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FILOSOFIA SOCIAL, CIÊNCIAS SOCIAIS - Universidade Estadual ...

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José Crisóstomo de Souza87de um corpo crescente de generalizações progressivamentemais inclusivas 20 . Entretanto, no seu “Paradigms and PoliticalTheories”, Wolin trabalha com A Estrutura das RevoluçõesCientíficas sem ter podido tomar conhecimento do “Posfácio”,acrescentado a edições posteriores da obra, e sem mencionarnada da troca mais recente de argumentos e esclarecimentosentre ele e seus adversários e rivais - sendo Karl Popper omais notável deles 21 . Ao lado disso, o fato de sua apresentaçãodo livro de Kunh ser muito resumida e simplificada tambémrecomenda uma exame mais detido das formulações do próprioKunh, que, ademais, faz também ele próprio várias comparaçõesinteressante e esclarecedoras entre a ciência e a filosofia, emespecial quanto a questão do progresso cumulativo. Por issoexaminaremos, em seguida, as formulações do próprio autorde A Estrutura, trazendo também algo da discussão em tornodas mesmas, particularmente da parte de Karl Popper (comseu método para isolar asserções pretensamente científicasde asserções meramente normativas ou metafísicas) – paradepois voltarmos à contribuição de Wolin.Cabe assinalar antes, porém, que, da época da ofensivaexperimentalista para cá, abalaram-se de um modo geral ospressupostos do experimentalismo e o ideal positivista daunificação das ciências (naturais e sociais), antes imperanteno mundo anglo-saxônico, entrou em irremediável crise peloassédio de vários outros pontos de vista além dos de Kuhne Wolin. Quentin Skinner nos apresenta, em obra recente, oretorno das “grande teorias” execradas por Wight Mills noperíodo anterior 22 . Há já algum tempo, deixamos para trás aopinião de Daniel Bell (ou, pelo menos parte dela), de quequalquer tentativa de formulação de uma filosofia geral, socialou política” seria “um esforço confuso e antiquado para acompanhara era científica. Do mesmo modo, ficou debilitada a idéia deque as ciências naturais seriam o modelo adequado para asdisciplinas sociais, em favor de uma abordagem hermenêuticapara as ciências humanas, que encontraria respaldo na posiçãoanti-positivista do “segundo” Wittgenstein, para quem os“fatos” só podem ser compreendidos em função de uma formaIdeação, Feira de Santana, n.4, p.79-110, jul./dez. 1999

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