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O CASO DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC Universidade de Santa ...

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36<strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comércio e serviços. Destaca, ainda, que averticalização do espaço urbano: 1) é um processo inusitado por seu ritmo eamplitu<strong>de</strong>, 2) é um processo que se passa num país novo e dominado, e 3) é umfenômeno sui-generis, pois a verticalização no mundo sempre esteve vinculada maisaos serviços do que à habitação.Ainda, segundo Souza (1994), essa <strong>de</strong>stinação prioritária da verticalização noBrasil, ficou mais evi<strong>de</strong>nte após 1964, com a criação do Banco Nacional daHabitação (BNH). Trata-se, para a autora citada, do mais importanteinstrumento/agente financeiro do processo <strong>de</strong> verticalização no país.Nesse mesmo sentido, Somekh (1997), ao estudar a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo,i<strong>de</strong>ntificou que o Banco Nacional da Habitação e o Sistema Financeiro da Habitação(SFH) foram marcos importantes no processo <strong>de</strong> verticalização da capital paulista. Apartir da utilização <strong>de</strong> recursos financeiros do Fundo <strong>de</strong> Garantia por Tempo <strong>de</strong>Serviço (FGTS), o acesso a casa própria foi possível, também, à população <strong>de</strong> baixarenda. Somehk (1997, p. 22) caracteriza essa situação da seguinte forma: “Osempreendimentos imobiliários, antes caracterizados pela lentidão tanto na obtenção<strong>de</strong> recursos quanto na execução da obra, ganharam impulso, correspon<strong>de</strong>ndo igualascensão na curva <strong>de</strong> evolução do crescimento vertical.”Men<strong>de</strong>s (1992, p. 32) <strong>de</strong>fine verticalização como:Um processo intensivo <strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> solo urbano, oriundo <strong>de</strong> suaprodução e apropriação <strong>de</strong> diferentes formas <strong>de</strong> capital, principalmenteconsubstanciado na forma <strong>de</strong> habitação como é o caso do Brasil. Além daassociação junto às inovações tecnológicas que interferem no processo,alterando a paisagem urbana.Para Ramires (1997), a verticalização não po<strong>de</strong> ser entendida comoconsequência das possibilida<strong>de</strong>s técnicas que interferem <strong>de</strong> maneira natural naurbanização e, sim, como uma das possíveis opções dos diversos atores sociais e<strong>de</strong> setores econômicos inerentes às cida<strong>de</strong>s.Para Passos (2007), <strong>de</strong>ntre as várias estratégias para reproduzir o capital, averticalização urbana apresenta características que modificam o modo <strong>de</strong> viver nascida<strong>de</strong>s. Permite que um mesmo pedaço <strong>de</strong> terra, pela sobreposição <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>shabitacionais, passe a ser ocupado por várias famílias.Conforme Carvalho e Oliveira (2008), o edifício vertical é o elemento quepossibilita multiplicar o uso do solo, criado com as forças produtivas e as relaçõessociais.

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