FACULDADE CHRISTUSCURSO DE DIREITOProf. Ms. <strong>Davi</strong> Peixoto<strong>Direito</strong> <strong>Penal</strong>__ De acordo com o sistema adotado pelo Código <strong>Penal</strong>, é possível impor aos partícipesda mesma.17. (DELEGADO/PF/2004/CESPE) Em cada um dos itens a seguir, é apresentadauma situação hipotética, seguida <strong>de</strong> uma assertiva a ser julgada.__ Para pren<strong>de</strong>rem em flagrante pessoa acusada <strong>de</strong> homicídio, policiais invadiram umaresidência em que entrara o acusado, danificando a porta <strong>de</strong> entrada e sem mandado <strong>de</strong>busca e apreensão. Nessa situação, os policiais não respon<strong>de</strong>rão pelo crime <strong>de</strong> dano,pois agiram em estrito cumprimento do <strong>de</strong>ver legal, que é causa exclu<strong>de</strong>nte da ilicitu<strong>de</strong>.__ Júlio e Lúcio combinaram entre si a prática <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> furto, ficando ajustado queaquele aguardaria no carro para assegurar a fuga e este entraria na residência — que,segundo pensavam, estaria vazia — para subtrair as jóias <strong>de</strong> um cofre. Ao entrar naresidência, Lúcio verificou que um morador estava presente. Lúcio, que tinha ido armadosem avisar Júlio, matou o morador para assegurar a prática do crime. Depois <strong>de</strong> fugirem,Júlio e Lúcio dividiram as jóias subtraídas. Nessa situação, Júlio respon<strong>de</strong>rá pelo crime <strong>de</strong>furto, enquanto Lúcio respon<strong>de</strong>rá pelo crime <strong>de</strong> roubo.__ Roberval foi <strong>de</strong>finitivamente con<strong>de</strong>nado pela prática <strong>de</strong> crime punido com reclusão <strong>de</strong>um a três anos. Após o cumprimento <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> da pena a ele aplicada, adveio nova lei,que passou a punir o crime por ele praticado com <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> dois a quatro anos. Nessasituação, a lei nova não se aplicará a Roberval, tendo em vista que sua con<strong>de</strong>nação jáhavia transitado em julgado.__ Um cidadão sueco tentou matar o presi<strong>de</strong>nte do Brasil, que se encontrava em visitaoficial à Suécia. Nessa hipótese, o crime praticado não ficará sujeito à lei brasileira.__ Túlio constrangeu Wagner, mediante emprego <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo, a assinar e lheentregar dois cheques seus, um no valor <strong>de</strong> R$ 1.000,00 e outro no valor <strong>de</strong> R$ 2.500,00.Nessa situação, Túlio praticou crime <strong>de</strong> roubo qualificado pelo emprego <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo.18. (DELEGADO/PF/2002/CESPE) Em cada um dos itens subseqüentes, éapresentada uma situação hipotética relativa à aplicação da lei penal no espaço,seguida <strong>de</strong> uma assertiva a ser julgada.1 Em águas territoriais do Brasil, a bordo <strong>de</strong> um navio mercante que ostentava a ban<strong>de</strong>irada Argentina, um brasileiro praticou um homicídio contra um argentino, ambos tripulantesda embarcação. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal argentina.2 Em alto-mar, a bordo <strong>de</strong> uma embarcação <strong>de</strong> recreio que ostentava a ban<strong>de</strong>ira doBrasil, Júlio praticou um crime <strong>de</strong> latrocínio contra Lauro. Nessa situação, aplicar-se-á alei penal brasileira.3 Um navio mercante que ostentava a ban<strong>de</strong>ira do Brasil naufragou em alto-mar. Sobreos <strong>de</strong>stroços da embarcação, Leonardo ceifou a vida <strong>de</strong> Bento. Nessa situação, aplicarse-áa legislação do primeiro país em que Leonardo <strong>de</strong>scer à terra após o homicídio(prevenção).4 Whesley, cônsul honorário no Brasil do país BBB, exasperou-se com a secretária noconsulado daquela República por causa <strong>de</strong> um ex-namorado <strong>de</strong>la, tendo-a constrangido,mediante violência, a manter com ele conjunção carnal e cópula anal. Nessa situação,pelo fato <strong>de</strong> o autor dos eventos ser funcionário consular, aplicar-se á a lei do país BBB. E5 Augusto, diplomata em serviço na embaixada do Brasil no país CCC, exigiu <strong>de</strong> algunsfornecedores estrangeiros a importância <strong>de</strong> US$ 1.200 para agilizar o pagamento <strong>de</strong>18
FACULDADE CHRISTUSCURSO DE DIREITOProf. Ms. <strong>Davi</strong> Peixoto<strong>Direito</strong> <strong>Penal</strong>serviços prestados e <strong>de</strong> mercadorias adquiridas pela embaixada. Nessa situação,Augusto ficará sujeito à lei penal brasileira.19. (DELEGADO/PC/RN/2008/CESPE) Assinale a opção correta no que concerne às<strong>de</strong>scriminantes.A O agente que, em legítima <strong>de</strong>fesa, disparar contra seu agressor, mas, por erro, alvejarum terceiro inocente, não respon<strong>de</strong>rá por qualquer conseqüência penal ou civil.B A atuação em estado <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> só é possível se ocorrer na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitopróprio, não se admitindo tamanha exclu<strong>de</strong>nte se a atuação <strong>de</strong>stinar-se a proteger direitoalheio.C Na legítima <strong>de</strong>fesa, toda vez que o agente se utilizar <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong>snecessário, esteserá também imo<strong>de</strong>rado.D Não é possível a legítima <strong>de</strong>fesa contra estado <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>.E Não é possível legítima <strong>de</strong>fesa real contra quem está em legítima <strong>de</strong>fesa putativa.20. (DELEGADO/PC/PB/2008/CESPE) A respeito <strong>de</strong> tipicida<strong>de</strong>, ilicitu<strong>de</strong> eculpabilida<strong>de</strong>, assinale a opção correta.A A participação, no concurso <strong>de</strong> pessoas, é consi<strong>de</strong>rada hipótese <strong>de</strong> tipicida<strong>de</strong> mediataou indireta.B Elemento subjetivo especial é aquele que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma interpretação jurídica, comoocorria em relação ao conceito <strong>de</strong> mulher honesta, atualmente não mais previsto nalegislação penal.C No caso <strong>de</strong> legítima <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direito <strong>de</strong> terceiro, é necessária a prévia autorização<strong>de</strong>ste para que a conduta do agente não seja ilícita.D O Código <strong>Penal</strong> (CP) adota a teoria psicológico-normativa da culpabilida<strong>de</strong>, para a quala culpabilida<strong>de</strong> não é requisito do crime, mas, sim, pressuposto <strong>de</strong> aplicação da pena.E Se o bem jurídico tutelado pela norma penal for disponível, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dacapacida<strong>de</strong> da vítima, o consentimento do ofendido constitui causa supralegal <strong>de</strong>exclusão da ilicitu<strong>de</strong>.GABARITO: C – C- E – D – A – D – C – C - A – E – C – B – B – E – E/E/E/C/C – E/C –C/C/E/E – E/C/E/E/C – D - A19