomputador e o que podem fazer com a máquina. Distribui um texto auxiliando os passos doprograma Movie Maker, mas pude perceber que quem estava aprendendo era eu. Eles têmdomínio do programa, entendem de tecnologia, adicionam imagens, manipulam qualquercoisa sem a menor dificuldade. Os computadores em alguns momentos davam “pane”, maséramos auxiliados por uma pessoa do sistema de informática que nos dava assistência.


98As histórias eram as mais incríveis, pude perceber que nessa idade eles gostam de fantasias,coisas imaginárias, terror, suspense, e não poderia faltar o futebol. O interesse pelos temasvariou de gosto e de grupo, acredito que teve uma junção entre entrevistador e entrevistado eambos se sentiram fazedores de arte. Esse era meu objetivo, dentro de uma sociedade quepercebe somente no outro o que ele tem à mostra. Nós, portanto, somos caixinhas desurpresas, que poderemos nos surpreender com o que os outros têm a nos contar. Esse é opapel da arte contemporânea, surpreender a quem quer que seja, e dar a oportunidade de alémde espectadores, sermos fazedores de arte, para que o mundo se torne mais sensível e críticoaos olhos de quem a vê. Não uma arte introspectiva, e sim, questionadora, expansiva efazedora de mudanças.Uma das minhas preocupações foi em adicionar o aluno com necessidades especiais aum grupo, pois no início da aula ele estava sem nenhum. Mas falando com a turma, um dosgrupos o adotou e ele participou de toda a aula, sempre acompanhado de uma professoraauxiliar que presta assistência individual. Ele até adicionou o fone de ouvido ao computador,para a turma ver meu vídeo como exemplo. Um dos grupos se estendeu além da aula, poisqueriam adicionar som ao vídeo, isso mostrou que houve além de interesse uma preocupaçãona construção do filme. Terminada a aula os alunos desligaram seus computadores,organizaram suas cadeiras e deixaram a sala em ordem, supervisionados por uma assistente dasala de informática.Relatório 4ª Aula26/10/2009/Segunda-feira/Horário:10h20min às12h/Ensino Fundamental/8ª CNo primeiro momento fui à sala de aula e os levei ao laboratório de informática paradarmos seguimento aos vídeos iniciados na aula anterior. A professora titular meacompanhou, trabalhou numa mesa preenchendo alguns papéis sem interferir na minha aula.Os alunos estavam bem agitados, pois a aula acontece logo após o recreio e segundo aprofessora titular essa agitação é uma característica própria deles.Cada grupo trabalhou em seu vídeo, alguns grupos estavam prontos e isso fez com queeles se tornassem ainda mais agitados. Durante a aula tive a idéia de registrar fotos pararealizar um vídeo arte, como fechamento da unidade. Registrei suas bocas, cada pessoa tem


99suas particularidades, não se tem uma idéia de quem é, a não ser que se conheça a pessoa.Essa foi a idéia, conhecer o detalhe, já que o vídeo arte tem isso como característica, nãodeixar nada tão evidente.Fig. 16 Alunos em atividade durante a aulaPassei por todos os grupos e pedi que cada pessoa me dissesse uma palavra queresumisse o seu vídeo. Todos disseram... Algumas palavras bem interessantes, outras umpouco estranhas, mas o objetivo era esse: deixar livre para que possam se identificar dentro dovídeo, que mais tarde faria da turma, mais como registro, como um apanhado de momentos.Duas meninas não quiseram ser fotografadas, e eu não insisti, dando liberdade a elas, que éuma pena, pois não estarão inseridas no documentário.Foi criado pela aluna Luciane um blog para turma, com intervenções dos vídeos,sinopse dos textos, que servirão de registro, e caso queiram poderão dar continuidade aotrabalho de sala de aula. É um meio de fazer com que a turma se conheça e se respeite, poistemos um aluno autista. Este está inserido em um grupo, onde as meninas que o acolheram ofazem participar. Possui sempre uma pessoa que o auxilia, entretanto, esta se fez presenteapenas no primeiro período da aula.Percebo que as meninas são mais agitadas, não param um só momento, comparadocom os meninos. A turma possui em sua maioria alunos interessados nas propostas pedidas,mas a atenção é algo de deve ser motivo de constante solicitação.Hoje estava de aniversário uma ex-colega, que atualmente mora nos USA. Então no início daaula pediram a possibilidade de filmarem a turma e mais tarde enviarem seus pedidos deparabenização à amiga.


100Os vídeos fizeram com que despertassem o pensar arte para algo inédito, pois é umaárea na qual a maioria tem interesse, porque aguça a curiosidade. A arte tem isso comocaracterística, fazer do cotidiano uma constante pensar, refletir sobre o que temos comoferramenta nesse mundo tão digital.No final da aula divulguei a ida à Bienal que acontecerá no dia 19 de novembro, comsaída da escola às 13h e retorno às 19h. Esse passeio não foi imposto, pois ficaria a vontadedo aluno o interesse. Após isso eles desligaram os computadores que foram supervisionadospor uma pessoa do sistema de informática.Relatório 5ª Aula09/11/2009/Segunda-feira/Horário:10h20min às12h/Ensino Fundamental/8ª CA aula teve início logo após o recreio. Alguns minutos antes, tive uma pequenareunião com uma mãe, que também leciona na escola. Falou das dificuldades que a filhaencontrou com o seu grupo. Segundo a mãe, a filha teria feito o trabalho sozinha, ou compouca participação das colegas e isso deixou a aluna nervosa com a finalização do vídeo.Disse então, que o importante hoje, seria a apresentação, e a avaliação ficaria por minhaconta, sem prejudicar ninguém, caberia a mim a organização das notas.Dirigi-me à sala de aula e os levei à sala de conferências, pois os vídeos precisavamser exibidos em um espaço amplo, que tivesse aspecto de cinema, já que eram eles quehaviam produzido.Os alunos vieram agitados, como de costume, mas mostraram-se, pela primeira vez,interessados na apresentação dos trabalhos. Dos onze grupos, três não trouxeram os vídeos,pois alegaram problemas técnicos. Eu dei prazo de até sexta-feira, para que finalizassem osfilmes e me entregassem em CD, pois nesse dia estaria dando a última aula para o ensinomédio, turma 1D.Os alunos entraram na sala de conferências preocupados com a exibição dos vídeos.Um dos grupos se prontificou em organizar todos os vídeos no desktop do computador, paraexibir de forma rápida e organizada. Alguns grupos precisaram de ajustes no vídeo, libereientão a biblioteca que fica em frente à sala que estávamos, pois ali tinham diversos


101computadores. Por mais agitados que fossem, se mostraram extremamente disciplinados e orespeito com o trabalho dos colegas me surpreendeu.Fig. 17 Apresentação de trabalhosAlguns dos trabalhos ficaram restritos à documentários, mas não fugiram da proposta,pois hoje o vídeo arte tem a finalidade, cada vez mais, de ampliar também o seu conceito.Surpreenderam-me todos os trabalhos, tanto pelos temas escolhidos, como pelas propostas, amusicalidade, enfim, pelo envolvimento dos grupos. Sei também que alguns alunos nãoparticiparam, como é comum, mas, penso, que cabe ao grupo organizar-se. Ao professor cabefazer o aluno repensar suas escolhas, e não impor regras. O professor tem por finalidadedesenvolver no aluno o senso crítico e o poder de decisão, cabendo a ele as escolhas a seremtomadas.A cada apresentação, os componentes do vídeo ficaram na frente ao lado da tela eassim todos assistiram. Após as apresentações os alunos batiam palmas, como ao término deum grande espetáculo. Percebi que eles se sentiram envaidecidos com o trabalho. Os que nãoapresentaram ficaram tristes porque queriam que os colegas vissem seus vídeos. Foi dado,como sugestão, que os vídeos fossem colocados no blog daturma/oitavacomanda.blogspot.com, assim todos teriam oportunidade de olhar o trabalho doscolegas. Para conclusão do estágio fiz um vídeo da turma, onde coloquei suas bocas. Aintenção era que refletissem sobre suas atitudes, suas conversas, palavras, e que repensassemsobre seu comportamento em aula. Esta intenção também ficou dentro da proposta da bienal:Grito e escuta. Sem o grito não existe ação e sem a escuta não existe reflexão. Precisamosagir, mas a reflexão se faz necessária como seres de atitude. O vídeo foi composto apenas defotografias, não tendo ruídos. O grito se faz necessário, mas também, escutar é fundamental!No final da aula distribuí as folhas de avaliação, expliquei-as e pedi que fossemsensatos quanto à colocação das notas. Falei da importância da parte teórica, tanto quanto da


102parte prática, pois todas são importantes na construção dos saberes. Perguntei-os como sesentiram fazendo as entrevistas para desenvolverem os vídeos. Após alguns pareceres, osalunos perceberam que a arte contemporânea constrói-se a partir da investigação, do pensarcrítico e que a arte vai além de uma tela branca.Fig. 18 Sistema de avaliação3.3 Turma 1DRelatório 1ª Aula16/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DA aula teve inicio às 7h e 20min. pontualmente. A professora, no primeiro instante, meapresentou. Em seguida, fomos à sala de multimídia para dar prosseguimento ao planejamentodas atividades. Chegando lá falei o que pretendia com a turma, como se daria o sistema deavaliação, qual o número de encontros, o que esperava deles e esclareci o que poderiamesperar de mim enquanto professora.Dei início à atividade de lançamento, na qual distribui perguntas referentes à arte.Lendo-as em voz alta, os alunos mostraram-se interessados no tema.Questionei-os sobre o que entendiam por arte, sobre o momento em que houve osurgimento da fotografia, sobre as Bienais...Procurei contextualizar a arte trazendo-a para a atualidade, fazendo um paralelo entreo ontem e o hoje e sua inserção na globalização. Percebi que os alunos têm um entendimentorestrito na questão da arte, mas amplo no sentido de contextualizar fatos, apenas nunca o


103fizeram ou talvez não tenham se detido nisso. O debate estendeu-se por boa parte da aula eenquanto passava o Power point com o conteúdo, os debates continuavam.Percebi que possuem um pensar “arte contemporânea” ainda carregado de préconceitos, pois ao não entendê-la, desprezam-na.Em função de uma falha no sistema operacional do computador da instituição faltou ofinal do conteúdo proposto, as Bienais, mas pude perceber que houve interesse em ir à PortoAlegre, para prestigiar o que está acontecendo dentro dessa 7ª Bienal. Os alunos, em suamaioria, nunca foram a uma, a proposta é a de fazer com que o olhar deles fique maisapurado, porque irão produzir fotos com a intenção de arte. Agora o olhar se torna maiscrítico, porque além de espectadores serão “produtores” de arte. E visitar uma Bienal se farianecessário, investigativo e curioso para quem despertou agora para isso.Ao final da aula tínhamos uma reunião marcada com a Srª Berlize Ko Freitag,coordenadora da instituição. O assunto em pauta era discutir sobre a recepção da artista MariaHelena Bernardes, mas que não iria mais acontecer e a escolha de locais para a exposição dosalunos da turma 1D: de suas fotos produzidas durante o estágio, para um espaço fora da salade aula, a fim de mostrar à escola a produção feita por eles. Ficou combinado queocuparíamos o Hall da escola e a escada que sobe ao segundo andar para projeção de imagens.Também foi falado sobre a necessidade de uma ida à Bienal do MERCOSUL, acoordenadora da escola sente a necessidade da instituição oferecer essa atividade, então aprofessora titular ficou encarregada de organizar o passeio. A ida à Bienal não se encontravadentro do meu plano de estágio, porém ele estava aberto a qualquer iniciativa que viesseacrescentar conhecimento ao aluno e de superar minhas expectativas durante o processo. Equanto à exposição, a coordenadora pediu-me que fosse conversar com a professora CristinaMentz para ver as necessidades do material a fim de ser confeccionado pelos funcionários dainstituição.


104Relatório 2ª Aula23/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DA turma, como toda a escola, mostrou-se pontual, costumam estar dentro da sala deaula mesmo antes do toque do sinal. Primeiramente fui à sala de aula acompanhada pelaprofessora titular, ela os convidou a irem Bienal, que aconteceria no dia 19 de novembro, comsaída às 13h da escola. Boa parte dos alunos teve interesse pelo passeio, mas deveriamcombinar com ela maiores detalhes.Em seguida nos dirigimos à sala de multimídia onde dei início às atividades. Prosseguicom o tema Bienal, apresentei a história da fotografia e o contexto dela dentro da História e oconceito de fotografia como arte.Apresentei o artista fotográfico Sebastião Salgado e fiz um comparativo com afotografia contemporânea, da apropriação e manipulação de imagens e a intenção do artistanão mais em mostrar a imagem pela imagem, e sim como meio a discutir o que se vê além doque primeiramente pode-se enxergar.Os alunos tiveram interesse por questões do cotidiano, não entendem porque osartistas afrontam o público com imagens pouco compreensivas a sua interpretação,provocando assim certa estranheza.ora olhando.A professora titular ficou o tempo todo na sala, ao fundo, observando, ora escrevendo,Percebi que os meninos questionam mais, refletem sobre o mundo, interagem uns comos outros, as meninas por sua vez, são mais introspectivas, ou observadoras. Muitos semostraram envolvidos, outros nem tanto.Seguindo o plano de aula passei a atividade da entrevista como tema de casa, no qualdeveriam formatar um texto que deveria estar pronto para próxima aula. O propósito destatarefa seria a de trabalhar a imagem e a palavra.


105Como a aula foi basicamente teórica, e no primeiro momento da manhã, percebi queos alunos estavam ainda sonolentos, não captando grande parte das explicações. Uma dasalternativas seria a possibilidade de dormirem mais cedo.Durante a organização dos grupos, para a tarefa a ser realizada como tema, ouveperguntas coerentes por toda a turma, como alguns questionamentos sobre: o número defotografias a serem tiradas, quanto à quantidade de pessoas a serem fotografadas, sobre quetipo de pessoas... enfim, coisas que estavam descritas na folha da entrevista, mas nãoplenamente compreendidas.Quanto à questão de somente fotografar mãos ou pés, não se criou nenhuma polêmica,compreenderam o porquê da proposta.Comentei durante a aula que não existe ninguém nesse mundo que não tenha sidofotografado, e isso foi um fato curioso, por mais que soubessem, levou a turma a questionar ovalor do registro da captura do tempo e espaço, usando esse meio a se pensar a arte comomanifestação de várias possibilidades além de simplesmente a captura da luz.A turma se organizou na formação dos grupos que eram compostos por: grupo1/Marcelo Porto, Luis Antônio e Gustavo; grupo 2/Rafael, Raphael, Sérgio e Matheus; grupo3/Dienifer, Ellen, Tauana, Marcelo e Luana; grupo 4/Pedro, Thomas e Henrique; grupo5/Tiago e Axel; grupo 6/Isadora, Ana Laura e Vanessa; grupo 7/Bruna e Priscila; grupo8/Júlia, Victor e Arthur; grupo 9/Marcella, Raísa e Paola.Relatório 3ª Aula30/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DA turma, mais uma vez, se mostrou organizada quanto à pontualidade.Acompanhada pela professora titular, levei-os à sala de informática para darmos inícioàs atividades descritas no plano. Chegando à sala verifiquei se tinham feito as entrevistas, asfotografias, os textos. Todos tinham trazido o material solicitado, havendo, porém muitasperguntas referentes ao procedimento dali em diante.


106Mostraram-se curiosos em manipular as imagens, em saber como fazer os recortes, asdistorções, conforme as necessidades de cada grupo. Quanto ao texto, redigiram de formadescritiva, pedi então que o fizessem de forma mais poética uma vez que deveriam seranexadas às fotos apenas palavras ou frases, conforme necessidade de cada grupo.Mostrei-lhes um livro de artista e um caderno de registro de artista. Ali constavamimagens e palavras como exemplo do que se estava sendo pedido. Os fiz perceber anecessidade da entrevista, e de darem o devido valor ao profissional entrevistado.Fig. 19 Alunos em atividade/3ª aula/ Turma 1DOs profissionais entrevistados foram os mais diversos, como: padeiro, bailarina,aposentados, os próprios pais, enfim, pessoas que possuem uma bagagem que para eles éimportante. Acredito que estão a caminho dos objetivos propostos no plano, entendendo que aarte contemporânea não se faz mais pela apropriação simplesmente da imagem pela imagem,e sim, da força do significado que a imagem carrega.Um dos alunos é de inclusão, esse fez uma entrevista com um padeiro, o que mesurpreendeu muito. Achei maravilhoso o envolvimento dele com a proposta, pois fez acaptura das imagens sozinho e a produção do texto. Mais uma vez percebo que todos têmcondições. E com relação aos obstáculos? Acredito que eles só passam a ser reais seacreditamos que existem, caso contrário, não o serão.


107Fig. 20 Alunos em atividade/3ª aula/ Turma 1DA sala de informática possui sistema de ar, o que facilita o bem estar do aluno, essepor sua vez trabalha tranquilo, sem se preocupar com o desconforto ocasionado pelo calor dodia. Também é bastante iluminada, possuindo grandes janelas, isso facilita ao aluno enxergarmelhor.A aula transcorreu tranquila até o final, não houve contratempos, os alunos semostraram competentes quanto ao trabalho proposto. Fiz o registro de imagens da turma,poucos se mostraram incomodados por serem fotografados, apenas algumas meninas.Acredito que seja pelo aspecto visual em que se encontravam, por ser o início da manhã,quando se encontram sem maquiagem. Falei da possibilidade da criação de um blog, nãocomentaram nada a respeito, acredito que estavam preocupados em terminar os trabalhos.Pensei em enfatizar o assunto, novamente, na aula seguinte.Encerrada a aula os computadores foram desligados conforme pedido e os alunos sedirigiram a sua sala de aula.Relatório 4ª Aula06/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DFui à sala de aula e os levei à sala de informática. Neste dia a professora titular nãopermaneceu na aula, pois estava divulgando o passeio à Bienal nas salas de aula da escola.


108Fig. 21 Fotografia das mãos dos alunos turma 1D para produção de um filmeOs alunos trouxeram os materiais quase prontos, apenas para se fazer pequenosajustes. Dirigi-me aos grupos e pude perceber que as fotos ainda estavam distantes do pensarartístico. Questionei-os sobre como viam as imagens, dos recortes que poderiam ser feitosainda na própria foto. Falei sobre as intervenções possíveis, do jogo de palavra-imagem. Umgrupo colocou uma pequena legenda na imagem e se negou a refazê-la, alegando que nãomudariam a imagem, pois gostaram dela daquele modo. Isso não se refere a toda turma, poisos alunos ainda que, não conhecedores de arte, se mostraram interessados no desenvolvimentodo trabalho. A arte para eles é uma coisa difícil de entender, e o mais difícil, é mudarconcepções enraizadas durante gerações. Como dizer que o que estão fazendo não é definidocomo arte? Estão numa fase onde não aceitam críticas, e tão pouco, fazem questão de mudar oque pensam. Eu, como professora, apenas posso levá-los a questionar o que acredito entendercomo arte. Não posso obrigá-los a entender a arte como eu a entendo, pois estaria pulandofases. Apenas posso levá-los a estes questionamentos, que os fazem repensar o que acreditamter como certo.Pude perceber que os alunos querem acertar, o que não me provoca estranhamento.Têm medo de ousar, perguntam como eu gostaria que fizessem. Eu gostaria, é que deixassemde pensar na arte como algo “fechado”, pois ela é aberta. Apenas quero que deixem de pensara arte como algo fechado, pois ela é aberta a questionamentos e poucas vezes se tem respostasformatadas do que é certo ou errado.Encerrada a aula me dirigi ao Sr. Alziro Spindler, supervisor do patrimônio da escola.Segundo a professora Eliana, este senhor gostaria de saber maiores informações sobre osmódulos a serem confeccionados para a realização da exposição para próxima semana. Ele meapresentou biombos que a escola possuía, e chegamos à conclusão que estes supriam asnecessidades da exposição.


109O senhor Alziro mostrou-me as dependências da escola. Senti que tinha orgulho detudo ali, do tempo do internato, das árvores plantadas ao redor da escola, do pátio, dosfuncionários que ajudavam na manutenção da escola, do tempo de trabalho dentro da escola...Percebo que precisamos gostar inteiramente do que se faz, para sermos felizes. Talvez esseseja o segredo da vida e de um trabalho qualificado.Fig. 22 Sr. Alziro Spindler supervisor do patrimônio da escolaRelatório 5ª Aula13/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09h / Ensino Médio / 1ª DÚltima aula. Fui buscar os alunos em sala de aula para irmos ao espaço do hall deentrada da escola, local estipulado pela coordenação, para expormos os trabalhos feitos poreles. A escola confeccionou três biombos grandes revestidos com tecido preto paracolocarmos as fotos. Dos nove grupos três não me apresentaram absolutamente nada. Dizendoque me enviariam por e-mail os trabalhos, ainda neste dia. Apenas um grupo trouxe as fotosimpressas, conforme combinado, os demais, imprimiram às pressas na sala de informática quefica junto à biblioteca. Isso me causou um enorme pesar. Qual o motivo do descaso, já que emsala de aula se mostraram interessados com o processo?Liberei-os, então, para imprimirem as fotos a serem colocadas nos expositores, nosbiombos, a fim de conversarmos a respeito do processo e do resultado final obtido pelasimagens. Isso me tomou quase um período da aula, entre a manipulação das imagens até suaimpressão. Fui à biblioteca diversas vezes a fim de agilizarem os trabalhos, já que medeslocava do hall de entrada à biblioteca que fica no segundo andar.A turma se mostrou pouco estimulada, com total desânimo, já estão acostumados coma displicência na entrega dos trabalhos. Existe o hábito instalado, pois a professora titular


110prorrogar as entregas. Ficou difícil modificar esse hábito enraizado de comportamento, ocorreto seria uma mudança radical por parte do professor titular, talvez em não aceitar ostrabalhos após o combinado da entrega, ou, então, acrescentar mais tarefas ao trabalho final,talvez esta seria uma saída!Havia solicitado, também, o multimídia no corredor para projeção das fotos, mas oresponsável pelo setor não se encontrava na escola. Então consegui levá-los à sala deconferências para dar encerramento ao plano de unidade.Quando todos os grupos estavam prontos com a impressão das fotos, coloquei-os emfrente a seus trabalhos e questionei-os sobre o processo, a entrevista, a escolha doentrevistado, o conceito de arte a partir do que haviam feito. Solicitei, também, queanalisassem o texto, a manipulação das fotos e o conceito da fotografia a partir de tudo aquiloque havíamos dialogado.Fig. 23 Montagem para exposição/ Turma 1DPercebi que falam demais quando estão entre eles, mas em momentos inadequados.Quando se questiona e se coloca a palavra a disposição, eles não têm nada a dizer, não sei se épor não saberem ou por não quererem se expor. Isto, sem dúvida dificulta a avaliação. Não sesabe se não sabem ou se aquilo tem pouca importância. Após esse debate fomos à sala deconferências, mostrei-os o vídeo que fiz da turma: das fotos de suas mãos, colocando algumaspalavras para reflexão.


111Fig. 24 Trabalho final/ Foto arte/ Turma 1DFig. 24 Trabalho final/ Foto arte/ Turma 1DAs imagens mostravam mãos vinculadas à palavra e imagem conforme a propostasugerida pelas ações: grito, gesto, movimento, pensar, liberdade, transpiração, emoção, ação,busca, atitude, repensas, reflexão, introspecção, silêncio e escuta.Essas palavras foram motivo de se repensar a arte dentro desta Bienal/ Grito e Escuta,proposta desta 7ª Bienal. Coloquei-as para que pensassem a arte não mais com um descaso esim como meio a se mudar paradigmas, hoje tão enraizados. A semente foi plantada, serápreciso coragem e vontade de mudar conceitos. Para mim, a arte sempre foi motivo de pensaro mundo colorido, um mundo cheio de possibilidades, mas como fazer com que os outrostambém a vejam assim?Fica uma afirmação: A arte tem condições de criar pessoas melhores. Basta alguémensinar e ter coragem para isso.Tive a visita da orientadora da faculdade, professora Cristina Mentz. Também fiz osistema de avaliação com os alunos minutos antes do término do período, entreguei-os umafolha que os questionava sobre sua participação e envolvimento durante todo o estágio, depoisde preenchidas foram devolvidas com suas receptivas notas. Possuindo assim um diagnósticode cada aluno. Dei então encerramento ao estágio!


112Fig. 25 Avaliação/ Turma 1D3.4 Impressões Conclusivas:As turmas, tanto da 8C/Fundamental quanto a 1D/Médio, se mostraram agitadasquanto ao comportamento, muitas vezes excessivo. A maioria dos alunos está disposta aaprender e comprometida com as atividades propostas pelo professor, outros, no entantoparecem estar presentes apenas fisicamente e isso leva a uma reflexão sobre a prática doprofessor. Em que momento se erra??! E o que fazer para mudar esse quadro??! Em relaçãoaos alunos de inclusão, os colegas se apresentaram solidários e em nenhum momento houvedesrespeito entre eles.Quanto à aluna que no período de observação/primeiro semestre, se mostrouindiferente à disciplina de arte, passou a mostrar interesse participando na execução dotrabalho proposto.O resultado final do estágio, tanto na 8C/Fundamental quanto a 1D/Médio, foisatisfatório, pois veio de encontro com perfil de aluno desta instituição de ensino.


1134 SEMINÁRIO4.1 Introdução:Compartilhar com experiências dos colegas oportuniza uma reflexão sobre adiversidade e complexidade das diferentes realidades em que atua o arte-educador. Oseminário foi o ponto alto do curso, pois conscientiza do que há para aprender e de qual opapel da arte no Ensino.4.2 Relato de experiênciasNo início do relato de experiências distribuiu-se a Síntese do Plano de Unidade, tanto doEnsino Fundamental quanto do Ensino Médio, aos colegas e à orientadora Cristina Mentz.Após, foi apresentado, em Power point, a Instituição no qual estagiei, as turmas,caracterização global dos alunos, a justificativa pela escolha dos temas abordados, o título daunidade, os artistas em destaque, as técnicas previstas, a duração do estágio e a Idéia Central.Procurou-se fazer o relato das aulas de forma sintética e tranquila. Após apresentaçãodos resultados do estágio abriu-se o espaço para debate. A colega Angelita questionou anecessidade de terem feito entrevistas durante o estágio. A orientadora, Cris Mentz, propôsque a parte teórica fosse mais condensado, quanto a parte teórica, para se tornar menoscansativo. Leoni questionou o uso de uniforme na instituição.As perguntas foram respondidas enriquecendo assim o relato e dando espaço para asdemais colegas a se apresentarem.Fig. 26 Seminário/ Relato de experiências/ aluna-mestre Margela Arnold


1144.3 Impressões Conclusivas:Expor o trabalho realizado e os resultados alcançados ao grande grupo leva à reflexão eà percepção do que poderia ser modificado, do que poderia ser aperfeiçoado. Assim como eu,as demais colegas buscaram fazer o seu melhor durante o estágio, apresentando os relatos deforma que viessem enriquecer ainda mais essa caminhada que está apenas começando, paramuitos acadêmicos, na arte educação.


115CONCLUSÃOO trabalho de conclusão sintetiza todo o conhecimento teórico e prático acumuladosno decorrer do Curso de Licenciatura e compartilhar com relatos dos demais colegasoportuniza assim uma reflexão sobre a diversidade e complexidade das diferentes realidadesem que atua o arte-educador.A sondagem, realizada no semestre anterior aos da prática, foi realizada dentro detodos os pré-requisitos exigidos. Através dela foram obtidos os dados essenciais paraelaboração do planejamento da unidade, de acordo com as necessidades e aspirações dasturmas e do currículo em andamento. Na elaboração da sondagem houve empenho em abordarprocedimentos que permitissem tomar conhecimentos das necessidades reais e dasexpectativas da turma.A elaboração do Plano de Unidade ocorreu como uma extensão do diagnósticodecorrente da sondagem. Buscou-se desenvolver conteúdos que se ajustassem ao nível dedesenvolvimento dos alunos, as suas aspirações e adaptá-los a sua realidade. Para tanto foramminuciosamente estudadas atividades sempre conectadas ao fio-condutor da proposta, à idéiacentral da unidade, objetivando resultados satisfatórios.A professora titular demonstrou muita ética e profissionalismo. Esteve presente emtodas as aulas, agindo como espectadora, sem jamais interferir nas aulas, transmitindosegurança à aluna/mestra. A aplicação do plano abriu um “leque de opções” para a professoratitular explorar em aulas posteriores um pensar mais contemporâneo as suas atividades.Quanto à regência de classe, constitui-se em um aprendizado diário doprofessor/educador com o aluno. As situações e os fatos não planejados que ocorrem em salade aula representam um desafio constante, pois nem sempre estamos preparados, precisamosestar atentos para que esses contratempos sejam resolvidos de modo a facilitar aaprendizagem. O arte-educador precisa estar aberto e atento aos desafios da sala de aula, paraque possa inovar, refletindo sobre sua prática diária e levar os alunos a resultadossatisfatórios.


116A atuação de regência foi uma busca constante de superação de percalços, dereavaliação profissional. Se o Plano de Unidade bem estruturado trouxe segurança àexecução, no desenrolar das aulas a ansiedade em concluí-lo dentro dos limites de prazoestabelecidos foi superada. Ficou a impressão de que os ritmos das turmas e da aluna/mestra,em alguns momentos, não se ajustavam, pois os alunos eram extremamente agitados e issopoderia comprometer o andamento das aulas.No decorrer do estágio foi mantida a pontualidade e assiduidade, uma vez que apostura do professor é fundamental na educação.A relação entre aluna/mestre, alunos, direção, professora titular e funcionários daescola foi amigável e ética, fundamentada no respeito à diversidade e individualidade.Quanto à atuação da professora orientadora, Cristina Mentz, foi essencial nessa etapafinal. Pois foi referência como educadora, orientando com clareza e objetividade, apoiando eincentivando o grupo, fazendo com que viessem à tona as potencialidades individuais de cadaaluno/arte-educador. O seu comprometimento com a educação oportunizou o crescimento dogrupo, a integração e a reflexão da importância de ser arte educador. Esteve presente em cadaprocesso do trabalho, levantando questionamentos, preparando o grupo, contribuindo cominformações valiosas para que alcançássemos com sucesso a graduação. A melhor lição quefica quanto a sua atuação é a humildade, pois jamais se colocou como “dona da verdade”,acima de cada um do grupo.Fig. 27 Seminário do dia 25 de novembro de 2009/ Professora Orientadora Cristina MentzO trabalho de conclusão sintetiza todo o conhecimento teórico e prático acumuladosno decorrer do curso de licenciatura.


117Para concluir o trabalho, faço das palavras de Nando de Olinda/artesão, as minhaspalavras: “O grande desafio sempre foi e continuará sendo, a gente se manter firme no quesabe fazer. Faz porque gosta, e gosta porque sabe, e tem sede de aprender”.


118ANEXOSANEXO APerguntas referentes à entrevista feita ao coordenador da IENHCentro Universitário <strong>FEEVALE</strong>Instituto de Ciências Humanas Letras e ArtesCurso Artes Visuais LicenciaturaIntrodução a Pratica de EnsinoProfessora: Cristina MentzAluna: Célia Margela ArnoldEscola Entrevistada : Fundação Evangélica de NH.Nome:_______________________________________________________Função:______________________________________________________Tempo Magistério:_____________________________________________Tempo Função:________________________________________________Formação:____________________________________________________1- Qual a realidade Sócio-Econômica e Cultural da comunidade na qual a escola está inseridae no que a escola se difere das demais?/ Projetos Extras...2- Qual a linha filosofica da Escola?3- Quais os filosofos que foram consultados para estruturar a filosofia da escola?4- De quanto em quanto tempo o PPP é revisto? E quem participa da sua elaboração? Qual aúltima vez que foi revisto?5- De que forma os pais, comunidade escolar participam das atividades contempladas pelaescola?6- O PPP da Escola contempla as especificidades da Disciplina de Arte e de que forma eleestá inserido na proposta?7- Qual a carga horária prevista para a Disciplina de Arte em todas as modalidades/Grau deensino e série?8- Como é feita a aquisição de livros de Arte para a biblioteca e outros materiais de artes ecomo os alunos e professores tem acesso a eles?9- Como é feito o registro de avaliação (Bimestral, trimestral ou semestral)?


119ANEXO BPerguntas referentes à entrevista feita ao professor titularCentro Universitário <strong>FEEVALE</strong>Instituto de Ciências Humanas Letras e ArtesCurso Artes Visuais LicenciaturaIntrodução a Pratica de EnsinoProfessora: Cristina MentzAluna: Célia Margela ArnoldEscola Entrevistada : Fundação Evangélica de NH.Nome:_______________________________________________________Professor:____________________________________________________Tempo Magistério:_____________________________________________Formação:_______________________Instituição:____________________Tempo Professor de Artes:_______________________________________1- Qual a importância da Arte na educação?2- A escola priveligia a Arte ou Artesanato? Conceitue Arte... Conceitue Artesanato...3- Como foi elaborado o currículo para esta série e que conteúdos estão previstos para osegundo semestre de 2009? Arte Contemporanea é contemplada e de que forma?4- O professor recebe da escola estímulo e tem oportunidade de participar de cursos epalestras de formação na sua área. Que requesitos são necessários para esta participação?5- Como funciona a interdisciplinariedade? Há um momento para o planejamento entre asdisciplinas?6- Que critérios são usados para avaliar as aulas de artes? Os alunos participam da elaboraçãodesses critérios?7- Quais os materiais disponíveis e como o professor tem acesso a eles? Recursos didáticos(Multimídia, vídeo...)8- Que tipo de materiais é possível solicitar aos alunos para desenvolver as atividades?9- É possível sair com os alunos fora da escola?


120ANEXO CAmostra dos questionários e desenhos da SondagemCentro Universitário <strong>FEEVALE</strong>Instituto de Ciências Humanas Letras e ArtesCurso Artes Visuais LicenciaturaIntrodução a Pratica de EnsinoProfessora: Cristina MentzAluna: Célia Margela ArnoldEscola Entrevistada : Fundação Evangélica de NH.AlunoNome completo:_______________________________________________Sexo: ( ) M F( )Idade:________Série:________ Turma:_________ ( ) Fundamental ( ) Médio1- Por que você estuda nessa escola?________________________________________________________________________________________________________________________2- Você já visitou alguma exposição de Arte? ( ) Sim ( ) Não Onde:_______________3-Com quem?________________________________________________( ) Escola ( ) Família ( ) Outros________________________________4- Onde você encontra Arte no seu dia-a-dia?_______________________7- Que artistas Plástico você conhece?_____________________________5- Quais as técnicas que você vivenciou e que mais gostou?( )Pintura ( )Escultura ( )Teatro ( )Dança ( ) Desenho ( )Fotografia6- Que técnica você nunca vivenciou e gostaria de aprender?____________


121Turma 8CAluno Autista/Entrevista e Desenho


122Turma 8CEntrevista e Desenho


123Turma 8CEntrevista e Desenho


124Turma 1DEntrevista e Desenho


125Turma 1DEntrevista e Desenho / Aluno de Inclusão


126ANEXO DAmostra das entrevistas realizadas ao longo do estágioTurma 8C


Turma 8C/ Entrevista127


Turma 1D/Entrevista128


129Turma 1D/ Entrevista*** Aluno de Inclusão realizou a entrevista


130ANEXO EAmostra dos direitos de imagem


131ANEXO FAmostra da produção textualTexto/ Turma 8CA Bruxa de BlairExiste um filme chamado a “A Bruxa de Blair” este filme me chamou atenção, poisconta a história de três adolescentes que resolvem fazem um trabalho de vídeo sobre umalenda, a lenda desta bruxa.Em busca de uma boa nota vão atrás de pessoas que vivem de contar historias. Depoisabastecidas de versões sobre a lenda, os jovens param o carro na borda da floresta e se enfiamno mato em busca da bruxa, ou de apenas boas cenas para o trabalho. E não voltaram nuncamais.Uma das lendas que me chocou muito foi a de um homem que matava crianças dacidade, sempre em duplas colocando uma criança de costas enquanto matava a outra e depoismatava a que estava de costas.E isto me deixou com muito medo.Grupo:ManuelaGabrielaMariana


132Texto/ Turma 8CGrupo:LucianeLuísaMikaela


133Texto/ Turma 8CGrupo:JúliaMatheus La BradburyAndressa


134Texto/ Turma 1DUm olharPensamos como vamos fazer isso e o que queremos demonstrar com isso? Uma novelada rede globo mal escrita feita apenas para entreter e viciar as pessoas? Nós poderíamos tirarfotos nesse estilo apenas pelo visual e entretenimento, mas nós podemos mais que isso.Então nessas imagens talvez a idéia seja um tanto infantil, nós realmente não sabemos.Coisas belas são interessantes a primeiro olhar, mas fazemos pensar talvez... Depende decomo se interpreta nestas fotos, os pés estão velhos e cansados representa a longa estrada quepode ser feita neste mundo, enquanto as mãos esta suja e feia e a outra esta na vegetaçãodemonstrando que as nossas decisões podem ser boas ou más dependem de como você querconduzir a sua vida e depende de como você interpreta o mal e o bem depende do ponto emque se está vendo.GrupoMarcelo PortoLuis AntônioGustavo


135Texto/ Turma 1DGrupoTiagoAxel


136Texto/ Turma 1DGrupoIsadoraAna LauraVanessa


137ANEXO GAmostra dos trabalhos produzidos em fotografia turma 1DGrupo:BrunaPriscila


138Grupo:BrunaPriscila


139Grupo:Marcelo PortoLuis AntônioGustavoGrupo:MarcellRaísaPaola


140ANEXO HAmostra das avaliações dos alunosTurma 8C


Turma 1D141


142ANEXO ISeminário / Síntese do Plano de UnidadeINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - ICHLACURSO: EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (LICENCIATURA) DISCIPLINA: PRÁTICAS DEENSINO I e IISÍNTESE DO PLANO DE UNIDADEAutor(es) do Plano: Célia Margela Arnold2009Escola: IENH / Fundação Evangélica de NH.HamburgoNível: Fundamental2 o Semestre deCidade: NovoSérie: 8º CTítulo da Unidade: Da Modernidade à 7ª Bienal do MERCOSULSíntese dos objetivos gerais:Mudar paradigmas.Conhecer ao vivo um artista que produz arte contemporânea e sobre o que pensa a respeito dearte.Dialogar sobre a produção de arte hoje no mundo.Produzir vídeos.Mudar conceitos a respeito do que vem a ser Arte.Áreas envolvidas: Artes VisuaisTécnicas Previstas: Montagem de vídeoIdéia Central: Conceito sobre a ARTE e mudança ao longo da história.Uma das manifestações que caracteriza a arte contemporânea é a utilização do vídeo comomeio de expressão.Duração em horas/aula: 10h/aula – 5 sessões geminadasSíntese do Desenvolvimento do Plano (por sessão):Aula ou sessão com breve descrição1ª Aula 28/09/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12hApresentação do estagiário.O que pretendo com a turma, sistema de avaliação, número de encontros, o que espero deles eesclarecer o que possam esperar de mim. CP1Atividade de Lançamento:Em busca de novos conceitosDistribuir para turma perguntas referentes ao conceito de arte dentro de uma Bienal.Diálogo com a turma de acordo com o CP2Pedir a eles que tentem definir/conceituar.


143Sala de multimídia:Apresentação em Power Point de uma linha do tempo da Arte Moderna até Contemporânea.Breve explicação da Semana de 22.Definição do que vem a ser Arte Moderna e Contemporânea.Introdução do tema Bienal do MERCOSUL. CP 3Após a apresentação do Power Point espaço para diálogo a respeitodas questões do que vem a ser Arte.Apresentação superficial da artista Mª Helena Bernardes e de seu trabalho na Bienal.2ª Aula 05/10/2009. Segunda-feira /Horário: 10h20min.às12hSala de multimídia:Apresentação em Power point da artista Mª Helena Bernardes, sua trajetória como artista, e o trabalhode residência para Bienal do MERCOSUL. CP 4Apresentação de vídeos artes como exemplo do trabalho a ser pedido.Após apresentação questionar os alunos sobre o que entendem por arte até agora.Assim como a artista Mª Helena Bernardes faz um questionamento e provoca um novoredirecionamento sobre o conceito arte, estimular os alunos a buscarem novas propostas a cerca dotema para sua pesquisa.Formar grupo de três pessoas, pedirem que escolham um tema comum para montagem do vídeo.Os.: Distribuição de um questionário para se fazer a entrevista.Tema para casa: CP 5Entrevista com pais, pessoas próximas ou familiares buscando histórias que os façam relembrar fatosmarcantes. Registrar através de texto, fotos e filmagens coisas que retratem os temas narrados. Poderáter trilha sonora dependendo da necessidade de cada um.Sugestão ida à Bienal como suporte para compreender a arte e sua função na compreensão do mundo.3ª Aula 19/10/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12hIda ao laboratório de informática passar as imagens fotografadas ou filmadas para o programa MovieMaker. As histórias narradas deverão ser registradas em forma de texto de forma poética e seremadicionadas ao filme.O filme deverá ser feito em grupo de no máximo três pessoas. A organização deverá ser feita de formaque cada um fique responsável por uma parte do todo, coleta das imagens, entrevista, texto.Todos deverão se responsabilizar pela montagem do vídeo. Tempo do vídeo é de no máximo 10minutos.Ps. Instruções sobre o Programa Movie Macker. CP 64ª Aula 26/10/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12hIda ao laboratório de informática para conclusão do trabalho.Os grupos deverão se organizar conforme as necessidades. O manuseio da imagem deverá ficar acargo do grupo. Todos deverão se responsabilizar pelas imagens para montagem do vídeo.Ps.: Essa aula tinha como objetivo a visita da artista plástica Mª Helena Bernardes, mas em função decompromissos referentes a Bienal ela não pode se fazer presente. CP 75ª Aula 09/11/2009. Segunda-feira./Horário:10h20min.às12hApresentação dos trabalhos na sala de multimídia.Debate sobre os trabalhos apresentados:O que perceberam durante o processo?Se é possível ter um olhar diferenciado quando se olha um vídeo arte?


144Que tipo de sensação foi capturado?O que você vê é o que se vê?A proposta da captura das imagens foi artística?Na construção do texto o que se fez pensar quando se analisou as entrevistas e a filmagem?Qual a importância para o grupo na realização do trabalho?Avaliação:Distribuir aos alunos uma folha de avaliação com as seguintes etapas a serem avaliadas:* Envolvimento com a proposta* Autonomia na manipulação de imagensCriatividade/formatação:Imagem X texto X vídeo* Prazo na entrega do trabalhoConforme CP 8Atividade de Culminância:Ps.: O valor de cada item será discutido com o grupo, cabendo a eles o peso de cada questão.Após apresentação os alunos retomarão ao conceito Arte, o que entenderam e se mudaram a forma depensar a ARTE.Tema: Arte... O que mudou em mim??!02/ 11/ 2009 Cristina Mentz Síntese Plano Unidade versão 09.doc


145INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - ICHLACURSO: EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (LICENCIATURA) DISCIPLINA: PRÁTICAS DEENSINO I e IISÍNTESE DO PLANO DE UNIDADEAutor(es) do Plano: Célia Margela Arnold2009Escola: IENH / Fundação Evangélica de NH.HamburgoNível: Médio2 o Semestre deCidade: NovoSérie: 1º DTítulo da Unidade: Da Modernidade à 7ª Bienal do MERCOSULSíntese dos objetivos gerais:Mudar paradigmas.Dialogar sobre a produção de arte hoje, no mundo, referente à fotografia.Produzir fotos com o conceito de arte.Mudar ideias a respeito do que vem a ser arte.Montar uma exposição sobre o tema mãos e pés.Dialogar sobre a produção fotográfica dentro das artes.Áreas envolvidas: Artes VisuaisTécnicas Previstas: FotografiaIdéia Central: Uma das manifestações que caracteriza a arte contemporânea é a utilização dafotografia como meio de expressão.Duração em horas/aula: 10h/aula – 5 sessões geminadasSíntese do Desenvolvimento do Plano (por sessão):Aula ou sessão com breve descrição1ª Aula 16/10/2009. Sexta-feira./ Horário: 07h20min. às 09hApresentação do estagiário.O que pretendo com a turma, sistema de avaliação, número de encontros, o que espero deles eesclarecer o que possam esperar de mim. CP 1Atividade de Lançamento:Em busca de novos conceitosDistribuir para turma perguntas referentes ao conceito de arte dentro de uma Bienal e a questão dafotografia na arte.Diálogo com a turma de acordo com o CP 2Pedir a eles que tentem definir/conceituar.Sala de multimídia:Apresentação em Power Point de uma linha do tempo da Arte Moderna até Contemporânea.Breve explicação da Semana de 22.Definição do que vem a ser Arte Moderna e Contemporânea e o surgimento da fotografia.Introdução do tema Bienal do MERCOSUL. CP 3


146Após a apresentação do Power Point espaço para diálogo a respeito das questões do que vem a serArte na fotografia.2ª Aula 23/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09hSala de multimídia:Surgimento da fotografia. CP 4Apresentação em Power point do artista/fotógrafo Sebastião salgado, sua trajetória como fotógrafo eum paralelo dos trabalhos em fotografia dentro de uma Bienal. CP 5Apresentação de fotografias como exemplo do trabalho a ser pedido.Após apresentação questionar os alunos sobre o que entendem por foto arte até agora.Assim como o fotógrafo artista Sebastião Salgado faz um questionamento e provoca um novoredirecionamento ao olhar a fotografia, estimular os alunos a buscarem novas propostas sobre o temapara sua pesquisa.Formar grupo de três pessoas, pedir que fotografem mãos ou pés de pessoas de dentro da escola oufamiliares.Tema para casa: CP 6Entrevista com funcionários da escola ou familiares sobre a profissão que exercem, buscando além daentrevista um registro fotográfico de mãos ou pés dessas pessoas. Após a entrevista deverá ser feitoum texto, poético ou resenha a ser acrescentado às imagens.Sugestão ida à Bienal como suporte para compreender a arte da fotografia e sua função nacompreensão do mundo.3ª Aula 30/10/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09hIda ao laboratório de informática para passar as imagens fotografadas para o programa disponível naescola. A entrevista deverá ser registrada em forma de texto de forma poética e ser adicionadas àsimagens ou conforme necessidade.As fotos deverão ser feitas em grupo de no máximo três pessoas. A organização deverá ser feita deforma que cada um fique responsável por uma parte do todo, coleta das imagens, entrevista, texto.Todos deverão se responsabilizar pelas imagens finais e montagem da exposição.Ps.: Mostrar um livro do artista para compreensão da proposta de imagem-palavra..Além de impressas, as fotografias serão projetadas na parede durante a exposição em espaço ainda aser definido pela supervisora da escola.4ª Aula 06/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09hIda ao laboratório de informática para conclusão do trabalho.Os grupos deverão se organizar conforme as necessidades. O manuseio da imagem deverá ficar acargo do grupo. Todos deverão se responsabilizar pelas imagens finais impressas e montagem daexposição.5ª Aula 13/11/2009. Sexta-feira./Horário:07h20min. às 09hMontagem da exposição e apresentação dos trabalhos no espaço definido pela supervisora da escola.CP 7Debate sobre os trabalhos expostos:O que perceberam durante o processo?Se é possível ter um olhar diferenciado quando se olha uma foto artística?Que tipo de sensação foi capturado?O que você vê é o que se vê?A proposta da captura das imagens foi artística?Na construção do texto o que se fez pensar quando se analisou as fotos?Qual a importância para o grupo na realização do trabalho?


147Avaliação:Distribuir aos alunos uma folha de avaliação com as seguintes etapas a serem avaliadas:Envolvimento com a propostaAutonomia na manipulação de imagensCriatividade/formatação: imagem X textoPrazo na entrega do trabalho/ Conforme CP 8Atividade de Culminância:Ps.: O valor de cada item será discutido com o grupo, cabendo a eles o peso de cada questão.Após apresentação os alunos retomarão ao conceito Arte na fotografia, o que entenderam e semudaram a forma de pensar a ARTE.Tema: Arte... O que mudou em mim??!02/ 11/ 2009 Cristina Mentz Síntese Plano Unidade versão 09.docREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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149Sites:www.autismoinfantil.com.br/perguntas-e-respostas-sobre-autismowww.inspiradospeloautismo.com.brwww.wikipedia.org/wiki/Autismohttp://www.itaucultural.org.brhttp://www.canalcontemporaneo.art.br/cursoseseminarios/archives/002320.htmlhttp://vs40.pytown.com:8080/portal/.noticias/noticias-2008/novo-conselho-curatorial-dafundacao-ibere-camargo/http://plataformavirtual.wordpress.com/2007/09/28/sebastiao-salgado/http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&lr=&um=1&q=sebasti%C3%A3o+salgado+site+oficial&sa=N&start=378&ndsp=18http://vs40.pytown.com:8080/portal/.noticias/noticias-2008/novo-conselho-curatorial-dafundacao-ibere-camargo/www.centrorefeducacional.com.br/contribu.html

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