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O CASO DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC Universidade de Santa ...

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18espacial urbana participam, <strong>de</strong> forma articulada e <strong>de</strong> acordo com os váriosinteresses envolvidos, os seguintes agentes: os proprietários dos meios <strong>de</strong>produção, os proprietários fundiários, os promotores imobiliários, o Estado e osgrupos sociais excluídos. (CORRÊA, 1989).Os proprietários dos meios <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>terminam a produção do espaçourbano, naquilo que mais interessa para suas ativida<strong>de</strong>s e interferem, também, na(re)organização das <strong>de</strong>mais formas <strong>de</strong> uso da terra.Os proprietários fundiários, por sua vez, fazem uso da prática da especulaçãoimobiliária e, com isso, o principal gerador <strong>de</strong> conflitos com os proprietários dosmeios <strong>de</strong> produção. Esses conflitos são “mediados” pelo Estado que, sob pressão,realizará ações <strong>de</strong> interesse dos proprietários dos meios <strong>de</strong> produção.O Estado é o regulador da ocupação do solo urbano, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>proporcionar melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida à população. De outra maneira, atua,também, como promotor imobiliário, pois aten<strong>de</strong> aos anseios dos <strong>de</strong>mais agentes <strong>de</strong>promoção da organização espacial urbana. Essa atuação se dá por intermédio <strong>de</strong>ações <strong>de</strong> financiamentos, <strong>de</strong>sapropriações, construção <strong>de</strong> habitações e dotação <strong>de</strong>infraestrutura.Os promotores imobiliários constituídos pelos diferentes agentes responsáveispelas operações <strong>de</strong> incorporação, construção, financiamento, estudos técnicos ecomercialização, possuem como principais ações estratégicas: a produção <strong>de</strong>habitações para a <strong>de</strong>manda solvável e a obtenção da ajuda do Estado para construirresidências para a <strong>de</strong>manda não solvável.Aos grupos sociais excluídos, por não possuírem renda suficiente que lhespossibilite o acesso à moradia digna, resta-lhes, então, os cortiços, residências<strong>de</strong>gradadas, a autoconstrução na periferia, a favela e habitações construídas peloEstado.A articulação <strong>de</strong>sses agentes possibilita, conforme seus vários interesses, darforma ao espaço da cida<strong>de</strong> por intermédio da verticalização urbana, que tem comoprincipal objeto/mercadoria, o edifício.Conforme Carvalho e Oliveira (2008), o edifício vertical é o elemento quepossibilita multiplicar o uso solo, transformando o espaço urbano. Esse objeto que,por muito tempo, simboliza metrópoles e gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, não lhes é maisexclusivo. Faz parte, também, do espaço <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> porte médio, como <strong>Santa</strong>Cruz do Sul.

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