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O CASO DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC Universidade de Santa ...

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222 A VERTICALIZAÇÃO COMO PRODUÇÃO <strong>DO</strong> ESPAÇO URBANOConceituar o espaço urbano tem se apresentado, ao longo do tempo, umatarefa nada fácil, mesmo reconhecendo-se que existem muitas <strong>de</strong>finições parabuscar-se o seu entendimento.Para trilhar um caminho na busca <strong>de</strong> melhor enten<strong>de</strong>r o significado <strong>de</strong> espaçourbano, optou-se antes por recorrer ao conceito <strong>de</strong> espaço, valendo-se <strong>de</strong> Santos(1997, p. 111) que se posiciona em relação à <strong>de</strong>finição da seguinte forma: “A<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> espaço é uma tarefa das mais difíceis e tem <strong>de</strong>safiado os especialistasdas respectivas disciplinas explicativas e normativas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a geografia àplanificação territorial.”Santos (1997, p. 77) <strong>de</strong>fine espaço como: “O espaço é, também e sempre,formado <strong>de</strong> fixos e <strong>de</strong> fluxos. Nós temos coisas fixas, fluxos que se originam <strong>de</strong>ssascoisas fixas, fluxos que chegam a essas coisas. Tudo isso, junto, é o espaço.” Ainda,segundo Santos (1997, p. 73) “O espaço é igual a paisagem mais a vida nelaexistente; é a socieda<strong>de</strong> encaixada na paisagem, a vida que palpita conjuntamentecom a materialida<strong>de</strong>.” Para Santos (1997), espaço é a totalida<strong>de</strong>, e que não seconfun<strong>de</strong> com a paisagem entendida, aqui, como aquilo que vemos, que a nossavista alcança.Enten<strong>de</strong>r o que é espaço trata-se <strong>de</strong> condição essencial para iniciar-se noestudo da cida<strong>de</strong> e entendê-la como espaço urbano. Conforme Santos (1996, p. 70)para estudar-se a cida<strong>de</strong> há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> articular-se o conceito <strong>de</strong> espaço, sobpena <strong>de</strong> não se saber sobre o que estamos tratando. Ainda, Santos (1996, p. 70) dizque o espaço é uma categoria histórica e seu conceito muda ao longo do tempo.Silveira (2003), enten<strong>de</strong>ndo a cida<strong>de</strong> como espaço urbano, reconhece adificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>finição, tendo em vista que os espaços urbanizados sãodiferentes <strong>de</strong> acordo com suas localizações e níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. O que seadota no Brasil, por exemplo, como critérios para <strong>de</strong>finir uma cida<strong>de</strong> não são osmesmos utilizados em outros países.Conforme Silveira (2003, p. 25), o espaço urbano não se trata <strong>de</strong> um meropalco das ativida<strong>de</strong>s humanas, mas sim o resultado <strong>de</strong> uma dinâmica social <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong>. Nesse sentido afirma que:

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