Em muitas empresas, anos sucessivos de cortes nos orçamentos, associados a políticasde redução de efectivos, têm depauperado as suas direcções de informática dosmeios humanos necessários, para enfrentar os novos desafios de negócio associadosa uma competitividade cada vez mais galopante. A desadequação de competências,consequência do aumento da complexidade e da proliferação de soluções tecnológicas,e a desmotivação dos efectivos são enfermidades das quais padecem um grandenúmero de direcções de informática.Por vezes, a falta de visão estratégica para as TIs, processos de avaliação das pessoaspouco transparentes, programas de formação sem nexo e o facto de poucos projectosterminarem dentro do “budget” e nos prazos previstos, são factores que afectam amoral das organizações informáticas e, consequentemente, a lealdade dos seus recursos.Estratégias e planos de sistemas muito elaborados, soluções aplicacionais inovadorase reduções de custos com “hardware” e “software”, dificilmente se traduzirão embenefícios para as empresas, se não forem acompanhadas de iniciativas para motivare dotar das devidas competências os efectivos das direcções de informática. Nolimite, podemos dizer que benefícios e impactos positivos na performance dasempresas, induzidos por investimentos em TIs, dificilmente serão conseguidos se assuas direcções de informática operarem de forma deficiente.Captar e reter profissionais qualificados e motivados é uma tarefa árdua e complexa,pelo que, paralelamente aos investimentos em soluções informáticas, as empresasdevem assegurar uma gestão efectiva dos seus recursos humanos. A criação de competênciase a avaliação de desempenho são, entre outros, pilares essenciais ao bomdesempenho de qualquer organização e requerem especial atenção do “management”,quando se equaciona fazer investimentos em TIs.A LiderançaPor último, mas não menos importante, alcançar padrões de alto desempenho, atravésdas TIs, requer liderança. Sem liderança não há estratégia que chegue a bomporto. Os responsáveis pelos sistemas de informação desempenham um papel crucialna concretização dos objectivos associados aos investimentos em TIs.Demonstrando ter conhecimento do negócio, visão estratégica, pragmatismo, consistênciae clareza no discurso, inspirando as equipas, etc.., os responsáveis pelas TIs,no seu papel de timoneiros de investimentos consideráveis (dependendo do sectorde negócio) podem e devem actuar como pilares fundamentais em processos demudança que conduzam a ganhos de produtividade.Visão da AccentureSensibilidade e um bom conhecimento das variáveis de negócio são fundamentaispara garantir uma perfeita articulação entre a estratégia e as soluções preconizadas.Resistir à tentação de tratar as TIs como um “brinquedo”, avaliando as alternativas e12
prioridades de investimento na óptica da “beleza” dassoluções tecnológicas adoptadas, é uma “armadilha”, àqual se deve resistir a todo o custo.Em contrapartida, como geradores de ideias inovadoras,com reconhecido potencial de valor acrescentadopara o negócio ou como fonte inspiradora, envolvendoe maximizando as suas equipas, os responsáveis pelasTIs terão um lugar na galeria de retratos dos agentesda mudança, com um contributo assinalável para o altodesempenho das suas organizações.Os responsáveis pelas TIs com padrões de desempenhosuperiores à média, são aqueles que conseguemestabelecer a “ponte” entre os objectivos de negócio eos vários investimentos, assegurando que os recursos(financeiros e humanos) são canalizados para os projectosde maior valor acrescentado.Um verdadeiro líder é aquele que consegue estabelecerum conjunto de métricas e aceita as consequências dosseus falhanços e sucessos. Investir em TIs, tal como emqualquer área de negócio, deve ser um exercício racionale quantificável, orientado para os resultados.Outsourcing das TIsMas investir em novas soluções informáticas, organizaçõese recursos humanos, na área das TIs, emboracom ganhos significativos no curto prazo, pode não sero suficiente para se alcançar um patamar de altodesempenho, diferenciador e sustentável a longoprazo.Manter a liderança e competitividade requer organizaçõesflexíveis, capazes de adaptar e fazer evoluir as suassoluções de TIs de acordo com os novos desafios denegócio, num espaço de tempo cada vez mais reduzidoe a custos inferiores.O Outsourcing, isto é, a externalização de funções desuporte e/ou de negócio (que no contexto das TIs podetraduzir-se, por exemplo, na externalização da gestão emanutenção de aplicações), não sendo um conceitorecente, surge como uma das vias credíveis pela qualpodem optar as organizações que procuram atingiralto padrão de desempenho, nomeadamente no querespeita aos custos em TIs, onde é realista esperarreduções dos custos totais das aplicações (Total CostOwnership) superiores a 30%.Mas o recurso ao Outsourcing, como factor de competitividade,baseado exclusivamente na redução, pura esimples, dos custos em gestão e manutenção das TIspode ser contraproducente e/ou limitativo, caso nãosejam salvaguardados aspectos tais como garantias denível de serviço – SLA (Service Level Agreement),modelos de partilha de risco e valor acrescentado associadoaos serviços externalizados. Visão, capacidade derealização, flexibilidade, qualidade do serviço, conhecimentodo negócio, competência técnica, escala, são,entre outros, critérios muito importantes a avaliar,quando se trata de optar pelo Outsourcing como chavepara o alto desempenho. Optar por parceiros credíveise com provas dadas é fundamental numa boa estratégiade investimentos em TIs, com recurso ao Outsourcing.Por exemplo, a Accenture, tirando partido dos quasequinze anos de experiência na prestação de serviços deOutsourcing, e com o objectivo de melhor ajudar osseus clientes a atingir altos padrões de desempenho,criou, e continua a desenvolver, uma rede mundial decentros de competência (que conta já com mais de30.000 profissionais), especializados em diferentestipos de Outsourcing (áreas financeiras, recursoshumanos, marketing, call-center, manutenção de aplicações,Data Center, gestão do infra-estruturas derede, gestão do parque de PC’s, etc.).No contexto desta rede, desenvolveu, em <strong>Portugal</strong>,para o mercado nacional e internacional, um Centrode Competência que presta serviços de Implementaçãoe Manutenção do sistema mySAP ERP para a áreade Recursos Humanos. A partir deste centro, ondeoperam dezenas de consultores especializados emimplementação e manutenção de diversos softwarespackages, realiza-se e implementa-se, remotamente,soluções SAP em vários países da Europa e asseguraseo suporte a sistemas em produção, disponibilizandoseserviços on-site e off-site, estes últimos garantidosatravés de conexões remotas seguras.“Por exemplo, a Accenture, tirando partido dos quase quinze anos deexperiência na prestação de serviços de Outsourcing, e com o objectivode melhor ajudar os seus clientes a atingir altos padrões de desempenho,criou, e continua a desenvolver, uma rede mundial de centros decompetência especializados em diferentes tipos de Outsourcing (áreasfinanceiras, recursos humanos, marketing, call-center, manutenção deaplicações, Data Center, gestão do infra-estruturas de rede, gestão doparque de PC’s, etc.).”13