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A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: VINCULAÇÃO PRÉ-NATAL ...

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quem vê nele um exemplo democrático de evolução, ele costuma assustar aqueles que, pelocontrário, estão convictos de que reforça o individualismo e ameaça a civilização democrática(Roussel, 2001, citado por Montandon, 2005).As relações intrafamiliares, têm assim, vindo a sofrer mudanças nas últimas décadas; háalguns anos atrás, comportamentos até então compreendidos como culturalmente aceitáveis eesperados, como a utilização de força física na educação das crianças por parte dos pais oucuidadores, atualmente são criticados e penalizados pelos direitos constitucionais. No entanto,o processo de mudança que permite a conscientização sobre os danos causados pela puniçãofísica é lento; ainda persiste, por exemplo, a punição no contexto familiar, justificada, muitasvezes, como uma prática educativa.Numa outra perspectiva, alguns órgãos de comunicação e figuras de autoridade referemque as relações entre adultos e crianças nunca foram tão difíceis, apresentando pais enleados,desnorteados, demissionários, docentes stressados, esgotados ou desiludidos e exibindorelações conflituosas e até violentas entre adultos e crianças; atribuem inúmeros males àdeterioração da relação entre educadores e crianças e, mais particularmente, aoenfraquecimento da autoridade dos pais e docentes: violências, delinquência, fracassosescolares etc. Para alguns, os problemas devem-se à situação difícil dos pais; para outros,estariam diretamente vinculados ao comportamento dos pais, quer porque não se opõem aosseus filhos, o que faz com que estes não tolerem frustrações e se tornem insuportáveis, querporque os consideram como iguais, ou seja, como adultos. Várias pesquisas em Psicologiatêm enfatizado a importância da interação parental e das práticas educativas utilizadas pelospais sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes (Baumrind, 1966, 1997, Darling &Steinberg, 1993 e Maccoby & Martin, 1983).Segundo Bronfenbrenner (1979/1996), a família é caracterizada como o primeiro ambienteno qual a criança participa ativamente, interagindo através de relações face-a-face.Inicialmente, estas interações ocorrem de forma diádica, como, por exemplo, na relação damãe com a criança; aos poucos, as relações vão-se expandindo dentro do grupo familiar,formando, dentro deste sistema, vários subsistemas, como a relação pai-criança e a relaçãoentre irmãos. A família com a qual a criança interage diretamente é denominada demicrossistema; idealmente, o microssistema familiar é a maior fonte de segurança, proteção,afecto, bem-estar e apoio para a criança, é nele que a criança exercita papéis e experimentasituações, sentimentos e atividades, desenvolve o senso de permanência e de estabilidade.Segundo De Antoni, Medeiros, Hoppe e Koller (1999, citados por Cecconello, Antoni &Koller, 2003) o senso de permanência está relacionado com a percepção de que elementos32

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