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Avaliação da reconstituição imunológica em pacientes com diabete ...

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Introdução 14Entretanto, <strong>com</strong> o t<strong>em</strong>po, a capaci<strong>da</strong>de de recuperação após os surtos diminui e aincapaci<strong>da</strong>de neurológica <strong>com</strong>eça a piorar. Aproxima<strong>da</strong>mente 40% dos <strong>pacientes</strong> <strong>com</strong> EM-SR paramde apresentar os surtos e desenvolv<strong>em</strong> uma desord<strong>em</strong> neurodegenerativa progressiva secundária,associa<strong>da</strong> à inflamação crônica do SNC, conheci<strong>da</strong> <strong>com</strong>o EM progressiva secundária (EM-PS). Aevolução <strong>da</strong> forma progressiva secundária <strong>da</strong> doença é associa<strong>da</strong> <strong>com</strong> uma diminuição significante<strong>da</strong> freqüência de lesões que capturam gadolíneo e do volume do parênquima cerebral (atrofiacerebral). Enquanto no início, a forma EM-SR era sensível à imunossupressão, à medi<strong>da</strong> que o t<strong>em</strong>popassa, a resposta <strong>da</strong> EM à imunoterapia diminui e pode desaparecer <strong>em</strong> formas tardias <strong>da</strong> EM-PS.Atualmente, ao invés de ser considera<strong>da</strong> <strong>com</strong>o uma doença <strong>com</strong> duas formas, a EM v<strong>em</strong>sendo considera<strong>da</strong> uma doença contínua, mas caracteriza<strong>da</strong> inicialmente por eventos inflamatóriosagudos, e posteriormente pela indução secundária de um processo neurodegenerativo, refratário àimunoterapia. Já a forma primária progressiva é caracteriza<strong>da</strong> desde o início pela ausência de surtos,mas por um declínio gradual <strong>da</strong> incapaci<strong>da</strong>de neurológica. Clinicamente, essa forma de EM estáassocia<strong>da</strong> à falta de resposta a qualquer forma de imunoterapia (revisado por Hafler, 2004; H<strong>em</strong>meret al, 2002; Compston e Coles, 2002).O conceito <strong>da</strong> EM <strong>com</strong>o uma doença auto-imune inflamatória deriva do fato que a EMresponde a tratamentos imunomoduladores ou imunosupressores. Glucocorticóides sãoadministrados <strong>em</strong> altas doses durante as exacerbações clínicas <strong>da</strong> doença e atuam reduzindo ainflamação, o ed<strong>em</strong>a e produção de citocinas pró-inflamatórias. O tratamento <strong>com</strong> INF-β ou <strong>com</strong>Glatiramer-acetate (GA, copolymer-1, Cop-1) constitu<strong>em</strong> terapias aprova<strong>da</strong>s para a EM-SR. Ad<strong>em</strong>ais,vários agentes quimioterapêuticos que apresentam efeitos imunossupressores mais intensos eduradouros, tais <strong>com</strong>o a ciclofosfami<strong>da</strong>, mixantrone e azatioprina, são usados <strong>em</strong> estágios maisavançados <strong>da</strong> doença, ou seja, na transição de EM-SR para EM-PS, ou <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> que nãorespond<strong>em</strong> às terapias aprova<strong>da</strong>s (revisado por H<strong>em</strong>mer et al, 2002; Hafler, 2004; Sospedra e Martin,2005).A etiologia <strong>da</strong> EM ain<strong>da</strong> não foi esclareci<strong>da</strong>, mas <strong>com</strong> base no conhecimento atual, acreditaseque a doença se desenvolve <strong>em</strong> indivíduos geneticamente suscetíveis e requer odesencadeamento por fatores ambientais. A EM é altamente prevalente <strong>em</strong> caucasianos (0,05 -0,15%), mas raramente observa<strong>da</strong> <strong>em</strong> asiáticos e africanos. Parentes de primeiro grau de indivíduosafetados têm um risco aproxima<strong>da</strong>mente 20-50 vezes maior de desenvolver de doença (2-5%), e a

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