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O CASO DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC Universidade de Santa ...

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24outras. Nessa promoção da organização espacial urbana, conforme Correa (1989, p.12), participam os seguintes agentes: “os proprietários dos meios <strong>de</strong> produção, osproprietários fundiários, os promotores imobiliários, o Estado e os grupos sociaisexcluídos.” Torna-se importante salientar que a ação <strong>de</strong>sses agentes dá-se <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> um aparato jurídico que, segundo Correa (1989) não é neutro, uma vez quereflete o interesse <strong>de</strong> um dos agentes, permitindo o uso <strong>de</strong> transgressões dalegislação que possibilitam aten<strong>de</strong>r os interesses do agente dominante. Há que sesalientar, também, que ocorrem conflitos entre esses agentes, mas também existempontos <strong>de</strong> interesse comum entre eles, especialmente, quando se trata da obtençãoda renda fundiária. Esse ponto <strong>de</strong> convergência dá-se notadamente entre osproprietários fundiários, os promotores imobiliários e proprietários dos meios <strong>de</strong>produção. Assim, conforme Correa (2011, p. 41), ao estabelecer relação entreagentes sociais, espaço e escala on<strong>de</strong> ocorrem as interações <strong>de</strong>sses agentes,enten<strong>de</strong> “[...] a produção do espaço como <strong>de</strong>corrente da ação <strong>de</strong> agentes sociaisconcretos, com papéis não rigidamente <strong>de</strong>finidos, portadores <strong>de</strong> interesses,contradições e práticas espaciais que ora são próprios <strong>de</strong> cada um, ora sãocomuns.”Conforme Ramires (1998) o espaço urbano é apropriado por agentesprodutores que fazem do espaço uma mercadoria para realizarem lucro. Hánecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumir com o objetivo <strong>de</strong> gerar renda a partir <strong>de</strong>sse espaço, umavez que esse consumo não está atrelado à busca <strong>de</strong> uma satisfação pessoal <strong>de</strong>ssesagentes.O espaço urbano, conforme Cunha e Smolka (1978), mesmo sendo umproduto, não é homogêneo e apresenta diferentes características. Essascaracterísticas são referente ao solo, quando dizem respeito à formação geológica,<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e vegetação que o compõe, entre outras, e <strong>de</strong> localização, que seapresenta sob a forma <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> a mercados, bem como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>diferentes usos do solo, como resultado da maneira como foi utilizadohistoricamente.Assim, para Cunha e Smolka (1978, p. 33),Essa diferenciação, enquanto condiciona as possibilida<strong>de</strong>s da produçãoespacialmente localizada, gera uma escassez relativa das terras maisacessíveis (ou <strong>de</strong> solos intrinsecamente mais úteis para a produção); fazcom que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> sua localização, uma mesma aplicação <strong>de</strong> capitalpossa gerar lucros diferenciais que, com a competição entre os produtores,assumem a forma <strong>de</strong> rendas fundiárias.

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