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Avaliação da reconstituição imunológica em pacientes com diabete ...

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUERMEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA AFONTE.FICHA CATALOGRÁFICAFarias, Kelen Cristina Ribeiro Malmegrim de<strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 eesclerose múltipla após transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas.Ribeirão Preto, 2006.286 p.Tese de Doutorado apresenta<strong>da</strong> à Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Ribeirão Preto <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>dede São Paulo.Área de concentração: Imunologia Básica e Aplica<strong>da</strong>.Orientador: Voltarelli, Júlio César1. Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas 2. Doenças auto-imunes 3. Reconstituição<strong>imunológica</strong> 4. Diabete melito do tipo 1 5. Esclerose múltipla 6. Repertório de células T


Aos meus pais, Ronaldo e MariléaAo meu marido, Cléver


Aos <strong>pacientes</strong> transplantados,Doutores na arte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,que incansáveis, tornam o desejo de luta maior que o próprio medoque sedentos de vi<strong>da</strong>, assum<strong>em</strong> por ela todos os riscos,o risco mesmo de perdê-la.Com vocês, estamos s<strong>em</strong>pre aprendendoque a luta, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre segui<strong>da</strong> de vitória,é o que importa e torna preciosa nossa efêmera existência.Aos que vitoriosos alcançaram o objetivo de viver,Aos que persistentes continuam lutando,Aos que perderam a batalha, mas engrandeceram seu espíritoe deixaram <strong>em</strong> nossa m<strong>em</strong>ória a l<strong>em</strong>brança de sua corag<strong>em</strong>.(Autor desconhecido)


AGRADECIMENTOSAo Prof. Dr. Júlio César Voltarelli pela orientação, confiança e oportuni<strong>da</strong>de de trabalhar <strong>em</strong> sua linhade pesquisa. Admiro muito a maneira <strong>com</strong>o conduz sua pesquisa clínica e sua equipe do TMO.Aproveito a oportuni<strong>da</strong>de para parabenizar-lhe pelos avanços e sucessos conquistados nos últimosquatro anos nos ensaios clínicos de transplante autólogo de células tronco <strong>em</strong> doenças auto-imunes.À diretoria científica e administrativa do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia de Ribeirão Preto do HC-FMRP-USP, <strong>em</strong> cujos laboratórios de pesquisa esse trabalho foi desenvolvido.Ao coordenador do Centro de Terapia Celular (CEPID <strong>da</strong> FAPESP), Prof. Dr. Marco Antônio Zago,pela oportuni<strong>da</strong>de de trabalhar nesse centro de referência <strong>em</strong> pesquisa, o qual t<strong>em</strong> obtido muitosucesso pela sua capaci<strong>da</strong>de de liderança e <strong>em</strong>penho na formação dos pesquisadores.Ao Programa de Pós-graduação <strong>em</strong> Imunologia Básica e Aplica<strong>da</strong>, do Departamento de Imunologia eBioquímica <strong>da</strong> FMRP-USP, pelos excelentes professores e pela quali<strong>da</strong>de de formação que éofereci<strong>da</strong>. Agradeço <strong>em</strong> especial à Ana, que s<strong>em</strong>pre me ajudou <strong>com</strong> muita atenção, eficiência ecarinho <strong>em</strong> todos os momentos <strong>em</strong> que precisei.À FAPESP, Finep e CNPq pelo apoio financeiro, imprescindível para a realização deste trabalho.Ao Laboratório de Citometria de Fluxo do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia de Ribeirão Preto do HC-FMRP-USP. À Patrícia e Fabiana pela dedicação, presteza e aju<strong>da</strong>, que foram imprescindíveis para arealização deste trabalho. Agradeço pelas centenas de tubinhos marcados, “passados” e analisados,e também pelos conselhos e discussões sobre os experimentos. Mas, principalmente, agradeço pelaamizade sincera, carinho, conversas, pelos ótimos momentos que passamos e pelas inúmerasrisa<strong>da</strong>s que d<strong>em</strong>os juntas nesses últimos quatro anos!Ao Laboratório de Biologia Celular do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia de Ribeirão Preto do HC-FMRP-USP. À Maristela, Ane Rose e Karina pela aju<strong>da</strong> na realização deste trabalho, pela discussãodos experimentos, e principalmente, pela amizade, apoio e carinho nesses últimos anos. Agradeçoespecialmente à Aline, minha estagiária, pela amizade, carinho, dedicação e aju<strong>da</strong> imensurável nosexperimentos nesse último um ano e meio.


Ao Laboratório de Biologia Molecular do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia de Ribeirão Preto do HC-FMRP-USP. À Dra. Simone e Luciene pela aju<strong>da</strong> na realização dos experimentos. Agradeço tambémà Carmen pela amizade e por s<strong>em</strong>pre me aju<strong>da</strong>r <strong>com</strong> muita atenção e eficiência na parte burocráticanos momentos <strong>em</strong> que precisei.À equipe médica <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Transplante de medula Óssea do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> FMRP-USP, <strong>em</strong> especial à Dra. Maria Carolina de Oliveira, Dra. Beatriz Stracieri, Dra. Daniela Moraes, Dra.Belin<strong>da</strong> Simões e ao Dr. Fabiano Pieroni, pela atenção e presteza no a<strong>com</strong>panhamento dos<strong>pacientes</strong>, encaminhamento <strong>da</strong>s amostras e no fornecimento dos <strong>da</strong>dos clínicos.À equipe de enfermag<strong>em</strong> <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Transplante de medula Óssea do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong>FMRP-USP pela atenção, dedicação, paciência e presteza na coleta <strong>da</strong>s amostras dos <strong>pacientes</strong>.À equipe médica do Setor de Doenças Neuromusculares, <strong>em</strong> especial à Dra. Doralina Brum e ao Dr.Amilton Barreira, pela colaboração nesse projeto, atenção e presteza no a<strong>com</strong>panhamento dos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla.À equipe médica <strong>da</strong> Divisão de Endocrinologia e Metabolismo do HC-FMRP-USP, <strong>em</strong> especial ao Dr.Eduardo Couri e ao Dr. Milton César Foss, pela colaboração nesse projeto, atenção e presteza noa<strong>com</strong>panhamento dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1.Ao Prof. Dr. Jorge Kalil, Prof. Dra. Luiza Guilherme, Prof. Dra. Verônica Coelho e Dra. Kellen Faé, doLaboratório de Imunologia do Instituto do Coração <strong>da</strong> FM-USP, pela oportuni<strong>da</strong>de que me deram depoder desenvolver parte de meu trabalho de doutorado <strong>em</strong> um grupo de excelência <strong>em</strong> pesquisa <strong>em</strong>Imunologia no Brasil, iniciando-me no estudo do repertório de linfócitos T. Agradeço <strong>em</strong> especial àDra. Kellen pela colaboração nesse trabalho, pelos ensinamentos e explicações, pela aju<strong>da</strong> narealização dos experimentos e na discussão dos resultados. Agradeço pelo carinho e cui<strong>da</strong>do noperíodo <strong>em</strong> que trabalhei <strong>em</strong> seu laboratório. Agradeço também a todos os outros <strong>com</strong>panheiros dolaboratório que me receberam <strong>com</strong> carinho, e de alguma forma contribuíram para realização destaparte do meu trabalho.Aos <strong>pacientes</strong> que participaram deste estudo pela <strong>com</strong>preensão e paciência. Espero ter contribuído,um pouco que seja, para o entendimento dos mecanismos de ação do transplante autólogo de células


tronco <strong>em</strong> doenças auto-imunes, para que no futuro essa nova abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> terapêutica para otratamento de doenças auto-imunes possa ser melhora<strong>da</strong>.A todos meus <strong>com</strong>panheiros dos laboratórios de pesquisa do H<strong>em</strong>ocentro que de diferentes formascontribuíram para este trabalho. Agradeço pela amizade, força e aju<strong>da</strong> nos experimentos. Emespecial, agradeço à minha amiga Keikinho pela amizade e carinho, por me escutar tantas vezes, por<strong>com</strong>partilhar sonhos e esperanças, e pela aju<strong>da</strong> incondicional.Aos meus “amigos <strong>da</strong> imuno” (vocês sab<strong>em</strong> qu<strong>em</strong> são...) pela amizade e carinho sinceros, pela força,conselhos e apoio nos momentos <strong>em</strong> que precisei, pelos bons momentos <strong>com</strong>partilhados <strong>em</strong> nossassaí<strong>da</strong>s e encontros, e também pelas nossas conversas sobre nossa paixão que é a Imunologia. Foimuito bom conviver <strong>com</strong> vocês nesses últimos quatro anos!Aos meus queridos pais, Ronaldo e Mariléa, pelo amor e apoio incondicionais que s<strong>em</strong>pre recebi parair <strong>em</strong> busca de meus sonhos. Obriga<strong>da</strong> por <strong>com</strong>preender<strong>em</strong> minha ausência nesses últimos t<strong>em</strong>pos.Saibam que ca<strong>da</strong> conquista minha é um triunfo de vocês.Ao meu querido Cléver, meu amor, minha referência... Agradeço a Deus, s<strong>em</strong>pre, por ter colocadovocê <strong>em</strong> minha vi<strong>da</strong>. Obriga<strong>da</strong> pela <strong>com</strong>preensão, carinho, apoio e aju<strong>da</strong> incondicionais,principalmente nesses últimos t<strong>em</strong>pos. Essa conquista também é sua, assim <strong>com</strong>o a sua (l<strong>em</strong>bra?)também foi minha, e tenho certeza de que outros tantos sonhos nós conquistar<strong>em</strong>os juntos.A Deus pela minha existência, pelo amor incondicional, pela saúde, força e capaci<strong>da</strong>de que me dátodos os dias.


“The marvelous richness of human experience would losesomething of rewarding joy if there were no limitations toover<strong>com</strong>e. The hilltop hour would not be half so wonderful ifthere were no <strong>da</strong>rk valleys to traverse”.Helen Keller (1880 – 1968)


RESUMOFarias, K.C.R.M. <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito dotipo 1 e esclerose múltipla após transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. 2006.286p. Tese (Doutorado) – Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Ribeirão Preto, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo,Ribeirão Preto, 2006.Ensaios clínicos têm d<strong>em</strong>onstrado que a imunoablação segui<strong>da</strong> de transplante autólogo decélulas tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (TACTH) é capaz de suprimir a ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> doenças auto-imunes (DAIs) e pode induzir r<strong>em</strong>issões clínicas prolonga<strong>da</strong>s nesses <strong>pacientes</strong>,mas o mecanismo de ação do TACTH ain<strong>da</strong> não é b<strong>em</strong> esclarecido. O racional do TACTH <strong>em</strong> DAIsbaseia-se na idéia de que a imunoablação intensa possa eliminar as células auto-reativas e que onovo sist<strong>em</strong>a imune reconstituído dos precursores h<strong>em</strong>atopoéticos possa restabelecer tolerância. Oobjetivo deste trabalho foi avaliar a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1(DM, N=11) e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla (EM, N=18), seqüencialmente após o TACTH. A<strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> observa<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM (um ano de seguimento póstransplante)e nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM (dois anos de seguimento pós-transplante), foi caracteriza<strong>da</strong> pormecanismos periféricos timo-independentes. Após o transplante, houve uma predominância decélulas T de m<strong>em</strong>ória central, m<strong>em</strong>ória efetora e também de células T efetoras diferencia<strong>da</strong>s,principalmente de linfócitos T CD8 + . Essas células provavelmente se originam <strong>da</strong> expansãohomeostática periférica de linfócitos T de m<strong>em</strong>ória residuais que sobreviveram ao regime decondicionamento ou foram re-infundidos <strong>com</strong> as células tronco no momento do transplante. Osnúmeros de linfócitos T CD4 + e CD8 + naive, incluindo as células T CD4 + CD45RA + CD31 +recémimigrantesdo timo, não recuperaram os níveis basais durante o período pós-transplante analisado.Após o TACTH, houve uma predominância de células T CD4 + e CD8 + produtoras de citocinas dopadrão T H 1 (INF-γ e TNF-α). Por outro lado, foi observado um aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células TCD4 + e CD8 + produtoras de citocinas do padrão T H 2 (IL-4, IL-5 e IL-10) no pré-condicionamento e <strong>em</strong>alguns períodos após o TACTH. Análises espectrais do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dos receptores decélulas T (TCRs), por TCRBV CDR3 spectratyping, identificaram quatro padrões básicos de<strong>reconstituição</strong> do repertório. O padrão que consistiu na <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um


ABSTRACTFarias, K.C.R.M. Analysis of immune reconstitution in type 1 <strong>diabete</strong>s and multiple sclerosispatients following h<strong>em</strong>atopoeitic st<strong>em</strong> cell transplantation. 2006. 286p. Thesis (Doctoral) –Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Ribeirão Preto, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.Clinical trials have indicated that autologous h<strong>em</strong>atopoietic st<strong>em</strong> cell transplantation (AHSCT) canpersistently suppress inflammatory disease activity in a subset of patients with autoimmune diseases(AIDs), but the mechanism of action of the AHSCT has not yet been totally eluci<strong>da</strong>ted. The rationalefor HSCT in autoimmune diseases has been the notion that intensive immune depletion couldeliminate autoreactive immune cells irrespective of antigenic specificity and that regenerating theimmune syst<strong>em</strong> from h<strong>em</strong>atopoietic precursors could reestablish tolerance. The goal of this work wasto evaluate the immune reconstitution in patients with type 1 <strong>diabete</strong>s mellitus (DM1; N=11) andmultiple sclerosis (MS; N=18) who received AHSCT. The immune reconstitution observed in the DM1patients (one year follow-up) and in the MS patients (two years follow-up) was characterized byperipheral thymic-independent mechanisms. After transplantation, there was a predominance ofcentral-m<strong>em</strong>ory T cells, effector-m<strong>em</strong>ory T cells and differentiated-effector T cells, mainly of the CD8 +T cell subset. These cells probably originate from peripheral homeostatic proliferation of residualm<strong>em</strong>ory T cells that have survived the conditioning ch<strong>em</strong>otherapy or were reinfused with the HSCgraft. The numbers of naive CD4 + and CD8 + T cells, including the recent-thymic <strong>em</strong>igrantsCD4 + CD45RA + CD31 + , did not revert to baseline levels during follow-up. After transplant, there was apredominance of T H 1 cells, mainly CD8 + T cells, producing INF-γ e TNF-α. In contrast, it was observe<strong>da</strong>n increased percentage of CD4 + and CD8 + T cells producing T H 2 cytokines (IL4, IL-5 and IL-10) atpre-conditioning and at some time points after AHSCT. Analysis of the T cell receptor Vβ repertoire byTCRBV CDR3 spectratyping identified four basic patterns of repertoire reconstitution. The pattern thatconsisted of reconstitution of diversity from a normally diverse repertoire was the most dominant in theanalyzed patients. For some Vβ families were observed a pattern that consisted of recovery ofdiversity from a restricted repertoire, suggesting increased repertoire diversity after AHSCT. Therewere changes in the <strong>com</strong>position of the T cell repertoire post-AHSCT, evidenced by qualitative andquantitative alterations in the CDR3 peaks, which might explain the induction of the r<strong>em</strong>ission of the


autoimmune disease, observed for the majority of the patients. A rapid reconstitution of CD4 + CD25 highT cells and an increased expression of the Foxp3 gene, a specific molecular marker for regulatoryCD4 + CD25 high T cells, were observed in the majority of the analyzed patients. These results suggestan improv<strong>em</strong>ent of the regulatory mechanisms, which might contribute to reestablishment ofimmunological tolerance in the DM1 and MS patients submitted to the AHSCT.Keywords: H<strong>em</strong>atopoeitic st<strong>em</strong> cell transplantation, Auto-immune diseases, Immune reconstitution,Type 1 <strong>diabete</strong>s, Multiple Sclerosis, T cell repertoire.


LISTA DE ILUSTRAÇÕESFigura 1. Reconstituição de leucócitos totais, linfócitos, monócitos e granulócitos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 após o TACTH ....................................................................................... 72Figura 2. Reconstituição de linfócitos T e B <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH . 73Figura 3. Reconstituição de linfócitos T, células NK, células NKT-like, e de células dendríticas <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH.. .................................................................. 74Figura 4. Reconstituição de linfócitos T CD4 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH ........................................ 75Figura 5. Reconstituição de linfócitos T CD8 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH ........................................ 76Figura 6. Expressão de Fas e FasL <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + ou TCD8 + , ou <strong>em</strong> linfócitos B reconstituídos<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH .............................................................. 77Figura 7. Expressão de marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + , T CD8 + e linfócitos Breconstituídos, e <strong>reconstituição</strong> de linfócitos T CD4+ recém-imigrantes do timo, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH ............................................................................................ 78Figura 8. Reconstituição de linfócitos T CD4 + CD25 + e linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH ............................................................................................ 79Figura 9. Expressão de CTLA-4 e GITR <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito tipo 1 antes e após o TACTH ............................................................................................ 80Figura 10. Reconstituição de leucócitos totais, linfócitos, monócitos e granulócitos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH ............................................................................................... 88Figura 11. Reconstituição de linfócitos T e B <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH .. 89Figura 12. Reconstituição de linfócitos T, células NK, células NKT-like, e de células dendríticas <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH........................................................................ 90Figura 13. Reconstituição de linfócitos T CD4 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH............................................ 91Figura 14. Reconstituição de linfócitos T CD8 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH............................................ 92Figura 15. Expressão de Fas e FasL <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + ou TCD8 + , ou <strong>em</strong> linfócitos B reconstituídos<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH.................................................................. 93


Figura 16. Expressão de marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + , T CD8 + e linfócitos Breconstituídos, e <strong>reconstituição</strong> de linfócitos T CD4+ recém-imigrantes do timo, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH ............................................................................................... 94Figura 17. Reconstituição de linfócitos T CD4 + CD25 + e linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH ............................................................................................... 95Figura 18. Expressão de CTLA-4 e GITR <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla antes e após o TACTH ................................................................................................... 96Figura 19. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrãoT H 1 <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 pré- e pós-TACTH ................................................ 100Figura 20. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrãoT H 2 <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 pré- e pós-TACTH ................................................ 101Figura 21. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrãoT H 1 <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-TACTH ................................................... 104Figura 22. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrãoT H 2 <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-TACTH ................................................... 105Figura 23. Padrões de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1...................................................................................................... 114Figura 24. Mu<strong>da</strong>nças qualitativas na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR após o TACTHnos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1. .............................................................................. 116Figura 25. Padrões de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> esclerose múltipla .............................................................................................................. 127Figura 26. Mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR após TACTH nos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> esclerose múltipla .............................................................................................................. 129Figura 27. Expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares do sangue periférico de <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo após o TACTH. ............................................................................... 133Figura 28. Expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares do sangue periférico de <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH...................................................................................... 134Figura A.1. Análise de subpopulações linfócitárias do sangue periférico.......................................... 187Figura A.2. Análise de subpopulações de células T do sangue periférico ........................................ 188Figura A.3. Análise de subpopulações de células T do sangue periférico ........................................ 189


Figura A.4. Análise de células T naive, efetoras e de m<strong>em</strong>ória, e de células dendríticas do sangueperiférico.................................................................................................................................... 190Figura A.5. Análise de populações de células T reguladoras CD4+CD25+ do sangue periférico ..... 191Figura A.6. Análise de subpopulações linfócitárias do sangue periférico.......................................... 192Figura B.1. Produção de citocinas intracelulares do padrão TH1 e TH2 por subpolulações linfócitárias.................................................................................................................................................. 193Figura B.2. Produção de citocinas intracelulares do padrão TH1 e TH2 por subpolulações linfócitárias.................................................................................................................................................. 194Figura B.3. Análise <strong>da</strong> expressão de CD69 por células T CD3+ estimula<strong>da</strong>s <strong>com</strong> PMA e Inonomicina.................................................................................................................................................. 195Figura C.1. Método de TCRBV CDR3 Spectratyping........................................................................ 196Figura C.2. Imag<strong>em</strong> de um gel de seqüenciamento.......................................................................... 197Figura H.1. Reação de Real time PCR para genes GAPDH (A) e Foxp3 (B).................................... 212Figura I.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1), prée pós-TACTH............................................................................................................................. 214Figura J.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2),pré e pós-TACTH ...................................................................................................................... 219Figura K.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 WSL (DM3),pré e pós-TACTH ...................................................................................................................... 224Figura L.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4),pré e pós-TACTH ...................................................................................................................... 229Figura M.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 RFLS (DM5),pré e pós-TACTH. .................................................................................................................... 233Figura N.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (EM1), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 238Figura O.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SSS (EM3), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 243Figura P.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla DFG (EM4), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 248


Figura Q.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla ARJTA (EM5), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 252Figura R.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SHGE (EM6), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 257Figura S.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla MFM (EM8), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 261Figura T.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (EM1), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 266Figura U.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla OLP (EM10), pré epós-TACTH................................................................................................................................ 270Figura V.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do RCT nos indivíduos-controle saudáveis DN12 e DN20 ...... 274Figura W.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2), pré- e pós-TACTH.......................................................... 278Figura W.2. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1) (A) e WLS (DM3) (B) pré- e pós-TACTH........................... 279Figura W.3. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4) (A) e RLFS (DM5) (B) pré- e pós-TACTH ........................ 280Figura X.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla GG (DM1) (A) e SSS (EM3) (B) pré- e pós-TACTH...................................... 281Figura X.2. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla DFG (EM4) (A) e ARJTA (EM5) (B) pré- e pós-TACTH............................... 282Figura X.3. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla SHGE (EM6) (A) e MFM (EM8) (B) pré- e pós-TACTH ............................... 283Figura Y.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do RCT <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico dos indivíduoscontrolesaudáveis DN12 e DN20.............................................................................................. 285


Tabela E.1. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante ...................... 203Tabela E.2. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante ...................... 204Tabela E.3. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante ...................... 205Tabela E.4. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong> subpopulaçãocelular analisa<strong>da</strong>........................................................................................................................ 206Tabela E.5. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong> subpopulaçãocelular analisa<strong>da</strong>........................................................................................................................ 207Tabela F.1. Valores <strong>da</strong> média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s populações de células T CD4+ ou CD8+produtoras de citocinas nos controles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- epós-transplante.......................................................................................................................... 208Tabela F.2. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré- e pós-transplante, para aspopulações de células T CD4+ ou CD8+ produtoras de citocinas ............................................. 209Tabela G.1. Valores <strong>da</strong> média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s populações de células T CD4+ ou CD8+produtoras de citocinas nos controles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e póstransplante.................................................................................................................................210Tabela G.2. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para as populações decélulas T CD4+ ou CD8+ produtoras de citocinas ..................................................................... 211Tabela I.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1), pré- e pós-TACTH............................................................ 215Tabela J.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2), pré- e pós-TACTH.......................................................... 220


Tabela K.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito WSL (DM3), pré- e pós-TACTH.......................................................................... 225Tabela L.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4), pré- e pós-TACTH........................................................... 230Tabela M.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 RLFS (DM5), pré- e pós-TACTH.......................................................... 234Tabela N.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla GG (EM1), pré- e pós-TACTH...................................................................... 239Tabela O.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla SSS (EM3), pré- e pós-TACTH .................................................................... 244Tabela P.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla DFG (EM4), pré- e pós-TACTH.................................................................... 249Tabela Q.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla ARJTA (EM5), pré- e pós-TACTH ................................................................ 252Tabela R.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla SHGE (EM6), pré- e pós-TACTH ................................................................. 258Tabela S.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla MFM (EM8), pré- e pós-TACTH ................................................................... 262


Tabela T.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla WRS (EM9), pré- e pós-TACTH ................................................................... 267Tabela U.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla OLP (EM10), pré- e pós-TACTH .................................................................. 271Tabela V.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do RCT efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico dos indivíduoscontrolesaudáveis DN12 e DN20.............................................................................................. 275


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS• aa - aminoácido• APC - do inglês “antigen presenting cell” ou célula apresentadora de antígeno• ATG - do inglês “anti-thymocyte-globulin” ou globulina anti-linfocitária• BEAM - BCNU, etoposídeo, aracitin, melfalan• CD - do inglês "cluster of differentiation", ou grupamento de diferenciação• CDR - do inglês “<strong>com</strong>pl<strong>em</strong>entary determinant region”, ou região determinante de<strong>com</strong>pl<strong>em</strong>entarie<strong>da</strong>de• CTLA-4 - do inglês “citotoxic T lymphocyte-associated molecule-4”, ou molécula 4 associa<strong>da</strong> aolinfócito T citotóxico• DAIs - Doenças auto-imunes• DEPC - dietilpirocarbonato• DM - Diabete melito do tipo 1• DMSO - dimetilsulfóxido• DNA - do inglês “desoxirobonucleic acid” ou ácido desoxirribonucléico• dNTP - desoxi-nucleotídeos trifosfato• EAE - do inglês “experimental autoimmune encephalomyelitis”, ou encefalite auto-imuneexperimental• EDSS - Expanded Disability Status Score• EDTA - sal di-sódico do ácido etilenodiaminotetracético• EM - Esclerose Múltipla• FACS - do inglês "Fluorescence-Activated Cell Sorter"• FITC - do inglês "fluorescein isothiocyanate" ou isotiocianato de fluoresceína• G-CSF - do inglês “granulocyte-colony stimulating factor” ou fator estimulador de colônias degranulócitos• GM-CSF - do inglês “granulocyte macrophage-colony stimulating factor” ou fator estimulador decolônias de granulócitos e macrófagos• HLA - do inglês “Human Leukocyte Antigens” ou antígenos leucocitários humanos• IFN-γ - do inglês “gamma interferon” ou interferon gama• IL - interleucina• LES - Lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico• MBP - do inglês “myelin basic protein” ou proteína básica de mielina• MHC - do inglês “Major Histo<strong>com</strong>patibility Complex” ou Complexo Principal deHisto<strong>com</strong>patibili<strong>da</strong>de• PBMCs - do inglês “peripheral blood mononuclear cells”, ou células mononucleares de sangueperiférico• PBS - do inglês “phosphate buffer saline”, ou tampão salina fosfato• PE - "PhycoErythrin" ou ficoeritrina


• PCR - do inglês "polymerase chain reaction" ou reação de polimerização <strong>em</strong> cadeia• Pré-cond - pré-condicionamento• Pré-mob - pré-mobilização• q.s.p - quanti<strong>da</strong>de suficiente para• TCR - inglês “T cell receptor”, ou receptor de célula T• RNA - do inglês “ribonucleic acid” ou ácido ribonucléico• RNAm - ácido ribonucléico mensageiro• RPMI - meio Roswell Park M<strong>em</strong>orial Institute• SBF - soro bovino fetal• TA - t<strong>em</strong>peratura ambiente• TACTH - Transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas• TCTH - Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas• T H - T "helper” - células T auxiliadoras• TNF-α - do inglês “tumor necrosis factor alpha” ou fator de necrose tumoral alfa• Treg - célula T reguladora• Tris - Tris-hidroximetil aminometano básico• Tx - transplante• Vα - região variável <strong>da</strong> cadeia alfa do receptor de célula T• Vβ - região variável <strong>da</strong> cadeia beta do receptor de célula T


SUMÁRIO1 Introdução ..................................................................................................................................... 11.1 Auto-imuni<strong>da</strong>de e doenças auto-imunes.................................................................................. 21.2 Diabete melito do tipo 1 ........................................................................................................... 91.3 Esclerose múltipla.................................................................................................................. 131.4 Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas <strong>em</strong> doenças auto-imunes ............................. 171.5 Mecanismos de ação do TCTH autólogo <strong>em</strong> doenças auto-imunes ...................................... 231.6 Repertório do receptor de células T <strong>em</strong> doenças auto-imunes .............................................. 282 Objetivos ..................................................................................................................................... 312.1 Objetivo geral......................................................................................................................... 322.2 Objetivos específicos ............................................................................................................. 323 Casuística, Material e Métodos.................................................................................................... 333.1 Delineamento do estudo ........................................................................................................ 343.2 Casuística .............................................................................................................................. 343.3 Controles saudáveis .............................................................................................................. 373.4 Isolamento <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico ................................................ 373.5 Imunofenotipag<strong>em</strong> <strong>da</strong>s subpopulações celulares do sangue periférico ................................. 393.6 Detecção de citocinas intracelulares <strong>em</strong> linfócitos T ativados................................................ 413.7 Extração de RNA pelo método de Trizol ................................................................................ 433.7.1 Eletroforese de amostras de RNA <strong>em</strong> gel de agarose sob condições desnaturantes.... 443.8 Transcrição reversa ............................................................................................................... 453.8.1 Vali<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> transcrição ............................................................................................... 453.9 Método de TCRBV CDR3 Spectratyping................................................................................ 463.9.1 Reação de PCR (Vβ-Cβ) para determinação <strong>da</strong>s famílias Vβ do Receptor de Células(TCR) ...................................................................................................................................... 463.9.2 Reação de elongação Vβ-Cβ (Run-off).......................................................................... 473.9.3 Preparo do gel de seqüenciamento............................................................................... 473.9.4 Preparo <strong>da</strong>s amostras e aplicação no gel de seqüenciamento...................................... 48


3.9.5 Perfil <strong>da</strong> região CDR3 do RTC, cálculo do tamanho <strong>da</strong> região CDR3 do RTC e <strong>da</strong>freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ, pelo método de TCRBV CDR3 Spectratyping.................................. 493.10 Análise <strong>da</strong> expressão de Foxp3 por Real Time RT- PCR .................................................. 513.11 Análise estatística.............................................................................................................. 534 Resultados................................................................................................................................... 554.1 Resultados Clínicos ............................................................................................................... 564.1.1 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla ................................................................................. 564.1.2 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ......................................................................... 574.2 <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTH ....................................................... 624.2.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ......................................................................... 624.2.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla ................................................................................. 814.3 <strong>Avaliação</strong> do perfil de citocinas após o TACH........................................................................ 974.3.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ......................................................................... 984.3.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla ............................................................................... 1024.4 Análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório de linfócitos T............................................................. 1064.4.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ....................................................................... 1094.4.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla ............................................................................... 1194.5 Análise <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares....................................... 1324.5.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ....................................................................... 1324.5.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla ............................................................................... 1335 Discussão.................................................................................................................................. 1355.1 <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTH ..................................................... 1365.2 Perfil de citocinas após o TACTH ........................................................................................ 1545.3 Diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T após o TACTH ........................................................ 1575.4 Análise <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> de células T reguladoras e <strong>da</strong> expressão de Fopx3 após o TACTH............................................................................................................................................... 1626 Conclusões................................................................................................................................ 166Referências ...................................................................................................................................... 170Apêndices e Anexo........................................................................................................................... 186


1 Introdução


Introdução 21.1 Auto-imuni<strong>da</strong>de e doenças auto-imunesAs doenças auto-imunes (DAIs) constitu<strong>em</strong> um grupo <strong>com</strong>plexo e heterogêneo de doençasque ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> 3-5% <strong>da</strong> população geral. As DAIs são caracteriza<strong>da</strong>s pela per<strong>da</strong> <strong>da</strong> tolerância<strong>imunológica</strong> a antígenos próprios e conseqüente destruição tecidual por células auto-reativas e autoanticorpos(revisado por Davidson e Diamond, 2001; Marrack et al., 2001). Nas doenças auto-imunesórgão-específicas (por ex<strong>em</strong>plo, <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e esclerose múltipla), as células autoreativase auto-anticorpos são direcionados contra <strong>com</strong>ponentes próprios expressos somente numtecido ou tipo celular específico. Nas doenças auto-imunes sistêmicas (por ex<strong>em</strong>plo, lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico, esclerose sistêmica e artrite reumatóide), as células auto-reativas e autoanticorpossão direcionados contra vários auto-antígenos que são usualmente expressos numagrande varie<strong>da</strong>de de tecidos, estando presentes no núcleo, no citoplasma ou na superfície celular(revisado por Davidson e Diamond, 2001; Marrack et al., 2001). Critérios para auto-imuni<strong>da</strong>de foramdefinidos por Rose e Bona (1993), que postularam que a prova direta <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de <strong>em</strong>humanos é a capaci<strong>da</strong>de de transferir adotivamente a doença pela transferência de células imunes;prova indireta é a capaci<strong>da</strong>de de transferir uma doença auto-imune experimental (que mimetiza adoença auto-imune humana) pela transferência adotiva de células imunes, e a d<strong>em</strong>onstração de quea doença responde a agentes imunossupressores.As DAIs constitu<strong>em</strong> uma importante causa de morbi<strong>da</strong>de e mortali<strong>da</strong>de ao redor do mundo.Várias dessas doenças são muito difíceis de tratar e impossíveis de curar, pela razão óbvia de que osalvos <strong>da</strong> resposta imune, os auto-antígenos, não pod<strong>em</strong> ser eliminados. As DAIs representam umprobl<strong>em</strong>a econômico-social relevante, pois afetam freqüent<strong>em</strong>ente adultos jovens, principalment<strong>em</strong>ulheres (revisado por Rioux e Abbas, 2005).Durante vários anos o dogma central <strong>da</strong> imunologia baseava-se na deleção clonal de célulasauto-reativas <strong>com</strong>o único mecanismo de tolerância <strong>imunológica</strong> para a prevenção <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de.A visão atual sobre tolerância <strong>imunológica</strong> reconhece que um nível baixo de auto-reativi<strong>da</strong>de éfisiológico (Dighiero e Rose, 1999) e crucial para o funcionamento normal do sist<strong>em</strong>a imune. Autoantígenosaju<strong>da</strong>m a formar o repertório de linfócitos maduros e a sobrevivência <strong>da</strong>s células T naive ede células B na periferia requer exposições contínuas a antígenos próprios (Goldrath e Bevan, 1999).Uma vez que não exist<strong>em</strong> diferenças fun<strong>da</strong>mentais entre as estruturas de antígenos próprios e deantígenos não-próprios, a idéia é que os linfócitos evoluíram não para distinguir o “próprio” do “não-


Introdução 3próprio”, <strong>com</strong> tinha sido proposto anteriormente, mas para responder a antígenos somente <strong>em</strong> certosmicroambientes, geralmente na presença de citocinas e outros fatores inflamatórios. Assim,atualmente a auto-reativi<strong>da</strong>de não é mais vista mais <strong>com</strong>o patológica, mas sim <strong>com</strong>o fisiológica. Umavez que a auto-reativi<strong>da</strong>de é fisiológica, o desafio é entender <strong>com</strong>o isso se torna um processopatológico e <strong>com</strong>o as células imunes, principalmente células T e B, contribu<strong>em</strong> para a injúria tecidual(Davidson e Diamond, 2001).Portanto, as DAIs se desenvolv<strong>em</strong> quando linfócitos auto-reativos escapam dos mecanismosde tolerância <strong>imunológica</strong>, são ativados e <strong>com</strong>eçam a atacar os tecidos próprios. Embora osmecanismos pelos quais isso ocorre ain<strong>da</strong> não sejam <strong>com</strong>pletamente esclarecidos, acredita-se que odesenvolvimento de DAIs é resultante de uma interação entre fatores genéticos, fatores ambientais eeventos estocásticos (revisado por Rioux e Abbas, 2005). As baixas taxas de concordância para asDAIs entre gêmeos idênticos suger<strong>em</strong> uma contribuição fun<strong>da</strong>mental de fatores ambientais paradesenvolvimento <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de. Os genes de suscetibili<strong>da</strong>de descritos são relacionados amoléculas de HLA, citocinas, moléculas co-estimuladoras, vias de sinalização de apoptose,receptores de antígenos, células reguladoras, depuração de imuno<strong>com</strong>plexos, e dentre outros(revisado por Marrack et al., 2001).De acordo <strong>com</strong> a suscetibili<strong>da</strong>de genética, as DAIs pod<strong>em</strong> ser classifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o simples ou<strong>com</strong>plexas. As DAIs simples são causa<strong>da</strong>s por alterações num único gene, tais <strong>com</strong>o as doenças:ALPS (autoimmune lymphoproliferative syndrome; causa<strong>da</strong> por mutações nos genes Fas ou FasL,que levam à ausência de apoptose de linfócitos T e B auto-reativos), a IPEX (immune dysregulation,polyendocrinopathy, enteropathy , X-linked syndrome; causa<strong>da</strong> por mutação do gene Foxp3, que levaà ausência de geração de células T reguladoras) e a APS-1 (autoimmune polyendocrine syndrome;causa<strong>da</strong> por mutação do gene AIRE, que leva à expressão diminuí<strong>da</strong> de auto-antígenos no timo,resultando na seleção negativa defeituosa de células T auto-reativas).Por outro lado, as DAIs <strong>com</strong>plexas resultam<strong>da</strong> <strong>com</strong>binação de vários alelos desuscetibili<strong>da</strong>de (de lócus diferentes), fatores ambientais (tais <strong>com</strong>o níveis de hormônios, infecçõesvirais ou microbianas, dieta) e de eventos estocásticos. Ex<strong>em</strong>plos de DAIs <strong>com</strong>plexas são o lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico, esclerose sistêmica, artrite reumatóide, <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, escleros<strong>em</strong>últipla, doença de Crohn, dentre outras (revisado por Rioux e Abbas, 2005).


Introdução 4Mecanismos de tolerância <strong>imunológica</strong>Tolerância central e periféricaA diversi<strong>da</strong>de dos repertórios de células T e B são gerados durante o desenvolvimentodessas células no timo e na medula óssea, respectivamente, através de mecanismos dere<strong>com</strong>binação somática que envolv<strong>em</strong> o rearranjo dos genes dos TCRs (T cell receptors, oureceptores de células T) e dos BCRs (B cell receptors, ou receptores de células B), resultando <strong>em</strong>uma diversi<strong>da</strong>de enorme de células T ou B que expressam receptores de diferentes especifici<strong>da</strong>des.Ca<strong>da</strong> célula T ou B apresenta um único receptor rearranjado entre de bilhões de possibili<strong>da</strong>des. Nocaso <strong>da</strong>s células B, diversi<strong>da</strong>de adicional é gera<strong>da</strong> pelo processo de hipermutação somática, queconsiste na substituição de nucleotídeos nos genes dos BCRs, e ocorre nos órgãos linfóidesperiféricos durante fases tardias <strong>da</strong> resposta imune.O repertório de células T é determinado pelos processos de seleção positiva e negativa queocorr<strong>em</strong> no timo, durante os quais os timócitos são selecionados e amadurec<strong>em</strong>. A afini<strong>da</strong>de do TCRpor <strong>com</strong>plexos MHC-peptídeo próprio é o parâmetro crucial que determina o destino do timócito econstitui a base dos processos seleção positiva e negativa. Assim, timócitos cujos TCRs nãoreconhec<strong>em</strong> ou reconhec<strong>em</strong> <strong>com</strong> afini<strong>da</strong>de muito baixa os <strong>com</strong>plexos MHC-peptídeos-próprios,morr<strong>em</strong> por negligência, sendo este o destino <strong>da</strong> maioria dos timócitos. Os timócitos duplo-positivosque expressam TCRs <strong>com</strong> baixa afini<strong>da</strong>de por <strong>com</strong>plexos MHC-peptídeos próprios, apresentados porcélulas epiteliais do córtex tímico do indivíduo, receb<strong>em</strong> sinais para sobreviver e se diferenciar <strong>em</strong>células T maduras. Esse processo é chamado de seleção positiva. Já, os timócitos duplo-positivoscujos TCRs apresentam alta afini<strong>da</strong>de por <strong>com</strong>plexos MHC-peptídeos próprios são selecionados peloprocesso de seleção negativa que será discutido adiante.Entre 20 a 50% dos TCRs e dos BCRs gerados pela re<strong>com</strong>binação V(D)J ligam-se <strong>com</strong>afini<strong>da</strong>de potencialmente perigosa à auto-antígenos (revisado por Goodnow et al., 2005). Uma vezque somente 3-5% <strong>da</strong> população desenvolve doenças auto-imunes, é notável que esse númeroimenso de receptores auto-reativos é tão b<strong>em</strong> regulado na maioria <strong>da</strong>s pessoas. Esta regulaçãodeve-se a mecanismos de tolerância <strong>imunológica</strong> que li<strong>da</strong>m <strong>com</strong> as células T e B que expressamesses receptores auto-reativos <strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de por antígenos próprios. Os mecanismos detolerância <strong>imunológica</strong> pode ser divididos <strong>em</strong> mecanismos de tolerância central e mecanismos detolerância periférica. Na tolerância central, linfócitos imaturos que reconhec<strong>em</strong> antígenos próprios


Introdução 5<strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de nos órgãos linfóides centrais (medula óssea para as células B e timo para ascélulas T) morr<strong>em</strong> por apoptose (deleção clonal), ou faz<strong>em</strong> “edição” do receptor, ou sãofuncionalmente “inativados” (anergia clonal). Na tolerância periférica, os linfócitos auto-reativosmaduros que encontram auto-antígenos na periferia são mortos por apoptose induzi<strong>da</strong> por ativação,ou são funcionalmente “inativados” (anergia clonal), ou são controlados por mecanismos supressoresmediados por células T reguladoras (revisado por Walker e Abbas, 2002; Goodnow et al., 2005).O principal mecanismo de tolerância central é a deleção clonal, que constitui a morte doslinfócitos que apresentam receptores “proibidos” ou auto-reativos <strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de por antígenospróprios, por apoptose. Outro mecanismo é a edição do receptor, ou seja, a célula que apresenta umreceptor <strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de por antígenos próprios pode “editar” esse receptor, passando por outrare<strong>com</strong>binação V(D)J para apresentar um receptor diferente que não seja auto-reativo. Esse é um dosprincipais mecanismos de tolerância no desenvolvimento de células B. O terceiro mecanismo detolerância central constitui <strong>em</strong> mu<strong>da</strong>nças bioquímicas intrínsecas e mu<strong>da</strong>nças na expressão gênicaque reduz<strong>em</strong> a capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> célula de ser ativa<strong>da</strong> através do receptor auto-reativo. Esse fenômenoé chamado de anergia clonal, ou seja, um estado de não-responsivi<strong>da</strong>de ao antígeno específico,mesmo <strong>em</strong> condições ótimas de estimulação (revisado por Hogquist et al., 2005).Em relação às células T, o mecanismo principal <strong>da</strong> tolerância central é a deleção clonal, ouseja, a eliminação dos timócitos que expressam TCRs <strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de por antígenos própriosapresentados por células dendríticas e células epiteliais <strong>da</strong> medula do timo (deleção clonal). Osmecanismos de tolerância central por anergia clonal e edição de receptor também ocorr<strong>em</strong>, mas têmum papel menos importante. Esses três mecanismos “inativam” ou eliminam células T auto-reativasde alta afini<strong>da</strong>de e são considerados os mecanismos de seleção negativa (revisado por Hogquist etal., 2005). No entanto, vale notar que durante a seleção negativa no timo, algumas células T queapresentam afini<strong>da</strong>de alta por auto-antígenos são seleciona<strong>da</strong>s por mecanismos ain<strong>da</strong> não<strong>com</strong>pletamente esclarecidos, resultando na diferenciação de células T <strong>com</strong> fenótipo “regulador”(revisado por Hogquist et al., 2005).Finalmente, se células T e B auto-reativas evadir<strong>em</strong> os três mecanismos de tolerância centraldescritos acima, fenômeno chamado de “ignorância <strong>imunológica</strong>”, mecanismos de tolerânciaperiférica se tornam responsáveis pelo controle <strong>da</strong>s mesmas na periferia (revisado por Walker e


Introdução 6Abbas, 2002; Goodnow et al., 2005). Dentre eles, vale destacar o mecanismo periférico de supressãoativa <strong>da</strong>s células auto-reativas por células T reguladoras que será discutido a seguir.Células T reguladorasComo discutido anteriormente, o sist<strong>em</strong>a imune desenvolveu vários mecanismos paraestabelecer e sustentar a auto-tolerância <strong>imunológica</strong> (a ausência de resposta a antígenos próprios),incluindo eliminação física (deleção clonal) ou inativação funcional (anergia). Exist<strong>em</strong> váriasevidências de que a supressão ativa de células T auto-reativas, media<strong>da</strong> por células T, constitui umoutro mecanismo essencial de auto-tolerância (revisado por Shevach, 2000; Maloy e Powrie, 2001;Coutinho et al., 2001; Sakaguchi, 2004). Embora a idéia de células T que controlam negativamenterespostas imunes não seja nova para os imunologistas, já houve grande controvérsia <strong>em</strong> relação àsua existência e se elas constitu<strong>em</strong> uma enti<strong>da</strong>de celular funcionalmente distinta. Além disso, houvedúvi<strong>da</strong>s de sua importância no controle de desordens <strong>imunológica</strong>s <strong>com</strong>o as doenças auto-imunes.Nos últimos anos, entretanto, ressurgiu o interesse pelas células T supressoras ou reguladoras <strong>em</strong>várias áreas <strong>da</strong> imunologia básica e clínica (revisado por Sakaguchi, 2004; Baecher-Allan e Hafler,2004). Este interesse é parcialmente devido ao melhor entendimento de que o sist<strong>em</strong>a imune normalproduz endogenamente, uma subpopulação de células T que é altamente especializa<strong>da</strong> para funçãosupressora e que anormali<strong>da</strong>des no número ou função dessas células pod<strong>em</strong> ser a causa dedoenças auto-imunes ou inflamatórias <strong>em</strong> animais ou <strong>em</strong> humanos (revisado por Sakaguchi, 2004).A co-existência de células T auto-reativas e protetoras foi revela<strong>da</strong> pela auto-imuni<strong>da</strong>desistêmica observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> camundongos linfopênicos após a transferência de células T CD4 + naive, oupela proteção contra o desenvolvimento <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de conferi<strong>da</strong> pela co-transferência de umasubpopulação de células T CD4 + que expressa cadeia α do receptor de IL-2 (CD25) (Sakaguchi et al.,1995). Evidências recentes suger<strong>em</strong> que as próprias células T CD4 + CD25 + são auto-reativas, e queesta proprie<strong>da</strong>de t<strong>em</strong> um papel essencial no desenvolvimento <strong>da</strong> linhag<strong>em</strong> de células T reguladoras(Tregs). Assim, a auto-reativi<strong>da</strong>de pode ser benéfica <strong>com</strong>o parte de um mecanismo celular dedicadoà prevenção <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de (revisado por Kronenberg e Rudensky, 2005).A maioria <strong>da</strong>s Tregs são CD4 + e expressam constitutivamente a molécula CD25 (cadeia α doreceptor de IL-2, IL-2Rα) (Sakaguchi et al., 1995). São produzi<strong>da</strong>s normalmente pelo timo <strong>com</strong>o umasubpopulação de células T funcionalmente distintas e maduras, e constitu<strong>em</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 2-


Introdução 710% <strong>da</strong> população de células T CD4 + (revisado por Sakaguchi, 2004). Além <strong>da</strong> geração tímica decélulas Tregs CD4 + CD25 + , células T periféricas não-Treg pod<strong>em</strong> adquirir a expressão de Foxp3 econverter-se <strong>em</strong> células Tregs in vivo após estimulação antigênica crônica ou <strong>em</strong> condições delinfopenia (Apostolou e Boehmer, 2004; Curotto de Lafaille et al., 2004; Walker et al., 2003).As células Tregs CD4 + CD25 + produz<strong>em</strong> citocinas reguladoras tais <strong>com</strong>o IL-10, IL-4 e TGF-β(transforming growth factor-β), e também expressam preferencialmente as moléculas CTLA-4(cytotoxic T lymphocyte antigen-4, regulador negativo <strong>da</strong> ativação de células T; receptor para CD80 eCD86), GITR (glucocorticoid-induced TNFR-family related receptor) e PD-1 (programmed death-1).Entretanto, a identificação de Tregs durante respostas imunes ou <strong>em</strong> tecidos inflamados é <strong>com</strong>plica<strong>da</strong>porque a maioria desses marcadores, inclusive o CD25, são também expressos <strong>em</strong> células T recémativa<strong>da</strong>snão-reguladoras (revisado por Sakaguchi, 2004). Recent<strong>em</strong>ente, a molécula CD27 foiidentifica<strong>da</strong> <strong>com</strong>o um marcador estável <strong>em</strong> células Tregs que pode ser usado <strong>em</strong> conjunto <strong>com</strong> CD25para distinguir Tregs de células T efetoras <strong>em</strong> tecidos inflamados (Ruprecht et al., 2005).As Tregs CD4 + CD25 + são funcionalmente <strong>com</strong>petentes quando isola<strong>da</strong>s ex vivo, e apósestimulação pelo TCR são capazes de suprimir a proliferação e produção de IL-2 de células TCD4 + CD25 - ou células T CD8 + de maneira contato-dependente (revisado por Shevach, 2000;Sakaguchi, 2004). Experimentos de transferência adotiva usando células marca<strong>da</strong>s revelaram que ascélulas Tregs proliferam in vivo e sobreviv<strong>em</strong> por longos períodos, mostrando sua capaci<strong>da</strong>de deauto-renovação (Gavin et al., 2002). Vale ressaltar que, após expansão, as células Tregs mantém ouaté aumentam sua capaci<strong>da</strong>de supressora. Estes <strong>da</strong>dos, <strong>em</strong> <strong>com</strong>binação <strong>com</strong> a orig<strong>em</strong> tímica <strong>da</strong>scélulas Tregs, suger<strong>em</strong> que estas células constitu<strong>em</strong> mesmo uma linhag<strong>em</strong> celular específica.Vários mecanismos tentar explicar a supressão media<strong>da</strong> por células Tregs in vivo.Primeiramente, a expressão eleva<strong>da</strong> pelas células Tregs do IL-2R de alta afini<strong>da</strong>de pode resultar na<strong>com</strong>petição pela IL-2 <strong>com</strong> as outras células. No entanto, é improvável que esse seja o principalmecanismo, pois mesmo na presença de IL-2 exógena, as células Tregs inib<strong>em</strong> a regulação positivade RNAm de IL-2 <strong>em</strong> células T respondedoras (Thornton et al., 2004). Além <strong>da</strong> privação de IL-2, duascitocinas imunossupressoras, IL-10 e TGF-β, foram implica<strong>da</strong>s num mecanismo supressor ativomediado por células Tregs in vivo (revisado por Sakaguchi, 2004). No entanto, outros tipos celulares,incluindo células T não-reguladoras, produz<strong>em</strong> essas citocinas.


Introdução 8Estudos in vitro mostraram que as células Tregs suprim<strong>em</strong> respostas de células T CD4 + ou TCD8 + por um mecanismo contato-dependente, mas independente de IL-10 e TGF-β (revisado porShevach, 2000). Foi sugerido que esse mecanismo envolve a sinalização “reversa” pelo crosslinkingde moléculas B7 na superfície de células dendríticas ou de células T, após ligação à CTLA-4 (oreceptor de alta afini<strong>da</strong>de para as moléculas B7 que é expresso <strong>em</strong> níveis elevados pelas célulasTregs). Em células dendríticas, o crosslinking <strong>da</strong>s moléculas B7 leva à indução de indoleamine-2,3-dioxygenase (IDO), resultando na depleção local de triptofano (Mellor et al., 2004). Em células T, asconseqüências bioquímicas <strong>da</strong> ligação <strong>da</strong>s moléculas B7 pelo CTLA-4 expresso nas células Tregssão desconheci<strong>da</strong>s. Foi mostrado também que, <strong>em</strong> camundongos e humanos, células Tregs ativa<strong>da</strong>ssão capazes de matar células T-alvo pela via dependente <strong>da</strong> perforina e granzima (Grossman et al.,2004). Em resumo, apesar do acúmulo de informação sobre os mecanismos moleculares <strong>da</strong> funçãosupressora <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 + , estes ain<strong>da</strong> não foram totalmente identificados eesclarecidos (revisado por Kronenberg e Rudensky, 2005).Embora a expressão de CD25 venha sendo essencial para o isolamento e enumeração <strong>da</strong>scélulas Tregs CD4 + CD25 + , seu <strong>em</strong>prego <strong>com</strong>o um marcador fenotípico de células Tregs CD4 + CD25 +durante respostas imunes é muito limitado, pois células T CD4 + e T CD8 + recém-ativa<strong>da</strong>s, nãoreguladoras,expressam transient<strong>em</strong>ente a molécula CD25. A busca por um marcador específico decélulas Tregs <strong>em</strong> camundongos resultou na identificação do fator de transcrição Foxp3, que éexpresso <strong>em</strong> células Tregs mas não <strong>em</strong> células T recent<strong>em</strong>ente ativa<strong>da</strong>s. Foi mostrado que ascélulas Tregs CD4 + CD25 + expressam especificamente o gene regulador Foxp3, que codifica um fatorde transcrição chamado de forkhead transcription factor 3, que controla seu desenvolvimento efunção (Hori et al., 2003; Fontenot et al., 2003; Khattri et al., 2003). A expressão retroviral do geneFoxp3 <strong>em</strong> células T periféricas CD4 - CD25 + de camundongos ou humanos resultou na aquisição <strong>da</strong>função supressora por essas células. Portanto, a expressão de Foxp3 pode ser usa<strong>da</strong> <strong>com</strong>o ummarcador molecular específico para células Tregs CD4 + CD25 + (revisado por Kronenberg e Rudensky,2005).Alguns anos antes <strong>da</strong> identificação do Foxp3 <strong>com</strong>o marcador específico de células Tregs,mutações no gene Foxp3 (localizado no cromossomo X) tinham sido identifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o causa deuma desord<strong>em</strong> auto-imune fatal observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> (denomina<strong>da</strong> IPEX, immune dysregulation,polyendocrinopathy, enteropathy, X-linked syndrome) e <strong>em</strong> camundongos mutantes que desenvolv<strong>em</strong>


Introdução 9espontaneamente esta doença auto-imune (denominados scurfy mice). A doença se manifesta <strong>em</strong>homens, mas não <strong>em</strong> mulheres heterozigotas. No entanto, aproxima<strong>da</strong>mente 50% <strong>da</strong>s células Tdessas mulheres não expressam Foxp3 (Bennett et al., 2001; Brunkow et al., 2001).Durante o desenvolvimento <strong>da</strong>s células T, timócitos <strong>com</strong> alta afini<strong>da</strong>de por <strong>com</strong>plexos MHCpeptídeopróprio pod<strong>em</strong> vir a regular positivamente o gene Foxp3 <strong>em</strong> resposta ao aumento do t<strong>em</strong>poou <strong>da</strong> força de sinalização pelo TCR, <strong>em</strong> <strong>com</strong>binação <strong>com</strong> a sinalização por CD28 e <strong>com</strong> outrossinais desconhecidos. Após a indução de Foxp3, timócitos se transformam numa linhag<strong>em</strong> de célulasTregs e têm função de manter as respostas de células T sob controle, desse modo prevenindo a autoimuni<strong>da</strong>de(revisado por Fontenot e Rudensky, 2005; Kronenberg e Rudensky, 2005).Embora outras populações de células T potencialmente supressoras tenham sido descritas(células NKT, T R 1, T H 3 e outras), seus mecanismos de geração e função ain<strong>da</strong> não estão b<strong>em</strong>esclarecidos, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o suas funções supressoras ain<strong>da</strong> não foram realmente <strong>com</strong>prova<strong>da</strong>s(revisado por Bach, 2003). Desse modo, atualmente, os pesquisadores têm se concentrado no estudo<strong>da</strong>s funções <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 + Foxp3 + . Exist<strong>em</strong> várias evidências atuais de que as célulasTregs CD4 + CD25 + Foxp3 +atuam na supressão <strong>da</strong> ativação imune, funcionando <strong>com</strong>o mediadorescríticos <strong>da</strong> homeostasia imune e <strong>da</strong> auto-tolerância (Fontenot e Rudensky, 2005). Assim, t<strong>em</strong> sidomostrado que a população de células Tregs CD4 + CD25 + Foxp3 + é ativamente engaja<strong>da</strong> no controle deuma varie<strong>da</strong>de de respostas imunes fisiológicas e patológicas e pod<strong>em</strong> ser explora<strong>da</strong>s não somentepara a prevenção de ou tratamento de doenças auto-imunes, mas também para a indução detolerância a antígenos não-próprios (tolerância a transplantes), controle negativo de respostas imunesaberrantes (<strong>com</strong>o alergias) e aumento <strong>da</strong> defesa do hospedeiro (por ex<strong>em</strong>plo, na imuni<strong>da</strong>de tumoral eimuni<strong>da</strong>de microbiana) (revisado por Sakaguchi, 2004; Sakaguchi, 2005).1.2 Diabete melito do tipo 1O <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 (DM), é uma doença auto-imune órgão-específica media<strong>da</strong> porcélulas T de padrão T H 1, e caracteriza<strong>da</strong> pela destruição seletiva de células β pancreáticasprodutoras de insulina. A doença clínica manifesta-se somente após destruição de aproxima<strong>da</strong>mente80-90% <strong>da</strong>s células β. O processo destrutivo <strong>da</strong>s células β leva à falta do hormônio insulina, queresulta num estado de hiperglic<strong>em</strong>ia, devido ao aumento <strong>da</strong> produção hepática de glicose ediminuição <strong>da</strong> captura de glicose <strong>da</strong> circulação. Na ausência de insulina, também ocorre um aumento


Introdução 10<strong>da</strong> quebra de gordura e <strong>da</strong> oxi<strong>da</strong>ção de ácidos graxos, que resulta numa excessiva produção decetonas. Se não tratados, os distúrbios metabólicos levam progressivamente à depressão do sist<strong>em</strong>anervoso central, <strong>com</strong>a e morte. Assim, <strong>pacientes</strong> necessitam de tratamento permanente <strong>com</strong> insulinaexógena para sobrevivência. Algumas <strong>com</strong>plicações crônicas graves são os probl<strong>em</strong>as vascularesque levam à insuficiência renal, cegueira, doença cardíaca e úlceras crônicas. A taxa de destruição<strong>da</strong>s células β varia de paciente para paciente, mas tende a ser mais agressiva <strong>em</strong> crianças eadolescentes. O <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 desenvolve-se mais freqüent<strong>em</strong>ente durante a infância eadolescência, mas pode aparecer na i<strong>da</strong>de adulta também (revisado por Notkins et al., 2002).O DM é tratado pela terapia convencional <strong>com</strong> insulina ou terapia intensiva <strong>com</strong> insulina(conheci<strong>da</strong> <strong>com</strong>o ITT). Ensaios clínicos de tratamentos <strong>com</strong> ciclosporina, azatioprina/corticóides, ouanticorpo monoclonal anti-CD3, visando à preservação funcional <strong>da</strong>s células β, vêm sendo realizados<strong>com</strong> resultados significativos, mas insuficientes para aplicação clínica rotineira (revisado por Palmeret al, 2004). Mais recent<strong>em</strong>ente, o transplante de ilhotas pancreáticas v<strong>em</strong> sendo proposto <strong>com</strong>oalternativa terapêutica para o DM.A suscetibili<strong>da</strong>de ao DM é determina<strong>da</strong> por fatores genéticos e ambientais. A importância <strong>da</strong>herança genética do DM foi determina<strong>da</strong> por estudos de incidência <strong>da</strong> doença <strong>em</strong> famíliasa<strong>com</strong>eti<strong>da</strong>s. O risco de desenvolvimento de DM <strong>em</strong> parentes de indivíduos diabéticos de primeirograu é de 5-6%, <strong>com</strong>parado <strong>com</strong> o risco de 0,4% na população geral. Além disso, a taxa deconcordância para a doença é muito maior <strong>em</strong> gêmeos monozigóticos (30-40%) do que <strong>em</strong> gêmeosdizigóticos (6%) (revisado por Notkins e Lernmark, 2001; Notkins, 2002; Kelly et al., 2003). Emboraesta observação seja indicativa <strong>da</strong> grande contribuição genética para o risco de desenvolvimento deDM, a relativa baixa taxa de concordância entre gêmeos idênticos sugere que os genes desuscetibili<strong>da</strong>de têm baixa penetrância, ou seja, n<strong>em</strong> todos os indivíduos de alto risco para DM irãodesenvolver a doença.Os primeiros genes de suscetibili<strong>da</strong>de para DM encontrados foram os genes que codificampara o sist<strong>em</strong>a HLA, localizados no cromossomo 6p21. Dentre os alelos de HLA que confer<strong>em</strong>suscetibili<strong>da</strong>de estão o DRB1 (que codificam as moléculas DR3 e DR4) e os alelos DQA1 e DQB1(que codificam as moléculas DQ2 e DQ8, respectivamente). Estudos subseqüentes d<strong>em</strong>onstraramuma associação entre o DM e a região do gene <strong>da</strong> insulina no cromossomo 11p. Embora outros lócusde suscetibili<strong>da</strong>de tenham sido descritos posteriormente, estudos d<strong>em</strong>onstraram que o lócus IDDM1


Introdução 11(situado na região dos genes do HLA) é o principal determinante genético do risco dedesenvolvimento de DM, responsável por 42% <strong>da</strong> herança genética familiar de DM. Por outro lado, olócus IDDM2 (região do gene <strong>da</strong> insulina) contribui <strong>com</strong> 10% <strong>da</strong> suscetibili<strong>da</strong>de genética (revisado porNotkins et al., 2002; Kelly et al., 2003).A discordância entre gêmeos idênticos reflete a geração de diferentes repertórios de célulasimunes através dos rearranjos randômicos dos genes que codificam os receptores <strong>da</strong>s células T e B,e a ocorrência de eventos estocásticos ou de mutações somáticas. Além disso, indica a importânciados fatores não-genéticos ou ambientais no desenvolvimento do DM. A importância dos fatoresambientais é apoia<strong>da</strong> pela variação sazonal <strong>da</strong> incidência do DM, <strong>com</strong> a maioria dos casos ocorrendoentre o outono ou inverno, e a variação geográfica <strong>da</strong> incidência <strong>da</strong> doença. Os fatores ambientaisrelacionados ao o risco de desenvolvimento do DM inclu<strong>em</strong> infecções virais (principalmente pelosvírus coxsackie B4 e <strong>da</strong> rubéola), dieta na infância, vacinação, influências climáticas, toxinas eestresse (Knip e Akerblom , 1999).O estágio precoce do DM é caracterizado por uma insulite, devi<strong>da</strong> à infiltração <strong>da</strong>s ilhotaspancreáticas por células mononucleares imunes, incluindo linfócitos T e B, monócitos, célulasdendríticas e células NK (Itoh et al, 1993). Embora ela possa refletir uma resposta inflamatória normal<strong>em</strong> resposta à injúrias teciduais causa<strong>da</strong>s por infecções virais por ex<strong>em</strong>plo, foi mostrado que oinfiltrado celular contribui diretamente para a destruição <strong>da</strong>s células β pancreáticas (revisado porRoep, 2003). Macrófagos e células dendríticas são as primeiras células a infiltrar<strong>em</strong> as ilhotaspancreáticas. Além de apresentaram antígenos <strong>da</strong>s células β aos linfócitos, uma vez ativadosproduz<strong>em</strong> citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6, TNF-α e INF-β) e óxido nítrico, e contribu<strong>em</strong>também para a destruição <strong>da</strong>s células β (revisado por Mathis et al., 2001). A detecção de células Tauto-reativas contra auto-antígenos presentes nas células β pancreáticas, que inclu<strong>em</strong> a insulina, oGAD (glutamic acid decarboxylase) e a IA-2 (protein tyrosine phosphatase 2), no sangue periférico deindivíduos diabéticos recém-diagnosticados, d<strong>em</strong>onstrou que mecanismos de auto-imuni<strong>da</strong>de estãoenvolvidos na destruição <strong>da</strong>s células β (Naquet et al., 1988; Atkinson et al., 1992; Hawkes et al.,2000).Estudos <strong>em</strong> animais d<strong>em</strong>onstraram que as células T têm um papel essencial na patogênesedo DM. Os camundongos NOD (Non-Obese Diabetic) desenvolv<strong>em</strong> espontaneamente <strong>diabete</strong>insulino-dependente e <strong>com</strong>partilham várias características <strong>imunológica</strong>s e patológicas <strong>com</strong> a doença


Introdução 12humana (revisado por Anderson e Bluestone, 2005). O desenvolvimento <strong>da</strong> doença nesses animaisrequer a presença de ambas células T CD4 + e CD8 + . Camundongos NOD s<strong>em</strong> timo ou NOD/scid(severe <strong>com</strong>bined immundeficiency) não desenvolv<strong>em</strong> insulite ou <strong>diabete</strong> (Ogawa et al., 1985;Christianson et al., 1993). Além disso, células T isola<strong>da</strong>s de camundongos NOD são capazes detransferir a doença para animais não-diabéticos e acelerar o início <strong>da</strong> <strong>diabete</strong> <strong>em</strong> camundongos NODneonatos (Wicker et al., 1986; Bendelac et al., 1987). Embora ambas as células T CD4 + T H 1 e célulasT CD8 + sejam importantes na patogênese do DM, trabalhos mostraram que as células T CD8 +citotóxicas são as principais células efetoras na destruição <strong>da</strong>s células β pancreáticas.Citocinas do padrão T H 1 produzi<strong>da</strong>s pelas células T CD4 + e também por T CD8 + são essenciaispara patogênese <strong>da</strong> DM, pois potencializam respostas imunes media<strong>da</strong>s por células, incluindo aativação de macrófagos. Dois mecanismos celulares de destruição <strong>da</strong>s células β foram descritos, omecanismo associado ao reconhecimento (1) e o mecanismo associado à ativação (2) (revisado porMathis et al., 2001; Roep et al., 2003; Jun et al., 2002). No mecanismo (1) a célula T CD8 + é ativa<strong>da</strong>diretamente pelo reconhecimento de antígenos <strong>da</strong>s células β apresentados por moléculas de MHC declasse I presentes nas próprias células β pancreáticas. A ativação <strong>da</strong>s células T CD8 +conseqüent<strong>em</strong>ente provoca a morte <strong>da</strong>s células β por contato célula-célula através <strong>da</strong>s vias desinalização por Fas/FasL (Itoh et al., 1997) ou perforina/granzima (Kagi et al., 1997). De acordo <strong>com</strong> osegundo mecanismo (2), as células T CD4 + ou T CD8 + reconhec<strong>em</strong> antígenos <strong>da</strong>s células βindiretamente, apresentados por APCs (células dendríticas ou macrófagos) no contexto de moléculasde MHC de classe II ou classe I, respectivamente. A ativação resultante <strong>da</strong>s células T leva à morte<strong>da</strong>s células β media<strong>da</strong> por células T CD8 + citotóxica (através de receptores de superfície Fas/FasL ouTNF-α/TNF-R), à liberação de citocinas pró-inflamatórias e mediadores de morte celular pelas célulasT, à ativação de macrófagos <strong>com</strong> conseqüente aumento de sua capaci<strong>da</strong>de citotóxica, e à ativação<strong>da</strong>s células β e estimulação <strong>da</strong> produção de mediadores de morte célula por elas mesmas (revisadopor Mathis et al., 2001; Roep et al., 2003; Jun et al., 2002).A etiologia auto-imune do DM é também d<strong>em</strong>onstra<strong>da</strong> pela presença de auto-anticorposcirculantes específicos contra antígenos <strong>da</strong>s células β pancreáticas. Estes auto-anticorpos sãodetectados <strong>em</strong> 85-90% dos indivíduos <strong>com</strong> DM ao diagnóstico. Ain<strong>da</strong> não está claro se elesparticipam diretamente <strong>da</strong> destruição <strong>da</strong>s células β ou aparec<strong>em</strong> secun<strong>da</strong>riamente devido à liberação


Introdução 13de auto-antígenos <strong>da</strong>s ilhotas <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s por outros <strong>com</strong>ponentes do sist<strong>em</strong>a imune. Não obstante,os auto-anticorpos são ótimos marcadores <strong>da</strong> patogênese do DM. O aparecimento deles precede oinício <strong>da</strong> doença clínica, freqüent<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> vários meses a vários anos (revisado por Notkins, 2002),o que explica o fato dos <strong>pacientes</strong> apresentar<strong>em</strong> auto-anticorpos contra vários antígenos <strong>da</strong>s célulasβ no momento <strong>em</strong> que os sintomas clínicos se tornam aparentes. Desse modo, a presença de váriosauto-anticorpos pode ser usa<strong>da</strong> <strong>com</strong>o um marcador sensível para prever os riscos dedesenvolvimento do DM, <strong>em</strong>bora alguns indivíduos positivos para auto-anticorpos não desenvolvam adoença auto-imune (Bingley et al., 1997).1.3 Esclerose múltiplaA esclerose múltipla (EM) é uma doença auto-imune inflamatória, media<strong>da</strong> por células T depadrão T H 1, que afeta especificamente o sist<strong>em</strong>a nervoso central (SNC). A EM, assim <strong>com</strong>o outrasDAIs, geralmente se manifesta <strong>em</strong> adultos jovens, a<strong>com</strong>etendo principalmente mulheres.Em seu início, a EM é clinicamente caracteriza<strong>da</strong> <strong>com</strong>o EM surto-r<strong>em</strong>issiva (EM-SR,observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> 85-90% dos <strong>pacientes</strong>) ou EM progressiva primária (EM-PP, observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> 10-15%dos <strong>pacientes</strong>). As recaí<strong>da</strong>s (ou “ataques”, ou “surtos”) são tipicamente subagu<strong>da</strong>s, uma vez que ossintomas se desenvolv<strong>em</strong> durante algumas horas a vários dias, persist<strong>em</strong> por vários dias a s<strong>em</strong>anas,e depois se dissipam gradualmente. Os surtos são provavelmente causados pela entra<strong>da</strong> de células Tauto-reativas ativa<strong>da</strong>s (anti-mielina) no SNC, causando inflamação agu<strong>da</strong> associa<strong>da</strong> à ed<strong>em</strong>a. Acapaci<strong>da</strong>de dos esteróides de rapi<strong>da</strong>mente interromper os sintomas <strong>da</strong> EM, sugere que o ed<strong>em</strong>aagudo e sua subseqüente resolução correspond<strong>em</strong> à recaí<strong>da</strong> clínica (surto) e à r<strong>em</strong>issão,respectivamente.A progressão dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM-SR é muito variável. Em geral, se não for<strong>em</strong> tratadosaproxima<strong>da</strong>mente 50% dos <strong>pacientes</strong> necessitarão de apoio para caminhar dentro de dez anos apóso início <strong>da</strong> EM. No início <strong>da</strong> doença, as lesões que capturam gadolíneo por ressonância magnéticanuclear (RMN) são freqüentes e consistentes <strong>com</strong> o influxo de células auto-reativas ativa<strong>da</strong>s no SNC,causando uma perturbação <strong>da</strong> barreira h<strong>em</strong>ato-encefálica. O aumento na freqüência dos surtos erecuperação inadequa<strong>da</strong> nos primeiros anos <strong>da</strong> doença clínica prediz<strong>em</strong> uma deterioração maisrápi<strong>da</strong>. A observação de múltiplas lesões que capturam gadolíneo por RMN também prediz um cursomais grave <strong>da</strong> doença. (revisado por Hafler, 2004; H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Compston e Coles, 2002).


Introdução 14Entretanto, <strong>com</strong> o t<strong>em</strong>po, a capaci<strong>da</strong>de de recuperação após os surtos diminui e aincapaci<strong>da</strong>de neurológica <strong>com</strong>eça a piorar. Aproxima<strong>da</strong>mente 40% dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM-SR paramde apresentar os surtos e desenvolv<strong>em</strong> uma desord<strong>em</strong> neurodegenerativa progressiva secundária,associa<strong>da</strong> à inflamação crônica do SNC, conheci<strong>da</strong> <strong>com</strong>o EM progressiva secundária (EM-PS). Aevolução <strong>da</strong> forma progressiva secundária <strong>da</strong> doença é associa<strong>da</strong> <strong>com</strong> uma diminuição significante<strong>da</strong> freqüência de lesões que capturam gadolíneo e do volume do parênquima cerebral (atrofiacerebral). Enquanto no início, a forma EM-SR era sensível à imunossupressão, à medi<strong>da</strong> que o t<strong>em</strong>popassa, a resposta <strong>da</strong> EM à imunoterapia diminui e pode desaparecer <strong>em</strong> formas tardias <strong>da</strong> EM-PS.Atualmente, ao invés de ser considera<strong>da</strong> <strong>com</strong>o uma doença <strong>com</strong> duas formas, a EM v<strong>em</strong>sendo considera<strong>da</strong> uma doença contínua, mas caracteriza<strong>da</strong> inicialmente por eventos inflamatóriosagudos, e posteriormente pela indução secundária de um processo neurodegenerativo, refratário àimunoterapia. Já a forma primária progressiva é caracteriza<strong>da</strong> desde o início pela ausência de surtos,mas por um declínio gradual <strong>da</strong> incapaci<strong>da</strong>de neurológica. Clinicamente, essa forma de EM estáassocia<strong>da</strong> à falta de resposta a qualquer forma de imunoterapia (revisado por Hafler, 2004; H<strong>em</strong>meret al, 2002; Compston e Coles, 2002).O conceito <strong>da</strong> EM <strong>com</strong>o uma doença auto-imune inflamatória deriva do fato que a EMresponde a tratamentos imunomoduladores ou imunosupressores. Glucocorticóides sãoadministrados <strong>em</strong> altas doses durante as exacerbações clínicas <strong>da</strong> doença e atuam reduzindo ainflamação, o ed<strong>em</strong>a e produção de citocinas pró-inflamatórias. O tratamento <strong>com</strong> INF-β ou <strong>com</strong>Glatiramer-acetate (GA, copolymer-1, Cop-1) constitu<strong>em</strong> terapias aprova<strong>da</strong>s para a EM-SR. Ad<strong>em</strong>ais,vários agentes quimioterapêuticos que apresentam efeitos imunossupressores mais intensos eduradouros, tais <strong>com</strong>o a ciclofosfami<strong>da</strong>, mixantrone e azatioprina, são usados <strong>em</strong> estágios maisavançados <strong>da</strong> doença, ou seja, na transição de EM-SR para EM-PS, ou <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> que nãorespond<strong>em</strong> às terapias aprova<strong>da</strong>s (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Hafler, 2004; Sospedra e Martin,2005).A etiologia <strong>da</strong> EM ain<strong>da</strong> não foi esclareci<strong>da</strong>, mas <strong>com</strong> base no conhecimento atual, acreditaseque a doença se desenvolve <strong>em</strong> indivíduos geneticamente suscetíveis e requer odesencadeamento por fatores ambientais. A EM é altamente prevalente <strong>em</strong> caucasianos (0,05 -0,15%), mas raramente observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> asiáticos e africanos. Parentes de primeiro grau de indivíduosafetados têm um risco aproxima<strong>da</strong>mente 20-50 vezes maior de desenvolver de doença (2-5%), e a


Introdução 15taxa de concordância entre gêmeos idênticos varia entre 20-35% <strong>em</strong> diferentes estudos (25% nosestudos mais recentes) (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Sospedra e Martin, 2005). Indivíduossuscetíveis apresentam um ou mais genes de suscetibili<strong>da</strong>de na região do HLA no cromossomo6p21, que são responsáveis por 10-60% do risco genético para EM (Haines et al., 1998).Similarmente a outras DAIs media<strong>da</strong>s por células T, os genes do HLA que confer<strong>em</strong> suscetibili<strong>da</strong>de àEM são o HLA-DR, o HLA-DQ, o haplótipo HLA-DR15 <strong>em</strong> caucasianos (DRB1*1501, DRB5*0101,DQA1*0102, DQB1*0602), e outros DRs <strong>em</strong> populações etnicamente mais distantes (Haines et al.,1998; Dyment et al., 2004).Entre os fatores ambientais relacionados à etiologia <strong>da</strong> EM estão os agentes infecciososvirais ou bacterianos (principalmente o herpesvírus 6, o Epstein-Barr vírus e a bactéria Chlamydiapneumoniae), além de influências hormonais, <strong>com</strong>portamentais, climáticas e geográficas (revisadopor Coo e Aronson, 2004). Dois principais mecanismos foram propostos para explicar <strong>com</strong>o infecçõesvirais ou bacterianas poderiam induzir a EM (b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o outras DAIs): (1), mimetismo molecular,ativação de células auto-reativas pela reativi<strong>da</strong>de cruza<strong>da</strong> entre antígenos próprios e não-próprios;(2), bystander activation, assume que células auto-reativas sejam ativa<strong>da</strong>s <strong>em</strong> decorrência deeventos inflamatórios não-específicos que ocorr<strong>em</strong> durante as infecções. Uma terceira proposta seriaque as infecções induziriam a EM através <strong>da</strong> <strong>com</strong>binação desses dois mecanismos descritos(revisado por Sospedra e Martin, 2005).Rivers et al. (1933) mostraram que a injeção de suspensões de medula espinhal ou cérebro<strong>em</strong> macacos saudáveis induzia uma doença similar à EM, levando à hipótese de que a EM tratava-sede uma doença auto-imune. Várias déca<strong>da</strong>s depois, pesquisadores mostraram que a injeção de<strong>com</strong>ponentes protéicos <strong>da</strong> bainha de mielina, juntamente <strong>com</strong> um adjuvante <strong>em</strong> camundongos naivesuscetíveis, causava encefalomielite, que atualmente é conheci<strong>da</strong> <strong>com</strong>o EAE (experimentalautoimmune encephalomyelitis, ou encefalomielite auto-imune experimental) (Pettinelli e McFarlin,1981; Ben-Nun e Cohen, 1982). Trabalhos mostraram que a EAE era induzi<strong>da</strong> <strong>em</strong> camundongosnaive pela transferência adotiva de células T anti-mielina, mas não pela transferência de autoanticorpos.Esse fato levou os pesquisadores a concluír<strong>em</strong> que a EM constitui uma doença autoimun<strong>em</strong>edia<strong>da</strong> por células T.As células T CD4 + T H 1 auto-reativas apresentam um papel central na patogênese <strong>da</strong> EMdevido a várias observações: (1), células T CD4 + contribu<strong>em</strong> para o infiltrado de células inflamatórias


Introdução 16encontra<strong>da</strong>s no SNC e líquor, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM; (2), o risco genético para EM é conferido <strong>em</strong>grande parte por moléculas HLA-DR e HLA-DQ; (3), a produção de auto-anticorpos, ativação decélulas T auto-reativas CD8 + e vários outros aspectos <strong>da</strong>s respostas a<strong>da</strong>ptativa e inata são, pelomenos <strong>em</strong> parte, controla<strong>da</strong>s por células T CD4 + T H 1 (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Sospedra eMartin, 2005). No contexto de funções efetoras, as células T CD8 + são mais diretamente envolvi<strong>da</strong>sna injúria do SNC do que as células T CD4 + , pelas seguintes razões, dentre outras: (1), exceto para amicroglia, nenhuma célula residente do SNC expressa MHC de classe II; (2), expansões oligoclonaispro<strong>em</strong>inentes de células T CD8 +são encontra<strong>da</strong>s no líquor e no SNC de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM(Jacobsen et al, 2002); (3), a expressão de MHC de classe I é induzi<strong>da</strong> <strong>em</strong> neurônios <strong>da</strong>nificados. Emresumo, ambas respostas de células T CD4 + e T CD8 + contribu<strong>em</strong> para patogênese <strong>da</strong> EM, <strong>em</strong>bora<strong>em</strong> diferentes estágios e <strong>com</strong> funções distintas (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Sospedra e Martin,2005).A MBP (myelin basic protein), a PLP (proteolipid protein) e a MOG (myelin oligodendrocyteglycoprotein) constitu<strong>em</strong> os principais auto-antígenos alvos de células T auto-reativas e de autoanticorpos<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. Embora a MBP seja a proteína <strong>da</strong> mielina mais estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, elaconstitui a segun<strong>da</strong> proteína mais abun<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> mielina (30-40%), após a PLP (revisado por H<strong>em</strong>meret al, 2002; Sospedra e Martin, 2005).A observação de que os níveis de imunoglobulinas encontram-se elevados no líquidocefalorraquidiano de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, mas não no soro, indica uma produção local por células B.Além disso, as imunoglobulinas apresentam uma distribuição oligoclonal, ou seja, são produzi<strong>da</strong>s porcélulas B <strong>em</strong> expansão clonal (Qin et al., 1998). Essas observações suger<strong>em</strong> um papel importantepara as células B e auto-anticorpos na patogênese <strong>da</strong> EM. Além de células B servir<strong>em</strong> <strong>com</strong>o APCspara células T auto-reativas, as células B auto-reativas produz<strong>em</strong> auto-anticorpos anti-mielina quepod<strong>em</strong> ser encontrados <strong>em</strong> áreas de desmielinização ativa no SNC do paciente <strong>com</strong> EM (Genain etal, 1999). Os auto-anticorpos pod<strong>em</strong> causar desmielinização pela opsonização <strong>da</strong> mielina parafagocitose ou via ativação do sist<strong>em</strong>a <strong>com</strong>pl<strong>em</strong>ento (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Sospedra eMartin, 2005).


Introdução 171.4 Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas <strong>em</strong> doenças auto-imunesA maioria dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs t<strong>em</strong> uma expectativa de vi<strong>da</strong> quase normal. No entanto,alguns <strong>pacientes</strong> sofr<strong>em</strong> <strong>com</strong> formas de auto-imuni<strong>da</strong>de graves e progressivas, resistentes a terapiasconvencionais. O transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (TCTH) t<strong>em</strong> sido nos últimos anosuma alternativa terapêutica para <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> essas DAIs graves e refratárias aos tratamentosconvencionais.O TCTH envolve a administração de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (CTHs), que têm acapaci<strong>da</strong>de de auto-renovação e de originar todos os tipos celulares maduros do sist<strong>em</strong>ah<strong>em</strong>atopoético, imunológico e possivelmente alguns tipos celulares não-h<strong>em</strong>atopoéticos (Kondo etal., 2003). O receptor é preparado para o transplante por um tratamento imunossupressor potente,geralmente quimioterapia ou radioterapia, seguido pela infusão de células h<strong>em</strong>atopoéticas autólogas(TCTH autólogo; células coleta<strong>da</strong>s do próprio paciente antes <strong>da</strong> imunossupressão) ou de célulash<strong>em</strong>atopoéticas alogênicas (TCTH alogênico; células coleta<strong>da</strong>s de um doador <strong>com</strong>patível), pararestaurar o sist<strong>em</strong>a h<strong>em</strong>atopoético e imunológico do receptor rapi<strong>da</strong>mente, evitando citopeniasprolonga<strong>da</strong>s (Burt et al., 2002; Popat et al., 2005; Hough et al., 2005; Sykes e Nikolic, 2005).Foi mostrado que este procedimento consegue curar DAIs <strong>em</strong> modelos animais e há algunsanos t<strong>em</strong> sido explorado <strong>em</strong> vários ensaios clínicos de faseI/II (Sykes e Nikolic, 2005; Popat et al.,2005; Hough et al., 2005). Até agora, o TCTH autólogo t<strong>em</strong> sido preferido ao TCTH alogênico devidoà eleva<strong>da</strong> toxici<strong>da</strong>de e grande potencial de rejeição observados <strong>em</strong> transplantes alogênicos. Alémdisso, o risco <strong>da</strong> ocorrência de GVHD (“Graft-Versus-Host-Disease”) <strong>em</strong> TCTH alogênicos, que édevido ao ataque de células T alogênicas do doador contra alo-antígenos do receptor, é relacionado ataxas de mortali<strong>da</strong>de e morbi<strong>da</strong>de significantes.A iniciativa de se <strong>em</strong>pregar imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> de TCTH autólogo notratamento de DAIs partiu de dois conjuntos de evidências. O primeiro derivou <strong>da</strong> observação decasos isolados de <strong>pacientes</strong> que apresentavam con<strong>com</strong>itant<strong>em</strong>ente doença auto-imune e neoplasiah<strong>em</strong>atológica ou aplasia de medula óssea e que, após ser<strong>em</strong> submetidos a transplante de medulaóssea alogênico para tratamento <strong>da</strong> doença h<strong>em</strong>atológica, obtiveram r<strong>em</strong>issões prolonga<strong>da</strong>s <strong>da</strong>doença auto-imune, s<strong>em</strong> recaí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> mesma (Nelson et al.,1997). Vale ressaltar que o transplanteautólogo não-manipulado, nesta mesma situação, não produziu os mesmos resultados benéficos <strong>em</strong>alguns estudos, provavelmente devido à re-inoculação <strong>da</strong>s células auto-reativas <strong>com</strong> o enxerto (Euler


Introdução 18et al., 1996). O segundo conjunto de evidências originou-se de estudos de auto-imuni<strong>da</strong>de <strong>em</strong>modelos animais, que discutir<strong>em</strong>os a seguir.Modelos animais de auto-imuni<strong>da</strong>de e TCTHEstudos <strong>em</strong> modelos animais estabeleceram a base racional para o transplante de célulastronco h<strong>em</strong>atopoéticas <strong>em</strong> DAIs, mas também d<strong>em</strong>onstraram que a suscetibili<strong>da</strong>de para DAIs pareceresidir nas células h<strong>em</strong>atopoéticas. O transplante de células <strong>da</strong> medula óssea de camundongos NZB(lupus-prone) <strong>em</strong> linhagens de camundongos não-suscetíveis letalmente irradiados, induziu síndromelúpica nesses camundongos (Morton e Siegel, 1974). A transferência de DAIs por meio de célulash<strong>em</strong>atopoéticas foi subseqüent<strong>em</strong>ente confirma<strong>da</strong> para várias doenças, através de vários modelosanimais de lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico (LES), encefalomielite auto-imune experimental (EAE), artriteinduzi<strong>da</strong> por adjuvante, síndrome anti-fosfolípide e <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 (Ikehara et al., 1990).Por outro lado, resistência a DAI pode ser também transferi<strong>da</strong> para linhagens de camundongossuscetíveis por meio de células h<strong>em</strong>atopoéticas. Em camundongos, o transplante de célulash<strong>em</strong>atopoéticas alogênicas de linhagens de animais não-suscetíveis preveniram o desenvolvimentode LES, <strong>diabete</strong> tipo 1, EAE e outras DAIs (Ikehara et al., 1985; Ikehara et al., 1998). Em humanos, opapel <strong>da</strong>s células h<strong>em</strong>atopoéticas e <strong>da</strong>s células estromais no desenvolvimento <strong>da</strong> patologia autoimunenão é muito esclarecido. No entanto, alguns relatos clínicos suger<strong>em</strong> uma contribuição críticade células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas defectivas no desenvolvimento <strong>da</strong> patologia auto-imune (Bargetzi etal., 1997; Lampeter etal., 1998).Infelizmente, estudos <strong>em</strong> animais mostram que a prevenção do início <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de émuito mais fácil do que a reversão <strong>da</strong> doença auto-imunes já estabeleci<strong>da</strong>. Até 2004, por ex<strong>em</strong>plo,mais de 195 métodos para prevenção ou retardo do início de <strong>diabete</strong> tipo 1 <strong>em</strong> camundongos NODforam identificados (Roep et al., 2004). No entanto, somente poucas abor<strong>da</strong>gens terapêuticas foramefetivas na reversão de <strong>diabete</strong> tipo 1 e LES já estabelecidos, sendo uma delas o TCTH alogênico(Ikehara et al., 1989; Yasumizu et al., 1987).Os estudos que revelaram o potencial <strong>da</strong> imunossupressão <strong>em</strong> altas doses e do TCTH para otratamento <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de foram realizados <strong>em</strong> vários modelos experimentais diferentes dedoenças auto-imunes (van Bekum, 2000a; van Bekum, 2000b; van Bekum, 2002), pois não existia umconsenso <strong>em</strong> relação a quais modelos seriam os mais representativos <strong>da</strong> doença auto-imune


Introdução 19humana. Exist<strong>em</strong> dois tipos distintos de modelos experimentais de doenças auto-imunes, os modelosde doenças auto-imunes hereditárias ou espontâneas e os modelos de doenças auto-imunesinduzi<strong>da</strong>s por auto-antígenos (van Bekkum, 2002). Nas doenças <strong>da</strong> primeira categoria, os fatoresgenéticos predominam na patogênese <strong>da</strong> doença, e os sintomas desenvolv<strong>em</strong> <strong>com</strong> a i<strong>da</strong>de namaioria ou <strong>em</strong> todos dos m<strong>em</strong>bros <strong>da</strong> linhag<strong>em</strong>. Esses modelos inclu<strong>em</strong> síndromes lúpus-like <strong>em</strong>camundongos, <strong>diabete</strong> medito insulino-dependente <strong>em</strong> camundongos e ratos, e uma síndrome<strong>com</strong>plexa de artrite/colite/dermatite <strong>em</strong> ratos transgênicos para HLA-B27.Na segun<strong>da</strong> categoria, as doenças auto-imunes não se desenvolv<strong>em</strong> espontaneamente, masrequer<strong>em</strong> indução pela imunização <strong>com</strong> antígenos de tecidos específicos (por ex<strong>em</strong>plo, antígenos decérebro, no caso <strong>da</strong> encefalomielite auto-imune experimental (EAE), que constitui um modelo <strong>da</strong> EMhumana; antígenos teciduais <strong>com</strong>o o colágeno, no caso <strong>da</strong> artrite induzi<strong>da</strong> por colágeno; ouantígenos bacterianos <strong>com</strong>o do Mycobacterium tuberculosis, no caso <strong>da</strong> artrite induzi<strong>da</strong> poradjuvantes). Foi d<strong>em</strong>onstrado <strong>em</strong> experimentos de cruzamento, que a suscetibili<strong>da</strong>de e a resistênciaà indução <strong>da</strong> doença auto-imunes, são amplamente determina<strong>da</strong>s geneticamente, por isso asdoenças auto-imunes só pod<strong>em</strong> ser induzi<strong>da</strong>s <strong>em</strong> linhagens específicas de camundongos. Entretanto,influências ambientais também são envolvi<strong>da</strong>s nas formas de doenças auto-imunes induzi<strong>da</strong>s (vanBekkum, 2003). Uma vez que a etiologia <strong>da</strong>s doenças auto-imunes humanas <strong>com</strong>plexas émultifatorial, <strong>com</strong>o discutido anteriormente, onde os fatores dominantes são genéticos tanto quantoambientais, a visão atual é que as doenças auto-imunes induzi<strong>da</strong>s represent<strong>em</strong> modelos de doençasmais realísticos para investigações pré-clínicas.No caso de DAIs espontâneas, o TCTH singênico (isto é, TCTH de um doador geneticamenteidêntico), realizado <strong>em</strong> animais jovens, não conseguiu prevenir a auto-imuni<strong>da</strong>de clínica, entretanto, oTCTH alogênico de uma linhag<strong>em</strong> resistente para outra suscetível, preveniu a doença, e <strong>em</strong> algunscasos, quando realizado logo após o início <strong>da</strong> doença, melhorou as manifestações auto-imunes(Yasumizu et al, 1987). Esses resultados levaram alguns pesquisadores a concluir que a autoimuni<strong>da</strong>dedecorre de alterações nas células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (Good e Ikehara, 1997).Em contraste, estudos <strong>em</strong> modelos de doenças auto-imunes induzi<strong>da</strong>s realizados por vanBekkum e colaboradores (2000) mostraram uma resposta terapêutica de transplante singênicos oupseudoautólogos no tratamento dessas doenças. Em modelos animais o TCTH singênico (isto é,TCTH de um doador geneticamente idêntico) pode ser usado ao invés de TCTH autólogo. Por


Introdução 20ex<strong>em</strong>plo, a recuperação <strong>da</strong> paresia induzi<strong>da</strong> pela EAE foi mais rápi<strong>da</strong> <strong>em</strong> animais tratados <strong>com</strong>irradiação corpórea total e transplante singênico <strong>com</strong>para<strong>da</strong> à recuperação observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> animaisnão-tratados, <strong>em</strong>bora transplantes alogênicos foss<strong>em</strong> melhores na prevenção de recaí<strong>da</strong>sespontâneas ou induzi<strong>da</strong>s pela imunização <strong>com</strong> mielina (van Gelder e van Bekkum, 1995; van Gelderet al., 1993).Os resultados dos estudos de van Bekkum e colaboradores (2003) sugeriram que o sucesso dotransplante de células tronco autólogo depende <strong>da</strong> <strong>com</strong>pleta erradicação dos <strong>com</strong>ponentes efetores<strong>da</strong> doença auto-imune, ou seja, <strong>da</strong>s células T efetoras ativa<strong>da</strong>s e de m<strong>em</strong>ória. Quando traduzidospara a clínica, os <strong>da</strong>dos experimentais indicaram que os <strong>pacientes</strong> deveriam ser submetidos a umregime de condicionamento (ou imunossupressão) que induzisse o máximo de linfoablação e que oenxerto fosse depletado de células T (van Bekkum, 2003). Quanto maior foi a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> terapiade condicionamento usa<strong>da</strong>, maior foi o sucesso do auto-TCTH na EAE (van Bekkum, 2003; Burt etal., 1998a).Foi mostrado também que o período no qual o transplante é realizado é muito importante. Porex<strong>em</strong>plo, no tratamento de EAE <strong>em</strong> camundongos SLJ, o transplante autólogo somente foi efetivo serealizado precoc<strong>em</strong>ente no início <strong>da</strong> doença, antes de ocorrer<strong>em</strong> injúrias significativas do tecido alvoNesse caso, quase reversão <strong>com</strong>pleta foi consegui<strong>da</strong>, mas nenhum efeito do transplante autólogo foiobservado <strong>em</strong> estágios mais avançados <strong>da</strong> doença (Burt et al., 1998a).Em resumo, enquanto o TCTH alogênico mostrou-se muito efetivo <strong>em</strong> reverter auto-imuni<strong>da</strong>de<strong>em</strong> todos os modelos animais estu<strong>da</strong>dos, o TCTH autólogo não foi capaz de reverter <strong>com</strong> sucesso,<strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e LES. No entanto, surpreendent<strong>em</strong>ente, níveis variáveis de r<strong>em</strong>issão foramconseguidos após o TCTH autólogo <strong>em</strong> vários modelos experimentais de DAIs, <strong>com</strong>o miasteniagravis, artrite induzi<strong>da</strong> por adjuvante e EAE (van Bekkum, 2003).Assim, essas várias observações <strong>em</strong> modelos animais de TCTH autólogos ou alogênicossugeriram que ambas abor<strong>da</strong>gens seriam benéficas para a terapia de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs refratárias,<strong>em</strong>bora o TCTH autólogo seja mais seguro. Não obstante, os estudos <strong>em</strong> animais indicam que aresistência à DAIs reside na célula tronco h<strong>em</strong>atopoética e pode ser transferi<strong>da</strong> por ela (Ikehara et al.,1985; Ikehara et al., 1990; Ikehara et al., 1998). Desse modo, o transplante de células troncoh<strong>em</strong>atopoéticas alogênicas poderia resultar na possível cura <strong>da</strong> DAI, e além disso, na tolerância a


Introdução 21antígenos do doador, permitindo a aceitação de outros tecidos do doador (por ex<strong>em</strong>plo, ilhotaspancreáticas), s<strong>em</strong> o uso de terapia imunossupressora crônica.Além disso, a maior eficácia do TCTH alogênico <strong>em</strong> alguns modelos animais de DAIs sugereque células T alogênicas do doador sejam capazes de eliminar linfócitos auto-reativos do receptor, eportanto mediar a forma benéfica de imunoterapia chama<strong>da</strong> de GVA (“graft-versus autoimmunity”).Porém, não existe razão para esperar que essas respostas imunes sejam específicas para linfócitosauto-reativos. Após o TCTH alogênico, pod<strong>em</strong> ocorrer con<strong>com</strong>itant<strong>em</strong>ente respostas imune deletériasdo enxerto contra o hospedeiro (“graft-versus-host response”). Desse modo, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as <strong>com</strong>plicações<strong>com</strong>o GVHD e falha de enxertia após o TCTH alogênico e os resultados positivos do TCTH autólogo<strong>em</strong> modelos animais descritos acima, o TCTH autólogo é a abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> mais lógica para o resgateh<strong>em</strong>atopoético e v<strong>em</strong> sendo amplamente utilizado <strong>em</strong> ensaios clínicos.Mais recent<strong>em</strong>ente, vários grupos têm utilizado protocolos de condicionamento nãomieloablativosou <strong>em</strong> doses reduzi<strong>da</strong>s <strong>em</strong> TCTH alogênicos, para indução de tolerância aotransplante e restabelecimento <strong>da</strong> auto-tolerância <strong>em</strong> modelos animais de DAIs (revisado por Sykes eNikolic, 2005). Embora estes avanços recentes têm tornado o TCTH alogênico menos tóxico, eleain<strong>da</strong> constitui um procedimento de risco que muito provavelmente não irá substituir os tratamentosatuais para formas de DAIs menos graves e tratáveis.Ensaios clínicos de TCTH autólogo <strong>em</strong> doenças auto-imunesCom base <strong>em</strong> todos os fatores discutidos acima, o TCTH autólogo é atualmente preferido aoTCTH alogênico <strong>em</strong> ensaios clínicos. Nos últimos anos, vários ensaios clínicos de imunossupressão<strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> de TACTH foram iniciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla (EM),esclerose sistêmica, artrite reumatóide, lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico e miastenia gravis (Burt et al.,1998b, Burt et al., 2003; Popat et al., 2005; Hough et al., 2005; Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005).Esses ensaios têm utilizado regimes de condicionamento de intensi<strong>da</strong>de variável, variáveistipos de depleção de células T (in vivo ou ex vivo) e diferentes fontes de células tronco e protocolosde mobilização. Para obtenção <strong>da</strong>s células para o TACTH, antes do condicionamento as célulastronco são mobiliza<strong>da</strong>s <strong>da</strong> medula para o sangue periférico, o que permite a coleta dessas célulass<strong>em</strong> uso de anestesia geral. A maioria dos protocolos usa o G-CSF (granulocyte colony-stimulatingfactor) e/ou ciclofosfami<strong>da</strong>, uma droga mielossupressora mas que leva a uma expressiva mobilização


Introdução 22<strong>da</strong>s células tronco. O protocolo do TACTH permite que tratamentos imunoablativos intensos sejamusados nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs refratárias aos tratamentos convencionais.Dados obtidos desses ensaios clínicos suger<strong>em</strong> que o TACTH é viável e pode levar a r<strong>em</strong>issão<strong>da</strong>s DAIs (Burt et al., 2003; Popat et al., 2005; Hough et al., 2005; Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005). Embora osresultados vari<strong>em</strong> de doença para doença, mais de um terço dos <strong>pacientes</strong> t<strong>em</strong> apresentador<strong>em</strong>issões <strong>com</strong>pletas e prolonga<strong>da</strong>s, freqüent<strong>em</strong>ente s<strong>em</strong> necessi<strong>da</strong>de de uso de drogasimunossupressoras (Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005). Em algumas doenças, no entanto, recaí<strong>da</strong>s sãorelativamente freqüentes. No entanto, dos <strong>pacientes</strong> que reca<strong>em</strong>, vários passam a responder aostratamentos convencionais que não eram efetivos antes do transplante.Desde 1996, ao redor de 1000 transplantes já foram realizados mundialmente <strong>em</strong> váriosensaios clínicos de fase I/II. A toxici<strong>da</strong>de e mortali<strong>da</strong>de relaciona<strong>da</strong> ao transplante diminuiu ao longodo t<strong>em</strong>po <strong>com</strong> o aumento <strong>da</strong> experiência na aplicação desse tratamento, melhor seleção de <strong>pacientes</strong>e modificações nos protocolos de tratamento. Ensaios clínicos randomizados de fase III que irão<strong>com</strong>parar o TACTH <strong>com</strong> a terapia convencional, foram recent<strong>em</strong>ente iniciados nos Estados Unidos eEuropa (Popat et al., 2005; Hough et al., 2005; Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005). Idealmente, esses resultadosirão aju<strong>da</strong>r a esclarecer se os benefícios do TACTH dev<strong>em</strong>-se somente à depleção t<strong>em</strong>porária oslinfócitos auto-reativos pela imunossupressão intensa ou ao restabelecimento de mecanismos deregulação imune que limitam a auto-imuni<strong>da</strong>de. Além disso, estes estudos fornecerão prova deeficácia, que é necessária para uma aplicação mais ampla do TACTH no tratamento de DAIs.Os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM constitu<strong>em</strong> o maior grupo de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doenças auto-imunes que jáforam tratados <strong>com</strong> TACTH até o momento (Burt et al., 2005). Estudos clínicos de fase I e II têm sidoconduzidos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM progressiva primária e secundária. A mobilização <strong>da</strong>s célulastronco h<strong>em</strong>atopoéticas é realiza<strong>da</strong> <strong>com</strong> ciclofosfami<strong>da</strong> <strong>com</strong>bina<strong>da</strong> <strong>com</strong> fator estimulador de colônia degranulócitos (G-CSF) ou somente <strong>com</strong> G-CSF. O primeiro e maior grupo de transplantes foi realizado<strong>em</strong> 85 <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, cujos resultados foram registrados no EBMT (European Group for Bloo<strong>da</strong>nd Marrow Transplantation). Neste ensaio clínico, foi utilizado o regime de condicionamento BEAM(BCNU, etoposídeo, aracitin, melfalan). Cerca de 6% dos <strong>pacientes</strong> faleceram devido a fatorestóxicos, foi observa<strong>da</strong> melhora neurológica <strong>em</strong> 21% dos <strong>pacientes</strong> e uma sobrevi<strong>da</strong> livre deprogressão <strong>em</strong> 74% dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doença progressiva secundária ou primária (Tyn<strong>da</strong>ll et al.,2005).


Introdução 23Nesse estudo, as lesões inflamatórias agu<strong>da</strong>s do tecido nervoso, detecta<strong>da</strong>s utilizando aimag<strong>em</strong> de ressonância magnética nuclear (RMN) por captura de gadolíneo, foram significativamentereduzi<strong>da</strong>s, d<strong>em</strong>onstrando a eficácia do TACTH no tratamento <strong>da</strong> EM. No entanto, foi observado que adeterioração <strong>da</strong> função neuronal pode continuar no caso de doença <strong>em</strong> fase avança<strong>da</strong>. Um estudorandomizado de fase III, denominado ASTIMS (Autologous St<strong>em</strong> Cell Transplantation InternationalMultiple Sclerosis trial), foi iniciado na Europa <strong>em</strong> 2004 e irá avaliar aproxima<strong>da</strong>mente 200 <strong>pacientes</strong>ao longo de vários anos após o TACTH utilizando a RMN para avaliação <strong>da</strong> função neuronal dos<strong>pacientes</strong> (Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005).No Brasil, o TACTH <strong>em</strong> DAIs v<strong>em</strong> sendo realizado desde 2001 <strong>em</strong> alguns centros, masprincipalmente na Uni<strong>da</strong>de de Transplante de Medula Óssea do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>dede Medicina de Ribeirão Preto <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo e no Hospital Israelita Albert Einstein<strong>em</strong> São Paulo. Pacientes portadores de formas graves e progressivas de esclerose múltipla edoenças reumáticas (lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico, esclerose sistêmica e arterite de Takayasu),refratárias às terapias convencionais, são tratados <strong>com</strong> terapia de imunossupressão <strong>em</strong> altas dosessegui<strong>da</strong> pelo TACTH (Voltarelli e Ouyang, 2003; Voltarelli et al., 2004b; Voltarelli et al., 2005a;Voltarelli et al., 2005b). Desde o início de 2004, o TACTH está sendo realizado <strong>com</strong>o tratamento de<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 recém-diagnosticados, exclusivamente no Brasil (Voltarelli etal., 2004a; Voltarelli, 2004c; Voltarelli, 2006). O objetivo do TACTH nesses <strong>pacientes</strong> é de preservar aquanti<strong>da</strong>de residual de células β <strong>da</strong>s ilhotas pancreáticas (Burt et al., 2002a; Voltarelli, 2004c), umavez que quando a doença clínica é diagnostica<strong>da</strong> já houve a per<strong>da</strong> de aproxima<strong>da</strong>mente 80-90% <strong>da</strong>scélulas β pancreáticas (Notkins, 2002). O TACTH é realizado nos <strong>pacientes</strong> dentro de no máximo seiss<strong>em</strong>anas após o diagnóstico. Entre os vários critérios de inclusão, um dos mais importantes, além dodiagnóstico recente, é positivi<strong>da</strong>de para anticorpos anti-GAD65 ao diagnóstico.1.5 Mecanismos de ação do TCTH autólogo <strong>em</strong> doenças auto-imunesConforme discutido anteriormente, as DAIs são determina<strong>da</strong>s por fatores genéticos eambientais. Se e quando um indivíduo geneticamente predisposto desenvolverá uma doença autoimune,orgão-específica ou sistêmica, dependerá do contato <strong>com</strong> agentes ambientais, infecciosos ounão-infecciosos (revisado por Marrack et al., 2001; Davidson e Diamond, 2001). Estudosretrospectivos de <strong>pacientes</strong> que migraram de áreas de alta incidência para áreas de baixa incidência


Introdução 24de DAIs suger<strong>em</strong> que existe um período latente, caracterizado por um atraso de vários anos entre ocontato <strong>com</strong> o agente ambiental hipotético e o início <strong>da</strong> doença clínica (revisado por Openshaw et al.,2002). Esses conceitos de fatores ambientais e período latente foram importantes para a constituição<strong>da</strong> base racional do TCTH autólogo <strong>com</strong>o tratamento de DAIs.Conforme proposto por Openshaw et al. (2002), se somente a predisposição genética forsuficiente para o desenvolvimento de auto-imuni<strong>da</strong>de clínica, então a predisposição para a doençareside exclusivamente nas células tronco h<strong>em</strong>atopóeticas, e o melhor resultado que pode seresperado do TCTH autólogo seria um efeito anti-inflamatório t<strong>em</strong>porário conferido pelaimunossupressão <strong>em</strong> altas doses. Em contraste, se exposições a fatores ambientais específicos <strong>em</strong>períodos críticos são importantes, então a terapia de imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> peloTCTH autólogo poderia levar a uma “mu<strong>da</strong>nça cronológica” (“time-shift” ou “re-setting”) <strong>da</strong> doençaauto-imune clínica para um período mais precoce, análogo ao período latente, restaurando a autotolerânciano paciente. Esta hipótese pressupõe que respostas a re-exposição às circunstânciasambientais que levaram ao desencadeamento <strong>da</strong> auto-imuni<strong>da</strong>de serão suficient<strong>em</strong>ente diferentes,de modo que auto-imuni<strong>da</strong>de clínica não irá reaparecer (Tyn<strong>da</strong>ll e Koike, 2002; Openshaw et al.,2002).Com base nessa primeira hipótese proposta, outras três hipóteses não mutuamenteexclusivas, foram formula<strong>da</strong>s para explicar o mecanismo de ação do TACTH <strong>em</strong> DAIs (Burt et al.,2002b; Muraro e Martin, 2003): (1) a imunoablação intensa elimina a resposta imune patogênica, (2) oTACTH reconstitui um sist<strong>em</strong>a imune novo e tolerante, (3) as células tronco h<strong>em</strong>atopoéticaspromov<strong>em</strong> reparo tecidual. No entanto, apesar do rápido acúmulo de experiência clínica durante osúltimos dez anos, <strong>da</strong>dos sobre o mecanismo de ação do TACTH <strong>em</strong> doenças auto-imunes humanaseram muito escassos até 2004, quando os primeiros estudos mais elaborados de <strong>reconstituição</strong><strong>imunológica</strong> <strong>com</strong>eçaram a aparecer na literatura (Sun et al., 2004; Muraro et al., 2005; Farge et al.,2005; de Kleer et al., 2005; Kötter et al., 2005). Atualmente, esses trabalhos apresentam informaçõesque <strong>com</strong>eçam a explicar os mecanismos de ação do TACTH baseando-se <strong>em</strong> observações <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> nos <strong>pacientes</strong>.Atualmente, o mecanismo mais aceito e que v<strong>em</strong> sendo d<strong>em</strong>onstrado nos trabalhos recentes éa “reprogramação” do sist<strong>em</strong>a imune após o TACTH, e constitui uma junção <strong>da</strong>s duas primeirashipóteses cita<strong>da</strong>s anteriormente (Burt et al., 2002b; Muraro e Martin, 2003). De acordo <strong>com</strong> esse


Introdução 25mecanismo, primeiramente a imunossupressão <strong>em</strong> altas doses elimina as células B e T auto-reativasde m<strong>em</strong>ória. Em segui<strong>da</strong>, baseando-se no fato de que fatores ambientais desconhecidos tenham umpapel essencial no desencadeamento <strong>da</strong> DAI, é possível que a eliminação do repertório de células Be T pré-existente permita que o sist<strong>em</strong>a imune do paciente reinicie do zero, gerando novas células Be T que sejam auto-tolerantes após o TACTH (revisado por Sykes e Nikolic, 2005).Porém, não está claro se as células T e B de m<strong>em</strong>ória são <strong>com</strong>pletamente r<strong>em</strong>ovi<strong>da</strong>s dosist<strong>em</strong>a h<strong>em</strong>atopoético, linfóide e de órgãos alvos, por qualquer que seja o regime decondicionamento. Assim, a imunoablação in<strong>com</strong>pleta pode ser responsável pelas eleva<strong>da</strong>s taxas derecaí<strong>da</strong> precoce observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> alguns ensaios clínicos de TACTH (Tyn<strong>da</strong>ll et al, 2005). Não obstante,há evidências de melhora e r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> DAI após TACTH mesmo <strong>com</strong> imunoablação in<strong>com</strong>pleta(revisado por Muraro e Douek, 2006).A manutenção de reações auto-imunes depende de múltiplas populações celulares e exist<strong>em</strong>várias evidências de alterações <strong>em</strong> número e função de algumas populações celulares após oTACTH. Por ex<strong>em</strong>plo, a quimioterapia intensa induz uma redução significativa e prolonga<strong>da</strong> decélulas T CD4 + , que é caracteriza<strong>da</strong> pela inversão <strong>da</strong> razão CD4 + :CD8 + , predominância de células Tde m<strong>em</strong>ória e regeneração de células T predominant<strong>em</strong>ente por mecanismos timo-independentes(revisado por Guillaume et al., 1998; Jameson et al., 2002). Estas células T reconstituí<strong>da</strong>s pod<strong>em</strong>exibir suscetibili<strong>da</strong>de aumenta<strong>da</strong> à apoptose e funções altera<strong>da</strong>s (Hakim et al., 1997; Singh et al.,1999; Muraro et al., 2005). Assim, a imunoablação intensa e a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> altera<strong>da</strong>pod<strong>em</strong> levar à r<strong>em</strong>issão clínica <strong>da</strong> DAI nos primeiros meses após o TACTH.Um estudo recente (Muraro et al., 2005) mostrou pela primeira vez que a r<strong>em</strong>issão clínicaobserva<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM após o TACTH, que é a<strong>com</strong>panha<strong>da</strong> pela supressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>deinflamatória, não é decorrente somente <strong>da</strong> imunossupressão que esses <strong>pacientes</strong> receb<strong>em</strong>, mas d<strong>em</strong>u<strong>da</strong>nças qualitativas profun<strong>da</strong>s no sist<strong>em</strong>a imunológico que d<strong>em</strong>onstram uma renovação do<strong>com</strong>partimento de células T nesses <strong>pacientes</strong>. Dois anos após o TACTH, os <strong>pacientes</strong> apresentaramuma diversi<strong>da</strong>de clonal mais ampla do repertório do TCR e uma extensa renovação <strong>da</strong>sespecifici<strong>da</strong>des clonais <strong>com</strong>para<strong>da</strong>s <strong>com</strong> o pré-transplante, que é devi<strong>da</strong> à produção de novas célulasT naive pelo timo desses <strong>pacientes</strong>.No entanto, con<strong>com</strong>itante ao reaparecimento de novas células T naive, dois outros trabalhosmostraram a <strong>reconstituição</strong> tímica de células T auto-reativas após o TACTH. Openshaw et al. (2000)


Introdução 26mostraram que a resposta proliferativa de células mononucleares à MBP (myelin basic protein) oupeptídeos imunodominantes <strong>da</strong> MBP estava significant<strong>em</strong>ente suprimi<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM pelomenos até 20 meses pós-TACTH, no entanto houve uma mu<strong>da</strong>nça no padrão de reconhecimentoantigênico após o transplante. Mais recent<strong>em</strong>ente, Sun et al. (2004) d<strong>em</strong>onstraram o reaparecimentode células T auto-reativas anti-mielina por volta de 12 meses após o TACTH também <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> EM, con<strong>com</strong>itante à <strong>reconstituição</strong> de novas células T naive produzi<strong>da</strong>s pelo timo. Vale ressaltarque os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM desses estudos continuaram <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão clínica <strong>da</strong> doença mesmo <strong>com</strong> oreaparecimento de células T auto-reativas anti-mielina, d<strong>em</strong>onstrando que a r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> doençaapós o transplante não deve-se somente à eliminação <strong>da</strong>s células auto-reativas patogênicas mastambém a outras mu<strong>da</strong>nças determina<strong>da</strong>s pelo TACTH.Traynor et al. (2000) mostraram que ocorr<strong>em</strong> mu<strong>da</strong>nças significativas no padrão de citocinas<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico (LES) após o TACTH. A expressão de interleucina-4(IL-4), citocina do tipo T H 2, foi encontra<strong>da</strong> aumenta<strong>da</strong> <strong>em</strong> linfócitos de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico antes do transplante e normalizou após o TACTH. Por outro lado, os níveis deinterferon-γ (IFN-γ), que estavam abaixo do normal nesses <strong>pacientes</strong> antes do transplante,aumentaram para níveis normais após o TACTH. Num estudo mais recente, de Kleer et al. (2005)mostraram evidências que suger<strong>em</strong> uma “reprogramação” de células auto-reativas <strong>em</strong> crianças <strong>com</strong>artrite juvenil idiopática (AJI) após o TACTH. Usando APCs artificiais (lipossomas conjugados <strong>com</strong><strong>com</strong>plexos MHC-peptídeo) para isolar células auto-reativas contra um peptídeo <strong>da</strong> Hsp60 (heat shockprotein 60; auto-antígeno importante na AJI), eles d<strong>em</strong>onstraram que o TACTH induz a mu<strong>da</strong>nça dofenótipo pró-inflamatório (caracterizado por elevados níveis de RNAm de IFN-γ e T-bet) <strong>da</strong>s célulasauto-reativas pré-transplante para um fenótipo tolerante pós-transplante (caracterizado por elevadosníveis de RNAm de IL-4 e GATA-3).Dois trabalhos recentes mostraram uma restauração de células T reguladoras (Tregs)CD4 + CD25 high após o TACTH. Ver<strong>da</strong> et al. (2005) mostraram um aumento significante do númeroabsoluto de células T CD4 + CD25 high<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doença de Crohn após TCTH nãomieloablativo.Em outro estudo recente, de Kleer et al. (2005) mostraram também a restauração <strong>da</strong>freqüência de células Tregs CD4 + CD25 high<strong>em</strong> crianças <strong>com</strong> artrite juvenil idiopática (AJI) após oTACTH, de números significant<strong>em</strong>ente reduzidos antes do TACTH (<strong>com</strong>parando-se aos de indivíduossaudáveis) para níveis normais após o transplante. Os autores suger<strong>em</strong> que esta recuperação deve-


Introdução 27se à proliferação homeostática <strong>da</strong>s células CD4 + CD25 highdurante os primeiros meses <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>, e à produção tímica de novas células Tregs CD4 + CD25 high que expressamFoxp3 numa etapa posterior <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong>. Estes trabalhos indicam que a restauração <strong>da</strong>s célulasTregs CD4 + CD25 high poderia contribuir para o restabelecimento <strong>da</strong> homeostasia imune, indução <strong>da</strong>tolerância imune e r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> DAI após o TACTH.Os conceitos de homeostasia imune e proliferação homeostática são importantes para oentendimento dos mecanismos de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> que serão discutidos nesse trabalho. Ahomeostasia imune é um processo auto-regulador que visa à manutenção <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong>de do sist<strong>em</strong>aimunológico. Nesse contexto, a homeostasia de células T refere-se à manutenção/preservação donúmero de células T ao longo do t<strong>em</strong>po. Isto pode ser conseguido pela simples sobrevivência <strong>da</strong>scélulas ou por um balanço entre morte e proliferação celular. A proliferação homeostática ouexpansão homeostática constitui um dos mecanismos homeostáticos que controlam o tamanho e<strong>com</strong>posição <strong>da</strong> população de células T maduras. A proliferação homeostática ocorre <strong>com</strong>oconseqüência de uma deficiência periférica de linfócitos (linfopenia) <strong>em</strong> resposta a fatoreshomeostáticos, que inclu<strong>em</strong> citocinas (IL-7 e IL-15) e sinais provenientes <strong>da</strong> estimulação por<strong>com</strong>plexos MHC-peptídeo próprio (Jameson, 2002; Muraro e Douek, 2006).Em resumo, os trabalhos recentes descritos acima substanciam a indução <strong>da</strong> “regeneração” deum sist<strong>em</strong>a imune novo e tolerante <strong>com</strong>o o racional do TACTH <strong>em</strong> DAIs, e provê<strong>em</strong> a base racionalpara os ensaios clínicos, futuros ou <strong>em</strong> an<strong>da</strong>mento, dessa estratégia terapêutica <strong>em</strong> DAIs.Além <strong>da</strong> restauração <strong>da</strong> auto-tolerância, há a hipótese de que o TACTH poderia também levarà regeneração de tecidos que são destruídos pela DAI. Teoricamente, isto poderia ser possível pelaregeneração tecidual por células tronco endógenas uma vez que a auto-imuni<strong>da</strong>de fosse reverti<strong>da</strong>, oupela diferenciação de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (CTHs) ou de outras células tronco re-infundi<strong>da</strong>sno paciente no transplante, <strong>em</strong> tecidos não-h<strong>em</strong>atopoéticos. Após o TCTH alogênico <strong>em</strong>camundongos NOD no início <strong>da</strong> doença, foi mostrado que ocorre uma regeneração endógena deilhotas pancreáticas (Zorina et al., 2003). Foi também mostrado que células tronco transplanta<strong>da</strong>spromoveram a regeneração endógena pancreática (Mathews et al., 2004; Hess et al, 2003).Entretanto, estudos <strong>em</strong> camundongos NOD após TCTH alogênico para <strong>diabete</strong> já estabeleci<strong>da</strong>mostraram que a regeneração endógena <strong>da</strong>s ilhotas não consegue manter normoglic<strong>em</strong>ia e suger<strong>em</strong>que o transplante de ilhotas seja necessário para corrigir a doença (Nikolic et al, 2004).


Introdução 28Recent<strong>em</strong>ente, vários grupos d<strong>em</strong>onstraram que CTHs pod<strong>em</strong> diferenciar-se <strong>em</strong> células hepáticas,células do miocárdio, dos rins e <strong>em</strong> outros tipos de células não-h<strong>em</strong>atopoéticas, incluindo células <strong>da</strong>silhotas pancreáticas (Zulewski et al., 2001; Jiang et al., 2002), mas é possível que estes estudosreflitam fusão celular ao invés de diferenciação a partir de CTHs infundi<strong>da</strong>s no transplante (Tera<strong>da</strong> etal., 2002). Portanto, o potencial <strong>da</strong>s CTHs para a regeneração tecidual após o TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> DAIs é ain<strong>da</strong> controverso e consiste uma área de intensa investigação.1.6 Repertório do receptor de células T <strong>em</strong> doenças auto-imunesO receptor de células T (TCR) é um heterodímero de m<strong>em</strong>brana, formado por cadeias α e βou por cadeias γ e δ. Ca<strong>da</strong> cadeia α, β, γ ou δ é forma<strong>da</strong> por um domínio variável e um domínioconstante. O TCR αβ é formado por duas cadeias polipeptídicas <strong>com</strong> domínios variáveis (Vα e Vβ) edomínios constantes (Cα e Cβ). Análises <strong>da</strong> estrutura tridimensional do TCR αβ mostraram que osdomínios variáveis Vα e Vβ formam três alças que interag<strong>em</strong> <strong>com</strong> o <strong>com</strong>plexo MHC/peptídeo (Garciaet al., 1996). Estas alças correspond<strong>em</strong> às Regiões Determinantes de Compl<strong>em</strong>entari<strong>da</strong>de (CDR). Osgenes Vα e Vβ codificam as regiões CDR1 e CDR2, e a região CDR3 é gera<strong>da</strong> pela re<strong>com</strong>binaçãosomática dos segmentos V e J para Vα, e os segmentos V, D e J para Vβ, sendo esta a região d<strong>em</strong>aior variabili<strong>da</strong>de e está envolvi<strong>da</strong> no reconhecimento dos peptídeos apresentados pelas moléculasde MHC (Davies e Bjorkman, 1988; Garcia et al., 1999; Goldrath et al., 1999). A região CDR3 varia<strong>em</strong> extensão dependendo <strong>da</strong> adição ou r<strong>em</strong>oção de nucleotídeos nas ligações VD e DJ durante oprocesso de re<strong>com</strong>binação. Assim, a diversi<strong>da</strong>de do repertório de TCR resulta do rearranjo dediferentes segmentos gênicos, de sua ligação imprecisa, <strong>da</strong> adição de nucleotídeos durante oprocesso de re<strong>com</strong>binação e <strong>da</strong> <strong>com</strong>binação de diferentes cadeias α e β ou γ e δ (Davis e Bjorkman,1988). Teoricamente, o limite <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório do TCR seria de mais de 1 x 10 13especifici<strong>da</strong>des. No entanto, não pode haver mais especifici<strong>da</strong>des de TCR do que o número decélulas T totais num indivíduo. Assim, foi mostrado que a diversi<strong>da</strong>de <strong>em</strong> camundongos é de 1-2 x10 8 especifici<strong>da</strong>des diferentes, e <strong>em</strong> humanos é de 1 x 10 12 (Nikolich-Zugich et al., 2004).Atualmente, o repertório do TCR pode ser analisado por citometria de fluxo, pelo uso deanticorpos monoclonais anti-Vβ ou Vα específicos ou por técnicas de PCR (Reação <strong>em</strong> Cadeia <strong>da</strong>Polimerase) e Real Time PCR. Essas técnicas permit<strong>em</strong> a identificação e quantificação de famílias


Introdução 29preferencialmente expandi<strong>da</strong>s. Alternativamente, o repertório do TCR pode ser analisado pela técnicade Immunoscope ou CDR3 Length Spectratyping. Considerando que o padrão de distribuição dospicos de CDR3 <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR numa população policlonal normal de células T segue umacurva de Gauss, esta técnica permite detectar variações no padrão de distribuição desses segmentosnuma <strong>da</strong><strong>da</strong> população celular. Assim, qualquer expansão clonal anormal no repertório pode serdetecta<strong>da</strong> <strong>com</strong>o picos que se desviam <strong>da</strong> distribuição gaussiana normal dos segmentos de CDR3(Pannetier, 1993; Pannetier, 1995).Vários estudos indicam que <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs apresentam restrição (skewing) do repertóriode linfócitos T, <strong>com</strong> expressão anormal de algumas famílias Vβ. Essas anormali<strong>da</strong>des são causa<strong>da</strong>spor expansões oligoclonais de algumas populações de células T, que são instáveis epreferencialmente observa<strong>da</strong>s no início <strong>da</strong>s DAIs. Essas perturbações do repertório de células Tnaive pod<strong>em</strong> contribuir para a predisposição do indivíduo ao desenvolvimento <strong>da</strong> DAI (revisado porDavidson e Diamond, 2001; Sospedra e Martin, 2005).Holbrook et al. (1996) mostraram que linfócitos do sangue periférico de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico apresentam restrições do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR. Igualmente, <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doença de Crohn, as células T encontra<strong>da</strong>s nos segmentos do trato intestinal afetadosapresentam restrição do repertório, mas não as encontra<strong>da</strong>s nos segmentos não-envolvidos (Posnettet al., 1990).Mais recent<strong>em</strong>ente, Gran et al (1998) mostraram anormali<strong>da</strong>des do repertório de células Tisola<strong>da</strong>s do sangue periférico de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, <strong>com</strong> expansões significantes <strong>da</strong>s famílias Vβ9,Vβ1, Vβ11 e Vβ22. Em outro estudo, expansões oligoclonais de células T foram encontra<strong>da</strong>s nolíquido cefalorraquidiano de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM (Gestri et al., 2001). Muraro et al. (2002) mostraramque <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM-SR apresentam expansões de linfócitos circulantes expressandodetermina<strong>da</strong>s famílias Vβ mais freqüent<strong>em</strong>ente do que <strong>em</strong> controles normais, além disso 80% essasexpansões são oligoclonais e correlacionam-se significant<strong>em</strong>ente <strong>com</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>da</strong> EMdetecta<strong>da</strong> por RMN e <strong>com</strong> respostas imunes contra a MBP. Matsumoto et al. (2003) tambémmostraram a presença de células T <strong>em</strong> expansões oligoclonais, particularmente expressando afamília Vβ5.2, no sangue periférico de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. Em outro estudo recente <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>EM, foi mostrado um aumento <strong>da</strong> reativi<strong>da</strong>de à mielina e <strong>da</strong> secreção de IFN-γ por células T CD4 + e T


Introdução 30CD8 + <strong>com</strong> distribuição altera<strong>da</strong> dos picos de CDR3 (Laplaud et al., 2004). Em <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 recém-diagnosticado, Luppi et al (2000) d<strong>em</strong>onstraram uma restrição do repertório doTCR, <strong>com</strong> expressão preferencial <strong>da</strong> família Vβ7.Interessant<strong>em</strong>ente, Traynor et al. (2002) mostraram, pela primeira vez, que o TACTH poderiacausar mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do sist<strong>em</strong>a imune e levar à normalização do repertório de células T<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs. Os autores analisaram a diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico submetidos à terapia de imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong>pelo TACTH, e mostraram que o repertório de células T que era restrito nesses <strong>pacientes</strong> antes dotransplante apresentou uma distribuição normal (<strong>com</strong>parável a de um indivíduo controle saudável)após o TACTH.


2 Objetivos


Objetivos 322.1 Objetivo geralAvaliar a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> as doenças auto-imunes <strong>diabete</strong> melitodo tipo 1 e esclerose múltipla, submetidos à terapia de imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> pelotransplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas.2.2 Objetivos específicosAvaliar, previamente e seqüencialmente após o transplante:1. Diversas subpopulações celulares do sist<strong>em</strong>a imune no sangue periférico.2. O perfil de produção de citocinas intracelulares por linfócitos T do sangue periférico.3. A diversi<strong>da</strong>de de linfócitos T do sangue periférico, por meio do estudo do repertório <strong>da</strong> cadeiaVβ do receptor de células T.4. A expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares do sangue periférico.


3 Casuística, Material e Métodos


Casuística, Materiais e Métodos 343.1 Delineamento do estudoTratou-se um estudo prospectivo conduzido <strong>com</strong> o objetivo de se estu<strong>da</strong>r a <strong>reconstituição</strong><strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doenças auto-imunes (<strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e esclerose múltipla)submetidos ao tratamento <strong>com</strong> imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> de transplante autólogo decélulas tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Terapia Celular (CEPIDFAPESP) do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Medicina deRibeirão Preto <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (HC-FMRP-USP) <strong>em</strong> colaboração <strong>com</strong> a Uni<strong>da</strong>de deTransplante de Medula Óssea (TMO) do HC-FMRP-USP, o Setor de Doenças Neuromusculares e aDivisão de Endocrinologia e Metabolismo do HCFMRP.3.2 CasuísticaForam incluídos nesse estudo <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e esclerose múltipla, queforam submetidos ao tratamento <strong>com</strong> imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> de transplanteautólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas, na Uni<strong>da</strong>de de TMO do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> FMRP-USP, de dez<strong>em</strong>bro de 2002 a dez<strong>em</strong>bro de 2005. Foram estu<strong>da</strong>dos onze <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 e dezoito <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla transplantados.As Tabelas 1 e 2 sumarizam as principais características dos <strong>pacientes</strong>, <strong>da</strong>dos clínicos deantes do transplante e <strong>da</strong>dos sobre o procedimento do transplante. Os protocolos de transplanteespecíficos para essas doenças auto-imunes foram aprovados pelo Comitê de Ética do Hospital <strong>da</strong>sClínicas <strong>da</strong> FMRP-USP (Diabetes melito do tipo 1 - Proc. 10095/02, Esclerose múltipla - Proc.2693/2001) e pela Comissão Nacional de Ética <strong>em</strong> Pesquisa (Diabetes melito do tipo 1 - RG 7160,Esclerose múltipla - RG 2944), e os <strong>pacientes</strong> assinaram o termo de consentimento livre eesclarecido. Nesses protocolos, estão definidos os critérios de seleção dos <strong>pacientes</strong>.Os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltiplos submetidos ao TACTH, apresentavam formasprogressivas <strong>da</strong> doença (Poser et al, 1983), refratárias ao tratamento <strong>com</strong> corticosteróides e IFN-β.Entre os dezoito <strong>pacientes</strong>, quatorze tinham a forma de esclerose múltipla progressiva secundária(EM-PS), três apresentavam esclerose múltipla progressiva primária (EM-PP) e uma paciente tinha aforma surto-r<strong>em</strong>issiva <strong>da</strong> doença (EM-SR) (Hafler et al., 2004; Compston e Coles, 2002).Os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 submetidos ao TACTH foram <strong>pacientes</strong> recémdiagnosticados.O TACTH foi realizado nesses <strong>pacientes</strong> dentro de no máximo seis s<strong>em</strong>anas após o


Casuística, Materiais e Métodos 35diagnóstico. Com exceção do primeiro paciente, que foi diagnosticado após episódio de cetoacidosediabética, foram excluídos do protocolo todos <strong>pacientes</strong> que já tinham apresentado episódios decetoacidose diabética antes do diagnóstico. Todos os <strong>pacientes</strong> apresentavam anticorpos anti-GAD65positivos ao diagnóstico.O esqu<strong>em</strong>a do tratamento de imunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> de TACTH constituiusede quatro fases: fase de mobilização <strong>da</strong>s células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas, fase de condicionamento(imunossupressão), infusão <strong>da</strong>s células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas (ou transplante propriamente dito) e oseguimento do paciente após o transplante.Fase de mobilização <strong>da</strong>s células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. As células tronco h<strong>em</strong>atopoéticasforam mobiliza<strong>da</strong>s <strong>da</strong> medula óssea para o sangue periférico nesses <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> ciclofosfami<strong>da</strong> eG-CSF (granulocyte-colony stimulating factor). A ciclofosfami<strong>da</strong> (2 g/m 2 ) foi infundi<strong>da</strong> <strong>em</strong> duas doses(12 <strong>em</strong> 12 horas) e o G-CSF (10μg/Kg/dia) foi administrado <strong>em</strong> duas doses (12 <strong>em</strong> 12 horas), 24horas após última dose de ciclofosfami<strong>da</strong> e continuado até o término <strong>da</strong> coleta <strong>da</strong>s CTH porleucoaférese. O início <strong>da</strong> coleta foi determinado pela contag<strong>em</strong> de leucócitos e de células CD34 + nosangue periférico: leucócitos >1000/mm 3 e células CD34 + >10 células/mm 3 . A aférese foi realiza<strong>da</strong> <strong>em</strong>uma ou duas vezes até atingir o valor mínimo de 3,0 x 10 6 CD34 + /kg de peso. Foram coleta<strong>da</strong>s entre3,4-25,1 x 10 6 células CD34 + /kg (média 8,5x10 6 /kg) dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, e entre 5,8-23,1 x 10 6células CD34 + /kg (média 10.6 x 10 6 /kg) dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM. Após a coleta, as células troncoh<strong>em</strong>atopoéticas foram criopreserva<strong>da</strong>s <strong>em</strong> solução crioprotetora contendo 10% de dimetilsulfóxido earmazena<strong>da</strong>s <strong>em</strong> nitrogênio líquido até o momento do transplante.Fase de condicionamento. Os regimes de condicionamento foram diferentes para as duasdoenças auto-imunes transplanta<strong>da</strong>s (Tabelas 1 e 2). Os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1receberam ciclofosfami<strong>da</strong> e globulina anti-timocitária (ATG, antithymocyte globulin) de coelho. Aciclofosfami<strong>da</strong> foi administra<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro doses de 50 mg/kg/dia nos dias -6, -5, -4 e -3 antes dotransplante. A ATG de coelho foi administra<strong>da</strong> na dose de 0,5 mg/dia no dia -6, e na dose de 1 mg/dianos dias -5, -4, -3 e -2.Os onze primeiros <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla (<strong>pacientes</strong> 1 - 11) receberam um regimede condicionamento constituído de poliquimioterapia denominado BEAM (BCNU, 300 mg/m 2 no dia -6; etoposide, 200 mg/m 2 nos dias -5 a -2; ARA-C, 200 mg/m 2 nos dias -5 a -2; e melphalan, 200mg/m 2 nos dias -5 a -1) associado a ATG de cavalo (15 mg/kg/dia nos dias -5, -3, -1, +1, +2 e +3


Casuística, Materiais e Métodos 36(Tabela 1). O segundo grupo de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla (<strong>pacientes</strong> 12 - 18) foi submetidoao mesmo regime de condicionamento dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, constituído deciclofosfami<strong>da</strong> e ATG de coelho.Infusão <strong>da</strong>s células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. A infusão <strong>da</strong>s células tronco h<strong>em</strong>atopoéticasocorreu no dia 0 (<strong>da</strong>ta do transplante) e G-CSF (5μg/Kg/<strong>da</strong>y) foi administrado do dia +5 até que acontag<strong>em</strong> de neutrófilos atingisse valor >1,000/mm 3 . Na maioria do <strong>pacientes</strong>, foi infundi<strong>da</strong> aquanti<strong>da</strong>de total de células CD34 + coleta<strong>da</strong>.A enxertia <strong>da</strong> medula após o TACTH foi defini<strong>da</strong> <strong>com</strong>o: 1, enxertia de leucócitos: primeiro diaentre três dias consecutivos <strong>em</strong> que o número de neutrófilos foi >500 células/μl; 2, enxertia deplaquetas: primeiro dia <strong>em</strong> que o número de plaquetas foi >20.000, s<strong>em</strong> que o paciente tenharecebido infusão de plaquetas nos últimos 7 dias.Seguimento do paciente após o transplante. Os <strong>pacientes</strong> permaneceram internados naUni<strong>da</strong>de de TMO do HC-FMRP-USP até a ocorrência <strong>da</strong> enxertia e <strong>em</strong> seguimento ambulatorialintensivo (de diário a s<strong>em</strong>anal) no Hospital-Dia até aproxima<strong>da</strong>mente 60 dias após o transplante.Após esse período, os <strong>pacientes</strong> retornaram às suas casas, e <strong>com</strong>pareceram a consultas periódicasde a<strong>com</strong>panhamento no ambulatório <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de TMO do HC-FMRP-USP.Foram colhi<strong>da</strong>s amostras de sangue periférico dos <strong>pacientes</strong> nos seguintes períodos: prémobilização(ou basal, ou pré-transplante), pré-condicionamento (amostras são colhi<strong>da</strong>s poucashoras antes do início do condicionamento), e dias D+60, D+100, D+180, D+270, D+360, D+540,D+720 pós-transplante. As coletas <strong>da</strong>s amostras de sangue periférico foram a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s aos retornosdos <strong>pacientes</strong> ao hospital após o transplante. Portanto, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong>s coletas coincidiramexatamente <strong>com</strong> as <strong>da</strong>tas programa<strong>da</strong>s cita<strong>da</strong>s anteriormente. Além disso, n<strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong>possu<strong>em</strong> amostras coleta<strong>da</strong>s de todos os períodos citados acima, devido principalmente ao estadoclínico do paciente ou ao não <strong>com</strong>parecimento do paciente aos retornos determinados. O primeiropaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla (GG) foi transplantado antes do início desse estudo, portanto nãoforam coleta<strong>da</strong>s amostras de pré-mobilização, pré-condicionamento e dos primeiros meses após oTACTH desse paciente.


Casuística, Materiais e Métodos 373.3 Controles saudáveisAs amostras de sangue periférico de indivíduos-controle saudáveis foram obti<strong>da</strong>s de doadoresde sangue de repetição do Centro Regional de H<strong>em</strong>oterapia de Ribeirão Preto do Hospital <strong>da</strong>sClínicas <strong>da</strong> FMRP-USP, sob consentimento informado. Foram colhi<strong>da</strong>s amostras de sangue periféricode 10 doadores <strong>com</strong> i<strong>da</strong>de menor que 30 anos (Grupo 1; que foi usado para <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> ogrupo dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1) e de 10 doadores <strong>com</strong> i<strong>da</strong>de entre 30 - 55 anos(Grupo 2; que foi usado para <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o grupo de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla).3.4 Isolamento <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periféricoAmostras de 50 ml sangue periférico de <strong>pacientes</strong> pré ou pós-TACTH, colhi<strong>da</strong>s na presença deheparina sódica (14UI/ml), foram separa<strong>da</strong>s por centrifugação <strong>em</strong> gradiente de densi<strong>da</strong>de, técnicadescrita por Boyum (1974). As amostras foram diluí<strong>da</strong>s 1:2 <strong>em</strong> tampão fosfato salina (PBS), aplica<strong>da</strong>scui<strong>da</strong>dosamente sobre o gradiente de Ficoll Hypaque (d=1,077, Amersham-Pharmacia, Uppsala,Suécia), e centrifuga<strong>da</strong>s a 500g por 30 minutos a t<strong>em</strong>peratura ambiente (TA) para obtenção <strong>da</strong>cama<strong>da</strong> de células mononucleares. As células presentes na interfase plasma-Ficoll Hypaque foramcui<strong>da</strong>dosamente coleta<strong>da</strong>s e lava<strong>da</strong>s duas vezes <strong>com</strong> PBS, ressuspensas <strong>em</strong> RPMI 1640 (GIBCO-BRL, Life Technologies, New York, USA) contendo 10% soro bovino fetal (Hyclone, Logan, USA) econta<strong>da</strong>s <strong>em</strong> câmara de Newbauer. Para congelamento, 5x10 6células mononucleares foramressuspensas <strong>em</strong> solução de congelamento gela<strong>da</strong>, constituí<strong>da</strong> de soro bovino fetal (Hyclone, Logan,USA) + 10% de DMSO (Dimetilsulfóxido, Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha) gela<strong>da</strong>. As célulasforam aliquota<strong>da</strong>s <strong>em</strong> tubos de congelamento de 1 ml gelados e coloca<strong>da</strong>s <strong>em</strong> freezer a -20°C por 30minutos, transferi<strong>da</strong>s para freezer -80°C overnight e depois para um tanque de nitrogênio líquido.


Casuística, Materiais e Métodos 38Tabela 1. Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltipla submetidos ao TACTH.PACIENTESEXO/IDADE(ANOS)TIPOEMEDSSPRÉ-TACTHRMN PRÉ-TACTHREGIME CONDICIONAMENTODATATACTHTEMPO PÓS-TACTH(MESES)1. GG M/50 PS 5,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 21.08.02 402. SAF F/48 PS 6,0 Ausência BEAM +ATG cavalo 29.01.03 OB3. SSS M/37 PS 6,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 19.05.03 314. DFG M/51 PS 6,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 16.06.03 305. ARJTA M/51 PS 6,5 Presença BEAM +ATG cavalo 04.10.03 276. SHGE F/42 PS 6,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 19.02.04 227. RMVL F/37 PS 6,0 Ausência BEAM +ATG cavalo 22.03.04 OB8. MFM F/42 PS 7,0 ND BEAM +ATG cavalo 02.06.04 189. WRS M/21 PP 6,5 Presença BEAM +ATG cavalo 22.07.04 1710. OLP M/52 PP 6,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 09.09.04 1511. LST M/28 PS 6,5 Ausência BEAM +ATG cavalo 03.11.04 OB12. SHC M/45 PS 6,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 11.05.05 713. MAFC F/48 SR 4,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 10.06.05 614. RPS M/54 PP 6,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 21.06.05 615. CMBM F/36 PS 6,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 24.08.05 416. LFL F/34 PS 6,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 23.08.05 417. LBSL F/42 PS 6,0 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 20.10.05 218. CC M/50 PS 6,5 Ausência Ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG coelho 04.11.05 1TACTH, Transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas; EM, esclerose múltipla; PS, esclerose múltipla progressivasecundária; PP, esclerose múltipla primária progressiva; SR, esclerose múltipla surto-r<strong>em</strong>issiva; EDSS, Expanded DisabilityStatus Score (Anexo 1); RMN, Ressonância Magnética Nuclear; Ausência, ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de inflamatória porRMN; Presença, presença de lesões de ativi<strong>da</strong>de inflamatória por RMN; BEAM, BCNU, etoposídeo, aracitin, melfalan; ATG,Antithimocyte globulin, G-CFS, Granulocyte-colony stimulating factor; OB, óbito; ND, não determinado. Regime de mobilização:Ciclofosfami<strong>da</strong> (2g/m 2 ) + G-CSF (10 μg/Kg/dia). Regime de condicionamento: BEAM + ATG cavalo (6x 15mg/kg/dia), ouCiclofosfami<strong>da</strong> (4 x 50 mg/Kg/dia) + ATG coelho (4,5 mg).


Casuística, Materiais e Métodos 39Tabela 2. Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 submetidos ao TACTH.PACIENTESEXO/IDADE(ANOS)ANTICORPOANTI-GAD65(UI/ML)DOSE INICIAL DEINSULINA (IU/KG/DIA)DATA TACTHTEMPO PÓS-TACTH (MESES)1. LSM M/24 36,0 0,48 12.01.04 232. ALSR M/27 49,0 0,29 15.03.04 203. WSL M/21 1,1 0,39 03.05.04 194. MGB M/15 22,0 0,36 05.07.04 175. RLFS M/16 51,0 0,52 03.02.05 106. CPS M/14 17,0 0,26 03.05.05 77. TAS F/20 4,0 0,48 25.05.05 78. RAOA M/16 48,0 0,35 12.09.05 39. PMR F/18 102,0 0,42 20.09.05 310. CTO F/17 44,0 0,61 10.10.05 211. VTR M/16 11,0 0,10 22.11.05 1TACTH, Transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. Níveis séricos de anticorpos anti-GADantibodies foram dosados por radioimnunoensaio usando kits <strong>com</strong>erciais (R.S.R. Limited, Cardiff, UK),laboratórios do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> FMRP-USP. Resultados foram considerados positivos se >1U/ml. Regime de Mobilização: Ciclofosfami<strong>da</strong> (2g/m 2 ) + G-CSF (10 μg/Kg/dia). Regime decondicionamento: Ciclofosfami<strong>da</strong> (4X 50 mg/Kg/dia) + ATG coelho (4,5 mg).3.5 Imunofenotipag<strong>em</strong> <strong>da</strong>s subpopulações celulares do sangue periféricoAmostras de 5 ml sangue periférico dos <strong>pacientes</strong> pré ou pós-TACTH foram coleta<strong>da</strong>s napresença de EDTA (8.55 mg/tubo) para a realização de contagens h<strong>em</strong>atológicas eimunofenotipag<strong>em</strong> por citometria de fluxo. As contagens h<strong>em</strong>atológicas foram realiza<strong>da</strong>s <strong>em</strong> contadorde células automático (Coulter, Beckman Coulter Inc., Miami, USA) para obtenção do númeroabsoluto de glóbulos brancos, linfócitos, monócitos e granulócitos.Alíquotas de 100 μl de sangue periférico total foram incuba<strong>da</strong>s por 20 minutos a TA no escuro<strong>com</strong> 5 μl de anticorpos monoclonais ou isotipos controles diretamente conjugados a fluorocromos(isotiocianato de fluoresceína (FITC), ficoeritrina (PE), peridinin chlorophyl protein (PercP) ouficoeritrina-CY5 (PE-CY5)), adquiridos <strong>da</strong> Becton-Dickinson (San Diego, CA, USA) ou Pharmingen(BD Bioscience, San Diego, CA, USA), e previamente titulados. Foram feitas marcações duplas outriplas para a análise <strong>da</strong>s diversas subpopulações linfocitárias. To<strong>da</strong>s as incubações foram realiza<strong>da</strong>sno escuro para evitar per<strong>da</strong> de fluorescência. Em segui<strong>da</strong> as amostras de sangue foram incuba<strong>da</strong>s<strong>com</strong> 1 ml de solução de fixação e lise (FACs lysing solution, Becton-Dickinson, San Diego, CA, USA)por 10 minutos a TA, para fixação <strong>da</strong>s células e lise dos eritrócitos. As células foram centrifuga<strong>da</strong>s por5 minutos a 500 g, lava<strong>da</strong>s duas vezes <strong>com</strong> tampão FACS (PBS, 0.2% de soro bovino fetal, 0.02% de


Casuística, Materiais e Métodos 40azi<strong>da</strong> sódica), ressuspensas <strong>em</strong> 200 μl de tampão FACS e analisa<strong>da</strong>s imediatamente no citômetro defluxo FACSort (Becton-Dickinson, San Diego, CA, USA).As seguintes subpopulações linfocitárias foram analisa<strong>da</strong>s: CD3 +(linfócitos T totais),CD3 + CD4 + (linfócitos T helper ou auxiliares), CD3 + CD8 + (linfócitos T citotóxicos), CD19 + (linfócitos B),CD3 - CD16 + ,56 + (células “natural killer”, NK), CD3 + CD16 + ,56 + (células NKT-like), CD3 + CD69 + ,CD3 + HLADR + e CD3 + CD25 + (marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos T), CD19 + CD38 +(marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos B), CD4 + CD45RA + CD31 + (linfócitos T auxiliares virgens,recém-imigrados do timo), CD4 + (CD8 + )CD27 + CD45RO - (linfócitos T naive), CD4 + (CD8 + )CD27 +CD45RO + (linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central), CD4 + (CD8 + )CD27 - CD45RO + (linfócitos T de m<strong>em</strong>óriaefetora), CD4 + (CD8 + )CD27 - CD45RO -(linfócitos T efetores diferenciados), CD4 + CD25 high (células Treguladoras), CD4 + CD25 high CTLA-4 + (células T reguladoras que expressam CTLA-4 ou CD152),CD4 + CD25 high GITR + (células T reguladoras que expressam GITR), CD3 + TCRαβ + e CD3 + TCRγδ +(expressão de receptor de célula T αβ ou γδ), CD3 + CD4 + Fas + , CD3 + CD8 + Fas + , CD3 + CD19 + Fas + ,CD3 + CD4 + FasL + , CD3 + CD8 + FasL + (expressão de moléculas relaciona<strong>da</strong>s à apoptose, Fas (CD95) eFasL (CD178) <strong>em</strong> linfócitos T e B).Populações de monócitos CD45 + CD14 + e CD14 + CD25 + também foram analisa<strong>da</strong>s paraverificar e excluir contaminação de monócitos na gate de linfócitos. Foram analisa<strong>da</strong>s também duassubpopulações de células dendríticas do sangue periférico, as células dendríticas linfóides (LIN -CD11c - HLADR + ) e células dendríticas mielóides (LIN - CD11c + HLADR + ). LIN (lineage) corresponde auma mistura de anticorpos contra vários antígenos de superfície característicos de algumas linhagenscelulares (os quais são ausentes <strong>em</strong> células dendríticas): CD3, CD19, CD20, CD14, CD45, CD34,CD16, CD56. Controles isotípicos (IgG 1 -FITC, IgG 2a -PE e IgG 1 -PercP) foram incluídos <strong>em</strong> todos osexperimentos para determinação de marcações inespecíficas.Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1),estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho (FSC) e granulari<strong>da</strong>de (SSC). Foram adquiridos20.000 eventos/amostra. As análises foram realiza<strong>da</strong>s utilizando-se o software Cellquest (Becton-Dickinson, San Diego, CA, USA). As células mortas foram excluí<strong>da</strong>s por tamanho e granulari<strong>da</strong>de. Asdiversas subpopulações celulares foram analisa<strong>da</strong>s usando-se dois ou três tipos de fluorocromos. Nocaso de marcações duplas, os eventos <strong>da</strong> gate de linfócitos (R1) foram analisados para marcação<strong>com</strong> os diferentes anticorpos por dot plots de fluorescência 1 (FL1, FITC - isotiocianato de


Casuística, Materiais e Métodos 41fluoresceína) versus fluorescência 2 (FL2, PE - ficoeritrina). Ou então, <strong>em</strong> outro tipo de análise d<strong>em</strong>arcação dupla, foi seleciona<strong>da</strong> uma determina<strong>da</strong> subpopulação por uma gate R2 (por ex<strong>em</strong>plo,FL1), e a marcação de fluorescência 2 (FL2, PE) nessa gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histogramade FL2.No caso de marcações triplas, foram feitos dot plots de FL1 versus FL2, <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> foidesenha<strong>da</strong> uma gate R2 na população duplo-positiva. A marcação de fluorescência 3 (FL3, PercP ouPE-CY5) nessa gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL3. Ou então, <strong>em</strong> outro tipo deanálise de marcações triplas, foi seleciona<strong>da</strong> uma determina<strong>da</strong> subpopulação por uma gate R2 (porex<strong>em</strong>plo, FL1), e foram feitos dot plots de FL1 versus FL2 para análise dos eventos <strong>da</strong> gate R2.Para análise <strong>da</strong>s subpopulações de células dendríticas do sangue periférico, foi feito um dotplot de FL3 versus FL2 (HLADR-Percp versus LIN-FITC), <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> foi desenha<strong>da</strong> uma gate R1 napopulação de células HLADR high LIN - . Em segui<strong>da</strong>, a marcação de fluorescência na gate R1 foianalisa<strong>da</strong> por um dot plot de FL3 versus FL2 (HLADR-Percp versus CD11c-PE). As célulasdendríticas linfóides são LIN - CD11c - HLADR + (gate R3) e as células dendríticas mielóides são LIN -CD11c + HLADR + (gate R2).Os resultados <strong>da</strong>s análises de imunofenotipag<strong>em</strong> foram expressos <strong>em</strong> porcentag<strong>em</strong> de célulaspositivas ou valores absolutos que foram calculados multiplicando-se o valor <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> obti<strong>da</strong>pelo número de linfócitos/μl, que foi determinado pelas contagens h<strong>em</strong>atológicas <strong>da</strong> amostra desangue periférico. Ex<strong>em</strong>plos dessas análises de experimentos de imunonofenotipag<strong>em</strong> por citometriade fluxo encontram-se representa<strong>da</strong>s no Apêndice A.3.6 Detecção de citocinas intracelulares <strong>em</strong> linfócitos T ativadosA produção de citocinas por linfócitos T CD4 (CD3 + CD8 - ) ou CD8 (CD3 + CD8 + ) ativados foidetecta<strong>da</strong> por citometria de fluxo, realizando-se marcação intracelular <strong>da</strong>s citocinas produzi<strong>da</strong>s peloslinfócitos após ativação <strong>com</strong> um estímulo policlonal (Jung et al., 1993; Masher et al., 1999). Apadronização do ensaio (concentração dos reagentes, t<strong>em</strong>po de incubação) foi feita utilizando-secélulas de indivíduos-controle saudáveis. Células mononucleares do sangue periférico foram isola<strong>da</strong>se criopreserva<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o descrito anteriormente. Para o ensaio de produção de citocinas intracelularesas células mononucleares foram descongela<strong>da</strong>s, lava<strong>da</strong>s duas vezes <strong>com</strong> RPMI 1640 (GIBCO-BRL,Life Technologies, New York, USA) contendo 10% de soro bovino fetal (Hyclone, Logan, USA) e


Casuística, Materiais e Métodos 42ressuspensas nesse meio de cultura (2x10 6 células/ml). Em segui<strong>da</strong>, as células foram estimula<strong>da</strong>s<strong>com</strong> 25 ng/ml de PMA (forbol-miristato-acetato; Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha) e 1 μg/ml deIonomicina (Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha), na presença ou não de Brefeldina A (Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha) por 6 horas. A Brefeldina A (10 μg/ml) foi adiciona<strong>da</strong> à cultura nasúltimas 4 horas do ensaio. A Brefeldina A é um metabólito fúngico que interfere <strong>com</strong> o transportevesicular do retículo endoplasmático rugoso para o <strong>com</strong>plexo de Golgi, servindo <strong>com</strong>o um inibidor dotransporte de proteínas, e desse modo promovendo o acúmulo <strong>da</strong>s citocinas sintetiza<strong>da</strong>s de novo no<strong>com</strong>plexo de Golgi.Foram feitos três tipos de amostras: 1, controle não-estimulado (células + Brefeldina A), usadopara determinar o nível de síntese residual de citocinas devido à ativação in vivo; 2, amostraestimula<strong>da</strong> (células + Brefeldina A + PMA + Ionomicina); 3, controle <strong>da</strong> ativação (células + PMA +Ionomicina), usado para determinar o nível de ativação celular por meio <strong>da</strong> expressão do marcador deativação precoce CD69 (Nakamura et al., 1989), cuja expressão de superfície é significant<strong>em</strong>enteinibi<strong>da</strong> na presença de Brefeldina A. O cálculo <strong>da</strong> resposta específica <strong>da</strong>s células ao estímulopoliclonal foi calculado <strong>da</strong> seguinte maneira: (AE - ICAE) - (CNE - ICCNE), onde AE = amostraestimula<strong>da</strong>; ICAE = isotipo controle <strong>da</strong> amostra ativa<strong>da</strong>; CNE = controle não-estimulado; ICCNE =isotipo controle do controle não-estimula<strong>da</strong>.Após incubação de 6 horas <strong>com</strong> os estímulos, as células (0,5x10 6células/amostra) foramincuba<strong>da</strong>s <strong>com</strong> 200 μl de 0.5 M EDTA por 15 minutos a TA, e <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> marca<strong>da</strong>s <strong>com</strong> anticorposmonoclonais, previamente titulados, contra os antígenos de superfície (CD3/CD8 ou CD3/CD69) ouisotipos controles, por 20 minutos a TA. Os anticorpos são diretamente conjugados a fluorocromos, eforam adquiridos <strong>da</strong> Becton-Dickinson (San Diego, CA, USA) ou Pharmingen (BD Biosciences, SanDiego, CA, USA). To<strong>da</strong>s as incubações foram realiza<strong>da</strong>s no escuro para evitar per<strong>da</strong> defluorescência. Após a marcação, as células foram lava<strong>da</strong>s <strong>com</strong> tampão FACS, centrifuga<strong>da</strong>s por 5minutos a 500 g, ressuspensas <strong>em</strong> 1 ml de solução de fixação e lise (FACs lysing solution, BD, SanDiego, CA, USA), incuba<strong>da</strong>s por 10 minutos a TA e congela<strong>da</strong>s a -80°C overnight. Em segui<strong>da</strong>, ascélulas rapi<strong>da</strong>mente descongela<strong>da</strong>s, centrifuga<strong>da</strong>s por 5 minutos a 500g, ressupensas <strong>em</strong> 500 μl desolução de permeabilização (FACS permeabilizing solution, BD, San Diego, CA, USA) e incuba<strong>da</strong>spor 10 minutos a TA. Após lavag<strong>em</strong> <strong>com</strong> tampão FACS, as células foram incuba<strong>da</strong>s <strong>com</strong> anticorposanti-citocinas (IL-2, IFN-γ, TNF-α, IL-4, IL-5 e IL-10) ou isotipos controles intracelulares diretamente


Casuística, Materiais e Métodos 43conjugados a fluorocromos por 30 minutos a TA. As células foram então lava<strong>da</strong>s novamente,ressuspensas <strong>em</strong> 200 μl de tampão FACS e analisa<strong>da</strong>s no citômetro de fluxo FACSort (Becton-Dickinson, San Diego, CA, USA). Controles isotípicos (IgG 1 -FITC, IgG 2a -PE e IgG 1 -Percp) foramincluídos <strong>em</strong> todos os experimentos para determinação de marcação inespecífica.Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1),estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC). Foramadquiridos 20.000 eventos/amostra. As análises foram realiza<strong>da</strong>s utilizando-se o software Cellquest(Becton-Dickinson, San Diego, CA, USA). Os eventos <strong>da</strong> gate de linfócitos (R1) foram analisados pordot plots de fluorescência 1 (FL1, anti-CD8-FITC) versus fluorescência 3 (FL3, anti-CD3-PercP). Emsegui<strong>da</strong>, foram desenha<strong>da</strong>s uma gate R2 na população duplo-positiva (CD3 + CD8 + , de linfócitos TCD8 + ) e uma gate R3 na população CD3 + CD8 - (que contém linfócitos T CD4 + <strong>em</strong> sua grand<strong>em</strong>aioria). Esse tipo de marcação foi escolhido pois a expressão <strong>da</strong> molécula CD4 é drasticamentediminuí<strong>da</strong> <strong>em</strong> linfócitos ativados <strong>com</strong> PMA e ionomicina. A expressão de CD8 também diminui, noentanto <strong>em</strong> proporções b<strong>em</strong> menores. A marcação de fluorescência 2 (FL2, anti-citocinas-PE) na gateR2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL2. Ex<strong>em</strong>plos dessas análises de experimentos decitocinas intracelulares por citometria de fluxo encontram-se representa<strong>da</strong>s no Apêndice B.3.7 Extração de RNA pelo método de TrizolA extração do RNA <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico foi realiza<strong>da</strong> pelo métododescrito por Chomzynski et al. (1987), o qual utiliza solução de Trizol (GIBCO BRL Life Technologies,Grand Island, NY, USA) para isolamento de RNA total. Trizol é uma solução monofásica de fenol eisotiocianato de guanidina que rompe a célula mantendo a integri<strong>da</strong>de do RNA. Partindo de umasuspensão de aproxima<strong>da</strong>mente de 5x10 6 células mononucleares resuspensas <strong>em</strong> 200 μl de soluçãofisiológica previamente trata<strong>da</strong> <strong>com</strong> DEPC (Dietilpirocarbonato; Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha),adicionou-se 1ml de Trizol. Esta solução foi homogeneiza<strong>da</strong> e então incuba<strong>da</strong> por 5 minutos at<strong>em</strong>peratura ambiente, para permitir <strong>com</strong>pleta dissociação de <strong>com</strong>plexos de nucleoproteínas. Emsegui<strong>da</strong> adicionou-se 0,2 ml de clorofórmio para ca<strong>da</strong> ml de trizol, seguido de agitação vigorosa poraproxima<strong>da</strong>mente 15 segundos. O material foi posteriormente incubado por 2 a 3 minutos àt<strong>em</strong>peratura ambiente e centrifugado por 15 minutos a 1120 g a 4 o C.


Casuística, Materiais e Métodos 44Após esta centrifugação ocorre a separação <strong>da</strong> solução <strong>em</strong> três fases (aquosa, interface eorgânica). A fase aquosa foi transferi<strong>da</strong> para um novo tubo contendo 0,5 ml de álcool isopropílicopara ca<strong>da</strong> ml de trizol, para a precipitação do RNA. Este tubo foi homogeneizado por inversão,seguido de incubação por 10 minutos ou overnight a -80°C e então centrifugado novamente a 1120 gpor 15 minutos a 4 o C. O sobrena<strong>da</strong>nte foi r<strong>em</strong>ovido e o “pellet” de RNA lavado <strong>com</strong> etanol 75%diluído <strong>em</strong> água DEPC seguido de centrifugação a 640 g por 5 minutos a 4 o C. O RNA assim obtido foideixado secar por 5 minutos para evaporação do etanol e então ressuspendido <strong>em</strong> 10μl de águaDEPC. Este material foi mantido a -80 o C até o momento <strong>da</strong> transcrição. Após extração, o RNA obtidofoi quantificado através de leitura <strong>em</strong> espectrofotômetro (Beckman, DU530, Fullerton, CA, USA) nos<strong>com</strong>primentos de on<strong>da</strong> (λ) de 260 e 280 nm. O grau de pureza <strong>da</strong> amostra foi verificado através <strong>da</strong>análise <strong>da</strong> relação entre 260 e 280nm, sendo considera<strong>da</strong> uma boa extração aquela que apresentouvalores entre 1,8 a 2,0. Para o cálculo <strong>da</strong> concentração <strong>da</strong> amostra considerou-se que a densi<strong>da</strong>deótica (DO) igual a 1 corresponde a 40 μg de RNA /ml no <strong>com</strong>primento de on<strong>da</strong> de 260 nm.3.7.1 Eletroforese de amostras de RNA <strong>em</strong> gel de agarose sob condiçõesdesnaturantesApós a quantificação <strong>da</strong>s amostras de RNA foi preparado um o gel sob condiçõesdesnaturantes para visualização <strong>da</strong> integri<strong>da</strong>de do RNA. Um volume total de 70 ml de agarosefundi<strong>da</strong> foi misturado a 20 ml de formaldeído 37% e 22 ml de tampão de migração MOPS 5X (20,6gde MOPS dissolvidos <strong>em</strong> 800 mL de acetato de sódio 50mM, pH 7,0 ajustado <strong>com</strong> NaOH 2N eadicionado 10 ml de EDTA 0,5M pH 8,0; volume final ajustado para 1000 ml). Durante o t<strong>em</strong>po desolidificação do gel, as amostras de RNA (4,5 μl de solução de RNA, <strong>com</strong> cerca de 3 μg RNA) foramdesnatura<strong>da</strong>s <strong>em</strong> 2,0 μl de tampão MOPS 5X, 3,5 μl de formaldeído 37% (Merck, Al<strong>em</strong>anha) e 10,0 μlde formami<strong>da</strong>, por 15 minutos a 65°C. Após esse t<strong>em</strong>po, as amostras foram coloca<strong>da</strong>simediatamente no gelo, sendo adicionados 1,0 μl de brometo de etídeo diluído 3:1 (solução estoque10mg/mL) e 2,0 μl de dye loading solution (1/10 do volume). Após eletroforese a 80 V durante 90minutos, as ban<strong>da</strong>s de RNA foram visualiza<strong>da</strong>s <strong>em</strong> transiluminador UV.


Casuística, Materiais e Métodos 453.8 Transcrição reversaApós constatação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de e pureza do RNA, a transcrição reversa do RNA para cDNA foirealiza<strong>da</strong> utilizando um kit <strong>com</strong>ercial (Superscript III First Strand Synthesis Syst<strong>em</strong> for RT-PCR,Invitrogen, Carlsbad, CA, USA). Foram adicionados num tubo de 0,2 ml: 2μg de RNA total (<strong>em</strong> 2μl),1μl de oligo(dT) 20 (50 μM/μl), 1μl 10 mM dNTP mix e água DEPC q.s.p. 8 μl. Esta mistura foi incuba<strong>da</strong>a 65 o C por 5 minutos <strong>em</strong> termociclador para r<strong>em</strong>oção de estruturas secundárias, e então coloca<strong>da</strong><strong>em</strong> gelo por pelo menos 1 minuto. Em segui<strong>da</strong> foi prepara<strong>da</strong> a mistura de síntese de cDNA: 2 μltampão para PCR 10X (200 mM Tris-HCl pH 8.4, 500 mM KCl), 4 μl 25 mM MgCl 2 , 2 μl 0,1 M DTT,1μl RNaseOUT TM (40U/μL), e 1 μl <strong>da</strong> enzima transcriptase reversa SuperScript III RT (200 U/μl).Foram adicionados 10 μl dessa mistura de síntese à mistura de RNA/primer. Os <strong>com</strong>ponentes <strong>da</strong>reação foram gentilmente misturados e centrifugados brev<strong>em</strong>ente, incubados por 50 minutos a 50°Ce a reação foi termina<strong>da</strong> a 85°C por 5 minutos e coloca<strong>da</strong> <strong>em</strong> gelo. Em segui<strong>da</strong>, o tubo de reação foicentrifugado brev<strong>em</strong>ente e incubado por 20 min <strong>com</strong> 1 μl de RNase H, e o cDNA foi estocado a -20 o C.3.8.1 Vali<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> transcriçãoO gene <strong>da</strong> β-actina t<strong>em</strong> sido <strong>com</strong>umente utilizado <strong>com</strong>o controle <strong>da</strong> reação de transcrição doRNA <strong>em</strong> cDNA. Para esta reação foram utilizados 2 μl do cDNA transcrito, 2,5 μl de tampão paraPCR 10X, 1,0 μl de 1,5 mM MgCl 2 , 3 μl de 10 mM dNTP mix, 1 μl de ca<strong>da</strong> primer (10 μM), 0,3 μl deTaq polimerase (5 uni<strong>da</strong>des/μl) e água DEPC q.s.p. 25μl. Os reagentes foram misturados ecentrifugados brev<strong>em</strong>ente, colocados <strong>em</strong> termociclador pré-aquecido a 94 o C, e submetidos a umpasso de desnaturação inicial por 2 minutos a 94 o C, seguido por 30 ciclos de PCR (desnaturação a94 o C por 40 segundos, anelamento a 55 o C por 1 minuto e extensão a 72 o C por 1 minuto,<strong>com</strong>pletados por uma extensão final de 10 minutos a 72 o C). Em segui<strong>da</strong>, o produto <strong>da</strong> reação foimantido a 4°C e carregado <strong>em</strong> gel de agarose 1,5% corado <strong>com</strong> brometo de etídeo (0,5μg/ml) esubmetido à corri<strong>da</strong> eletroforética a 100 V durante 30 minutos. O tamanho esperado do produto dePCR é de 353 pb.


Casuística, Materiais e Métodos 463.9 Método de TCRBV CDR3 SpectratypingEste método permite analisar a diversi<strong>da</strong>de do repertório de linfócitos T e detectar depopulações celulares <strong>em</strong> expansão clonais (Pannetier et al., 1993; Pannetier et al.,1995). Esta técnicaé inicia<strong>da</strong> por uma amplificação por PCR dos segmentos Vβ-Cβ do TCR utilizando primersespecíficos para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s famílias Vβ. O produto desta reação é submetido à outra amplificaçãopor PCR que inclui um primer adicional marcado <strong>com</strong> fluorocromo. Nesta reação amplifica-se osegmento gênico que contém a região CDR3 (do inglês Compl<strong>em</strong>entarity-Determining Regions) doTCR, uma vez que esta região está localiza<strong>da</strong> entre os segmentos V-D-J. Em segui<strong>da</strong>, estessegmentos amplificados por PCR são separados <strong>em</strong> gel de seqüenciamento e, <strong>com</strong> o auxílio de umseqüenciador automático e do software Gene Mapper TM (Applied Biosyst<strong>em</strong>), é possível calcular otamanho (<strong>em</strong> pares de bases) dos diferentes segmentos (picos) de CDR3, o número de picos deCDR3, estimar a freqüência de ca<strong>da</strong> família Vβ no repertório do TCR, e analisar a clonali<strong>da</strong>de edistribuição (gaussiana ou não-gaussiana) dos picos na região CDR3. Um esqu<strong>em</strong>a do método deTCRBV CDR3 Spectratyping é mostrado na Figura C.1 (Apêndice C).3.9.1 Reação de PCR (Vβ-Cβ) para determinação <strong>da</strong>s famílias Vβ do Receptor deCélulas (TCR)Esta reação de PCR possibilita a amplificação do segmento gênico Vβ-Cβ do TCR. Para umvolume final de reação de 50μl, foram utilizados 4% de cDNA transcrito, tampão 10X (500mM KCl e100mM Tris-HCl), 2mM MgCl 2 , 200μM dNTP, 0,5μM do primer CB e 0,5μM do primer Vβ específico,1 U Taq polimerase e água qsp 50μl. Esta reação foi processa<strong>da</strong> <strong>em</strong> termociclador por 1 minuto e 30segundos a 94 o C, seguidos de 40 ciclos de 30 segundos a 94 o C, 45 segundos a 60 o C, 45 segundosa 72 o C, <strong>com</strong>pletados <strong>com</strong> uma extensão final de 4 minutos a 72 o C. A Tabela 3 mostra a seqüênciados primers utilizados para a amplificação <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o o tamanho esperado doproduto de PCR. O produto de amplificação foi carregado <strong>em</strong> gel de agarose 1,5% corado <strong>com</strong>brometo de etídeo (0,5μg/ml) e submetido à corri<strong>da</strong> eletroforética de 100 V por 1 h 30 min.


Casuística, Materiais e Métodos 473.9.2 Reação de elongação Vβ-Cβ (Run-off)Inicialmente, foi realiza<strong>da</strong> uma reação de PCR amplificando o segmento gênico Vβ-Cβ do TCRconforme protocolo descrito acima e o produto de PCR assim gerado foi utilizado para a reação deelongação. Esta reação foi realiza<strong>da</strong> utilizando primer Cβ interno marcado <strong>com</strong> fluorocromo (FAM) [5´CAC AGC GAC CTC GGG TGG G 3´]. Para a reação de elongação utilizou-se tampão 10x contendo500mM KCl e 100mM Tris-HCl, 3mM MgCl 2 , 200μM dNTP, 0,5μM primer CB marcado, 0,2U Taqpolimerase e água qsp 8μL, seguido <strong>da</strong> adição separa<strong>da</strong>mente de 2μL do produto de PCR de ca<strong>da</strong>uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ. Esta reação foi então processa<strong>da</strong> <strong>em</strong> termociclador por 1 minuto e 30segundos a 94 o C, seguidos de 8 ciclos de 30 segundos a 94 o C, 45 segundos a 60 o C, 45 segundos a72 o C, <strong>com</strong>pletados <strong>com</strong> uma extensão final de 45 minutos a 72 o C.3.9.3 Preparo do gel de seqüenciamentoA análise do tamanho (pares de bases) dos diferentes segmentos (picos) de CDR3amplificados pelas reações de PCR foi realiza<strong>da</strong> <strong>em</strong> gel de seqüenciamento (6% de poliacrilami<strong>da</strong>, 8M de uréia e 1x tampão Tris-Borato-EDTA (TBE)). As placas de vidro foram lava<strong>da</strong>s <strong>com</strong> detergentenão abrasivo e enxagua<strong>da</strong>s <strong>com</strong> água corrente e depois <strong>com</strong> água destila<strong>da</strong>. Antes do acoplamento<strong>da</strong>s placas no suporte de migração, as mesmas foram limpas novamente <strong>com</strong> água destila<strong>da</strong> quentepara <strong>com</strong>pleta r<strong>em</strong>oção de resíduos. Para uma solução de 50 ml de gel foram pesados 18g de uréia e1,3 a 1,4g <strong>da</strong> resina Amberlite (Sigma-Aldrich, Steinhein, Al<strong>em</strong>anha), acrescidos de 24,5 ml de águadestila<strong>da</strong> e 5,2 ml de solução 40% de acrilami<strong>da</strong>/bis-acrilami<strong>da</strong> 19/1 (BioRad, Hercules, CA, USA).Esta solução foi coloca<strong>da</strong> <strong>em</strong> agitação leve até dissolução <strong>com</strong>pleta <strong>da</strong> uréia. Em segui<strong>da</strong>, estasolução foi filtra<strong>da</strong> <strong>em</strong> filtro de 0,22 μm contendo <strong>em</strong> sua parte inferior 5 ml de tampão Tris-Borato-EDTA (TBE 10x). O volume <strong>da</strong> solução foi <strong>com</strong>pletado para 50 ml <strong>com</strong> água destila<strong>da</strong>. Por último,acrescentou-se 250 μl de solução de persulfato de amônia 10% e 35μl de TEMED (Amresco, Solon,Ohio, USA) e homogeneizou-se lentamente. Com o auxílio de uma seringa, o gel foi carregado nasplacas de vidro e utilizado após <strong>com</strong>pleta polimerização (aproxima<strong>da</strong>mente 1h).


Casuística, Materiais e Métodos 48Tabela 3. Seqüência dos primers utilizados na amplificação <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCRFAMÍLIAVBSEQÜÊNCIAS DOS PRIMERSVB-CB(PARES DEBASES)ESPECIFICIDADES AMPLIFICADASVB1 5’ CCGCACAACAGTTCCCTGACTTGC 3’ 322 VB1S1VB2 5’ GGCCACATACGAGCAAGGCGTCGA 3’ 360 VB2S1, S2VB3 5’ CGCTTCTCCCTGGATTCTGGAGTCC 3’ 299 VB3S1VB4 5’ TTCCCATCAGCCGCCCAAACCTAA 3’ 325 VB4S1VB5 5’ AAGCTCTGAGCTGAATGTGAACGCC 3’ 299 VB5S1, S2, S3, S5, S6, S7, S8VB6 5’ CTCTGAAGATCCAGCGCACAGAGC 3’ 292 VB6S1, S3, S4, S5, S7, S11, S14VB7 5’ CCTGAATGCCCCAACAGCTCTCTC 3’ 320 VB7S1, S2, S3VB8 5’ CCATGATGCGGGGACTGGAGTTGC 3’ 406 VB8S1, S2, S3VB9 5’ TTCCCTGGAGCTTGGTGACTCTGC 3’ 279 VB9S1, S2VB10 5’ CCACGGAGTCAGGGGACACAGCAC 3' 277 VB10S1VB11 5’ TGCCAGGCCCTCACATACCTCTCA 3’ 276 VB11S1VB12 5’ TGTCACCAGACTGGGAACCACCAC 3’ 449 VB12S2, S3, S4VB13 5’ CACTGCGGTGTACCCAGGATATGA 3’ 456 VB13S1, S2, S3, S4, S6, S7, S8, S9VB14 5’ GGGCTCGGCTTAAGGCAGACCTAC 3’ 398 VB14S1VB15 5’ CAGGCACAGGCTAAATTCTCCCTG 3’ 311 VB15S1VB16 5’ GCCTGCAGAACTGGAGGATTCTGG 3’ 279 VB16S1VB17 5’ TCCTCTCACTGTGACATCGGCCCA 3’ 295 VB17S1VB18 5’ CTGCTGAATTTCCCAAAGAGGGCC 3’ 322 VB18S1VB19 5’ TCTCAATGCCCCAAGAACGCACCC 3’ 320 VB19S1VB20 5’ TGCCCCAGAATCTCTCAGCCTCCA 3’ 337 VB20S1VB21 5’ TCCAGCCTGCAAAGCTTGAGGACT 3’ 283 VB21S1, S3, S4VB22 5’ GATCCGGTCCACAAAGCTGG 3’ 287 VB22S1VB23 5’ TGAACTGAACATGAGCTCCTTGG 3’ 295 VB23S1VB24 5’ GACATCCGCTCACCAGGCCTG 3’ 288 VB24S1CB 5’ CGGGCTGCTCCTTGAGGGGCTGCG 5’3.9.4 Preparo <strong>da</strong>s amostras e aplicação no gel de seqüenciamentoO produto de PCR <strong>da</strong> reação de run-off foi diluído (1:10) <strong>em</strong> água. Em segui<strong>da</strong> 2μl destadiluição, acrescidos de 1μl de marcador de peso molecular (Gene Scan - 500 Rox stan<strong>da</strong>rd,Applied Biosyst<strong>em</strong>s) e 2μl de tampão para carregar amostra (loading buffer - formami<strong>da</strong>, acresci<strong>da</strong> deblue dextan, 50 mg/ml e EDTA, 25 mM na proporção 5:1). Esta solução foi coloca<strong>da</strong> <strong>em</strong> termociclador


Casuística, Materiais e Métodos 49a 95 0 C por 2 minutos para <strong>com</strong>pleta desnaturação do produto de PCR. As amostras foram manti<strong>da</strong>s<strong>em</strong> gelo até o momento <strong>da</strong> aplicação no gel de seqüenciamento, no qual foram carregados 5μl deamostra/poço. Os produtos de PCR <strong>da</strong> reação de run-off foram submetidos à corri<strong>da</strong> eletroforética por2 h 30 min <strong>em</strong> um seqüenciador de DNA automático (ABI 377 Prism DNA Sequencer, AppliedBiosyst<strong>em</strong>, Foster City, CA, USA).3.9.5 Perfil <strong>da</strong> região CDR3 do RTC, cálculo do tamanho <strong>da</strong> região CDR3 do RTC e <strong>da</strong>freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ, pelo método de TCRBV CDR3 SpectratypingConsiderando que a região CDR3 está <strong>com</strong>preendi<strong>da</strong> entre os resíduos de aminoácidos 95-106 <strong>da</strong> cadeia variável β do TCR (Pannetier et al., 1993; Pannetier et al., 1995) e que a posição dosprimers VB e CB utilizados são fixas, o tamanho observado para o produto de PCR VB-CB marcadodepende do tamanho <strong>da</strong> junção V(D)J de ca<strong>da</strong> TCR específico. O tamanho (<strong>em</strong> pares de bases) dosegmento CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos para ca<strong>da</strong> família Vβ foi estimado previamente(Pannetier et al., 1993; Pannetier et al., 1995), <strong>com</strong>o mostrado na Tabela 4.Estes valores são utilizados para o cálculo de ca<strong>da</strong> segmento de CDR3 pelo software GeneMapper (Applied Biosyst<strong>em</strong>, Foster City, CA, USA), sendo <strong>com</strong>parados <strong>com</strong> um marcador de pesomolecular conhecido (Gene Scan - 500 Rox stan<strong>da</strong>rd, Applied Biosyst<strong>em</strong>s, Foster City, CA, USA)que é carregado juntamente <strong>com</strong> as amostras a ser<strong>em</strong> analisa<strong>da</strong>s na corri<strong>da</strong> eletroforética. Est<strong>em</strong>arcador de peso molecular é conjugado <strong>com</strong> o fluorocromo denominado “Rox”, diferente dofluorocromo denominado “Fam” utilizado na reação de run-off para os segmentos VB-CB. Istopossibilita a discriminação de diferentes tamanhos (<strong>em</strong> pares de bases) detectados pelos raios lasers<strong>em</strong>itidos pelo seqüenciador automático. Como mencionado anteriormente, o pico correspondente a10 resíduos de aminoácidos é definido por um número de pares de bases conhecido. Assim, <strong>com</strong>oca<strong>da</strong> 3 pares de base correspond<strong>em</strong> a 1 resíduo de aminoácido, é possível portanto definir o númerode aminoácidos de ca<strong>da</strong> segmento de CDR3 para uma determina<strong>da</strong> família Vβ. No entanto, adefinição exata do tamanho e seqüência dos segmentos de CDR3 é possível somente após oseqüenciamento desta região.A distribuição dos segmentos de CDR3 pode apresentar um perfil policlonal normal <strong>com</strong>distribuição <strong>com</strong>o uma Curva de Gauss, <strong>com</strong> segmentos variando de 4 a 16 resíduos de aminoácidos,sendo os tamanhos de 8 a 10 resíduos de aminoácidos os mais freqüentes. Ou ain<strong>da</strong>, pode


Casuística, Materiais e Métodos 50apresentar um perfil policlonal anormal, diferente de uma distribuição de Gauss, podendo chegar aum perfil oligoclonal (<strong>com</strong> poucos picos de CDR3) ou monoclonal (pico de CDR3 únicocorrespondente a uma população de células T <strong>em</strong> expansão clonal).Tabela 4. Tamanho esperado do produto de PCR <strong>da</strong> amplificação VB-CB (<strong>em</strong> pares de bases) para o segmento CDR3 de 10 aminoácidosFAMÍLIA VBTAMANHO PRODUTO(PARES DE BASES)FAMÍLIA VBTAMANHO PRODUTO(PARES DE BASES)VB1 189 VB13 323VB2 227 VB14 265VB3 166 VB15 178VB4 192 VB16 146VB5 166 VB17 161VB6 159 VB18 189VB7 187 VB19 187VB8 273 VB20 204VB9 146 VB21 150VB10 144 VB22 153VB11 143 VB23 161VB12 316 VB24 154A Figura C.2 (Apêndice C) mostra ex<strong>em</strong>plo de imag<strong>em</strong> gera<strong>da</strong> após a corri<strong>da</strong> eletroforéticados produtos de PCR obtidos após a reação de elongação (run-off) num gel de seqüenciamento.Essa imag<strong>em</strong> foi analisa<strong>da</strong> pelo software Gene Mapper (Applied Biosyst<strong>em</strong>, Foster City, CA, USA),gerando os gráficos de distribuição dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3. (Apêndices I-M: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito; Apêndices N-U: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla; Apêndices V: indivíduos-controlesaudáveis). Os gráficos (ou espectros) representam a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>desarbitrárias <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3 <strong>em</strong> pares de bases. A análise forneci<strong>da</strong> pelosoftware inclui o tamanho do pico (expresso <strong>em</strong> pares de bases), e a altura e área de ca<strong>da</strong> pico.Foram considerados positivos os picos <strong>com</strong> área de intensi<strong>da</strong>de de fluorescência ≥500 uni<strong>da</strong>desarbitrárias. Nos gráficos, os picos destacados <strong>em</strong> azul correspond<strong>em</strong> ao segmento de CDR3 <strong>com</strong> 10resíduos de aminoácidos. A partir desses gráficos, foi calcula<strong>da</strong> a freqüência de ca<strong>da</strong> pico de CDR3de ca<strong>da</strong> família Vβ e a freqüência total de ca<strong>da</strong> família Vβ para uma determina<strong>da</strong> amostra, a partir dovalor <strong>da</strong> área dos picos de fluorescência, segundo as seguintes fórmulas: % VBn = (área pico VBn/ Σárea todos VB) X 100, % VB total = (Σ área todos picos VB/ Σ área todos VB) X 100, respectivamente.


Casuística, Materiais e Métodos 51Em nosso trabalho, a diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR foi analisa<strong>da</strong> <strong>com</strong> base no<strong>com</strong>plexity score descrito por Wu et al. (2000). O <strong>com</strong>plexity score é um sist<strong>em</strong>a de pontuação quequantifica as mu<strong>da</strong>nças no repertório Vβ do TCR ao longo do t<strong>em</strong>po.De acordo <strong>com</strong> esse sist<strong>em</strong>a, primeiramente a <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong>de dentro de ca<strong>da</strong> família Vβ édetermina<strong>da</strong> pela contag<strong>em</strong> do número de picos. Então as famílias são classifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong> umapontuação de 0 a 8, basea<strong>da</strong> no grau de <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong>de (ou diversi<strong>da</strong>de). A <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong>de normal écaracteriza<strong>da</strong> por uma distribuição gaussiana dos diferentes tamanhos de transcritos para umadetermina<strong>da</strong> família, e pela quanti<strong>da</strong>de de 8-10 picos para ca<strong>da</strong> família Vβ. A pontuação 0 é <strong>da</strong><strong>da</strong> sea família é ausente, a pontuação 1 é atribuí<strong>da</strong> se a família Vβ apresentar somente um único pi<strong>com</strong>onoclonal, a pontuação 2 é <strong>da</strong><strong>da</strong> se a família apresentar um perfil biclonal, a pontuação 3 é <strong>da</strong><strong>da</strong> sea família apresentar 3 picos, e assim por diante. Finalmente, a pontuação 8 é atribuí<strong>da</strong> a umspectratype de 8 picos ou mais, <strong>com</strong> uma aparência diversa, <strong>com</strong>plexa e policlonal. Assim, o<strong>com</strong>plexity score geral é calculado pela soma dos <strong>com</strong>plexity scores de ca<strong>da</strong> família Vβ. No nossotrabalho, o <strong>com</strong>plexity score máximo é de 192 (8 X 24 famílias Vβ).3.10 Análise <strong>da</strong> expressão de Foxp3 por Real Time RT- PCRA análise <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 nas células mononucleares do sangue periférico dos<strong>pacientes</strong>, antes e após o transplante, foi feita por Real Time RT-PCR. As reações foram realiza<strong>da</strong>s<strong>em</strong> placas de 96 poços, utilizando os reagentes SYBR-Green PCR Master Mix (Applied Biosyst<strong>em</strong>s,Foster City, CA, USA) e o equipamento 7500 Real Time PCR syst<strong>em</strong> (Applied Biosyst<strong>em</strong>s, FosterCity, CA, USA). O RNA foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares dos <strong>pacientes</strong> pelo método de Trizol eo cDNA foi sintetizado e vali<strong>da</strong>do para a amplificação do gene <strong>da</strong> β-actina. O gene endógeno GAPDH(Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase) foi utilizado <strong>com</strong>o gene de referência para normalizaras reações de PCR para a quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de de RNA total usa<strong>da</strong> nas reações de transcriçãoreversa.A determinação <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de de fluorescência na reação foi feita pelo cálculo do ΔRn (ΔRn =Rn + - Rn - ), onde Rn + = intensi<strong>da</strong>de de <strong>em</strong>issão do SYBR-Green intensi<strong>da</strong>de de <strong>em</strong>issão do ROX <strong>em</strong>um <strong>da</strong>do momento <strong>da</strong> reação, e Rn - = intensi<strong>da</strong>de de <strong>em</strong>issão do SYBR-Green intensi<strong>da</strong>de de<strong>em</strong>issão do ROX, antes <strong>da</strong> amplificação. O <strong>com</strong>posto ROX é utilizado <strong>com</strong>o controle interno passivo,pois a fluorescência que <strong>em</strong>ite t<strong>em</strong> intensi<strong>da</strong>de constante durante to<strong>da</strong> a reação, enquanto que o a


Casuística, Materiais e Métodos 52fluorescência <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> pelo SYBR-Green aumenta à medi<strong>da</strong> que este se liga nas duplas fitas de DNA.Durante os ciclos iniciais <strong>da</strong> reação, não há acúmulo de produtos de amplificação e os valores de ΔRnpermanec<strong>em</strong> na linha de base (fluorescência do ROX > SYBR-Green). Na fase logarítmica <strong>da</strong> reaçãoocorre acúmulo dos produtos de amplificação e a ΔRn ultrapassa a linha de base. Para aquantificação relativa, após a reação foi estabelecido um valor de ΔRn, que é uma linha de corte(threshold) para ca<strong>da</strong> curva de amplificação de um <strong>da</strong>do par de primers, defini<strong>da</strong> acima <strong>da</strong>fluorescência inespecífica. O número do ciclo <strong>em</strong> que a ΔRn <strong>da</strong> amostra cruza o thresholdcorresponde ao Ct (cycle threshold) <strong>da</strong> amostra. O valor de Ct é preditivo <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de RNAmalvo presente na amostra.Os primers utilizados nas reações de amplificação foram desenhados pelo programa PrimerExpress (Applied Biosyst<strong>em</strong>s, EUA). Na padronização <strong>da</strong>s reações de real time RT-PCR, os cDNAs eprimers foram titulados e foi calcula<strong>da</strong> a eficiência <strong>da</strong> amplificação para o gene endógeno (GAPDH) epara gene alvo (Foxp3). Os pares de primers utilizados foram: GAPDH (5’-TGG TCT CCT CTG ACTTCA-3’, 5’-AGC CAA ATT CGT TGT CAT-3’); Foxp3 (5’-GAG AAG GGC AGG GCA CAA T-3’, 5’-GTGCCA TGC AGG CCC ACC-3’). O produto de amplificação do gene GAPDH é 117 bp e do gene Foxp3de 101 bp. Os primers foram usados na concentração final de 200 nM. As reações foram prepara<strong>da</strong>s<strong>em</strong> triplicatas num volume final de 10 μl. A reação de real time RT-PCR foi inicia<strong>da</strong> a 95ºC por 10minutos, segui<strong>da</strong> de 40 ciclos de 15 segundos a 95ºC e 1 minuto a 60ºC, de acordo <strong>com</strong> o manual deinstruções do fabricante ABI PRISM 7500. O máximo coeficiente de variação permitido entre astriplicatas foi de 1%, caso contrário o experimento foi repetido.A especifici<strong>da</strong>de dos primers foi avalia<strong>da</strong> pela curva de dissociação dos produtos de PCR, quepode detectar amplificações inespecíficas, incluindo primer-dimers (Apêndice H). Para isso, após areação, a placa foi submeti<strong>da</strong> a um segundo programa: 95°C por 1 minuto, 60°C por 1 minuto e 95°Cpor 1 minuto. A curva de dissociação consiste na monitorização <strong>da</strong> fluorescência <strong>da</strong>s amostras <strong>em</strong>relação ao aumento de t<strong>em</strong>peratura. A fluorescência <strong>da</strong>s amostras decresce <strong>com</strong> o aumento <strong>da</strong>t<strong>em</strong>peratura, pois à medi<strong>da</strong> que as pontes de hidrogênio, que mantém as duplas fitas uni<strong>da</strong>s seromp<strong>em</strong> (devido ao aumento de t<strong>em</strong>peratura), o SYBR-Green é liberado. A fluorescência é <strong>em</strong>iti<strong>da</strong>somente quando o DNA está <strong>em</strong> dupla fita. Assim, quando observamos somente um pico defluorescência <strong>em</strong> uma <strong>da</strong><strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura significa que houve amplificação de um produto específico.Esta t<strong>em</strong>peratura é a t<strong>em</strong>peratura de anelamento ou melting point (Tm) do produto de amplificação.


Casuística, Materiais e Métodos 53A normalização e quantificação relativa <strong>da</strong> expressão gênica foram realiza<strong>da</strong>s pelo método de2 -ΔΔC T (Livak et al., 2001), onde C T = threshold cicle (ciclo <strong>da</strong> reação <strong>em</strong> que a fluorescência <strong>da</strong>amostras excede o threshold), e ΔΔC T = (C T, alvo - C T, endógeno ) pós-transplante - (C T, alvo - C T, endógeno ) prétransplante.Usando o método de 2 -ΔΔC T, os <strong>da</strong>dos são representados <strong>com</strong>o diferença (<strong>em</strong> vezes) naexpressão gênica, que foi normaliza<strong>da</strong> para um gene endógeno de referência e é relativa a umcontrole ou calibrador. Em nossos experimentos, o calibrador usado foi o valor basal ou prétransplante.Para o calibrador, o ΔΔC T é igual a zero e 2 0 é igual a um, assim mu<strong>da</strong>nça na expressãogênica relativa ao período pré-transplante é igual a um. Para os períodos pós-transplante, o valor de2 -ΔΔC T indica a diferença (<strong>em</strong> vezes) na expressão gênica relativa ao período pré-transplante.O método 2 -ΔΔCt para cálculo <strong>da</strong> expressão gênica assume que a eficiência de amplificação dogene alvo e do gene de referência é igual a 2, ou seja, 100%. Para o cálculo <strong>da</strong> eficiência foi utiliza<strong>da</strong>a equação E = 10 (-1/slope) , onde E corresponde à eficiência e slope corresponde ao coeficiente deangulação <strong>da</strong> curva (Bustin, 2000; Pfaffl, 2001). Para ca<strong>da</strong> gene estu<strong>da</strong>do foi realiza<strong>da</strong> uma reação<strong>com</strong> diluições seria<strong>da</strong>s de amostra de cDNA (1/5 a 1/1250) e o primers de interesse. Os valores de Ctobtidos foram plotados <strong>em</strong> gráfico para cálculo do slope e <strong>da</strong> eficiência. A eficiência de amplificaçãodo gene GAPDH foi igual a 2,07 e do gene Foxp3 foi igual a 2,05. A correlação entre a eficiência <strong>da</strong>samplificações foi de 0,998. O Apêndice H mostra as curvas de amplificação, as curvas dedissociação, as curvas de amplificação <strong>com</strong> o threshold e o cálculo <strong>da</strong> eficiência de amplificação dosgenes estu<strong>da</strong>dos.3.11 Análise estatísticaA significância estatística <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças <strong>imunológica</strong>s foi avalia<strong>da</strong> longitudinalmente pormodelos de efeitos mistos. Os modelos lineares de efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos) sãoutilizados na análise de <strong>da</strong>dos onde as respostas de um mesmo indivíduo estão agrupa<strong>da</strong>s e asuposição de independência entre observações num mesmo grupo não é adequa<strong>da</strong> (Schall et al.,1991). Foi utilizado o procedimento PROC MIXED do software SAS (SAS/STAT® User’s Guide,Version 8.02, SAS Institute Inc., 1999, Cary, Carolina do Norte, EUA). Os box-plots foram preparadosutilizando o software estatístico MINITAB ® Release 14 (Minitab Inc., USA). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixasindicam o primeiro e terceiro quartis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro<strong>da</strong>s caixas a média, e as barras se estend<strong>em</strong> do valor máximo ao mínimo. Os valores "máximos" e


Casuística, Materiais e Métodos 54"mínimos" são calculados, respectivamente, pelas expressões: Upper limit = Q3 + 1.5 (Q3 - Q1) eLower limit = Q1- 1.5 (Q3 - Q1), onde Q1 é o primeiro quartil e Q3 é o terceiro quartil. Qualquer valorfora desses limites são os outliers, acusado nos gráficos <strong>com</strong> um círculo cheio. Os asteriscos no eixoX indicam significância estatística (p


4 Resultados


Resultados 564.1 Resultados ClínicosNo período de dez<strong>em</strong>bro de 2002 a dez<strong>em</strong>bro de 2005, foram a<strong>com</strong>panhados neste estudo,dezoito <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> formas progressivas de esclerose múltipla (Tabelas 1 e 5) e 11 <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo I recém-diagnosticado (Tabelas 2 e 6). Dentre os 29 transplantes realizadosnesse período <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla e <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo I,ocorreram três óbitos, todos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla condicionados <strong>com</strong> BEAM + ATGde cavalo.4.1.1 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltiplaAs avaliações neurológicas foram realiza<strong>da</strong>s <strong>com</strong> base no exame clínico, que inclui a avaliaçãodo EDSS (Expanded Disability Status Score) (Kurtzke, 1983). O EDSS constitui uma escala d<strong>em</strong>edi<strong>da</strong> <strong>da</strong> incapaci<strong>da</strong>de, ou seja, uma avaliação <strong>da</strong>s condições neurológicas do paciente, que variade 0 (exame neurológico normal) a 10 (óbito) (vide Anexo 1). O aumento de 1,0 ou mais pontos naescala EDSS <strong>em</strong> dois exames repetidos, num intervalo mínimo de três meses, caracteriza progressãoneurológica na EM.Dentre os dezoito <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados, sete <strong>pacientes</strong> encontram-se <strong>em</strong>r<strong>em</strong>issão clínica s<strong>em</strong> uso de imunossupressão (seguimentos entre 6 a 40 meses), quatro <strong>pacientes</strong>sofreram progressão neurológica após o transplante (seguimentos entre 18 a 30 meses), quatro<strong>pacientes</strong> apresentam ain<strong>da</strong> um seguimento ain<strong>da</strong> muito curto (1 a 4 meses) e três <strong>pacientes</strong> foram aóbito devido a <strong>com</strong>plicações decorrentes do transplante (Tabelas 1 e 5). Todos os óbitos eprogressões neurológicas foram observados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> condicionados <strong>com</strong> BEAM + ATG decavalo. Vale notar que, dentre os quatro <strong>pacientes</strong> condicionados <strong>com</strong> BEAM + ATG de cavalo quesofreram progressão neurológica após o transplante, três deles tiveram piora após apresentar<strong>em</strong><strong>com</strong>plicações infecciosas graves, <strong>em</strong>bora não fatais, decorrentes do transplante (Tabela 5).De maio de 2005 <strong>em</strong> diante, os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM passaram a ser imunossuprimidos <strong>com</strong> umnovo regime de condicionamento: ciclofosfami<strong>da</strong> (200 mg/kg/d) associa<strong>da</strong> a ATG de coelho. Sete<strong>pacientes</strong> foram transplantados <strong>com</strong> esse novo esqu<strong>em</strong>a e os resultados obtidos, <strong>em</strong>bora os<strong>pacientes</strong> tenham um seguimento mais curto (1-7 meses), são muito mais favoráveis do que osobservados <strong>com</strong> o esqu<strong>em</strong>a anterior de imunossupressão, constituído de poliquimioterapia (BEAM)mais ATG de cavalo. Como se pode verificar na Tabela 5, <strong>com</strong> o novo esqu<strong>em</strong>a, não houve


Resultados 57mortali<strong>da</strong>de precoce causa<strong>da</strong> por <strong>com</strong>plicações agu<strong>da</strong>s do transplante. Entretanto, maisrecent<strong>em</strong>ente, duas dessas <strong>pacientes</strong> (nº 13 e 15) apresentaram deterioração neurológica associa<strong>da</strong><strong>com</strong> <strong>com</strong>plicação infecciosa (nº 15) ou não (nº 13). A paciente nº 13 foi submeti<strong>da</strong> a um pulso d<strong>em</strong>etilpredinisolona, e mostrou resposta clínica.Espera-se que <strong>com</strong> a redução <strong>da</strong> toxici<strong>da</strong>de devi<strong>da</strong> ao novo esqu<strong>em</strong>a de condicionamento,ocorra também uma diminuição na freqüência de <strong>pacientes</strong> que deterioram neurologicamente após otransplante. Esta hipótese será testa<strong>da</strong> <strong>com</strong> a observação de um maior número de <strong>pacientes</strong> por umt<strong>em</strong>po mais prolongado, na continui<strong>da</strong>de desses protocolos clínicos.Dos quinze <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados <strong>em</strong> seguimento, três tiveram uma diminuição doEDSS, sendo dois <strong>pacientes</strong> transplantados <strong>com</strong> o novo regime de condicionamento (ciclofosfami<strong>da</strong> +ATG de coelho). Cinco <strong>pacientes</strong> apresentaram um aumento do EDSS, e sete mostraram umaestabilização do EDSS após o transplante.Após o transplante, todos os <strong>pacientes</strong> não apresentaram ocorrência de novas lesõesinflamatórias agu<strong>da</strong>s no tecido nervoso (lesões de ativi<strong>da</strong>de), detecta<strong>da</strong>s através de imagens deressonância magnética por captura de gadolíneo. A ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de ou de novaslesões após o TACTH, indica um efeito profundo do TACTH nos <strong>com</strong>ponente inflamatórios <strong>da</strong>patogênese <strong>da</strong> EM, consistente <strong>com</strong> outros estudos (Mancardi et al., 2001; Carreras et al., 2003;Saccardi et al., 2004; Muraro et al., 2005). Por outro lado, houve a permanência de lesõesdesmielinizantes sequelares antigas já encontra<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> antes do transplante. A progressãoneurológica observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados foi provavelmente conseqüênciade processos degenerativos axonais que pod<strong>em</strong> ocorrer <strong>em</strong> estágios avançados <strong>da</strong> doença (mesmona ausência de inflamação), potenciados por <strong>com</strong>plicações do transplante (Burt et al., 2003; Nash etal., 2003; Inglese et al., 2004).4.1.2 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1Os onze <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> do tipo 1 transplantados apresentam seguimento póstransplantede 1 a 23 meses. Dentre eles, oito deles tornaram-se insulino-dependentes <strong>em</strong> curtoespaço de t<strong>em</strong>po após o transplante (Tabelas 2 e 6). A necessi<strong>da</strong>de de insulina exógena diminuiuprogressivamente <strong>com</strong> o t<strong>em</strong>po, e suspensão <strong>da</strong> insulina ocorreu nesses <strong>pacientes</strong> entre os dias -6 e+34 após o transplante (média + 2,9 dias). Dois <strong>pacientes</strong> tiveram respostas parciais, reduzindo as


Resultados 58necessi<strong>da</strong>des de insulina <strong>em</strong> relação ao período pré-transplante (<strong>pacientes</strong> 7 e 10, <strong>com</strong> seguimentosde 7 e 2 meses, respectivamente). O primeiro paciente que foi transplantado ain<strong>da</strong> está fazendo usode alta dose de insulina, mas s<strong>em</strong> imunossupressão. (Voltarelli et al., 2004a; Voltarelli et al., 2004b;Voltarelli et al., 2006, Voltarelli et al., 2006 submetido).Os <strong>pacientes</strong> 1, 7 e 10 ain<strong>da</strong> estão na dependência do uso de insulina exógena para um bomcontrole glicêmico, mas os últimos dois necessitam atualmente de 70 e 50%, respectivamente, <strong>da</strong>dose inicial de insulina. Por outro lado, o paciente 1 está usando uma dose de insulina 3,5 vezesmaior do que a dose inicial. Nesse paciente, o TACTH não apresentou resposta, provavelmentedevido ao seguimento irregular desse paciente por causa de sérios probl<strong>em</strong>as sociais e pelo uso dealtas doses de corticosteróides durante o condicionamento. Além disso, esse paciente já haviaapresentado episódios de cetoacidose diabética ao diagnóstico, indicando uma reserva muito baixade células β pancreáticas, que foi confirma<strong>da</strong> pela dosag<strong>em</strong> baixa de peptídeo-C no soro dessepaciente.Conforme mostrado na Tabela 6, antes do transplante, dentre os <strong>pacientes</strong> transplantados, oitoapresentaram valores de h<strong>em</strong>oglobina glica<strong>da</strong> (HbA 1C ) acima de 7%. Três meses logo após otransplante, <strong>com</strong> exceção do paciente 1, todos os <strong>pacientes</strong> apresentaram níveis de HbA 1C abaixo de7%, e permaneceram <strong>em</strong> bom controle glicêmico durante o seguimento pós-transplante. Os níveis deHbA 1C do paciente 1 aumentaram após o transplante (8.2, 8.9, 9.7 and 11.1% nos meses 3, 6, 9 e 12,respectivamente).Os títulos de auto-anticorpos anti-GAD65 foram avaliados <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> antes dotransplante e <strong>em</strong> 7 <strong>pacientes</strong> seis meses após o TACTH. Os níveis de anti-GAD65 diminuíram <strong>em</strong> 4<strong>pacientes</strong> transplantados, mantiveram o mesmo nível <strong>em</strong> um paciente, aumentaram <strong>em</strong> um paciente(Tabela 6) e se negativaram <strong>em</strong> um paciente. A persistência dos autoanticorpos anti-GAD65 namaioria dos <strong>pacientes</strong> indica que o regime de condicionamento não foi <strong>com</strong>pletamente ablativo paraos clones de células B auto-reativas. No entanto <strong>em</strong> nossos <strong>pacientes</strong>, <strong>com</strong>o observado também <strong>em</strong>outros estudos (Palmer et al., 2004), a resposta imune humoral não foi prognóstica <strong>da</strong> r<strong>em</strong>issãoclínica.Os níveis de peptídeo-C (relacionado à massa de células β pancreáticas) foram dosados pré e<strong>em</strong> vários períodos pós-transplante (<strong>da</strong>dos não mostrados; Voltarelli et al., 2006 submetido). D<strong>em</strong>aneira geral, os níveis de peptídeo-C foram significativamente aumentados nos <strong>pacientes</strong> após o


Resultados 59transplante. Nenhum paciente transplantado apresentou diminuição dos valores do peptídeo-Cdurante o seguimento. Este resultado é muito favorável, pois a preservação de células β pancreáticaspode levar a benefícios clínicos a longo prazo (Palmer et al. 2004).Um seguimento maior desses <strong>pacientes</strong> é necessário para se confirmar se a interrupção do uso<strong>da</strong> insulina observa<strong>da</strong> na maioria desses <strong>pacientes</strong> é devi<strong>da</strong> ao restabelecimento de tolerância<strong>imunológica</strong> aos antígenos <strong>da</strong>s células β pancreáticas, ou à uma r<strong>em</strong>issão clínica t<strong>em</strong>porária devidoaos efeitos <strong>da</strong> imunossupressão <strong>em</strong> altas doses.


Resultados 60Tabela 5. <strong>Avaliação</strong> clínica pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla.PACIENTETIPOEMEDSS PRÉ-TACTHEDSS PÓS-TACTH1. GG† PS 5,5 6,02. SAF PS 6,0 OB3. SSS PS 6,5 6,04. DFG PS 6,5 7,55. ARJTA PS 6,5 7,06. SHGE PS 6,5 7,57. RMVL PS 6,0 OB8. MFM PS 7,0 8,59. WRS PP 6,5 6,510. OLP PP 6,5 6,511. LST PS 6,5 OB12. SHC‡ PS 6,5 6,513. MAFC SR 4,5 2,514. RPS PP 6,5 5,515. CMBM PS 6,5 6,516. LFL PS 6,5 6,517. LBSL PS 6,0 6,0AVALIAÇÃO CLÍNICA PÓS- TACTH• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Complicações decorrentes do transplante• Óbito após o transplante por h<strong>em</strong>orragia esofágica• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Progressão neurológica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Progressão neurológica após infeção fúngica pulmonar• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Progressão neurológica após cardiopatia autonômica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Complicações decorrentes do transplante• Óbito após o transplante por h<strong>em</strong>orragia alveolar• Progressão neurológica após H. zoster e pericardite bacteriana• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Complicações decorrentes do transplante• Óbito após o transplante por septic<strong>em</strong>ia• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• R<strong>em</strong>issão clínica• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Seguimento muito curto• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Seguimento muito curto• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Seguimento muito curto• Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigas• Seguimento muito curto18. CC PS 6,5 6,5 • Ausência de lesões de ativi<strong>da</strong>de por RMN• Permanência de lesões desmielinizantes sequelares antigasTACTH, Transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas; EM, esclerose múltipla; EDSS, Expanded Disability StatusScore (Anexo 1); RMN, Ressonância Magnética Nuclear; PS, esclerose múltipla progressiva secundária; PP, escleros<strong>em</strong>últipla primária progressiva; SR, esclerose múltipla surto-r<strong>em</strong>issiva.; OB, óbito. O EDSS pós-transplante refere-se ao últimovalor de EDSS avaliado <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> paciente. # Pacientes 1-11: condicionados <strong>com</strong> BEAM + ATG de cavalo. ‡ Pacientes 12-18:condicionados <strong>com</strong> ciclofosfami<strong>da</strong> + ATG de coelho.


Resultados 61Tabela 6. <strong>Avaliação</strong> clínica pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1.PACIENTEANTI-GAD65(U/ML)PRÉ-TACTHANTI-GAD65(U/ML)PÓS-TACTH(6 MESES)A 1C (%)PRÉ-TACTHA 1C (%)PÓS-TACTH(3 MESES)TEMPOLIVRE DEINSULINA1. LSM 36.0 9.9 7.6 8.2 0†2. ALSR 49.0 19.0 7.5 6.3 193. WSL 1.1 0.0 9.3 5.1 164. MGB 22.0 20.0 8.0 6.1 175. RLFS 51.0 51.0 7.7 5.9 106. CPS 17.0 4.6 7.3 5.2 77. TAS 4.0 14.0 10.0 5.3 0‡8. RAOA 48.0 ND 5.4 4.8 39. PMR 102.0 ND 6.7 5.1 310. CTO 44.0 ND 8.9 4.5 0†11. VTR 11.0 ND 5.4 5.2 1AVALIAÇÃO CLÍNICA PÓS-TACTH• Uso de doses altas deinsulina• Interrompeu seguimento 12meses após o TACTH• R<strong>em</strong>issão clínica• S<strong>em</strong> uso de insulina• R<strong>em</strong>issão clínica• S<strong>em</strong> uso de insulina• R<strong>em</strong>issão clínica• S<strong>em</strong> uso de insulina• R<strong>em</strong>issão clínica• S<strong>em</strong> uso de insulina• R<strong>em</strong>issão clínica• S<strong>em</strong> uso de insulina• R<strong>em</strong>issão clínica• Uso de doses baixas deinsulina• Seguimento muito curto• S<strong>em</strong> uso de insulina• Seguimento muito curto• S<strong>em</strong> uso de insulina• Seguimento muito curto• Uso de doses baixas deinsulina• Seguimento muito curto• S<strong>em</strong> uso de insulinaTACTH, Transplante autólogo de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas. Níveis séricos de anticorpos anti-GAD foramdosados por radioimnunoensaio usando kits <strong>com</strong>erciais (R.S.R. Limited, Cardiff, UK). Resultados foramconsiderados positivos valores > 1U/ml. A porcentag<strong>em</strong> de h<strong>em</strong>oglobina glica<strong>da</strong> (A 1c) foi medi<strong>da</strong> pelo método decromatografia líqui<strong>da</strong> de alta performance. Essas avaliações clínico-laboratoriais foram realiza<strong>da</strong>slaboratórios do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> FMRP-USP, sob a coordenação <strong>da</strong> equipe <strong>da</strong> Divisão deEndocrinologia e Metabolismo. ND, não determinado. † S<strong>em</strong> período livre de insulina. ‡ Período transiente de7 dias livre de insulina.


Resultados 64O número de linfócitos B CD19 + recuperou níveis basais três meses pós-tx e persistiu estávelaté um ano de seguimento pós-tx (Figura 2D, Tabelas D.1 e D.4). Houve uma diminuição significante(p0,05) (Tabelas D.1 e D.4).Avaliamos também o número de células dendríticas linfóides (Lin - CD11c - HLADR + ) e mielóides(Lin - CD11c + HLADR + ) (Arpinati et al., 2000; Klangsinsirikul e Russel, 2002) antes e após o TACTH. Onúmero de células dendríticas linfóides encontrou-se diminuído no pré-cond e <strong>em</strong> todos períodos póstxanalisados, porém essa diminuição não foi estatisticamente significante, exceto do D+270(p=0,0178) (Figura 3E, Tabelas D.3 e D.5). Já, o número de células dendríticas mielóides diminuiunos primeiros meses pós-tx, mas aumentou seis meses após o TACTH, <strong>em</strong>bora essas diferenças nãotenham sido estatisticamente significantes (Figura 3F, Tabelas D.3 e D.5).Com o objetivo de avaliar o efeito do TACTH nas subpopulações de linfócitos T naive, efetorese de m<strong>em</strong>ória, usamos marcadores fenotípicos que permit<strong>em</strong> distinguir vários estágios dediferenciação funcional de linfócitos T CD4 +e T CD8 + . Esses estágios inclu<strong>em</strong> linfócitos T naiveCD27 + CD45RO - , linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central CD27 + CD45RO + , linfócitos T de m<strong>em</strong>ória efetoraCD27 - CD45RO +e de linfócitos T efetores diferenciados CD27 - CD45RO - (CD45RA + ) (Fallen et al.,2003a, Fallen et al., 2003b, Hamann et al., 1996; Hamann et al., 1997; Muraro et al., 2005; Sallusto etal., 2004). As células T naive CD4 ou CD8 (CD27 + CD45RO - ) são também CD45RA + CCR7 + CD62L hi .As populações de células T de m<strong>em</strong>ória central e m<strong>em</strong>ória efetora pod<strong>em</strong> ser subdividi<strong>da</strong>s pordiferenças na capaci<strong>da</strong>de de migração e capaci<strong>da</strong>de efetora (Sallusto et al., 1999; Sallusto et al.,2004).


Resultados 65A diferença de capaci<strong>da</strong>de de migração para os linfonodos entre essas populações é basea<strong>da</strong>na expressão diferencial do receptor de quimiocina CCR7 e <strong>da</strong> molécula de adesão L-selectina(CD62L). As células T CD4 ou CD8 de m<strong>em</strong>ória central (CD27 + CD45RO + ) expressam tambémCD45RA - CCR7 + CD62L hi(T CM ). As T CM são células T prima<strong>da</strong>s que migram para órgãos linfóidessecundários, e após estímulo secundário <strong>com</strong> antígeno, são capazes de estimular células dendríticase células B eficient<strong>em</strong>ente e diferenciam-se <strong>em</strong> células T de m<strong>em</strong>ória efetora CCR7 - (Sallusto et al.,1999; Sallusto et al., 2004). Já, as células T de m<strong>em</strong>ória efetora (CD27 - CD45RO + ) são tambémCD45RA - CCR7 - CD62L lo (T EM ). As T EM apresentam receptores para migração para tecidos inflamados,portanto entram tecidos periféricos e pod<strong>em</strong> conter rapi<strong>da</strong>mente a inflamação ou infecção. Elasconstitu<strong>em</strong> uma população de células T prima<strong>da</strong>s <strong>com</strong> função efetora imediata, produz<strong>em</strong> citocinasrapi<strong>da</strong>mente e as células T EM CD8 +têm elevados níveis de perforina. As células T de efetorasdiferencia<strong>da</strong>s (CD27 - CD45RO - ) são principalmente células T CD8, que expressam CD45RA + CCR7 -CD62L lo(também chama<strong>da</strong>s de T EMRA ). As células T CD8 T EMRA apresentam elevados níveis deperforina (Sallusto et al., 1999; Sallusto et al., 2004).A análise dessas diferentes subpopulações linfocitárias é de grande relevância, uma vez quea eliminação ou redução dos números de células T de m<strong>em</strong>ória possa reduzir o número de célulasauto-reativas patogênicas no paciente <strong>com</strong> doença auto-imune. Em contraste, o influxo de células Tnaive gera<strong>da</strong>s de novo pelo timo é considerado um importante <strong>com</strong>ponente para a tolerância<strong>imunológica</strong> (Berzins et al., 2002). A análise longitudinal do número absoluto dessas subpopulaçõesde linfócitos T antes e após o transplante está mostra<strong>da</strong> na Figura 4 (para linfócitos T CD4+) eFigura 5 (para linfócitos T CD8+).O número de linfócitos T naive CD4 + CD27 + CD45RO -diminuiu significativamente nos<strong>pacientes</strong> no pré-cond e <strong>em</strong> todos os seguimentos analisados (p


Resultados 665A mostra uma diminuição significativa de linfócitos T CD8 + naive no período pré-cond e <strong>em</strong> todos osseguimentos pós-tx, exceto no D+360 (Tabelas D.2 e D.4).Como pod<strong>em</strong>os observar nas Figuras 4 e 5, ocorreu após o transplante uma predominância decélulas T de m<strong>em</strong>ória central e efetora e também de células T efetoras diferencia<strong>da</strong>s, principalmentede linfócitos T CD8 + . Essa predominância de células T de m<strong>em</strong>ória deve-se provavelmente àexpansão homeostática periférica de linfócitos T de m<strong>em</strong>ória residuais que sobreviveram ao regimede condicionamento (Guillaume et al., 1998; van Laar, 2000; Thiel et al., 2004). A proliferaçãohomeostática ocorre <strong>em</strong> condições de linfopenia, tal qual encontra<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong> nos primeirosmeses após o TACTH (revisado por Jameson, 2002; Murali-Krishna e Ahmed, 2000; Goldrath et al.,2000).No período de pré-cond o número linfócitos T CD8 + de m<strong>em</strong>ória central diminuiu, mas <strong>em</strong>segui<strong>da</strong> aumentou, <strong>em</strong> relação aos valores pré-tx, <strong>em</strong> todos os seguimentos pós-tx avaliados. Noentanto, esse aumento foi significante somente nos D+60 e D+100 pós-tx (p=0,0029 e p=0,0068,respectivamente) (Figura 5B, Tabelas D.2 e D.4). Por outro lado, os linfócitos T CD4 + de m<strong>em</strong>óriacentral diminuíram no pré-cond e permaneceram diminuídos até um ano pós-tx. Essa diminuição foiestatisticamente significante <strong>em</strong> todos os períodos analisados (Figura 4B, Tabelas D.2 e D.4).Como pod<strong>em</strong>os observar na Figura 4C, o número de linfócitos T CD4 + de m<strong>em</strong>ória efetoresaumentou no período de pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx, mas esse aumento não foiestatisticamente significante (Tabela D.2 e D.4). Vale notar que o número de linfócitos T CD4 + d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória efetores estava diminuído nos <strong>pacientes</strong> (pré-tx) quando <strong>com</strong>parado aos valores doscontroles saudáveis (p=0,0204). O número de linfócitos T CD8 +de m<strong>em</strong>ória efetores <strong>com</strong>eçouaumentar no D+60 pós-tx e apresentou um aumento estatisticamente significante do D+100 ao D+360pós-tx (Figura 4C, Tabelas D.2 e D.4).Similarmente, o número de linfócitos T CD8 + CD27 - CD45RO - (CD45RA + ) efetores diferenciadosaumentou após o TACTH, porém o aumento foi significante do D+180 ao D+360 pós-tx (Figura 5D,Tabelas D.2 e D.4). Os linfócitos T CD4 + efetores diferenciados também aumentaram a partir de trêsmeses pós-tx, mas esse aumento não foi significante mesmo no D+270, no qual houve um aumentode 9,1x <strong>em</strong> relação ao pré-tx (Figura 4D, Tabelas D.2 e D.4). Vale ressaltar que as células T efetorasdiferencia<strong>da</strong>s CD27 - CD45RO - (CD45RA + ) são células T efetoras atípicas, altamente diferencia<strong>da</strong>s,chama<strong>da</strong>s de CD45RO “revertants” ou de células T EMRA , pois perd<strong>em</strong> a expressão de CD45RO após


Resultados 67intensa proliferação homeostática (Fallen et al., 2003a; Sallusto et al.,1999; Baars et al., 2000,Sallusto et al., 2004).Nós avaliamos também a freqüência de uma outra população de células T de m<strong>em</strong>ória efetoraatípica, que não expressa CD28 e expressa CD57. Essa população de células T CD8 + CD28 - CD57 + foidescrita recent<strong>em</strong>ente <strong>com</strong>o uma população caracteriza<strong>da</strong> por um estado de senescência replicativa,decorrente <strong>da</strong> divisão excessiva in vivo e conseqüente per<strong>da</strong> de TRECs (Brenchley et al., 2003). Alémdisso, essas células são incapazes de expandir após estimulação e são altamente suscetíveis aapoptose (Brenchley et al., 2003; Koehne et al., 1997). Observamos que a freqüência <strong>da</strong>s célulasCD8 + CD28 - CD57 + aumentou acentua<strong>da</strong>mente após o transplante (de 0,45-3,6% pré-tx para 11,8-28,4% pós-tx) (<strong>da</strong>dos não mostrados). No entanto, <strong>com</strong>o não avaliamos a freqüência dessas células<strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as amostras dos <strong>pacientes</strong> a<strong>com</strong>panhados nesse trabalho, não foi possível fazer análiseestatística e gráficos dos resultados.Avaliamos também a <strong>reconstituição</strong> após o TACTH de células T CD4 + recém-<strong>em</strong>igrantes dotimo. Não exist<strong>em</strong> marcadores fenotípicos específicos para células que recém imigraram do timo, masfoi recent<strong>em</strong>ente d<strong>em</strong>onstrado (Kimmig et al., 2002) que um subgrupo de células T CD4 + CD45RA +que co-expressa o marcador CD31, contém células recém-imigrantes tímicas que apresentamelevados níveis de TRECs (T cell excision circles). Os TRECs são fragmentos de DNA excisados naforma de DNA circular, gerados durante o rearranjo gênico do receptor <strong>da</strong> célula T. Os TRECs sãoestáveis dentro <strong>da</strong>s células, mas não se replicam e são diluídos <strong>com</strong> a divisão celular, portanto sãoótimos marcadores de células T naive recém-imigrantes do timo (Douek et al, 1998; Douek et al.,2000).A Figura 7E mostra que a porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + CD45RA +que co-expressam omarcador CD31, diminuiu no pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos avaliados após o TACTH, <strong>em</strong> relaçãoà porcentag<strong>em</strong> destas células pré-tx. No entanto, essa diminuição foi estatisticamente significantesomente no pré-cond, D+60 e D+100 pós-tx. Também o número absoluto de células TCD4 + CD45RA + CD31 + diminuiu significant<strong>em</strong>ente pós-tx (


Resultados 68Avaliamos também alguns marcadores imunológicos envolvidos na ativação celular e nasinalização de apoptose (CD95/Fas, CD95L/FasL, CD69, HLADR e CD38) <strong>em</strong> linfócitos T, B esubpopulações de linfócitos T dos <strong>pacientes</strong> (Guillaume et al., 1998; Reimer et al., 2003). Afreqüência de linfócitos T CD3 + CD4 +que expressam Fas aumentou no pré-cond e <strong>em</strong> todos osperíodos pós-tx, <strong>em</strong>bora o aumento na freqüência dessas células tenha sido significante somente nosperíodos pré-cond, D+60 e D+100 pós-tx (Figura 6A, Tabelas D.3 e D.5). A freqüência de linfócitos TCD3 + CD4 + Fas + pré-tx aumentou 57,8% no dia D+60 pós-tx. Similarmente, a porcentag<strong>em</strong> de linfócitosT CD3 + CD8 + Fas + também aumentou <strong>em</strong> todos os períodos analisados (73,6 ± 31,0 no D+60) <strong>em</strong>relação à porcentag<strong>em</strong> de células pré-tx (47,3 ± 31,8), porém o aumento na freqüência dessas célulasnão foi estatisticamente significante, provavelmente devido a grande variabili<strong>da</strong>de entre os <strong>pacientes</strong>(Figura 6B, Tabelas D.3 e D.5).A Figura 6C mostra que freqüência de linfócitos B CD19 + Fas + aumentou no pré-cond e apóso TACTH, mas retornou aos níveis basais nove meses pós-tx. Entretanto essas diferenças não foramsignificantes (p>0,05). A porcentag<strong>em</strong> de linfócitos T CD3 + CD4 + e T CD3 + CD8 + que expressam oligante de Fas (ou CD178) também aumentou <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> de células pré-tx (47,3 ±31,8) <strong>em</strong> alguns dos períodos analisados (pré-cond e D+180), porém o aumento na freqüênciadessas células não foi estatisticamente significante, devido a grande variabili<strong>da</strong>de encontra<strong>da</strong> entreos <strong>pacientes</strong> (Figura 6D e 6E, Tabelas D.3 e D.5). Esse aumento <strong>da</strong> freqüência de células T e B Fas +durante vários meses após o transplante nesses <strong>pacientes</strong> sugere um aumento <strong>da</strong> suscetibili<strong>da</strong>de aapoptose media<strong>da</strong> por Fas/FasL .Na Figura 7B pod<strong>em</strong>os observar um aumento pro<strong>em</strong>inente e significante na porcentag<strong>em</strong> decélulas T CD3 + que expressam HLA-DR (p


Resultados 69aumentou após o TACTH. Entretanto, esse aumento foi significante nos D+60 e D+100 pós-tx(p=0,156 e p=0,008, respectivamente) (Figura 7C, Tabelas D.3 e D.5).Interessant<strong>em</strong>ente, alguns <strong>pacientes</strong> apresentaram subpopulações de linfócitos e monócitosativa<strong>da</strong>s (caracteriza<strong>da</strong>s pelo grande aumento de tamanho, no dot plot de tamanho versusgranulari<strong>da</strong>de) <strong>com</strong> expressão eleva<strong>da</strong> <strong>da</strong> maioria dos marcadores de ativação, <strong>com</strong>o HLA-DR, CD38e CD25. Essas subpopulações ativa<strong>da</strong>s estavam presentes <strong>em</strong> alguns <strong>pacientes</strong> antes do TACTH,aumentaram logo após o transplante, mas desapareceram gra<strong>da</strong>tivamente após o TACTH (<strong>da</strong>dos nãomostrados).As células T reguladoras (Tregs) CD4 + CD25 high são gera<strong>da</strong>s pelo timo (Sakaguchi, 2004) epod<strong>em</strong> ser reconstituí<strong>da</strong>s no período de reativação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de tímica após o transplante. Alémdisso, pod<strong>em</strong> ser gera<strong>da</strong>s na periferia onde células T periféricas não-Treg pod<strong>em</strong> adquirir aexpressão de Foxp3 e se converter <strong>em</strong> células Tregs após estimulação antigênica crônica ou <strong>em</strong>condições de linfopenia (Apostolou e Boehmer, 2004; Curotto de Lafaille et al., 2004; Walker et al.,2003). As Tregs pod<strong>em</strong> ter um papel importante no restabelecimento <strong>da</strong> tolerância e na r<strong>em</strong>issãoduradoura <strong>da</strong> doença auto-imune após o TACTH (Thiel et al., 2004; Muraro et al, 2006), portanto nósavaliamos a <strong>reconstituição</strong> dessas células após o transplante. As células Tregs CD4 + CD25 highexpressam, dentre outros marcadores, os receptores CTLA-4 (ou CD152) e GITR (Kronenberg eRudensky, 2005). Nós quantificamos a porcentag<strong>em</strong> e o valor absoluto <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 + eCD4 + CD25 highreconstituí<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> após o TACTH, e também a porcentag<strong>em</strong> e o valorabsoluto <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high reconstituí<strong>da</strong>s que co-expressam CTLA-4 ou GITR.O número absoluto de células T CD4 + CD25 + aumentou no período pré-cond e diminuiu apóso TACTH. Essa diminuição foi estatisticamente significante no D+60 ao D+270 pós-tx, mas não noD+360 (Figura 8B, Tabelas D.2 e D.4). Também a porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + CD25 + aumentouno período pré-cond e diminuiu após o TACTH. Essa diminuição foi estatisticamente significante <strong>em</strong>todos os períodos pós-tx (Figura 8A, Tabelas D.2 e D.4).A Figura 8D mostra que o número absoluto de células Tregs CD4 + CD25 high apresentou umadiminuição significante no período pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx, exceto no D+360.Similarmente, a freqüência <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 high diminuiu após o TACTH, mas essadiminuição foi significativa somente no D+60 ao D+180 e no D+360 pós-tx (Figura 8C, Tabelas D.2 e


Resultados 70D.5). Os números absolutos e relativos <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 +e de células T CD4 + CD25 highmostraram uma tendência a aumentar a partir do D+270 pós-tx.A freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high que co-expressam CTLA-4 aumentou no período préconde <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx analisados, porém esse aumento foi estatisticamente significantesomente no D+180 (p=0,0392), provavelmente devido à grande variabili<strong>da</strong>de de expressãoencontra<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong>. Houve um aumento de 78% e de 93% na freqüência <strong>da</strong>s células TCD4 + CD25 high que co-expressam CTLA-4 no D+180 e D+270 pós-tx, respectivamente. (Figura 9A,Tabelas D.2 e D.5). Já, o número absoluto de células T CD4 + CD25 high CTLA-4 + apresentou umadiminuição nos primeiros meses após o TACTH, aumentou no D+270 e diminuiu <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> noD+360. Entretanto, essas diferenças não foram significantes (Figura 9B, Tabelas D.2 e D.5).Avaliamos também a expressão intracelular de CTLA-4 <strong>em</strong> células fixa<strong>da</strong>s e permeabiliza<strong>da</strong>s.Observamos que 80-100% <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high foram positivas para a marcação intracelularde CTLA-4 (<strong>da</strong>dos não-mostrados). No entanto, <strong>com</strong>o não avaliamos a freqüência dessas células <strong>em</strong>to<strong>da</strong>s as amostras dos <strong>pacientes</strong> a<strong>com</strong>panhados nesse trabalho, não foi possível fazer análiseestatística e gráficos dos resultados.A Figura 9C mostra que freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high que co-expressam GITRtambém aumentou no período pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx analisados, no entanto esseaumento foi significante somente no D+180 (p=0,0063). No entanto, vale ressaltar que observamosum aumento de 471% e de 288% na freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high que co-expressam GITRno D+180 e D+270 pós-tx, respectivamente. (Figura 9C, Tabelas D.3 e D.5). O número absoluto decélulas T CD4 + CD25 high GITR + apresentou uma diminuição nos primeiros meses após o TACTH,aumentou no D+270 e diminuiu <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> no D+360, <strong>em</strong>bora essas diferenças não tenham sidoestatisticamente significantes (Figura 9D, Tabelas D.3 e D.5).Embora não tenha havido um aumento do número absoluto de células Tregs CD4 + CD25 high , acinética de <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 high foi mais rápi<strong>da</strong> do que a <strong>da</strong>s células TCD4 + totais. Como pod<strong>em</strong>os observar nas Tabelas D.1 e D.2 que a diminuição do número absolutode células T CD4 + <strong>em</strong> relação ao número de células T CD4 + pré-tx, foi de 49,1%, 81,3%, 77,6%,77,5%, 68,4% e 55% nos períodos pré-cond, D+60, D+100, D+180, D+270 e D+360,respectivamente. Enquanto que a diminuição do número absoluto de células Tregs CD4 + CD25 high , foide 39,4%, 64%, 66,7%, 57,4%, 64% e 34,4% nos períodos pré-cond, D+60, D+100, D+180, D+270 e


Resultados 71D+360, respectivamente. Essa observação pode ser também visualiza<strong>da</strong> nas Figuras 2B e 8C,D. Arecuperação mais rápi<strong>da</strong> do número de células Tregs CD4 + CD25 highsugere que após o TACTHocorra uma expansão homeostática preferencial dessas células, dentro <strong>da</strong> população de células TCD4 + totais, durante a fase linfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>.


Resultados 72A9000B3500Leucócitos Totais/ul80007000600050004000300020001000Linfócitos/ul300025002000150010000ISPre-mob*Pre-condD+6D+60D+100D+180D+270*D+360500*IS*Pre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270D+360C1400D700012006000Monócitos/ul10008006004002000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360Granulócitos/ul50004000300020001000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270*D+360Figura 1. Reconstituição de leucócitos totais, linfócitos, monócitos e granulócitos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1 após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) de leucócitos totais (A), linfócitos (B) <strong>em</strong>onócitos (C) e de granulócitos (D). (E).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhasdentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro seestend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicamp


Resultados 73A2500B18001600Linfócitos T CD3+/ul200015001000500Linfócitos T CD4+/ul1400120010008006004002000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360C1600D800Linfócitos T CD8+/ul140012001000800600400200Linfócitos B CD19+/ul7006005004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100D+180D+270D+3600ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360E3,53,0Razão CD4+:CD8+2,52,01,51,00,50,0ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360Figura 2. Reconstituição de linfócitos T e B <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH.Valores absolutos (células/μl) de linfócitos T CD3 + (A), linfócitos T auxiliares CD3 + CD4 + (B) e linfócitos Tcitotóxicos CD3 + CD8 + (C), de linfócitos B CD19 + (D). (E). Razão dos valores absolutos de linfócitos TCD4 + /CD8 + . As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam amediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maiorvalor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 74AT CD3+TCR alfa beta+/ul2500200015001000500ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360BT CD3+TCR gama delta+/ul250200150100500ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360CDCélulas NK CD3-D16+CD56+/ul9008007006005004003002001000ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360Células CD3+CD16+CD56+/ul4003002001000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360ECélulas LIN-CD11c-HLADR+/ul302520151050FCélulas LIN-CD11c+HLADR+/ul5004003002001000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180*D+270D+360IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360Figura 3. Reconstituição de linfócitos T, células NK, células NKT-like, e de células dendríticas <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) de linfócitos TCD3 + TCRαβ + (A), linfócitos T CD3 + TCRγδ + (B), células NK CD3 - CD16 + CD56 + (C), de células NKT-likeCD3 + CD16 + CD56 + (D), de células dendríticas linfóides LIN - CD11c - HLADR + (E), e de células dendríticasmielóides LIN - CD11c + HLADR + (F). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhasdentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro seestend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicamp


Resultados 75A800B800T CD4+CD27+CD45RO-/ul7006005004003002001000IS*Pre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360T CD4+CD27+CD45RO+/ul7006005004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360CT CD4+CD27-CD45RO+/ul300250200150100500DT CD4+CD27-CD45RO-/ul350300250200150100500IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360Figura 4. Reconstituição de linfócitos T CD4 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) delinfócitos T naive CD4 + CD27 + CD45RO - (A), linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central CD4 + CD27 + CD45RO + (B), linfócitos Tde m<strong>em</strong>ória efetores CD4 + CD27 - CD45RO + (C), e de linfócitos T efetores diferenciados CD4 + CD27 - CD45RO - (D).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 76A600B700T CD8+CD27+CD45RO-/ul5004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270D+360T CD8+CD27+CD45RO+/ul6005004003002001000ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100D+180D+270D+360CT CD8+CD27-CD45RO+/ul6005004003002001000DT CD8+CD27-CD45RO-/ul7006005004003002001000ISPre-mobPre-condD+60*D+100*D+180*D+270*D+360ISPre-mob*Pre-condD+60D+100*D+180*D+270*D+360Figura 5. Reconstituição de linfócitos T CD8 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) delinfócitos T naive CD8 + CD27 + CD45RO - (A), linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central CD8 + CD27 + CD45RO + (B), linfócitos Tde m<strong>em</strong>ória efetores CD8 + CD27 - CD45RO + (C), e de linfócitos T efetores diferenciados CD8 + CD27 - CD45RO - (D).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 77AB% Linfócitos T CD3+CD4+Fas+100908070605040302010ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100D+180D+270D+360% Linfócitos T CD3+CD8+Fas+100806040200ISPre-mobPre-cond*D+60D+100D+180D+270D+360CD% Linfócitos B CD19+Fas+100806040200ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360% Linfócitos T CD3+CD4+FasL+403020100ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360E% Linfócitos T CD3+CD8+FasL+706050403020100ISPre-mobPre-condD+60*D+100D+180D+270D+360Figura 6. Expressão de Fas e FasL <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + ou TCD8 + , ou <strong>em</strong> linfócitos B reconstituídos <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos TCD3 + CD4 + que expressam Fas (A), linfócitos T CD3 + CD8 + que expressam Fas (B), e de linfócitos B CD19 + queexpressam Fas (C), linfócitos T CD3 + CD4 + que expressam FasL (D), linfócitos T CD3 + CD8 + que expressam FasL(E). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam amediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maiorvalor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 78A% Linfócitos T CD3+CD69+76543210ISPre-mobPre-condD+60*D+100D+180D+270D+360B% Linfócitos T CD3+HLA-DR+706050403020100IS*Pre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360C% Linfócitos B CD19+CD38+50403020100ISPre-mob*Pre-condD+60*D+100*D+180D+270D+360D% T CD4+CD45RA+CD31+1009080706050403020ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100D+180D+270D+360E800T CD4+CD45RA+CD31+/ul7006005004003002001000IS*Pre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360Figura 7. Expressão de marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + , T CD8 + e linfócitos Breconstituídos, e <strong>reconstituição</strong> de linfócitos T CD4+ recém-imigrantes do timo, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito tipo 1 após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD3 + que expressam CD69 (A),linfócitos T CD3 + que expressam HLADR (B), linfócitos B CD19 + que expressam CD38 (C), e de linfócitos T CD4 + CD45RA + queexpressam CD31 (D). Valor absoluto (células/μl) de linfócitos T CD4 + CD45RA + CD31 + (E). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicamo 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e asbarras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicamp


Resultados 79A% Linfócitos T CD4+CD25+2520151050BLinfócitos T CD4+CD25+/ul5004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360CD% Linfócitos T CD4+CD25high2,52,01,51,00,50,0Linfócitos T CD4+CD25high/ul6050403020100IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270*D+360IS*Pre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270D+360Figura 8. Reconstituição de linfócitos T CD4 + CD25 + e linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito tipo 1 após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD4 + que expressam CD25 (A), ede linfócitos T CD4 + que expressam CD25 high (C). Valores absolutos (células/μl) de linfócitos T CD4 + CD25 + (B) ede linfócitos CD4 + CD25 high (D). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro<strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> domenor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 80AB% T CD4+CD25highCTLA-4+100806040200T CD4+CD25highCTLA-4+/ul20151050ISPre-mobPre-condD+60D+100*D+180D+270D+360ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360C% T CD4+CD25highGITR+100806040200DT CD4+CD25high+GITR+/ul1086420ISPre-mobPre-condD+60D+100*D+180D+270D+360ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360Figura 9. Expressão de CTLA-4 e GITR <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo1 antes e após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD4 + CD25 high que expressam CTLA-4 (A) e de linfócitos T CD4 + CD25 high que expressam GITR (C). Valores absolutos (células/μl) de linfócitos TCD4 + CD25 high CTLA-4 + (B) e de linfócitos CD4 + CD25 high GITR + (D). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th eo 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, eas barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Osasteriscos indicam p


Resultados 814.2.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltiplaO número de leucócitos totais diminuiu já período de pré-cond, <strong>em</strong>bora não significativamente.Logo após o transplante (D+6), o número de leucócitos diminuiu drasticamente de 6293 ± 2098células/μl para 200 ± 93,5 células/μl (mediana 200 células/μl) (p=


Resultados 82D.4). O número de células T CD4 + <strong>com</strong>eçou a aumentar seis meses pós-tx, mas mesmo dois anosapós o TACTH ain<strong>da</strong> apresentou uma diminuição de 58,4% <strong>em</strong> relação ao pré-tx. Por outro lado, umaumento pro<strong>em</strong>inente de linfócitos T CD8 + foi observado no D+60 (


Resultados 83O número absoluto <strong>da</strong>s subpopulações de células T naive, de m<strong>em</strong>ória central, m<strong>em</strong>óriaefetora e de células T efetoras diferencia<strong>da</strong>s foi avaliado nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM antes e após oTACTH. As Figuras 13 e 14 mostram a <strong>reconstituição</strong> dessas diferentes subpopulações de linfócitosT CD4+ e <strong>em</strong> linfócitos T CD8+, respectivamente. O número de linfócitos T naiveCD4 + CD27 + CD45RO - diminuiu significativamente nos <strong>pacientes</strong> no pré-cond (p=0,0056) e <strong>em</strong> todosos seguimentos pós-tx analisados (p


Resultados 84linfócitos T CD4 + efetores diferenciados diminuíram, <strong>em</strong> relação ao pré-tx, <strong>em</strong> todos os períodos apóso TACTH (Figura 13D, Tabelas E.2 e E.4).Avaliamos também nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados, a freqüência de uma outrapopulação de células T de m<strong>em</strong>ória efetora atípica, que não expressa CD28 e expressa CD57.Observamos que a freqüência <strong>da</strong>s células CD8 + CD28 - CD57 +aumentou acentua<strong>da</strong>mente após otransplante (de 1,2-7,8% pré-tx para 16,4-38,1% pós-tx) (<strong>da</strong>dos não mostrados). No entanto, <strong>com</strong>onão avaliamos a freqüência dessas células <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM a<strong>com</strong>panhados nessetrabalho, não foi possível fazer análise estatística e gráficos dos resultados.A <strong>reconstituição</strong> por células T CD4 + recém-<strong>em</strong>igrantes do timo foi avalia<strong>da</strong> após o TACTH, e<strong>com</strong>o mostra Figura 16D (Tabelas D.3 e D.5) a porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + CD45RA + que coexpressamo marcador CD31 mostrou-se diminuí<strong>da</strong>, <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> destas células pré-tx,no pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos após o TACTH, exceto no D+540. No entanto, essas diferençasnão foram estatisticamente significantes. Também o número absoluto de células TCD4 + CD45RA + CD31 + diminuiu significant<strong>em</strong>ente no pré-cond e após o TACTH (Figura 16E, TabelasD.3 e D.5). Houve uma diminuição de 57,3% de células T CD4 + CD45RA + CD31 + dois anos após oTACTH, <strong>com</strong>parando-se aos valores pré-tx. Nos D+270 e D+720 foram encontrados os maioresnúmeros de células T CD4 + CD45RA + CD31 + no sangue periférico dos <strong>pacientes</strong> transplantados.Em segui<strong>da</strong>, avaliamos a expressão de alguns marcadores imunológicos de ativação celular eapoptose <strong>em</strong> subpopulações de linfócitos T e B. A freqüência de linfócitos T CD3 + CD4 + que expressaFas aumentou no pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx. O aumento na freqüência dessas célulasfoi estatisticamente significante <strong>em</strong> todos os seguimentos pós-tx, exceto no D+540 e D+720 (Figura15A, Tabelas E.3 e E.5). Similarmente, a porcentag<strong>em</strong> de linfócitos T CD3 + CD8 + que expressa Fasaumentou <strong>em</strong> todos os períodos analisados, <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> de células positivas pré-tx,porém o aumento na freqüência dessas células foi estatisticamente significante no pré-cond e noD+60 ao D180 pós-tx (Figura 15B, Tabelas E.3 e E.5). A freqüência de linfócitos T CD3 + CD8 + Fas +aumentou <strong>em</strong> 78,8% no dia D+60 pós-tx, <strong>em</strong> relação à freqüência pré-tx.A Figura 15C mostra que freqüência de linfócitos B CD19 + Fas + aumentou acentua<strong>da</strong>menteno pré-cond e após o TACTH, mas <strong>com</strong>eçou a decrescer um ano após o transplante. Entretanto,essas diferenças não foram significantes (p>0,05). A porcentag<strong>em</strong> de linfócitos T CD3 + CD4 + e TCD3 + CD8 + que expressam o ligante de Fas (ou CD178) também aumentou, <strong>em</strong> relação à


Resultados 85porcentag<strong>em</strong> de células pré-tx, <strong>em</strong> alguns dos períodos analisados (principalmente no pré-cond,D+180, D+360 e D+540), porém o aumento na freqüência dessas células não foi estatisticamentesignificante, devido a grande variabili<strong>da</strong>de encontra<strong>da</strong> entre os <strong>pacientes</strong> (Figura 15D e 15E, TabelasE.3 e E.5). Esse aumento <strong>da</strong> freqüência de células T e B Fas + durante vários meses após otransplante nesses <strong>pacientes</strong> sugere um aumento <strong>da</strong> suscetibili<strong>da</strong>de a apoptose media<strong>da</strong> porFas/FasL .Na Figura 16B pod<strong>em</strong>os observar um aumento acentuado e estatisticamente significante naporcentag<strong>em</strong> de células T CD3 + que expressam HLA-DR no pré-cond e <strong>em</strong> todos os seguimentospós-tx avaliados (Tabelas E.3 e E.5). O aumento na porcentag<strong>em</strong> dessas células foi maior entre doisa nove meses pós-tx. Um ano após o TACTH, a porcentag<strong>em</strong> de células T CD3 + HLA-DR + <strong>com</strong>eçou adecrescer. Já, a freqüência de células T CD3 + que expressam CD69, aumentou significant<strong>em</strong>ente noperíodo de pré-cond (p=0,325), <strong>com</strong>o mostra a Figura 16A. Vale notar que a porcentag<strong>em</strong> de célulasT CD3 + CD69 + pré-tx estava diminuí<strong>da</strong> <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> nos controles saudáveis (p=0,0460)(Tabelas E.3 e E.5).A porcentag<strong>em</strong> de células B CD19 + que expressam CD38 apresentou uma diminuição no préconde nos três primeiros meses pós-tx. Seis meses após o transplante, a freqüência dessas célulasaumentou <strong>em</strong> relação ao pré-tx, entretanto esse aumento não foi estatisticamente significante (Figura16C, Tabelas E.3 e E.5). Vale ressaltar que, assim <strong>com</strong>o nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, alguns <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> EM apresentaram subpopulações de linfócitos e monócitos ativa<strong>da</strong>s (caracteriza<strong>da</strong>s pelo grandeaumento de tamanho, no dot plot de tamanho versus granulari<strong>da</strong>de), que apresentam expressãoeleva<strong>da</strong> <strong>da</strong> maioria dos marcadores de ativação, <strong>com</strong>o HLA-DR, CD38 e CD25. Essas subpopulaçõesativa<strong>da</strong>s estavam presentes <strong>em</strong> alguns <strong>pacientes</strong> antes do TACTH, aumentaram logo após otransplante, mas desapareceram gra<strong>da</strong>tivamente após o TACTH (<strong>da</strong>dos não mostrados).Avaliamos também a porcentag<strong>em</strong> e o valor absoluto <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 +eCD4 + CD25 highreconstituí<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> após o TACTH, e também a porcentag<strong>em</strong> e o valorabsoluto <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high reconstituí<strong>da</strong>s que co-expressam CTLA-4 ou GITR. O númeroabsoluto de células T CD4 + CD25 + aumentou no período pré-cond e diminuiu após o TACTH, excetono D+270 no qual aumentou <strong>em</strong> 1,25%. Essa diminuição foi estatisticamente significante no D+60 aoD+180 pós-tx, e nos D+360 e D+540 (Figura 17B, Tabelas E.2 e E.5). A porcentag<strong>em</strong> de células TCD4 + CD25 + também aumentou no período pré-cond e diminuiu após o TACTH. Essa diminuição foi


Resultados 86estatisticamente significante no pré-cond e nos D+60 ao D+180 (Figura 17A, Tabelas D.2 e D.4). NoD+270 observamos a maior porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + CD25 + encontra<strong>da</strong> após o transplante.A Figura 17D mostra que o número absoluto de células Tregs CD4 + CD25 high apresentou umadiminuição no período pré-cond e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx, no entanto essa diminuição só foiestatisticamente significante no D+60 (p=0,0103) (Tabelas E.2 e E.5). Já, a porcentag<strong>em</strong> de células TCD4 + CD25 high mostrou um aumento significante no pré-cond (p=0,0300) e <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> um decréscimono D+60 (p=0,0267). A partir do D+100 pós-tx a porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + CD25 high aumentou,mas esse aumento não foi significante (Figura 17C, Tabelas E.2 e E.5).A freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high que co-expressam CTLA-4 diminuiu no pré-cond eaumentou <strong>em</strong> alguns períodos pós-tx analisados, porém esse aumento não foi estatisticamentesignificante, provavelmente devido à grande variabili<strong>da</strong>de de expressão encontra<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong>.Houve um aumento de 72,6% e de 51,9% na freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 highque coexpressamCTLA-4 no D+360 e D+540 pós-tx, respectivamente. (Figura 18A, Tabelas E.2 e E.5). Já,o número absoluto de células T CD4 + CD25 high CTLA-4 + aumentou no pré-cond, diminuiu nos doisprimeiros meses após o TACTH, voltou a aumentar no D+100 (2,3X), D+270 (5,4X) e D+360 (2,8X) e<strong>em</strong> segui<strong>da</strong> diminuiu novamente.Entretanto, essas diferenças não foram estatisticamentesignificantes (Figura 18B, Tabelas E.2 e E.5). Avaliamos também a expressão intracelular de CTLA-4<strong>em</strong> células fixa<strong>da</strong>s e permeabiliza<strong>da</strong>s. Observamos que 70-100% <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high forampositivas para a marcação intracelular de CTLA-4 (<strong>da</strong>dos não mostrados). No entanto, <strong>com</strong>o nãoavaliamos a freqüência dessas células <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as amostras dos <strong>pacientes</strong> a<strong>com</strong>panhados nessetrabalho, não foi possível fazer análise estatística e gráficos dos resultados.A Figura 18C mostra que freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 high que co-expressam GITRaumentou nos D+270 (187%), D+540 (12%) e D+720 (43,7%) pós-tx, no entanto esse aumento nãofoi significante (Tabelas E.3 e E.5). O número absoluto de células T CD4 + CD25 high GITR + diminuiu <strong>em</strong>todos os seguimentos analisados após o TACTH, <strong>em</strong>bora essas diferenças não tenham sidoestatisticamente significantes (Figura 18D, Tabelas E.3 e E.5).Embora não tenha havido um aumento do número absoluto de células Tregs CD4 + CD25 highapós o transplante, a cinética de <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 high foi mais rápi<strong>da</strong> doque a <strong>da</strong>s células T CD4 + totais. Como pod<strong>em</strong>os observar nas Tabelas E.1 e E.2, a diminuição donúmero absoluto de células T CD4 + <strong>em</strong> relação ao número de células pré-tx, foi de 45,4%, 69,3%,


Resultados 8771,5%, 58,6%, 59,5%, 65,8%, 55.1% e 58,4% nos períodos pré-cond, D+60, D+100, D+180, D+270,D+360, D+540 e D+720, respectivamente. Enquanto que a diminuição do número absoluto de célulasTregs CD4 + CD25 high , foi de 23,1%, 67,8%, 51,9%, 49,2%, 32,8%, 59,9%, 27% e 36,7% nos períodospré-cond, D+60, D+100, D+180, D+270 e D+360, D+540 e D+720, respectivamente. Essa observaçãopode ser também visualiza<strong>da</strong> nas Figuras 11B e 17C,D. A recuperação mais rápi<strong>da</strong> do número decélulas Tregs CD4 + CD25 highsugere que após o TACTH ocorra uma expansão homeostáticapreferencial dessas células, dentro <strong>da</strong> população de células T CD4 + totais, durante a fase linfopênica<strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>.


Resultados 88A12000B4500Leucócitos totais/ulCMonócitos/ul100008000600040002000100080060040020000IS*Pre-mobPre-condD+6D+60*D+100D+180D+270D+360D+540D+720IS*Pre-mobPre-condD+60*D+100*D+180D+270*D+360D+540*D+720Linfócitos/ulGranulócitos/ul400035003000250020001500100050010000900080007000600050004000300020001000ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270D+360D+540D+720Figura 10. Reconstituição de leucócitos totais, linfócitos, monócitos e granulócitos <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) de leucócitos totais (A), linfócitos (B) <strong>em</strong>onócitos (C) e de granulócitos (D). (E).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhasdentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro seestend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicamp


Resultados 89A3000B1800Linfócitos T CD3+/ul2500200015001000500Linfócitos T CD4+/ul16001400120010008006004002000ISPre-mob*Pre-condD+60*D+100D+180D+270D+360D+540D+7200ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540D+720C2500D700Linfócitos T CD8+/ul200015001000500Linfócitos B CD19+/ul6005004003002001000ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+7200ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100D+180D+270D+360*D+540D+720E4Razão CD4+:CD8+3210ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720Figura 11. Reconstituição de linfócitos T e B <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. Valoresabsolutos (células/μl) de linfócitos T CD3 + (A), linfócitos T auxiliares CD3 + CD4 + (B) e linfócitos T citotóxicosCD3 + CD8 + (C), de linfócitos B CD19 + (D). (E). Razão dos valores absolutos de linfócitos T CD4 + /CD8 + . Asextr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 90ABT CD3+TCR alfa beta+/ul300025002000150010005000ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720T CD3+TCR gama delta+/ul250200150100500ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100D+180*D+270D+360D+540*D+720CDCélulas NK CD3-D16+CD56+/ul6005004003002001000Células CD3+CD16+CD56+/ul4003002001000ISPre-mobPre-cond*D+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ECélulas LIN-CD11c-HLADR+/ul403020100FCélulas LIN-CD11c+HLADR+/ul9008007006005004003002001000ISPre-cond*Pre-mobD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-cond*Pre-mobD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 12. Reconstituição de linfócitos T, células NK, células NKT-like, e de células dendríticas <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) de linfócitos T CD3 + TCRαβ +(A), linfócitos T CD3 + TCRγδ + (B), células NK CD3 - CD16 + CD56 + (C), de células NKT-like CD3 + CD16 + CD56 + (D),de células dendríticas linfóides LIN - CD11c - HLADR + (E), e de células dendríticas mielóides LIN - CD11c + HLADR +(F). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam amediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maiorvalor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 91A800B1200CD4+CD27+CD45RO-/ul7006005004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720CD4+CD27+CD45RO+/ul10008006004002000ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270*D+360D+540D+720C600D70CD4+CD27-CD45RO+/ul500400300200100CD4+CD27-CD45RO-/ul60504030201000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 13. Reconstituição de linfócitos T CD4 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) delinfócitos T naive CD4 + CD27 + CD45RO - (A), linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central CD4 + CD27 + CD45RO + (B), linfócitos Tde m<strong>em</strong>ória efetores CD4 + CD27 - CD45RO + (C), e de linfócitos T efetores diferenciados CD4 + CD27 - CD45RO - (D).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 92A400B1400CD8+CD27+CD45RO-/ul300200100CD8+CD27+CD45RO+/ul120010008006004002000ISPre-mob*Pre-cond*D+60D+100D+180D+270*D+360D+540D+7200ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270D+360D+540D+720C2000DCD8+CD27-CD45RO+/ul150010005000ISPre-mobPre-cond*D+60D+100*D+180*D+270*D+360*D+540D+720CD8+CD27-CD45RO+/ul4003002001000ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270*D+360D+540D+720Figura 14. Reconstituição de linfócitos T CD8 naive, de m<strong>em</strong>ória, de m<strong>em</strong>ória efetora e efetoresdiferenciados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. Valores absolutos (células/μl) delinfócitos T naive CD8 + CD27 + CD45RO - (A), linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central CD8 + CD27 + CD45RO + (B), linfócitos Tde m<strong>em</strong>ória efetores CD8 + CD27 - CD45RO + (C), e de linfócitos T efetores diferenciados CD8 + CD27 - CD45RO - (D).As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Osasteriscos indicam os valores outlyers. IS, valores de referência obtidos de 10 indivíduos-controle saudáveis <strong>com</strong>i<strong>da</strong>de entre 30-55 anos. Pré-mob, período pré-mobilização ou pré-transplante. Pré-cond, período précondicionamento.D+60, D+100, D+180, D+270, D+360, D+540 e D+720, dias pós-transplante.


Resultados 93AB% Linfócitos T CD3+CD4+Fas+100806040200ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360D+540D+720% Linfócitos T CD3+CD8+Fas+100806040200ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180D+270D+360D+540D+720C% Linfócitos B CD19+Fas+100806040200ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720D% Linfócitos T CD3+CD4+FasL+403020100ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720E% Linfócitos T CD3+CD8+FasL+80706050403020100ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 15. Expressão de Fas e FasL <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + ou TCD8 + , ou <strong>em</strong> linfócitos B reconstituídos <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD3 + CD4 +que expressam Fas (A), linfócitos T CD3 + CD8 + que expressam Fas (B), e de linfócitos B CD19 + que expressamFas (C), linfócitos T CD3 + CD4 + que expressam FasL (D), linfócitos T CD3 + CD8 + que expressam FasL (E). Asextr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 94A% Linfócitos T CD3+CD69+20151050B% Linfócitos T CD3+HLA-DR+80706050403020100IS*Pre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720C% Linfócitos T CD19+CD38+302520151050ISPre-mob*Pre-cond*D+60D+100D+180D+270D+360*D+540D+720D% T CD4+CD45RA+CD31+1009080706050403020ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ET CD4+CD45RA+CD31+/ul5004003002001000ISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720Figura 16. Expressão de marcadores de ativação celular <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + , T CD8 + e linfócitos Breconstituídos, e <strong>reconstituição</strong> de linfócitos T CD4+ recém-imigrantes do timo, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD3 + que expressam CD69(A), linfócitos T CD3 + que expressam HLADR (B), linfócitos B CD19 + que expressam CD38 (C), e de linfócitos TCD4 + CD45RA + que expressam CD31 (D). Valor absoluto (células/μl) de linfócitos T CD4 + CD45RA + CD31 + (E). Asextr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, ospontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculoscheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 95A% Linfócitos T CD4+CD25+35302520151050BLinfócitos T CD4+CD25+/ul8007006005004003002001000CISPre-mob*Pre-cond*D+60*D+100*D+180D+270D+360D+540D+720DISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270*D+360*D+540D+720% Linfócitos T CD4+CD25high6543210Linfócitos T CD4+CD25high/ul180160140120100806040200ISPre-mob*Pre-cond*D+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-cond*D+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 17. Reconstituição de linfócitos T CD4 + CD25 + e linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD4 + que expressam CD25(A), e de linfócitos T CD4 + que expressam CD25 high (C). Valores absolutos (células/μl) de linfócitos T CD4 + CD25 +(B) e de linfócitos CD4 + CD25 high (D). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhasdentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro seestend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicamp


Resultados 96AB% T CD4+CD25highCTLA-4+100806040200T CD4+CD25highCTLA-4+/ul50403020100ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720C% T CD4+CD25high+GITR+100806040200DT CD4+CD25high+GITR+/ul121086420ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 18. Expressão de CTLA-4 e GITR <strong>em</strong> linfócitos T CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla antes e após o TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de linfócitos T CD4 + CD25 high queexpressam CTLA-4 (A) e de linfócitos T CD4 + CD25 high que expressam GITR (C). Valores absolutos (células/μl) delinfócitos T CD4 + CD25 high CTLA-4 + (B) e de linfócitos CD4 + CD25 high GITR + (D). As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixasindicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixasindicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor ao maior valor. Os círculos cheios indicam osvalores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 974.3 <strong>Avaliação</strong> do perfil de citocinas após o TACHCom o objetivo de investigar possíveis alterações do padrão de citocinas que poderiampromover tolerância após o TACTH, por ex<strong>em</strong>plo, uma mu<strong>da</strong>nça de resposta T H 1 para T H 2 nos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e esclerose múltipla. Para tal, nós avaliamos a capaci<strong>da</strong>defuncional de produção de citocinas pelas subpopulações de linfócitos T CD4 + e T CD8 + nesses<strong>pacientes</strong>.Avaliamos por citometria de fluxo (Jung et al., 1993; Masher et al., 1999), a freqüência delinfócitos positivos para citocinas intracelulares do padrão T H 1 ou pró-inflamatórias (IFN-γ, IL-2, TNFα)ou do padrão T H 2 ou anti-inflamatórias (IL4, IL-5, IL-10) após ativação <strong>da</strong>s células <strong>com</strong> estímulopoliclonal (PMA e Ionomicina), conforme descrito <strong>em</strong> Material e Métodos. A produção de citocinas foiavalia<strong>da</strong> pelas subpopulações de linfócitos T CD4 + (CD3 + CD8 - ) e T CD8 + (CD3 + CD8 + ) ativados.As Figuras 19 e 20 mostram a avaliação a porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 +produtoras de citocinas do padrão T H 1 e T H 2, respectivamente, nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito dotipo 1. A porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas do padrão T H 1 e T H 2, nos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla é mostra<strong>da</strong> nas Figuras 21 e 22, respectivamente.Após a estimulação <strong>da</strong>s células T, o marcador de ativação precoce CD69 é rapi<strong>da</strong>menteregulado positivamente, dentro de 30 minutos após a estimulação, e atinge o máximo de expressão<strong>da</strong> superfície <strong>da</strong> célula após 18-24 horas (Nakamura et al., 1989). Em ca<strong>da</strong> ensaio, a determinação<strong>da</strong> expressão de CD69 foi usa<strong>da</strong> somente <strong>com</strong>o um controle <strong>da</strong> ativação <strong>da</strong>s células, a fim de seavaliar o funcionamento dos reagentes usados na estimulação <strong>da</strong>s células. Em geral, uma menorporcentag<strong>em</strong> de células T CD3 + expressou CD69 após estimulação nos <strong>pacientes</strong> (31-98%)<strong>com</strong>parando-se aos controles saudáveis (85-99%), principalmente nos primeiros meses após oTACTH. No entanto, isso não interferiu na detecção de citocinas intracelulares nas células dos<strong>pacientes</strong> após a ativação policlonal. Eyrich et al. (2004) também observou esse defeito na ativaçãocelular de células T naive e de m<strong>em</strong>ória, avalia<strong>da</strong> pela indução reduzi<strong>da</strong> <strong>da</strong> expressão de CD69 apósestímulo <strong>com</strong> PMA e ionomicina, que persistiu por pelo menos um ano após transplante alogênico decélulas tronco <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doenças h<strong>em</strong>atológicas.Em segui<strong>da</strong>, apresentar<strong>em</strong>os os resultados obtidos para os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e EMsepara<strong>da</strong>mente.


Resultados 984.3.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1A porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + positivas para INF-γ aumentou acentua<strong>da</strong>mente noperíodo pré-cond e <strong>em</strong> todos os seguimentos pós-tx. Esse aumento foi significante <strong>em</strong> todos osperíodos pós-TACTH (Tabelas F.1 e F.2). Como mostra as Figura 19A e B, o INF-γ foipredominant<strong>em</strong>ente detectado nos linfócitos T CD8 + .Observamos uma diminuição significante na porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + positivaspara a citocina IL-2 no pré-tx <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> encontra<strong>da</strong> nos controles saudáveis(p=0,0245 para CD4 + IL-2 + , e p=0,0022 para T CD8 + IL-2 + ). Em todos os períodos houve umapreponderância de células T CD4 + positivas para IL-2. A porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + IL-2 +aumentou <strong>em</strong> relação ao pré-tx, no pré-cond, D+100 e D+360, mas esse aumento não foiestatisticamente significante. Em contraste, a freqüência de células T CD8 +positivas para IL-2diminuiu significant<strong>em</strong>ente após o TACTH, no D+60, D+100, D+270 e D+360 pós-tx (Figuras 19C eD, Tabelas F.1 e F.2).A citocina TNF-α foi produzi<strong>da</strong> após estimulação numa eleva<strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de ambassubpopulações de células T CD4 + e CD8 + . Após o transplante, houve um aumento acentuado naporcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + produtoras de TNF-α, aumento que foi significante no período dedois a seis meses pós-tx (Figura 19E, Tabelas F.1 e F.2). Similarmente, houve um aumentosignificante na porcentag<strong>em</strong> de células T CD8 + TNF-α + após o TACTH, <strong>em</strong> todos os seguimentosavaliados (Figura 19E, Tabelas F.1 e F.2).Citocinas do padrão T H 2 foram detecta<strong>da</strong>s, após o estímulo policlonal, <strong>em</strong> uma baixaporcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + , nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e também nos controles saudáveis. Aporcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + positivas para IL-4 aumentou no pré-cond e após o TACTH, <strong>em</strong> todosos seguimentos, <strong>em</strong>bora esse aumento tenha sido significante somente no período de pré-cond(p=0,0480) e no D+270 pós-tx (p=0,0238). A freqüência de células T CD8 + IL-4 + também mostrou umaumento significante no pré-cond (p=0,0400) e logo após o TACTH (D+60) (Figura 20A e B, TabelasF.1 e F.2).Na Figura 20C, pod<strong>em</strong>os observar um aumento porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + positivas paraIL-5 no pré-cond e <strong>em</strong> todos os seguimentos após o TACTH. Esse aumento foi estatisticamentesignificante no D+270 pós-tx (p=0,0014) (Tabelas F.1 e F.2). No período de pré-cond e logo após o


Resultados 99transplante, houve um aumento na porcentag<strong>em</strong> de células T CD8 + produtoras de IL-5, aumento quefoi significante no período de pré-condicionamento (p= 0,0369) (Figura 20D, Tabelas F.1 e F.2).Observamos um aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + positivas para a citocina IL-10todos os períodos pós-tx e no pré-cond. O aumento <strong>da</strong>s células T CD4 + IL-10 + foi significante noD+180 (p=0,0020) e no D+270 (p=0,0015) (Figura 20E, Tabelas F.1 e F.2). Similarmente, afreqüência de células T CD8 + produtoras de IL-10 encontrou-se aumenta<strong>da</strong> no pré-cond e até seismeses pós-tx. O aumento de células T CD8 + IL-10 + foi estatisticamente significante no período de précondicionamento(p=0,0461) (Figura 20F, Tabelas F.1 e F.2).


Resultados 100AT CD4 + T CD8 +B% Células T CD3+CD8-INF-gama+908070605040302010ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360% Células T CD3+CD8+INF-gama+100806040200ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360CD% Células T CD3+CD8-IL-2+706050403020100IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360% Células T CD3+CD8+IL-2+302520151050IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100D+180*D+270*D+360EF% Células T CD3+CD8-TNF-alfa+9080706050403020100ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270D+360% Células T CD3+CD8+TNF-alfa+100806040200ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360Figura 19. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrão T H1<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 pré- e pós-TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de células TCD3 + CD8 - INF-γ + (A) e CD3 + CD8 + INF-γ + (B), células T CD3 + CD8 - IL-2 + (C) e CD3 + CD8 + IL-2 + (D), e de células TCD3 + CD8 - TNF-α + (E) e CD3 + CD8 + TNF-α + (F), após estímulo in vitro de 6 horas <strong>com</strong> PMA e ionomicina, napresença de brefeldina A. As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>scaixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> domenor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 101AT CD4 + T CD8 +B% Células T CD3+CD8-IL-4+3,02,52,01,51,00,50,0% Células T CD3+CD8+IL-4+2,01,51,00,50,0ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360CD% Células T CD3+CD8-IL-5+14121086420ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180*D+270D+360% Células T CD3+CD8+IL-5+543210ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360EF% Células T CD3+CD8-IL-10+14121086420% Células T CD3+CD8+IL-10+6543210ISPre-mobPre-condD+60D+100*D+180*D+270D+360ISPre-mob*Pre-condD+60D+100D+180D+270D+360Figura 20. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrão T H2<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito tipo 1 pré- e pós-TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de células TCD3 + CD8 - IL-4 + (A) e CD3 + CD8 + IL-4 + (B), células T CD3 + CD8 - IL-5 + (C) e CD3 + CD8 + IL-5 + (D), e de células TCD3 + CD8 - IL-10 + (E) e CD3 + CD8 + IL-10 + (F), após estímulo in vitro de 6 horas<strong>com</strong> PMA e ionomicina, na presençade brefeldina A. As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixasindicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor aomaior valor. Os Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 1024.3.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltiplaNos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, a citocina INF-γ foi produzi<strong>da</strong> após estimulação policlonal por umaeleva<strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de ambas subpopulações de células T CD4 + e CD8 + . No entanto, <strong>com</strong>o mostraa Figura 21A e B, o INF-γ foi predominant<strong>em</strong>ente detectado nos linfócitos T CD8 + . Após otransplante, houve um aumento significante na porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + produtoras de INF-γ,<strong>em</strong> todos os seguimentos avaliados pós-tx até dois anos pós-tx (Figura 21A, Tabelas G.1 e G.2).Similarmente, houve um aumento acentuado na porcentag<strong>em</strong> de células T CD8 + INF-γ +após oTACTH, estatisticamente significante <strong>em</strong> todos os seguimentos avaliados (Figura 21B, Tabelas G.1 eG.2).Observamos uma diminuição significante na porcentag<strong>em</strong> de células T CD8 + positivas paraINF-γ, e de células T CD4 + e CD8 + positivas para IL-2 e TNF-α, no período pré-tx <strong>em</strong> relação àporcentag<strong>em</strong> encontra<strong>da</strong> nos controles saudáveis (Figura 21, Tabelas G.1 e G.2).Houve uma preponderância de células T CD4 +positivas para IL-2 <strong>em</strong> todos os períodosanalisados. A porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + IL-2 +aumentou <strong>em</strong> vários seguimentos pós-tx, <strong>em</strong>relação à porcentag<strong>em</strong> pré-tx, mas esse aumento não foi estatisticamente significante. Em contraste,a freqüência de células T CD8 + positivas para IL-2 diminuiu nos primeiros seis meses após o TACTH,diminuição esta que não foi significante (Figuras 21C e D, Tabelas G.1 e G.2).Como pod<strong>em</strong>os observar na Figura 21, após o transplante, houve um aumento acentuado naporcentag<strong>em</strong> de células T CD4 +produtoras de TNF-α, aumento que foi significante <strong>em</strong> todosperíodos pós-tx, exceto no D+270 (Figura 21E, Tabelas G.1 e G.2). Da mesma forma, houve umaumento significante na porcentag<strong>em</strong> de células T CD8 + TNF-α +após o TACTH, <strong>em</strong> todos osseguimentos avaliados (Figura 21F, Tabelas G.1 e G.2). A produção de TNF-α foipredominant<strong>em</strong>ente detecta<strong>da</strong> na subpopulação de células T CD4 + .Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM e também nos controles saudáveis do grupo 2, as citocinas do padrãoT H 2 foram detecta<strong>da</strong>s <strong>em</strong> uma baixa porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + estimula<strong>da</strong>s. Aporcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + positivas para IL-4 aumentou no D+100 e D+180 após oTACTH, <strong>em</strong>bora esse aumento não tenha sido significante (Figura 22A e B, Tabelas G.1 e G.2).Na Figura 22C, pod<strong>em</strong>os observar um aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 +produtoras de IL-5 no pré-cond e <strong>em</strong> nos primeiros seis meses após o TACTH, no entanto esseaumento não foi estatisticamente significante (Tabelas G.1 e G.2).


Resultados 103A Figura 22E mostra um aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + positivas para a citocinaIL-10 todos os períodos pós-tx avaliados (Figura 22E, Tabelas G.1 e G.2). Similarmente, afreqüência de células T CD8 + produtoras de IL-10 encontrou-se aumenta<strong>da</strong> no pré-cond e até seismeses pós-tx (Figura 22F). No entanto, o aumento de células T CD4 + e CD8 + positivas para IL-10observado não foi estatisticamente significante (Tabelas G.1 e G.2).


Resultados 104AT CD4 + T CD8 +B% Células T CD3+CD8-INF-gama+9080706050403020100ISPre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720% Células T CD3+CD8+INF-gama+100908070605040302010IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180*D+270*D+360*D+540*D+720CD% Células T CD3+CD8-IL-2+8070605040302010IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720% Células T CD3+CD8+IL-2+80706050403020100IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720EF% Células T CD3+CD8-TNF-alfa+100806040200IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270*D+360*D+540D+720% Células T CD3+CD8+TNF-alfa+100806040200IS*Pre-mobPre-cond*D+60*D+100*D+180D+270*D+360*D+540D+720Figura 21. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrão T H1<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de células TCD3 + CD8 - INF-γ + (A) e CD3 + CD8 + INF-γ + (B), células T CD3 + CD8 - IL-2 + (C) e CD3 + CD8 + IL-2 + (D), e de células TCD3 + CD8 - TNF-α + (E) e CD3 + CD8 + TNF-α + (F), após estímulo in vitro de 6 horas <strong>com</strong> PMA e ionomicina, napresença de brefeldina A. As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>scaixas indicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> domenor ao maior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 105AT CD4 + T CD8 +B% Células T CD3+CD8-IL-4+9876543210% Células T CD3+CD8+IL-4+9876543210ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360*D+540D+720C% Células T CD3+CD8-IL-5+6543210D% Células T CD3+CD8+IL-5+9876543210EISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720FISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720% Células T CD3+CD8-IL-10+2520151050% Células T CD3+CD8+IL-10+876543210ISPre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720IS*Pre-mobPre-condD+60D+100D+180D+270D+360D+540D+720Figura 22. Porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e T CD8 + produtoras de citocinas intracelulares do padrão T H2<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-TACTH. Porcentagens (gate <strong>em</strong> linfócitos) de células TCD3 + CD8 - IL-4 + (A) e CD3 + CD8 + IL-4 + (B), células T CD3 + CD8 - IL-5 + (C) e CD3 + CD8 + IL-5 + (D), e de células TCD3 + CD8 - IL-10 + (E) e CD3 + CD8 + IL-10 + (F), após estímulo in vitro de 6 horas<strong>com</strong> PMA e ionomicina, na presençade brefeldina A. As extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s caixas indicam o 25th e o 75th percentis, as linhas dentro <strong>da</strong>s caixasindicam a mediana, os pontos dentro <strong>da</strong>s caixas indicam a média, e as barras de erro se estend<strong>em</strong> do menor aomaior valor. Os círculos cheios indicam os valores outlyers. Os asteriscos indicam p


Resultados 1064.4 Análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório de linfócitos TCom o objetivo de estu<strong>da</strong>r a diversi<strong>da</strong>de do repertório de linfócitos T nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 e esclerose múltipla, antes e seqüencialmente após o TACTH, e avaliar se ocorr<strong>em</strong>mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do repertório de células T nesses <strong>pacientes</strong> após o transplante, nósutilizamos a metodologia de TCRBV CDR3 spectratyping descrita por Pannetier et al. (1993). Estametodologia permite a análise <strong>da</strong> <strong>com</strong>posição clonal de uma população de células T e de suadiversi<strong>da</strong>de geral basea<strong>da</strong> na distribuição dos segmentos de CDR3 (do inglês Compl<strong>em</strong>entarity-Determining Regions) do receptor de células T (TCR).Usando este método, nós estu<strong>da</strong>mos a diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR dos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ou <strong>com</strong> esclerose múltipla e a cinética de <strong>reconstituição</strong> dorepertório de células T após o TACTH. Avaliamos também o repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR <strong>em</strong> doisindivíduos-controle saudáveis, um <strong>com</strong> i<strong>da</strong>de de 29 anos (DN20) e outro <strong>com</strong> 38 anos (DN12)(Apêndice Y).A Figura C.1 (Apêndice C) mostra um esqu<strong>em</strong>a do método de TCRBV CDR3 spectratyping ea Figura C.2 (Apêndice C) mostra uma imag<strong>em</strong> gera<strong>da</strong> após a corri<strong>da</strong> eletroforética dos produtos dePCR obtidos após a reação de elongação (run-off) num gel de seqüenciamento. Essa imag<strong>em</strong> foianalisa<strong>da</strong> pelo software Gene Mapper, gerando os gráficos de distribuição dos segmentos de CDR3.(Apêndices I-M: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1; Apêndices N-U: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla; Apêndices V: indivíduos-controle saudáveis). Os gráficos (ou espectros) representam aintensi<strong>da</strong>de de fluorescência <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3 <strong>em</strong>pares de bases.A partir desses gráficos, foi calcula<strong>da</strong> a freqüência de ca<strong>da</strong> pico <strong>da</strong> região CDR3 <strong>da</strong>s famíliasVβ e a freqüência total de ca<strong>da</strong> família Vβ para uma determina<strong>da</strong> amostra, a partir do valor <strong>da</strong> áreados picos de fluorescência, <strong>com</strong>o descrito <strong>em</strong> Material e Métodos. Devido ao grande volume deresultados, apresentamos nos Apêndices os perfis do repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> pacienteindividualmente, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o uma tabela na qual são mostra<strong>da</strong>s a freqüência total de ca<strong>da</strong> família Vβno repertório e a freqüência de ca<strong>da</strong> segmento de CDR3 dentro de ca<strong>da</strong> família Vβ específica(Apêndices I-M: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1; Apêndices N-U: <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla; Apêndices V: indivíduos-controle saudáveis). A freqüência total de ca<strong>da</strong> família Vβ norepertório do TCR também está mostra<strong>da</strong> sob a forma de gráficos no Apêndice W (<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>


Resultados 107<strong>diabete</strong> melito do tipo 1), no Apêndice X (<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla) e no Apêndice Y(indivíduos-controle saudáveis).Em nossas análises, classificamos as famílias Vβ <strong>com</strong>o: A. famílias policlonais gaussianas,famílias que apresentaram múltiplos picos (ou segmentos) de CDR3 <strong>com</strong> uma distribuição gaussiana(ou normal) dos picos. B. famílias policlonais não-gaussianas, famílias que apresentaram múltiplospicos de CDR3 <strong>com</strong> uma distribuição anormal ou não-gaussiana dos picos (distribuição “desvia<strong>da</strong>” ouskewed; às vezes apresentando descontinui<strong>da</strong>de devido à ausência de alguns picos, formandoburacos no espectro). C. famílias oligoclonais, famílias que apresentaram ≤4 picos de CDR3 <strong>com</strong>uma distribuição não-gaussiana dos picos. D. famílias monoclonais, famílias que apresentaramsomente um pico de CDR3, representando uma população <strong>em</strong> expansão clonal.As famílias Vβ policlonais gaussianas foram então classifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o famílias de padrãogaussiano, e as famílias policlonais não-gaussianas, oligoclonais ou monoclonais foram classifica<strong>da</strong>s<strong>com</strong>o famílias de padrão não-gaussiano. Algumas famílias Vβ não foram amplifica<strong>da</strong>s <strong>em</strong>determinados períodos <strong>em</strong> alguns <strong>pacientes</strong>, e foram denomina<strong>da</strong>s famílias negativas. Em nossoestudo, consideramos um repertório restrito para uma determina<strong>da</strong> família Vβ quando foramencontrados ≤4 picos de CDR3, independent<strong>em</strong>ente do perfil de distribuição dos picos, se gaussianoou não-gaussiano. Por outro lado, o repertório foi considerado diverso para uma determina<strong>da</strong> famíliaVβ quando ≥5 picos de CDR3 foram observados. Essas classificações foram basea<strong>da</strong>s <strong>em</strong> análisesde repertório descritas na literatura (Wu et al. 2000; Talvensaari et al., 2002; Bomberger et al., 1998;Farge et al., 2005; Muraro et al., 2006).Em nossos experimentos, as análises por TCRBV CDR3 spectratyping identificaram quatropadrões básicos de <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de dos TCRs, também descritos por Muraro et al.(2005). O padrão I consistiu na recuperação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplanterestrito. O padrão II consistiu na <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório prétransplantediverso. O padrão III consistiu no reaparecimento total ou parcial de um repertório prétransplanterestrito. E o padrão IV consistiu na <strong>reconstituição</strong> de um repertório restrito a partir de umrepertório pré-transplante diverso.De modo geral, observamos amplificação de to<strong>da</strong>s as famílias Vβ, <strong>com</strong> exceção <strong>da</strong>s famíliasVβ19, Vβ20 e Vβ24, que não foram amplifica<strong>da</strong>s <strong>em</strong> determinados <strong>pacientes</strong> ou períodos. Em nossasanálises, a expressão <strong>da</strong> família Vβ24 foi baixa <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> e amostras analisa<strong>da</strong>s.


Resultados 108As análises do repertório de linfócitos T dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM ou EM transplantados, porTCRBV CDR3 Spectratyping, mostraram que a maioria <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR, antes e após otransplante, eram policlonais e apresentavam um perfil de distribuição dos picos anormal ou nãogaussiano.No entanto, várias dessas famílias Vβ policlonais, <strong>com</strong> perfil de distribuição dos picos nãogaussiano,apresentaram expansões dominantes de 1-2 picos de CDR3. Essas expansões foramencontra<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> principalmente seis meses após o TACTH e estão associa<strong>da</strong>s à faselinfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>, caracteriza<strong>da</strong> pela proliferação homeostática de células Tde m<strong>em</strong>ória residuais que sobreviveram ao regime de condicionamento. Essa fase também foicaracteriza<strong>da</strong> pela presença de algumas famílias Vβ <strong>em</strong> expansões oligoclonais ou monoclonais.Além disso, alguns <strong>pacientes</strong> apresentaram famílias <strong>em</strong> expansões oligoclonais ou monoclonais noperíodo pré-transplante, que se mantiveram após o transplante <strong>em</strong> alguns <strong>pacientes</strong> e <strong>em</strong> outros não.Em geral, as famílias Vβ analisa<strong>da</strong>s apresentaram segmentos de CDR3 de tamanhos variáveis <strong>com</strong>oo pico de maior freqüência.A diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR (aumento ou diminuição) foi analisa<strong>da</strong> <strong>com</strong>base no <strong>com</strong>plexity score calculado para ca<strong>da</strong> amostra (Wu et al., 2000) e no número total de picos(soma dos picos de to<strong>da</strong>s as família Vβ), conforme explicado <strong>em</strong> Material e Métodos. Em indivíduosnormais, a maioria <strong>da</strong>s famílias Vβ apresenta perfil policlonal gaussiano e possu<strong>em</strong> <strong>em</strong> média oitopicos na região CDR3, <strong>em</strong>bora possam ser encontra<strong>da</strong>s famílias Vβ <strong>em</strong> expansões oligoclonais (Wuet al. 2000; Fallen et al., 2003). Wu et al. (2000) analisaram o repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de 10doadores normais e mostraram que a média dos <strong>com</strong>plexity scores dos doadores foi de 183 (nesseestudo o <strong>com</strong>plexity score máximo era de 208). Os autores estabeleceram o score de 142 (intervalode confiança de 95%) <strong>com</strong>o o limite inferior de normali<strong>da</strong>de. Em nosso trabalho, o <strong>com</strong>plexity scor<strong>em</strong>áximo foi de 192. Nos indivíduos saudáveis DN20 e DN12 estu<strong>da</strong>dos a maioria <strong>da</strong>s famílias Vβapresentaram um perfil policlonal. Os <strong>com</strong>plexity scores foram de 179 e 173 para os indivíduos DN20e DN12, respectivamente.Em segui<strong>da</strong>, mostramos resultados <strong>da</strong>s análises do repertório de células T pré e póstransplante,separa<strong>da</strong>mente para os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ou <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla.


Resultados 1094.4.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1A Tabela 7 mostra a análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR dos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, antes e seqüencialmente após o TACTH.Observamos que o <strong>com</strong>plexity score diminuiu <strong>em</strong> quatro dentre os cinco <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DMtransplantados. Um ano após o transplante (tx), os <strong>pacientes</strong> DM1, DM2 e DM4, apresentaram umadiminuição do <strong>com</strong>plexity score do repertório Vβ de 6,3%, 12% e 6,3%, respectivamente. O pacienteDM5 teve uma diminuição de apenas 1,6%, mas ain<strong>da</strong> apresenta um seguimento muito curto pós-tx.Já, o paciente DM3 apresentou um pequeno aumento do <strong>com</strong>plexity score um ano após o TACTH(0,6%). (Tabela 7).O número total de picos de CDR3 <strong>da</strong>s cadeias Vβ dos TCRs, diminuiu <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> DM transplantados. No paciente DM1, 2 famílias Vβ apresentaram maior número de picos norepertório Vβ do TCR um ano pós-tx <strong>em</strong> relação à diversi<strong>da</strong>de pré-tx. Onze famílias tiveram o númerode picos diminuído e outras 11 famílias mostraram o mesmo número de picos de antes dotransplante. No paciente DM2, sete famílias Vβ apresentaram um aumento no número de picos póstx.Treze famílias tiveram o número de picos diminuído e 4 famílias mostraram a mesma quanti<strong>da</strong>dede picos de antes do transplante (Tabela 7).No paciente DM3. encontramos 6 famílias Vβ <strong>com</strong> um maior número de picos no repertório Vβdo TCR um após o transplante. Cinco famílias apresentaram diminuição no número de picos e outras13 famílias mostraram o mesmo número de picos de antes do transplante. Já, o paciente DM4 foi oque apresentou o maior número de famílias Vβ <strong>com</strong> número de picos diminuído (15 famílias). Trêsfamílias Vβ apresentaram um número maior de picos pós-tx e 6 famílias mostraram a mesmaquanti<strong>da</strong>de de picos de antes do transplante.Interessant<strong>em</strong>ente, o paciente DM5, mesmo <strong>com</strong> um seguimento curto de seis meses pós-tx,apresentou um grande número de famílias Vβ <strong>com</strong> uma maior número de picos no repertório Vβ (7famílias). Oito famílias apresentaram diminuição no número de picos e 9 famílias Vβ mostraram omesmo número de picos de antes do transplante.É interessante ressaltar que os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM têm um seguimento de até um ano póstransplante,desse modo, pod<strong>em</strong>os esperar que um repertório mais diverso seja recuperado após umano e meio a dois anos após o TACTH <strong>com</strong> a <strong>reconstituição</strong> de uma população maior de células


Resultados 110naive produzi<strong>da</strong>s pelo timo desses <strong>pacientes</strong>. Além disso, a diversi<strong>da</strong>de grande de picos pré-tx deveseà i<strong>da</strong>de desses <strong>pacientes</strong>, pois são <strong>pacientes</strong> jovens, e portanto apresentam uma diversi<strong>da</strong>d<strong>em</strong>aior de células T. Com isso, a <strong>reconstituição</strong> de um repertório pós-tx ain<strong>da</strong> mais diverso do que orepertório pré-tx pode d<strong>em</strong>orar mais t<strong>em</strong>po.Como pod<strong>em</strong>os observar na Tabela 7, a grande maioria <strong>da</strong>s famílias reconstituí<strong>da</strong>s apresentouum padrão não-gaussiano. Dentre elas as famílias <strong>com</strong> múltiplos picos (policlonais), mas <strong>com</strong>distribuição anormal (não-gaussiana) dos segmentos de CDR3 foram as mais freqüentes. O númerode famílias policlonais de padrão gaussiano diminuiu após o transplante <strong>em</strong> 4 dentre os 5 <strong>pacientes</strong>analisados, e aumentou no paciente DM3 (de 1 para 2 famílias).O paciente DM1 apresentou uma família (Vβ19) oligloclonal, seis meses e um ano após oTACTH. Uma família nesse paciente apresentou-se <strong>em</strong> expansão clonal (Vβ12), <strong>com</strong> um único picode CDR3 de 6 resíduos de aminoácidos. Interessant<strong>em</strong>ente, essa família recuperou diversi<strong>da</strong>de umano pós-tx (Tabela 7 e Apêndice I). Expansões oligoclonais ou monoclonais são <strong>com</strong>umenteencontra<strong>da</strong>s <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> doenças auto-imunes ou doenças h<strong>em</strong>atológicas, <strong>com</strong>o leuc<strong>em</strong>ias,por ex<strong>em</strong>plo. Essas expansões pod<strong>em</strong> corresponder a uma população clonal de linfócitos autoreativosou leucêmicos.O paciente DM2, para o qual o repertório foi analisado também nos períodos D+100 e D+270apresentou, quatro famílias oligoclonais 100 dias pós-tx (Vβ4, Vβ7, Vβ8, Vβ12 e Vβ24), 2 famílias noD+180 (Vβ7 e Vβ23) e uma família no D+270 (Vβ19) e D+360 (Vβ7). Esse paciente apresentou umafamília monoclonal, Vβ8, <strong>com</strong> o segmento de CDR3 de 9aa <strong>em</strong> expansão clonal, nos D+270 e D+360pós-tx. Vale notar que a família Vβ8, apesar de apresentar múltiplos picos pré-tx, o pico de 9aa eradominante <strong>em</strong> relação aos outros. Após o transplante, a família tornou-se oligoclonal, e depoismonoclonal <strong>com</strong> o passar do t<strong>em</strong>po (Tabela 7 e Apêndice J).Na Tabela 7 pod<strong>em</strong>os observar que o paciente DM3 apresentou uma família oligoclonal (Vβ19)antes do transplante e esse número aumentou para 2 famílias (Vβ13 e Vβ19) no D+100 e para 3famílias (Vβ3, Vβ15 e Vβ19) no D+360 pós-tx. Vale ressaltar que a família Vβ19, que já apresentavaum perfil restrito antes do transplante (2 picos de CDR3, de 10 e 14aa), reapareceu pós-tx <strong>com</strong> omesmo perfil oligoclonal, mas ain<strong>da</strong> mais restrito no dia +180 pós-TACTH (Apêndice K).


Resultados 111Tabela 7. Análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório Vβ do TCRs dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré e seqüencialmente após o TACTH.PACIENTEPERÍODOFAMÍLIAS DE PADRÃONÃO-GAUSSIANO(Nº DE FAMÍLIAS)Nº DEFAMÍLIASNEGATIVASFAMÍLIAS DEPADRÃOGAUSSIANO(Nº DE FAMÍLIAS)PADRÃO DERECONSTITUIÇÃO(Nº DE FAMÍLIAS)Nº DE PICOS PÓS-TACTH(Nº DE FAMÍLIAS)NºTOTALDEPICOSCSPOLI OLIGO MONO TOTALPOLICLONAL I II III IV > = ), igual (=) ou menor (


Resultados 112No paciente DM4 encontramos 2 famílias Vβ <strong>em</strong> expansão oligoclonal (Vβ10 e Vβ11) seismeses pós-tx, e nenhuma família monoclonal (Apêndice L). Este paciente, dentre os cinco foi o queapresentou uma maior diminuição do número de picos. Não encontramos nenhuma família <strong>com</strong> perfiloligoclonal no paciente DM5, o qual <strong>em</strong> seis meses quase recuperou <strong>com</strong>pletamente a diversi<strong>da</strong>de dorepertório pré-tx.Em nossas análises observamos que várias famílias Vβ <strong>com</strong> perfil de distribuição dos picosnão-gaussiano, classifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o policlonais por apresentar<strong>em</strong> ≥5 picos, apresentavam expansõesdominantes de 1-2 picos de CDR3. Sendo os outros segmentos, de outros tamanhos, subdominantesnessa determina<strong>da</strong> família Vβ. Essas expansões foram encontra<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> principalmenteseis meses após o TACTH. Como ex<strong>em</strong>plos, t<strong>em</strong>os as famílias Vβ8, Vβ10, Vβ11, Vβ14, Vβ16, Vβ18,Vβ20, Vβ22 e Vβ24 no D+180 pós-tx, e a família Vβ12 um ano após o TACTH, no paciente DM1(Apêndice I).Nós encontramos famílias policlonais não-gaussianas <strong>com</strong> expansões dominantes de 1-2 picostambém nos outros <strong>pacientes</strong>. No paciente DM2, encontramos as famílias Vβ8 no período pré-tx(conforme já mencionado anteriormente), e as famílias Vβ4, Vβ12, Vβ14 e Vβ23 pós-tx (Apêndice J).No paciente DM3, a família Vβ15 apresentou expansões dominantes antes do transplante, e asfamílias Vβ3, Vβ10, Vβ16 e Vβ23 nos períodos pós-tx (Apêndice K).O paciente DM4 apresentou várias famílias <strong>com</strong> esse perfil após o transplante, algumassomente no D+180 (famílias Vβ1, Vβ13, Vβ14, Vβ15 e Vβ19), outras somente no D+360 (famíliasVβ10 e Vβ11), e outros nos dois períodos pós-tx (famílias Vβ3, Vβ7, e Vβ24). A família Vβ3apresentou um pico de 9aa <strong>em</strong> grande expansão também antes do transplante, que reapareceu <strong>em</strong>expansão após o TACTH (Apêndice L). Já, o paciente DM5 apresentou poucas famílias policlonaisnão-gaussianas <strong>com</strong> expansões dominantes pós-tx (famílias Vβ1, Vβ11, Vβ19 e Vβ20). A família Vβ1também apresentou dois picos <strong>em</strong> expansão também antes do transplante (Apêndice M).Conforme mencionado anteriormente, observamos quatro diferentes padrões de <strong>reconstituição</strong>do repertório <strong>da</strong> cadeia β do TCR após o transplante. Na Tabela 7 pod<strong>em</strong>os observar o número defamílias que apresentaram os diferentes padrões de <strong>reconstituição</strong> do repertório, nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>DM. A Figura 23 mostra alguns perfis por TCRBV CDR3 spectratyping que ex<strong>em</strong>plificam os quatrodiferentes padrões de <strong>reconstituição</strong> encontrados nesses <strong>pacientes</strong>.


Resultados 113O padrão de <strong>reconstituição</strong> mais <strong>com</strong>um <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> analisados foi o padrão II, queconsiste na <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplante diverso. Noentanto, os outros padrões de <strong>reconstituição</strong> também foram observados nos <strong>pacientes</strong>. O pacienteDM1 apresentou uma família Vβ (Vβ19) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV. O paciente DM2 apresentouduas famílias Vβ (Vβ7 e Vβ8) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV. Já, o paciente DM3 apresentou umafamília Vβ (Vβ12) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> I, uma família Vβ (Vβ19) <strong>com</strong> padrão de<strong>reconstituição</strong> III, e duas famílias Vβ (Vβ3 e Vβ15) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV (Figura 23).O padrão IV (que consiste na <strong>reconstituição</strong> de um repertório restrito a partir de um repertóriopré-transplante diverso), quando observado, persistiu até o seguimneto máximo pós-tx analisado. Noentanto, pod<strong>em</strong>os esperar que um repertório mais diverso seja recuperado <strong>com</strong> mais t<strong>em</strong>po deseguimento pós-tx, e que as famílias que eram policlonais antes do transplante volt<strong>em</strong> a recuperardiversi<strong>da</strong>de, principalmente por que indivíduos jovens apresentam uma ativi<strong>da</strong>de tímica relevante eprodução significativa de células T naive.O método de TCRBV CDR3 spectratyping permite também estimarmos a freqüência de ca<strong>da</strong>família Vβ num determinado repertório analisado. No Apêndice W, as Figuras W.1 a W.3, mostram afreqüência total (<strong>em</strong> %), antes e seqüencialmente após o transplante, <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ do TCR paraca<strong>da</strong> paciente <strong>com</strong> DM individualmente. Nos Apêndices I-M, as tabelas mostram a freqüência totalde ca<strong>da</strong> família Vβ no repertório, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o a freqüência de ca<strong>da</strong> segmento de CDR3 dentro de ca<strong>da</strong>família Vβ específica, para ca<strong>da</strong> paciente individualmente.Observamos mu<strong>da</strong>nças dinâmicas na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dos TCRs após oTACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, evidencia<strong>da</strong>s por alterações qualitativas e quantitativas dos picos <strong>da</strong>região CDR3 <strong>da</strong>s famílias Vβ. Em vários casos, picos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong> família Vβ que eramdominantes antes do transplante tornaram-se subdominantes após o mesmo, sendo excedidos poroutros segmentos de CDR3 que estavam sub-representados antes do TACTH. Em outros casos,picos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong> família Vβ que eram dominantes antes do transplante foramexcedidos após o TACTH por outros segmentos de CDR3 que não tinham sido detectados antes dotransplante. A Figura 24 mostra alguns ex<strong>em</strong>plos de mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> dealgumas famílias Vβ do TCR após o TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM.


Resultados 114PACIENTE - VB Pré-Tx D+180 D+360DM3 - VB12NEGNEGPadrão IDM2 - VB16DM1 - VB18DM1 - VB22Padrão IIDM4 - VB2DM4 - VB5DM2 - VB8Padrão IIIDM3 - VB19DM2 - VB7DM3- VB3Padrão IVDM1 - VB12Figura 23. Padrões de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong><strong>diabete</strong> melito do tipo 1. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononuclerares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA,amplificado usando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelométodo de TCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao númerode transcritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares debases (eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos deaminoácidos. DM, <strong>diabete</strong> melito do tipo 1. NEG, negativo ou ausência de expressão <strong>da</strong> família.


Resultados 115Além disso, várias famílias Vβ apresentaram freqüências diferentes após o transplante,aumenta<strong>da</strong>s ou diminuí<strong>da</strong>s <strong>em</strong> relação ao período pré-transplante, indicando uma mu<strong>da</strong>nçaquantitativa na <strong>com</strong>posição do repertório de células T após o transplante (Apêndice W, Figuras W.1a W.3). Além disso, mesmo quando uma família Vβ manteve freqüência total s<strong>em</strong>elhante após otransplante, <strong>em</strong> alguns casos foi observa<strong>da</strong> uma mu<strong>da</strong>nça qualitativa e quantitativa nos segmentos<strong>da</strong> região CDR3 dessa família (Figura 24: Paciente DM2-Vβ13, Apêndice J; Paciente DM4-Vβ7,Apêndice L). Esses resultados indicam que o TACTH induz mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s, qualitativas equantitativas, na <strong>com</strong>posição do repertório de células T dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM transplantados.Durante uma resposta imune a<strong>da</strong>ptativa, a resposta de linfócitos T a um determinado antígenopode envolver expansões de clones ou, de populações policlonais <strong>com</strong>partilhando o mesmo rearranjoVβ-Jβ, <strong>com</strong>partilha<strong>da</strong>s entre diferentes indivíduos (expansões públicas) ou expansões presentesapenas <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo (expansões priva<strong>da</strong>s) (Sercarz et al., 2000). Em nosso estudo, nãoestu<strong>da</strong>mos os rearranjos Vβ-Jβ nos linfócitos dos <strong>pacientes</strong> transplantados, mas pod<strong>em</strong>os discutir aocorrência de expansões relevantes de células T usando a mesma família Vβ, <strong>com</strong>partilha<strong>da</strong>s ou nãopor diferentes <strong>pacientes</strong>. Destacamos as expansões Vβ relevantes <strong>com</strong> freqüência ≥ 6%,independent<strong>em</strong>ente de seu perfil por TCRBV spectratyping, ter sido policlonal oligoclonal oumonoclonal.A Tabela 8 mostra as famílias Vβ <strong>com</strong> maiores freqüências nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM (freqüências≥6%). As famílias Vβ6 e Vβ21 mostraram-se <strong>em</strong> expansão relevante antes do transplante <strong>em</strong> todosos <strong>pacientes</strong> <strong>em</strong> DM analisados nesse estudo. E as famílias Vβ5 e Vβ22 apresentaram-se <strong>em</strong>expansão, no período pré-tx <strong>em</strong> 4/5 <strong>pacientes</strong>. Enquanto que as famílias Vβ9, Vβ15 e Vβ16apresentaram freqüência ≥6% <strong>em</strong> 3 entre cinco <strong>pacientes</strong> transplantados. Interessant<strong>em</strong>ente, o picode CDR3 de maior expressão nas famílias Vβ6 e Vβ22 foi o de 9 resíduos de aa <strong>em</strong> todos os<strong>pacientes</strong>. Já, o segmento de CDR3 mais freqüente na família Vβ5 foi o de 10 aa. Em relação àfamília Vβ21, os <strong>pacientes</strong> apresentaram picos de diferentes tamanhos <strong>com</strong>o pico de maiorfreqüência, variando entre 7, 9, 10 e 12 resíduos de aa (Apêndices I-M).


Resultados 116PACIENTE - VB Pré-Tx D+180 D+360DM2 - VB5DM2 - VB13DM2 - VB15DM2 - VB18DM2 - VB21DM3 - VB2DM3 - VB14DM3 - VB21DM3 - VB22DM4- VB2DM4- VB7Figura 24. Mu<strong>da</strong>nças qualitativas na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR após o TACTH nos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1. O repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de ases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos. DM,<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1.


Resultados 117Tabela 8. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβs do TCR <strong>com</strong> expansões relevantes <strong>em</strong> linfócitos T do sangueperiférico dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré e seqüencialmente após o TACTH.PACIENTEFAMÍLIA VβPERÍODOPRÉ-TX D+100 D+180 D+270 D+360DM1 VB3 3,78 6,37 1,60VB5 4,76 7,16 2,98VB6 7,30 9,48 4,51VB11 5,47 6,21 4,43VB13 6,22 3,92 7,15VB15 10,93 3,26 7,09VB16 4,31 4,93 7,59VB17 6,30 3,64 7,49VB21 3,71 3,53 6,22VB22 3,67 4,36 7,82DM2 VB2 4,06 5,34 4,41 5,90 6,17VB6 10,21 7,51 10,85 7,39 6,64VB7 6,89 5,72 2,57 4,49 5,52VB9 6,48 3,57 2,06 4,28 3,32VB10 2,77 4,95 1,19 2,32 7,11VB15 5,50 6,82 6,46 4,68 6,72VB16 4,79 5,56 6,46 7,28 7,17VB17 7,58 4,95 5,40 6,49 3,97VB18 5,18 4,00 4,27 6,13 4,65VB21 4,49 4,75 5,71 3,31 6,79VB22 7,29 1,17 6,64 6,58 5,48VB23 5,79 7,13 7,41 4,78 6,52DM3 VB5 7,27 5,74 6,39VB6 9,72 5,63 4,96VB9 6,03 5,18 5,95VB13 1,68 6,79 2,48VB21 4,84 6,14 6,41DM4 VB2 4,64 3,58 7,07VB3 6,25 4,41 8,60VB4 3,96 2,58 7,89VB5 3,21 5,97 6,65VB6 6,46 6,16 9,59VB9 5,11 7,65 3,63VB15 2,96 6,86 4,04VB16 5,53 6,51 4,76VB18 6,41 4,66 3,81VB21 6,32 5,13 4,02VB22 9,00 5,34 4,01DM5 VB5 6,76 5,22VB6 4,94 7,21VB11 7,06 4,03VB20 8,54 1,81VB21 6,13 5,35VB22 6,84 7,47VB23 5,92 6,27As freqüências <strong>da</strong>s famílias Vβ estão expressas <strong>em</strong> %, <strong>em</strong> relação às 24 famíliasanalisa<strong>da</strong>s. Os números <strong>em</strong> negrito correspond<strong>em</strong> às famílias <strong>com</strong> expansões defreqüência ≥6%.


ResultadosComo pod<strong>em</strong>os observar, o paciente DM1 apresentou 10 dentre 24 famílias Vβ <strong>com</strong> expansõesrelevantes pré-tx ou pelo menos <strong>em</strong> um período pós-tx. Quatro famílias apresentaram expansão ≥6%antes do transplante (famílias Vβ6, Vβ13, Vβ15 e Vβ17), dentre as quais três voltaram a apresentarfreqüência ≥6% um ano pós-tx. Vale ressaltar a família Vβ15 que apresentou freqüência de 10,93%antes do transplante, e reapareceu <strong>em</strong> expansão após o transplante <strong>com</strong> freqüência de 7,09%(Tabela 8 e Apêndice W - Figura W.2A). O pico de CDR3 mais expressivo dessa família foi o de 9resíduos de aminoácidos (Apêndice I).Mostramos que o paciente DM2 apresentou 12 famílias <strong>com</strong> expansões relevantes antes dotransplante ou pelo menos <strong>em</strong> um período após o TACTH (Tabela 8 e Apêndice W - Figura W.1). Asfamílias Vβ6, Vβ7, Vβ9, Vβ17 e Vβ22 apresentaram-se <strong>em</strong> expansão relevante antes do transplante.Vale notar a família Vβ6 que apresentou freqüência de 10,21% antes do transplante, e reapareceu<strong>com</strong> freqüência acima de 6% <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx.Como pod<strong>em</strong>os observar na Tabela 8 e Apêndice W - Figura W.2B, encontramos 5 famílias<strong>com</strong> expansões expressivas antes do transplante no paciente DM3 (famílias Vβ5, Vβ6, Vβ9, Vβ13 eVβ21). A família Vβ6 que apresentou freqüência de 9,72% pré-tx, mas teve sua freqüência diminuí<strong>da</strong>para 5,63% no D+180 e para 4,96% no D+360 pós-tx.O paciente DM4 apresentou 11 dentre as 24 famílias <strong>com</strong> expansões relevantes pré ou pelomenos <strong>em</strong> um período pós-tx. Cinco famílias <strong>com</strong> expansões relevantes (famílias Vβ3, Vβ6, Vβ18,Vβ21 e Vβ22), pré-transplante (Tabela 8 e Apêndice W - Figura W.3A). Pod<strong>em</strong>os ressaltar nopaciente DM4, a família Vβ22 que mostrou freqüência de 9,0% antes do transplante, e as famíliasVβ3 e Vβ6 que apresentaram freqüências de 8,6% e de 9,59% um ano pós-tx. O pico de CDR3 maisexpressivo <strong>da</strong> família Vβ3 nesse paciente foi o de 9 resíduos de aminoácidos (Apêndice L).Já, o paciente DM5 apresentou, antes do transplante, 5 famílias <strong>com</strong> expansões ≥6% (famíliasVβ5, Vβ11, Vβ20, Vβ21 e Vβ22), ressaltando a freqüência de 8,54% <strong>da</strong> família Vβ20. Sete famíliasapresentaram expansões relevantes antes do transplante ou pelo menos <strong>em</strong> um período pós-tx nessepaciente (Tabela 8 e Apêndice W - Figura W.3B). Os segmentos de CDR3 de maior freqüência nafamília Vβ20 foram os de 9 e 8 resíduos de aminoácidos (Apêndice M).


Resultados 1194.4.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltiplaA Tabela 9 mostra a análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR dos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> esclerose múltipla, antes e seqüencialmente após o TACTH. Observamos que o <strong>com</strong>plexityscore aumentou <strong>em</strong> quatro dentre os oito <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados, e diminuiu <strong>em</strong> outrosquatro. Dois anos após o transplante, os <strong>pacientes</strong> EM3 e EM4, apresentaram um aumento do<strong>com</strong>plexity score do repertório Vβ de 3% e 4,4%, respectivamente. O paciente EM9 tambémapresentou um aumento de 6,3%, um ano pós-tx. Já, os <strong>pacientes</strong> EM5, EM6, EM8 e EM10apresentaram uma diminuição no <strong>com</strong>plexity score de 16,1% (D+360), 16,0% (D+360), 0,6% (D+180)e de 9,5% (D+270), respectivamente (Tabela 9).Pod<strong>em</strong>os observar na Tabela 9 que o número total de picos de CDR3 <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ doTCR analisa<strong>da</strong>s também aumentou <strong>em</strong> 4 dentre os 8 <strong>pacientes</strong> transplantados, após um ano ou maisde seguimento. O paciente EM1 teve um aumento de 15,1% no número de picos após 3 anos deseguimento, <strong>com</strong>parando-se <strong>com</strong> o número de picos após um ano de seguimento. Este primeiropaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla (GG) foi transplantado antes do início desse estudo, portanto nãoforam coleta<strong>da</strong>s amostras de antes do transplante e dos primeiros meses após o TACTH dessepaciente.No paciente EM1, 13 famílias Vβ apresentaram um maior número de picos no repertório Vβ doTCR um após 3 anos de seguimento, <strong>com</strong>parando-se <strong>com</strong> o número de picos após um ano deseguimento. Duas famílias tiveram o número de picos diminuído e outras 9 famílias Vβ mostraram omesmo número de picos de antes do transplante. Também no paciente EM3, 13 famílias Vβapresentaram um maior número de picos pós-transplante. Três famílias tiveram o número de picosdiminuído e 8 famílias Vβ mostraram o mesmo número de picos de antes do transplante.No paciente EM4 encontramos 9 famílias Vβ <strong>com</strong> um maior número de picos no repertório Vβdo TCR um ano após o transplante. Sete famílias tiveram a o número de picos diminuído e outras 8famílias Vβ mostraram o mesmo número de picos de antes do transplante. Já, o paciente EM5 foi oque apresentou o maior número de famílias <strong>com</strong> o número de picos diminuído (19 famílias Vβ). Cincofamílias Vβ apresentaram um maior número de picos pós-tx e nenhuma família mostrou a mesmonúmero de picos de antes do transplante.


Resultados 120O paciente EM6 apresentou 2 famílias Vβ <strong>com</strong> um maior número de picos no repertório Vβ doTCR um ano após o transplante <strong>em</strong> relação ao número pré-transplante. Dezoito famílias tiveram onúmero de picos diminuído e outras 4 famílias Vβ mostraram o mesmo número de picos de antes dotransplante. No paciente EM8 encontramos 9 famílias Vβ <strong>com</strong> um maior número de picos norepertório Vβ do TCR seis meses pós-tx. Onze famílias tiveram o número de picos diminuído e outras4 famílias Vβ mostraram o mesmo número de picos de antes do transplante.Já, o paciente EM9, que apresentou um aumento de 6,3% <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório um anopós-tx, foi o que apresentou o maior número de famílias <strong>com</strong> número de picos aumentado (14 famíliasVβ). Cinco famílias Vβ apresentaram um menor número de picos pós-tx e outras 5 famílias mostrarama mesmo número de picos de antes do transplante. O paciente EM10 apresentou 7 famílias Vβ <strong>com</strong>um maior número de picos no repertório Vβ do TCR nove meses após o transplante <strong>em</strong> relação aonúmero de picos pré-tx. Quatorze famílias tiveram o número de picos diminuído e 3 famílias Vβmostraram o mesmo número de picos de antes do transplante.Como pod<strong>em</strong>os observar na Tabela 9, a grande maioria <strong>da</strong>s famílias reconstituí<strong>da</strong>s apresentouum padrão não-gaussiano. Dentre elas as famílias <strong>com</strong> múltiplos picos (policlonais), mas <strong>com</strong>distribuição anormal (não-gaussiana) dos segmentos de CDR3 foram as mais freqüentes. O númerode famílias policlonais de padrão gaussiano aumentou <strong>em</strong> 2 dentre oito <strong>pacientes</strong> (EM6 e EM10),diminuiu <strong>em</strong> 4 <strong>pacientes</strong> (EM4, EM5, EM8 e EM9) após o TACTH. O paciente EM1 teve o aumento de1 família do D+360 para o D+1080 pós-tx. O paciente EM1 apresentou 4 famílias β oligoclonais (Vβ1,Vβ10, Vβ12 e Vβ19), um ano após o TACTH. O número de famílias oligoclonais nesse pacientediminuiu para 3 (Vβ1, Vβ12 e Vβ19) dois anos pós-tx, e para duas famílias (Vβ1 e Vβ8) três anos póstx(Tabela 9 e Apêndice N). Interessant<strong>em</strong>ente, as famílias Vβ10, Vβ12 e Vβ19 recuperaramdiversi<strong>da</strong>de três anos após o transplante, enquanto que a família Vβ1 permaneceu <strong>com</strong> um perfilrestrito (oligoclonal) durante todo o período analisado.O paciente EM3, apresentou uma família oligoclonal pré-transplante (Vβ15), quatro famíliasoligoclonais um ano pós-tx (Vβ12, Vβ13, Vβ15 e Vβ19), e uma família dois anos após o TACTH(Vβ19) (Tabela 9 e Apêndice O).


Resultados 121Tabela 9. Análise <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório Vβ dos TCRs dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré e seqüencialmente após o TACTH.PACIENTEPERÍODOFAMÍLIAS DE PADRÃONÃO-GAUSSIANO(Nº DE FAMÍLIAS)Nº DEFAMÍLIASNEGATIVASFAMÍLIAS DEPADRÃOGAUSSIANO(Nº DE FAMÍLIAS)PADRÃO DERECONSTITUIÇÃO(Nº DE FAMÍLIAS)Nº DE PICOS PÓS-TACTH(Nº DE FAMÍLIAS)NºTOTALDEPICOSCSPOLI OLIGO MONO TOTALPOLICLONAL I II III IV > = ), igual (=) ou menor (


Resultados 122Já, o paciente EM4 não apresentou nenhuma família oligoclonal nos períodos analisados, masencontramos uma família monoclonal nesse paciente (Vβ19), <strong>com</strong> o segmento de 10aa <strong>em</strong> expansãoclonal, antes do transplante. Após o transplante, a família tornou-se negativa no D+360, e depoisrecuperou diversi<strong>da</strong>de D+720 pós-tx. (Tabela 9 e Apêndice P).Na Tabela 9 pod<strong>em</strong>os observar que o paciente EM5 apresentou uma família oligoclonal (Vβ15)antes do transplante e esse número aumentou para 6 famílias Vβ oligoclonais pós-tx (Vβ12, Vβ13,Vβ15, Vβ13 e Vβ19). Esse paciente apresentou uma família monoclonal pré-tx (Vβ10), cujo pico de10aa encontrava-se <strong>em</strong> expansão clonal, nos D+270 e D+360 pós-tx. Vale notar que a famíliamonoclonal Vβ10 tornou-se policlonal um ano após o TACTH (Apêndice Q).Na paciente EM6 encontramos uma família oligoclonal pré-tx (Vβ19), 3 famílias oligoclonaisseis meses pós-tx (Vβ12, Vβ20, e Vβ23), e 3 famílias Vβ oligoclonais um ano meses pós-tx (Vβ14,Vβ19, e Vβ20). Essa paciente apresentou uma família Vβ negativa antes do transplante (Vβ19). Essafamília foi amplifica<strong>da</strong> nos períodos pós-tx, mas apresentou-se <strong>em</strong> expansão clonal, <strong>com</strong> um pico deCDR3 único de 10 resíduos de aa. Após o transplante, foram encontra<strong>da</strong>s mais duas famíliasmonoclonais nessa paciente, a família Vβ19 no D+180 (pico de 10 aa) e a família Vβ1 no D+360 (picode 9aa) (Tabela 9 e Apêndice R).A paciente EM8 apresentou uma família oligoclonal pré-tx (Vβ11) e quatro famílias oligoclonaisseis meses após o transplante (Vβ11, Vβ12, Vβ15 e Vβ24). Encontramos nessa paciente duasfamílias Vβ monoclonais antes do transplante, Vβ14 e Vβ19, <strong>com</strong> segmentos de 10aa e 9aa <strong>em</strong>expansão clonal, respectivamente. Após o TACTH, apenas família monoclonal foi encontra<strong>da</strong> (Vβ19),<strong>com</strong> o segmento de CDR3 de 14 resíduos de aa <strong>em</strong> expansão clonal (Tabela 9 e Apêndice S).No paciente EM9 encontramos 2 famílias Vβ <strong>em</strong> expansão oligoclonal (Vβ19 e Vβ24) antes dotransplante. Vale ressaltar que a família Vβ19, que já apresentava um perfil restrito antes dotransplante (3 picos de CDR3, de 10, 12 e 13aa), reapareceu pós-tx <strong>com</strong> o mesmo perfil oligoclonal,mas ain<strong>da</strong> mais restrito nos D+180 e D+360 pós-TACTH (2 picos de CDR3, segmentos de 10 e 12aa)(Tabela 9 e Apêndice T). Interessant<strong>em</strong>ente, este paciente apresentou uma família Vβ negativa(Vβ20), antes do transplante e <strong>em</strong> todos os períodos pós-tx. Este paciente, entre os oito estu<strong>da</strong>dos foio que apresentou um maior aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T, no período de um anopós-transplante.


Resultados 123A Tabela 9 mostra que o paciente EM10 apresentou 2 famílias oligoclonais (Vβ11 e Vβ24)antes do transplante e 2 famílias oligoclonais (Vβ7 e Vβ20) nove meses pós-tx. Esse pacienteapresentou uma família negativa após o transplante (Vβ24) (Apêndice U).Observamos <strong>em</strong> nossas análises que várias famílias Vβ <strong>com</strong> perfil de distribuição dos picosnão-gaussiano, classifica<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o policlonais por apresentar<strong>em</strong> ≥5 picos, apresentavam expansõesdominantes de 1-2 picos de CDR3. Sendo os outros segmentos, de outros tamanhos, subdominantesnessa determina<strong>da</strong> família Vβ. Essas expansões foram encontra<strong>da</strong>s <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> antes eapós o transplante. Como ex<strong>em</strong>plos, t<strong>em</strong>os as famílias Vβ2, Vβ4, Vβ5, Vβ7, Vβ12, Vβ14, Vβ15, Vβ18,Vβ19, Vβ22 e Vβ22 após o transplante no paciente EM1. O Apêndice N mostra que a família Vβ4apresentou uma expansão relevante do pico de 8aa, e a família Vβ7 apresentou dois picos <strong>com</strong>expansões relevantes, o pico de 9 e de 11aa.Encontramos famílias policlonais não-gaussianas <strong>com</strong> expansões dominantes de 1-2 picos deCDR3 também no paciente EM3. As famílias Vβ3, Vβ5 e Vβ19 apresentaram expansões dominantesno período pré-tx, as famílias Vβ10, Vβ12, Vβ23 e Vβ24 apresentaram expansões dominantes nosperíodos pré-tx e pós-tx, e as famílias Vβ11, Vβ13, Vβ18 e Vβ20 apresentaram expansõesdominantes pós-tx. Vale ressaltar as expansões encontra<strong>da</strong>s na família Vβ11 pós-tx, que apresentouos segmentos de CDR3 de 6 e 8 aa <strong>em</strong> expansão dominante, e a família Vβ23 pós-tx, queapresentou o segmento de 12 aa <strong>em</strong> expansão dominante antes e após o transplante (Apêndice O).No paciente EM4, a família Vβ3 apresentou expansões dominantes antes do transplante, asfamílias Vβ11 e Vβ15 nos períodos antes e após o transplante, e as famílias Vβ6 e Vβ18 após oTACTH (Apêndice P). Vale ressaltar a família Vβ18 que apresentou o segmento de 10aa <strong>em</strong> grandeexpansão um ano após o transplante.O paciente EM5 apresentou algumas famílias <strong>com</strong> esse perfil um ano após o transplante(famílias Vβ14, Vβ17, Vβ18, e Vβ21), outras antes e após o TACTH (famílias Vβ1 e Vβ8), e umafamília <strong>com</strong> expansão dominante somente antes do transplante (Vβ7). Essa família Vβ7 apresentouum pico de CDR3 de 10aa <strong>em</strong> expansão dominante, quase clonal. Vale notar também a família Vβ17,que apresentou o segmento de CDR3 de 5aa <strong>em</strong> expansão dominante, também quase clonal(Apêndice Q).


Resultados 125<strong>reconstituição</strong> encontrados nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. A Figura 25 ilustra alguns ex<strong>em</strong>plos dos padrõesde <strong>reconstituição</strong> encontrados nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM.A Tabela 9 mostra que o paciente EM1 apresentou três famílias Vβ <strong>com</strong> padrão de<strong>reconstituição</strong> IV (Vβ10, Vβ12 e Vβ19, uma família (Vβ1) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> III, e umafamília (Vβ8) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV. O paciente EM3 apresentou uma família (Vβ15) <strong>com</strong>padrão de <strong>reconstituição</strong> I e uma família (Vβ19) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV. Já, o paciente EM4apresentou apenas uma família (Vβ19) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> I, to<strong>da</strong>s as outras apresentarampadrão de <strong>reconstituição</strong> II (Tabela 9, Figura 25 e Apêndices N, O e P).O paciente EM5 apresentou duas famílias (Vβ10 e Vβ15) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> I, seisfamílias Vβ <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV (Vβ7, Vβ12, Vβ13, Vβ19, Vβ23 e Vβ24). A paciente EM6apresentou duas famílias (Vβ19 e Vβ24) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> III, e três famílias Vβ <strong>com</strong>padrão de <strong>reconstituição</strong> IV (Vβ1, Vβ14 e Vβ20). Já, a paciente EM8 apresentou uma família (Vβ14)<strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> I, duas famílias Vβ <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> III (Vβ11 e Vβ24) etrês famílias Vβ <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV (Vβ12, Vβ15 e Vβ19) (Tabela 9, Figura 25 eApêndices Q, R e S).Em nossas análises, o paciente EM9 apresentou uma família (Vβ24) <strong>com</strong> padrão de<strong>reconstituição</strong> I e duas famílias (Vβ19 e Vβ20) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> III. Já, o paciente EM10apresentou uma família (Vβ11) <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> I, uma família (Vβ24) <strong>com</strong> padrão de<strong>reconstituição</strong> II e duas famílias Vβ <strong>com</strong> padrão de <strong>reconstituição</strong> IV (Vβ7 e Vβ20) (Tabela 9, Figura25 e Apêndices T e U).O método de TCRBV CDR3 spectratyping permite também estimarmos a freqüência de ca<strong>da</strong>família Vβ num determinado repertório analisado. No Apêndice X, as Figuras X.1 a X.4, mostram afreqüência total (<strong>em</strong> %), antes e seqüencialmente após o transplante, <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ do TCR paraca<strong>da</strong> paciente <strong>com</strong> EM individualmente. Nos Apêndice N-U, as tabelas mostram a freqüência total deca<strong>da</strong> família Vβ no repertório, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o a freqüência de ca<strong>da</strong> segmento de CDR3 dentro de ca<strong>da</strong>família Vβ específica, para ca<strong>da</strong> paciente <strong>com</strong> EM individualmente.Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, também observamos mu<strong>da</strong>nças dinâmicas na <strong>com</strong>posição dorepertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dos TCRs após o TACTH, evidencia<strong>da</strong>s por alterações qualitativas equantitativas dos picos de CDR3 <strong>da</strong>s famílias Vβ. Em vários casos, picos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong>


Resultados 126família Vβ que eram dominantes antes do transplante tornaram-se subdominantes após o mesmo,sendo excedidos por outros picos de CDR3 que estavam sub-representados antes do TACTH. Emoutros casos, segmentos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong> família Vβ que eram dominantes antes dotransplante foram excedidos após o TACTH por outros segmentos de CDR3 que não tinham sidodetectados antes do transplante. A Figura 26 mostra alguns ex<strong>em</strong>plos de mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posiçãodo repertório <strong>da</strong> de algumas famílias Vβ do TCR após o TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM.Diversas famílias Vβ apresentaram freqüências diferentes após o transplante, aumenta<strong>da</strong>s oudiminuí<strong>da</strong>s <strong>em</strong> relação ao período pré-transplante, indicando uma mu<strong>da</strong>nça quantitativa na<strong>com</strong>posição do repertório de células T após o transplante (Apêndice X, Figuras X.1 a X.4). Ad<strong>em</strong>ais,mesmo quando uma família Vβ manteve freqüência total s<strong>em</strong>elhante após o transplante, <strong>em</strong> algunscasos foi observa<strong>da</strong> uma mu<strong>da</strong>nça qualitativa e quantitativa nos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 dessafamília (Figura 26: Paciente EM3-Vβ7, Apêndice O; Paciente EM9-Vβ17, Apêndice T). Essesresultados indicam que o TACTH induz mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s, qualitativas e quantitativas, na<strong>com</strong>posição do repertório de células T dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados.A seguir, relatamos a ocorrência de expansões relevantes de células T usando a mesmafamília Vβ, <strong>com</strong>partilha<strong>da</strong>s por diferentes <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados ou não. Para tal, afreqüência de ca<strong>da</strong> família Vβ do repertório do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisa<strong>da</strong> individualmente.Destacamos as expansões Vβ relevantes <strong>com</strong> freqüência ≥6%, independent<strong>em</strong>ente de seu perfil porTCRBV spectratyping, ter sido policlonal oligoclonal ou monoclonal.A Tabela 10 mostra as famílias Vβ <strong>com</strong> maiores freqüências nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM(freqüências ≥6%). A família Vβ22 mostrou-se <strong>em</strong> expansão relevante antes do transplante <strong>em</strong> todosos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM analisados, <strong>em</strong> pelo menos um período analisado nesse estudo. Enquanto queas famílias Vβ3, Vβ5, e Vβ6 apresentaram-se <strong>em</strong> expansão, no período pré-transplante, <strong>em</strong> 7 entreoito <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM transplantados. E as famílias Vβ13, Vβ17, Vβ21 e Vβ23 apresentaramfreqüência ≥6% <strong>em</strong> 6/8 <strong>pacientes</strong> estu<strong>da</strong>dos. Já, as famílias Vβ2 e Vβ22 mostraram-se <strong>em</strong> expansãorelevante antes do transplante <strong>em</strong> 5/8 <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM analisados, <strong>em</strong> pelo menos um períodoanalisado nesse estudo.


Resultados 127PACIENTE- VBEM4 - VB19Pré-Tx D+180 D+360 D+720NEGEM5 - VB15Padrão IEM5 - VB10EM9 - VB24EM3 - VB14EM4 - VB12Padrão IIEM9 - VB5EM6 - VB19Padrão IIIEM9 - VB19EM6 - VB1EM5 - VB13Padrão IVFigura 25. Padrões de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR pós-TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononuclerares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA,amplificado usando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelométodo de TCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao númerode transcritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares debases (eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos deaminoácidos. EM, esclerose múltipla. NEG, negativo ou ausência de expressão <strong>da</strong> família. Espaços <strong>em</strong> branco correspond<strong>em</strong>a períodos pós-transplante <strong>em</strong> que o repertório não foi analisado no paciente.


Resultados 128Vale ressaltar que, <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as famílias Vβ <strong>com</strong> expansões relevantes, os picos de CDR3 d<strong>em</strong>aior freqüência apresentaram diferentes tamanhos variando entre 5 -13 resíduos de aa (ApêndicesN-U). Alguns segmentos de CDR3 de maior freqüência variaram também de acordo <strong>com</strong> o período dotransplante. O pico de CDR3 de maior freqüência nas famílias Vβ5, Vβ6 e Vβ22 foi o de 10 resíduosde aa.Como pod<strong>em</strong>os verificar na Tabela 10, o paciente EM1 apresentou 10 dentre as 24 famílias Vβ<strong>com</strong> expansões relevantes pré ou pelo menos <strong>em</strong> um período pós-tx. Cinco famílias apresentaramexpansão ≥6% um ano pós-tx (famílias Vβ2, Vβ3, Vβ17, Vβ21 e Vβ23), dentre as quais duasmantiveram freqüências ≥6% também nos outros períodos pós-tx analisados. Vale ressaltar a famíliaVβ23 que apresentou freqüência de 8,66% no D+360 pós-tx, e continuou <strong>em</strong> expansão após otransplante <strong>com</strong> freqüência de 7,12% no D+720 e 6,29% no D+1080 (Tabela 10 e Apêndice X -Figura X.1A).A Tabela 10 mostra que o paciente EM3 apresentou 10 famílias <strong>com</strong> expansões relevantes, 6famílias antes do transplante (famílias Vβ6, Vβ9, Vβ16, Vβ17, Vβ21 e Vβ22), 4 um ano após e 7 doisanos após o TACTH. Vale notar a família Vβ6 que apresentou freqüência de 6,09% antes dotransplante, e reapareceu <strong>com</strong> freqüência de 8% um ano após e de 7,46% dois anos pós-tx(Apêndice X - Figura X.1B).Encontramos 6 famílias <strong>com</strong> expansões expressivas antes do transplante no paciente EM4(famílias Vβ4, Vβ5, Vβ9, Vβ13, Vβ22 e Vβ23). A família Vβ22 que apresentou freqüência de 6,40%antes do transplante, mas teve sua freqüência aumenta<strong>da</strong> para 7,80% no D+360 e para 8,45% noD+720. Interessant<strong>em</strong>ente, na família Vβ23, que manteve a freqüência >6% após o transplante, ospicos de CDR3 de maior freqüência mu<strong>da</strong>ram de três picos predominantes (6/9/10aa), para um picode CDR3 de 10aa no D+720 pós-tx (Tabela 10 e Apêndice X - Figura X.2A)O paciente EM5 apresentou 6 famílias, <strong>com</strong> expansões relevantes pré ou pelo menos <strong>em</strong> umperíodo pós-tx, entre as 24 famílias Vβ estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Três famílias <strong>com</strong> expansões relevantes (famíliasVβ6, Vβ16 e Vβ22) no período pré-tx e quatro um ano após o transplante (famílias Vβ5, Vβ17, Vβ21 eVβ22) foram observa<strong>da</strong>s (Tabela 8 e Apêndice X - Figura X.2B).


Resultados 129PACIENTE - VB Pré-Tx D+360 D+720EM3- VB5EM3- VB7EM4- VB1EM4- VB14EM4- VB16EM5- VB15Pré-Tx D+180 D+360EM6- VB5EM9- VB5EM9- VB6EM9- VB17EM9- VB21Figura 26. Mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR após TACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla. O repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos para a família Vβ, <strong>em</strong>uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Os picos destacados<strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos. EM, paciente <strong>com</strong> escleros<strong>em</strong>últipla. Espaço <strong>em</strong> branco corresponde a um período pós-transplante <strong>em</strong> que o repertório não foi analisado no paciente.


Resultados 130Já, a paciente EM6 apresentou, antes do transplante, 4 famílias <strong>com</strong> expansões ≥6% (famíliasVβ3, Vβ5, Vβ6 e Vβ22), ressaltando a freqüência de 8,37% <strong>da</strong> família Vβ6 (Tabela 10 e Apêndice X -Figura X.3A). Os segmentos de CDR3 de maior freqüência na família Vβ22 foram os de 9 resíduosde aminoácidos no período pré-tx e de 8aa pós-tx (Apêndice R).A paciente EM8 apresentou, antes do transplante, 5 famílias <strong>com</strong> expansões ≥6% (famíliasVβ2, Vβ5, Vβ6, Vβ21 e Vβ23), vale ressaltar a freqüência de 8,87% <strong>da</strong> família Vβ21 nesse período.Seis famílias apresentaram expansões relevantes no D+180 pós-tx (Tabela 10 e Apêndice X -Figura X.3B). Embora as famílias Vβ5 e Vβ6 tenham reaparecido <strong>em</strong> expansão no D+180, ossegmentos de CDR3 de maior freqüência mu<strong>da</strong>ram após o transplante, de 10 para 9aa na famíliaVβ5, e de 10 para 8aa na família Vβ6. O pico de CDR3 mais expressivo <strong>da</strong> família Vβ21, que tambémreapareceu <strong>com</strong> freqüência relevante após o transplante nessa paciente, foi o de 11 resíduos deaminoácidos (Apêndice S).A Tabela 10 mostra que o paciente EM9 apresentou 10 famílias <strong>com</strong> expansões relevantes, 5famílias antes do transplante (famílias Vβ2, Vβ3, Vβ5, Vβ16 e Vβ22), 5 seis meses após e seis umano após o TACTH. Pod<strong>em</strong>os ressaltar no paciente EM9, a família Vβ22 que mostrou freqüência de7,24% pré-tx, e as famílias Vβ22 e Vβ23 que apresentaram freqüências de 11,06% e de 8,63%D+180 após o transplante (Apêndice X - Figura X.4A). Duas famílias, Vβ16 e Vβ22, apresentaramfreqüências relevantes <strong>em</strong> todos os períodos analisados. O pico de CDR3 mais expressivo <strong>da</strong> famíliaVβ22 nesse paciente foi o de 7 resíduos de aminoácidos (Apêndice T).A paciente EM10 apresentou, antes do transplante, 6 famílias <strong>com</strong> expansões ≥6% (famíliasVβ2, Vβ5, Vβ6, Vβ21 e Vβ23), vale ressaltar a freqüência de 9,84% <strong>da</strong> família Vβ5 e de 10,11% <strong>da</strong>família Vβ6 nesse período. Sete famílias apresentaram expansões relevantes nove meses pós-tx(Tabela 10 e Apêndice X - Figura X.4B). Interessant<strong>em</strong>ente, <strong>em</strong>bora as famílias Vβ5 e Vβ17 tenhamreaparecido <strong>em</strong> expansão no D+270, os segmentos de CDR3 de maior freqüência mu<strong>da</strong>ram após otransplante, de 10 para 7aa na família Vβ5, e de 13 para 6aa na família Vβ17. Na família Vβ13, quetambém reapareceu <strong>com</strong> freqüência relevante após o transplante nesse paciente, o pico de CDR3mais expressivo foi o de 10 resíduos de aminoácidos (Apêndice U).


Resultados 131Tabela 10. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβs do TCR <strong>com</strong> expansões relevantes <strong>em</strong> linfócitos T do sangueperiférico dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré e seqüencialmente após o TACTH.PCFAMÍLIAPERÍODOPRÉ D+360 D+720 D+1080PCFAMÍLIAPERÍODOPRÉ D+180 D+270 D+360EM1 VB2 6,47 5,28 3,74 EM6 VB3 6,27 5,05 5,03VB3 6,27 5,20 5,89 VB5 6,36 4,24 5,87VB6 5,99 7,09 7,70 VB6 8,37 5,05 4,26VB13 3,45 4,83 6,35 VB13 5,79 6,02 4,10VB15 4,04 6,31 5,93 VB18 4,26 4,21 6,31VB16 4,08 5,52 7,00 VB22 6,01 7,16 8,04VB17 6,70 6,18 6,70 VB23 5,95 6,49 7,20VB21 6,52 5,12 2,63VB22 5,87 7,18 4,53VB23 8,66 7,12 6,29EM3 VB2 4,45 6,10 4,00 EM8 VB2 7,92 4,39VB3 2,46 7,01 6,05 VB3 3,62 6,94VB5 3,02 6,47 6,26 VB5 6,90 6,61VB6 6,09 8,00 7,46 VB6 7,83 6,90VB9 6,17 4,50 6,28 VB13 4,38 6,91VB16 6,78 4,87 6,02 VB16 4,21 8,34VB17 6,10 5,09 4,76 VB21 8,87 6,07VB21 6,08 5,34 4,93 VB22 5,78 6,05VB22 7,35 5,78 7,15 VB23 6,93 5,78VB23 5,43 4,89 6,58EM4 VB3 5,43 6,93 5,54 EM9 VB2 6,44 3,91 4,83VB4 6,66 4,90 5,42 VB3 6,88 5,19 4,57VB5 6,86 3,91 6,77 VB5 7,24 2,36 5,32VB9 6,12 4,13 5,41 VB6 5,02 5,23 7,43VB13 6,63 4,86 2,83 VB13 3,72 4,87 7,51VB17 5,92 7,83 5,42 VB16 6,03 7,70 7,07VB21 5,48 6,63 4,94 VB17 5,57 6,36 5,77VB22 6,40 7,80 8,45 VB21 4,72 7,37 6,33VB23 6,19 6,39 6,14 VB22 6,14 11,06 8,28VB23 5,53 8,63 6,03EM5 VB5 5,69 6,85 EM10 VB2 6,83 6,87VB6 7,26 4,96 VB3 7,97 5,10VB16 6,26 5,58 VB5 9,84 6,67VB17 4,93 6,76 VB6 10,11 4,59VB21 5,13 6,36 VB12 3,77 6,87VB22 6,62 7,34 VB13 6,54 6,36VB15 4,54 6,34VB17 6,55 6,23VB22 4,02 7,61As freqüências <strong>da</strong>s famílias Vβ estão expressas <strong>em</strong> %, <strong>em</strong> relação às 24 famílias analisa<strong>da</strong>s. Os números <strong>em</strong> negritocorrespond<strong>em</strong> às famílias <strong>com</strong> expansões de freqüência ≥6%. Pc, paciente.


Resultados 1324.5 Análise <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> células mononuclearesCom o objetivo de investigar os mecanismos imunológicos envolvidos na r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong>sdoenças auto-imunes esclerose múltipla e <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 após a terapia deimunossupressão <strong>em</strong> altas doses segui<strong>da</strong> do TACTH e verificar se existe a participação de células Treguladoras nesse processo, nós avaliamos a modulação <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 após otransplante. Embora não existam marcadores de superfície celular que sejam especificamenteexpressos <strong>em</strong> células T reguladoras CD4 + CD25 high , a expressão do gene Foxp3 (forkheadtranscription factor 3) pode ser usa<strong>da</strong> <strong>com</strong>o um marcador molecular específico para células Treguladoras, distinguindo-as <strong>da</strong>s células T CD4 + CD25 + recém-ativa<strong>da</strong>s não-reguladoras (Kronenberge Rudensky, 2005).A expressão do RNAm de Foxp3 foi quantifica<strong>da</strong> por real time RT-PCR nas célulasmononucleares dos <strong>pacientes</strong> antes e <strong>em</strong> vários períodos após o transplante autólogo. Anormalização e quantificação relativa <strong>da</strong> expressão gênica foram realiza<strong>da</strong>s pelo método de 2 -ΔΔC T(Livak et al., 2001), conforme descrito <strong>em</strong> Material e Métodos. Usando o método de 2 -ΔΔC T, os <strong>da</strong>dossão representados <strong>com</strong>o diferença (<strong>em</strong> vezes) na expressão gênica, que foi normaliza<strong>da</strong> para umgene endógeno de referência e é relativa a um controle ou calibrador. Em nossos experimentos, nósutilizamos o gene GAPDH (Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase) <strong>com</strong>o gene endógeno paraa normalização, e o calibrador usado foi o valor pré-transplante (ou valor basal <strong>da</strong> doença). Para ocalibrador, o ΔΔC T é igual a zero e 2 0 é igual a um, assim a mu<strong>da</strong>nça na expressão gênica relativa aoperíodo pré-transplante é igual a um. Para os períodos pós-transplante, o valor de 2 -ΔΔC T indica adiferença (diminuição ou aumento, <strong>em</strong> vezes) na expressão gênica, relativa ao período prétransplante.4.5.1 Pacientes <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1Realizamos a quantificação <strong>da</strong> expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares dequatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM (Figura 27). Nós mostramos que, entre os quatro <strong>pacientes</strong> estu<strong>da</strong>dos, trêsapresentaram um aumento na expressão do RNAm de Foxp3 <strong>em</strong> pelo menos um período póstransplante.No entanto, o paciente DM1 mostrou uma modulação negativa do gene Foxp3 até umano pós-tx. É interessante destacar que o paciente DM1 é o paciente que não respondeu ao TACTHe continua usando altas doses de insulina exógena.


Resultados 133Na Figura 27, pod<strong>em</strong>os observar que o paciente DM2 apresentou uma diminuição dos níveisde RNAm de Foxp3 nos dia +100, +180 e +270 após o transplante, mas um ano pós-tx foi umobservado um aumento de 2x <strong>em</strong> relação ao pré-tx. O paciente DM3, a expressão de RNAm deFoxp3 nas células mononucleares diminuiu no D+100 após o transplante, mas apresentou umaumento de 0,7X no D+270 e de 0,5X um ano pós-tx.O paciente DM4 apresentou uma modulação positiva <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> váriosperíodos analisados após o transplante. Observou-se um aumento de 0,1X na expressão de Foxp3no D+100 pós-tx, porém no D+180 a expressão do gene Foxp3 foi igual à pré-tx. Já, nove meses eum ano após o transplante, houve um aumento nos níveis de RNAm de Foxp3 de 1X e 1,3X,respectivamente (Figura 27).3.53.0Expressão relativaFoxp3/GAPDH2.52.01.51.00.50.0D+100D+180D+270D+360D+100D+180D+270D+360D+100D+270D+360D+100D+180D+270D+360DM1 DM2 DM3 DM4Figura 27. Expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares dosangue periférico de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo após o TACTH.RNA foi extraído de células mononucleares isola<strong>da</strong>s do sangue periférico dos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 antes e após o TACTH. Os níveis deFoxp3 foram quantificados usando real time RT-PCR, normalizados para ogene GAPDH, e são relativos à expressão de RNAm do Foxp3 obti<strong>da</strong> prétransplante.4.5.2 Pacientes <strong>com</strong> esclerose múltiplaA expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares foi avalia<strong>da</strong> <strong>em</strong> cinco <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla (Figura 28). Para o paciente EM3, nos dias +360 e +540 pós-TACTH foi observa<strong>da</strong>uma diminuição <strong>da</strong> expressão de Foxp3. No entanto, no período de dois anos após o transplantepod<strong>em</strong>os observar um aumento de 0,7X na expressão de Foxp3.


Resultados 134Expressão relativaFoxp3/GAPDH17161514131211109876543210D+360D+540D+720D+100D+180D+270D+540D+720D+100D+360D+180D+270D+360D+100D+180D+270D+360EM3 EM4 EM5 EM6 EM9Figura 28. Expressão gênica de Foxp3 <strong>em</strong> células mononucleares do sangueperiférico de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla após o TACTH. RNA foi extraído decélulas mononucleares isola<strong>da</strong>s do sangue periférico dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito dotipo 1 antes e após o TACTH. Os níveis de Foxp3 foram quantificados usando real timeRT-PCR, normalizados para o gene GAPDH, e são relativos à expressão de RNAm doFoxp3 obti<strong>da</strong> pré-transplante.O paciente EM4 apresentou um aumento <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> vários períodosanalisados após o transplante, exceto no dia D+100. O aumento dos níveis de RNAm de Foxp3 foi de1,4X no D+180, 1,7X no D+270 , 0,6X no D+540 e de 2,4X dois anos após o TACTH (Figura 28).O nível de expressão de Foxp3 nas células mononucleares do paciente EM5 mostrou-seaumentado <strong>em</strong> 0,5X do D+100 e <strong>em</strong> 0,2 X no D+360 pós-tx. Já a paciente EM6 apresentou umadiminuição dos níveis de RNAm de Foxp3 nos dias +180 e +270 após o TACTH. Um ano após otransplante, essa paciente (EM6) apresentou um nível de expressão gênica similar ao nível pré-tx.Na Figura 28, pod<strong>em</strong>os observar que o paciente EM9 apresentou uma modulação positiva <strong>da</strong>expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> todos os períodos após o transplante avaliados. Esse pacienteapresentou aumento na expressão do gene Foxp3 consideravelmente maior do que os outros<strong>pacientes</strong> avaliados. Foi observado um aumento de 2X no D+100 e de 9,1X no D+180. No D+270pós-TACTH, o aumento nos níveis de RNAm de Foxp3 <strong>em</strong> relação ao período pré-transplante foi de5,8X. Um ano após o transplante, o aumento na expressão de Foxp3 foi de 15,8X nesse paciente.Vale destacar que esse paciente (EM9) apresentou uma ótima resposta clínica ao TACTH.


5 Discussão


Discussão 1365.1 <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTHA imunossupressão <strong>em</strong> altas doses associa<strong>da</strong> ao transplante autólogo de células troncoh<strong>em</strong>atopoéticas foram propostos nos últimos dez anos <strong>com</strong>o uma terapia experimental para <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> formas graves de doenças inflamatórias <strong>com</strong> etiologia auto-imune, incluindo esclerose múltipla,lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico, esclerose sistêmica, artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil e doençade Crohn. O racional principal para aplicação do TACTH <strong>em</strong> DAIs foi a idéia de que a imunodepleçãointensa poderia eliminar o repertório de células T auto-reativas patogênicas, e que a <strong>reconstituição</strong> deum novo sist<strong>em</strong>a imune a partir dos precursores h<strong>em</strong>atopoéticos poderia restabelecer a tolerância<strong>imunológica</strong>, interrompendo a ativi<strong>da</strong>de inflamatória e prevenindo recaí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> doença. No entanto,até recent<strong>em</strong>ente, essa idéia <strong>da</strong> “reprogramação” do sist<strong>em</strong>a imune pelo TACTH baseou-selargamente <strong>em</strong> especulação.Vários dos mecanismos potenciais propostos para a restauração <strong>da</strong> tolerância após o TACTHforam <strong>em</strong> parte baseados na extrapolação de modelos experimentais (Van Bekkum et al., 2003).Além disso, vale ressaltar os estudos experimentais <strong>em</strong> fetos apóiam a hipótese de que a exposiçãodo sist<strong>em</strong>a imune a novos antígenos, num período <strong>em</strong> que o sist<strong>em</strong>a imune está formando seurepertório, possa levar à tolerância <strong>imunológica</strong> (Touraine et al., 2005). Esses estudos serviram <strong>com</strong>obase para a idéia <strong>da</strong> “regeneração” do sist<strong>em</strong>a imune pelo TACTH.Apesar do rápido acúmulo de experiência clínica durante esses dez anos, <strong>da</strong>dos sobre omecanismo de ação do TACTH <strong>em</strong> doenças auto-imunes humanas eram muito escassos até o anode 2004, quando os primeiros estudos mais elaborados de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>com</strong>eçaram aaparecer na literatura (Sun et al., 2004; Muraro et al., 2005; Farge et al., 2005; Kleer et al., 2005;Kötter et al., 2005). Esses trabalhos atuais apresentam informações que <strong>com</strong>eçam a explicar osmecanismos do TACTH baseando-se <strong>em</strong> observações <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> nos <strong>pacientes</strong>.Nesse contexto, nosso trabalho v<strong>em</strong> acrescentar <strong>da</strong>dos importantes <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, e é o primeiro trabalho a estu<strong>da</strong>r a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong>ecanismos de ação do TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 recém-diagnosticados.Em geral, os resultados de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTH <strong>em</strong> DAIs são similaresaos obtidos <strong>em</strong> doenças onco-h<strong>em</strong>atológicas (revisado por Guillaume et al., 1998; Toubert e Charron,2001; Porrata e Markovic, 2004; Thiel et al., 2004; Isaacs, 2004; Peggs, 2004; Auletta e Lazarus,2005). No entanto, uma diferença importante é que as DAIs são freqüent<strong>em</strong>ente associa<strong>da</strong>s a


Discussão 137anormali<strong>da</strong>des pré-transplante, tais <strong>com</strong>o alterações de citocinas e restrição do repertório do TCR.Mesmo <strong>com</strong> os avanços recentes nessa área, ain<strong>da</strong> exist<strong>em</strong> várias dúvi<strong>da</strong>s sobre os mecanismos de<strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs. Por ex<strong>em</strong>plo, ain<strong>da</strong> não foitestado se diferentes regimes de condicionamento resultariam <strong>em</strong> padrões de <strong>reconstituição</strong><strong>imunológica</strong> similares nos <strong>pacientes</strong>, e qual seria o melhor tipo de condicionamento para DAIs(mieloablativo ou linfoablativo). Também não está claro se a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após oTACTH varia consideravelmente de acordo <strong>com</strong> alguns fatores, <strong>com</strong>o o tipo de DAI, a purificação ounão <strong>da</strong>s células tronco CD34 + e o uso de imunossupressão após o transplante. Além disso, ain<strong>da</strong> nãoestá esclarecido se o reaparecimento de células T naive poderia levar a recaí<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença a longoprazo.Conforme sugerido por Muraro e Douek (2006), <strong>em</strong>bora os eventos de <strong>reconstituição</strong><strong>imunológica</strong> possam afetar diferencialmente células que reconhec<strong>em</strong> antígenos próprios ou nãopróprios,não existe razão para sugerir que o TACTH tenha efeitos seletivos sobre células Tespecíficas para diferentes auto-antígenos, associados a DAIs distintas. Assim, vários conceitossobre o TACTH <strong>em</strong> DAIs, adquiridos principalmente nos últimos dois anos, pod<strong>em</strong> ser aplicados ato<strong>da</strong>s as DAIs. Entretanto, deve ser considerado que a heterogenei<strong>da</strong>de clínica e imunopatológicaentre as DAIs e dentro delas, possa introduzir diferenças variáveis entre os efeitos do TACTH nosist<strong>em</strong>a imune, na <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> e nos resultados clínicos.Efeitos <strong>da</strong> imunodepleção intensa e implicações para a eficácia do TACTHO objetivo <strong>da</strong> imunossupressão <strong>em</strong> altas doses é a linfoablação e conseqüente eliminação <strong>da</strong>scélulas auto-reativas patogênicas. Nesse contexto, as células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas autólogas sãoinfundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o um suporte h<strong>em</strong>atopoético para encurtar a duração do período de citopenia póstransplantee diminuir os risco de infecções. No entanto, a proporção do repertório de células T quedeve ser elimina<strong>da</strong> para a eficácia clínica do TACTH ain<strong>da</strong> é desconheci<strong>da</strong>. Sabe-se, pelaexperiência acumula<strong>da</strong> no tratamento de DAIs, que doses baixas e modera<strong>da</strong>s de imunossupressãoconsegu<strong>em</strong> alcançar r<strong>em</strong>issão clínica t<strong>em</strong>porária durante o período do tratamento, na melhor <strong>da</strong>shipóteses. Em geral, a ativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> doença retorna dentro de s<strong>em</strong>anas a meses após adescontinui<strong>da</strong>de do tratamento (revisado por Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005). Por outro lado, vários trabalhos têmmostrado que a imunodepleção intensa, resultante de condicionamentos mielo e/ou linfoblativos <strong>com</strong>


Discussão 138altas doses de imunossupressão, e segui<strong>da</strong> pelo resgate <strong>com</strong> células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas,freqüent<strong>em</strong>ente resulta <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> DAI durante o período inteiro de seguimento pós-transplanteobservado. Vale ressaltar que alguns desses trabalhos já apresentam seguimento de vários anos(revisado por Tyn<strong>da</strong>ll et al., 2005).No entanto, resultados de TACTH <strong>em</strong> EM mostraram que, mesmo <strong>com</strong> um condicionamento dealta intensi<strong>da</strong>de (ciclofosfami<strong>da</strong> segui<strong>da</strong> de irradiação corpórea total e ATG), e purificação <strong>da</strong>s célulastronco CD34 + , o repertório de células T não foi <strong>com</strong>pletamente substituído por novas especifici<strong>da</strong>des(Muraro et al., 2005). Não obstante, nesse trabalho a persistência de clones pré-existentes antes dotransplante não foi associa<strong>da</strong> <strong>com</strong> a persistência <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>da</strong> doença, sugerindo quea eficácia do TACTH pode não necessitar de uma imunoablação <strong>com</strong>pleta nos <strong>pacientes</strong> e quedevam existir outros mecanismos con<strong>com</strong>itantes que levam à r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> DAI após o TACTH.Independent<strong>em</strong>ente <strong>da</strong> persistência de alguns clones no sist<strong>em</strong>a imune reconstituído após oTACTH, não existe dúvi<strong>da</strong>s de que a imunossupressão <strong>em</strong> altas doses elimina <strong>em</strong> grande parte orepertório imune pré-existente no paciente (Muraro et al., 2005). Em nossos <strong>pacientes</strong>, umaimunoablação intensa foi atingi<strong>da</strong> <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong>, que pode ser observa<strong>da</strong> pelo número deleucócitos totais no sangue periférico no D+6 pós-transplante. Essa imunoablação maciça resulta,logicamente, numa diminuição marcante também <strong>da</strong> freqüência de células auto-reativas patogênicas,<strong>em</strong> proporções b<strong>em</strong> maiores do que a imunossupressão <strong>em</strong> baixas doses resultaria. Além disso, aimunossupressão <strong>em</strong> altas doses leva à uma redução agu<strong>da</strong> e intensa <strong>da</strong> população de célulasperiféricas, e isso desencadeia sinais homeostáticos potentes que promov<strong>em</strong> a <strong>reconstituição</strong> após otransplante de um sist<strong>em</strong>a imune provavelmente diferente do pré-transplante (Jameson et al., 2002).Nessa mesma vertente, Barthlott et al. (2003) sugeriram que a <strong>com</strong>petição por espaço e fatoresnutricionais pelas células <strong>em</strong> proliferação homeostática seja responsável pela proteção doscamundongos do desenvolvimento de auto-imuni<strong>da</strong>de. Por outro lado, outros pesquisadoresmostraram que a proliferação homeostática pode levar à auto-imuni<strong>da</strong>de (King et al., 2004; revisadopor Stockinger et al., 2004) e ou bloquear a indução de tolerância a transplante de órgãos (Wu et al.,2004). Entretanto, não está claro até que ponto essas observações feitas <strong>em</strong> camundongostransgênicos ou geneticamente deficientes aplicam-se a indivíduos imuno<strong>com</strong>petentes que pod<strong>em</strong>responder normalmente à linfodepleção agu<strong>da</strong>.


Discussão 139A imunossupressão <strong>em</strong> altas doses leva à linfoablação e conseqüent<strong>em</strong>ente a um período delinfopenia que acontece nos <strong>pacientes</strong> logo após o transplante, que favorece a proliferação de célulasT maduras residuais que sobreviveram ao regime de condicionamento ou foram reinfundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong> ascélulas tronco no momento do transplante, similarmente ao que foi descrito <strong>em</strong> transplantesalogênicos (Laylor et al., 2005). Uma implicação desse fato é que especifici<strong>da</strong>de e função <strong>da</strong>s célulassobreviventes poderia ser determinante para a eficácia do TACTH. Por ex<strong>em</strong>plo, células Treguladoras, <strong>com</strong>o as células T CD4 + CD25 high , poderiam ser seleciona<strong>da</strong>s e sobreviver ao regime decondicionamento, um mecanismo que foi recent<strong>em</strong>ente mostrado <strong>em</strong> um modelo murino de GVHDcrônico (Anderson et al., 2004).Por outro lado, a sobrevivência de muitos clones de células T de m<strong>em</strong>ória auto-reativas poderialevar à ineficácia do tratamento. Se células T maduras sobreviv<strong>em</strong> ao regime de condicionamento,evident<strong>em</strong>ente elas dev<strong>em</strong> ter sido seleciona<strong>da</strong>s, provavelmente <strong>com</strong> base na quimioresistência, fasedo ciclo celular ou localização no organismo. Num estudo recente, Casorati et al. (2005) mostraramque células T de m<strong>em</strong>ória residentes na medula óssea sobreviveram à quimioterapia e contribuírampara a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> precoce <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> leuc<strong>em</strong>ia mielóide agu<strong>da</strong>. Além <strong>da</strong>seleção de células pelo regime de condicionamento, a quimioterapia (ciclofosfami<strong>da</strong>) e o fator decrescimento administrados para a mobilização <strong>da</strong>s células tronco (G-CSF) também pod<strong>em</strong> ter efeitosseletivos importantes sobre as células T que são coleta<strong>da</strong>s e reinfundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong> as células tronco.Reconstituição h<strong>em</strong>atopoética e de células não-T após o TACTHA <strong>reconstituição</strong> h<strong>em</strong>atopoética (de neutrófilos, plaquetas e monócitos) foi rápi<strong>da</strong> <strong>em</strong> nossos<strong>pacientes</strong>, <strong>com</strong>o também observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> outros estudos de TACTH <strong>em</strong> doenças auto-imunes (Burt etal., 1998; Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al., 2005; Muraro et al.,2005) e <strong>em</strong> doenças onco-h<strong>em</strong>atológicas (revisado por Guillhaume et al., 1998; Auletta e Lazarus,2005; Peggs, 2004; Thiel, 2004). Uma vez que os regimes de condicionamento usados forammodera<strong>da</strong>mente intensos (BEAM) ou de baixa intensi<strong>da</strong>de (ciclofosfami<strong>da</strong> e ATG de coelho), a<strong>reconstituição</strong> h<strong>em</strong>atopoética ocorreria mesmo s<strong>em</strong> a infusão de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas, noentanto estas células são infundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o um suporte h<strong>em</strong>atopoético para encurtar o período deneutropenia nos <strong>pacientes</strong>.


Discussão 140A <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> imuni<strong>da</strong>de inata após transplantes de TCTH é caracteristicamente maisrápi<strong>da</strong> do que a <strong>da</strong> imuni<strong>da</strong>de a<strong>da</strong>ptativa. A <strong>reconstituição</strong> numérica de células <strong>da</strong> imuni<strong>da</strong>de inata,<strong>com</strong>o as células NK e células dendríticas, cuja produção e maturação ocorr<strong>em</strong> na medula óssea e,portanto são timo-independentes, ocorre rapi<strong>da</strong>mente após TACTH <strong>em</strong> doenças auto-imunes (Burt etal., 1998; Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al., 2005; Muraro et al.,2005) e <strong>em</strong> doenças onco-h<strong>em</strong>atológicas (revisado por Guillhaume et al., 1998; Auletta e Lazarus,2005; Peggs, 2004; Thiel, 2004).As células NK constitu<strong>em</strong> 10% dos linfócitos circulantes e são importantes efetores <strong>da</strong>imuni<strong>da</strong>de inata devido a sua capaci<strong>da</strong>de de lisar células alvo s<strong>em</strong> a necessi<strong>da</strong>de de ter<strong>em</strong> sidoestimula<strong>da</strong>s por antígenos anteriormente. As células NK são constituí<strong>da</strong>s por duas subpopulaçõesprincipais, as células NK CD56 bright CD16 dim , associa<strong>da</strong>s à eleva<strong>da</strong> produção de citocinas, baixacitotoxici<strong>da</strong>de natural e dependente de anticorpo (ADCC, antibody-dependent cellular cytotoxicity), epela subpopulação CD56 dim CD16 bright , carateriza<strong>da</strong>s pela baixa produção de citocinas e potentecitotoxici<strong>da</strong>de natural e ADCC (revisado por Cooper et al., 2001; Auletta e Lazarus, 2005; Peggs,2004). Em geral, de acordo <strong>com</strong> a literatura, as células NK recuperam con<strong>com</strong>itant<strong>em</strong>ente número efunção normais dentre 1-2 meses após o TACTH. Assim, nos primeiros meses após o transplanteenquanto a imuni<strong>da</strong>de específica ain<strong>da</strong> está recuperando, as células NK constitu<strong>em</strong> as principaiscélulas de defesa contra infecções. Especificamente, as células NK CD56 bright CD16 dim constitu<strong>em</strong> asubpopulação predominante nos primeiros meses de <strong>reconstituição</strong>. A freqüência de células NK entreos linfócitos CD45 + sugere uma expansão dramática de células NK no primeiro mês após o TACTH.No entanto, <strong>em</strong>bora as células NK represent<strong>em</strong> mais de 80% dos linfócitos nesse período, os valoresabsolutos dessas células já são normais um mês após o TACTH (Thiel et al., 2004). Esta observaçãoenfatiza a importância de reportar não somente as porcentagens, mas principalmente os valoresabsolutos <strong>em</strong> estudos de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>.Em nossos <strong>pacientes</strong>, o número absoluto de células NK retornou aos níveis pré-transplante trêsmeses após o TACTH, similarmente aos resultados descritos na literatura para doenças auto-imunes(Burt et al., 1998; Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al., 2005;Muraro et al., 2005). As células NK aumentaram significant<strong>em</strong>ente no D+60 pós-transplante nos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, porém nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM houve um aumento do número de células NK <strong>em</strong>


Discussão 141relação ao pré-transplante depois dos três primeiros meses pós-TACTH, mas que foi estatisticamentesignificante somente no D+360.Assim <strong>com</strong>o outras células <strong>da</strong> resposta imune inata, as células dendríticas (DCs) recuperam-seprecoc<strong>em</strong>ente após o TCTH, especialmente após transplantes não-mieloablativos (Auffermann-Gretzinger et al., 2002; Mohty et al, 2002). Damiani et al. (2002) mostraram que, após TCTH autólogo,a recuperação <strong>da</strong>s DCs foi três vezes maior quando foram usados medula óssea ou sangue periféri<strong>com</strong>obilizado não-selecionados, do que quando foram usa<strong>da</strong>s células tronco CD34 +seleciona<strong>da</strong>s.Exist<strong>em</strong> ain<strong>da</strong> poucos trabalhos na literatura sobre a <strong>reconstituição</strong> de DCs, principalmente sobre suacapaci<strong>da</strong>de funcional, após o TCTH. Mas, alguns estudos suger<strong>em</strong> um papel crucial <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong>de DCs na sobrevivência do paciente após o transplante (Damiani et al., 2003; Reddy et al., 2004).As DCs representam uma população rara de células apresentadoras de antígenos, importantepara a iniciação e regulação de respostas imunes dependentes de células T, e precursores <strong>da</strong>s DCsconstitu<strong>em</strong> menos de 1% <strong>da</strong>s células mononucleares (Banchereau et al., 1998). Duas subpopulaçõesdistintas de DCs foram descritas <strong>em</strong> humanos. As DCs mielóides (ou DC1) expressam os antígenosmielóides CD11c, CD13 e CD133, originam-se de precursores <strong>da</strong> medula mielóides e necessitam <strong>da</strong>presença de GM-CFS para sobrevivência. No sangue periférico humano, as DC1 são identifica<strong>da</strong>s<strong>com</strong>o negativas para marcadores de linhagens linfóide e mielóide (Lin - ) e HLA-DR + /CD11c + . As DC1produz<strong>em</strong> altos níveis de IL-12 quando estimula<strong>da</strong>s <strong>com</strong> TNF-α ou CD40L e direcionam adiferenciação de células T <strong>em</strong> células T H 1. As DCs linfóides (DC2) foram descritas no sangueperiférico e tecidos linfóides <strong>com</strong>o células plasmocitóides Lin - /HLA-DR + /CD11c - /CD4 + /CD123 + (IL-3Rα). As DC2 não têm marcadores mielóides e depend<strong>em</strong> de IL-3, e não de GM-CSF, parasobrevivência e diferenciação. Elas foram designa<strong>da</strong>s DC2 porque, após ativação apropria<strong>da</strong>,induz<strong>em</strong> a diferenciação de células T <strong>em</strong> células T H 2 (revisado por Shortman e Liu, 2002).Interessant<strong>em</strong>ente, foi descrito que o G-CSF, usado para a mobilização <strong>da</strong>s células tronco parao sangue periférico e para encurtar o período de neutropenia pós-transplante, mobilizapreferencialmente células dendríticas linfóides DC2 para o sangue periférico (Arpinati et al., 2000;Pulendran et al., 2000; Klangsinsirikul et al., 2002) e promove a diferenciação de células T H 2 queproduz<strong>em</strong> IL-4 e IL-10 (Sloand et al., 2000). Arpinati et al. (2000) mostraram que o tratamento <strong>com</strong>G-CSF <strong>em</strong> humanos induz um aumento de mais de cinco vezes no número de DC2 no sangueperiférico.


Discussão 142Vale ressaltar que <strong>em</strong> humanos, enxertos de células tronco mobiliza<strong>da</strong>s <strong>com</strong> G-CSFapresentam uma melhor enxertia e não causam uma maior incidência de GVHD agudo do queenxertos de medula óssea, apesar <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de células T presentes ser pelo menos 10 vezesmaior que no enxerto de medula óssea (Bensinger et al., 1996). Em camundongos, células T do baçoou do sangue periférico de camundongos pré-tratados <strong>com</strong> G-CSF mostraram capaci<strong>da</strong>de diminuí<strong>da</strong>de induzir GVHD <strong>em</strong> recipientes alogênicos, provavelmente por causa <strong>da</strong> polarização <strong>em</strong> células depadrão T H 2 (Pan et al., 1005). Por outro lado, recent<strong>em</strong>ente foi descrito outro mecanismo pelo qual oG-CSF exerce seu efeito imunossupressor. O G-CFS induz a geração de granulócitos de baixadensi<strong>da</strong>de in vivo que co-purificam <strong>com</strong> as PBMCs e são capazes de inibir a produção de INF-γ porcélulas T, através <strong>da</strong> produção de H 2 O 2 (Schmielau e Finn, 2001; Vasconcelos et al., 2003).Recent<strong>em</strong>ente, Vasconcelos et al. (2006) mostraram que esses granulócitos de baixa densi<strong>da</strong>de,induzidos pelo G-CSF, são capazes de inibir GVHD agudo <strong>em</strong> transplantes alogênicos.Além disso, foi descrito que o G-CSF aumenta a expressão de marcadores de ativação nascélulas mobiliza<strong>da</strong>s (Tayebi et al., 2001a; Tayebi et al., 2001b). Uma vez ativados, monócitospresentes no enxerto são capazes de suprimir a proliferação de células T, via produção de IL-10(Mielcarek et al., 1998). Por outro lado, Franzke et al. (2003) mostraram que o G-CSF atua <strong>com</strong>o umregulador imune <strong>em</strong> células T que expressam o receptor do G-CSF. Após ligação do G-CSF, oreceptor regula positivamente vários genes imunomoduladores que são provavelmente responsáveispela redução <strong>da</strong> reativi<strong>da</strong>de e/ou aloreativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s células T (entre eles o fator de transcrição derespostas imunes T H 2, GATA-3). Embora a maioria dos estudos d<strong>em</strong>onstre o papel do G-CSF naindução de respostas T H 2, outros trabalhos d<strong>em</strong>onstram a inibição <strong>da</strong> proliferação de células T e <strong>da</strong>produção de citocinas pelo G-CSF na ausência de respostas do tipo T H 2 (Schmielau e Finn, 2001;Vasconcelos et al., 2003; Jun et al., 2004, Vasconcelos et al., 2006).Com base nos efeitos do G-CSF descritos na literatura, esperávamos um aumento de DC2 <strong>em</strong>nossos <strong>pacientes</strong> pelo menos no período de pré-condicionamento e logo após o transplante. Noentanto, o número de células dendríticas linfóides (Lin - CD11c - HLADR + ) diminuiu, <strong>em</strong>bora nãosignificant<strong>em</strong>ente, nos períodos de pré-condicionamento e após o transplante, nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DMe EM. Já, o número de DC1 nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM recuperou valores maiores que o pré-transplantenove meses após o TACTH, porém nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM o número dessas células encontrou-seaumentado (não significant<strong>em</strong>ente) entre dois meses a um ano pós-transplante. Esse aumento de


Discussão 143DC1 pode ser associado ao predomínio de células T H 1 e T c 1 observado pós-transplante, que serádiscutido adiante.No período de pré-condicionamento e logo após o transplante, observamos um aumento deDC2 <strong>em</strong> alguns poucos <strong>pacientes</strong> individuais (<strong>da</strong>dos não mostrados), provavelmente devido ao efeitodo G-CFS, porém esse aumento não foi significativo quando o grupo de <strong>pacientes</strong> foi analisado. Umaexplicação seria a diferença no período de coleta do sangue periférico dos <strong>pacientes</strong>, que nosestudos descritos na literatura (Arpinati et al., 2000; Pulendran et al., 2000; Klangsinsirikul et al.,2002) foram usa<strong>da</strong>s alíquotas <strong>da</strong>s aféreses realiza<strong>da</strong>s logo após o tratamento <strong>com</strong> G-CSF por 5 dias.No entanto, <strong>em</strong> nosso trabalho, a coleta pós-mobilização (ou pré-condicionamento) variou muito edependia de quando os <strong>pacientes</strong> eram internados para o condicionamento e transplante. Esset<strong>em</strong>po variou de 2-3 s<strong>em</strong>anas (principalmente nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM) a 2-5 meses (principalmentenos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM).Outra subpopulação de células estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>em</strong> nosso trabalho foram as células NKT, umasubpopulação de células T que expressa alguns receptores encontrados nas células NK. Assim <strong>com</strong>oas células T reguladoras CD4 + CD25 + , as células NKT constitu<strong>em</strong> uma sublinhag<strong>em</strong> de células T autoreativasgera<strong>da</strong>s pelo timo, que t<strong>em</strong> um importante papel fisiológico de imunoregulação. Aespecifici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s células NKT é direciona<strong>da</strong> a alguns poucos antígenos e, ao contrário <strong>da</strong>s células Treguladoras CD4 + CD25 + , seus papéis na auto-imuni<strong>da</strong>de inclu<strong>em</strong> tanto proteção <strong>da</strong> patogênese <strong>com</strong>oexacerbação <strong>da</strong> doença auto-imune (revisado por Kronenberg e Rudensky, 2005). Em camundongos,a maioria <strong>da</strong>s células NKT são células CD4 +ou duplo-negativas (CD4 - CD8 - ) que reconhec<strong>em</strong>glicolipídeos no contexto <strong>da</strong>s moléculas MHC de classe I-não clássicas CD1d. Elas apresentam umTCR <strong>com</strong> uma região CDR3 invariante: rearranjo Vα14-Jα18 pareado <strong>com</strong> as cadeias Vβ8, Vβ7 ouVβ2 <strong>em</strong> camundongos, e o rearranjo Vα24-Jα18 pareado <strong>com</strong> a cadeia Vβ11 <strong>em</strong> humanos. Ascélulas NKT <strong>com</strong> TCR invariante são <strong>com</strong>umente referi<strong>da</strong>s <strong>com</strong>o NKT Vα24 invariantes (NKT Vα24i)ou células iNKT, para distingui-las <strong>da</strong>s outras células T que expressam receptores NK. Grande partedos estudos experimentais que indicam um papel importante <strong>da</strong>s células NKT na auto-imuni<strong>da</strong>derefer<strong>em</strong>-se às células iNKT (revisado por Godfrey et al., 2005).Em nosso trabalho, definimos <strong>com</strong>o células NTK a população de células que apresentamarcadores de células NK (CD16 e CD56) e de células T (CD3). Exist<strong>em</strong> pouquíssimos trabalhos naliteratura sobre a <strong>reconstituição</strong> de células NKT após TCTH. Num trabalho recente, Muraro et al.


Discussão 144(2005) mostraram que seis meses após TCTH autólogo, as células NKT (CD3 + CD56 + ) voltaram aosníveis observados pré-terapia. Em nossos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, as células NKT CD3 + CD16 + CD56 +diminuíram após o TACTH, mas mostraram um aumento não estatisticamente significante depois deseis meses, que persistiu até um ano pós-transplante. Por outro lado, nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, onúmero de células NKT CD3 + CD16 + CD56 + aumentou logo após o TACTH no D+60 (s<strong>em</strong> significânciaestatística), mas diminuíram <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> e persistiram <strong>em</strong> números menores <strong>em</strong> relação ao prétransplante,durante o resto do seguimento. Haraguchi et al. (2004) avaliaram a <strong>reconstituição</strong> decélulas NKT Vα24 + Vβ11 + após TCTH alogênico e sua correlação <strong>com</strong> GVHD. Eles mostraram que ascélulas NKT foram reconstituí<strong>da</strong>s dentro de um mês após o transplante, mas permaneceram <strong>em</strong>número diminuído por mais de um ano nos <strong>pacientes</strong>. Além disso, interessant<strong>em</strong>ente, o número decélulas NKT Vα24 + Vβ11 + encontrado nos receptores que desenvolveram GVHD agudo foi menor doque o encontrado nos <strong>pacientes</strong> s<strong>em</strong> GVHD após o transplante, indicando a importância <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> dessas células após o TCTH para a regulação de reações alo-imunes.Em geral, após o TACTH, a <strong>reconstituição</strong> numérica, mas não funcional, de linfócitos B ocorrerapi<strong>da</strong>mente, precede a recuperação de células T e recapitula a ontogenia normal de células B. Oslinfócitos B, assim <strong>com</strong>o os linfócitos T, pod<strong>em</strong> regenerar-se de várias fontes após o TACTH: decélulas B que sobreviveram à quimioterapia, localiza<strong>da</strong>s na medula, linfonodos ou baço; de células Bre-infundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong> o enxerto de células tronco; de células tronco autólogas re-infundi<strong>da</strong>s notransplante; ou de células tronco autólogas residuais. Embora o números de linfócitos B <strong>com</strong>ece anormalizar, <strong>em</strong> geral, a partir de três meses pós-TACTH, a função <strong>da</strong>s células B pode levar até maisde dois anos para normalizar <strong>com</strong>pletamente (revisado por Guillaume et al., 1998; Auletta e Lazarus,2005).Deficiências na resposta humoral de <strong>pacientes</strong> após o TACTH são atribuí<strong>da</strong>s à falta oudiminuição do estímulo por células T CD4 + helper, uma vez que o número de células T CD4 + diminuidrasticamente no primeiro pós-transplante, <strong>com</strong>o discutir<strong>em</strong>os a seguir. Os níveis séricos deimunoglobulinas permanec<strong>em</strong> baixos durante os três primeiros meses após o transplante, durante omesmo período no qual o número de células B circulantes está reduzido. Nesse período, a respostaproliferativa de células B a antígenos independentes de células T é ausente. Enquanto a produção deIgM pela estimulação <strong>com</strong> mitógenos e a antígenos independentes de células T normaliza três meses


Discussão 145pós-transplante, a produção de IgG é suprimi<strong>da</strong> por 12 a 24 meses na maioria dos <strong>pacientes</strong>(revisado por Guillaume et al., 1998; Auletta e Lazarus, 2005).Em nosso estudo, o número de linfócitos B CD19 + retornou aos níveis basais três meses póstransplantenos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e seis meses pós-transplante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. Nossosresultados corroboram outros descritos na literatura para doenças auto-imunes (Burt et al., 1998;Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al., 2005; Muraro et al., 2005).Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, a porcentag<strong>em</strong> de células B ativa<strong>da</strong>s que expressam CD38 aumentousignificant<strong>em</strong>ente entre dois a três meses após o transplante. Já, nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, a freqüênciade linfócitos B CD19 + CD38 +aumentou seis meses após o transplante, porém s<strong>em</strong> significânciaestatística.É interessante ressaltar que os enxertos de células tronco mobiliza<strong>da</strong>s <strong>com</strong> G-CSF apresentamuma quanti<strong>da</strong>de muito maior não só de células T, mas também de células B, do que <strong>em</strong> enxertos d<strong>em</strong>edula óssea (Bensinger et al., 1996). Além disso, foi mostrado que o G-CSF aumenta a expressãode marcadores de ativação nas células B mobiliza<strong>da</strong>s (Tayebi et al., 2001b). Desse modo, pod<strong>em</strong>osesperar que a <strong>reconstituição</strong> inicial de células B deve-se <strong>em</strong> grande parte à expansão de células B d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória, <strong>com</strong> fenótipo ativado, que foram reinfundi<strong>da</strong>s <strong>com</strong> as células tronco ou que sobreviveramao regime de condicionamento.Em nosso trabalho, a observação de que os níveis de anticorpos anti-GAD65 diminuíram,porém não desapareceram na maioria dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM após o transplante, sugere que oregime de condicionamento não foi capaz de eliminar <strong>com</strong>pletamente células B de m<strong>em</strong>ória autoreativas,ou que algumas delas foram reinfundi<strong>da</strong>s novamente <strong>com</strong> as células tronco no transplante.No entanto, <strong>em</strong> nosso estudo, a resposta imune humoral não foi prognóstica <strong>da</strong> r<strong>em</strong>issão clínicaobserva<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong>, <strong>em</strong> concordância <strong>com</strong> outros estudos realizados <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM(Palmer et al., 2004).Em estudos que avaliaram <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> outras DAIs submetidos ao TACTH também nãohouve correlação entre os níveis de auto-anticorpos e r<strong>em</strong>issão clínica <strong>da</strong> doença (Traynor et al,2000; Verburg et al., 2001). Verburg et al. (2001) mostraram que após o TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>artrite reumatóide, os títulos de fator reumatóide IgM e os níveis de anti-CCP (anticorpo contrapeptídeos citrulinados e específico para <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> artrite reumatóide) diminuíram nos primeiros


Discussão 146nove e seis meses após o TACTH, respectivamente. No entanto, nenhuma correlação foi encontra<strong>da</strong>entre a diminuição do fator reumatóide IgM ou do anti-CCP e a resposta clínica ao transplante.Em contraste, Farge et al. (2005) mostraram uma correlação positiva entre os números delinfócitos CD19 + e CD20 + e a presença de altos níveis de auto-anticorpos anti-Scl-70, <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> esclerose sistêmica submetidos ao TACTH. Além disso, os números de células B encontradosforam maiores no grupo de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose sistêmica que não responderam ao transplanteou tiveram recaí<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença, do que no grupo que apresentou resposta sustenta<strong>da</strong> ao TACTH. Estaobservação sugere que os clones de células B patogênicas possam ter se expandidopreferencialmente nos <strong>pacientes</strong> que não responderam ao TACTH.Mecanismos de <strong>reconstituição</strong> de células T timo-independentesA primeira fase <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> caracteriza-se pela expansão de células Tresiduais que sobreviveram à imunossupressão <strong>em</strong> altas doses ou que foram reinfundi<strong>da</strong>s notransplante juntamente <strong>com</strong> as células tronco, <strong>em</strong> resposta a sinais homeostáticos (Jameson et al.,2002; Guillaume et al., 1998). A proliferação homeostática periférica é responsável pela rápi<strong>da</strong>restauração <strong>da</strong> população de células T, particularmente <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> mais velhos, devido à produçãotímica limita<strong>da</strong> de células T naive. Ao contrário do que era esperado, nessa fase a maioria <strong>da</strong>s célulasT apresenta um fenótipo de m<strong>em</strong>ória (Koehne et al., 1997; Murali-Krishna e Ahmed, 2000; Goldrath etal., 2000). No entanto, a proliferação homeostática é insuficiente para restabelecer a população delinfócitos T CD4 + , por razões ain<strong>da</strong> não esclareci<strong>da</strong>s. Vários trabalhos mostram que a <strong>reconstituição</strong>de células T CD4 + é d<strong>em</strong>ora<strong>da</strong> e muito mais dependente <strong>da</strong> produção tímica do que as células TCD8 + (Mackall et al., 1997; Hakim et al., 1997). Em contraste, a recuperação do número de células TCD8 + pode ser rapi<strong>da</strong>mente alcança<strong>da</strong> pela expansão periférica de células T CD8 + maduras (Mackallet al., 1997; Peggs e Mackinnon, 2004).Em nosso trabalho, na <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> observa<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM até umano de seguimento e nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM até dois de seguimento, predominaram mecanismos de<strong>reconstituição</strong> periférica timo-independentes. Após o transplante, houve uma predominânciasignificante de células T de m<strong>em</strong>ória central, m<strong>em</strong>ória efetora e também de células T efetorasdiferencia<strong>da</strong>s, principalmente de linfócitos T CD8 + . Essa predominância de células T de m<strong>em</strong>ória eefetoras deve-se provavelmente à expansão homeostática periférica de linfócitos T de m<strong>em</strong>ória


Discussão 147residuais que sobreviveram ao regime de condicionamento ou foram re-infundidos <strong>com</strong> as célulastronco no momento do transplante. A proliferação homeostática não foi suficiente para restabelecer apopulação de linfócitos T CD4 +durante o período pós-transplante analisado. Em contraste, arecuperação do número de linfócitos T CD3 + e T CD8 + foi rapi<strong>da</strong>mente alcança<strong>da</strong> pela proliferaçãohomeostática de células T CD8 + de m<strong>em</strong>ória, e houve um aumento significante dessas células nostrês primeiros meses pós-transplante. Esses <strong>da</strong>dos indicam que a supressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória<strong>da</strong> doença auto-imune, observa<strong>da</strong> na maioria dos <strong>pacientes</strong> transplantados durante o períodoavaliado, não dependeu <strong>da</strong> persistência <strong>da</strong> linfopenia causa<strong>da</strong> pela imunossupressão <strong>em</strong> altas doses.O aumento acentuado de linfócitos T CD8 + e diminuição dos linfócitos T CD4 + resultou na inversão <strong>da</strong>razão CD4 + :CD8 + durante todo o seguimento após o transplante, <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong>.Nossos resultados corroboram outros estudos de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> <strong>em</strong> doenças autoimunes(Burt et al., 1998; Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al.,2005), nos quais os <strong>pacientes</strong> foram a<strong>com</strong>panhados por no máximo um ano após o transplante.Nesses estudos também houve uma predominância de células T de m<strong>em</strong>ória, principalmente T CD8 + ,nos primeiros meses após o TACTH.Num outro trabalho recente, Muraro et al. (2005) estu<strong>da</strong>ram os mecanismos de <strong>reconstituição</strong>de células T a longo prazo <strong>em</strong> sete <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM que foram a<strong>com</strong>panhados por 2-3 anos póstransplantee verificaram também uma prevalência de células T <strong>com</strong> fenótipo de m<strong>em</strong>ória central <strong>em</strong><strong>em</strong>ória efetora nos seis primeiros meses pós-transplante. Nesse trabalho, houve um aumentosignificante <strong>da</strong> freqüência <strong>da</strong>s células T CD4 + de m<strong>em</strong>ória efetora nos seis primeiros meses após oTACTH, mas que declinou posteriormente <strong>em</strong> direção aos níveis basais, à medi<strong>da</strong> que houve arecuperação gradual do número de células T CD4 + . A freqüência de células T CD4 + de m<strong>em</strong>óriacentral diminuiu significant<strong>em</strong>ente após o transplante, enquanto que as porcentagens de células TCD8 + de m<strong>em</strong>ória central e m<strong>em</strong>ória efetora aumentaram no primeiro ano pós-transplante, <strong>em</strong>boranão significant<strong>em</strong>ente. Nesse estudo, Muraro et al. (2005) mostraram uma normalização gradual, masrelativamente rápi<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s células T CD4 +(o que não ocorreu <strong>em</strong> nossos <strong>pacientes</strong>). A razãoCD4 + :CD8 + encontrou-se significant<strong>em</strong>ente diminuí<strong>da</strong> aos seis meses após o transplante, no entanto,um ano pós-TACTH a razão CD4 + :CD8 + <strong>com</strong>eçou a reverter <strong>em</strong> direção aos níveis basais e dois anospós-transplante não houve diferença significante <strong>em</strong> relação à razão CD4 + :CD8 + pré-transplante.


Discussão 148Nesse cenário, pode-se questionar <strong>com</strong>o a expansão homeostática periférica de células Tautólogas maduras conseguiria (mesmo que t<strong>em</strong>porariamente) reconstituir um repertório tolerante <strong>em</strong>um paciente <strong>com</strong> uma doença auto-imune pré-existente. Foi mostrado <strong>em</strong> alguns estudos que aproliferação homeostática de células T CD8 + maduras <strong>em</strong> indivíduos linfopênicos é decorrente <strong>da</strong>estimulação do TCR por interações de baixa afini<strong>da</strong>de <strong>com</strong> <strong>com</strong>plexos MHC-peptídeo próprio(Goldrath et al., 1999; Ernst et al., 1999). Esses trabalhos suger<strong>em</strong> que as condições de linfopeniaaumentam a sensibili<strong>da</strong>de do TCR para peptídeos próprios associados ao MHC, provavelmente peloaumento <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de interações <strong>da</strong>s células T <strong>com</strong> as células apresentadoras de antígenos(Goldrath et al., 1999; Ernst et al., 1999). Assim, durante a fase linfopênica após o TACTH, a mesma“sensibili<strong>da</strong>de do TCR aumenta<strong>da</strong>” que faz <strong>com</strong> que células T de baixa afini<strong>da</strong>de por ligantes própriossejam estimula<strong>da</strong>s a proliferar homeostaticamente, poderia levar também à deleção de células autoreativasresiduais que têm alta afini<strong>da</strong>de para ligantes próprios, por AICD (activation-induced celldeath, ou morte induzi<strong>da</strong> celular induzi<strong>da</strong> por ativação).Vale ressaltar que, <strong>em</strong> nossos <strong>pacientes</strong>, a freqüência de linfócitos T CD4 + e CD8 + queexpressam Fas aumentou principalmente nos seis primeiros meses pós-transplante nos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> DM e no primeiro ano pós-transplante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. E essa freqüência eleva<strong>da</strong> decélulas T CD4 + Fas + e CD8 + Fas + encontra<strong>da</strong> nos primeiros meses <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> imune, sugereuma suscetibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s células aumenta<strong>da</strong> à apoptose (Hakim et al., 1997; Singh et al., 1999; Muraroet al., 2005). Segundo proposto por Muraro e Douek (2006), essa possível forma de deleção decélulas auto-reativas, acima discuti<strong>da</strong>, l<strong>em</strong>bra alguns aspectos do modelo de afini<strong>da</strong>de diferencialproposto para os mecanismos de seleção tímica (Ashton-Rickardt e Tonegawa, 1994) e poderepresentar um mecanismo de proteção contra auto-imuni<strong>da</strong>de através <strong>da</strong> geração de um repertóriode células T tolerante enquanto a timopoiese é insuficiente.Nos primeiros meses <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong>, houve também um aumento acentuado de linfócitos TCD3 + <strong>com</strong> fenótipo ativado (CD3 + HLA-DR + ). Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, o aumento foi maior entre dois aseis meses pós-TACTH e <strong>com</strong>eçou a decrescer nove meses após o TACTH. Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM,o aumento de células T CD3 + HLA-DR + foi acentuado e estatisticamente significante no período depré-condicionamento e <strong>em</strong> todos os seguimentos pós-transplante avaliados. O aumento naporcentag<strong>em</strong> dessas células foi maior entre dois a nove meses pós-TACTH e <strong>com</strong>eçou a diminuir um


Discussão 149ano após o TACTH. A expressão eleva<strong>da</strong> de marcadores de ativação, <strong>com</strong>o o HLA-DR, é umacaracterística também observa<strong>da</strong> no sist<strong>em</strong>a imune senescente (Thiel et al., 2004).A predominância e intensa proliferação homeostática de células T CD8 +observa<strong>da</strong> nosprimeiros meses após o TACTH, <strong>em</strong> nosso e <strong>em</strong> vários outros estudos, pode estar tambémrelaciona<strong>da</strong> à expansão de células T CD8 + CD57 + CD28 - . Primeiramente, foi mostrado que células TCD8 + CD57 + e CD8 + CD28 - são <strong>com</strong>ponentes importantes <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> de células T CD8 + apósquimioterapia intensa (Mackall et al., 1997). Foi sugerido que essas células teriam alcançado umestado de senescência replicativa ou exaustão clonal (Effros et al., 1997), por apresentar<strong>em</strong> potencialreplicativo in vitro e tamanho do telômero reduzidos (Monteiro et al., 1996). Mais recent<strong>em</strong>ente, foieluci<strong>da</strong>do que é primariamente a expressão de CD57 que define essa subpopulação de células TCD8 +funcionalmente distintas, caracteriza<strong>da</strong>s pela falta de capaci<strong>da</strong>de proliferativa, intensareplicação e propensão à apoptose (Brenchley et al., 2003). Em paralelo, foi identifica<strong>da</strong> tanto <strong>em</strong>indivíduos-controle saudáveis (Morley et al., 1995) <strong>com</strong>o <strong>em</strong> receptores de transplantes de medulaóssea alogênicos (Gorochov et al., 1994), a presença de grandes expansões oligoclonais nasubpopulação de células T CD8 + CD57 + .As subpopulações oligoclonais de células T CD8 + CD57 + CD28 - foram associa<strong>da</strong>s a expansõesde células T vírus-específicas <strong>em</strong> indivíduos assintomáticos HIV + e infectados por citomegalovírus(CMV) (Weekes et al., 1999; Wills et al., 1999). Outros estudos confirmaram, <strong>em</strong> TCTH autólogos,essa associação entre soropositivi<strong>da</strong>de prévia e/ou reativação do CMV e expansão de células TCD8 + CD57 + pós-transplante (Reimer et al., 2003) e redução <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório do TCR(Peggs et al., 2003). Esses autores também mostraram evidências iniciais, através de análisesusando tetrâmeros de MHC, de que essas expansões clonais CMV-específicas contribu<strong>em</strong> d<strong>em</strong>aneira significativa para a recuperação <strong>da</strong> população de células T CD8 + após o transplante. Emboraalguns estudos tenham mostrado que as células T CD8 + CD28 - CD57 +pod<strong>em</strong> ter um papelimunoregulador (Autran et al., 1991; Mollet et al., 1998), a participação desse possível efeito natolerância observa<strong>da</strong> após TACTH <strong>em</strong> DAIs falta ser investiga<strong>da</strong>.Em nosso trabalho, observamos que a freqüência <strong>da</strong>s células T CD8 + CD28 - CD57 + aumentouacentua<strong>da</strong>mente após o transplante, tanto nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM <strong>com</strong>o nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. Noentanto, <strong>em</strong> nosso estudo, freqüência dessas células não foi avalia<strong>da</strong> <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> ouperíodos. Num outro estudo de TACTH <strong>em</strong> EM (Muraro et al., 2005), expansões oligoclonais de


Discussão 150células T na subpopulação de células T CD8 + foram freqüent<strong>em</strong>ente observa<strong>da</strong>s no primeiro anoapós o TACTH. Nesse estudo, uma dessas expansões clonais representou aproxima<strong>da</strong>mente 50% dototal <strong>da</strong> população de células T CD8 + . Os autores mostraram que após o TACTH, células T CD8 +clonalmente expandi<strong>da</strong>s têm um fenótipo atípico de células de m<strong>em</strong>ória-efetora, apresentandomarcadores e características de células senescentes, terminalmente diferencia<strong>da</strong>s (CD28 -CD57 + CD95 + ).Em resumo, estes resultados <strong>da</strong> literatura indicam que expansões oligoclonais de células TCD8 + pod<strong>em</strong> prejudicar fort<strong>em</strong>ente a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após o TACTH. Segundo Muraro eDouek (2006), uma implicação desse fato para a doença auto-imune é que a ocupação de umagrande porção do repertório de células T CD8 + por células terminalmente diferencia<strong>da</strong>s poderia talvezafetar a <strong>com</strong>posição do repertório de células T através de <strong>com</strong>petição por espaço. Conforme foidescrito, a atrição (do inglês, atrittion) de células T CD8 + de m<strong>em</strong>ória limita a capaci<strong>da</strong>de do indivíduode armazenar um grande número de células T de diferentes especifici<strong>da</strong>des (Selin e Welsh, 2004). Aatrição é um fenômeno imunológico que consiste na diminuição do tamanho de algumas populaçõesde células T de m<strong>em</strong>ória, resultante <strong>da</strong> <strong>com</strong>petição por “espaço” entre elas. Há possibili<strong>da</strong>de de queessas grandes expansões de células T CD8 + antígeno-específicas possam limitar drasticamente opotencial de re-expansão de células T auto-reativas residuais após o TACTH.Mecanismos de <strong>reconstituição</strong> de células T timo-dependentesEstudos <strong>em</strong> camundongos timectomizados mostraram que na ausência do timo a<strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> periférica prevalece (Mackall et al., 1993). No entanto, <strong>em</strong>bora a expansãohomeostática periférica consiga restaurar o número de células T após imunodepleção maciça, o timoé a exclusiva fonte de novas especifici<strong>da</strong>des de célula T (revisado por Berzins et al., 2002). Foimostrado que a contribuição tímica para a regeneração de células T CD4 + varia de acordo <strong>com</strong> i<strong>da</strong>dedo indivíduo (Mackall et al., 1995). Após quimioterapia intensa, uma forte reativação tímica foiobserva<strong>da</strong> <strong>em</strong> crianças, mas não <strong>em</strong> adultos. O fenômeno de reativação tímica (do inglês, thymicrebound) significa aumento do tamanho e reativação funcional do timo após depleção intensa decélulas T (Muraro e Douek, 2006). Nos adultos, as células T naive <strong>com</strong>eçaram a reaparecer nosadultos somente quinze meses após a quimioterapia intensa. A recuperação lenta de células T naivefoi principalmente observa<strong>da</strong> na subpopulação de células T CD4 + , e a recuperação de células T CD4 +


Discussão 151correlacionou-se inversamente <strong>com</strong> a i<strong>da</strong>de e diretamente <strong>com</strong> o aumento do timo (Mackall et al.,1995).Recent<strong>em</strong>ente, Douek et al. (2000) mostraram a persistência de uma significante função tímicae do potencial para recuperação <strong>com</strong>pleta e mesmo aumento do número de células T naive(reativação tímica) após TCTH <strong>em</strong> adultos, através de um método novo de detecção de célulasrecém-<strong>em</strong>igrantes do timo baseado na amplificação de TRECs (T cell receptor excision circles). Umacorrelação entre o reaparecimento e aumento de células T CD4 + naive e a recuperação e melhorafuncional <strong>da</strong> timopoiese foi encontra<strong>da</strong> <strong>em</strong> vários trabalhos realizados <strong>em</strong> humanos (revisado porWeinberg et al., 2001; Douek, 2002; Hakim et al., 2005).Malphettes et al. (2003) mostraram que a <strong>reconstituição</strong> <strong>com</strong> células CD34 +seleciona<strong>da</strong>sresulta num aumento de células T naive, porém o mesmo não foi verificado quando enxertos decélulas tronco não-manipulados foram usados. Similarmente, os níveis de TREC encontrados forammaiores <strong>em</strong> receptores de enxertos de células CD34 +seleciona<strong>da</strong>s (Douek et al., 2000). Estaobservação poderia talvez refletir uma <strong>com</strong>petição por espaço entre células T naive e células T d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória durante a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>. Uma vez que células T de m<strong>em</strong>ória são menosfreqüente <strong>em</strong> enxertos de células CD34 +purifica<strong>da</strong>s, isso poderia favorecer a <strong>reconstituição</strong> decélulas T naive nos <strong>pacientes</strong>. Ain<strong>da</strong> não está esclarecido se o timo consegue aumentar suaprodução <strong>em</strong> resposta a condições de linfopenia <strong>em</strong> adultos, <strong>em</strong>bora haja evidências <strong>da</strong> detecção deníveis supranormais de TRECs após TCTH (Muraro et al. 2005).Se, por um lado, a seleção de células CD34 +parece ser importante para o aumento <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> de células T naive após o TACTH, a seleção células CD34 + pode vir a r<strong>em</strong>over doenxerto, além <strong>da</strong>s células T auto-reativas potencialmente patogênicas, populações celularesimportantes para a manutenção <strong>da</strong> tolerância periférica, <strong>com</strong>o as células T reguladoras. Num estudode TACTH <strong>em</strong> artrite reumatóide, Moore et al. (2002) mostraram que os <strong>pacientes</strong> que receberam oenxerto de células tronco não-manipulado apresentaram uma duração maior <strong>da</strong> melhora clínica doque os <strong>pacientes</strong> que receberam as células tronco CD34 +purifica<strong>da</strong>s, <strong>em</strong>bora s<strong>em</strong> significânciaestatística.Os principais fatores adversos que pod<strong>em</strong> influenciar a <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> após oTACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs constitu<strong>em</strong> a i<strong>da</strong>de do paciente e o tipo e t<strong>em</strong>po de tratamentoprévio. O fator i<strong>da</strong>de já foi discutido previamente, mas vale ressaltar que a capaci<strong>da</strong>de tímica de


Discussão 152produzir novas células T naive após o TACTH parece ter valor prognóstico, pois se correlaciona <strong>com</strong>aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T, diminuição de infecções oportunistas e aumento<strong>da</strong> sobrevivência dos <strong>pacientes</strong>. Desse modo, <strong>pacientes</strong> mais jovens parec<strong>em</strong> ter maiores chances deentrar <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão clínica após o TACTH (Fallen et al., 2003; Isaacs e Thiel, 2004). Em relação aotratamento prévio, já foi mostrado que algumas drogas usa<strong>da</strong>s no tratamento de DAIs pod<strong>em</strong><strong>da</strong>nificar o timo (Milicevic et al., 1998; Tonomura et al., 2003) e potencialmente prejudicar as célulastronco <strong>da</strong> medula óssea e os precursores linfóides que irão reconstituir o sist<strong>em</strong>a imune após otransplante.Em nossos <strong>pacientes</strong>, os números de linfócitos T CD4 + e CD8 + naive, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o de células TCD4 + CD45RA + CD31 + recém imigrantes do timo, não recuperaram os níveis basais durante o períodopós-transplante analisado. Vale ressaltar que <strong>em</strong> nosso estudo os <strong>pacientes</strong> receberam auto-enxertosde células tronco não-manipulados. Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, a partir de nove meses pós-transplante,o número dessas células apresentou uma tendência a aumentar. Nossos resultados forams<strong>em</strong>elhantes a de outros trabalhos descritos na literatura para doenças auto-imunes (Burt et al., 1998;Traynor et al., 2000; Verburg et al., 2001; Sun et al., 2004; Farge et al., 2005; Muraro et al., 2005),nos quais o número de células T naive CD4 + CD45RA + também não alcançou níveis pré-transplanteaté um ano pós-transplante.No entanto, um estudo recente (Muraro et al., 2005) mostrou pela primeira vez que a r<strong>em</strong>issãoclínica observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM após o TACTH, que é a<strong>com</strong>panha<strong>da</strong> pela supressão <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong>de inflamatória, não é decorrente somente <strong>da</strong> imunossupressão que esses <strong>pacientes</strong> receb<strong>em</strong>,mas de mu<strong>da</strong>nças qualitativas profun<strong>da</strong>s no sist<strong>em</strong>a imunológico que d<strong>em</strong>onstram uma renovação do<strong>com</strong>partimento de células T nesses <strong>pacientes</strong>. Nesse trabalho, os paciente <strong>com</strong> EM receberamenxertos de células CD34 + purifica<strong>da</strong>s. Os autores mostraram que, dois anos após o TACTH, os<strong>pacientes</strong> apresentaram mais do que o dobro <strong>da</strong> freqüência de células T CD4 + naive <strong>em</strong> relação aoperíodo pré-transplante. Já a freqüência de células T CD8 + naive não mudou significant<strong>em</strong>ente doisanos pós-transplante <strong>em</strong> relação aos níveis basais. Do mesmo modo, a freqüência de células TCD4 + CD45RA + CD31 + recém imigrantes do timo dobrou dois anos pós-TACTH, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o os níveisde TRECs aumentaram 7,9X um ano pós-transplante e 5,4X dois anos pós-transplante. Em adição,Sun et al. (2004) e Farge et al. (2005), mostraram um aumento dos níveis de TRECs entre 9 a 12meses pós-transplante, após TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM e esclerose sistêmica, respectivamente.


Discussão 153Em nosso trabalho, avaliamos a <strong>reconstituição</strong> tímica de células T naive pela quantificaçãofenotípica dessas células, e os níveis de TRECs não foram avaliados. Possíveis explicações para nãotermos encontrado uma recuperação e/ou aumento de células T naive nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM aosdois anos pós-TACTH, poderiam ser: amostra não representativa, a i<strong>da</strong>de dos <strong>pacientes</strong>, respostaclínica pós-transplante. Em nosso trabalho somente quatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM chegaram aoseguimento de dois anos pós-transplante (EM1, EM3, EM4 e EM5). Dentre esses quatro <strong>pacientes</strong>,três <strong>pacientes</strong> t<strong>em</strong> i<strong>da</strong>de >50 anos, dois <strong>pacientes</strong> apresentaram progressão neurológica e somentedois apresentaram maior diversi<strong>da</strong>de do repertório após o TACTH. Os outros <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM e os<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM dev<strong>em</strong> ser a<strong>com</strong>panhados por mais t<strong>em</strong>po (pelo menos até dois anos póstransplante)para avaliação <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> tímica de células T naive.Interessant<strong>em</strong>ente, vários estudos mostraram que a produção tímica de células T naive éreduzi<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM (Hug et al., 2003), artrite reumatóide (Koetz et al., 2000) e lúpuserit<strong>em</strong>atoso sistêmico (Kayser et al., 2004). Por outro lado, Muraro et al. (2005) mostraram que oTACTH foi capaz de aumentar a timopoiese <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. Desse modo, pode-se sugerir quea reativação tímica após TACTH possa constituir um mecanismo <strong>com</strong>um de tolerância <strong>em</strong> diferentesDAIs.Vale destacar outros dois trabalhos que avaliaram a <strong>reconstituição</strong> tímica de células T autoreativasapós o TACTH. Openshaw et al. (2000) mostraram que a resposta proliferativa de célulasmononucleares à MBP (myelin basic protein) ou a peptídeos imunodominantes <strong>da</strong> MBP estavasignificant<strong>em</strong>ente suprimi<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, pelo menos até 20 meses pós-TACTH, noentanto respostas novas contra outros peptídeos <strong>da</strong> MBP desenvolveram-se após o transplante. Sunet al. (2004) d<strong>em</strong>onstraram o reaparecimento de células T auto-reativas anti-mielina por volta de 12meses após o TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, provavelmente con<strong>com</strong>itante à <strong>reconstituição</strong> de novascélulas T naive produzi<strong>da</strong>s pelo timo (avalia<strong>da</strong> pelos níveis de TREC nesse período).Interessant<strong>em</strong>ente, os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM desses estudos continuaram <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão clínica <strong>da</strong>doença mesmo <strong>com</strong> o reaparecimento de células T auto-reativas anti-mielina, d<strong>em</strong>onstrando que ar<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> doença após o transplante não se deve somente à eliminação <strong>da</strong>s células auto-reativaspatogênicas mas também a outras mu<strong>da</strong>nças determina<strong>da</strong>s pelo TACTH.


Discussão 1545.2 Perfil de citocinas após o TACTHAs citocinas têm um papel importante na iniciação e direcionamento <strong>da</strong>s respostas imunes, e adesregulação de citocinas é um fator fun<strong>da</strong>mental na patogênese <strong>da</strong>s DAIs. Traynor et al. (2000)mostraram que ocorr<strong>em</strong> mu<strong>da</strong>nças no padrão de citocinas <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> lúpus erit<strong>em</strong>atososistêmico (LES) após o TACTH. A expressão de interleucina-4 (IL-4), citocina do tipo T H 2, foiencontra<strong>da</strong> aumenta<strong>da</strong> <strong>em</strong> linfócitos de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> lúpus erit<strong>em</strong>atoso sistêmico antes dotransplante e normalizou após o TACTH. Por outro lado, os níveis de interferon-γ (IFN-γ; citocina dotipo T H 1), que estavam abaixo do normal nesses <strong>pacientes</strong> antes do transplante, aumentaram paraníveis normais após o TACTH. Num estudo mais recente, Sun et al. (2004) mostraram que os níveisde citocinas séricas oscilaram muito após o TACTH e retornaram aos valores basais um ano póstransplante.Houve um aumento significante de INF-γ, TNF-α e IL-10 entre três e seis meses póstransplante,enquanto que os níveis de IL-12 diminuíram persistent<strong>em</strong>ente após o TACTH no soro detodos os <strong>pacientes</strong>.Em nosso trabalho, investigamos as alterações na produção de citocinas por linfócitos ativadosdos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e EM após o TACTH. Após o transplante, houve um aumento na porcentag<strong>em</strong>de células T CD4 + (T H 1) e CD8 + (T C 1) produtoras de citocinas do padrão T H 1 ou pró-inflamatórias(INF-γ e TNF-α), que está associado ao aumento de linfócitos T de m<strong>em</strong>ória central e efetora, assubpopulações celulares predominantes nesse período <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> conformediscutido anteriormente. Essas subpopulações de células T de m<strong>em</strong>ória e efetoras apresentam umperfil de células ativa<strong>da</strong>s e caracteristicamente respond<strong>em</strong> rapi<strong>da</strong>mente a estímulos antigênicospoliclonais ou específicos através <strong>da</strong> produção de citocinas. Eyrich et al. (2004) tambémd<strong>em</strong>onstraram um aumento de células de m<strong>em</strong>ória produtoras de INF-γ após TCTH alogênico,principalmente de células T CD8 + .A diminuição observa<strong>da</strong> na freqüência de células T CD4 + e CD8 + positivas para a citocina IL-2após o transplante está associa<strong>da</strong> ao número diminuído de células T naive encontrado nos <strong>pacientes</strong>nesse período, uma vez que células T naive, principalmente células T CD4 + , constitu<strong>em</strong> as principaisfontes de IL-2 (Chalmers et al., 1998).Por outro lado, foi observado um pequeno aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + (T H 2) eCD8 + (T C 2) produtoras de citocinas do padrão T H 2 ou anti-inflamatórias (IL-4, IL-5 e IL-10) no períodode pré-condicionamento e <strong>em</strong> vários períodos após o TACTH. Entretanto, esse aumento foi


Discussão 155significante no período de pré-condicionamento e nos D+180 (CD4 + IL-10 + ) e D+270 (CD4 + IL-5 + ,CD4 + IL-10 + ) pós-transplante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM. Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM o aumento de célulasT H 2/T C 2 foi também observado <strong>em</strong> alguns períodos pós-transplante (principalmente nos primeirosseis meses), porém não foi estatisticamente significante. Uma vez que o <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 e aesclerose múltipla são DAIs do tipo T H 1, a presença de um maior número de células <strong>com</strong> perfil T H 2poderia ter um papel importante na supressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>da</strong> doença auto-imune nesses<strong>pacientes</strong> e poderia contribuir nos primeiros meses após o transplante para a melhora clínica er<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> doença auto-imune nesses <strong>pacientes</strong>.O achado de células T C 2 nos <strong>pacientes</strong>, principalmente após o transplante, foi interessante eintrigante ao mesmo t<strong>em</strong>po, pois classicamente o padrão de citocinas expresso pelas células T CD8 +efetoras é similar ao <strong>da</strong>s células T CD4 + T H 1 (revisado por Mosmann et al., 1997; Woodland e Dutton,2003). A produção de INF-γ, TNF-α e linfotoxina por células T CD8 + é consistente <strong>com</strong> sua funçãocitotóxica, pois essas três citocinas ativam e aumentam a capaci<strong>da</strong>de citotóxica <strong>em</strong> macrófagos eneutrófilos. Entretanto, n<strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as células T CD8 +secretam citocinas do padrão T H 1. Váriostrabalhos descritos na literatura mostram que as células T CD8 + pod<strong>em</strong> secretar citocinas do padrãoT H 2 in vivo e in vitro. Clones de células T CD8 + descritos <strong>em</strong> alguns trabalhos secretam ambos tiposde citocinas, T H 1 e T H 2. Também foi mostrado que alguns clones de células T CD8 + isolados de<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> hanseníase secretam IL-4 e baixos níveis de INF-γ. Desse modo, está claro naliteratura que as células T CD8 + pod<strong>em</strong> diferenciar-se <strong>em</strong> dois fenótipos de células efetoras, T C 1 ouT C 2. Ambas subpopulações são citotóxicas através <strong>da</strong>s vias de sinalização por Fas eperforina/granzima, e ambas são capazes de lisar células B <strong>em</strong> repouso (ou resting) ou ativa<strong>da</strong>s,<strong>em</strong>bora as células T C 2 sejam capazes de prover estímulo (bystander help) para células B através <strong>da</strong>produção de citocinas T H 2 (revisado por Mosmann et al., 1997; Woodland e Dutton, 2003).Sugerimos que o G-CSF, usado para a mobilização <strong>da</strong>s células tronco para o sangue periféricoe para encurtar o período de neutropenia, possa ter induzido esse aumento de células <strong>com</strong> perfil T H 2/T C 2 nos <strong>pacientes</strong> transplantados <strong>em</strong> nosso estudo. Conforme discutido anteriormente, o G-CSFpolariza as células T para um padrão T H 2, pela regulação positiva de vários genesimunomoduladores, dentre eles o fator de transcrição GATA-3 (Arpinati et al., 2000; Sloand et al.,2000; Franzke et al., 2003). Atualmente, exist<strong>em</strong> várias evidências que d<strong>em</strong>ostram um papel criticodo G-CSF <strong>com</strong>o um novo mediador de tolerância de células T (revisado por Rutella et al., 2005).


Discussão 156Desse modo, o G-CFS poderia contribuir para os efeitos terapêuticos benéficos do TACTH notratamento de DAIs do tipo T H 1 através <strong>da</strong> modulação do “ambiente imunológico” imediatamente apóso transplante, induzindo mu<strong>da</strong>nças no perfil <strong>da</strong> resposta imune para um perfil T H 2 menos inflamatório.Por outro lado, recent<strong>em</strong>ente foi descrito outro mecanismo pelo qual o G-CSF exerce seu efeitoimunossupressor (Schmielau e Finn, 2001; Vasconcelos et al., 2003; Vasconcelos et al., 2006). O G-CFS induz a geração de granulócitos de baixa densi<strong>da</strong>de in vivo que co-purificam <strong>com</strong> as PBMCs esão capazes de inibir a produção de INF-γ e IL-4 por células T humanas, através <strong>da</strong> produção deH 2 O 2 . Em contraste, <strong>em</strong> nosso estudo, além do número de células produtoras de citocinas T H 2 ter<strong>em</strong>aumentado, a freqüência de células produtoras de citocinas T H 1 aumentou também.Apesar de termos observado um pequeno aumento na freqüência de células T H 2/T C 2 nos<strong>pacientes</strong> após o transplante, esperávamos que esse aumento fosse maior e na maioria dos<strong>pacientes</strong>, pelo menos no período de pré-condicionamento, devido ao efeito do G-CSF na indução derespostas T H 2 descrito na literatura (Arpinati et al., 2000; Pulendran et al., 2000; Klangsinsirikul et al.,2002). Uma explicação para esse resultado seria a diferença no período de coleta do sangueperiférico dos <strong>pacientes</strong> após o condicionamento, que variou muito <strong>em</strong> nossos <strong>pacientes</strong> conformediscutido anteriormente, <strong>em</strong> contraste <strong>com</strong> outros estudos descritos na literatura que avaliaram oefeito do G-CSF na indução de respostas T H 2. (Arpinati et al., 2000; Pulendran et al., 2000;Klangsinsirikul et al., 2002). Não obstante, resultados s<strong>em</strong>elhantes aos nossos foram encontrados <strong>em</strong>outros estudos que avaliaram a produção de citocinas após TACTH alogênico <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>doenças onco-h<strong>em</strong>atológicas ou oncológicas (Schlenke et al., 2001; Eyrich et al., 2004).Outra explicação seria a presença de granulócitos de baixa densi<strong>da</strong>de induzidos pelo G-CSFna cultura in vitro, principalmente nas amostras colhi<strong>da</strong>s no pré-condicionamento, que poderiam estarinibindo a produção de IL-4 pelas células T dos <strong>pacientes</strong>, através <strong>da</strong> produção de H 2 O 2 (Schmielau eFinn, 2001; Vasconcelos et al., 2004; Vasconcelos et al., 2006). Entretanto, <strong>em</strong> nosso trabalhousamos células mononucleares congela<strong>da</strong>s <strong>em</strong> nossos experimentos de citocinas intracelulares eSchmielau e Finn (2001) mostraram que os granulócitos de baixa densi<strong>da</strong>de induzidos pelo G-CSFperd<strong>em</strong> sua função inibitória após o congelamento.Intrigant<strong>em</strong>ente, <strong>em</strong> algumas amostras de pré-condicionamento e nos primeiros seis mesespós-transplante, foram freqüent<strong>em</strong>ente encontra<strong>da</strong>s células positivas para citocinas T H 2 quando ascélulas foram incuba<strong>da</strong>s s<strong>em</strong> o estímulo, o que reflete a produção in vivo dessas citocinas. Mas,


Discussão 157quando essas mesmas amostras eram estimula<strong>da</strong>s <strong>com</strong> PMA e IONO, as células T H 2/T C 2 não eramencontra<strong>da</strong>s (<strong>da</strong>dos não mostrados). Uma explicação talvez seria de que essas células T H 2/T C 2teriam uma maior suscetibili<strong>da</strong>de à morte por AICD (activation-induced cell death, morte induzi<strong>da</strong> porativação). De qualquer modo, nós far<strong>em</strong>os na continuação desse projeto, a dosag<strong>em</strong> de citocinasT H 1 e T H 2 no soro que foi armazenado desses <strong>pacientes</strong>, pela técnica de CBA (BD TM Cytometric BeadArray) por citometria de fluxo, e <strong>com</strong>parar<strong>em</strong>os os resultados <strong>com</strong> esses obtidos por marcaçãointracelular <strong>da</strong>s citocinas.Vale destacar dois trabalhos recentes que avaliaram o perfil de citocinas produzi<strong>da</strong>s ouexpressas <strong>em</strong> células auto-reativas, antes e após o TACTH. Como citado anteriormente, Openshawet al. (2000) mostraram que a resposta proliferativa de células mononucleares à MBP (myelin basicprotein) ou peptídeos imunodominantes <strong>da</strong> MBP estavam suprimi<strong>da</strong>s <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, pelomenos até 20 meses pós-TACTH, no entanto novas respostas contra alguns peptídeos <strong>da</strong> MBPdesenvolveram-se após o transplante. No entanto, interessant<strong>em</strong>ente, apesar de reaparecer<strong>em</strong> apóso transplante, porém <strong>em</strong> freqüência muito menor, as células auto-reativas anti-mielina apresentaramum perfil de citocinas predominant<strong>em</strong>ente T H 2 nove meses após o TACTH. Essa aparente mu<strong>da</strong>nçano padrão de citocinas <strong>da</strong>s células anti-mielina pode ser um dos motivos pelos quais os <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> EM continuaram <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão clínica <strong>da</strong> doença mesmo <strong>com</strong> a <strong>reconstituição</strong> de células T autoreativasapós o transplante. Num estudo mais recente, de Kleer et al. (2005) mostraram evidênciasque suger<strong>em</strong> uma “reprogramação” de células auto-reativas <strong>em</strong> crianças <strong>com</strong> artrite juvenil idiopática(AJI) após o TACTH. Usando APCs artificiais para isolar células auto-reativas contra um peptídeo <strong>da</strong>Hsp60 (heat shock protein 60; auto-antígeno importante na AJI), eles d<strong>em</strong>onstraram que o TACTHinduz a mu<strong>da</strong>nça do fenótipo pró-inflamatório (caracterizado por elevados níveis de RNAm de IFN-γ eT-bet) <strong>da</strong>s células auto-reativas pré-transplante para um fenótipo tolerante pós-transplante(caracterizado por elevados níveis de RNAm de IL-4 e GATA-3).5.3 Diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T após o TACTHA análise do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR nos permitiu ter uma visão global do repertório decélulas T do sangue periférico dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ou esclerose múltipla antesdo transplante, e <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças que ocorr<strong>em</strong> no mesmo após o transplante. No entanto, paraobtermos informações mais específicas e detalha<strong>da</strong>s sobre o repertório do TCR, seria necessário


Discussão 158estu<strong>da</strong>rmos o rearranjo Vβ-Jβ. Para tal, poderíamos amplificar o produto do PCR de ca<strong>da</strong> família Vβ<strong>com</strong> primers específicos para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 12 famílias Jβ (onde to<strong>da</strong>s as possíveis <strong>com</strong>binaçõesVβ-Jβ seriam: 24 Vβ x 12 Jβ= 288), ou poderíamos estu<strong>da</strong>r, na continuação desse projeto, o rearranjoVβ-Jβ somente para as famílias Vβ encontra<strong>da</strong>s <strong>em</strong> expansões relevantes nesses <strong>pacientes</strong>estu<strong>da</strong>dos. Além disso, seria interessante realizar análises clonotípicas basea<strong>da</strong>s no seqüenciamento<strong>da</strong> região CDR3, para estu<strong>da</strong>r a renovação <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>des de células T após o transplante.Em resumo, as análises do repertório de linfócitos T dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM ou EMtransplantados, por TCRBV CDR3 Spectratyping, mostraram que a maioria <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR,antes e após o transplante, eram policlonais e apresentavam um perfil de distribuição dos picosanormal ou não-gaussiano e tamanhos de segmentos de CDR3 variáveis para o pico de maiorfreqüência. No entanto, várias dessas famílias Vβ policlonais, <strong>com</strong> perfil de distribuição dos picos nãogaussiano,apresentaram expansões dominantes de 1-2 picos de CDR3. Essas expansões foramencontra<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> principalmente seis meses após o TACTH, e estão associa<strong>da</strong>s à faselinfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> caracteriza<strong>da</strong> pela proliferação homeostática de células Tde m<strong>em</strong>ória residuais, que sobreviveram ao regime de condicionamento. Essa fase também foicaracteriza<strong>da</strong> pela presença de algumas famílias Vβ <strong>em</strong> expansões oligoclonais ou monoclonais.Além disso, alguns <strong>pacientes</strong> apresentaram famílias <strong>em</strong> expansões oligoclonais ou monoclonais noperíodo pré-transplante, que se mantiveram após o transplante <strong>em</strong> alguns <strong>pacientes</strong> e <strong>em</strong> outros não.Foram identificados quatro padrões básicos de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dosTCRs pelas análises por TCRBV CDR3 Spectratyping, também descritos por Muraro et al. (2005). Opadrão II, que consistiu na <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplantediverso, foi o mais dominante <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> analisados. Em algumas famílias Vβ foiobservado padrão I, que consistiu na recuperação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório prétransplanterestrito, o que sugere um aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório após o transplante. Opadrão III (reaparecimento total ou parcial de um repertório pré-transplante restrito) e o padrão IV(<strong>reconstituição</strong> de um repertório restrito a partir de um repertório pré-transplante diverso) tambémforam observados para algumas poucas famílias Vβ.Observamos mu<strong>da</strong>nças dinâmicas na <strong>com</strong>posição do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dos TCRs após oTACTH nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e EM, evidencia<strong>da</strong>s por alterações qualitativas e quantitativas dospicos de CDR3 <strong>da</strong>s famílias Vβ. Em vários casos, picos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong> família Vβ que


Discussão 159eram dominantes antes do transplante tornaram-se subdominantes após o mesmo, sendo excedidospor outros picos de CDR3 que estavam sub-representados antes do TACTH. Em outros casos,segmentos de CDR3 <strong>em</strong> determina<strong>da</strong> família Vβ que eram dominantes antes do transplante foramexcedidos após o TACTH por outros segmentos de CDR3 que não tinham sido detectados antes dotransplante. Vale ressaltar que no paciente DM1, o único paciente <strong>com</strong> DM que não apresentouresposta ao TACTH e ain<strong>da</strong> necessita de altas doses de insulina, as mu<strong>da</strong>nças qualitativas na<strong>com</strong>posição do repertório de células T não foram tão evidentes quanto nos outros <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM,ou seja, o perfil e <strong>com</strong>posição qualitativa <strong>da</strong> região CDR3 de várias famílias Vβ do TCR reconstituí<strong>da</strong>snesse paciente após o TACTH foi muito similar ao pré-transplante.Diversas famílias Vβ apresentaram freqüências diferentes após o transplante, aumenta<strong>da</strong>s oudiminuí<strong>da</strong>s <strong>em</strong> relação ao período pré-transplante, indicando uma mu<strong>da</strong>nça quantitativa na<strong>com</strong>posição do repertório de células T após o transplante. Ad<strong>em</strong>ais, mesmo quando uma família Vβmanteve freqüência total s<strong>em</strong>elhante após o transplante, <strong>em</strong> alguns casos foi observa<strong>da</strong> umamu<strong>da</strong>nça qualitativa e quantitativa nos segmentos de CDR3 dessa família. Esses resultados indicamque o TACTH induz mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s, qualitativas e quantitativas, na <strong>com</strong>posição do repertório decélulas T dos <strong>pacientes</strong> após o TACTH, que poderia explicar a indução <strong>da</strong> r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> doença autoimunenos <strong>pacientes</strong>.Por outro lado, a diversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR, avalia<strong>da</strong> pelo <strong>com</strong>plexityscore, diminuiu <strong>em</strong> quatro dentre os cinco <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM transplantados, que forama<strong>com</strong>panhados por um ano pós-transplante. Já, dentre os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM, que tiveram umseguimento de dois anos após o transplante, quatro apresentaram um aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de dorepertório de células T após o transplante, e nos outros quatro a diversi<strong>da</strong>de diminuiu.Vale ressaltar que dentre os quatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM que apresentaram uma diminuição <strong>da</strong>diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T após o transplante, três (EM5, EM6 e EM8) tiveram infecçõesapós o transplante e conseqüente progressão neurológica. Pode ser sugerido então que as infecçõespós-transplante tenham causado expansões de algumas subpopulações de células T específicas,levando à restrição do repertório nesses <strong>pacientes</strong>. Embora os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM tenhamapresentado uma diminuição <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório, é interessante ressaltar que esses<strong>pacientes</strong> tiveram um seguimento de um ano pós-transplante somente, desse modo, pod<strong>em</strong>osesperar que um repertório Vβ mais diverso seja recuperado <strong>com</strong> um seguimento mais longo (um ano


Discussão 160e meio a 2 anos) pós-transplante <strong>com</strong> a <strong>reconstituição</strong> de uma população maior de células T naiveproduzi<strong>da</strong>s pelo timo. O mesmo aplica-se para o outro paciente <strong>com</strong> EM que apresentou diminuição<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório (EM10). Além disso, a diversi<strong>da</strong>de grande de picos pré-transplante deveseà i<strong>da</strong>de dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, pois são <strong>pacientes</strong> jovens. Com isso, a <strong>reconstituição</strong> de umrepertório de células T ain<strong>da</strong> mais diverso do que o repertório pré-transplante pode d<strong>em</strong>orar maist<strong>em</strong>po.Nossos resultados corroboram outros trabalhos descritos na literatura, os quais mostraramque nos primeiros doze meses ocorre uma expansão seletiva de células T pré-existentes ou residuaisatravés de mecanismos timo-independentes, que leva à restrição do repertório do TCR nessa fase.Sun et al. (2004) mostraram a restrição do repertório Vβ do TCR por vários meses após o transplante,<strong>com</strong> expansões relevantes de populações de células T expressando a família Vβ20 <strong>em</strong> todos osquatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM estu<strong>da</strong>dos, e <strong>da</strong>s famílias Vβ1 e Vβ14 <strong>em</strong> alguns, mas não <strong>em</strong> todos os<strong>pacientes</strong>. Análises por Immunoscope (método idêntico ao TCRBV CDR3 Spectratyping, <strong>em</strong> que osresultados são analisados pelo software Immunoscope), revelaram que essas famílias expandi<strong>da</strong>sapresentavam um perfil de distribuição policlonal. Nesse estudo, o repertório do TCR gradualment<strong>em</strong>udou para um padrão de distribuição mais heterogêneo (relativamente similar ao padrão basal), àmedi<strong>da</strong> que novas células T naive foram reconstituí<strong>da</strong>s pela produção tímica. Conforme citadoanteriormente, nesse trabalho a quantificação de TRECs revelou a recuperação <strong>da</strong> produção decélulas T timo-dependente nos <strong>pacientes</strong>, no período entre 9-12 meses pós-TACTH.Em outro estudo recente, Farge et al (2005) mostrou uma perturbação do repertório <strong>em</strong><strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose sistêmica antes do TACTH, <strong>com</strong> poucas famílias Vβ policlonais e umafreqüência aumenta<strong>da</strong> de famílias Vβ oligoclonais (ou skewed) e de famílias Vβ negativas,<strong>com</strong>parando-se <strong>com</strong> controles normais pareados de acordo <strong>com</strong> a i<strong>da</strong>de. Nesse trabalho, os<strong>pacientes</strong> foram também a<strong>com</strong>panhados por um ano após o TACTH. O repertório permaneceuperturbado até um ano pós-transplante <strong>em</strong> ambos os grupos de <strong>pacientes</strong> (grupo A, <strong>pacientes</strong> nãoresponderam ao transplante ou tiveram recaí<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença; grupo B, <strong>pacientes</strong> que apresentaramresposta sustenta<strong>da</strong> ao TACTH). Apesar de não-estatisticamente significante devido ao númeroreduzido de <strong>pacientes</strong>, houve uma tendência <strong>em</strong> direção a um aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertóriode células T no grupo A, um ano pós-TACTH. Apesar <strong>da</strong> extensa depleção de células T no enxerto de


Discussão 161células tronco, observou-se nesse estudo a persistência de 1-4 expansões oligloclonais de células T,presentes antes do TCATH e que foram conserva<strong>da</strong>s após o mesmo.Como discutido anteriormente, o racional do TACTH <strong>em</strong> DAIs baseia-se na idéia de que aimunodepleção intensa possa eliminar as células auto-reativas e que o novo sist<strong>em</strong>a imunereconstituído dos precursores h<strong>em</strong>atopoéticos possa restabelecer tolerância. No entanto, nenhum dosestudos de <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> discutidos acima conseguiu d<strong>em</strong>onstrar a hipótese do“regeneração” do sist<strong>em</strong>a imune após o TACTH, através <strong>da</strong> detecção <strong>da</strong> renovação fenotípica oufuncional do repertório imune durante a r<strong>em</strong>issão clínica observa<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong>.No entanto, num trabalho recente, Muraro et al. (2005) mostraram <strong>em</strong> 7 <strong>pacientes</strong> EM, doisanos após o TACTH, a <strong>reconstituição</strong> de uma diversi<strong>da</strong>de clonal mais ampla do repertório do TCR euma extensa renovação <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>des clonais <strong>com</strong>para<strong>da</strong>s <strong>com</strong> o pré-transplante, que é devi<strong>da</strong>à produção de novas células T naive pelo timo desses <strong>pacientes</strong>. Nesse estudo, o repertório do TCRfoi analisado separa<strong>da</strong>mente <strong>em</strong> populações purifica<strong>da</strong>s de células T CD4 + ou CD8 + . Em relação àscélulas T CD4 + , <strong>em</strong> todos os casos foi verifica<strong>da</strong> a restauração, dois anos após o TACTH, de umaampla diversi<strong>da</strong>de de segmentos de CDR3 <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as famílias Vβ, tanto quando o perfil dedistribuição dos segmentos de CDR3 era restrito antes do transplante, <strong>com</strong>o quando o perfil eranormalmente diverso. Na subpopulação de células T CD8 + , as expansões observa<strong>da</strong>s <strong>em</strong> algumasfamílias 6 meses a um ano pós-transplante foram geralmente associa<strong>da</strong>s à um perfil de distribuiçãooligoclonal ou monoclonal.Em 6 dentre os 7 <strong>pacientes</strong> avaliados nesse trabalho (Muraro et a., 2005), <strong>em</strong> ambas assubpopulações celulares CD4 +ou CD8 + , foram observados quase exclusivamente os padrões de<strong>reconstituição</strong> A (recuperação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplante restrito) e B(<strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplante diverso). O paciente 5, queteve infecções recorrentes após o TACTH, o padrão C (reaparecimento total ou parcial de umrepertório pré-transplante restrito) foi mais <strong>com</strong>um. De maneira geral, um perfil de distribuiçãopoliclonal foi reconstituído na maioria <strong>da</strong>s famílias Vβ, sugerindo segundo os autores, umadiversi<strong>da</strong>de clonal aumenta<strong>da</strong> a partir dos rearranjos de novo dos TCRs.Nesse mesmo trabalho, Muraro et al. (2005) avaliaram também o repertório Vβ do TCR a nívelclonal, para isso clonaram e sequenciaram transcritos de TCRBV de células T CD4 + ou CD8 +purifica<strong>da</strong>s antes ou dois anos após o TACTH. Nos casos <strong>em</strong> que a diversi<strong>da</strong>de do repertório


Discussão 162aumentou ou manteve-se após o transplante (padrões A e B), os pesquisadores observaram umarenovação substancial ou <strong>com</strong>pleta <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>des clonais. Novas seqüências representaram de90-100% <strong>da</strong> porção do repertório examina<strong>da</strong>. Nas famílias Vβ que apresentaram padrão de<strong>reconstituição</strong> A, a maioria <strong>da</strong>s novas seqüências observa<strong>da</strong>s após o transplante, eram clones únicos(aparecendo uma única vez), o que foi consistente <strong>com</strong> a observação do aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de dorepertório. A proporção de seqüências únicas também aumentou <strong>em</strong> famílias Vβ que apresentarampadrão de <strong>reconstituição</strong> B, d<strong>em</strong>onstrando a diversi<strong>da</strong>de aumenta<strong>da</strong> de clones individuais dentro deca<strong>da</strong> segmento de CDR3. Nas famílias Vβ que apresentaram padrão de <strong>reconstituição</strong> C, a proporçãode seqüências únicas diminuiu, conforme esperado. Apesar <strong>da</strong> extensa renovação <strong>da</strong>sespecifici<strong>da</strong>des clonais do repertório de células T, Muraro et al. (2005) mostraram que a renovação dorepertório não foi <strong>com</strong>pleta, e alguns clones individuais pré-existentes, mais freqüent<strong>em</strong>ente nasubpopulação de células T CD8 + , foram encontrados novamente no sangue periférico dos <strong>pacientes</strong>após o TACTH.Nossos resultados apóiam a hipótese proposta por Muraro et al. (2005), de que a mu<strong>da</strong>nça na<strong>com</strong>posição do repertório de células T após o TACTH, segui<strong>da</strong> pela renovação <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>desdo repertório de células T devi<strong>da</strong> à produção de novas células T naive pelo timo, possa levar àregeneração de um sist<strong>em</strong>a imune “novo” (ou “diferente”) e tolerante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs. A“renovação” do sist<strong>em</strong>a imune pode ser um dos principais fatores que explicam os benefíciosterapêuticos do TACTH <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DAIs. Os trabalhos recentes descritos acima e os nossosresultados, substanciam a idéia <strong>da</strong> “reprogramação” do sist<strong>em</strong>a imune <strong>com</strong>o o racional do TACTH <strong>em</strong>DAIs, e provê<strong>em</strong> a base racional para os ensaios clínicos, futuros ou <strong>em</strong> an<strong>da</strong>mento, dessa estratégiaterapêutica <strong>em</strong> DAIs.5.4 Análise <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> de células T reguladoras e <strong>da</strong> expressão deFopx3 após o TACTHO sist<strong>em</strong>a imune desenvolveu vários mecanismos para estabelecer e sustentar a autotolerância<strong>imunológica</strong> (estado de não-responsivi<strong>da</strong>de a antígenos próprios), incluindo eliminaçãofísica (deleção clonal) ou inativação funcional (anergia) de células auto-reativas. Exist<strong>em</strong> váriasevidências de que a supressão ativa de células T auto-reativas, media<strong>da</strong> por células T reguladoras,constitui um outro mecanismo essencial de auto-tolerância (revisado por Shevach, 2000; Maloy e


Discussão 163Powrie, 2001; Coutinho et al., 2001; Sakaguchi, 2004). A maioria <strong>da</strong>s células Tregs são CD4 + eexpressam constitutivamente a molécula (Sakaguchi et al., 1995), podendo ser gera<strong>da</strong>s no timo ou naperiferia (Sakaguchi, 2004; Apostolou e Boehmer, 2004). Foi recent<strong>em</strong>ente d<strong>em</strong>onstrado que ascélulas Tregs CD4 + CD25 + expressam exclusivamente o gene regulador Foxp3, que codifica um fatorde transcrição que controla seu desenvolvimento e função (Hori et al., 2003; Fontenot et al., 2003;Khattri et al., 2003). Portanto, a expressão de Foxp3 pode ser usa<strong>da</strong> <strong>com</strong>o um marcador molecularespecífico para células Tregs CD4 + CD25 + .Dois trabalhos recentes avaliaram a <strong>reconstituição</strong> de Tregs CD4 + CD25 high , após o TACTH.Ver<strong>da</strong> et al. (2005) mostraram uma restauração de células Tregs CD4 + CD25 high <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>doença de Crohn após TCTH não-mieloablativo. Foi mostrado um aumento significante do númeroabsoluto de células T CD4 + CD25 high após o transplante. Em outro estudo recente, de Kleer et al.(2005) mostraram também a restauração <strong>da</strong> freqüência de células Tregs CD4 + CD25 high <strong>em</strong> crianças<strong>com</strong> artrite juvenil idiopática (AJI) após o TACTH, de números significant<strong>em</strong>ente reduzidos antes doTACTH (<strong>com</strong>parados aos de indivíduos saudáveis) para níveis normais após o transplante. Elessuger<strong>em</strong> que esta recuperação deve-se à proliferação homeostática <strong>da</strong>s células CD4 + CD25 highdurante os primeiros meses <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>, e à produção tímica de novas célulasTregs CD4 + CD25 high que expressam Foxp3 numa etapa posterior <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong>. Estes trabalhossuger<strong>em</strong> que a restauração <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 high possa contribuir para o restabelecimento<strong>da</strong> homeostasia imune, indução <strong>da</strong> tolerância imune e r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> DAI após o TACTH.Em nosso estudo, <strong>em</strong>bora não tenha havido um aumento do número de células TregsCD4 + CD25 high durante o período pós-transplante analisado, <strong>em</strong> relação ao pré-transplante, a cinéticade <strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong>s células Tregs CD4 + CD25 high após o transplante foi mais rápi<strong>da</strong> do que a <strong>da</strong>scélulas T CD4 + totais. Isto sugere que após o TACTH ocorre uma expansão homeostática preferencialdessas células, dentro <strong>da</strong> população de células T CD4 +totais, durante a fase linfopênica <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>. Além disso, foi observado um aumento na expressão do RNAm de Foxp3,marcador molecular específico para células Tregs CD4+CD25 high , <strong>em</strong> três dentre quatro <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> DM avaliados. Já, entre os cinco <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM estu<strong>da</strong>dos, quatro mostraram um aumento<strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 após o transplante. Esses resultados suger<strong>em</strong> uma melhora d<strong>em</strong>ecanismos reguladores que pod<strong>em</strong> contribuir para a manutenção <strong>da</strong> tolerância nos <strong>pacientes</strong> queentraram <strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão clínica.


Discussão 164Vale ressaltar <strong>em</strong> nosso trabalho que os <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM que apresentaram um aumento <strong>da</strong>diversi<strong>da</strong>de do repertório do TCR (<strong>pacientes</strong> EM1, EM3, EM4 e EM9) também tiveram um aumento<strong>da</strong> expressão do gene Foxp3. Em contraste, o único paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 que nãoapresentou resposta ao TACTH (paciente DM1) e ain<strong>da</strong> necessita de altas doses de insulina, nãoapresentou um aumento de RNAm de Foxp3 após o transplante.É concebível que a proliferação preferencial <strong>da</strong>s células CD4+CD25 highdurante a faselinfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> seja explica<strong>da</strong> por diferenças, entre células T CD4 +convencionais e células Tregs CD4+CD25 high , <strong>em</strong> resposta à estimulação pelo TCR (Cozzo et al.,2003). Além <strong>da</strong> proliferação homeostática preferencial de células Treg CD4 + CD25 high após otransplante, estas células pod<strong>em</strong> ter sido seleciona<strong>da</strong>s e sobrevivido ao regime de condicionamento,um mecanismo que foi recent<strong>em</strong>ente mostrado <strong>em</strong> um modelo murino de GVHD crônico (Anderson etal., 2004). Vale ressaltar também que, além <strong>da</strong> geração tímica de células Tregs CD4 + CD25 high , célulasT periféricas não-Treg pod<strong>em</strong> adquirir a expressão de Foxp3 e converter a células Tregs in vivo apósestimulação antigênica crônica ou <strong>em</strong> condições de linfopenia (Apostolou e Boehmer, 2004; Curottode Lafaille et al., 2004; Walker et al., 2003). Pod<strong>em</strong>os sugerir que esses mecanismos pod<strong>em</strong> ter sidoresponsáveis pela expansão homeostática preferencial <strong>da</strong>s células Tregs CD4+CD25 high dentro <strong>da</strong>população de células T CD4 + totais e pelo aumento expressão de Foxp3, mesmo na ausência deativi<strong>da</strong>de tímica expressiva nesse período, avalia<strong>da</strong> pela fenotipag<strong>em</strong> de células T naive <strong>em</strong> nossos<strong>pacientes</strong>.Em nossos experimentos a expressão de Foxp3 foi avalia<strong>da</strong> na população total de célulasmononucleares do sangue periférico, e isso poderia explicar o fato de que o aumento <strong>da</strong> expressãode Foxp3 encontrado não tenha sido tão expressivo quanto ao observado por de Kleer et al. (2005),que avaliaram a expressão do gene Foxp3 <strong>em</strong> células Tregs CD4 + CD25 + purifica<strong>da</strong>s por colunasimunomagnéticas. De qualquer forma, na continuação deste trabalho nós pretend<strong>em</strong>os isolar célulasTregs CD4 + CD25 high de novos <strong>pacientes</strong> que serão transplantados e estu<strong>da</strong>r a expressão gênica deFoxp3, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o a capaci<strong>da</strong>de funcional dessas células antes e após o TACTH.Além disso, de Kleer et al. (2005) avaliaram a <strong>reconstituição</strong> de células Tregs CD4 + CD25 high <strong>em</strong>crianças, e <strong>com</strong>o foi discutido anteriormente, a reativação tímica e produção de novas células T naive(o que inclui logicamente células Tregs CD4 + CD25 high ) <strong>em</strong> crianças é muito mais rápi<strong>da</strong> do que <strong>em</strong>adultos (Mackall et al., 1995; Douek et al., 2000). Desse modo, baseando-se nas evidências atuais,


Discussão 165uma r<strong>em</strong>issão clínica duradoura <strong>da</strong> DAI após o TACTH parece depender amplamente <strong>da</strong> reativação<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de tímica após o transplante, através <strong>da</strong> produção de novas células T naive e novas célulasTregs CD4 + CD25 high .Recent<strong>em</strong>ente, Hermman et al. (2005) mostraram também, num modelo animal de escleros<strong>em</strong>últipla (EAE induzi<strong>da</strong> por MOG, myelin-oligodendrocyte-glycoprotein), um aumento do número decélulas Tregs CD4 + CD25 high , um aumento <strong>da</strong> expressão de Foxp3, uma mu<strong>da</strong>nça de reconhecimentode epítopos antigênicos, e uma acentua<strong>da</strong> redução de auto-anticorpo anti-MOG nos camundongosapós o transplante de medula óssea autólogo. Baseando-se neste trabalho e no de Kleer et al.(2005), pode ser proposto que a melhora <strong>da</strong> produção de células Treg pelo timo após o transplantedeve constituir um mecanismo de tolerância após o TACTH e necessita de mais investigação <strong>em</strong>humanos e <strong>em</strong> outras DAIs.Interessant<strong>em</strong>ente, um outro trabalho recente (Kared et al., 2005) mostrou que o tratamento<strong>com</strong> G-CSF foi capaz de prevenir o desenvolvimento de <strong>diabete</strong> <strong>em</strong> camundongos NOD através dorecrutamento de células dendríticas plasmocitóides (DC2) <strong>com</strong> proprie<strong>da</strong>des tolerogênicas, e decélulas Tregs CD4 + CD25 high funcionais. À medi<strong>da</strong> que aprendermos mais sobre células T reguladorase células dendríticas tolerogênicas, deverá ser possível no futuro “enriquecer” o enxerto de célulastronco <strong>com</strong> essas subpopulações celulares, <strong>com</strong> o intuito de apressar a recuperação <strong>da</strong> tolerânciaapós o TACTH. Nesse cenário, essas populações celulares reguladoras e tolerogênicas teriam umpapel na “re-educação” de qualquer célula auto-reativa residual no paciente ou no enxerto e no “redirecionamento”<strong>da</strong> resposta auto-imune <strong>em</strong> favor <strong>da</strong> auto-tolerância.


6 Conclusões


Conclusões 167• Na <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong> observa<strong>da</strong> nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM até um ano de seguimento póstransplantee nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM até dois de seguimento pós-transplante, predominarammecanismos timo-independentes. Após o transplante, houve uma predominância de células T d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória central, m<strong>em</strong>ória efetora e também de células T efetoras diferencia<strong>da</strong>s, principalmentede linfócitos T CD8 + . Esse fato é provavelmente devido à expansão homeostática periférica delinfócitos T de m<strong>em</strong>ória residuais que sobreviveram ao regime de condicionamento ou foram reinfundidos<strong>com</strong> as células tronco no momento do transplante. A proliferação homeostática não foisuficiente para restabelecer a população de linfócitos T CD4 + durante o período pós-transplanteanalisado. Em contraste, a recuperação do número de linfócitos T CD3 + e T CD8 + foi rapi<strong>da</strong>mentealcança<strong>da</strong> pela proliferação homeostática de células T CD8 + de m<strong>em</strong>ória. Esses <strong>da</strong>dos indicamque a supressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>da</strong> doença auto-imune, observa<strong>da</strong> na maioria dos<strong>pacientes</strong> transplantados durante o período pós-transplante avaliado, não dependeu <strong>da</strong>persistência <strong>da</strong> linfopenia causa<strong>da</strong> pela imunossupressão <strong>em</strong> altas doses. O aumento acentuadode linfócitos T CD8 + e diminuição dos linfócitos T CD4 + resultou na inversão <strong>da</strong> razão CD4 + :CD8 +durante todo o seguimento pós-transplante. O número de linfócitos T CD4 + e CD8 + naive,incluindo o de células T CD4 + CD45RA + CD31 + recém imigrantes do timo, não recuperou os níveisbasais durante o período pós-transplante analisado. Nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM, a partir de nov<strong>em</strong>eses pós-transplante, o número dessas células apresentou uma tendência a aumentar.• O número de linfócitos B CD19 + voltou aos níveis basais três meses pós-transplante nos<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e seis meses pós-transplante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM. As células NKretornaram aos níveis pré-transplante três meses após o TACTH. A freqüência de linfócitos TCD4 + e CD8 + que expressam Fas aumentou principalmente nos seis primeiros meses póstransplantenos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e no primeiro ano pós-transplante nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM,sugerindo uma suscetibili<strong>da</strong>de aumenta<strong>da</strong> à apoptose. Nesses períodos, houve também umaumento acentuado de linfócitos <strong>com</strong> fenótipo ativado, linfócitos T CD3 + HLA - DR + e linfócitos BCD19 + CD38 + .• Após o transplante, houve um aumento na porcentag<strong>em</strong> de células T CD4 + e CD8 + produtoras decitocinas do padrão T H 1 (INF-γ e TNF-α), que está associado ao aumento de linfócitos T d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória central e efetora, as subpopulações celulares predominantes nesse período <strong>da</strong><strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>. Ocorreu uma diminuição na freqüência de células T CD4 + e CD8 +


Conclusões 168positivas para a citocina IL-2 após o transplante, que está associa<strong>da</strong> ao número diminuído decélulas T naive nos <strong>pacientes</strong>. Em geral, foi observado um aumento <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> de células TCD4 + e CD8 + produtoras de citocinas do padrão T H 2 (IL-4, IL-5 e IL-10), no período de précondicionamentoe <strong>em</strong> vários períodos após o TACTH, <strong>em</strong>bora esse aumento tenha sidoestatisticamente significante somente no pré-condicionamento, D+180 e D+270 nos <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> DM. A presença de um maior número de células <strong>com</strong> perfil T H 2 pode ter um papel nasupressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de inflamatória <strong>da</strong> doença nesses <strong>pacientes</strong>.• As análises do repertório de linfócitos T dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM ou EM transplantados, porTCRBV CDR3 Spectratyping, mostraram que a maioria <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR, antes e após otransplante, eram policlonais e apresentavam um perfil de distribuição dos picos anormal ou nãogaussiano.No entanto, várias dessas famílias Vβ policlonais, <strong>com</strong> perfil de distribuição dos picosnão-gaussiano, apresentaram expansões dominantes de 1-2 picos de CDR3. Essas expansõesforam encontra<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> principalmente seis meses após o TACTH e estão associa<strong>da</strong>s àfase linfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>, caracteriza<strong>da</strong> pela proliferação homeostática decélulas T de m<strong>em</strong>ória residuais que sobreviveram ao regime de condicionamento. Essa fasetambém foi caracteriza<strong>da</strong> pela presença de algumas famílias Vβ <strong>em</strong> expansões oligoclonais oumonoclonais. Além disso, alguns <strong>pacientes</strong> apresentaram famílias <strong>em</strong> expansões oligoclonais oumonoclonais no período pré-transplante, que se mantiveram após o transplante <strong>em</strong> alguns<strong>pacientes</strong> e <strong>em</strong> outros não. Em geral, as famílias Vβ analisa<strong>da</strong>s apresentaram segmentos deCDR3 variáveis <strong>com</strong>o o pico de maior freqüência.• Foram identificados quatro padrões básicos de <strong>reconstituição</strong> do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ dosTCRs pelas análises por TCRBV CDR3 Spectratyping. O padrão II, que consistiu na<strong>reconstituição</strong> <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplante diverso, foi o maisdominante <strong>em</strong> todos os <strong>pacientes</strong> analisados. Em algumas famílias Vβ foi observado padrão I,que consistiu na recuperação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de a partir de um repertório pré-transplante restrito, oque sugere um aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório após o transplante. Os padrões de<strong>reconstituição</strong> III (reaparecimento total ou parcial de um repertório pré-transplante restrito) e IV(<strong>reconstituição</strong> de um repertório restrito a partir de um repertório pré-transplante diverso) tambémforam observados para algumas poucas famílias Vβ.


Conclusões 169• Foram observa<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças na <strong>com</strong>posição do repertório de células T após o TACTH,evidencia<strong>da</strong>s por alterações qualitativas e quantitativas dos picos de CDR3 <strong>da</strong>s famílias Vβ. Adiversi<strong>da</strong>de do repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR diminuiu <strong>em</strong> quatro dentre os cinco <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong>DM analisados, que foram a<strong>com</strong>panhados por um até ano pós-transplante. Já, dentre oito<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM analisados, <strong>com</strong> seguimentos de até dois anos pós-transplante, quatroapresentaram um aumento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de do repertório de células T após o transplante, e nosoutros quatro a diversi<strong>da</strong>de diminuiu. Em geral, os resultados <strong>da</strong>s análises do repertório <strong>da</strong>cadeia Vβ do TCR, suger<strong>em</strong> uma mu<strong>da</strong>nça profun<strong>da</strong> na <strong>com</strong>posição do repertório de células Tapós o TACTH, que poderia explicar a indução <strong>da</strong> r<strong>em</strong>issão <strong>da</strong> doença auto-imune nos <strong>pacientes</strong>.• Foi observa<strong>da</strong> uma rápi<strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> de células T CD4 + CD25 high após o transplante, quesugere uma expansão homeostática preferencial dessas células dentro <strong>da</strong> população de células TCD4 + , durante a fase linfopênica <strong>da</strong> <strong>reconstituição</strong> <strong>imunológica</strong>. Além disso, foi observado umaumento na expressão do RNAm de Foxp3, marcador molecular específico para células TregsCD4+CD25 high , <strong>em</strong> três dentre quatro <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM avaliados. Dentre os cinco <strong>pacientes</strong><strong>com</strong> EM analisados, quatro mostraram um aumento <strong>da</strong> expressão do gene Foxp3 após otransplante. Esses resultados suger<strong>em</strong> uma melhora de mecanismos reguladores que pod<strong>em</strong>contribuir para o restabelecimento <strong>da</strong> auto-tolerância nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> DM e EM submetidos aoTACTH.


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Apêndices e Anexo


Apêndice A 187Apêndice A - Ex<strong>em</strong>plos de análises de imunofenotipag<strong>em</strong> por citometria de fluxo desubpopulações celulares do sangue periférico.ABGated <strong>em</strong> R1CGate <strong>em</strong> linfócitos0,250,1200,00 3,23DE99,55 0,07F0,5096,271,1034,714,5625,543,3912,57G38,70 25,50H23,73 46,16I36,01 48,036,112,614,7365,9367,84 4,72J25,73 65,55K29,21 0,13L27,35 0,0958,51 4,5114,73 19,1421,59 13,1234,49 2,8623,65 42,4862,78 2,51Figura A.1. Análise de subpopulações linfócitárias do sangue periférico. Durante a aquisição <strong>da</strong>s células,foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho(FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). A figura mostra as porcentagens (%) de marcação inespecífica dos isotiposcontroles (B), de linfócitos T CD3 + (C), linfócitos T auxiliares CD3 + CD4 + (D) e linfócitos T citotóxicos CD3 + CD8 +(E), de linfócitos B CD19 + CD38 + ou CD19 + CD38 - (F), de células NK CD3 - CD16 + CD56 + e de células NKT-likeCD3 + CD16 + CD56 + (G), linfócitos T CD3 + TCRαβ + (H), linfócitos T CD3 + TCRγδ + (I), linfócitos CD3 + CD69 + (J),linfócitos CD3 + HLADR + (K), linfócitos CD4 + CD25 + (L).


Apêndice A 188ABGated <strong>em</strong> R1CGated <strong>em</strong> R2Gate <strong>em</strong> linfócitosD0,0599,70,08F0,18E99,75 0,25Gated <strong>em</strong> R229,33 44,3057,40 42,90G25,23 1,13HGated <strong>em</strong> R247,09 26,8761,71 38,5421,10 4,94Figura A.2. Análise de subpopulações de células T do sangue periférico. Durante a aquisição <strong>da</strong>s células,foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho(FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Foram feitos dot plots de FL1 versus FL2, <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> foi desenha<strong>da</strong> umagate R2 na população duplo-positiva. A marcação de fluorescência 3 (FL3, PercP) nessa gate R2 foirepresenta<strong>da</strong> por um histograma de FL3. A figura mostra as porcentagens (%) de marcação inespecífica dosisotipos controles (B,C), de linfócitos T CD3 + CD4 + (D) e linfócitos T CD3 + CD4 + CD95 + (E), de linfócitos TCD3 + CD8 + (G) e linfócitos T CD3 + CD8 + CD95 + (H).


Apêndice A 189ABGated <strong>em</strong> R1CGated <strong>em</strong> R2Gate <strong>em</strong> linfócitos0,050,0899,75 0,25D99,70,18EGated <strong>em</strong> R229,72 44,7499,30 0,70G24,84 0,69HGated <strong>em</strong> R245,36 24,2197,45 2,65I26,41 4,02JGated <strong>em</strong> R215,99 28,4728,20 71,811,67 43,88Figura A.3. Análise de subpopulações de células T do sangue periférico. Durante a aquisição <strong>da</strong>s células,foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho(FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Foram feitos dot plots de FL1 versus FL2, <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> foi desenha<strong>da</strong> umagate R2 na população duplo-positiva. A marcação de fluorescência 3 (FL3, PercP) nessa gate R2 foirepresenta<strong>da</strong> por um histograma de FL3. A figura mostra as porcentagens (%) de marcação inespecífica dosisotipos controles (B,C), de linfócitos T CD3 + CD4 + (D) e linfócitos T CD3 + CD4 + CD95L + (E), de linfócitos TCD3 + CD8 + (G) e linfócitos T CD3 + CD8 + CD95L + (H), de linfócitos T CD4 + CD45RA + (I) e linfócitos TCD4 + CD45RA + CD31 + (J).


Apêndice A 190Gate <strong>em</strong> linfócitos0,250,13CGated <strong>em</strong> R1D99,44 0,18Gated <strong>em</strong> R2R2 = 42,6446,58 49,14EGated <strong>em</strong> R1F0,943,34Gated <strong>em</strong> R2R2 = 22,7922,29 64,689,053,98G R2 = 2,22H IGated <strong>em</strong> R161,11 38,89Figura A.4. Análise de células T naive, efetoras e de m<strong>em</strong>ória, e de células dendríticas do sangueperiférico. Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1),estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). As subpopulações decélulas T CD4 + (C) ou CD8 + (E) foram seleciona<strong>da</strong>s por uma gate R2 (FL3), e foram feitos dot plots de FL1versus FL2 para análise dos eventos <strong>da</strong> gate R2. A figura mostra as porcentagens (%) de células T naiveCD4 + CD27 + CD45RO - , células T de m<strong>em</strong>ória central CD4 + CD27 + CD45RO + , células T de m<strong>em</strong>ória efetoraCD4 + CD27 - CD45RO + e células T efetoras diferencia<strong>da</strong>s CD4 + CD27 - CD45RO - (D), e <strong>da</strong>s mesmas subpopulaçõesde células T CD8 + <strong>em</strong> (F). Para análise <strong>da</strong>s subpopulações de células dendríticas, foi feito um dot plot de FL3versus FL2 (HLADR-Percp versus LIN-FITC) (G), <strong>em</strong> segui<strong>da</strong> uma gate R1 foi desenha<strong>da</strong> na população decélulas HLADR high LIN - . A marcação de fluorescência na gate R1 foi analisa<strong>da</strong> por um dot plot de FL3 versus FL2(HLADR-Percp versus IgG2a-PE, isotipo controle) (H) ou (HLADR-Percp versus CD11c-PE) (I). Células LIN -CD11c - HLADR + são células dendríticas linfóides (gate R3) e as LIN - CD11c + HLADR + são células dendríticasmielóides (gate R2).


Apêndice A 191ABGated <strong>em</strong> R1Gate <strong>em</strong> linfócitos0,030,0399,79 0,15CGated <strong>em</strong> R1DGated <strong>em</strong> R2R2 = 1,9080,77 19,23EGated <strong>em</strong> R1FGated <strong>em</strong> R2R2 = 1,99 84,44 15,56Figura A.5. Análise de populações de células T reguladoras CD4 + CD25 + do sangue periférico. Durante aaquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nosparâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Foram feitos dot plots de FL3 versus FL1, <strong>em</strong>segui<strong>da</strong> foi desenha<strong>da</strong> uma gate R2 na população duplo-positiva CD4 + CD25 +high (C,E). A marcação defluorescência 2 (FL2, PE) nessa gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL2. A figura mostra asporcentagens (%) de marcação inespecífica dos isotipos controles (B), células T reguladorasCD4 + CD25 high CTLA-4 + (D), e de células T reguladoras CD4 + CD25 high GITR + (F).


Apêndice A 192ABGated <strong>em</strong> R1Gate <strong>em</strong> linfócitosR2 = 15,81CGated <strong>em</strong> R2DGated <strong>em</strong> R299,77 0,2389,02 10,98EFGated <strong>em</strong> R1Gate <strong>em</strong> linfócitosR2 = 22,90GGated <strong>em</strong> R2HGated <strong>em</strong> R20,230,1076,88 2,2899,52 0,1520,24 0,60Figura A.6. Análise de subpopulações linfócitárias do sangue periférico. Durante a aquisição <strong>da</strong>s células,foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> base nos parâmetros de tamanho(FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). A subpopulação de células B CD19 + (B) foi seleciona<strong>da</strong> por uma gate R2(FL2), e a marcação de fluorescência 1 (FL1, FITC) nessa gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL1. Afigura mostra as porcentagens (%) de marcação inespecífica do isotipo controle (C) e linfócitos B CD19 + CD95 +(D). Os linfócitos foram selecionados por uma gate R (E), e a subpopulação de células T CD8 + (F) foi seleciona<strong>da</strong>por uma gate R2 (FL3), e foram feitos dot plots de FL1 versus FL2 para análise dos eventos <strong>da</strong> gate R2. Amarcação inespecífica do isotipo controle pode ser vista <strong>em</strong> (G) e linfócitos T CD8 + CD28 - CD57 + (H).


Apêndice B 193Apêndice B - Ex<strong>em</strong>plos de análises <strong>da</strong> marcação de citocinas intracelulares <strong>em</strong> linfócitosativados por citometria de fluxo.ABGated <strong>em</strong> R1CGated <strong>em</strong> R2Gate <strong>em</strong> linfócitos42,35 14,3799,96 0,04DEF99,96 0,0499,87 0,13100,0 0,00G H I99,96 0,0499,74 0,2699,63 0,00Figura B.1. Produção de citocinas intracelulares do padrão T H1 e T H2 por subpolulações linfócitárias.Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> basenos parâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Os eventos <strong>da</strong> gate de linfócitos (R1) foramanalisados por dot plots de fluorescência 1 (FL1, anti-CD3-FITC) versus fluorescência 3 (FL3, anti-CD8-PercP)(B). Em segui<strong>da</strong>, foram desenha<strong>da</strong>s uma gate R2 na população duplo-positiva (CD3 + CD8 + , de linfócitos T CD8 + )e uma gate R3 na população CD3 + CD8 - (que contém linfócitos T CD4 + <strong>em</strong> sua grande maioria). A marcação defluorescência 2 (FL2, anti-citocinas-PE) na gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL2. Esta figuramostra a análise <strong>da</strong>s células T CD3 + CD8 + (gate R2) incuba<strong>da</strong>s na presença de brefeldina A, mas nãoestimula<strong>da</strong>sin vitro <strong>com</strong> PMA e ionomicina. As porcentagens (%) de marcação inespecífica dos isotiposcontroles (C), de células T CD3 + CD8+ - IL-2 + (D), de células T CD3 + CD8 + INF-γ + (E), células T CD3 + CD8 + TNF-α +(F), de células T CD3 + CD8+ - IL-4 + (G), de células T CD3 + CD8 + IL-5 + (H), células T CD3 + CD8 + IL-10 + (I), estãomostra<strong>da</strong>s na figura.


Apêndice B 194ABGated <strong>em</strong> R1CGated <strong>em</strong> R2Gate <strong>em</strong> linfócitos39,87 13,7899,93 0,07DE00,00 00,00F71,34 28,7046,43 53,5730,68 69,45G H I99,29 0,7199,32 0,6899,60 0,40Figura B.2. Produção de citocinas intracelulares do padrão T H1 e T H2 por subpolulações linfócitárias.Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> basenos parâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Os eventos <strong>da</strong> gate de linfócitos (R1) foramanalisados por dot plots de fluorescência 1 (FL1, anti-CD3-FITC) versus fluorescência 3 (FL3, anti-CD8-PercP)(B). Em segui<strong>da</strong>, foram desenha<strong>da</strong>s uma gate R2 na população duplo-positiva (CD3 + CD8 + , de linfócitos T CD8 + )e uma gate R3 na população CD3 + CD8 - (que contém linfócitos T CD4 + <strong>em</strong> sua grande maioria). A marcação defluorescência 2 (FL2, anti-citocinas-PE) na gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL2. Esta figuramostra a análise <strong>da</strong>s células T CD3 + CD8 + (gate R2) incuba<strong>da</strong>s na presença de brefeldina A, estimula<strong>da</strong>s invitro <strong>com</strong> PMA e ionomicina. As porcentagens (%) de marcação inespecífica dos isotipos controles (C), decélulas T CD3 + CD8+ - IL-2 + (D), de células T CD3 + CD8 + INF-γ + (E), células T CD3 + CD8 + TNF-α + (F), de células TCD3 + CD8+ - IL-4 + (G), de células T CD3 + CD8 + IL-5 + (H), células T CD3 + CD8 + IL-10 + (I), estão mostra<strong>da</strong>s na figura.


Apêndice B 195ABGated <strong>em</strong> R1CGated <strong>em</strong> R1Gate <strong>em</strong> linfócitosR2 = 0,08R2 = 24,03DGated <strong>em</strong> R2EGated <strong>em</strong> R299,53 0,4725,69 74,37Figura B.3. Análise <strong>da</strong> expressão de CD69 por células T CD3+ estimula<strong>da</strong>s <strong>com</strong> PMA e Inonomicina.Durante a aquisição <strong>da</strong>s células, foi desenha<strong>da</strong> uma gate na população de linfócitos (R1), estabeleci<strong>da</strong> <strong>com</strong> basenos parâmetros de tamanho (FSC) por granulari<strong>da</strong>de (SSC) (A). Os eventos <strong>da</strong> gate de linfócitos (R1) foramanalisados por um dot plot de fluorescência 2 (FL2, anti-CD3-PE) versus SSS (C). Em segui<strong>da</strong>, a subpopulaçãode células B CD3 + (C) foi seleciona<strong>da</strong> por uma gate R2 (FL2), e a marcação de fluorescência 1 (FL1, FITC)nessa gate R2 foi representa<strong>da</strong> por um histograma de FL1. A figura mostra as porcentagens (%) de marcaçãoinespecífica do isotipo controle (D) e linfócitos T CD3 + CD69 + (D).


Apêndice C 196Apêndice C - Método de TCRBV CDR3 Spectratyping e imag<strong>em</strong> de um gel deseqüenciamento dos produtos <strong>da</strong> reação de elongação Vβ-Cβ.Distribuiçãonormal,gaussianaAnálise <strong>da</strong> distribuiçãodos segmentos <strong>da</strong>região CDR3TCRBV CDR3 SpectratypingPoliclonal, gaussinaPoliclonal, não-gaussinaDistribuiçãoanormal, nãogaussiana(CDR3 skewing)OligoclonalMonoclonalFigura C.1. Método de TCRBV CDR3 Spectratyping. Este método permite analisar a diversi<strong>da</strong>de do repertóriode linfócitos T e detectar populações celulares <strong>em</strong> expansão clonais (Pannetier et al., 1993; Pannetier et al.,1995). Esta técnica é inicia<strong>da</strong> por uma amplificação por PCR dos segmentos Vβ-Cβ do TCR utilizando primersespecíficos para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s famílias Vβ. O produto desta reação é submetido à outra amplificação por PCRque inclui um primer adicional marcado <strong>com</strong> fluorocromo. Nesta reação amplifica-se o segmento gênico quecontém a região CDR3 (do inglês Compl<strong>em</strong>entarity-Determining Region) do TCR, uma vez que esta se localizaentre os segmentos V-D-J. Em segui<strong>da</strong> estes segmentos amplificados por PCR são separados <strong>em</strong> gel deseqüenciamento e, <strong>com</strong> o auxílio de um seqüenciador automático e do software Gene Mapper (AppliedBiosyst<strong>em</strong>), é possível calcular o tamanho (<strong>em</strong> pares de bases) dos diferentes segmentos (picos) de CDR3, onúmero de picos na região CDR3, estimar a freqüência de ca<strong>da</strong> família Vβ no repertório do TCR, e analisar aclonali<strong>da</strong>de e a distribuição dos picos na região CDR3 (gaussiana ou não-gaussiana). Os gráficos (ou espectros)representam a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3<strong>em</strong> pares de bases. Nos espectros, os picos destacados <strong>em</strong> azul correspond<strong>em</strong> ao segmento de CDR3 <strong>com</strong> 10resíduos de aminoácidos.


Apêndice C 197Figura C.2. Imag<strong>em</strong> de um gel de seqüenciamento. Ex<strong>em</strong>plo de uma imag<strong>em</strong> obti<strong>da</strong> pelo software “GeneMapper” (Applied Biosyst<strong>em</strong>s) de um gel de seqüenciamento após corri<strong>da</strong> eletroforética dos produtos dePCR Vβ-Cβ marcados <strong>com</strong> fluorescência azul, carregados con<strong>com</strong>itant<strong>em</strong>ente <strong>com</strong> o marcador de pesomolecular (Gene Scan - 500 Rox stan<strong>da</strong>rd, Applied Biosyst<strong>em</strong>s) marcado <strong>com</strong> fluorescência vermelha.


Apêndice D 198Apêndice D - Valores de média, desvio padrão, mediana e p valor do número absoluto e/ourelativo <strong>da</strong>s populações celulares analisa<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito dotipo 1, pré e pós-TACTH.Tabela D.1. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃO CELULARIS PRÉ-MOB PRÉ-COND D+60 D+100 D+180 D+270 D+360(N=10) (N=11) (N=10) (N=10) (N=7) (N=7) (N=5) (N=4)5822,00 5427,00 4040,00 4800,00 4957,00 4314,00 5460,00 4225,00Leucócitos totais/μl 1678,00 964,00 1107,00 1571,00 1118,00 1481,00 2402,00 822,005550,00 5500,00 3950,00 4350,00 4700,00 4000,00 4200,00 4000,001856,00 2273,00 1200,00 1520,00 1571,00 1471,00 1640,00 1925,00Linfócitos/μl460,00 718,00 471,00 454,00 502,00 468,00 378,00 613,001800,00 2300,00 1100,00 1600,00 1400,00 1400,00 1700,00 1850,00431,30 454,50 370,00 540,00 371,40 443,00 420,00 300,00Monócitos/μI262,60 269,70 125,20 395,00 236,00 282,00 83,70 81,60450,00 400,00 400,00 450,00 300,00 400,00 400,00 300,003394,00 2709,00 2480,00 2720,00 3000,00 2400,00 3400,00 1925,00Granulócitos/μI1295,00 813,00 1008,00 1144,00 995,00 1366,00 2345,00 768,003450,00 2500,00 2500,00 2450,00 3400,00 2000,00 2100,00 1850,001327,20 1652,00 892,00 1033,00 1072,00 888,00 1033,00 1259,00Linfócitos T CD3 + /μl 372,80 563,00 392,00 410,00 520,00 400,00 274,00 472,001204,80 1553,00 800,00 1108,00 896,00 813,00 977,00 1067,00876,00 1021,00 519,30 190,40 227,90 230,10 323,00 460,00Linfócitos T CD4 + /μl 336,00 427,00 285,80 72,20 101,30 70,10 96,70 254,00757,00 961,00 416,10 186,10 230,90 216,90 304,40 393,00444,50 585,80 337,30 842,00 871,00 661,00 707,00 832,00Linfócitos T CD8 + /μl 150,00 197,80 145,10 405,00 485,00 330,00 267,00 364,00461,80 587,90 284,50 896,00 616,00 601,00 580,00 782,002,07 1,79 1,55 0,27 0,30 0,40 0,50 0,60Razão CD4 + :CD8 + 0,71 0,68 0,58 0,13 0,12 0,17 0,19 0,301,75 1,57 1,44 0,24 0,25 0,30 0,47 0,58Linfócitos TCD3 + TCRαβ + /μlLinfócitos TCD3 + TCRγδ + /μlLinfócitos B CD19 + /μlCélulas NKCD3 - CD16 + CD56 + /μlCélulas NKTCD3 + CD16 + CD56 + /μl1293,00 1580,00 825,00 974,00 1005,00 834,00 940,00 1164,00449,00 525,00 366,00 410,00 491,00 349,00 258,00 385,001180,00 1462,00 748,00 1075,00 810,00 699,00 823,00 1018,0084,10 89,40 72,25 68,00 67,50 73,60 93,50 91,0065,10 31,43 29,54 35,70 49,00 54,30 48,90 72,3067,00 84,76 71,53 64,50 64,80 58,50 70,40 68,60241,70 342,30 85,20 261,10 321,80 317,40 314,20 368,00122,20 192,00 41,90 121,90 121,50 157,20 97,70 188,10223,00 303,20 99,10 257,30 303,80 306,50 309,10 349,10250,30 179,00 97,60 135,20 237,00 179,30 233,80 289,10137,10 117,70 72,20 93,40 269,00 118,00 67,10 110,80237,60 127,90 68,20 103,80 168,00 161,30 250,90 281,2099,30 58,70 48,67 38,60 31,50 81,60 72,70 62,70113,50 43,60 29,71 32,60 30,30 73,40 40,60 29,5046,80 49,60 34,74 31,70 24,70 65,50 69,10 68,20IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100, D+180,D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%) para asdiferentes subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão <strong>em</strong>ediana dos valores.


Apêndice D 199Tabela D.2. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celularesanalisa<strong>da</strong>s nos controles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- e póstransplante.SUBPOPULAÇÃOIS PRÉ-MOB PRÉ-COND D+60 D+100 D+180 D+270 D+360CELULAR(N=10) (N=11) (N=10) (N=10) (N=7) (N=7) (N=5) (N=4)315,30 473,00 87,30 4,93 4,00 28,56 111,90 98,20Linfócitos T naive163,00 205,00 93,10 5,46 1,35 23,23 116,20 95,20CD4 + CD27 + CD45RO - /μl286,30 431,50 60,70 2,49 3,36 27,12 84,00 82,10206,30 298,20 162,20 110,30 94,00 119,70 126,60 170,60Linfócitos T naive105,30 147,30 108,80 78,90 57,70 74,80 89,60 75,60CD8 + CD27 + CD45RO - /μl188,40 309,80 132,80 72,60 57,90 131,50 115,90 154,00446,30 486,20 352,00 105,40 112,60 115,50 184,50 211,30Linfócitos T MC145,00 146,30 232,00 34,50 33,20 33,10 88,50 77,00CD4 + CD27 + CD45RO + /μl421,10 500,60 282,00 88,60 110,40 104,00 139,80 213,80156,10 203,00 123,60 391,70 392,30 287,90 281,50 261,50Linfócitos T MC57,20 121,50 62,30 191,70 165,30 105,20 66,80 83,80CD8 + CD27 + CD45RO + /μl157,20 173,00 120,30 387,90 395,10 291,10 289,80 280,4080,60 36,78 43,58 57,80 45,10 50,08 57,90 70,10Linfócitos T ME68,10 23,16 10,18 64,40 40,50 22,99 32,70 21,00CD4 + CD27 - CD45RO + /μl61,40 31,77 43,90 21,10 35,00 50,67 51,30 70,0040,77 17,22 12,39 108,20 195,00 156,00 157,70 114,70Linfócitos T ME22,87 11,55 7,03 161,40 255,00 124,40 190,10 74,50CD8 + CD27 - CD45RO + /μl36,10 17,23 11,00 39,80 82,80 146,90 95,60 134,1017,87 7,97 11,91 5,11 13,80 14,82 72,80 23,80Linfócitos T ED21,49 4,23 6,91 3,51 24,40 18,81 134,10 32,60CD4 + CD27 - CD45RO - /μl11,09 7,61 8,00 6,45 3,80 9,40 9,84 11,10103,20 52,60 25,37 82,60 153,10 158,60 161,80 297,00Linfócitos T ED60,00 27,80 11,19 57,60 147,90 180,70 176,40 283,00CD8 + CD27 - CD45RO - /μl98,60 44,10 24,52 64,90 68,90 88,30 74,70 270,00193,10 197,80 179,60 38,29 44,70 51,70 80,21 107,10Linfócitos T106,90 145,30 138,10 23,70 27,80 29,50 21,95 57,90CD4 + CD25 + /μl211,90 191,40 157,70 40,74 44,50 49,00 81,62 91,0010,25 9,61 13,95 2,70 3,33 3,54 5,20 5,58% Linfócitos T3,99 3,66 5,72 1,25 1,02 1,90 2,20 2,37CD4 + CD25 + 10,83 7,92 12,40 2,71 3,12 3,24 3,71 4,7810,30 24,58 14,89 8,86 8,18 10,47 8,85 16,13Linfócitos T6,94 15,26 11,54 6,26 6,96 9,14 6,59 9,71CD4 + CD25 high /μl8,76 22,40 10,26 8,38 6,50 8,12 9,44 15,030,56 1,10 1,14 0,62 0,63 0,66 0,81 0,79% Linfócitos T0,39 0,56 0,63 0,39 0,37 0,47 0,38 0,27CD4 + CD25 high 0,43 0,94 1,03 0,62 0,64 0,58 0,77 0,85Linfócitos T1,72 4,12 2,36 2,01 1,18 1,87 4,54 1,63CD4 + CD25 high CTLA- 1,21 6,17 2,94 1,81 0,99 1,65 5,48 2,454 + /μl 1,46 0,46 1,68 1,82 1,12 1,39 3,13 0,6220,79 20,44 24,69 22,64 24,30 36,40 39,50 27,40% Linfócitos T13,33 32,24 30,82 22,31 35,10 36,40 47,20 48,50CD4 + CD25 high CTLA-4 + 17,14 7,69 11,81 13,49 10,00 15,00 11,10 4,70IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100,D+180, D+270, D+360, dias pós-transplante; MC, m<strong>em</strong>ória central; ME, m<strong>em</strong>ória efetora; ED, efetores diferenciados.São mostrados os valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%) para as diferentes subpopulações celularesanalisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão e mediana dos valores.


Apêndice D 200Tabela D.3. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celularesanalisa<strong>da</strong>s nos controles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- e póstransplante.IS PRÉ-MOB PRÉ-COND D+60 D+100 D+180 D+270 D+360SUBPOPULAÇÃO CELULAR(N=10) (N=11) (N=10) (N=10) (N=7) (N=7) (N=5) (N=4)3,77 1,86 1,80 1,11 1,15 2,66 2,87 3,09Linfócitos T2,67 2,25 2,02 1,33 1,49 3,26 2,50 3,01CD4 + CD25 high+ GITR + /μl2,95 1,17 1,02 0,54 0,31 1,32 1,81 2,2140,88 12,30 19,90 18,26 20,30 70,30 47,70 32,40% Linfócitos T25,33 7,16 21,49 18,08 18,60 35,60 34,70 45,40CD4 + CD25 high+ GITR + 36,04 15,48 14,07 10,99 10,00 80,00 66,70 13,00303,80 451,80 87,10 27,16 29,89 62,70 119,90 187,20Linfócitos T153,10 236,30 81,50 21,16 26,41 31,40 63,50 161,80CD4 + CD45RA + CD31 + /μl267,90 419,10 59,80 21,10 18,31 77,90 116,80 188,3071,45 73,95 61,22 58,17 55,18 62,49 59,29 61,00% Linfócitos T12,02 13,17 18,52 22,03 22,60 21,35 16,62 25,30CD4 + CD45RA + CD31 + 71,09 75,61 66,89 63,16 56,10 64,68 59,66 70,503,65 2,32 2,18 2,10 0,97 1,81 1,74 2,12% Linfócitos T1,53 1,21 0,98 2,06 0,58 1,06 1,23 0,97CD3 + CD69 + 3,64 2,29 1,94 1,23 0,72 1,86 1,17 2,1611,47 7,09 12,09 33,29 27,29 24,48 15,58 18,94% Linfócitos T3,38 4,75 5,91 17,99 15,80 13,05 6,28 9,24CD3 + HLA-DR + 13,26 5,25 10,43 26,55 32,44 21,08 16,26 16,1410,04 13,32 5,62 15,11 18,01 21,84 17,70 18,11% Linfócitos B2,65 7,13 3,25 6,46 7,30 12,59 4,12 7,72CD19 + CD38 + 10,71 9,99 5,70 15,16 18,71 20,73 15,01 16,5077,87 59,26 78,93 93,54 90,32 84,49 66,40 76,07% Linfócitos T19,41 27,71 17,13 9,44 14,52 17,80 32,90 7,49CD3 + CD4 + Fas + 81,95 45,04 80,86 94,46 99,48 95,78 86,70 76,8067,87 47,30 62,40 73,60 70,90 73,20 68,20 47,30% Linfócitos T11,56 31,80 31,40 31,00 39,20 33,40 36,00 35,10CD3 + CD8 + Fas + 70,59 38,50 64,40 85,20 99,80 99,00 81,50 43,2027,72 14,39 30,98 30,80 22,40 32,20 14,94 9,94% Linfócitos B14,08 8,64 13,16 38,20 27,30 32,20 13,50 6,87CD19 + Fas + 28,22 12,32 31,62 6,80 5,34 30,80 8,76 7,610,63 1,79 5,40 1,07 0,60 3,22 1,13 5,85% Linfócitos T0,66 2,86 14,49 1,61 0,74 3,27 0,54 9,64CD3 + CD4 + FasL + 0,47 0,61 0,27 0,58 0,31 1,88 1,05 1,512,41 4,88 10,49 0,80 1,56 5,60 3,28 3,17% Linfócitos T2,31 8,23 22,51 0,66 2,81 7,27 2,43 5,24CD3 + CD8 + FasL + 1,25 2,11 1,35 0,52 0,46 3,34 3,66 0,7013,89 9,14 5,66 4,91 4,84 5,90 4,33 6,95Células dendríticas9,50 5,47 4,24 2,62 2,01 2,65 2,78 7,53LIN - CD11c - HLADR + /μl11,28 9,35 5,54 3,98 4,89 6,50 3,93 4,79153,50 15,17 10,67 14,28 10,02 33,50 15,82 23,40Células dendríticas144,90 10,37 9,39 13,36 4,72 53,20 11,54 22,60LIN - CD11c + HLADR + /μl120,40 16,47 11,76 9,45 10,25 7,65 18,52 19,90IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100,D+180, D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%)para as diferentes subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desviopadrão e mediana dos valores.


Apêndice D 201Tabela D. 4. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong>subpopulação celular analisa<strong>da</strong>.SUBPOPULAÇÃO CELULARIS XPRÉ-MOBPRÉ- MOBX PRÉ-CONDPRÉ- MOBX D+60PRÉ- MOBX D+100PRÉ- MOBX D+180PRÉ- MOBX D+270PRÉ- MOBX D+360Leucócitos totais/μl 0,4748 0,0019 0,1558 0,2349 0,0319 0,7792 0,0138Linfócitos/μl 0,0369


Apêndice D 202Tabela D.5. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong>subpopulação celular analisa<strong>da</strong>.SUBPOPULAÇÃO CELULARLinfócitos TCD4 + CD25 high /μlIS XPRÉ-MOBPRÉ- MOBX PRÉ-CONDPRÉ- MOBX D+60PRÉ- MOBX D+100PRÉ- MOBX D+180PRÉ- MOBX D+270PRÉ- MOBX D+3600,0004 0,0129 0,0001 0,0002 0,0013 0,0038 0,0511% Linfócitos TCD4 + high 0,0034 0,8207 0,0044 0,0056 0,0108 0,1624 0,0356CD25Linfócitos TCD4 + CD25 high CTLA-4 + /μl0,5027 0,9939 0,7714 0,6770 0,5861 0,8328 0,5131% Linfócitos TCD4 + CD25 high +CTLA-40,9687 0,1308 0,8746 0,3463 0,0392 0,0942 0,4189Linfócitos TCD4 + CD25 high+ GITR + /μl0,1780 0,9559 0,4557 0,6112 0,7442 0,9220 0,5853% Linfócitos TCD4 + CD25 high+ + 0,0510 0,5178 0,8090 0,7569 0,0063 0,1742 0,2230GITRLinfócitos TCD4 + CD45RA + CD31 + /μl0,0152


Apêndice E 203Apêndice E - Valores de média, desvio padrão, mediana e p valor do número absoluto e/ourelativo <strong>da</strong>s populações celulares analisa<strong>da</strong>s nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla,pré e pós-TACTH.Tabela E.1. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃO CELULARIS(N=10)PRÉ-MOB(N=13)PRÉ-COND(N=15)D+60(N=10)D+100(N=12)D+180(N=8)D+270(N=5)D+360(N=7)D+540(N=4)D+720(N=4)5544,00 6973,00 6293,00 6155,00 4550,00 5744,00 6100,00 5975,00 6250,00 6125,00Leucócitos totais/μl 859,00 1534,00 2098,00 2113,00 963,00 1071,00 1336,00 984,00 1489,00 1330,005500,00 7200,00 6900,00 5800,00 4450,00 5700,00 6350,00 6050,00 6400,00 5750,001869,00 1892,00 1353,00 2091,00 1508,30 2089,00 2233,00 1925,00 2225,00 1833,00Linfócitos/μl529,00 700,00 621,00 783,00 326,00 544,00 706,00 495,00 580,00 404,001700,00 1800,00 1200,00 1900,00 1450,00 1900,00 1950,00 1950,00 2150,00 1900,00387,50 581,80 450,00 540,00 408,30 388,90 466,70 387,50 625,00 375,00Monócitos/μI182,10 244,20 247,30 183,80 131,10 183,30 103,30 145,80 170,80 206,00300,00 600,00 400,00 500,00 400,00 400,00 500,00 300,00 650,00 350,003288,00 4445,00 4600,00 3640,00 2667,00 3220,00 3517,00 3650,00 3275,00 3825,00Granulócitos/μI826,00 1426,00 2129,00 1198,00 806,00 827,00 840,00 689,00 1345,00 854,003200,00 4100,00 4850,00 3700,00 2850,00 3400,00 3500,00 3700,00 2800,00 3450,001405,10 1430,00 891,10 1599,00 1088,10 1494,00 1860,00 1490,00 1347,00 1220,00Linfócitos T CD3 + /μl 409,20 525,00 332,40 554,00 276,60 423,00 733,00 454,00 478,00 470,001267,40 1600,00 805,20 1451,00 1030,70 1497,00 1588,00 1433,00 1263,00 1253,00834,00 887,00 484,50 272,20 253,10 367,10 359,10 303,50 397,80 369,00Linfócitos T CD4 + /μl 342,00 403,00 223,10 166,10 121,00 153,00 94,90 158,70 106,00 164,80744,00 891,00 455,50 211,40 241,30 331,70 393,60 225,10 405,10 300,70500,80 498,70 406,40 1306,00 843,00 1117,00 1493,00 1198,00 984,00 875,00Linfócitos T CD8 + /μl 180,80 254,90 183,90 482,00 196,40 332,00 740,00 474,00 453,00 446,00475,90 445,20 344,80 1239,00 847,10 1086,00 1125,00 1063,00 821,00 816,001,86 1,91 1,30 0,23 0,30 0,35 0,30 0,30 0,45 0,50Razão CD4 + :CD8 + 0,99 0,94 0,63 0,13 0,13 0,15 0,18 0,20 0,17 0,251,62 2,07 1,13 0,19 0,26 0,31 0,20 0,27 0,47 0,53Linfócitos TCD3 + TCRαβ + /μlLinfócitos TCD3 + TCRγδ + /μlLinfócitos B CD19 + /μlCélulas NKCD3 - CD16 + CD56 + /μlCélulas NKTCD3 + CD16 + CD56 + /μl1328,00 1316,00 833,20 1516,00 1043,90 1459,00 1799,00 1451,00 1297,00 1139,00416,00 500,00 332,90 524,00 261,50 424,00 741,00 450,00 477,00 441,001245,00 1514,00 789,00 1353,00 1020,70 1472,00 1528,00 1413,00 1149,00 1118,0071,20 62,50 40,20 35,80 24,42 33,82 35,60 37,44 24,50 31,7047,40 69,10 39,70 35,70 14,41 14,31 27,20 18,74 9,48 22,1064,20 43,50 24,80 23,50 20,96 36,31 32,90 39,82 21,08 30,10235,10 275,70 69,80 103,30 130,90 285,80 223,30 257,50 455,00 298,6098,00 198,90 48,70 123,40 109,20 172,70 101,90 74,70 207,00 128,50221,60 228,20 50,90 51,20 122,60 265,80 272,30 290,50 472,00 347,40183,40 171,00 129,50 304,30 171,60 205,40 195,80 192,20 254,70 276,9095,40 60,00 109,30 171,00 95,70 95,50 119,20 91,50 87,10 102,10174,70 180,40 94,40 287,50 157,20 225,30 157,10 196,90 254,30 279,10117,90 95,10 65,70 139,50 59,30 66,90 75,41 118,10 52,60 61,6053,90 95,90 53,80 103,40 54,90 33,70 18,62 139,80 40,60 34,50109,60 54,40 54,80 108,80 53,10 64,40 75,72 68,70 52,70 75,90IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100, D+180,D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%) para asdiferentes subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão <strong>em</strong>ediana dos valores.


Apêndice E 204Tabela E.2. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃO CELULARLinfócitos T naiveCD4 + CD27 + CD45RO - /μlLinfócitos T naiveCD8 + CD27 + CD45RO - /μlLinfócitos T MCCD4 + CD27 + CD45RO + /μlLinfócitos T MCCD8 + CD27 + CD45RO + /μlLinfócitos T MECD4 + CD27 - CD45RO + /μlLinfócitos T MECD8 + CD27 - CD45RO + /μlLinfócitos T EDCD4 + CD27 - CD45RO - /μlLinfócitos T EDCD8 + CD27 - CD45RO - /μlLinfócitos TCD4 + CD25 + /μlIS(N=10)PRÉ-MOB(N=13)PRÉ-COND(N=15)D+60(N=10)D+100(N=12)D+180(N=8)D+270(N=5)D+360(N=7)D+540(N=4)D+720(N=4)320,60 272,20 73,70 8,48 7,14 25,60 22,54 20,70 33,10 15,98197,80 152,80 59,80 16,38 7,32 42,50 13,30 22,70 27,80 15,70308,00 290,40 60,70 0,86 4,85 11,30 20,45 10,20 26,80 12,97153,60 188,50 109,50 95,90 130,20 155,80 179,80 119,90 116,50 105,0087,40 121,20 86,90 76,00 94,20 114,90 97,70 83,90 45,20 75,30122,40 193,10 74,70 79,40 93,80 121,60 151,80 114,40 103,60 117,00497,50 446,00 354,90 147,90 178,80 181,90 234,20 164,20 246,50 236,70206,50 371,00 270,40 63,50 50,90 77,30 42,60 84,60 76,60 195,70447,60 393,00 314,60 149,50 180,40 163,40 248,90 166,10 249,00 174,10172,40 145,40 163,80 777,00 509,00 505,60 450,90 263,30 334,30 365,0088,90 108,20 152,90 342,00 171,50 168,00 163,40 168,30 136,00 280,00144,90 127,70 89,30 807,00 508,00 423,80 495,40 217,70 287,30 331,0082,30 169,40 53,20 99,00 74,40 101,10 101,20 78,00 62,89 70,4052,30 204,30 43,50 61,60 39,40 51,50 40,90 40,50 6,89 34,9068,70 97,20 33,60 85,50 73,30 86,60 108,90 81,00 63,11 82,7091,20 66,90 34,15 188,90 153,00 315,00 613,00 774,00 492,00 159,1099,20 76,50 24,07 119,70 150,40 246,00 420,00 643,00 434,00 159,7049,70 44,50 28,19 184,10 109,40 267,00 625,00 728,00 346,00 127,208,86 14,52 15,21 7,35 8,21 12,43 9,46 9,79 3,09 7,816,06 21,33 22,73 7,36 6,04 8,72 10,98 10,63 1,30 6,348,42 7,31 5,44 4,32 7,03 12,11 5,83 3,57 3,46 8,69120,40 109,70 62,90 116,10 80,00 143,60 157,10 214,80 132,60 94,4073,60 100,00 47,90 74,70 40,70 55,00 64,40 129,50 72,50 95,10109,60 76,30 44,00 97,60 77,70 151,60 151,40 173,60 122,20 69,50229,80 160,20 196,30 53,40 53,60 73,00 162,20 80,20 91,80 110,50147,60 123,70 167,10 44,30 52,50 41,20 124,70 84,00 77,20 53,20213,40 157,60 119,50 42,80 34,50 66,10 140,80 42,20 89,30 115,7011,44 8,61 15,18 1,87 3,97 3,74 8,12 5,17 5,41 6,314,91 6,27 8,77 1,43 3,05 2,28 7,72 4,37 2,65 4,03% Linfócitos TCD4 + CD25 + 11,07 8,18 13,49 1,20 2,81 3,20 7,04 3,74 5,72 5,7315,64 25,50 19,60 8,20 12,25 12,95 17,14 10,43 18,60 16,14Linfócitos T11,09 50,70 29,35 9,07 8,48 8,36 15,06 8,24 24,30 14,60CD4 + CD25 high /μl13,80 9,16 11,62 4,86 9,68 10,60 14,10 7,40 7,20 10,560,75 0,57 1,34 0,29 0,80 0,72 0,94 0,64 0,87 1,00% Linfócitos T0,44 0,46 1,45 0,34 0,44 0,43 1,08 0,48 1,10 1,13CD4 + CD25 high 0,72 0,56 0,98 0,20 0,74 0,78 0,47 0,44 0,40 0,51Linfócitos TCD4 + CD25 high CTLA-4 + /μl1,64 1,61 4,30 1,22 3,77 1,00 8,75 4,46 0,80 1,581,67 3,07 13,35 2,67 8,69 1,16 18,67 8,59 0,72 1,751,09 0,37 0,69 0,30 0,78 0,74 0,44 0,77 1,02 0,9619,31 17,90 16,23 8,45 22,77 8,99 23,80 30,90 27,20 13,9725,04 29,20 15,41 12,76 30,69 7,21 42,80 42,00 44,20 12,69% Linfócitos TCD4 + CD25 high CTLA-4 + 12,64 4,56 8,82 4,26 12,85 10,26 5,41 11,30 7,93 13,50IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100, D+180,D+270, D+360, dias pós-transplante. MC, m<strong>em</strong>ória central; ME, m<strong>em</strong>ória efetora; ED, efetores diferenciados. São mostradosos valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%) para as diferentes subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s. Os valoresestão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão e mediana dos valores.


Apêndice E 205Tabela E.3. Valores de média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong>s subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s noscontroles saudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃO CELULARLinfócitos TCD4 + CD25 high+ GITR + /μlIS(N=10)PRÉ-MOB(N=13)PRÉ-COND(N=15)D+60(N=10)D+100(N=12)D+180(N=8)D+270(N=5)D+360(N=7)D+540(N=4)D+720(N=4)2,37 4,01 2,97 2,49 2,09 1,43 3,04 0,97 1,13 2,171,57 4,58 4,10 3,48 2,00 1,23 0,12 1,41 * 1,662,23 1,64 1,16 1,30 1,06 0,78 3,04 0,32 1,13 2,6434,33 19,83 17,10 12,48 18,60 15,05 56,90 5,90 22,22 28,5028,82 18,56 27,80 14,65 13,86 13,04 45,20 7,25 * 25,40% Linfócitos TCD4 + CD25 high+ GITR + 23,08 25,00 6,78 8,29 14,81 9,09 56,90 3,70 22,22 27,30Linfócitos TCD4 + CD45RA + CD31 + /μl192,90 249,60 68,22 24,90 13,86 34,20 87,70 28,60 35,40 106,50104,60 148,70 32,33 54,00 10,53 60,60 76,00 20,73 42,50 161,00144,00 194,50 54,57 7,21 7,77 9,95 42,70 19,52 15,80 29,5061,24 64,99 58,40 54,55 58,78 60,33 57,20 58,56 68,87 54,509,75 12,80 12,47 14,01 19,01 18,18 28,80 19,58 11,60 24,40% Linfócitos TCD4 + CD45RA + CD31 + 63,48 69,63 58,18 53,96 51,22 61,54 51,10 60,96 68,63 51,002,98 2,05 3,08 2,40 1,89 3,67 2,93 1,49 0,68 1,33% Linfócitos T1,67 3,36 1,86 3,06 1,69 6,41 2,99 1,44 0,27 1,34CD3 + CD69 + 2,54 0,76 2,94 1,75 1,24 1,77 1,96 0,96 0,76 1,1112,68 7,02 17,16 38,42 40,12 29,78 37,75 21,32 18,66 23,95% Linfócitos T5,30 5,58 9,38 17,56 20,36 13,21 14,75 10,08 5,47 8,78CD3 + HLA-DR + 11,67 4,67 13,86 45,44 41,55 29,90 34,68 18,97 17,34 25,488,75 10,10 4,47 4,83 8,68 13,39 10,35 14,07 19,19 15,06% Linfócitos T3,17 5,09 3,67 5,77 7,48 8,46 5,51 7,34 6,98 9,18CD19 + CD38 + 9,08 10,22 3,12 1,92 6,85 11,76 12,64 13,68 20,88 14,7683,56 59,21 79,53 89,94 89,73 92,84 96,58 91,44 91,08 89,02% Linfócitos T14,23 24,91 20,48 12,70 13,46 11,73 4,45 13,38 12,29 10,94CD3 + CD4 + Fas + 85,72 65,79 88,44 95,21 96,76 99,35 98,06 98,24 95,32 90,7177,30 44,60 69,54 74,51 72,90 79,76 92,61 86,25 86,30 83,67% Linfócitos T16,24 27,37 28,62 27,94 30,50 25,90 14,08 21,76 18,34 18,65CD3 + CD8 + Fas + 74,83 44,12 79,57 81,33 81,80 99,18 99,48 99,61 92,42 84,3028,90 18,73 41,27 41,30 34,00 40,80 39,40 24,67 18,09 12,69% Linfócitos B12,40 17,69 20,47 46,90 39,50 36,50 40,60 24,58 9,26 5,38CD19 + Fas + 27,21 13,04 42,71 17,90 7,41 33,70 22,60 16,53 19,91 12,400,66 0,31 1,84 0,74 0,76 4,42 0,21 5,66 8,55 1,58% Linfócitos T0,58 0,30 4,51 0,69 0,69 8,45 0,20 13,02 15,58 1,39CD3 + CD4 + FasL + 0,58 0,21 0,49 0,68 0,46 0,74 0,11 0,44 1,08 1,652,32 1,56 7,77 1,10 1,02 3,47 0,78 5,62 18,60 8,86% Linfócitos T3,78 2,38 10,95 1,24 1,63 5,21 0,60 13,14 35,40 15,00CD3 + CD8 + FasL + 1,12 1,03 3,39 0,59 0,37 0,78 0,87 0,49 1,28 1,86Células dendríticasLIN - CD11c - HLADR + /μlCélulas dendríticasLIN - CD11c + HLADR + /μl17,62 7,08 5,64 3,01 6,59 5,09 5,52 7,48 4,08 9,139,73 4,32 5,55 1,40 4,01 2,80 2,50 6,29 1,52 4,6117,28 6,93 5,68 3,14 4,91 5,00 5,90 4,14 4,41 9,30261,30 18,84 11,17 21,89 25,94 17,89 24,56 58,70 10,04 17,90251,20 15,82 9,54 24,93 18,02 20,72 10,09 83,70 2,50 12,74171,80 20,57 8,28 11,97 23,30 12,77 26,32 25,10 10,55 18,38IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100,D+180, D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores absolutos (célula/μl) e/ou valores relativos (%)para as diferentes subpopulações celulares analisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desviopadrão e mediana dos valores.


Apêndice E 206Tabela E.4. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong> subpopulaçãocelular analisa<strong>da</strong>.SUBPOPULAÇÃOCELULARIS XPRÉ-MOBPRÉ-MOB XPRÉ-CONDPRÉ-MOB XD+60PRÉ-MOB XD+100PRÉ-MOB XD+180PRÉ-MOB XD+270PRÉ-MOB XD+360PRÉ-MOB XD+540PRÉ-MOB XD+720Leucócitos totais/μl 0,0096 0,7802 0,9180 0,0220 0,4284 0,6203 0,6537 0,8595 0,2158Linfócitos/μl 0,9823 0,0167 0,3824 0,0954 0,5072 0,3048 0,8935 0,2199 0,9165Monócitos/μI 0,0104 0,0700 0,5226 0,0179 0,0120 0,1392 0,0166 0,8308 0,0389Granulócitos/μI 0,0249 0,6842 0,0284 0,0002 0,0073 0,0295 0,0554 0,0530 0,3084Linfócitos T CD3 + /μl 0,9701 0,0017 0,3965 0,0425 0,8127 0,1470 0,8898 0,9934 0,4257Linfócitos T CD4 + /μl 0,5505


Apêndice E 207Tabela E.5. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para ca<strong>da</strong> subpopulaçãocelular analisa<strong>da</strong>.SUBPOPULAÇÃO CELULARIS XPRÉ-MOBPRÉ-MOB XPRÉ-CONDPRÉ-MOB XD+60PRÉ-MOB XD+100PRÉ-MOB XD+180PRÉ-MOB XD+270PRÉ-MOB XD+360PRÉ-MOB XD+540PRÉ-MOB XD+720Linfócitos TCD4 + CD25 + /μl0,2198 0,6311


Apêndice F 208Apêndice F - Valores de média, desvio padrão, mediana e p valor <strong>da</strong> freqüência de populações decélulas T CD4 + ou T CD8 + produtoras de citocinas <strong>em</strong> indivíduos saudáveis (grupo1) e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré e pós-TACTH.Tabela F.1. Valores <strong>da</strong> média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> <strong>da</strong>s populações decélulas T CD4 + (CD3 + CD8 - ) ou CD8 + (CD3 + CD8 + ) produtoras de citocinas nos controlessaudáveis e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃO IS PRÉ-MOB PRÉ-COND D+60 D+100 D+180 D+270 D+360CELULAR (N=10) (N=11) (N=10) (N=9) (N=7) (N=7) (N=5) (N=4)24,84 23,09 33,25 61,60 58,85 58,29 47,86 51,28% células T6,24 6,27 6,69 17,03 15,96 12,98 11,73 19,22CD3 + CD8 - INF-γ + 25,92 23,33 32,08 64,51 62,81 60,50 47,93 54,9751,48 40,89 48,50 76,55 66,20 75,26 82,16 88,65% células T7,11 13,14 16,70 17,39 29,50 20,18 9,65 7,05CD3 + CD8 + INF-γ + 53,67 44,30 50,40 83,33 79,30 80,95 85,17 87,2843,90 28,17 36,55 26,81 34,30 25,11 27,29 31,27% células T13,49 13,59 14,85 10,20 18,51 12,30 7,03 7,56CD3 + CD8 - IL-2 + 39,73 25,89 34,88 24,72 34,01 25,94 28,86 33,4819,19 9,53 11,33 3,95 5,54 6,92 5,26 4,92% células T5,34 6,37 7,41 3,37 5,78 6,13 4,21 5,30CD3 + CD8 + IL-2 + 18,49 9,21 10,66 2,71 4,51 5,29 2,67 3,3834,59 35,56 48,35 55,68 68,74 60,53 50,48 52,20% células T14,44 13,30 15,35 24,72 16,53 19,29 16,85 27,20CD3 + CD8 - TNF-α + 32,12 38,40 55,56 57,17 74,00 54,40 58,71 58,5030,98 26,28 26,67 48,41 67,29 67,42 59,12 57,80% células T10,54 12,32 15,81 25,81 17,48 22,15 19,51 29,60CD3 + CD8 + TNF-α + 29,96 30,70 24,47 57,16 68,86 58,46 59,86 70,200,00 0,10 0,32 0,54 0,22 0,43 0,93 0,76% células T0,00 0,19 0,34 1,02 0,43 0,74 0,82 1,43CD3 + CD8 - IL-4 + 0,00 0,00 0,23 0,10 0,00 0,11 0,60 0,080,71 0,29 0,68 0,48 0,03 0,26 0,15 0,00% células T0,80 0,37 0,58 0,45 0,09 0,29 0,19 0,00CD3 + CD8 + IL-4 + 0,44 0,07 0,67 0,45 0,00 0,25 0,11 0,000,00 0,00 1,41 0,15 0,09 0,04 1,02 1,24% células T0,00 0,00 4,21 0,24 0,16 0,09 1,26 2,47CD3 + CD8 - IL-5 + 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,000,22 0,37 1,37 0,74 0,13 0,30 0,02 0,03% células T0,35 0,70 1,61 1,13 0,25 0,44 0,03 0,07CD3 + CD8 + L-5 + 0,00 0,00 0,85 0,07 0,00 0,04 0,00 0,000,11 0,04 0,20 1,51 0,28 0,20 0,33 0,07% células T0,27 0,13 0,55 4,46 0,48 0,18 0,27 0,15CD3 + CD8 - IL-10 + 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31 0,38 0,000,72 0,25 0,89 1,14 0,32 0,36 0,10 0,00% células T0,96 0,38 0,84 2,05 0,58 0,49 0,14 0,00CD3 + CD8 + IL-10 + 0,40 0,00 0,74 0,32 0,00 0,14 0,00 0,00IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100,D+180, D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores relativos (%) para as diferentes subpopulaçõescelulares analisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão e mediana dos valores.


Apêndice F 209Tabela F.2. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 pré- e pós-transplante, para aspopulações de células T CD4 + (CD3 + CD8 - ) ou CD8 + (CD3 + CD8 + ) produtoras de citocinas.SUBPOPULAÇÃOCELULARIS XPRÉ-MOBPRÉ-MOB XPRÉ-CONDPRÉ- MOBX D+60PRÉ- MOBX D+100PRÉ- MOBX D+180PRÉ- MOBX D+270PRÉ- MOBX D+360% células TCD3 + CD8 - INF-γ + 0,7780 0,0542


Apêndice G 210Apêndice G - Valores de média, desvio padrão, mediana e p valor <strong>da</strong> freqüência de populaçõesde células T CD4 + ou T CD8 + produtoras de citocinas <strong>em</strong> indivíduos saudáveis(grupo 2) e <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré e pós-TACTH.Tabela G.1. Valores <strong>da</strong> média, desvio padrão e mediana <strong>da</strong> porcentag<strong>em</strong> <strong>da</strong>s populações de célulasT CD4 + (CD3 + CD8 - ) ou CD8 + (CD3 + CD8 + ) produtoras de citocinas nos controles saudáveis e<strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-transplante.SUBPOPULAÇÃOCELULARIS(N=10)PRÉ-MOB(N=14)PRÉ-COND(N=14)D+60(N=11)D+100(N=12)D+180(N=8)D+270(N=6)D+360(N=7)D+540(N=4)D+720(N=4)35,51 27,55 30,04 67,48 68,19 63,64 58,74 64,42 56,80 60,34% células T8,94 9,01 11,14 12,49 11,27 8,56 11,64 18,92 21,60 13,69CD3 + CD8 - INF-γ + 35,11 27,27 31,14 67,42 67,43 63,13 57,10 62,64 50,90 62,1168,55 52,10 51,57 81,75 83,47 82,73 73,76 75,18 89,72 73,60% células T11,37 15,86 24,04 12,79 7,71 9,53 11,13 17,24 4,44 20,50CD3 + CD8 + INF-γ + 71,25 54,34 49,51 85,03 84,75 86,33 72,12 81,15 91,56 81,2053,96 35,05 35,62 37,37 36,71 40,30 41,22 34,24 46,08 38,73% células T20,82 13,03 11,83 14,43 13,63 14,25 15,79 14,55 13,18 9,43CD3 + CD8 - IL-2 + 56,61 33,53 35,04 39,04 33,20 42,35 44,76 30,88 48,97 35,7632,21 13,83 19,36 9,64 8,70 8,87 17,86 13,24 18,90 25,60% células T19,77 10,14 13,72 9,43 7,35 6,79 17,30 20,94 15,13 22,50CD3 + CD8 + IL-2 + 28,08 12,60 14,55 7,42 4,91 6,42 11,41 5,40 15,71 23,0057,35 39,81 53,06 68,18 68,34 58,16 52,10 67,80 76,97 74,58% células T19,22 23,60 18,34 10,85 14,92 13,52 24,60 14,17 16,00 8,75CD3 + CD8 - TNF-α + 67,35 42,69 59,61 66,47 67,41 52,31 58,70 68,63 76,11 72,1054,63 35,84 47,03 50,80 62,20 55,43 42,60 60,76 78,58 76,03% células T22,24 20,28 21,53 13,28 12,99 26,72 26,20 20,96 12,99 10,80CD3 + CD8 + TNF-α + 62,31 37,02 48,23 50,30 58,81 65,10 45,90 58,59 75,16 75,110,04 0,79 0,40 0,60 1,83 0,91 0,27 0,16 0,31 0,43% células T0,09 1,52 1,34 1,20 2,69 2,33 0,67 0,28 0,22 0,62CD3 + CD8 - IL-4 + 0,00 0,00 0,00 0,23 0,75 0,00 0,00 0,00 0,36 0,200,29 1,26 0,68 0,18 1,04 1,30 0,46 0,16 0,00 0,39% células T0,57 1,93 0,82 0,25 1,82 2,81 0,72 0,36 0,00 0,33CD3 + CD8 + IL-4 + 0,00 0,56 0,23 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,380,08 0,02 0,43 0,15 0,34 0,24 0,00 0,00 0,00 0,03% células T0,16 0,06 1,43 0,26 1,16 0,67 0,00 0,00 0,00 0,07CD3 + CD8 - IL-5 + 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,38 0,29 1,64 0,46 0,55 0,91 0,13 0,25 0,00 0,18% células T0,51 0,51 2,50 0,82 0,87 1,67 0,19 0,32 0,00 0,23CD3 + CD8 + L-5 + 0,07 0,00 0,91 0,15 0,00 0,10 0,04 0,00 0,00 0,121,17 0,09 0,08 1,48 2,40 0,35 0,30 0,30 0,45 0,13% células T2,69 0,16 0,26 2,77 6,87 0,95 0,46 0,54 0,54 0,25CD3 + CD8 - IL-10 + 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,001,26 0,34 0,73 0,48 0,85 0,48 0,27 0,09 0,06 0,05% células T2,14 0,66 1,46 0,72 2,11 0,87 0,42 0,15 0,11 0,06CD3 + CD8 + IL-10 + 0,46 0,00 0,21 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05IS, indivíduos saudáveis; Pré-mob, pré-mobilização (pré-transplante); Pré-cond, pré-condicionamento; D+60, D+100, D+180,D+270, D+360, dias pós-transplante. São mostrados os valores relativos (%) para as diferentes subpopulações celularesanalisa<strong>da</strong>s. Os valores estão mostrados na seguinte ord<strong>em</strong>: média, desvio padrão e mediana dos valores.


Apêndice G 211Tabela G.2. Valores de p encontrados nas análises estatísticas entre os grupos de controlessaudáveis e de <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla pré- e pós-transplante, para as populações decélulas T CD4 + (CD3 + CD8 - ) ou CD8 + (CD3 + CD8 + ) produtoras de citocinas.SUBPOPULAÇÃOCELULARIS XPRÉ-MOBPRÉ-MOB XPRÉ-CONDPRÉ-MOB XD+60PRÉ-MOB XD+100PRÉ-MOB XD+180PRÉ-MOB XD+270PRÉ-MOB XD+360PRÉ-MOB XD+540PRÉ-MOB XD+720% células TCD3 + CD8 - INF-γ + 0,1370 0,6228


Apêndice H 212Apêndice H - Curvas de amplificação, curvas de dissociação e a eficiência deamplificação dos genes GAPDH e Foxp3.A. Gene de referência: GAPDH B. Gene alvo: Foxp3A.1B.1A.2B.2A.3 B.32 3 4 5 1 2 3 4 5C.média Ct353025201510500 0,5 1 1,5 2 2,5log ng RNAMédia Ct FOXP3Média Ct GAPDHLi near (Médi a Ct FOXP3)Li near (Médi a Ct GAPDH)y = -3.1903x + 33.75R 2 = 0.9985y = -3,1554x + 25,48R 2 = 0,9921Figura H.1. Reação de Real time PCR para genes GAPDH (A) e Foxp3 (B). Curvas de amplificação (A.1 eB.1), de curvas de dissociação (A.2 e B.2), curvas de amplificação <strong>com</strong> o threshold (linha de corte verde; A.3 eB.3) e gráfico <strong>com</strong> a eficiência de amplificação dos primers (C). Os números 1, 2, 3, 4, 5 indicam a diluição docDNA, respectivamente: puro, 1/5, 1/25, 1/125, 1/625. Para a quantificação relativa, foi estabelecido um valor deΔRn, que é uma linha de corte (threshold) para ca<strong>da</strong> curva de amplificação de um <strong>da</strong>do par de primers. Onúmero do ciclo <strong>em</strong> que o ΔRn <strong>da</strong> amostra cruza o threshold corresponde ao Ct (cycle threshold) <strong>da</strong> amostra.


Apêndice I 213Apêndice I -Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice I 214Pré-Tx D+180 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura I.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1), pré epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificadousando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método deTCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de


Apêndice I 215transcritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases(eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela I.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 LSM (DM1), pré- e pós-TACTH.Família VBPré-TxD+180 D+360 Família VB Pré-Tx D+180 D+360VB1 6aa VB13 6aa 0,116 0,154VB1 7aa 0,046 0,027 VB13 7aa 0,428 0,605 0,623VB1 8aa 0,242 0,089 0,081 VB13 8aa 1,217 0,978 1,412VB1 9aa 0,402 0,480 0,166 VB13 9aa 1,972 0,514 1,735VB1 10aa 0,339 0,397 0,187 VB13 10aa 1,536 1,454 2,208VB1 11aa 0,765 1,616 0,401 VB13 11aa 0,726 0,367 0,736VB1 12aa 0,034 0,147 0,025 VB13 12aa 0,158 0,204VB1 13aa 0,030 0,192 0,025 VB13 13aa 0,065 0,074VB1 Total 1,858 2,921 0,913 VB13 Total 6,219 3,918 7,146VB2 5aa 0,047 VB14 5aa 0,044VB2 6aa 0,067 0,329 0,050 VB14 6aa 0,057 0,040VB2 7aa 0,296 0,448 0,147 VB14 7aa 0,245 0,186VB2 8aa 0,629 0,893 0,316 VB14 8aa 0,607 1,445 1,857VB2 9aa 1,062 1,588 0,358 VB14 9aa 0,805 0,054 0,666VB2 10aa 0,495 1,522 0,244 VB14 10aa 0,586 0,090 0,870VB2 11aa 0,184 0,308 0,086 VB14 11aa 0,737 0,373 1,063VB2 12aa 0,056 0,680 0,052 VB14 12aa 0,150 0,020 0,139VB2 13aa 0,043 0,033 VB14 13aa 0,223 0,077VB2 14aa 0,038 VB14 14aaVB2 15aa 0,055 VB14 15aaVB2 Total 2,831 5,941 1,254 VB14 Total 3,453 1,983 4,897VB3 6aa 0,105 0,863 0,091 VB15 6aa 0,156 0,121 0,404VB3 7aa 0,568 0,995 0,185 VB15 7aa 0,408 0,161 0,740VB3 8aa 0,203 0,070 0,093 VB15 8aa 1,145 0,366 0,989VB3 9aa 1,968 3,618 0,794 VB15 9aa 1,913 0,529 1,668VB3 10aa 0,409 0,589 0,275 VB15 10aa 1,242 0,435 1,723VB3 11aa 0,252 0,079 0,120 VB15 11aa 1,604 1,534 1,080VB3 12aa 0,071 0,152 0,042 VB15 12aa 1,159 0,000 0,172VB3 13aa 0,201 VB15 13aa 1,733 0,000 0,124VB3 14aa VB15 14aa 0,744 0,114 0,185VB3 15aa VB15 15aa 0,666VB3 16aa VB15 16aa 0,157VB3 Total 3,778 6,366 1,600 VB15 Total 10,926 3,260 7,085VB4 4aa 0,029 VB16 4aaVB4 5aa 0,091 0,086 0,023 VB16 5aaVB4 6aa 0,357 0,263 0,096 VB16 6aa 0,036 0,133VB4 7aa 1,194 1,199 0,339 VB16 7aa 0,347 0,122 0,383VB4 8aa 0,975 0,766 0,275 VB16 8aa 0,725 0,300 1,089VB4 9aa 0,971 1,839 0,386 VB16 9aa 1,057 0,183 1,179VB4 10aa 0,275 0,246 0,075 VB16 10aa 0,775 1,126 1,540VB4 11aa 0,108 0,171 0,042 VB16 11aa 0,450 2,518 2,156VB4 12aa 0,053 0,023 VB16 12aa 0,513 0,267 0,577


Apêndice I 216VB4 13aa VB16 13aa 0,298 0,376 0,401VB4 14aa VB16 14aa 0,078 0,037 0,091VB4 15aa VB16 15aa 0,035 0,041VB4 Total 4,053 4,570 1,260 VB16 Total 4,313 4,930 7,589VB5 5aa 0,028 VB17 5aaVB5 6aa 0,080 0,114 0,042 VB17 6aa 0,158 0,157VB5 7aa 0,419 1,591 0,186 VB17 7aa 0,578 0,292 0,604VB5 8aa 0,725 0,740 0,479 VB17 8aa 1,114 1,015 1,463VB5 9aa 1,421 1,998 0,782 VB17 9aa 1,925 0,719 1,950VB5 10aa 1,280 2,088 0,853 VB17 10aa 1,450 0,863 2,072VB5 11aa 0,560 0,309 0,502 VB17 11aa 0,619 0,164 0,561VB5 12aa 0,216 0,226 0,099 VB17 12aa 0,358 0,583 0,620VB5 13aa 0,062 0,068 0,035 VB17 13aa 0,099 0,057VB5 Total 4,763 7,161 2,978 VB17 Total 6,302 3,637 7,485VB6 6aa 0,085 0,066 0,070 VB18 6aa 0,053 0,046VB6 7aa 0,507 0,721 0,302 VB18 7aa 0,152 0,047 0,151VB6 8aa 1,228 1,553 0,765 VB18 8aa 0,920 0,000 0,704VB6 9aa 2,076 3,798 1,635 VB18 9aa 1,613 3,243 1,966VB6 10aa 1,635 1,498 0,910 VB18 10aa 1,241 0,154 0,913VB6 11aa 1,082 1,002 0,547 VB18 11aa 0,752 0,068 0,521VB6 12aa 0,530 0,629 0,174 VB18 12aa 0,232 0,037 0,168VB6 13aa 0,113 0,054 VB18 13aa 0,037 0,057VB6 14aa 0,040 0,048 VB18 14aa 0,044 0,052VB6 15aa 0,217 VB18 15aaVB6 Total 7,295 9,484 4,506 VB18 Total 5,044 3,548 4,578VB7 6aa 0,041 VB19 6aaVB7 7aa 0,089 0,206 0,130 VB19 7aa 0,055VB7 8aa 0,582 0,281 0,558 VB19 8aa 0,075 0,097 0,040VB7 9aa 0,901 0,652 0,991 VB19 9aa 0,058 0,134 0,060VB7 10aa 1,926 2,144 2,152 VB19 10aa 0,138 0,272 0,357VB7 11aa 0,822 0,215 0,861 VB19 11aa 0,069 0,160VB7 12aa 0,749 0,769 0,852 VB19 12aa 0,035VB7 13aa 0,167 0,044 0,165 VB19 13aa 0,040VB7 14aa 0,068 0,043 VB19 14aa 0,024VB7 15aa 0,176 VB19 15aaVB7 Total 5,522 4,311 5,752 VB19 Total 0,494 0,664 0,456VB8 6aa 0,083 VB20 6aa 0,077 0,090 0,139VB8 7aa 0,334 0,074 0,219 VB20 7aa 0,328 0,089 0,362VB8 8aa 1,953 0,531 0,694 VB20 8aa 0,517 0,097 0,716VB8 9aa 0,898 3,941 1,983 VB20 9aa 0,339 0,047 0,524VB8 10aa 0,831 0,197 0,386 VB20 10aa 0,307 1,705 1,238VB8 11aa 0,354 0,199 0,354 VB20 11aa 0,106 0,043VB8 12aa 0,041 0,042 0,115 VB20 12aa 0,043 0,079VB8 13aa 0,028 0,030 0,036 VB20 13aaVB8 Total 4,521 5,015 3,786 VB20 Total 1,718 2,029 3,101VB9 6aa 0,059 0,040 VB21 6aa 0,073 0,090VB9 7aa 0,279 0,147 0,205 VB21 7aa 0,185 0,164 0,287VB9 8aa 0,789 1,082 1,055 VB21 8aa 0,516 0,766 1,213


Apêndice I 217VB9 9aa 1,047 1,105 1,138 VB21 9aa 0,658 0,720 1,380VB9 10aa 1,233 0,487 0,838 VB21 10aa 1,413 1,228 1,958VB9 11aa 0,432 0,290 0,489 VB21 11aa 0,386 0,165 0,629VB9 12aa 0,204 0,161 0,464 VB21 12aa 0,153 0,080 0,268VB9 13aa 0,163 0,041 VB21 13aa 0,107 0,257 0,165VB9 14aa 0,085 0,294 VB21 14aa 0,221 0,145 0,230VB9 15aa 0,131 VB21 15aaVB9 Total 4,293 3,568 4,401 VB21 Total 3,713 3,525 6,221VB10 5aa 0,159 0,142 VB22 5aa 0,042VB10 6aa 0,178 0,056 VB22 6aa 0,223 0,229VB10 7aa 0,303 0,169 0,238 VB22 7aa 0,449 0,099 0,679VB10 8aa 0,147 0,130 0,182 VB22 8aa 0,943 0,189 1,551VB10 9aa 0,255 0,241 0,488 VB22 9aa 0,908 0,884 3,738VB10 10aa 0,343 2,826 1,198 VB22 10aa 0,695 2,718 0,980VB10 11aa 0,415 1,119 0,644 VB22 11aa 0,287 0,274 0,379VB10 12aa 0,329 0,044 VB22 12aa 0,070 0,137 0,121VB10 13aa 0,032 0,063 VB22 13aa 0,039 0,063 0,061VB10 14aa 0,028 0,052 VB22 14aa 0,056 0,039VB10 15aa 0,058 VB22 15aaVB10 Total 1,853 4,822 3,163 VB22 Total 3,669 4,364 7,819VB11 6aa 0,084 VB23 6aa 0,112VB11 7aa 0,235 0,149 1,010 VB23 7aa 0,278 0,065 0,078VB11 8aa 0,980 1,032 1,028 VB23 8aa 0,491 0,400 1,998VB11 9aa 1,964 3,876 1,296 VB23 9aa 0,981 1,208 0,703VB11 10aa 0,776 0,494 0,479 VB23 10aa 0,901 0,668 0,719VB11 11aa 0,654 0,424 0,404 VB23 11aa 0,800 0,868 0,583VB11 12aa 0,616 0,231 0,212 VB23 12aa 0,165 0,075 0,087VB11 13aa VB23 13aa 0,091 0,329 0,087VB11 14aa 0,063 VB23 14aa 0,066VB11 15aa 0,095 VB23 15aaVB11 Total 5,468 6,206 4,429 VB23 Total 3,886 3,614 4,256VB12 5aa 0,067 VB24 5aaVB12 6aa 1,574 4,122 4,133 VB24 6aaVB12 7aa 0,333 0,046 VB24 7aa 0,027 0,018 0,040VB12 8aa 0,370 0,215 VB24 8aa 0,028 0,001 0,033VB12 9aa 0,751 0,267 VB24 9aa 0,044 0,002 0,060VB12 10aa 0,575 0,255 VB24 10aa 0,053 0,019 0,098VB12 11aa 0,142 0,060 VB24 11aa 0,033 0,002 0,030VB12 12aa 0,055 VB24 12aa 0,009 0,015VB12 13aa 0,029 VB24 13aa 0,007 0,005VB12 Total 3,830 4,122 5,043 VB24 Total 0,200 0,043 0,282


Apêndice J 218Apêndice J -Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+100 D+180 D+270 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice J 219Pré-Tx D+100 D+180 D+270 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura J.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2), pré epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificadousando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método deTCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número detranscritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases(eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice J 220Tabela J.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 ALSR (DM2), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+100 D+180 D+270 D+360FamíliaVBPré-TxD+100 D+180 D+270 D+360VB1 6aa 0,058 VB13 6aa 0,120VB1 7aa 0,193 0,183 0,191 0,083 VB13 7aa 0,257 0,510 0,279 0,417 0,183VB1 8aa 0,207 0,116 0,167 0,262 0,143 VB13 8aa 0,841 0,946 0,892 1,286 0,711VB1 9aa 0,312 1,252 2,239 1,304 0,959 VB13 9aa 0,981 0,552 0,413 0,944 0,301VB1 10aa 0,349 0,215 0,237 0,346 0,160 VB13 10aa 1,266 0,678 0,349 0,770 0,345VB1 11aa 0,197 0,296 0,706 0,493 0,391 VB13 11aa 0,626 2,987 2,106 1,846 2,090VB1 12aa 0,052 0,109 0,173 0,187 0,126 VB13 12aa 0,099VB1 13aa VB13 13aa 0,049VB1 Total 1,118 2,180 3,705 2,841 1,863 VB13 Total 4,240 5,673 4,038 5,262 3,630VB2 6aa 0,136 0,438 0,376 0,371 0,384 VB14 6aa 0,143 0,076 0,195 0,112VB2 7aa 0,400 0,145 0,198 0,408 0,405 VB14 7aa 0,112 0,111 0,033 0,175VB2 8aa 1,128 2,575 2,068 1,819 2,022 VB14 8aa 0,893 1,523 0,855 2,050 0,886VB2 9aa 1,124 0,695 0,667 1,521 1,512 VB14 9aa 0,973 1,768 0,897 2,208 0,995VB2 10aa 0,781 0,485 0,401 0,846 0,886 VB14 10aa 0,840 0,104 0,022 0,304VB2 11aa 0,276 0,395 0,244 0,545 0,474 VB14 11aa 0,382 0,115 0,064 0,237 0,138VB2 12aa 0,161 0,416 0,294 0,249 0,317 VB14 12aa 0,090 0,077 0,047VB2 13aa 0,055 0,142 0,074 0,095 0,118 VB14 13aa 0,058 0,060VB2 14aa 0,052 0,085 0,046 0,057 VB14 14aaVB2 Total 4,059 5,342 4,407 5,901 6,174 VB14 Total 3,348 3,764 1,946 5,305 2,177VB3 6aa 0,060 VB15 6aa 0,148 0,107 0,117 0,091 0,068VB3 7aa 0,235 0,110 0,296 0,252 0,195 VB15 7aa 0,399 1,059 0,908 0,422 0,534VB3 8aa 0,238 0,139 0,161 0,219 0,188 VB15 8aa 0,870 0,325 0,676 0,849 0,750VB3 9aa 0,547 0,145 0,119 0,382 0,219 VB15 9aa 1,060 0,143 0,143 0,370 0,335VB3 10aa 0,619 0,283 0,280 0,550 0,337 VB15 10aa 1,658 2,510 1,816 1,072 1,909VB3 11aa 1,370 1,829 1,859 1,685 1,320 VB15 11aa 0,655 0,193 0,236 0,304 0,171VB3 12aa 0,206 2,192 2,673 2,816 3,038 VB15 12aa 0,553 2,487 2,524 1,501 2,898VB3 13aa VB15 13aa 0,154 0,042 0,067 0,051VB3 Total 3,273 4,698 5,388 5,904 5,296 VB15 Total 5,497 6,824 6,462 4,676 6,716VB4 5aa 0,070 0,044 VB16 5aaVB4 6aa 0,223 0,089 0,081 0,154 0,069 VB16 6aa 0,070 0,172 0,295 0,183 0,132VB4 7aa 0,544 0,438 0,638 0,478 0,282 VB16 7aa 0,356 0,155 0,119 0,310 0,173VB4 8aa 1,001 2,187 4,508 2,979 2,096 VB16 8aa 1,320 0,680 1,507 1,092 1,402VB4 9aa 0,556 0,058 0,059 0,200 0,093 VB16 9aa 0,978 2,081 2,302 1,836 1,680VB4 10aa 0,235 0,097 0,191 0,107 VB16 10aa 1,450 1,447 1,748 1,987 1,705VB4 11aa 0,086 0,212 0,078 0,063 VB16 11aa 0,371 0,852 0,263 1,214 1,383VB4 12aa VB16 12aa 0,183 0,083 0,226 0,291 0,394VB4 13aa VB16 13aa 0,064 0,087 0,216 0,231VB4 14aa VB16 14aa 0,054 0,071VB4 15aa VB16 15aa 0,093VB4 Total 2,714 2,772 5,595 4,123 2,710 VB16 Total 4,791 5,556 6,460 7,276 7,172VB5 6aa 0,041 VB17 6aa 0,164 0,093 0,124 0,178 0,062VB5 7aa 0,082 0,210 0,173 0,108 0,189 VB17 7aa 0,466 0,430 0,315 0,345 0,201VB5 8aa 0,306 2,449 2,389 0,959 2,042 VB17 8aa 1,444 0,365 0,408 0,641 0,355


Apêndice J 221VB5 9aa 0,408 1,914 1,770 0,641 1,207 VB17 9aa 2,270 1,359 1,441 1,531 0,875VB5 10aa 0,455 0,523 0,783 0,363 0,697 VB17 10aa 2,222 2,176 2,456 2,894 1,983VB5 11aa 0,225 0,158 0,204 0,179 0,295 VB17 11aa 0,571 0,186 0,249 0,524 0,255VB5 12aa 0,060 0,052 0,051 0,071 VB17 12aa 0,321 0,233 0,311 0,261 0,140VB5 13aa 0,043 VB17 13aa 0,125 0,108 0,095 0,112 0,098VB5 Total 1,536 5,307 5,318 2,301 4,586 VB17 Total 7,584 4,951 5,399 6,486 3,969VB6 5aa VB18 5aa 0,041VB6 6aa 0,233 0,066 0,071 0,060 VB18 6aa 0,040 0,062 0,192VB6 7aa 0,735 0,483 0,646 0,505 0,372 VB18 7aa 0,116 0,246 0,296 0,470 0,546VB6 8aa 1,322 1,844 3,054 2,051 2,186 VB18 8aa 0,527 0,099 0,158 0,690 1,011VB6 9aa 4,015 3,002 3,792 3,141 2,497 VB18 9aa 2,338 0,690 0,949 1,522 1,328VB6 10aa 1,797 0,311 0,343 0,380 0,208 VB18 10aa 1,119 1,002 0,946 1,528 0,607VB6 11aa 1,665 1,728 2,789 1,133 1,245 VB18 11aa 0,746 0,555 0,564 0,790 0,874VB6 12aa 0,199 0,075 VB18 12aa 0,271 1,405 1,318 1,068 0,051VB6 13aa 0,172 0,156 0,111 VB18 13aa 0,058VB6 14aa 0,068 0,139 VB18 14aaVB6 Total 10,205 7,507 10,846 7,393 6,643 VB18 Total 5,175 3,996 4,271 6,129 4,650VB7 6aa VB19 6aa 0,708VB7 7aa 0,223 2,857 0,052 VB19 7aa 0,050 0,120VB7 8aa 0,326 1,036 0,073 VB19 8aa 0,052 0,438 0,516 0,256 0,603VB7 9aa 1,988 1,825 1,362 1,969 2,621 VB19 9aa 0,046 0,037 0,044 0,049 0,273VB7 10aa 1,902 0,290 1,006 1,026 VB19 10aa 0,088 0,667 0,529 0,266 0,099VB7 11aa 1,780 0,922 1,307 1,871 VB19 11aa 0,050 0,271 0,250 0,094VB7 12aa 0,391 0,045 VB19 12aa 0,045 0,062 0,055 0,116VB7 13aa 0,224 0,039 VB19 13aaVB7 14aa 0,053 VB19 14aaVB7 Total 6,886 5,718 2,573 4,491 5,518 VB19 Total 0,330 1,475 1,393 0,665 1,920VB8 6aa 0,085 VB20 6aa 0,066 0,536 0,553 0,183 0,245VB8 7aa 0,178 VB20 7aa 0,254 0,071 0,081 0,066 0,112VB8 8aa 0,353 0,084 VB20 8aa 0,712 0,855 0,639 0,370 0,443VB8 9aa 3,849 4,908 3,115 2,924 2,723 VB20 9aa 0,207 0,113 0,198 0,136 0,210VB8 10aa 0,101 VB20 10aa 0,159 0,070 0,073 0,065 0,092VB8 11aa 0,230 VB20 11aa 0,079 0,103 0,131VB8 12aaVB20 12aaVB8 13aa 0,116 0,233 VB20 13aaVB8 14aa VB20 14aa 0,065VB8 15aaVB20 15aaVB8 16aa VB20 16aa 0,102VB8 Total 4,912 5,225 3,115 2,924 2,723 VB20 Total 1,398 1,813 1,623 0,924 1,234VB9 6aa VB21 6aa 0,061 0,083VB9 7aa 0,422 0,821 0,432 0,791 0,626 VB21 7aa 0,236 0,137 0,138 0,090 0,120VB9 8aa 0,622 0,190 0,078 0,347 0,214 VB21 8aa 0,628 0,134 0,064 0,153 0,189VB9 9aa 2,024 0,602 0,269 0,692 0,394 VB21 9aa 0,732 0,706 0,807 0,533 1,016VB9 10aa 2,269 1,606 1,146 1,973 1,730 VB21 10aa 1,819 1,703 2,027 0,875 1,768VB9 11aa 0,562 0,095 0,132 0,112 VB21 11aa 0,368 0,253 0,310 0,204 0,270VB9 12aa 0,315 0,252 0,133 0,274 0,197 VB21 12aa 0,585 1,820 2,363 1,456 3,346VB9 13aa 0,148 0,074 0,044 VB21 13aa 0,061VB9 14aa 0,121 VB21 14aaVB9 Total 6,483 3,565 2,058 4,282 3,317 VB21 Total 4,490 4,752 5,709 3,312 6,792


Apêndice J 222VB10 5aa VB22 5aa 0,056 0,050 0,065 0,050VB10 6aa 0,097 0,079 VB22 6aa 0,405 0,057 0,321 0,364 0,268VB10 7aa 0,233 0,123 0,412 VB22 7aa 0,797 0,140 0,756 0,840 0,535VB10 8aa 0,324 0,331 0,154 0,694 VB22 8aa 1,390 0,151 1,276 1,354 1,278VB10 9aa 0,419 0,432 0,187 0,939 VB22 9aa 2,088 0,362 2,030 1,688 1,446VB10 10aa 0,687 1,527 0,597 0,715 1,696 VB22 10aa 1,890 0,318 1,516 1,425 1,279VB10 11aa 0,402 0,498 0,082 0,382 0,536 VB22 11aa 0,335 0,080 0,455 0,548 0,434VB10 12aa 0,430 0,496 0,123 0,545 1,695 VB22 12aa 0,278 0,035 0,161 0,225 0,126VB10 13aa 0,105 0,135 0,130 VB22 13aa 0,047 0,023 0,076 0,075 0,062VB10 14aa 1,020 0,392 0,203 1,138 VB22 14aaVB10 15aa 0,074 VB22 15aaVB10 Total 2,770 4,948 1,194 2,317 7,109 VB22 Total 7,286 1,166 6,643 6,583 5,479VB11 6aa 0,094 VB23 6aa 0,050VB11 7aa 1,332 0,884 1,475 1,320 0,537 VB23 7aa 0,342 0,117 0,167 0,163VB11 8aa 0,900 0,385 0,058 0,234 0,097 VB23 8aa 1,081 0,790 0,676 0,734 1,214VB11 9aa 0,321 1,285 0,627 0,786 0,320 VB23 9aa 1,348 5,498 5,918 3,126 4,138VB11 10aa 0,538 0,271 0,153 0,489 0,204 VB23 10aa 1,300 0,050 0,327 0,443VB11 11aa 0,390 1,069 0,304 0,385 0,251 VB23 11aa 1,196 0,676 0,812 0,421 0,512VB11 12aa 0,127 0,170 0,054 VB23 12aa 0,250VB11 13aa 0,120 0,113 VB23 13aa 0,180VB11 14aa VB23 14aa 0,089VB11 Total 3,728 3,988 2,616 3,498 1,463 VB23 Total 5,787 7,131 7,407 4,775 6,520VB12 6aa 0,049 0,037 VB24 6aa 0,002VB12 7aa 0,150 0,079 0,205 0,195 VB24 7aa 0,008 0,004 0,005VB12 8aa 0,522 0,097 0,157 0,388 0,267 VB24 8aa 0,013 0,015 0,013 0,008VB12 9aa 0,840 1,408 1,212 1,101 0,860 VB24 9aa 0,026 0,048 0,038 0,035VB12 10aa 0,486 0,063 0,395 0,421 VB24 10aa 0,039 0,025 0,122 0,070 0,057VB12 11aa 0,152 0,048 0,188 0,221 VB24 11aa 0,013 0,107 0,005 0,031 0,008VB12 12aa 0,065 0,053 0,091 VB24 12aa 0,009 0,005 0,005VB12 13aa 0,059 0,084 0,087 0,132 VB24 13aa 0,002 0,011 0,006 0,004VB12 Total 2,274 1,506 1,642 2,464 2,222 VB24 Total 0,113 0,143 0,193 0,168 0,118


Apêndice K 223Apêndice K - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 WSL (DM3), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+100 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12- -


Apêndice K 224Pré-Tx D+100 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura K.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 WSL (DM3), pré epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificadousando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método deTCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número detranscritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases(eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice K 225Tabela K.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito WSL (DM3), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+100 D+360FamíliaVBPré-TxD+100 D+360VB1 7aa 0,099 0,246 0,031 VB13 7aa 0,765 3,334 1,248VB1 8aa 0,325 0,160 0,356 VB13 8aa 0,079 0,095 0,063VB1 9aa 0,986 0,490 0,131 VB13 9aa 0,204 0,663 0,300VB1 10aa 0,826 0,462 1,182 VB13 10aa 0,479 2,698 0,819VB1 11aa 0,413 0,175 0,109 VB13 11aa 0,095 0,054VB1 12aa 2,597 2,914 1,491 VB13 12aa 0,056VB1 Total 5,245 4,446 3,300 VB13 Total 1,678 6,789 2,485VB2 5aa 0,018 0,025 VB14 5aaVB2 6aa 0,103 0,064 0,158 VB14 6aa 0,036 0,013VB2 7aa 0,568 0,433 0,571 VB14 7aa 0,074 0,025VB2 8aa 0,584 0,558 0,958 VB14 8aa 0,291 1,357 0,448VB2 9aa 0,990 1,037 1,250 VB14 9aa 0,375 1,419 0,498VB2 10aa 0,588 1,166 1,234 VB14 10aa 0,141 1,216 0,756VB2 11aa 0,500 1,701 0,716 VB14 11aa 0,073 0,374 0,938VB2 12aa 0,066 0,032 0,121 VB14 12aa 0,028 0,050 0,014VB2 13aa 0,222 0,033 0,066 VB14 13aa 0,052 0,021VB2 14aa VB14 14aa 0,044VB2 Total 3,638 5,025 5,100 VB14 Total 0,908 4,621 2,713VB3 6aa 0,078 0,239 0,073 VB15 6aa 0,041 0,019VB3 7aa 0,050 0,613 0,107 VB15 7aa 0,068 0,076VB3 8aa 2,580 3,675 4,966 VB15 8aa 0,796 1,720 0,093VB3 9aa 0,162 0,022 VB15 9aa 0,361 0,823 0,044VB3 10aa 0,323 0,361 0,169 VB15 10aa 0,290 0,388 0,057VB3 11aa 0,183 0,095 VB15 11aa 3,791 2,244 0,101VB3 12aa 0,040 VB15 12aaVB3 13aa 0,033 VB15 13aaVB3 Total 3,450 5,005 5,315 VB15 Total 5,347 5,270 0,296VB4 5aa 0,044 0,031 0,040 VB16 5aaVB4 6aa 0,700 0,701 0,441 VB16 6aa 0,045 0,120VB4 7aa 0,367 1,280 0,724 VB16 7aa 3,031 3,244 3,917VB4 8aa 0,792 0,237 0,973 VB16 8aa 0,526 0,114 0,225VB4 9aa 0,594 0,911 0,637 VB16 9aa 0,272 0,065VB4 10aa 0,288 0,096 0,217 VB16 10aa 0,251 0,031 0,170VB4 11aa 0,627 0,431 0,293 VB16 11aa 0,266 0,150 0,181VB4 12aa 0,023 0,027 VB16 12aa 0,072 0,032 0,030VB4 13aa 0,017 VB16 13aa 0,161 0,060VB4 14aa 0,016 VB16 14aaVB4 Total 3,468 3,687 3,353 VB16 Total 4,651 3,617 4,767VB5 5aa VB17 5aa 0,029VB5 6aa 0,080 0,040 0,072 VB17 6aa 0,056 0,125 0,096VB5 7aa 0,315 0,308 0,318 VB17 7aa 0,321 0,703 0,700VB5 8aa 0,892 1,993 1,673 VB17 8aa 1,340 1,545 1,374VB5 9aa 1,635 0,751 1,262 VB17 9aa 0,958 0,853 1,341VB5 10aa 2,305 1,711 1,961 VB17 10aa 0,858 0,792 1,361


Apêndice K 226VB5 11aa 0,929 0,436 0,521 VB17 11aa 0,464 0,345 0,452VB5 12aa 0,795 0,175 0,287 VB17 12aa 0,107 0,083 0,179VB5 13aa 0,080 0,060 0,103 VB17 13aa 0,040 0,021 0,084VB5 14aa 0,239 0,265 0,196 VB17 14aa 0,016VB5 15aa VB17 15aa 0,011VB5 Total 7,271 5,739 6,392 VB17 Total 4,146 4,466 5,642VB6 5aa 0,092 0,026 VB18 5aa 1,507 0,748 0,388VB6 6aa 0,159 0,146 0,084 VB18 6aa 0,022VB6 7aa 0,540 0,304 0,224 VB18 7aa 0,160 0,081VB6 8aa 1,450 1,075 0,906 VB18 8aa 0,614 1,000 0,916VB6 9aa 2,261 1,547 1,718 VB18 9aa 0,598 0,275 0,728VB6 10aa 2,253 1,354 1,174 VB18 10aa 1,531 2,457 1,841VB6 11aa 1,034 0,771 0,689 VB18 11aa 0,558 0,116 0,536VB6 12aa 1,888 0,262 0,142 VB18 12aa 0,172 0,333 0,206VB6 13aa 0,031 0,043 VB18 13aa 0,168 0,037 0,157VB6 14aa 0,101 0,036 VB18 14aaVB6 Total 9,716 5,630 4,963 VB18 Total 5,308 4,965 4,873VB7 6aa 0,022 VB19 6aaVB7 7aa 0,026 0,042 VB19 7aaVB7 8aa 0,324 0,206 0,280 VB19 8aaVB7 9aa 0,596 1,275 1,190 VB19 9aa 0,174VB7 10aa 1,095 0,471 1,104 VB19 10aa 3,338 3,874 4,962VB7 11aa 1,490 1,559 1,222 VB19 11aaVB7 12aa 0,420 0,082 0,246 VB19 12aaVB7 13aa 0,190 0,165 0,235 VB19 13aaVB7 14aa 0,227 0,067 0,150 VB19 14aa 1,363 0,200 0,302VB7 15aa 0,045 VB19 15aaVB7 Total 4,435 3,824 4,469 VB19 Total 4,702 4,074 5,438VB8 5aa 0,024 VB20 5aa 0,115VB8 6aa 0,098 0,039 0,041 VB20 6aa 0,066 0,071VB8 7aa 0,296 0,149 0,132 VB20 7aa 1,520 1,155 1,357VB8 8aa 0,662 0,927 0,501 VB20 8aa 0,109 0,139 0,173VB8 9aa 0,834 1,348 0,918 VB20 9aa 1,914 2,534 2,765VB8 10aa 0,608 0,115 0,285 VB20 10aaVB8 11aa 0,244 0,144 0,145 VB20 11aaVB8 12aa 0,135 0,141 0,061 VB20 12aaVB8 13aa 0,117 0,033 0,059 VB20 13aa 0,069 0,060VB8 14aa 0,095 0,641 VB20 14aa 0,044VB8 15aa 0,160 VB20 15aa 0,249 0,117 0,092VB8 Total 3,113 3,537 2,301 VB20 Total 3,973 4,059 4,518VB9 6aa 0,037 0,041 VB21 6aa 0,047 0,071 0,036VB9 7aa 0,157 0,134 0,270 VB21 7aa 0,529 1,888 1,491VB9 8aa 1,477 0,679 1,112 VB21 8aa 0,453 1,339 1,106VB9 9aa 1,155 1,339 1,265 VB21 9aa 1,751 1,017 1,386VB9 10aa 1,554 1,307 1,846 VB21 10aa 1,063 1,240 1,384VB9 11aa 0,840 0,350 0,523 VB21 11aa 0,465 0,342 0,582VB9 12aa 0,622 0,552 0,448 VB21 12aa 0,261 0,209 0,219VB9 13aa 0,115 0,071 0,089 VB21 13aa 0,087 0,031 0,106VB9 14aa 0,042 0,742 0,359 VB21 14aa 0,068 0,097VB9 15aa 0,034 VB21 15aa 0,112


Apêndice K 227VB9 Total 6,032 5,175 5,954 VB21 Total 4,836 6,138 6,408VB10 5aa VB22 5aa 0,042VB10 6aa 0,026 VB22 6aa 0,240 0,139VB10 7aa 0,041 VB22 7aa 0,472 0,095 0,194VB10 8aa 0,116 0,107 0,088 VB22 8aa 1,463 3,102 3,158VB10 9aa 0,164 0,231 0,175 VB22 9aa 1,181 0,086 0,366VB10 10aa 1,334 2,682 2,264 VB22 10aa 1,324 0,304 0,637VB10 11aa 0,159 0,110 0,240 VB22 11aa 0,910 0,593 0,579VB10 12aa 0,130 0,312 0,121 VB22 12aa 0,257 0,042VB10 13aa 0,116 0,568 0,219 VB22 13aa 0,047 0,024VB10 14aa 0,887 0,203 VB22 14aaVB10 Total 2,973 4,212 3,108 VB22 Total 5,936 4,180 5,140VB11 6aa 0,255 0,318 0,548 VB23 6aa 0,023VB11 7aa 0,365 0,178 VB23 7aa 0,116 0,416 0,184VB11 8aa 0,743 0,077 0,384 VB23 8aa 0,391 0,043 0,163VB11 9aa 1,244 0,114 0,873 VB23 9aa 0,927 0,304 0,126VB11 10aa 0,728 0,143 1,009 VB23 10aa 2,567 3,507 5,230VB11 11aa 0,431 0,022 0,408 VB23 11aa 0,205 0,428VB11 12aa 0,337 0,010 0,195 VB23 12aa 0,370 0,241VB11 13aa 0,172 0,018 0,029 VB23 13aa 0,029VB11 14aa 0,069 0,012 0,253 VB23 14aa 0,048VB11 15aa 0,026 VB23 15aaVB11 Total 4,369 0,714 3,879 VB23 Total 4,677 4,698 5,945VB12 6aa 0,075 VB24 6aa 0,005 0,019VB12 7aa 0,373 VB24 7aa 0,005 0,004 0,007VB12 8aa 0,628 VB24 8aa 0,063 0,045 0,423VB12 9aa 0,901 VB24 9aa 0,011 0,005 0,018VB12 10aa 0,682 VB24 10aa 0,023 0,028 0,066VB12 11aa 0,194 VB24 11aa 0,011 0,015 0,032VB12 12aa 0,099 VB24 12aa 0,006 0,008 0,023VB12 13aa 0,091 VB24 13aa 0,003 0,002 0,004VB12 14aa VB24 14aa 0,003 0,020 0,008VB12 Total 0,000 0,000 3,042 VB24 Total 0,130 0,127 0,599


Apêndice L 228Apêndice L - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice L 229Pré-Tx D+180 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura L.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4), pré epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificadousando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método deTCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número detranscritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases(eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice L 230Tabela L.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 MGB (DM4), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+180 D+360FamíliaVBPré-TxD+180 D+360VB1 6aa 0,031 VB13 6aa 0,054 0,050 0,047VB1 7aa 0,101 0,227 VB13 7aa 0,220 0,049 0,105VB1 8aa 0,881 0,311 1,304 VB13 8aa 0,867 0,632 0,732VB1 9aa 0,937 0,053 0,694 VB13 9aa 1,082 0,465 0,756VB1 10aa 1,376 1,101 2,711 VB13 10aa 1,913 3,063 3,174VB1 11aa 0,856 0,067 0,649 VB13 11aa 0,837 0,045 0,295VB1 12aa 0,292 0,030 0,099 VB13 12aa 0,056VB1 13aa 0,055 VB13 13aaVB1 14aa 0,024 VB13 14aaVB1 15aa 0,023 VB13 15aaVB1 Total 4,576 1,562 5,683 VB13 Total 5,028 4,303 5,110VB2 5aa 0,034 0,028 VB14 5aaVB2 6aa 0,149 0,073 0,159 VB14 6aa 0,247 0,082VB2 7aa 0,318 0,169 0,430 VB14 7aa 0,019 0,022 0,106VB2 8aa 0,659 0,523 0,843 VB14 8aa 0,334 2,170 1,334VB2 9aa 1,304 0,866 1,592 VB14 9aa 0,132 0,505 0,526VB2 10aa 1,131 1,110 2,964 VB14 10aa 0,145 0,514 0,598VB2 11aa 0,825 0,661 0,857 VB14 11aa 0,069 0,234 0,491VB2 12aa 0,144 0,080 0,132 VB14 12aa 0,037 0,058 0,116VB2 13aa 0,050 0,030 0,068 VB14 13aa 0,013 0,048 0,036VB2 14aa 0,025 0,047 VB14 14aa 0,031VB2 15aa 0,024 VB14 15aaVB2 Total 4,639 3,584 7,072 VB14 Total 0,749 3,798 3,319VB3 6aa 0,458 0,602 0,839 VB15 6aa 0,040 0,163 0,071VB3 7aa 0,218 0,046 0,151 VB15 7aa 0,180 0,064 0,087VB3 8aa 0,238 0,112 0,594 VB15 8aa 0,408 0,195 0,202VB3 9aa 3,519 2,852 5,337 VB15 9aa 0,327 0,826 0,616VB3 10aa 1,188 0,618 1,090 VB15 10aa 0,636 1,966 0,850VB3 11aa 0,346 0,060 0,240 VB15 11aa 0,787 0,408 1,137VB3 12aa 0,157 0,125 0,237 VB15 12aa 0,444 3,241 1,044VB3 13aa 0,097 0,056 VB15 13aa 0,057 0,029VB3 14aa 0,029 0,059 VB15 14aa 0,031VB3 15aa VB15 15aa 0,044VB3 Total 6,250 4,414 8,602 VB15 Total 2,956 6,863 4,037VB4 5aa 0,163 0,056 0,145 VB16 5aaVB4 6aa 0,351 0,209 0,464 VB16 6aa 0,082VB4 7aa 0,623 0,447 0,756 VB16 7aa 0,485 0,804 0,394VB4 8aa 1,178 0,617 2,034 VB16 8aa 0,924 2,117 1,016VB4 9aa 1,047 0,574 3,470 VB16 9aa 0,842 1,048 0,760VB4 10aa 0,374 0,219 0,517 VB16 10aa 2,355 1,930 1,842VB4 11aa 0,100 0,077 0,171 VB16 11aa 0,439 0,287 0,443VB4 12aa 0,079 0,032 0,083 VB16 12aa 0,257 0,151 0,124VB4 13aa 0,045 0,347 0,247 VB16 13aa 0,061 0,055 0,081VB4 14aa VB16 14aa 0,039 0,122 0,036


Apêndice L 231VB4 15aa VB16 15aa 0,043 0,070VB4 Total 3,961 2,577 7,886 VB16 Total 5,528 6,513 4,765VB5 6aa 0,054 0,043 0,209 VB17 6aa 0,197 0,132VB5 7aa 0,857 1,801 1,379 VB17 7aa 0,378 0,329 0,279VB5 8aa 0,316 0,430 0,607 VB17 8aa 0,823 0,654 0,538VB5 9aa 0,695 0,859 1,308 VB17 9aa 1,302 1,829 1,274VB5 10aa 0,761 1,881 2,056 VB17 10aa 1,363 2,214 1,301VB5 11aa 0,330 0,690 0,674 VB17 11aa 0,625 0,266 0,356VB5 12aa 0,128 0,119 0,272 VB17 12aa 0,233 0,559 0,297VB5 13aa 0,045 0,094 0,089 VB17 13aa 0,086 0,048VB5 14aa 0,023 0,054 0,052 VB17 14aa 0,116 0,327VB5 Total 3,210 5,972 6,646 VB17 Total 5,123 5,852 4,551VB6 5aa 0,101 VB18 5aaVB6 6aa 0,340 0,303 0,207 VB18 6aa 0,116 0,133 0,051VB6 7aa 0,302 0,751 0,615 VB18 7aa 0,304 0,127 0,197VB6 8aa 0,806 0,423 1,358 VB18 8aa 0,840 0,438 0,688VB6 9aa 1,791 0,497 2,439 VB18 9aa 1,778 0,870 0,684VB6 10aa 1,766 1,982 2,059 VB18 10aa 1,786 2,253 1,060VB6 11aa 0,705 0,336 1,079 VB18 11aa 0,861 0,270 0,967VB6 12aa 0,468 1,614 1,397 VB18 12aa 0,478 0,286 0,101VB6 13aa 0,050 0,055 VB18 13aa 0,179 0,264 0,043VB6 14aa 0,227 0,152 0,383 VB18 14aa 0,064 0,022 0,024VB6 Total 6,456 6,158 9,593 VB18 Total 6,408 4,663 3,814VB7 5aa VB19 5aa 0,080 0,095VB7 6aa VB19 6aa 0,053 0,056VB7 7aa 0,085 0,027 VB19 7aa 0,025 0,307 0,189VB7 8aa 0,299 0,041 0,071 VB19 8aa 0,026 0,045VB7 9aa 0,404 0,030 0,085 VB19 9aa 0,054 0,034 0,067VB7 10aa 0,972 1,638 1,880 VB19 10aa 0,144 0,474 0,130VB7 11aa 0,430 0,032 0,121 VB19 11aa 0,171 0,029 0,072VB7 12aa 0,790 0,474 1,089 VB19 12aa 0,074 0,082 0,143VB7 13aa 0,121 VB19 13aa 0,038 0,084VB7 14aa 0,067 VB19 14aa 0,067 0,127 0,031VB7 15aa VB19 15aa 0,050VB7 Total 3,167 2,215 3,274 VB19 Total 0,599 1,268 0,878VB8 5aa 0,028 VB20 5aaVB8 6aa 0,778 0,163 0,469 VB20 6aa 0,085 0,064 0,031VB8 7aa 0,132 0,318 0,109 VB20 7aa 0,151 0,243 0,152VB8 8aa 0,504 0,832 0,837 VB20 8aa 0,463 0,383 0,281VB8 9aa 0,844 1,182 0,965 VB20 9aa 0,375 0,275 0,390VB8 10aa 0,490 0,776 0,324 VB20 10aa 0,258 0,695 0,303VB8 11aa 0,277 0,211 0,264 VB20 11aa 0,115 0,034VB8 12aa 0,364 0,089 0,097 VB20 12aa 0,032 0,070VB8 13aa 0,020 VB20 13aa 0,031 0,026VB8 14aa 0,132 VB20 14aa 0,027VB8 15aa VB20 15aa 0,035VB8 16aa VB20 16aa 0,092VB8 Total 3,435 3,703 3,065 VB20 Total 1,662 1,792 1,157VB9 6aa 0,056 0,041 VB21 6aa 0,100 0,169 0,072


Apêndice L 232VB9 7aa 0,234 0,363 0,122 VB21 7aa 0,367 0,087 0,145VB9 8aa 0,362 1,031 0,469 VB21 8aa 0,764 0,342 0,409VB9 9aa 2,121 2,504 1,100 VB21 9aa 0,854 0,490 0,435VB9 10aa 1,041 1,779 1,000 VB21 10aa 2,328 2,094 1,272VB9 11aa 0,779 0,620 0,526 VB21 11aa 1,113 1,569 1,479VB9 12aa 0,310 0,350 0,123 VB21 12aa 0,423 0,131 0,106VB9 13aa 0,052 0,076 VB21 13aa 0,173 0,070 0,035VB9 14aa 0,154 0,931 0,249 VB21 14aa 0,168 0,175 0,067VB9 15aa VB21 15aa 0,034VB9 Total 5,110 7,654 3,629 VB21 Total 6,324 5,126 4,020VB10 5aa VB22 5aa 0,060 0,028 0,215VB10 6aa 0,081 0,299 VB22 6aa 0,254 0,142 0,117VB10 7aa 0,166 0,059 VB22 7aa 0,687 0,188 0,389VB10 8aa 0,216 0,158 VB22 8aa 1,820 0,757 0,347VB10 9aa 0,483 3,721 1,489 VB22 9aa 2,297 0,815 1,463VB10 10aa 0,835 0,100 VB22 10aa 1,421 1,859 0,503VB10 11aa 0,336 0,336 VB22 11aa 2,161 1,392 0,975VB10 12aa 0,182 VB22 12aa 0,115 0,107VB10 13aa 0,119 VB22 13aa 0,094 0,017VB10 14aa 0,027 VB22 14aa 0,046 0,035VB10 15aa 0,163 VB22 15aa 0,042VB10 Total 2,606 3,721 2,440 VB22 Total 8,998 5,338 4,010VB11 6aa 0,122 VB23 6aa 0,165 0,170VB11 7aa 0,261 0,065 VB23 7aa 0,274 0,059 0,066VB11 8aa 0,681 0,107 VB23 8aa 0,855 0,420 0,196VB11 9aa 1,290 4,538 1,321 VB23 9aa 1,660 1,566 0,545VB11 10aa 0,941 0,065 VB23 10aa 1,575 2,037 0,867VB11 11aa 0,333 0,086 VB23 11aa 0,560 1,154 0,380VB11 12aa 0,316 0,030 VB23 12aa 0,325 0,083 0,014VB11 13aa 0,105 0,057 VB23 13aa 0,174 0,064 0,039VB11 14aa 0,032 VB23 14aa 0,041VB11 15aa 0,026 VB23 15aaVB11 Total 4,108 4,538 1,731 VB23 Total 5,627 5,382 2,277VB12 5aa 0,096 VB24 5aaVB12 6aa 0,066 0,108 0,073 VB24 6aa 0,007 0,016VB12 7aa 0,494 0,134 0,037 VB24 7aa 0,003 0,031 0,018VB12 8aa 0,270 0,645 0,389 VB24 8aa 0,007 0,011 0,016VB12 9aa 1,156 0,998 0,907 VB24 9aa 0,014 0,022 0,034VB12 10aa 0,922 0,730 0,512 VB24 10aa 0,026 0,041 0,054VB12 11aa 0,100 0,068 0,085 VB24 11aa 0,018 0,125 0,238VB12 12aa 0,178 0,023 VB24 12aa 0,007 0,017 0,007VB12 13aa 0,084 0,041 0,021 VB24 13aa 0,005 0,009 0,003VB12 14aa 0,027 VB24 14aa 0,004 0,018 0,005VB12 Total 3,394 2,724 2,047 VB24 Total 0,085 0,281 0,392


Apêndice M 233Apêndice M - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 RLFS (DM5), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 Pré-Tx D+180VB1VB13VB2VB14VB3VB15VB4VB16VB5VB17VB6VB18VB7VB19VB8VB20VB9VB21VB10VB22VB11VB23VB12VB24Figura M.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 RFLS (DM5), pré epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificadousando primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de


Apêndice M 234TCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número detranscritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases(eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela M.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> diabet<strong>em</strong>elito do tipo 1 RLFS (DM5), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+360FamíliaVBPré-TxD+360VB1 5aa VB13 5aa 0,020VB1 6aa 0,038 0,021 VB13 6aa 0,078 0,049VB1 7aa 0,214 0,288 VB13 7aa 0,319 0,258VB1 8aa 0,276 0,058 VB13 8aa 1,212 0,710VB1 9aa 1,701 2,054 VB13 9aa 1,400 0,584VB1 10aa 1,191 0,680 VB13 10aa 1,674 1,891VB1 11aa 0,150 0,071 VB13 11aa 0,652 0,276VB1 12aa 0,127 0,016 VB13 12aa 0,173 0,143VB1 13aa 0,134 0,521 VB13 13aa 0,092 0,060VB1 14aa VB13 14aa 0,024VB1 Total 3,831 3,709 VB13 Total 5,624 3,992VB2 4aa 0,107 0,046 VB14 4aaVB2 5aa 0,057 0,037 VB14 5aaVB2 6aa 0,169 0,274 VB14 6aa 0,072 0,053VB2 7aa 0,570 0,534 VB14 7aa 0,127 0,614VB2 8aa 1,112 1,365 VB14 8aa 0,571 0,816VB2 9aa 1,328 1,084 VB14 9aa 0,823 0,860VB2 10aa 0,979 0,966 VB14 10aa 0,471 0,936VB2 11aa 0,495 0,548 VB14 11aa 0,207 0,186VB2 12aa 0,168 0,300 VB14 12aa 0,111 0,157VB2 13aa 0,072 0,055 VB14 13aa 0,041 0,059VB2 14aa 0,025 0,028 VB14 14aa 0,021VB2 Total 5,082 5,235 VB14 Total 2,423 3,703VB3 6aa 0,135 0,070 VB15 6aa 0,033VB3 7aa 0,413 0,435 VB15 7aa 0,098 1,764VB3 8aa 0,900 0,617 VB15 8aa 0,600 0,553VB3 9aa 1,261 1,404 VB15 9aa 0,373 0,611VB3 10aa 1,009 1,335 VB15 10aa 0,780 0,739VB3 11aa 0,596 0,561 VB15 11aa 0,184 0,269VB3 12aa 0,155 0,245 VB15 12aa 0,053 0,134VB3 13aa 0,038 0,042 VB15 13aa 0,073 0,246VB3 14aa 0,026 VB15 14aa 0,050VB3 Total 4,534 4,709 VB15 Total 2,193 4,365VB4 4aa 0,024 VB16 4aaVB4 5aa 0,081 0,061 VB16 5aaVB4 6aa 0,361 0,296 VB16 6aa 0,098 1,244VB4 7aa 0,688 0,711 VB16 7aa 0,237 0,187VB4 8aa 1,011 0,726 VB16 8aa 0,890 0,802VB4 9aa 0,907 0,894 VB16 9aa 0,936 0,887VB4 10aa 0,329 0,326 VB16 10aa 1,051 0,860VB4 11aa 0,140 0,101 VB16 11aa 0,588 1,420VB4 12aa 0,091 0,093 VB16 12aa 0,271 0,183


Apêndice M 235VB4 13aa 0,020 VB16 13aa 0,142 0,068VB4 14aa VB16 14aa 0,051 0,032VB4 15aa VB16 15aa 0,108VB4 Total 3,631 3,228 VB16 Total 4,264 5,790VB5 4aa 0,049 0,037 VB17 4aaVB5 5aa 0,019 0,016 VB17 5aa 0,047 0,027VB5 6aa 0,138 0,114 VB17 6aa 0,173 0,327VB5 7aa 0,362 0,201 VB17 7aa 0,470 0,384VB5 8aa 1,107 0,688 VB17 8aa 1,114 1,567VB5 9aa 1,631 0,991 VB17 9aa 1,165 1,305VB5 10aa 1,911 0,861 VB17 10aa 1,095 1,147VB5 11aa 0,834 1,370 VB17 11aa 0,502 0,655VB5 12aa 0,436 0,102 VB17 12aa 0,211 0,208VB5 13aa 0,191 0,836 VB17 13aa 0,056 0,090VB5 14aa 0,045 VB17 14aa 0,046 0,112VB5 15aa 0,033 VB17 15aaVB5 Total 6,756 5,215 VB17 Total 4,877 5,823VB6 6aa 0,100 0,107 VB18 6aa 0,118 0,427VB6 7aa 0,312 0,386 VB18 7aa 0,136 0,174VB6 8aa 1,022 0,917 VB18 8aa 0,749 0,493VB6 9aa 1,290 2,544 VB18 9aa 0,592 0,495VB6 10aa 1,259 1,712 VB18 10aa 1,873 1,361VB6 11aa 0,641 1,213 VB18 11aa 0,494 0,361VB6 12aa 0,207 0,167 VB18 12aa 0,138 0,249VB6 13aa 0,082 0,145 VB18 13aa 0,112 0,109VB6 14aa 0,031 0,020 VB18 14aa 0,025VB6 Total 4,944 7,212 VB18 Total 4,210 3,693VB7 6aa 0,028 0,206 VB19 6aa 0,035VB7 7aa 0,087 0,045 VB19 7aa 0,016 0,062VB7 8aa 0,201 0,256 VB19 8aa 0,161 0,143VB7 9aa 0,594 0,287 VB19 9aa 0,518 0,682VB7 10aa 0,973 0,836 VB19 10aa 0,337 0,101VB7 11aa 0,650 0,670 VB19 11aa 0,075 0,113VB7 12aa 0,425 0,139 VB19 12aa 0,472 0,022VB7 13aa 0,103 0,240 VB19 13aa 0,107VB7 14aa 0,048 0,019 VB19 14aa 0,035VB7 15aa 0,031 VB19 15aa 0,133VB7 Total 3,108 2,729 VB19 Total 1,889 1,123VB8 5aa 0,017 0,073 VB20 5aa 0,117VB8 6aa 0,103 0,191 VB20 6aa 0,481 0,116VB8 7aa 0,241 0,450 VB20 7aa 0,819 0,134VB8 8aa 0,850 1,040 VB20 8aa 2,044 0,258VB8 9aa 0,671 1,137 VB20 9aa 2,076 1,050VB8 10aa 0,629 1,027 VB20 10aa 1,248 0,162VB8 11aa 0,199 0,428 VB20 11aa 0,487 0,047VB8 12aa 0,091 0,119 VB20 12aa 0,185 0,013VB8 13aa 0,040 0,107 VB20 13aa 0,235 0,030VB8 14aa 0,030 VB20 14aa 0,124VB8 15aa 0,029 VB20 15aa 0,179VB8 16aa VB20 16aa 0,540


Apêndice M 236VB8 Total 2,841 4,632 VB20 Total 8,536 1,810VB9 5aa 0,034 VB21 5aa 0,024VB9 6aa 0,335 VB21 6aa 0,214 0,075VB9 7aa 0,056 0,245 VB21 7aa 0,433 0,172VB9 8aa 0,139 0,712 VB21 8aa 0,956 1,044VB9 9aa 0,262 1,188 VB21 9aa 1,530 1,069VB9 10aa 0,233 1,390 VB21 10aa 1,505 1,608VB9 11aa 0,138 0,759 VB21 11aa 0,850 0,598VB9 12aa 0,058 0,590 VB21 12aa 0,314 0,400VB9 13aa 0,032 0,111 VB21 13aa 0,217 0,387VB9 14aa 0,040 VB21 14aa 0,064VB9 15aa VB21 15aa 0,026VB9 Total 0,919 5,406 VB21 Total 6,134 5,352VB10 5aa VB22 5aa 0,054 0,055VB10 6aa 0,085 VB22 6aa 0,231 0,112VB10 7aa 0,116 0,188 VB22 7aa 0,445 0,452VB10 8aa 0,254 0,464 VB22 8aa 1,529 2,016VB10 9aa 0,331 0,460 VB22 9aa 1,664 1,039VB10 10aa 0,381 0,666 VB22 10aa 1,142 0,828VB10 11aa 0,441 0,253 VB22 11aa 0,356 0,345VB10 12aa 0,228 0,124 VB22 12aa 0,173 0,080VB10 13aa 0,117 0,455 VB22 13aa 1,251 2,543VB10 14aa 0,108 0,389 VB22 14aaVB10 Total 2,061 3,000 VB22 Total 6,844 7,470VB11 5aa 0,044 VB23 5aaVB11 6aa 0,491 0,054 VB23 6aa 0,071 0,180VB11 7aa 0,435 0,125 VB23 7aa 0,323 0,254VB11 8aa 0,838 0,330 VB23 8aa 0,872 0,788VB11 9aa 1,420 0,241 VB23 9aa 1,608 1,921VB11 10aa 1,559 3,120 VB23 10aa 1,073 1,556VB11 11aa 1,132 0,027 VB23 11aa 1,529 0,752VB11 12aa 0,355 0,132 VB23 12aa 0,229 0,241VB11 13aa 0,368 VB23 13aa 0,058 0,577VB11 14aa 0,268 VB23 14aa 0,159VB11 15aa 0,085 VB23 15aaVB11 16aa 0,068 VB23 16aaVB11 Total 7,064 4,028 VB23 Total 5,922 6,268VB12 6aa 0,042 0,016 VB24 6aa 0,003VB12 7aa 0,129 0,168 VB24 7aa 0,002 0,009VB12 8aa 0,438 0,194 VB24 8aa 0,007 0,025VB12 9aa 0,753 0,537 VB24 9aa 0,010 0,043VB12 10aa 0,464 0,207 VB24 10aa 0,015 0,062VB12 11aa 0,315 VB24 11aa 0,008 0,043VB12 12aa 0,050 0,058 VB24 12aa 0,004 0,010VB12 13aa 0,072 0,123 VB24 13aa 0,003 0,008VB12 14aa VB24 14aa 0,002VB12 15aa VB24 15aa 0,001VB12 Total 2,264 1,304 VB24 Total 0,050 0,204


Apêndice N 237Apêndice N - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (EM1), pré- e pós-TACTH.D+480 D+720 D+1020VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice N 238D+480 D+720 D+1020VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura N.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (EM1), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice N 239Tabela N.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla GG (EM1), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBD+480 D+720 D+1020FamíliaVBD+480 D+720 D+1020VB1 6aa VB13 6aa 0,209 0,262 0,297VB1 7aa VB13 7aa 0,089 0,126 0,236VB1 8aa VB13 8aa 0,213 0,561 0,679VB1 9aa 3,167 3,514 VB13 9aa 1,075 1,485 1,251VB1 10aa 0,089 0,102 1,587 VB13 10aa 1,466 1,821 3,444VB1 11aa 0,135 0,056 VB13 11aa 0,114 0,106VB1 12aa 0,058 VB13 12aa 0,402 0,084VB1 13aa VB13 13aa 0,465 0,254VB1 Total 3,391 3,616 1,700 VB13 Total 3,454 4,835 6,352VB2 5aa 0,475 1,348 1,934 VB14 5aaVB2 6aa 0,074 0,030 VB14 6aa 0,073VB2 7aa 0,115 0,053 0,049 VB14 7aa 0,390 0,364 0,270VB2 8aa 2,978 2,139 0,665 VB14 8aa 0,618 0,766 1,247VB2 9aa 1,125 0,578 0,493 VB14 9aa 0,339 0,521 1,083VB2 10aa 0,929 0,597 0,299 VB14 10aa 1,697 1,931 2,252VB2 11aa 0,601 0,569 0,236 VB14 11aa 0,035 0,287 0,517VB2 12aa 0,177 0,036 VB14 12aa 0,094 0,041VB2 13aa VB14 13aa 0,026 0,044VB2 Total 6,474 5,284 3,742 VB14 Total 3,199 3,868 5,525VB3 6aa 0,239 0,222 0,258 VB15 6aaVB3 7aa 1,786 1,399 1,109 VB15 7aa 0,055 0,065 0,157VB3 8aa 0,241 0,320 0,728 VB15 8aa 2,536 2,383 1,474VB3 9aa 1,026 0,866 1,408 VB15 9aa 0,182 1,254 1,466VB3 10aa 1,132 1,051 1,543 VB15 10aa 0,954 1,994 1,925VB3 11aa 0,168 0,151 0,255 VB15 11aa 0,105 0,589 0,701VB3 12aa 0,160 0,103 0,085 VB15 12aa 0,047 0,024 0,130VB3 13aa 0,051 0,021 0,028 VB15 13aa 0,048 0,079VB3 14aa 1,463 1,064 0,475 VB15 14aa 0,118VB3 15aa 0,239 0,222 0,258 VB15 15aaVB3 Total 6,267 5,197 5,888 VB15 Total 4,045 6,310 5,931VB4 5aa 0,322 0,202 VB16 5aaVB4 6aa 0,070 0,069 0,168 VB16 6aa 0,098VB4 7aa 0,142 0,203 0,306 VB16 7aa 0,031 0,154VB4 8aa 1,809 1,868 1,323 VB16 8aa 0,649 0,658 1,046VB4 9aa 0,233 0,167 0,357 VB16 9aa 1,942 2,256 2,523VB4 10aa 0,069 0,063 0,131 VB16 10aa 0,086 1,005 1,291VB4 11aa 0,041 0,022 0,176 VB16 11aa 0,898 1,012 1,315VB4 12aa VB16 12aa 0,098 0,126 0,230VB4 13aa VB16 13aa 0,061 0,085 0,076VB4 14aa VB16 14aa 0,312 0,375 0,267VB4 Total 2,364 2,715 2,663 VB16 Total 4,077 5,516 7,000VB5 5aaVB17 5aaVB5 6aa 0,146 0,160 0,213 VB17 6aa 0,069


Apêndice N 240VB5 7aa 0,116 0,126 0,217 VB17 7aa 0,712 0,455 0,409VB5 8aa 0,591 0,734 1,119 VB17 8aa 0,855 1,264 0,915VB5 9aa 0,292 0,454 1,044 VB17 9aa 1,728 1,582 1,223VB5 10aa 3,700 3,905 2,922 VB17 10aa 2,866 2,346 1,939VB5 11aa 0,138 0,111 0,314 VB17 11aa 0,542 0,532 0,491VB5 12aa 0,087 0,265 0,153 VB17 12aa 1,659VB5 Total 5,070 5,756 5,982 VB17 Total 6,704 6,179 6,704VB6 5aa 0,084 VB18 5aaVB6 6aa 0,225 0,107 1,067 VB18 6aaVB6 7aa 1,642 0,271 0,884 VB18 7aa 0,043 0,100VB6 8aa 1,511 1,484 1,251 VB18 8aa 0,108 0,176 0,401VB6 9aa 1,573 1,397 1,508 VB18 9aa 0,523 2,175 0,620VB6 10aa 0,310 2,666 2,101 VB18 10aa 3,101 0,371 0,457VB6 11aa 0,358 0,354 0,373 VB18 11aa 0,599 0,116 0,179VB6 12aa 0,287 0,363 0,305 VB18 12aa 0,299 0,183 0,113VB6 13aa 0,445 0,213 VB18 13aa 0,274VB6 Total 5,991 7,086 7,703 VB18 Total 4,954 3,064 1,870VB7 6aaVB19 6aaVB7 7aa 0,069 VB19 7aa 0,388 0,063VB7 8aa 0,103 0,279 VB19 8aa 0,711 0,585VB7 9aa 2,814 2,263 2,464 VB19 9aa 0,036VB7 10aa 0,055 0,062 0,529 VB19 10aa 0,087 0,162 0,253VB7 11aa 1,079 0,822 1,337 VB19 11aa 0,711 0,066VB7 12aa 0,221 VB19 12aaVB7 13aa 0,235 0,120 0,607 VB19 13aaVB7 14aa 0,055 0,078 VB19 14aaVB7 Total 4,286 3,321 5,585 VB19 Total 0,476 1,584 1,003VB8 6aa 0,027 0,081 VB20 6aa 0,040 0,058VB8 7aa 0,270 0,440 1,656 VB20 7aa 0,090 0,561 0,198VB8 8aa 0,457 0,732 0,287 VB20 8aa 0,232 0,424 0,471VB8 9aa 1,394 1,630 0,802 VB20 9aa 0,905 0,109 0,079VB8 10aa 0,678 1,293 0,825 VB20 10aa 0,166 0,124 0,056VB8 11aa 0,022 0,028 VB20 11aa 0,116 0,053VB8 12aa 0,449 0,033 VB20 12aa 0,293 0,165 0,036VB8 13aa 0,101 VB20 13aaVB8 14aa 0,074 0,318 VB20 14aaVB8 15aa VB20 15aa 0,099VB8 16aa VB20 16aa 0,070VB8 Total 3,471 4,557 3,569 VB20 Total 1,803 1,645 0,897VB9 6aa 0,069 0,115 VB21 6aaVB9 7aa 1,018 1,135 0,912 VB21 7aa 0,116 0,398 0,223VB9 8aa 0,342 0,519 0,725 VB21 8aa 1,865 0,668 0,363VB9 9aa 0,825 0,939 1,447 VB21 9aa 3,015 2,629 1,046VB9 10aa 1,594 1,468 1,311 VB21 10aa 0,903 0,591 0,457VB9 11aa 0,673 1,198 0,985 VB21 11aa 0,327 0,374 0,284VB9 12aa 0,390 0,221 0,229 VB21 12aa 0,193 0,227 0,161VB9 13aa 0,054 0,083 0,117 VB21 13aa 0,044 0,232 0,042VB9 14aa VB21 14aa 0,054 0,052VB9 Total 4,966 5,562 5,841 VB21 Total 6,517 5,119 2,628


Apêndice N 241VB10 4aa VB22 4aa 0,600 0,091VB10 5aa VB22 5aa 0,215 0,042 0,098VB10 6aa 0,021 VB22 6aa 0,181 0,425 0,304VB10 7aa 0,094 0,047 VB22 7aa 2,163 0,352 0,233VB10 8aa 1,311 0,385 0,844 VB22 8aa 1,556 1,905 1,194VB10 9aa 0,356 0,145 VB22 9aa 1,111 0,937 0,968VB10 10aa 0,062 0,086 0,270 VB22 10aa 0,280 2,510 1,290VB10 11aa 0,293 0,129 0,140 VB22 11aa 0,063 0,346 0,322VB10 12aa 0,265 0,325 0,567 VB22 12aa 0,301 0,063 0,033VB10 13aaVB22 13aaVB10 14aa 0,070 VB22 14aaVB10 15aa 0,161 VB22 15aaVB10 Total 1,931 1,376 2,266 VB22 Total 5,870 7,181 4,534VB11 6aa 0,134 0,097 0,212 VB23 6aa 0,656 0,569 0,362VB11 7aa 0,100 0,119 VB23 7aa 0,990 1,117 0,488VB11 8aa 0,192 0,267 0,483 VB23 8aa 0,073 0,106 0,376VB11 9aa 1,083 0,507 1,656 VB23 9aa 4,392 3,486 2,603VB11 10aa 0,702 0,373 1,012 VB23 10aa 0,980 0,521 1,114VB11 11aa 0,055 0,101 VB23 11aa 1,126 1,177 1,014VB11 12aa VB23 12aa 0,442 0,144 0,210VB11 13aa VB23 13aa 0,126VB11 Total 2,211 1,299 3,584 VB23 Total 8,659 7,120 6,293VB12 6aa 0,041 VB24 6aaVB12 7aa 0,162 VB24 7aa 0,005 0,007 0,023VB12 8aa 0,249 VB24 8aa 0,026 0,018 0,039VB12 9aa 3,098 1,422 1,387 VB24 9aa 0,008 0,017 0,044VB12 10aa 0,040 0,046 0,283 VB24 10aa 0,252 0,171 0,249VB12 11aa 0,386 0,100 VB24 11aa 0,004 0,006 0,011VB12 12aa 0,123 0,138 VB24 12aa 0,006VB12 13aa 0,041 VB24 13aa 0,005VB12 Total 3,525 1,591 2,361 VB24 Total 0,296 0,219 0,377


Apêndice O 242Apêndice O - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SSS (EM3), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+375 D+765VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice O 243Pré-Tx D+375 D+765VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24Figura O.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SSS (EM3), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice O 244Tabela O.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla SSS (EM3), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+360 D+720FamíliaVBPré-TxD+360 D+720VB1 6aa 0,059 0,015 VB13 6aaVB1 7aa 0,117 0,155 0,036 VB13 7aa 0,659 0,116VB1 8aa 0,415 0,171 0,274 VB13 8aa 0,473 0,373 0,297VB1 9aa 0,754 1,011 0,585 VB13 9aa 2,577 2,991 2,332VB1 10aa 0,867 1,102 0,691 VB13 10aa 0,446 0,616 0,105VB1 11aa 0,344 1,190 0,481 VB13 11aa 0,494 0,338VB1 12aa 0,081 0,067 0,620 VB13 12aa 0,175 0,067VB1 13aa 0,087 0,314 0,114 VB13 13aaVB1 Total 2,723 4,011 2,816 VB13 Total 4,823 3,980 3,254VB2 5aa 0,381 0,595 0,251 VB14 5aaVB2 6aa 0,138 0,969 1,223 VB14 6aa 1,210 1,203 0,906VB2 7aa 0,218 0,039 0,203 VB14 7aa 0,078 0,076VB2 8aa 1,301 2,267 0,804 VB14 8aa 0,713 0,151 0,568VB2 9aa 1,785 0,695 0,617 VB14 9aa 0,914 0,810 1,243VB2 10aa 0,321 0,415 0,630 VB14 10aa 0,347 0,331 0,575VB2 11aa 0,308 1,119 0,213 VB14 11aa 0,206 0,291 0,528VB2 12aa 0,056 VB14 12aa 0,121 0,035VB2 13aa VB14 13aa 0,051 0,025VB2 Total 4,454 6,097 3,996 VB14 Total 3,640 2,786 3,957VB3 5aaVB15 5aaVB3 6aaVB15 6aaVB3 7aa 0,354 1,788 1,287 VB15 7aaVB3 8aa 0,093 0,082 0,173 VB15 8aa 0,091VB3 9aa 1,728 2,888 2,557 VB15 9aa 1,763 2,307 2,213VB3 10aa 0,064 0,055 0,413 VB15 10aa 2,525 1,935 0,960VB3 11aa 0,222 2,195 1,619 VB15 11aa 0,229 0,336 0,390VB3 12aa VB15 12aa 0,854 1,069 0,738VB3 Total 2,460 7,009 6,049 VB15 Total 5,370 5,647 4,392VB4 5aa 0,041 VB16 5aaVB4 6aa 0,201 0,079 0,155 VB16 6aa 0,066VB4 7aa 0,307 0,302 0,385 VB16 7aa 0,273 0,252 0,382VB4 8aa 0,466 0,505 0,875 VB16 8aa 1,155 1,380 1,008VB4 9aa 0,362 0,721 0,735 VB16 9aa 1,426 0,256 1,343VB4 10aa 0,118 0,094 0,212 VB16 10aa 2,060 0,318 1,539VB4 11aa 0,148 0,554 0,204 VB16 11aa 1,081 0,364 0,674VB4 12aa 0,057 0,036 VB16 12aa 0,280 0,061 0,159VB4 13aa 0,717 VB16 13aa 0,415 1,841 0,535VB4 14aa VB16 14aa 0,084 0,055 0,099VB4 15aa VB16 15aa 0,162 0,214VB4 16aa VB16 16aa 0,182VB4 Total 1,602 3,029 2,644 VB16 Total 6,775 4,870 6,020VB5 6aa 0,055 VB17 6aa 0,103 0,119VB5 7aa 0,079 0,303 0,259 VB17 7aa 0,407 1,093 0,854


Apêndice O 245VB5 8aa 0,333 1,077 0,995 VB17 8aa 1,278 0,806 0,769VB5 9aa 0,413 0,916 1,142 VB17 9aa 1,179 0,407 0,899VB5 10aa 1,731 1,786 1,848 VB17 10aa 1,094 1,146 1,066VB5 11aa 0,214 0,822 0,647 VB17 11aa 0,602 0,347 0,454VB5 12aa 0,209 0,219 0,232 VB17 12aa 1,388 1,288 0,567VB5 13aa 0,038 1,344 1,081 VB17 13aa 0,050 0,035VB5 Total 3,016 6,468 6,259 VB17 Total 6,100 5,086 4,764VB6 5aa 0,077 VB18 5aaVB6 6aa 0,056 0,104 VB18 6aa 0,110 0,022VB6 7aa 0,420 0,821 0,536 VB18 7aa 0,069 0,071 0,091VB6 8aa 0,977 1,260 1,028 VB18 8aa 0,812 0,162 0,417VB6 9aa 1,051 1,133 1,281 VB18 9aa 1,329 0,136 0,573VB6 10aa 1,666 2,404 2,288 VB18 10aa 1,565 1,790 0,976VB6 11aa 0,321 0,180 0,453 VB18 11aa 0,357 0,030 0,204VB6 12aa 1,178 0,635 0,589 VB18 12aa 0,476 0,315 0,115VB6 13aa 0,425 1,567 1,105 VB18 13aa 0,039 0,023VB6 Total 6,093 7,999 7,463 VB18 Total 4,648 2,614 2,422VB7 8aa 0,384 0,281 0,430 VB19 8aa 0,037VB7 9aa 0,557 1,047 1,030 VB19 9aa 0,136VB7 10aa 1,343 1,736 2,222 VB19 10aa 0,034 0,115 0,276VB7 11aa 2,133 0,544 0,756 VB19 11aa 0,622 1,757 1,479VB7 12aa 0,680 0,198 0,242 VB19 12aa 0,041VB7 13aa 0,067 VB19 13aa 0,017 0,202VB7 14aa 0,126 VB19 14aaVB7 15aaVB19 15aaVB7 16aaVB19 16aaVB7 Total 5,098 3,805 4,873 VB19 Total 0,886 2,074 1,755VB8 6aa VB20 6aa 0,128 0,026 0,086VB8 7aa 0,725 1,560 1,005 VB20 7aa 0,346 0,229 0,329VB8 8aa 1,150 1,176 0,650 VB20 8aa 0,455 0,025 0,193VB8 9aa 0,874 0,590 0,815 VB20 9aa 0,318 0,052 0,339VB8 10aa 0,455 0,048 0,463 VB20 10aa 0,428 0,151 0,301VB8 11aa 0,187 0,115 0,754 VB20 11aa 0,086 0,039 0,058VB8 12aa 0,076 0,070 VB20 12aa 0,044 0,037VB8 Total 3,467 3,559 3,685 VB20 Total 1,805 0,523 1,342VB9 5aa VB21 5aa 0,600 1,498 0,710VB9 6aa 0,095 0,317 VB21 6aa 0,115 0,108VB9 7aa 0,425 0,606 0,489 VB21 7aa 0,804 1,278 0,717VB9 8aa 0,951 0,789 1,126 VB21 8aa 0,654 0,350 0,575VB9 9aa 1,601 0,810 1,135 VB21 9aa 0,904 0,663 0,964VB9 10aa 1,458 1,189 1,884 VB21 10aa 2,111 0,663 1,024VB9 11aa 0,754 0,365 0,609 VB21 11aa 0,518 0,545 0,477VB9 12aa 0,804 0,747 0,502 VB21 12aa 0,370 0,342 0,290VB9 13aa 0,085 0,220 VB21 13aa 0,070VB9 Total 6,172 4,505 6,282 VB21 Total 6,077 5,340 4,934VB10 5aa VB22 5aa 2,906 2,945 2,277VB10 6aa VB22 6aa 0,099 0,107VB10 7aa 0,103 0,200 VB22 7aa 0,411 0,418 0,658VB10 8aa 0,224 0,016 VB22 8aa 0,785 0,192 0,573


Apêndice O 246VB10 9aa 1,366 1,334 1,225 VB22 9aa 1,408 0,539 1,143VB10 10aa 0,062 0,033 VB22 10aa 1,104 1,498 1,890VB10 11aa 0,310 1,016 0,502 VB22 11aa 0,497 0,030 0,232VB10 12aa VB22 12aa 0,142 0,162 0,224VB10 13aa 0,174 0,561 0,045 VB22 13aa 0,043VB10 14aa 1,432 0,142 VB22 14aaVB10 15aa 0,141 VB22 15aaVB10 Total 3,610 3,114 2,163 VB22 Total 7,353 5,784 7,149VB11 6aa 0,596 2,789 1,970 VB23 6aaVB11 7aa 0,610 0,072 0,081 VB23 7aa 0,094VB11 8aa 0,959 0,343 1,339 VB23 8aa 0,184 0,236 0,533VB11 9aa 0,790 0,277 0,227 VB23 9aa 0,265 0,189 0,639VB11 10aa 0,342 0,033 0,292 VB23 10aa 0,380 0,211 0,940VB11 11aa 0,230 0,073 VB23 11aa 0,193 0,031 0,351VB11 12aa 0,701 0,125 VB23 12aa 4,406 4,228 4,024VB11 13aa 0,044 VB23 13aaVB11 Total 4,271 3,515 4,107 VB23 Total 5,428 4,895 6,582VB12 6aa 0,024 VB24 6aa 0,037 0,012 0,015VB12 7aa 0,136 0,058 VB24 7aa 0,004 0,004 0,005VB12 8aa 1,838 0,893 0,581 VB24 8aa 0,273 0,259 0,218VB12 9aa 0,491 1,843 1,566 VB24 9aa 0,048 0,034 0,048VB12 10aa 0,624 0,094 0,247 VB24 10aa 0,002 0,002 0,009VB12 11aa 0,207 0,149 0,183 VB24 11aa 0,004 0,004VB12 12aa 0,330 0,042 VB24 12aa 0,006 0,009VB12 13aa 0,127 0,080 VB24 13aaVB12 Total 3,753 2,978 2,782 VB24 Total 0,374 0,310 0,308


Apêndice P 247Apêndice P - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla DFG (EM4), pré- e pós-TACTH..Pré-Tx D+330 D+720VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice P 248Pré-Tx D+330 D+720VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19-VB20VB21VB22VB23VB24Figura P.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla DFG (EM4), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice P 249Tabela P.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla DFG (EM4), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+360 D+720FamíliaVBPré-TxD+360 D+720VB1 6aa 0,045 0,063 VB13 6aa 0,189 0,068 0,058VB1 7aa 0,263 0,301 0,190 VB13 7aa 0,418 0,321 0,179VB1 8aa 0,329 0,106 0,356 VB13 8aa 1,188 0,771 0,503VB1 9aa 1,318 1,075 0,577 VB13 9aa 1,491 1,272 0,701VB1 10aa 0,677 0,366 0,804 VB13 10aa 2,232 1,073 0,945VB1 11aa 0,628 0,320 0,444 VB13 11aa 0,909 0,947 0,293VB1 12aa 0,545 1,962 0,668 VB13 12aa 0,199 0,406 0,088VB1 13aa 0,014 VB13 13aa 0,024VB1 14aa 0,016 VB13 14aa 0,035VB1 Total 3,791 4,175 3,102 VB13 Total 6,627 4,859 2,827VB2 6aa 0,141 0,677 0,022 VB14 6aa 0,132 0,148 0,049VB2 7aa 0,266 0,312 0,295 VB14 7aa 0,159 1,092 0,162VB2 8aa 0,769 1,455 0,913 VB14 8aa 1,781 0,369 0,787VB2 9aa 0,889 0,790 1,342 VB14 9aa 0,780 0,859 1,034VB2 10aa 0,829 0,607 1,092 VB14 10aa 0,932 0,154 0,860VB2 11aa 0,354 0,483 0,413 VB14 11aa 0,510 0,308VB2 12aa 0,117 0,084 0,199 VB14 12aa 0,078 0,105VB2 13aa 0,240 0,064 0,136 VB14 13aa 0,061 0,051VB2 14aa 0,037 0,019 0,019 VB14 14aa 0,077VB2 Total 3,694 4,491 4,433 VB14 Total 4,433 2,620 3,434VB3 5aa 2,538 3,234 1,303 VB15 5aa 0,155 0,031VB3 6aa 0,033 0,016 0,133 VB15 6aa 0,244 0,641 0,291VB3 7aa 0,201 0,233 0,402 VB15 7aa 0,127 0,025 0,120VB3 8aa 0,376 1,074 0,723 VB15 8aa 0,224 0,051 0,289VB3 9aa 1,004 0,809 1,229 VB15 9aa 0,797 0,388 0,329VB3 10aa 0,711 0,838 1,017 VB15 10aa 0,458 0,356 0,593VB3 11aa 0,355 0,526 0,483 VB15 11aa 2,533 2,828 1,636VB3 12aa 0,141 0,059 0,139 VB15 12aa 0,060 1,128 0,475VB3 13aa 0,072 0,142 0,073 VB15 13aa 0,249 0,080 0,143VB3 14aa 0,037 VB15 14aaVB3 Total 5,430 6,931 5,540 VB15 Total 4,847 5,527 3,875VB4 5aa 0,067 0,016 0,038 VB16 5aaVB4 6aa 0,220 0,287 0,235 VB16 6aaVB4 7aa 0,816 0,884 0,516 VB16 7aa 0,049 0,045 0,174VB4 8aa 1,031 0,600 0,717 VB16 8aa 0,193 1,347 1,179VB4 9aa 0,605 0,655 0,642 VB16 9aa 1,712 1,900 1,728VB4 10aa 0,361 0,215 0,191 VB16 10aa 0,443 1,009 1,423VB4 11aa 0,176 0,079 0,126 VB16 11aa 0,219 0,267 0,825VB4 12aa 0,048 0,042 0,054 VB16 12aa 0,135 0,897 0,339VB4 13aa 0,033 0,018 VB16 13aa 0,047 0,094 0,039VB4 14aa VB16 14aa 0,032 0,107VB4 Total 3,356 2,796 2,519 VB16 Total 2,830 5,559 5,814VB5 4aa 0,018 VB17 4aaVB5 5aa 0,018 VB17 5aa 0,071


Apêndice P 250VB5 6aa 0,121 0,086 0,127 VB17 6aa 0,146 0,204 0,160VB5 7aa 0,474 0,073 0,203 VB17 7aa 0,582 0,711 0,566VB5 8aa 1,108 1,039 0,747 VB17 8aa 1,469 1,458 1,205VB5 9aa 1,524 0,597 0,873 VB17 9aa 1,533 1,273 1,174VB5 10aa 2,153 2,491 2,482 VB17 10aa 1,512 2,167 1,435VB5 11aa 0,742 0,583 0,597 VB17 11aa 0,376 0,767 0,488VB5 12aa 0,297 0,209 VB17 12aa 0,147 0,443 0,230VB5 13aa 0,100 0,033 0,064 VB17 13aa 0,114 0,069 0,099VB5 14aa 0,141 0,036 VB17 14aa 0,043 0,665 0,057VB5 Total 6,659 4,901 5,417 VB17 Total 5,923 7,828 5,416VB6 5aa 0,046 0,076 VB18 5aaVB6 6aa 0,104 0,042 0,300 VB18 6aa 0,031 0,019VB6 7aa 0,566 0,330 0,889 VB18 7aa 0,084 0,129VB6 8aa 1,371 0,263 2,922 VB18 8aa 0,548 0,864 0,958VB6 9aa 1,494 2,285 1,382 VB18 9aa 1,021 0,082 0,756VB6 10aa 1,834 0,525 0,711 VB18 10aa 1,699 3,279 1,973VB6 11aa 0,743 0,270 0,291 VB18 11aa 0,515 0,082 0,544VB6 12aa 0,399 0,151 0,154 VB18 12aa 0,290 0,230 0,124VB6 13aa 0,121 0,049 0,047 VB18 13aa 0,113 0,040 0,085VB6 14aa 0,177 VB18 14aa 0,035 0,018VB6 Total 6,857 3,915 6,772 VB18 Total 4,336 4,578 4,606VB7 7aa 0,115 0,058 0,142 VB19 7aaVB7 8aa 0,386 0,562 0,466 VB19 8aa 0,056VB7 9aa 0,538 0,350 0,803 VB19 9aa 0,101VB7 10aa 1,254 0,594 1,805 VB19 10aa 0,936 0,373VB7 11aa 1,390 1,367 0,956 VB19 11aa 0,026VB7 12aa 0,253 0,063 0,548 VB19 12aa 0,159VB7 13aa 0,145 1,020 0,622 VB19 13aa 0,084VB7 14aa 0,032 0,058 0,067 VB19 14aa 0,056VB7 15aa 0,068 0,706 0,339 VB19 15aaVB7 Total 4,182 4,779 5,748 VB19 Total 0,936 0,000 0,799VB8 5aa 0,143 0,431 VB20 5aaVB8 6aa 0,108 0,057 0,437 VB20 6aa 0,037 0,020 0,041VB8 7aa 0,322 0,828 0,575 VB20 7aa 0,082 0,079 0,109VB8 8aa 0,540 0,890 1,005 VB20 8aa 0,309 0,118 0,370VB8 9aa 0,748 0,550 1,164 VB20 9aa 0,245 0,256 0,367VB8 10aa 0,647 0,709 1,008 VB20 10aa 0,143 0,066 0,323VB8 11aa 0,227 0,124 0,287 VB20 11aa 0,099 0,561 0,227VB8 12aa 0,137 0,050 0,144 VB20 12aa 0,044 0,070VB8 13aa 0,027 0,038 VB20 13aaVB8 Total 2,899 3,639 4,659 VB20 Total 0,915 1,144 1,506VB9 6aa 0,126 0,051 0,156 VB21 6aa 0,142 0,106VB9 7aa 0,309 0,148 0,227 VB21 7aa 0,402 0,784 0,374VB9 8aa 0,901 0,390 0,843 VB21 8aa 0,679 0,471 1,023VB9 9aa 1,243 0,643 0,863 VB21 9aa 1,110 0,830 0,905VB9 10aa 1,416 1,191 1,504 VB21 10aa 1,683 1,024 1,266VB9 11aa 0,679 0,295 0,625 VB21 11aa 0,864 0,732 0,464VB9 12aa 0,499 0,219 0,263 VB21 12aa 0,333 0,347 0,148VB9 13aa 0,807 0,610 0,777 VB21 13aa 0,038 0,066 0,066VB9 14aa 0,077 0,589 0,151 VB21 14aa 0,228 2,371 0,591VB9 15aa 0,065 VB21 15aa


Apêndice P 251VB9 Total 6,121 4,135 5,408 VB21 Total 5,478 6,625 4,943VB10 5aa VB22 5aa 0,063 0,090VB10 6aa 0,056 0,045 VB22 6aa 0,087 0,464VB10 7aa 0,196 0,050 0,098 VB22 7aa 1,369 1,564 0,862VB10 8aa 0,128 0,602 0,144 VB22 8aa 1,471 1,533 1,660VB10 9aa 0,056 0,268 0,466 VB22 9aa 1,177 0,977 1,601VB10 10aa 0,421 0,389 0,319 VB22 10aa 1,226 0,922 1,997VB10 11aa 0,094 0,673 1,086 VB22 11aa 0,481 2,111 1,260VB10 12aa 0,120 0,333 0,193 VB22 12aa 0,467 0,640 0,423VB10 13aa 0,032 0,020 0,042 VB22 13aa 0,058 0,060 0,087VB10 14aa 0,033 0,109 VB22 14aaVB10 Total 1,103 2,367 2,503 VB22 Total 6,399 7,805 8,446VB11 5aa 0,042 VB23 5aaVB11 6aa 0,085 0,057 VB23 6aa 1,562 1,786 0,720VB11 7aa 0,258 0,119 0,370 VB23 7aa 0,342 0,219 0,383VB11 8aa 0,151 0,203 0,286 VB23 8aa 0,436 0,417 0,518VB11 9aa 1,696 1,564 1,550 VB23 9aa 1,445 1,626 1,518VB11 10aa 0,392 0,156 0,723 VB23 10aa 1,411 1,077 1,827VB11 11aa 0,114 0,073 0,147 VB23 11aa 0,667 0,363 0,651VB11 12aa 0,495 0,191 VB23 12aa 0,207 0,784 0,294VB11 13aa 0,096 VB23 13aa 0,120 0,066 0,183VB11 14aa VB23 14aa 0,050 0,048VB11 15aa 0,084 VB23 15aaVB11 Total 3,192 2,115 3,546 VB23 Total 6,190 6,387 6,143VB12 6aa 0,075 0,066 VB24 6aaVB12 7aa 0,557 0,293 0,188 VB24 7aa 0,003 0,002VB12 8aa 0,652 0,472 0,456 VB24 8aa 0,023 0,015 0,006VB12 9aa 0,884 0,448 0,755 VB24 9aa 0,025 0,012 0,008VB12 10aa 1,093 0,869 0,678 VB24 10aa 0,039 0,014 0,011VB12 11aa 0,200 0,034 0,196 VB24 11aa 0,024 0,007 0,006VB12 12aa 0,083 0,100 0,069 VB24 12aa 0,007 0,028 0,003VB12 13aa 0,134 0,534 0,104 VB24 13aa 0,001VB12 14aa VB24 14aa 0,003VB12 Total 3,679 2,749 2,513 VB24 Total 0,125 0,077 0,033


Apêndice Q 252Apêndice Q - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla ARJTA (EM5), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+360 Pré-Tx D+360VB1VB13VB2VB14VB3VB15VB4VB16VB5VB17VB6VB18VB7VB19VB8VB20VB9VB21VB10VB22VB11VB23VB12VB24Figura Q.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla ARJTA (EM5), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV


Apêndice Q 253CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela Q.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> <strong>com</strong>esclerose múltipla ARJTA (EM5), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+360FamíliaVBPré-TxD+360VB1 5aa VB13 5aa 0,020VB1 6aa 0,135 VB13 6aa 0,114VB1 7aa 0,131 0,149 VB13 7aa 0,202VB1 8aa 0,197 0,150 VB13 8aa 0,707 0,623VB1 9aa 0,320 0,281 VB13 9aa 1,196VB1 10aa 0,966 2,596 VB13 10aa 1,378 0,250VB1 11aa 0,061 VB13 11aa 0,544VB1 12aa 0,041 VB13 12aa 0,037 0,084VB1 13aa VB13 13aa 0,028VB1 Total 1,748 3,278 VB13 Total 4,225 0,958VB2 6aa VB14 6aa 0,032 0,030VB2 7aa 0,206 0,231 VB14 7aa 0,193 0,055VB2 8aa 0,594 0,952 VB14 8aa 0,661 0,223VB2 9aa 1,593 1,032 VB14 9aa 1,102 0,392VB2 10aa 1,378 3,019 VB14 10aa 0,927 0,981VB2 11aa 0,518 0,180 VB14 11aa 0,766 2,380VB2 12aa 1,115 0,155 VB14 12aa 0,143VB2 13aa 0,055 VB14 13aa 0,047VB2 14aa 0,068 VB14 14aa 0,249VB2 Total 5,405 5,694 VB14 Total 4,120 4,060VB3 6aa 0,121 0,048 VB15 6aa 0,036VB3 7aa 0,191 0,077 VB15 7aa 0,252VB3 8aa 1,445 2,510 VB15 8aa 0,064 0,797VB3 9aa 1,519 1,117 VB15 9aa 3,894 0,993VB3 10aa 1,107 0,319 VB15 10aa 0,348VB3 11aa 0,579 0,424 VB15 11aa 0,104 0,319VB3 12aa 0,203 0,142 VB15 12aa 0,357 0,287VB3 13aa 0,039 VB15 13aa 0,136VB3 14aa VB15 14aa 0,409VB3 15aaVB15 15aaVB3 16aa VB15 16aa 0,333VB3 Total 5,203 4,636 VB15 Total 4,420 3,910VB4 5aa 0,066 0,047 VB16 5aaVB4 6aa 0,224 0,214 VB16 6aa 0,229 0,330VB4 7aa 0,399 0,594 VB16 7aa 0,158 0,160VB4 8aa 0,914 0,638 VB16 8aa 1,479 1,359VB4 9aa 0,821 0,717 VB16 9aa 1,276 0,609VB4 10aa 0,398 1,054 VB16 10aa 1,345 0,906VB4 11aa 0,184 0,133 VB16 11aa 0,976 1,305VB4 12aa 0,073 0,573 VB16 12aa 0,378 0,132


Apêndice Q 254VB4 13aa 0,028 VB16 13aa 0,288 0,651VB4 14aa 0,024 VB16 14aa 0,132 0,045VB4 15aa VB16 15aa 0,083VB4 Total 3,131 3,971 VB16 Total 6,261 5,581VB5 5aa VB17 5aa 0,227 6,063VB5 6aa 0,098 0,028 VB17 6aa 1,123VB5 7aa 0,325 0,133 VB17 7aa 0,248VB5 8aa 0,610 0,195 VB17 8aa 0,783 0,047VB5 9aa 1,522 2,206 VB17 9aa 1,098 0,268VB5 10aa 2,178 1,382 VB17 10aa 0,880 0,265VB5 11aa 0,440 2,788 VB17 11aa 0,373 0,122VB5 12aa 0,206 0,120 VB17 12aa 0,066VB5 13aa 0,237 VB17 13aa 0,043VB5 14aa 0,008 VB17 14aa 0,089VB5 15aa 0,071 VB17 15aaVB5 Total 5,694 6,852 VB17 Total 4,931 6,765VB6 5aa 0,098 VB18 5aaVB6 6aa 0,113 0,149 VB18 6aaVB6 7aa 0,905 0,503 VB18 7aa 0,176 0,028VB6 8aa 1,004 0,760 VB18 8aa 0,943 0,172VB6 9aa 1,695 0,306 VB18 9aa 0,603 2,685VB6 10aa 2,904 1,104 VB18 10aa 2,717 0,801VB6 11aa 0,268 1,528 VB18 11aa 0,289 0,061VB6 12aa 0,196 0,606 VB18 12aa 0,248 0,065VB6 13aa 0,081 VB18 13aa 0,068VB6 14aa VB18 14aa 0,055VB6 Total 7,263 4,955 VB18 Total 5,099 3,812VB7 5aa VB19 5aa 2,528VB7 6aaVB19 6aaVB7 7aa 0,022 VB19 7aaVB7 8aa 0,053 VB19 8aa 0,046VB7 9aa 0,168 0,056 VB19 9aa 0,125 0,296VB7 10aa 3,107 3,573 VB19 10aa 0,580VB7 11aa 0,204 0,056 VB19 11aa 0,199VB7 12aa 0,090 0,036 VB19 12aa 0,072VB7 13aa 0,036 VB19 13aa 0,032VB7 14aa 0,043 VB19 14aa 0,047 0,474VB7 15aa VB19 15aa 0,043VB7 16aa VB19 16aa 0,100VB7 Total 3,722 3,721 VB19 Total 1,245 3,297VB8 6aa 0,224 1,486 VB20 6aaVB8 7aa 1,439 0,090 VB20 7aa 0,008 0,035VB8 8aa 0,203 0,372 VB20 8aa 0,006 0,028VB8 9aa 1,516 0,693 VB20 9aa 0,064 0,010VB8 10aa 0,125 0,182 VB20 10aa 0,006VB8 11aa 0,069 0,291 VB20 11aa 0,009 0,057VB8 12aa 0,027 VB20 12aa 0,020VB8 13aa VB20 13aa 0,056VB8 14aa VB20 14aa 0,026VB8 15aa VB20 15aa 0,003


Apêndice Q 255VB8 Total 3,603 3,114 VB20 Total 0,139 0,189VB9 6aa VB21 6aa 0,034VB9 7aa 0,179 0,056 VB21 7aa 0,649 0,192VB9 8aa 0,510 0,316 VB21 8aa 0,735 0,146VB9 9aa 2,481 0,944 VB21 9aa 0,830 0,778VB9 10aa 0,610 0,720 VB21 10aa 0,743 0,338VB9 11aa 0,648 0,985 VB21 11aa 0,311 2,204VB9 12aa 0,141 2,572 VB21 12aa 1,826 2,706VB9 13aa 0,189 VB21 13aaVB9 Total 4,759 5,595 VB21 Total 5,127 6,364VB10 5aa 0,408 VB22 5aa 0,075 0,708VB10 6aa VB22 6aa 0,135 0,100VB10 7aa 0,177 VB22 7aa 0,598 0,406VB10 8aa 0,050 VB22 8aa 0,995 0,966VB10 9aa 0,204 VB22 9aa 1,566 1,540VB10 10aa 3,840 0,214 VB22 10aa 2,337 2,187VB10 11aa 1,788 VB22 11aa 0,371 1,432VB10 12aa 1,238 VB22 12aa 0,480VB10 13aa VB22 13aa 0,065VB10 14aa 0,250 VB22 14aaVB10 Total 3,840 4,330 VB22 Total 6,621 7,340VB11 5aa 0,062 0,378 VB23 5aaVB11 6aa 0,042 0,142 VB23 6aaVB11 7aa 0,101 0,236 VB23 7aa 0,284VB11 8aa 0,798 0,558 VB23 8aa 0,607 0,729VB11 9aa 1,393 1,057 VB23 9aa 1,204 4,093VB11 10aa 0,627 0,652 VB23 10aa 1,027 0,229VB11 11aa 0,642 0,174 VB23 11aa 1,281VB11 12aa 0,191 0,054 VB23 12aa 0,984VB11 13aa 0,101 VB23 13aa 0,332VB11 14aaVB23 14aaVB11 15aa 0,087 VB23 15aaVB11 Total 4,045 3,252 VB23 Total 5,719 5,051VB12 7aa 0,318 VB24 7aaVB12 8aa 1,262 1,152 VB24 8aa 0,007VB12 9aa 0,817 0,055 VB24 9aa 0,007VB12 10aa 0,995 2,004 VB24 10aa 0,007VB12 11aa 0,111 0,059 VB24 11aa 0,009 0,004VB12 12aa 0,079 VB24 12aa 0,002VB12 13aa 0,063 VB24 13aa 0,003VB12 Total 3,645 3,270 VB24 Total 0,034 0,004


Apêndice R 256Apêndice R - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SHGE (EM6), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice R 257Pré-Tx D+180 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20VB21VB22VB23VB24-Figura R.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SHGE (EM6), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice R 258Tabela R.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla SHGE (EM6), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+180 D+360FamíliaVBPré-TxD+180 D+360VB1 6aa 0,023 VB13 6aa 0,132 0,399 0,223VB1 7aa 0,091 VB13 7aa 0,357 0,424 0,256VB1 8aa 0,428 0,194 VB13 8aa 1,059 0,551 0,408VB1 9aa 0,942 3,106 4,186 VB13 9aa 1,302 1,150 0,666VB1 10aa 1,152 0,348 VB13 10aa 1,935 2,579 2,121VB1 11aa 0,445 0,093 VB13 11aa 0,878 0,652 0,310VB1 12aa 0,233 0,055 VB13 12aa 0,126 0,148 0,113VB1 13aa 0,025 VB13 13aaVB1 14aa 0,052 VB13 14aa 0,087VB1 15aa VB13 15aa 0,033VB1 Total 3,391 3,796 4,186 VB13 Total 5,790 6,024 4,096VB2 5aa 0,032 VB14 5aaVB2 6aa 0,175 0,210 0,258 VB14 6aa 0,024VB2 7aa 0,281 0,180 0,346 VB14 7aa 0,171VB2 8aa 0,555 0,638 0,969 VB14 8aa 0,561 0,501 0,051VB2 9aa 0,821 2,089 1,829 VB14 9aa 0,967 1,704 0,267VB2 10aa 0,674 0,842 0,989 VB14 10aa 1,110 0,398 0,070VB2 11aa 0,277 1,125 1,181 VB14 11aa 0,349 1,418 0,084VB2 12aa 0,147 0,331 VB14 12aa 0,386 0,024VB2 13aa 0,169 0,139 0,295 VB14 13aa 0,053VB2 14aa 0,036 0,122 VB14 14aa 0,046VB2 15aa 0,098 VB14 15aaVB2 Total 3,130 5,686 5,989 VB14 Total 3,666 4,045 0,472VB3 5aa VB15 5aa 0,048VB3 6aa 0,434 VB15 6aa 0,059 0,033 0,052VB3 7aa 0,108 0,067 0,061 VB15 7aa 0,249 0,193 0,108VB3 8aa 0,976 1,355 1,590 VB15 8aa 0,693 0,455 0,213VB3 9aa 0,433 0,296 0,216 VB15 9aa 0,634 1,611 2,816VB3 10aa 0,195 0,317 0,142 VB15 10aa 1,068 1,156 0,379VB3 11aa 4,558 2,550 2,284 VB15 11aa 0,753 0,794 0,650VB3 12aa 0,463 0,306 VB15 12aa 0,180 1,060 0,724VB3 13aa VB15 13aa 0,127 0,021VB3 Total 6,270 5,049 5,034 VB15 Total 3,761 5,350 4,963VB4 5aa 0,033 0,022 VB16 5aaVB4 6aa 0,170 0,051 0,023 VB16 6aa 0,134VB4 7aa 0,530 0,185 0,081 VB16 7aa 0,298 0,187 0,044VB4 8aa 0,700 0,467 0,291 VB16 8aa 1,132 0,144 0,420VB4 9aa 0,445 1,716 0,481 VB16 9aa 1,547 0,107 0,406VB4 10aa 0,243 0,023 0,025 VB16 10aa 1,170 0,875 1,663VB4 11aa 0,089 2,319 3,339 VB16 11aa 0,728 2,701 3,200VB4 12aa 0,060 VB16 12aa 0,441 0,030 0,061VB4 13aa VB16 13aa 0,088VB4 14aa VB16 14aa 0,149VB4 15aa VB16 15aa 0,039


Apêndice R 259VB4 Total 2,271 4,782 4,240 VB16 Total 5,726 4,044 5,794VB5 5aa 0,088 VB17 5aaVB5 6aa 0,174 0,057 VB17 6aa 0,117 0,241VB5 7aa 0,211 0,087 0,089 VB17 7aa 0,391 0,632 0,100VB5 8aa 1,323 1,161 2,101 VB17 8aa 0,890 0,743 0,734VB5 9aa 1,751 0,539 0,280 VB17 9aa 1,351 0,438 0,466VB5 10aa 1,483 0,541 0,696 VB17 10aa 1,197 2,784 1,635VB5 11aa 0,863 1,599 2,594 VB17 11aa 0,431 0,496VB5 12aa 0,304 0,170 0,114 VB17 12aa 0,218 0,618 0,478VB5 13aa 0,193 VB17 13aa 0,083VB5 14aa 0,059 VB17 14aa 0,049VB5 Total 6,362 4,240 5,874 VB17 Total 4,727 5,953 3,414VB6 5aa VB18 5aa 0,042VB6 6aa 0,150 0,035 0,032 VB18 6aa 0,028 0,042 0,057VB6 7aa 0,550 0,442 0,270 VB18 7aa 0,225 0,072VB6 8aa 1,779 0,707 0,772 VB18 8aa 0,611 1,054 1,049VB6 9aa 2,101 2,049 1,462 VB18 9aa 1,267 0,899 0,835VB6 10aa 2,197 0,874 0,995 VB18 10aa 1,221 0,849 3,365VB6 11aa 0,981 0,158 0,026 VB18 11aa 0,556 0,711 0,659VB6 12aa 0,290 0,520 0,450 VB18 12aa 0,258 0,065 0,143VB6 13aa 0,218 0,121 VB18 13aa 0,095 0,079 0,129VB6 14aa 0,047 0,140 0,256 VB18 14aaVB6 15aa 0,057 VB18 15aaVB6 16aa VB18 16aa 0,471VB6 Total 8,370 5,047 4,264 VB18 Total 4,261 4,213 6,308VB7 6aa 0,032 VB19 6aaVB7 7aa 0,037 VB19 7aaVB7 8aa 0,405 0,310 0,208 VB19 8aa 0,063VB7 9aa 0,681 0,399 0,475 VB19 9aa 0,007 0,119VB7 10aa 1,390 0,997 0,394 VB19 10aa 0,181 3,089 3,798VB7 11aa 1,133 0,500 0,235 VB19 11aaVB7 12aa 0,503 1,745 1,465 VB19 12aa 0,006VB7 13aa 0,154 0,227 0,240 VB19 13aa 0,010VB7 14aa 0,028 VB19 14aaVB7 15aa 0,050 VB19 15aaVB7 16aa 0,048 VB19 16aaVB7 Total 4,460 4,177 3,017 VB19 Total 0,204 3,089 3,979VB8 6aa 0,063 0,021 VB20 6aa 0,496 1,416 1,925VB8 7aa 0,313 0,066 VB20 7aa 0,127VB8 8aa 0,575 1,083 1,250 VB20 8aa 0,605VB8 9aa 0,759 0,384 0,605 VB20 9aa 0,639 0,209 0,260VB8 10aa 0,609 0,235 0,399 VB20 10aa 0,382 0,063VB8 11aa 0,195 0,257 0,320 VB20 11aa 0,115VB8 12aa 0,079 0,825 2,109 VB20 12aa 0,122VB8 13aaVB20 13aaVB8 14aa VB20 14aa 0,152 0,178VB8 Total 2,592 2,871 4,682 VB20 Total 2,486 1,777 2,426VB9 6aa 0,117 0,305 0,124 VB21 6aa 0,075VB9 7aa 0,371 0,660 0,240 VB21 7aa 0,178 0,067 0,042


Apêndice R 260VB9 8aa 0,889 0,922 0,712 VB21 8aa 0,668 0,529 0,215VB9 9aa 1,401 0,641 0,821 VB21 9aa 1,115 0,254 0,605VB9 10aa 1,938 1,740 2,019 VB21 10aa 1,755 1,822 1,639VB9 11aa 0,490 0,775 0,176 VB21 11aa 0,591 0,608 0,411VB9 12aa 0,309 0,353 0,360 VB21 12aa 0,187 0,000 0,021VB9 13aa 0,060 0,127 0,154 VB21 13aa 0,114 0,174 0,046VB9 14aa 0,066 0,036 VB21 14aa 0,052VB9 15aa 0,136 VB21 15aaVB9 Total 5,641 5,694 4,606 VB21 Total 4,681 3,454 3,030VB10 5aa VB22 5aa 0,026 0,042VB10 6aa 0,152 0,250 0,112 VB22 6aa 0,245 0,195 0,254VB10 7aa 0,319 1,548 1,991 VB22 7aa 0,480 0,472 0,458VB10 8aa 0,075 0,232 0,232 VB22 8aa 1,337 3,052 2,918VB10 9aa 0,465 0,151 VB22 9aa 1,679 1,017 1,384VB10 10aa 0,908 1,110 2,073 VB22 10aa 1,451 1,136 1,432VB10 11aa 0,385 0,216 VB22 11aa 0,508 0,987 0,870VB10 12aa 0,458 0,102 0,267 VB22 12aa 0,149 0,154VB10 13aa VB22 13aa 0,107 0,302 0,527VB10 14aa 0,169 VB22 14aa 0,024VB10 Total 2,932 3,457 4,829 VB22 Total 6,005 7,161 8,038VB11 6aa 0,164 0,033 0,065 VB23 6aa 0,096VB11 7aa 0,565 0,073 0,161 VB23 7aa 0,146 0,045VB11 8aa 0,713 0,331 0,381 VB23 8aa 1,653 3,767 3,706VB11 9aa 1,017 0,867 0,742 VB23 9aa 1,728 0,751VB11 10aa 0,694 0,148 0,385 VB23 10aa 1,186 1,482 1,449VB11 11aa 0,955 0,200 0,298 VB23 11aa 0,709 0,125 0,147VB11 12aa 0,301 0,079 0,021 VB23 12aa 0,313 0,121VB11 13aa 0,035 0,200 VB23 13aa 0,119 1,118 0,981VB11 14aa 0,053 0,384 VB23 14aaVB11 15aa 0,105 VB23 15aaVB11 Total 4,600 2,117 2,252 VB23 Total 5,950 6,492 7,200VB12 6aa 0,046 0,076 VB24 6aaVB12 7aa 0,197 0,122 VB24 7aaVB12 8aa 0,349 0,167 0,077 VB24 8aaVB12 9aa 1,058 0,904 0,631 VB24 9aaVB12 10aa 0,518 0,315 0,279 VB24 10aa 0,097 0,043VB12 11aa 0,248 VB24 11aaVB12 12aa 0,157 0,022 VB24 12aaVB12 13aa 0,151 0,058 VB24 13aaVB12 Total 2,722 1,386 1,267 VB24 Total 0,000 0,097 0,043


Apêndice S 261Apêndice S - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla MFM (EM8), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 Pré-Tx D+180VB1VB13VB2VB14VB3VB15VB4VB16VB5VB17VB6VB18VB7VB19VB8VB20VB9VB21VB10VB22VB11VB23VB12VB24Figura S.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla MFM (EM8), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV


Apêndice S 262CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela S.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla MFM (EM8), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+180FamíliaVBPré-TxD+180VB1 4aa 0,011 VB13 4aaVB1 5aa 0,014 VB13 5aaVB1 6aa 0,036 VB13 6aa 0,089 1,869VB1 7aa 0,118 0,078 VB13 7aa 0,191 0,273VB1 8aa 0,336 0,055 VB13 8aa 0,929 1,234VB1 9aa 0,685 0,189 VB13 9aa 0,925 1,989VB1 10aa 1,107 0,543 VB13 10aa 0,438 1,265VB1 11aa 0,562 0,235 VB13 11aa 1,811 0,224VB1 12aa 1,633 0,011 VB13 12aa 0,058VB1 13aa 0,110 0,054 VB13 13aaVB1 14aa 0,010 VB13 14aaVB1 Total 4,552 1,237 VB13 Total 4,384 6,913VB2 5aa 0,099 VB14 5aa 0,018VB2 6aa 0,060 0,053 VB14 6aa 0,007VB2 7aa 0,489 0,252 VB14 7aa 0,039VB2 8aa 0,804 1,357 VB14 8aa 0,090VB2 9aa 0,744 0,315 VB14 9aa 0,233VB2 10aa 5,290 1,741 VB14 10aa 1,756 0,463VB2 11aa 0,116 0,509 VB14 11aa 0,031VB2 12aa 0,315 0,168 VB14 12aaVB2 13aa VB14 13aa 0,008VB2 Total 7,917 4,395 VB14 Total 1,756 0,888VB3 6aa 0,070 0,113 VB15 6aa 0,056VB3 7aa 0,774 0,641 VB15 7aa 0,116VB3 8aa 0,329 2,359 VB15 8aa 0,940 0,925VB3 9aa 1,211 0,978 VB15 9aa 0,383 0,393VB3 10aa 0,485 0,530 VB15 10aa 1,370 0,581VB3 11aa 0,748 2,020 VB15 11aa 0,218 0,416VB3 12aa 0,092 VB15 12aa 0,176VB3 13aaVB15 13aaVB3 14aa 0,211 VB15 14aa 0,042VB3 Total 3,616 6,945 VB15 Total 3,300 2,316VB4 4aa 0,004 VB16 4aaVB4 5aa 0,021 VB16 5aaVB4 6aa 0,270 0,034 VB16 6aaVB4 7aa 0,236 0,137 VB16 7aa 0,899 1,515VB4 8aa 0,108 0,589 VB16 8aa 1,000 0,556VB4 9aa 0,109 0,067 VB16 9aa 0,641 4,769VB4 10aa 0,075 0,107 VB16 10aa 0,620 0,195VB4 11aa VB16 11aa 0,560 0,429


Apêndice S 263VB4 12aa 0,055 VB16 12aa 0,315 0,873VB4 13aa 0,004 VB16 13aa 0,128VB4 14aa 0,196 0,201 VB16 14aaVB4 15aa 0,031 VB16 15aa 0,049VB4 Total 0,994 1,249 VB16 Total 4,212 8,337VB5 6aa 0,074 VB17 6aa 0,320 0,112VB5 7aa 0,805 1,044 VB17 7aa 0,082 1,201VB5 8aa 0,949 0,608 VB17 8aa 0,359 1,255VB5 9aa 1,066 1,987 VB17 9aa 0,482 0,507VB5 10aa 2,168 1,265 VB17 10aa 0,598 0,331VB5 11aa 0,777 1,300 VB17 11aa 1,802 0,608VB5 12aa 0,970 0,194 VB17 12aaVB5 13aa 0,000 0,087 VB17 13aaVB5 14aa 0,163 0,046 VB17 14aaVB5 Total 6,899 6,607 VB17 Total 3,643 4,445VB6 6aa 0,088 1,401 VB18 6aa 1,041 0,112VB6 7aa 0,479 0,180 VB18 7aa 0,135 1,192VB6 8aa 0,933 1,865 VB18 8aa 0,194 0,522VB6 9aa 1,196 0,591 VB18 9aa 1,346 1,216VB6 10aa 2,319 1,525 VB18 10aa 0,382 0,781VB6 11aa 0,697 0,637 VB18 11aa 0,339 0,812VB6 12aa 1,755 0,501 VB18 12aa 0,050VB6 13aa 0,053 0,195 VB18 13aa 0,121 0,383VB6 14aa 0,307 VB18 14aaVB6 Total 7,826 6,895 VB18 Total 3,609 5,017VB7 7aa 0,654 0,096 VB19 7aaVB7 8aa 0,797 0,399 VB19 8aa 0,178VB7 9aa 0,617 0,669 VB19 9aa 0,296VB7 10aa 2,377 0,855 VB19 10aa 0,426VB7 11aa 0,322 0,290 VB19 11aa 0,371VB7 12aa 0,198 0,648 VB19 12aa 0,190VB7 13aa 0,200 1,487 VB19 13aa 0,101VB7 14aa VB19 14aa 2,983 5,067VB7 Total 5,166 4,443 VB19 Total 4,546 5,067VB8 4aa VB20 4aa 0,015VB8 5aa 0,114 VB20 5aa 0,015VB8 6aa 0,191 VB20 6aa 0,016 0,125VB8 7aa 0,190 0,160 VB20 7aa 0,113 0,287VB8 8aa 0,504 0,367 VB20 8aa 0,278 0,621VB8 9aa 1,507 1,086 VB20 9aa 0,253 0,332VB8 10aa 0,595 0,803 VB20 10aa 0,149 0,161VB8 11aa 0,261 0,273 VB20 11aa 0,093 0,058VB8 12aa 0,289 VB20 12aa 0,062VB8 13aa 0,047 VB20 13aa 0,019VB8 14aa VB20 14aa 0,031VB8 15aa VB20 15aa 0,012VB8 16aa VB20 16aa 0,022VB8 Total 3,537 2,850 VB20 Total 1,080 1,583VB9 6aa 0,070 VB21 6aa 0,127 0,111


Apêndice S 264VB9 7aa 0,163 VB21 7aa 0,264 0,303VB9 8aa 0,759 0,568 VB21 8aa 1,121 0,755VB9 9aa 0,979 1,071 VB21 9aa 0,740 0,888VB9 10aa 0,517 0,582 VB21 10aa 2,445 1,605VB9 11aa 0,195 1,252 VB21 11aa 3,652 1,841VB9 12aa 0,313 0,284 VB21 12aa 0,226 0,139VB9 13aa 0,334 VB21 13aa 0,116 0,309VB9 14aa VB21 14aa 0,183 0,120VB9 15aa 0,060 VB21 15aaVB9 Total 2,823 4,325 VB21 Total 8,874 6,070VB10 5aa VB22 5aa 0,350 0,066VB10 6aa VB22 6aa 0,675 0,412VB10 7aa 0,276 0,154 VB22 7aa 0,253 0,326VB10 8aa 0,186 0,749 VB22 8aa 0,634 0,365VB10 9aa 0,267 0,245 VB22 9aa 0,765 0,413VB10 10aa 0,295 0,549 VB22 10aa 1,445 4,257VB10 11aa 0,309 0,356 VB22 11aa 0,552 0,104VB10 12aa 0,085 VB22 12aa 1,020 0,106VB10 13aa 0,043 VB22 13aaVB10 14aa 1,480 0,180 VB22 14aa 0,080VB10 15aaVB22 15aaVB10 16aa 0,087 VB22 16aaVB10 Total 2,898 2,364 VB22 Total 5,775 6,049VB11 6aa 1,924 2,111 VB23 6aaVB11 7aa 0,189 VB23 7aa 1,038VB11 8aa 0,114 VB23 8aa 0,695 0,401VB11 9aa 0,199 2,108 VB23 9aa 1,452 0,785VB11 10aa VB23 10aa 0,791 0,422VB11 11aa 1,139 VB23 11aa 0,760 1,236VB11 12aa VB23 12aa 2,192 2,938VB11 Total 3,376 4,407 VB23 Total 6,928 5,783VB12 5aa VB24 5aa 0,016VB12 6aa VB24 6aa 0,078VB12 7aa 0,078 0,078 VB24 7aaVB12 8aa 0,230 0,134 VB24 8aa 0,017VB12 9aa 0,813 0,950 VB24 9aa 0,010 0,026VB12 10aa 0,428 0,517 VB24 10aaVB12 11aa 0,278 VB24 11aaVB12 12aa 0,450 VB24 12aaVB12 Total 2,277 1,679 VB24 Total 0,010 0,137


Apêndice T 265Apêndice T - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla WRS (EM9), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+180 D+360VB1VB2VB3VB4VB5VB6VB7VB8VB9VB10VB11VB12


Apêndice T 266Pré-Tx D+180 D+360VB13VB14VB15VB16VB17VB18VB19VB20- - -VB21VB22VB23VB24Figura T.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (EM1), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.


Apêndice T 267Tabela T.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla WRS (EM9), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+180 D+360FamíliaVBPré-TxD+180 D+360VB1 5aa VB13 5aa 0,052VB1 6aa VB13 6aa 0,029 0,115VB1 7aa 0,572 0,747 0,783 VB13 7aa 0,144 0,189 0,340VB1 8aa 0,531 0,623 0,816 VB13 8aa 0,310 0,826 1,407VB1 9aa 1,235 0,280 0,401 VB13 9aa 1,371 1,365 2,153VB1 10aa 1,367 0,319 0,419 VB13 10aa 0,545 0,811 1,884VB1 11aa 0,181 0,094 0,159 VB13 11aa 1,326 1,591 1,538VB1 12aa 0,730 0,037 0,080 VB13 12aa 0,039 0,025VB1 13aa 0,239 VB13 13aa 0,024 0,024VB1 Total 4,856 2,100 2,657 VB13 Total 3,720 4,874 7,514VB2 5aa 0,057 0,042 VB14 5aaVB2 6aa 0,124 0,088 0,092 VB14 6aa 0,067VB2 7aa 0,346 0,156 0,242 VB14 7aa 0,044 0,067 0,120VB2 8aa 0,671 1,453 0,549 VB14 8aa 0,539 0,723 0,626VB2 9aa 0,653 1,106 1,418 VB14 9aa 0,298 0,839 0,642VB2 10aa 2,375 0,444 1,296 VB14 10aa 0,480 1,241 1,601VB2 11aa 0,334 0,058 0,568 VB14 11aa 0,213 0,422 0,758VB2 12aa 0,112 0,103 VB14 12aa 0,164 0,189 0,124VB2 13aa 0,598 0,561 0,056 VB14 13aa 0,168 0,146VB2 14aa 1,167 0,042 0,502 VB14 14aaVB2 Total 6,437 3,907 4,826 VB14 Total 1,737 3,649 4,084VB3 5aa 0,035 VB15 5aaVB3 6aa 0,087 0,059 VB15 6aaVB3 7aa 2,246 1,947 1,513 VB15 7aa 0,080 0,036VB3 8aa 0,539 0,127 0,180 VB15 8aa 1,134 0,810 0,511VB3 9aa 0,629 0,307 0,465 VB15 9aa 0,216 1,609 0,939VB3 10aa 0,839 1,444 1,244 VB15 10aa 0,475 0,461 0,640VB3 11aa 1,800 1,360 1,024 VB15 11aa 1,297 1,153 0,803VB3 12aa 0,386 0,017 VB15 12aa 0,126 0,147 0,236VB3 13aa 0,035 VB15 13aa 0,410 0,184VB3 14aa 0,358 VB15 14aa 0,039VB3 15aa VB15 15aa 0,118VB3 Total 6,883 5,186 4,573 VB15 Total 3,365 4,709 3,350VB4 5aa 0,038 0,022 VB16 5aa 0,029VB4 6aa 0,634 0,047 0,072 VB16 6aa 0,340 0,048 0,103VB4 7aa 0,348 0,157 0,291 VB16 7aa 0,634 0,632 0,582VB4 8aa 1,887 2,043 1,468 VB16 8aa 0,864 0,360 0,753VB4 9aa 0,797 0,923 0,506 VB16 9aa 0,313 0,906 1,256VB4 10aa 0,419 0,052 0,098 VB16 10aa 1,987 1,851 1,599VB4 11aa 0,230 0,164 0,154 VB16 11aa 1,010 2,267 1,344VB4 12aa 0,039 0,023 VB16 12aa 0,449 1,592 1,267VB4 13aa 0,139 VB16 13aa 0,399 0,042 0,122VB4 14aa VB16 14aa 0,031VB4 15aa VB16 15aa 0,016


Apêndice T 268VB4 Total 4,531 3,386 2,633 VB16 Total 6,026 7,699 7,074VB5 5aa VB17 5aa 0,072VB5 6aa 0,050 VB17 6aa 0,085 0,225 0,153VB5 7aa 0,155 0,082 VB17 7aa 0,063 0,571 0,525VB5 8aa 1,682 0,369 1,016 VB17 8aa 1,453 1,269 1,056VB5 9aa 0,726 0,751 1,446 VB17 9aa 0,958 1,437 1,686VB5 10aa 4,163 0,696 1,576 VB17 10aa 1,968 1,265 1,355VB5 11aa 0,263 0,345 0,798 VB17 11aa 0,505 0,622 0,551VB5 12aa 0,256 0,133 0,230 VB17 12aa 0,483 0,577 0,321VB5 13aa 0,018 0,044 VB17 13aa 0,027 0,211 0,053VB5 14aa 0,053 0,082 VB17 14aa 0,031 0,108 0,067VB5 Total 7,245 2,365 5,324 VB17 Total 5,573 6,358 5,767VB6 5aaVB18 5aaVB6 6aa 0,051 0,076 VB18 6aa 0,073 0,234 0,158VB6 7aa 0,152 0,233 0,438 VB18 7aa 0,133 0,027 0,101VB6 8aa 0,416 0,574 1,197 VB18 8aa 0,171 0,113 0,467VB6 9aa 0,583 1,663 2,029 VB18 9aa 0,875 1,287 1,262VB6 10aa 1,911 0,866 1,678 VB18 10aa 1,868 1,396 1,806VB6 11aa 0,984 1,412 1,452 VB18 11aa 2,101 0,351 0,682VB6 12aa 0,261 0,110 0,189 VB18 12aa 0,077 0,106VB6 13aa 0,189 0,322 0,311 VB18 13aa 0,057 0,026 0,080VB6 14aa 0,522 0,059 VB18 14aaVB6 15aa VB18 15aa 0,069 0,293 0,405VB6 Total 5,017 5,231 7,428 VB18 Total 5,424 3,726 5,066VB7 8aa 0,160 0,261 0,355 VB19 8aaVB7 9aa 0,437 0,210 0,265 VB19 9aaVB7 10aa 1,206 0,747 0,644 VB19 10aa 1,806 3,458 2,404VB7 11aa 0,524 0,382 0,406 VB19 11aaVB7 12aa 0,282 0,302 0,239 VB19 12aa 0,505 0,847 0,583VB7 13aa 0,540 0,046 VB19 13aa 0,051VB7 Total 3,149 1,901 1,955 VB19 Total 2,363 4,304 2,988VB8 6aa 0,057 0,395 0,297 VB20 6aaVB8 7aa 0,127 0,207 0,293 VB20 7aaVB8 8aa 0,413 0,410 0,517 VB20 8aaVB8 9aa 0,649 0,806 0,993 VB20 9aaVB8 10aa 0,372 0,455 0,514 VB20 10aaVB8 11aa 0,067 0,104 0,160 VB20 11aaVB8 12aa 0,145 0,035 0,046 VB20 12aaVB8 13aa 0,440 0,023 VB20 13aaVB8 14aa 0,020 VB20 14aaVB8 Total 2,273 2,413 2,863 VB20 Total 0,000 0,000 0,000VB9 5aa 0,089 0,131 0,124 VB21 5aaVB9 6aa 0,193 0,059 0,090 VB21 6aa 0,118 0,118VB9 7aa 0,199 0,529 0,496 VB21 7aa 0,114 1,068 0,593VB9 8aa 0,813 0,195 0,398 VB21 8aa 0,196 1,429 1,245VB9 9aa 0,791 0,432 0,754 VB21 9aa 0,268 1,044 1,137VB9 10aa 1,838 1,442 1,372 VB21 10aa 0,473 1,037 1,273VB9 11aa 1,340 0,506 0,599 VB21 11aa 3,601 1,837 1,390VB9 12aa 0,142 0,691 0,376 VB21 12aa 0,064 0,638 0,361


Apêndice T 269VB9 13aa 0,262 0,054 0,150 VB21 13aa 0,118 0,144VB9 14aa 0,056 0,302 0,179 VB21 14aa 0,027VB9 15aa 0,075 VB21 15aa 0,081 0,040VB9 16aa 0,073 VB21 16aaVB9 Total 5,871 4,340 4,537 VB21 Total 4,717 7,370 6,329VB10 5aa VB22 5aa 0,132 0,095 0,079VB10 6aa 1,438 0,111 0,049 VB22 6aa 0,185 0,062 0,099VB10 7aa 0,133 0,067 0,044 VB22 7aa 2,202 4,202 2,471VB10 8aa 0,231 0,032 0,060 VB22 8aa 0,252 0,668 0,826VB10 9aa 0,640 0,636 0,362 VB22 9aa 0,356 0,964 1,007VB10 10aa 0,071 0,035 0,349 VB22 10aa 1,579 2,290 1,839VB10 11aa 0,947 0,881 0,871 VB22 11aa 1,432 2,646 1,772VB10 12aa 0,101 0,038 0,350 VB22 12aa 0,103 0,115VB10 13aa 0,804 0,068 0,065 VB22 13aa 0,026 0,036VB10 14aa 0,056 VB22 14aa 0,034VB10 15aa 0,171 0,037 VB22 15aaVB10 16aa 0,095 VB22 16aaVB10 Total 4,365 2,039 2,339 VB22 Total 6,139 11,056 8,278VB11 6aa 0,132 0,062 VB23 6aa 0,041VB11 7aa 0,069 0,348 0,287 VB23 7aa 0,320 0,619 0,381VB11 8aa 0,345 0,149 0,111 VB23 8aa 2,846 0,959 0,848VB11 9aa 0,453 0,535 0,636 VB23 9aa 0,841 2,167 1,763VB11 10aa 0,187 0,252 0,448 VB23 10aa 0,807 3,380 1,844VB11 11aa 0,394 0,125 0,252 VB23 11aa 0,623 1,262 0,974VB11 12aa 0,122 0,079 0,098 VB23 12aa 0,038 0,196 0,133VB11 13aa 0,053 0,053 0,087 VB23 13aa 0,052 0,050 0,033VB11 14aa 0,095 VB23 14aa 0,018VB11 15aa 0,071 VB23 15aaVB11 Total 1,717 1,741 1,982 VB23 Total 5,527 8,634 6,035VB12 6aa 0,034 VB24 6aaVB12 7aa 0,812 0,150 0,264 VB24 7aaVB12 8aa 0,496 0,787 0,551 VB24 8aa 0,002 0,005 0,003VB12 9aa 0,655 0,647 0,612 VB24 9aa 0,008 0,022 0,009VB12 10aa 0,527 0,668 0,574 VB24 10aa 0,007 0,023 0,009VB12 11aa 0,114 0,247 0,190 VB24 11aa 0,002 0,008 0,006VB12 12aa 0,280 0,216 0,093 VB24 12aa 0,056 0,012VB12 13aa 0,159 0,105 VB24 13aaVB12 14aa 0,075 0,040 VB24 14aaVB12 Total 3,043 2,896 2,359 VB24 Total 0,020 0,115 0,039


Apêndice U 270Apêndice U - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dopaciente <strong>com</strong> esclerose múltipla OLP (EM10), pré- e pós-TACTH.Pré-Tx D+270 Pré-Tx D+270VB1VB13VB2VB14VB3VB15VB4VB16VB5VB17VB6VB18VB7VB19VB8VB20VB9VB21VB10VB22VB11VB23VB12VB24-Figura U.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR no paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla OLP (EM10), pré e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando


Apêndice U 271primers específicos para as famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBVCDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong> gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos paraa família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>des arbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Ospicos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela U.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong>esclerose múltipla OLP (EM10), pré- e pós-TACTH.FamíliaVBPré-TxD+270FamíliaVBPré-TxD+270VB1 6aa VB13 6aa 0,484 0,705VB1 7aa 0,085 VB13 7aa 0,240 0,198VB1 8aa 0,709 1,446 VB13 8aa 0,698 0,607VB1 9aa 1,875 0,516 VB13 9aa 1,733 1,007VB1 10aa 0,781 0,049 VB13 10aa 2,319 3,514VB1 11aa 0,721 0,086 VB13 11aa 0,633 0,277VB1 12aa 0,164 0,269 VB13 12aa 0,243 0,048VB1 13aa 0,043 VB13 13aa 0,073VB1 14aa 0,074 VB13 14aa 0,081VB1 15aa VB13 15aa 0,035VB1 Total 4,453 2,366 VB13 Total 6,540 6,355VB2 4aa 0,071 1,678 VB14 4aaVB2 5aa 0,026 VB14 5aaVB2 6aa 0,183 0,348 VB14 6aaVB2 7aa 1,761 0,281 VB14 7aa 0,426VB2 8aa 0,914 1,027 VB14 8aa 1,100 0,353VB2 9aa 2,027 1,660 VB14 9aa 0,681 1,677VB2 10aa 0,965 1,279 VB14 10aa 0,705 0,260VB2 11aa 0,512 0,392 VB14 11aa 0,278 0,117VB2 12aa 0,124 0,095 VB14 12aa 0,040 0,069VB2 13aa 0,140 0,064 VB14 13aa 0,034VB2 14aa 0,077 0,045 VB14 14aaVB2 15aa 0,033 VB14 15aaVB2 Total 6,833 6,871 VB14 Total 2,805 2,934VB3 6aa 0,044 VB15 6aa 0,047 0,064VB3 7aa 1,258 0,104 VB15 7aa 0,129 0,281VB3 8aa 0,713 0,155 VB15 8aa 1,491 0,171VB3 9aa 0,260 0,529 VB15 9aa 1,145 1,948VB3 10aa 5,692 4,246 VB15 10aa 0,272 1,675VB3 11aa 0,066 VB15 11aa 0,840 1,002VB3 12aa VB15 12aa 0,485 1,155VB3 13aa VB15 13aa 0,055 0,041VB3 14aa VB15 14aa 0,078VB3 Total 7,966 5,101 VB15 Total 4,542 6,337VB4 4aa 0,048 VB16 4aaVB4 5aa 0,210 VB16 5aaVB4 6aa 0,263 0,061 VB16 6aa 0,078VB4 7aa 1,292 0,981 VB16 7aa 0,300 0,524VB4 8aa 1,387 0,519 VB16 8aa 0,279 0,535VB4 9aa 1,042 0,635 VB16 9aa 0,594 1,625


Apêndice U 272VB4 10aa 0,310 0,213 VB16 10aa 0,922 0,827VB4 11aa 0,081 0,199 VB16 11aa 0,667 1,173VB4 12aa 0,032 VB16 12aa 0,334 0,403VB4 13aa VB16 13aa 0,066 0,128VB4 14aa VB16 14aa 0,083 0,096VB4 15aa VB16 15aa 0,051VB4 16aa VB16 16aa 0,064VB4 Total 4,665 2,608 VB16 Total 3,322 5,425VB5 5aa 0,039 VB17 5aaVB5 6aa 0,132 0,075 VB17 6aa 0,365 2,808VB5 7aa 0,386 2,709 VB17 7aa 1,914 0,475VB5 8aa 1,930 0,360 VB17 8aa 0,219 0,672VB5 9aa 2,172 0,819 VB17 9aa 0,586 0,882VB5 10aa 2,535 1,981 VB17 10aa 1,038 0,903VB5 11aa 2,058 0,403 VB17 11aa 0,146 0,084VB5 12aa 0,324 0,244 VB17 12aa 0,071 0,136VB5 13aa 0,125 0,033 VB17 13aa 2,208 0,268VB5 14aa 0,100 0,048 VB17 14aaVB5 15aa 0,040 VB17 15aaVB5 Total 9,840 6,672 VB17 Total 6,546 6,229VB6 6aaVB18 6aaVB6 7aa 0,130 0,112 VB18 7aa 0,055VB6 8aa 0,920 0,513 VB18 8aa 0,239 0,440VB6 9aa 2,243 0,902 VB18 9aa 0,419 0,536VB6 10aa 5,106 2,404 VB18 10aa 0,645 0,546VB6 11aa 1,116 0,421 VB18 11aa 0,340 1,385VB6 12aa 0,242 0,067 VB18 12aa 0,181VB6 13aa 0,084 VB18 13aa 0,205 0,071VB6 14aa 0,050 0,121 VB18 14aaVB6 15aa 0,224 0,053 VB18 15aaVB6 Total 10,114 4,593 VB18 Total 2,084 2,978VB7 5aa VB19 5aa 0,053VB7 6aa 0,056 VB19 6aa 0,133 0,067VB7 7aa 0,032 VB19 7aa 0,059 0,015VB7 8aa 0,199 VB19 8aa 0,124 0,060VB7 9aa 0,760 0,255 VB19 9aa 0,146 0,387VB7 10aa 1,034 1,083 VB19 10aa 0,328 0,105VB7 11aa 0,680 0,383 VB19 11aa 0,154 0,282VB7 12aa 0,341 1,032 VB19 12aa 0,092 0,177VB7 13aa 0,057 VB19 13aa 0,062 0,020VB7 14aa 0,094 VB19 14aa 0,076 0,075VB7 15aa VB19 15aa 0,095VB7 Total 3,253 2,753 VB19 Total 1,174 1,336VB8 6aa 0,063 VB20 6aa 1,183 1,261VB8 7aa 1,963 0,288 VB20 7aa 0,038 1,717VB8 8aa 0,273 VB20 8aa 0,257VB8 9aa 0,151 0,688 VB20 9aa 0,100VB8 10aa 0,596 1,725 VB20 10aa 0,149VB8 11aa 0,026 0,049 VB20 11aa 0,030VB8 12aaVB20 12aaVB8 13aa 0,034 0,046 VB20 13aa


Apêndice U 273VB8 14aa VB20 14aa 0,079VB8 Total 2,771 3,131 VB20 Total 1,837 2,977VB9 6aa VB21 6aa 0,201VB9 7aa 0,139 VB21 7aa 0,123 0,068VB9 8aa 0,036 0,265 VB21 8aa 0,293 0,194VB9 9aa 1,215 2,013 VB21 9aa 0,600 0,563VB9 10aa 0,145 0,631 VB21 10aa 1,093 0,476VB9 11aa 0,144 0,329 VB21 11aa 0,356 0,440VB9 12aa 0,108 0,402 VB21 12aa 0,285 0,220VB9 13aa 0,190 0,479 VB21 13aa 1,487 2,602VB9 14aaVB21 14aaVB9 15aa VB21 15aa 0,498VB9 Total 1,837 4,257 VB21 Total 4,437 5,061VB10 5aa 0,058 VB22 5aa 0,057VB10 6aa 0,030 VB22 6aa 0,124 0,096VB10 7aa 0,409 0,177 VB22 7aa 0,195 0,111VB10 8aa 0,635 VB22 8aa 0,297 0,831VB10 9aa 0,480 0,129 VB22 9aa 0,556 0,774VB10 10aa 0,500 0,586 VB22 10aa 1,755 1,507VB10 11aa 0,031 0,209 VB22 11aa 0,600 0,696VB10 12aa 0,231 0,600 VB22 12aa 0,177 0,064VB10 13aa 0,081 VB22 13aa 0,262 3,529VB10 14aa 0,049 0,284 VB22 14aaVB10 15aa 0,036 0,234 VB22 15aaVB10 16aa 0,034 VB22 16aaVB10 Total 1,824 2,971 VB22 Total 4,023 7,608VB11 6aa 0,061 VB23 6aa 0,094VB11 7aa VB23 7aa 0,093 0,119VB11 8aa 0,758 VB23 8aa 0,558 1,012VB11 9aa 0,729 0,203 VB23 9aa 1,297 1,452VB11 10aa 0,536 0,076 VB23 10aa 0,998 0,114VB11 11aa 0,094 VB23 11aa 0,579 0,066VB11 12aa VB23 12aa 0,052 0,542VB11 13aa 0,130 VB23 13aa 0,167VB11 14aaVB23 14aaVB11 15aa 0,187 VB23 15aaVB11 Total 1,513 1,260 VB23 Total 3,837 3,304VB12 6aa 0,098 0,034 VB24 6aaVB12 7aa 0,541 1,826 VB24 7aaVB12 8aa 0,279 1,257 VB24 8aaVB12 9aa 2,233 1,518 VB24 9aaVB12 10aa 0,471 1,891 VB24 10aa 0,010VB12 11aa 0,044 0,080 VB24 11aa 0,006VB12 12aa 0,038 0,265 VB24 12aaVB12 13aa 0,064 VB24 13aaVB12 Total 3,769 6,872 VB24 Total 0,016 0,000


Apêndice V 274Apêndice V - Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR de linfócitos T do sangue periférico dosindivíduos-controle saudáveis DN12 e DN20.DN12 DN20 DN12 DN20VB1VB13VB2VB14VB3VB15VB4VB16VB5VB17VB6VB18VB7VB19VB8VB20VB9VB21VB10VB22VB11VB23VB12VB24Figura V.1. Repertório <strong>da</strong> cadeia Vβ do TCR nos indivíduos-controle saudáveis DN12 e DN20. O RNA totalfoi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primers específicos paraas famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping. Ca<strong>da</strong>


Apêndice V 275gráfico representa a intensi<strong>da</strong>de de fluorescência, que é proporcional ao número de transcritos para a família Vβ, <strong>em</strong> uni<strong>da</strong>desarbitrárias (eixo Y), <strong>em</strong> função do <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> região CDR3, <strong>em</strong> pares de bases (eixo X). Os picos destacados <strong>em</strong> azul <strong>em</strong>ca<strong>da</strong> gráfico correspond<strong>em</strong> ao tamanho de CDR3 <strong>com</strong> 10 resíduos de aminoácidos.Tabela V.1. Freqüência individual (%) dos segmentos <strong>da</strong> região CDR3 de ca<strong>da</strong> família Vβ do TCR efreqüência total (%) de ca<strong>da</strong> família Vβ <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico dos indivíduos-controlesaudáveis DN12 e DN20.FamíliaVBDN12DN20FamíliaVBDN12DN20VB1 6aa 0,047 VB13 6aa 0,175 0,077VB1 7aa 0,090 0,040 VB13 7aa 0,434 0,211VB1 8aa 0,327 0,188 VB13 8aa 0,947 0,770VB1 9aa 0,612 0,407 VB13 9aa 1,560 1,794VB1 10aa 0,580 0,416 VB13 10aa 2,002 1,216VB1 11aa 0,316 0,220 VB13 11aa 0,408 0,936VB1 12aa 0,127 0,078 VB13 12aa 0,197 0,066VB1 13aa 0,035 0,428 VB13 13aa 0,076VB1 Total 2,133 1,777 VB13 Total 5,798 5,071VB2 6aa 0,135 0,205 VB14 6aa 0,071 0,049VB2 7aa 0,447 0,482 VB14 7aa 0,114 0,246VB2 8aa 0,783 0,901 VB14 8aa 0,348 0,477VB2 9aa 1,093 1,740 VB14 9aa 0,913 0,639VB2 10aa 0,921 0,816 VB14 10aa 0,522 1,023VB2 11aa 0,283 0,411 VB14 11aa 0,418 0,293VB2 12aa 0,148 0,156 VB14 12aa 0,113 0,142VB2 13aa 0,070 VB14 13aa 0,060VB2 14aa 0,053 VB14 14aa 0,037VB2 15aa 0,019 VB14 15aa 0,036VB2 Total 3,810 4,854 VB14 Total 2,498 3,003VB3 6aa 0,126 0,115 VB15 6aa 0,068 0,071VB3 7aa 0,318 0,368 VB15 7aa 0,140 0,121VB3 8aa 0,535 0,549 VB15 8aa 1,508 0,615VB3 9aa 3,848 0,992 VB15 9aa 0,935 0,564VB3 10aa 0,537 1,227 VB15 10aa 1,102 1,340VB3 11aa 0,358 0,452 VB15 11aa 0,473 0,503VB3 12aa 0,129 0,159 VB15 12aa 0,135 1,403VB3 13aa 0,042 VB15 13aa 0,042VB3 14aa 0,034 VB15 14aaVB3 Total 5,851 3,938 VB15 Total 4,362 4,659VB4 5aa 0,057 VB16 5aaVB4 6aa 0,087 0,177 VB16 6aa 0,098 0,155VB4 7aa 0,250 0,449 VB16 7aa 0,344 0,389VB4 8aa 0,476 0,629 VB16 8aa 1,447 1,373VB4 9aa 0,382 0,425 VB16 9aa 1,622 1,412VB4 10aa 0,101 0,241 VB16 10aa 1,718 1,412VB4 11aa 0,059 0,141 VB16 11aa 1,723 1,143VB4 12aa 0,040 VB16 12aa 0,362 0,420VB4 13aa VB16 13aa 0,448 0,169VB4 14aa VB16 14aa 0,115 0,112


Apêndice V 276VB4 15aa VB16 15aa 0,037VB4 Total 1,354 2,158 VB16 Total 7,876 6,623VB5 6aa 0,099 0,173 VB17 6aa 0,223 0,170VB5 7aa 0,161 0,254 VB17 7aa 0,291 0,278VB5 8aa 0,951 1,439 VB17 8aa 1,079 0,864VB5 9aa 1,358 1,917 VB17 9aa 1,560 1,572VB5 10aa 1,742 0,987 VB17 10aa 1,642 1,662VB5 11aa 0,824 2,067 VB17 11aa 0,548 0,578VB5 12aa 0,248 0,137 VB17 12aa 0,279 0,156VB5 13aa 0,113 0,080 VB17 13aa 0,053 0,072VB5 14aa 0,044 0,034 VB17 14aa 0,074 0,051VB5 15aa VB17 15aa 0,054 0,071VB5 16aa VB17 16aa 0,085 0,064VB5 Total 5,539 7,088 VB17 Total 5,887 5,538VB6 6aa 0,194 0,145 VB18 6aa 0,044 0,044VB6 7aa 0,442 0,392 VB18 7aa 0,098 0,222VB6 8aa 1,798 1,434 VB18 8aa 0,499 1,007VB6 9aa 2,154 1,891 VB18 9aa 0,626 1,247VB6 10aa 2,003 3,624 VB18 10aa 0,749 2,055VB6 11aa 0,878 0,894 VB18 11aa 0,331 0,626VB6 12aa 0,481 0,420 VB18 12aa 0,168 0,257VB6 13aa 0,343 0,157 VB18 13aa 0,041 0,131VB6 14aa 0,133 VB18 14aa 0,048VB6 Total 8,293 9,090 VB18 Total 2,557 5,636VB7 7aa 0,073 VB19 7aaVB7 8aa 0,371 0,486 VB19 8aa 0,016VB7 9aa 0,516 0,545 VB19 9aa 0,011VB7 10aa 0,814 1,017 VB19 10aa 0,027 0,048VB7 11aa 0,554 1,001 VB19 11aa 0,005 0,021VB7 12aa 0,187 0,373 VB19 12aa 0,003 0,017VB7 13aa 0,118 0,142 VB19 13aa 0,004VB7 14aa 0,057 VB19 14aa 0,006VB7 Total 2,561 3,693 VB19 Total 0,036 0,123VB8 6aa 0,125 0,171 VB20 6aa 0,344VB8 7aa 0,172 0,271 VB20 7aa 0,494VB8 8aa 1,170 0,687 VB20 8aa 1,734VB8 9aa 0,741 1,065 VB20 9aa 1,050 0,015VB8 10aa 0,625 0,725 VB20 10aa 0,935VB8 11aa 0,209 0,521 VB20 11aa 0,539 0,008VB8 12aa 0,092 0,082 VB20 12aa 0,081VB8 13aa 0,049 VB20 13aa 0,008VB8 Total 3,133 3,572 VB20 Total 5,178 0,031VB9 6aa 0,048 1,124 VB21 6aa 0,120 0,068VB9 7aa 0,179 0,462 VB21 7aa 0,270 0,384VB9 8aa 0,798 0,731 VB21 8aa 0,849 0,843VB9 9aa 1,280 0,966 VB21 9aa 1,167 1,151VB9 10aa 0,974 1,205 VB21 10aa 1,644 1,920VB9 11aa 0,327 0,714 VB21 11aa 0,510 0,827VB9 12aa 0,162 0,278 VB21 12aa 0,388 0,249


Apêndice V 277VB9 13aa 0,110 VB21 13aa 0,130 0,144VB9 14aa 0,124 VB21 14aa 0,099 0,043VB9 Total 3,768 5,715 VB21 Total 5,180 5,630VB10 5aa VB22 5aa 0,135 0,042VB10 6aa 0,089 VB22 6aa 0,371 0,271VB10 7aa 0,076 0,227 VB22 7aa 1,003 0,578VB10 8aa 0,162 0,221 VB22 8aa 3,014 1,157VB10 9aa 0,335 0,732 VB22 9aa 2,488 1,679VB10 10aa 0,310 0,543 VB22 10aa 2,102 1,831VB10 11aa 0,286 0,420 VB22 11aa 0,469 0,475VB10 12aa 0,040 0,353 VB22 12aa 0,271 0,238VB10 13aa 0,423 0,124 VB22 13aa 0,184 0,056VB10 14aa 0,102 VB22 14aa 0,054VB10 15aa 0,371 0,080 VB22 15aaVB10 16aa 0,071 VB22 16aaVB10 Total 2,003 2,961 VB22 Total 10,038 6,380VB11 6aa 0,064 0,080 VB23 6aa 0,214 0,045VB11 7aa 0,217 0,136 VB23 7aa 0,378 0,154VB11 8aa 0,439 0,165 VB23 8aa 1,028 1,339VB11 9aa 0,958 1,496 VB23 9aa 1,279 1,815VB11 10aa 0,590 0,279 VB23 10aa 1,705 1,653VB11 11aa 0,402 0,267 VB23 11aa 1,097 1,712VB11 12aa 0,088 0,156 VB23 12aa 0,459 0,356VB11 13aa 0,066 VB23 13aa 0,086 0,487VB11 14aa VB23 14aa 0,089VB11 15aa VB23 15aa 0,073VB11 Total 2,759 2,645 VB23 Total 6,334 7,634VB12 6aa 0,127 VB24 6aaVB12 7aa 0,152 0,214 VB24 7aa 0,003 0,002VB12 8aa 0,621 0,299 VB24 8aa 0,011 0,005VB12 9aa 0,904 0,479 VB24 9aa 0,009 0,006VB12 10aa 0,577 0,295 VB24 10aa 0,017 0,018VB12 11aa 0,408 0,829 VB24 11aa 0,007 0,034VB12 12aa 0,112 VB24 12aa 0,002 0,002VB12 13aa 0,075 VB24 13aaVB12 14aa 0,030 VB24 14aaVB12 Total 3,005 2,117 VB24 Total 0,048 0,066


Apêndice W 278Apêndice W - Freqüência <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ do receptor de células T nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1, pré- e pós-TACTH.Freqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+100D+180D+270D+360Figura W.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 ALSR (DM2), pré- e pós-TACTH. O RNA total foiextraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primers específicos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong>paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice W 279AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180D+360BFreqüência (%)1514131211109876543210Pre-TxD+180D+3601 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBFigura W.2. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 LSM (DM1) (A) e WLS(DM3) (B) pré- e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primersespecíficos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice W 280AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180D+360BFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180Figura W.3. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> <strong>diabete</strong> melito do tipo 1 MGB (DM4) (A) eRLFS (DM5) (B) pré- e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usandoprimers específicos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice X 281Apêndice X - Freqüência <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ do receptor de células T nos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> esclerose múltipla, pré- e pós-TACTH.AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBD+480D+720D+1020BFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+360D+720Figura X.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla GG (DM1) (A) e SSS (EM3) (B) pré- epós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primers específicos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice X 282AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+360D+720BFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+360Figura X.2. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla DFG (EM4) (A) e ARJTA(EM5) (B) pré- e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primersespecíficos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice X 283AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180D+360BFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180Figura X.3. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla SHGE (EM6) (A) e MFM(EM8) (B) pré- e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primersespecíficos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice X 284AFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+180D+360BFreqüência (%)15141312111098765432101 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBPre-TxD+270Figura X.4. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico do paciente <strong>com</strong> esclerose múltipla WRS (EM9) (A) e OLP(EM10) (B) pré- e pós-TACTH. O RNA total foi extraído <strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primersespecíficos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR de ca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Apêndice Y 285Apêndice Y - Freqüência <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ do receptor de células T nos indivíduos controle-saudáveis DN12 e DN20.Freqüência (%)1514131211109876543210DN12DN201 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24Família VBFigura Y.1. Freqüência <strong>da</strong>s famílias Vβ do TCR <strong>em</strong> linfócitos T do sangue periférico dos indivíduos-controle saudáveis DN12 e DN20. O RNA total foi extraído<strong>da</strong>s células mononucleares do sangue periférico, transcrito <strong>em</strong> cDNA, amplificado usando primers específicos ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 24 famílias Vβ, e o repertório Vβ do TCR deca<strong>da</strong> paciente foi analisado pelo método de TCRBV CDR3 spectratyping.


Anexo A 286Anexo A - EDSS (Expanded Disability Status Score) (Kurtzke, 1983)ValorEDSSSintomas0 Normal1 S<strong>em</strong> incapaci<strong>da</strong>de, mas <strong>com</strong> alterações neurológicas <strong>em</strong> 1 sist<strong>em</strong>a1,5 S<strong>em</strong> incapaci<strong>da</strong>de, mas <strong>com</strong> alterações neurológicas <strong>em</strong> 2 sist<strong>em</strong>as2 Incapaci<strong>da</strong>de motora discreta2,5 Incapaci<strong>da</strong>de discreta3 Incapaci<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong>3,5 Deambulação plena <strong>com</strong> incapaci<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong>4 Deambulação plena de até 500m4,5 Deambulação plena até 300m, <strong>com</strong> alguma limitação e mínima assistência5 Deambulação plena até 200m, <strong>com</strong> alguma limitação e modera<strong>da</strong> assistência5,5 Deambulação plena até 100m, <strong>com</strong> limitações importantes6 Assistência constante, intermitente ou <strong>com</strong> auxílio de bengala, muleta ou suporte6,5 Não an<strong>da</strong>, restrito a cadeira de ro<strong>da</strong>s, transferência para cama e outros s<strong>em</strong> auxílio7 Não an<strong>da</strong>, restrito a cadeira de ro<strong>da</strong>s, transferência para cama e outros <strong>com</strong> auxílio7,5 Restrito ao leito; às vezes consegue transferir-se s<strong>em</strong> auxílio para a cadeira de ro<strong>da</strong>s8 Restrito ao leito8,5 Restrito ao leito, necessita de aju<strong>da</strong>; <strong>com</strong>unica-se e alimenta-se sozinho9 Estrito ao leito, necessita de aju<strong>da</strong>; não consegue se alimentar ou <strong>com</strong>unicar10 Morte devi<strong>da</strong> à esclerose múltipla


LISTA DE PUBLICAÇÕESVoltarelli JC, Couri CEB, Oliveira MCB, Stracieri ABPL, Moraes DA, Coutinho MA, Malmegrim KCR,Foss-Freitas MC, Simões BP, Foss MC, Burt RK. Autologous h<strong>em</strong>atopoietic st<strong>em</strong> cell transplantationfor type 1 <strong>diabete</strong>s mellitus. Bone Marrow Transplant. 2006, 37(S1):26.Voltarelli JC, Stracieri ABPL, Oliveira MCB, Godoi DF, Moraes DA, Pieroni F, Malmegrim KCR,Coutinho MA, Simões BP, Massumoto C, Hamerschlak N, Scheinberg M, Ferreira E, Coutinho M,Ostronoff M, Sturaro D, Dulley F. Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas <strong>em</strong> doençasreumáticas - parte 2: experiência brasileira perspectivas futuras. Revista Brasileira de Reumatologia2005, 45: 301-312.Voltarelli JC, Stracieri ABPL, Oliveira MCB, Godoi DF, Moraes DA, Malmegrim KCR, Coutinho MA,Simões BP. Transplante de células tronco h<strong>em</strong>atopoéticas <strong>em</strong> doenças reumáticas: experiênciainternacional. Revista Brasileira de Reumatologia 2005, 45: 229-241, 2005.Voltarelli JC, Oliveira MCB, Stracieri ABPL, Godoi DF, Moraes DA, Coutinho MA, Malmegrim KCR,Santos AC. Ha<strong>em</strong>atopoeitic st<strong>em</strong> cell transplantation for refractory Takayasu´s arteritis. Rheumatology2004, 43:1308-1309.Voltarelli JC, Couri CEB, Oliveira MCB, Stracieri ABPL, Moraes DA, Godoi DF, Coutinho MA,Malmegrim KCR, Foss-Freitas MC, Foss MC, Simões BP, Squiers EC, Burt RK.. Autologoush<strong>em</strong>atopoeitic st<strong>em</strong> cell transplantation for type 1 <strong>diabete</strong>s mellitus. Blood 2004, 104:5224.Malmegrim de Farias KCR, Saelens X, Pruijn GJM, Vandenabeele P, van Venrooij WJ. Caspas<strong>em</strong>ediatedcleavage of the UsnRNP associated Sm-F protein during apoptosis. Cell Death andDifferentiation 2003, 10: 570-579.Zampieri S, Mahler M, Blüthner M, Qiu Z, Malmegrim KCR, Ghirardello A, Doria A, van Venrooij WJ,Raats JMH. Re<strong>com</strong>binant anti-P protein autoantibodies isolated from a human autoimmune library:reactivity, specificity and epitope recognition. Cell and Molecular Life Sciences 2003, 60: 588-598.Malmegrim KCR, Pruijn GJM, van Venrooij WJ. The fate of U1 snRNP autoantigen during apoptosis:implications for syst<strong>em</strong>ic autoimmunity. IMAJ 2002, 4:706-716.Malmegrim KCR, Beishuizen A, Van der Sluijs Veer G, Vermes I. Time-resolved fluorometricimmunoassay of macrophage migration inhibitory factor: technical and clinical aspects. Journal ofClinical Ligand Assay 2000, 23:74-80.Medeiros BMM, Malmegrim KCR, Queiroz CA, Cangiani EE. Humoral immune response in Yersiniaenterocolitica O:3-infected Balb/c mice. Revista de Ciências Farmacêuticas 2000, 21:45-55.

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