tem da adequação e da satisfação com a dimensão social da sua vida. Segundo Sánchez(1991), o suporte social refere-se a algo pessoal, cujo componente mais subjetivo édenominado “suporte social percebido”, enquanto que as redes sociais têm um caráctersociocultural e objetivo, admitindo análises a um nível social, diferentes, ainda quecomplementares. Diferentes autores fazem a distinção entre diversos tipos de suporte social,por exemplo, suporte social psicológico e não-psicológico, o primeiro referindo-se aofornecimento de informação e o segundo ao suporte social tangível (Cohen & McKay, 1984).Suporte social tem sido definido, de grosso modo, como “a existência ou disponibilidadede pessoas em quem se pode confiar, pessoas que nos mostram que se preocupam connosco,nos valorizam e gostam de nós” (Sarason, Levine, Basham & Sarason, 1983, p.127). Cobb(1976) num texto clássico, define suporte social como, informação pertencente a uma de trêsclasses: informação que conduz o sujeito a acreditar que ele é amado e que as pessoas sepreocupam com ele; informação que leva o indivíduo a acreditar que é apreciado e que temvalor e, informação que leva o sujeito a acreditar que pertence a uma rede de comunicação ede obrigações mútuas. Dunst e Trivette (1990) defendem que o suporte social se refere aosrecursos ao dispor dos indivíduos e unidades sociais (tais como a família) em resposta aospedidos de ajuda e assistência.Cramer, Henderson e Scott (1997) distinguem o suporte social percebido do suporte socialrecebido; o primeiro refere-se ao suporte social que o indivíduo percebe como disponível seprecisar dele e o segundo descreve o suporte social que foi recebido por alguém. Outradistinção feita pelos mesmos autores é entre suporte social descrito e avaliado, referindo-se oprimeiro à presença de um tipo particular de comportamento de suporte e o segundo àavaliação da percepção desse comportamento de suporte como sendo satisfatório ou queserviu de ajuda.A terminologia “sistema de suporte” é desenvolvida por Caplan (1974) que tenta incluirnão só o núcleo familiar e de amigos, mas também os serviços informais (tais como avizinhança e o seu apoio, passando pelos recursos da comunidade como por ex.: centrosparoquiais, associações, clubes, voluntários...), propondo grupos de atividades que podem serproporcionados pelo “suporte social” e que constituem o apoio prestado ao indivíduo namobilização dos seus recursos psicológicos, de modo a permitir-lhe a gestão dos seusproblemas sócio-emocionais, proteção de apoio material e partilha de atividades (ex.: ajudaeconómica, ensino de competências de aconselhamento e orientação em determinadassituações).Singer e Lord (1984) esclarecem que o suporte social pode ser informacional, emocional37
ou material, pessoal ou interpessoal, fornecido por amigos, familiares, conhecidos, do tipoprofissional (em termos de consulta ou terapia) ou pode ser fornecido por organizações eassociações, tais como, grupos religiosos ou organizações não governamentais de basecomunitária. Segundo Dunst e Trivette (1990), distinguem-se duas fontes de suporte social:informal e formal. As primeiras incluem, simultaneamente, os indivíduos (familiares, amigos,vizinhos, padre, etc.) e os grupos sociais (Clubes, Igreja, etc.), que são passíveis de fornecerapoio nas atividades do dia a dia em resposta a acontecimentos de vida normativos e nãonormativos.As redes de suporte social formal abrangem tanto as organizações sociais formais(hospitais, programas governamentais, serviços de saúde) como os profissionais (médicos,assistentes sociais, psicólogos, etc.) que estão organizados para fornecer assistência ou ajudaàs pessoas necessitadas.Caplan (1974) faz uma relação entre o suporte que é proporcionado aos indivíduos com aprestação de serviços informais e formais, dando ênfase ao papel que pode ser desempenhadopelos profissionais ou técnicos ao se articularem com os líderes comunitários, nacompreensão das relações humanas e das suas necessidades sociais.Tende a haver consenso geral, relativamente ao domínio multidimensional do suportesocial e quanto ao facto dos seus diversos aspectos terem um impacto diferente nos indivíduosou grupos. Dunst e Trivette (1990) sugerem a existência de cinco componentes de suportesocial interligados: (1) o componente constitucional (inclui as necessidades e a incongruênciaentre estas e o suporte existente); (2) o componente relacional (estatuto familiar, profissional,tamanho da rede social, participação em organizações sociais); (3) o componente funcional(suporte disponível, tipos de suporte, tais como, emocional, informacional, instrumental,material e qualidade de suporte - desejo de apoiar e quantidade de suporte); (4) o componenteestrutural (proximidade física e psicológica, frequência de contactos, nível da relação,reciprocidade e consistência) e (5) componente satisfação (utilidade e ajuda fornecida). Porseu lado Barrera (1986) agrupa o suporte social em três grandes categorias: (1) Integraçãosocial, onde se evidenciam as ligações que o indivíduo estabelece com os outrossignificativos, do seu meio social, sendo quantificável através do número de prestadores desuporte social (indivíduos possíveis de promover suporte social mas não o suporte por elesprestado, na realidade) ou da qualidade de suporte social; (2) Suporte social prestado, quecorresponde às ações que os outros tomam no sentido de dar assistência ao sujeito, ou seja, osuporte social de facto, providenciado e (3) Suporte social percepcionado, que remete para aavaliação cognitiva que o sujeito faz do seu suporte social (adequação percepcionada esatisfação com o suporte social que é prestado). O suporte social percepcionado é38
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Freq. %Nas últimas 2 semanas, pens