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Avaliação da reconstituição imunológica em pacientes com diabete ...

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Introdução 21.1 Auto-imuni<strong>da</strong>de e doenças auto-imunesAs doenças auto-imunes (DAIs) constitu<strong>em</strong> um grupo <strong>com</strong>plexo e heterogêneo de doençasque ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> 3-5% <strong>da</strong> população geral. As DAIs são caracteriza<strong>da</strong>s pela per<strong>da</strong> <strong>da</strong> tolerância<strong>imunológica</strong> a antígenos próprios e conseqüente destruição tecidual por células auto-reativas e autoanticorpos(revisado por Davidson e Diamond, 2001; Marrack et al., 2001). Nas doenças auto-imunesórgão-específicas (por ex<strong>em</strong>plo, <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e esclerose múltipla), as células autoreativase auto-anticorpos são direcionados contra <strong>com</strong>ponentes próprios expressos somente numtecido ou tipo celular específico. Nas doenças auto-imunes sistêmicas (por ex<strong>em</strong>plo, lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico, esclerose sistêmica e artrite reumatóide), as células auto-reativas e autoanticorpossão direcionados contra vários auto-antígenos que são usualmente expressos numagrande varie<strong>da</strong>de de tecidos, estando presentes no núcleo, no citoplasma ou na superfície celular(revisado por Davidson e Diamond, 2001; Marrack et al., 2001). Critérios para auto-imuni<strong>da</strong>de foramdefinidos por Rose e Bona (1993), que postularam que a prova direta <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de <strong>em</strong>humanos é a capaci<strong>da</strong>de de transferir adotivamente a doença pela transferência de células imunes;prova indireta é a capaci<strong>da</strong>de de transferir uma doença auto-imune experimental (que mimetiza adoença auto-imune humana) pela transferência adotiva de células imunes, e a d<strong>em</strong>onstração de quea doença responde a agentes imunossupressores.As DAIs constitu<strong>em</strong> uma importante causa de morbi<strong>da</strong>de e mortali<strong>da</strong>de ao redor do mundo.Várias dessas doenças são muito difíceis de tratar e impossíveis de curar, pela razão óbvia de que osalvos <strong>da</strong> resposta imune, os auto-antígenos, não pod<strong>em</strong> ser eliminados. As DAIs representam umprobl<strong>em</strong>a econômico-social relevante, pois afetam freqüent<strong>em</strong>ente adultos jovens, principalment<strong>em</strong>ulheres (revisado por Rioux e Abbas, 2005).Durante vários anos o dogma central <strong>da</strong> imunologia baseava-se na deleção clonal de célulasauto-reativas <strong>com</strong>o único mecanismo de tolerância <strong>imunológica</strong> para a prevenção <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de.A visão atual sobre tolerância <strong>imunológica</strong> reconhece que um nível baixo de auto-reativi<strong>da</strong>de éfisiológico (Dighiero e Rose, 1999) e crucial para o funcionamento normal do sist<strong>em</strong>a imune. Autoantígenosaju<strong>da</strong>m a formar o repertório de linfócitos maduros e a sobrevivência <strong>da</strong>s células T naive ede células B na periferia requer exposições contínuas a antígenos próprios (Goldrath e Bevan, 1999).Uma vez que não exist<strong>em</strong> diferenças fun<strong>da</strong>mentais entre as estruturas de antígenos próprios e deantígenos não-próprios, a idéia é que os linfócitos evoluíram não para distinguir o “próprio” do “não-

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