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6. - rio.rj.gov.br

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popular e erudita <strong>br</strong>asileira colonial do barroco.No Rio de entiio o direito autoral n8o e~tavare~ularnentado,a maior parte dos criadores niio sabiam da possivel funqiio deproduto vendavel e comercializavel das can~des. Sinh8 fieqiientavae era bem recebido em todas as rodas, em todos os circulossociais; obvio que, malandramente, tirou proveito disso por meio deuma estetica que curihamos como esperta. Sua maxima maisfamosa 6: "samba 6 como passarinho, 6 de quem pegar" 70.Pin~avaletras ernelodias alheias, desconhecidas emoutros circulos,reaproveitava refrdes e melodias de rua, mesclando essematerial as suas composi~6es geniais, apresentando tudo comofruto de seupoder de Reido Sambaas elites e 6rgZos de divulgavZoque lhe rendessem algum dinheiro, logo gasto em festas da boemia,sendo uma ponte entre o amadorismo hedonistada arte da canqiioe a suautilizaqiio no mercado como produto capitalista. Junte-se aisso aexigencia de uma vastaproduqiio em serie aque esse tip0 deuso capitalistao<strong>br</strong>iga. Sinh6, sem maquinapublicitAriapordetras,como ocorre hoje em dia, tinha que se autopromover em qualquersituaqiio para aumentar o public0 consumidor de sua arte. Aexighcia de produqiio, a que ele buscavaresponder comopodiapara &n minimo de lucro para suas noitadas e so<strong>br</strong>evivEncia,vinha do teatro de revistas (grande sucesso popular do pe<strong>rio</strong>do,com tres sessdes dikias para atender a demanda, uma das causasprincipais das misturas socio-culturais de musicos das camadaspo<strong>br</strong>es com intelectuais e musicos de formaqiio erudita e semierudita,um dos polos essenciais da industria de diversdes), daemergenciadaindustriado disco, dacriaqiio de sucessosanuais -e de meio de ano - de Carnaval e das casas de musicanas quais eletocava e vendia suas partituras, editadas geralmente por essasmesmas casas.Entre o alum<strong>br</strong>amento de Bandeirae ailuminaqiio que baixaem SinhG, ha uma diferenqa basica. Em Bandeira a condiqiioalum<strong>br</strong>adanasce da alteridade damatQia que se mostra belezanasua contingencia e prosaismo, em seu erotismo e ternura, em seumovimento sutil que suscita um jog0 de intuiqees, levando-o aafirmaq5o de que n5o faz poesia quando quer e sim quando ela, apoesia, quer. A matQia gera o sublime poetic0 que se refaz materiaverbal. Em Sinh8 o estado mistico advkm do sublime incorporado

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