Pequim, Chicago e Macau.A Lapa e' tambe'm tu, Graziela,Que is moqa e belaE tens o riso de rapaz ...Por ti, 6 Lapa, quero os que suspiram demagoa.c; .,0 dom Jaime, toca a mzisica sentidaDo teu corap7o desfeito pelo mundo queperdemos,Olha para o ce'u <strong>br</strong>anco da madrugada, Ovalle,Nllo te esqueqas da nossa LapaQue ju foi muito louvada pelos outros,Mas que e' nossa,Que e' de nds dois,Que somos dois grandes <strong>br</strong>asileiros.Lapa que jd foi de Olindina,Aquela que tinha olhos de lua!A arte de estabelecer contatosEm busca darealidade <strong>br</strong>asileira, o escritor modernista - ouseu clone bissexto, como bem atestam estes belos versos de DiCavalcanti - alarga seuespaqo de participaqilo e vivenciacotidiana.0s bin8mios publicolprivado, quartolrua, vidaindividuallvida coletivapassarn a se misturar e invadir, conformando uma tentativade apresentaqilo de nossas multiplas faces s6cio-culturais, numprocedimento de nitida interdependenciaentre arte e vida, que, emconseqiiencia, libera apesquisa revitalizante em va<strong>rio</strong>s campostCcnicos de criaqilo, como por exemplo na lingua, com umapredominhcia do prosaico, da fala <strong>br</strong>asileirapopular ("Avida nilome chegavapelosjornaisnempeloslivros/Vinhada bocado povona lingua erradado povolLingua certa do povol Porque ele C que
fala gostoso oportugues do Brasil") 2, no tom poitico com largoespectro de variaqiio, indo do ir8nico-coloquial ao solene, doparodic0 ao sublime, e no arranjo estrutural das o<strong>br</strong>as, em formade colagem, ready-made, montagem cinematograficareconcebidaliterariamente, entre outros. Novas tecnicas paraapresentaqiio deuma nova realidade: "o escritor modernista, persistente turistaaprendiz da realidade <strong>br</strong>asileira, viajante entre classes sociais,raqas, religiaes e paisagens do Brasil, desco<strong>br</strong>e umamatQianovae densa de criaqiio" 3.Estabelece-se uma vida de relaqgo criativana qua1 a experiZnciacoletivanasgrandes cidades - aparte que nos interessanestetrabalho -tern importiincia fulcral. Corn i,sso alguns locais, zonasurbanas, pontos de encontro, ganharn amplitude simbolica, construqgodos desejos e imaginaqaes de seus novos freqiientadoresmodernistas. A heterogeneidade urbana se mostraem suariqueza,compondo um painel largamente cantado e decantado por essesescritores, sendo upa espicie de arcabouqo existencial e estiticode suas o<strong>br</strong>as e atitudes.Entre casas, quartos, mas e bares, entre salaes literh<strong>rio</strong>s,prostibulos, livrarias, cabaris e cafis-cantantes,como entiio havia, entre tantos espaqos tiio diversos detantas cidades <strong>br</strong>asileiras, se construiuuma vida de comunicaqiioreal e efetiva por onde passou a experihciacoletiva dos modernistas. Por isso muitos nomes aindavi<strong>br</strong>am com a intensaressonincia do que ali foi vivido:o Franciscano, a rua Lopes Chaves, em Siio Paulo; noRio, o Lamas, o Reis, o Amarelinho, a Jose Olympio, oMangue, a Lapa, a rua Conde Laje ... Ai se travaramrelaqaes variadas entre mundos heterogheos: sakes daalta burguesia, da aristocracia paulista do cafi e movimentadosfocos davida boemia ca<strong>rio</strong>ca, em meio a gentepo<strong>br</strong>e, a Lapa ... Salaes, cafis, restaurantes, livrarias,cabares e botequins nFio foram apenas pontos de encontroda roda literaria dos anos 20 e 30; foram cadinhosde relaqaes importantes, pessoais e sociais - de classe,de raga -, relaqdes intersubjetivas, que acabaram por
- Page 2:
A partir do relato feito em cr6nica
- Page 7 and 8:
P&MIO CARIOCA DE MONOGRAFIA199510 P
- Page 9:
APRESENTACAO, 9PREFACIO, I I0 ENCON
- Page 14 and 15:
vem falar dela e a compartilha ate
- Page 16 and 17:
"corrompido" pel0 popular, nem vice
- Page 19: Meus agradecimen tos aBeatriz Resen
- Page 23: NA BOCAMnnuei BandeiraSempre tristi
- Page 26: margem nem leito, o rio. 0 Rio de J
- Page 29 and 30: primeira fase do modernismo brasile
- Page 31: NOTAS1 - BANDEIRA, Manuel. (1958) p
- Page 34 and 35: sei se exagero dizendo que foi na r
- Page 36 and 37: e aprendizagem dacidadania, de iden
- Page 38: naladeirado Curvelo, temacentral em
- Page 41 and 42: semicolonial, de economiaanirquica,
- Page 43 and 44: dos patriotismos civicos ufanistas
- Page 45 and 46: da historia, ao contriu-io das outr
- Page 47 and 48: aldeia global, para uma reinterpret
- Page 49 and 50: urn deles urnvalor sirnbolico na co
- Page 51 and 52: compradas doa compositores desconhe
- Page 53 and 54: tdcnicacomposicional intuitiva- ou
- Page 55 and 56: Contudo, o "sentido de reverencia a
- Page 57 and 58: intenq6es" e que niio se constrange
- Page 59 and 60: fisico terminal, podem ser situados
- Page 61 and 62: No caso de Graqa Aranha ha uma hipe
- Page 63 and 64: apesar da campanha de ridiculo da n
- Page 65 and 66: 15 - BATISTA, Wilson. LP. Se'rie Hi
- Page 67 and 68: 37- MOURA, Roberto. (1983) p.9338-
- Page 69: A beleza de IracemaCantando Cumparc
- Page 73 and 74: em que a Lapa nZio figurava ainda c
- Page 75 and 76: Deus ovalliano, era Ovalle deificad
- Page 77 and 78: samba ser considerado amaxixado: "f
- Page 79 and 80: Q UEM sA"O ELES?Carreiro, olha a ca
- Page 81 and 82: nuidade n8o abandona forqa erotica
- Page 83 and 84: damalandragemmais inteligente e mai
- Page 85 and 86: E o homenzinhoE perigosoSete Coroas
- Page 87 and 88: Marcava tambem, por outro lado, a a
- Page 89 and 90: maticamente, semas de redundiincia
- Page 91 and 92: letras apresentam amodemarealidade
- Page 93 and 94: contratado da laResidencia" numapen
- Page 95 and 96: sonradas por exercerem tal profissi
- Page 97 and 98: eservada aos boernios e outros tipo
- Page 99 and 100: 0 aspect0 sincrktico da cultura urb
- Page 101 and 102: desreprimidas e satinicas que tomam
- Page 103 and 104: de alguma entidade superior ancestr
- Page 105 and 106: Na cr8nica Candomble', usando outra
- Page 107 and 108: Sique, a escurinha de raizes afro-a
- Page 109 and 110: QUEM sA"O ELES? (samba)A Bahia e' b
- Page 111 and 112: 32 - MOURA, Roberto. (1 983) p.4033
- Page 113 and 114: poema, Opd, em sua homenagem. Alvar
- Page 115 and 116: 43 - T INHO~O, Jose Ramos. (1 972)
- Page 117 and 118: CARNAVAL E POESIA NA VIDA CARIOCANe
- Page 119 and 120: de slogans, maximas morais reestrut
- Page 121 and 122:
festivo da cidade cosmopolita seja
- Page 123 and 124:
participaqiio efetiva nas festivida
- Page 125 and 126:
civilizatorios recorrentes nos disc
- Page 127 and 128:
a ser o espaqo popular frequentado
- Page 129 and 130:
na vida concreta, danqando a vida i
- Page 131 and 132:
os laqos comunit~ios e de sangue ex
- Page 133 and 134:
freqiienciaafesta tal como ocorrian
- Page 135 and 136:
qar-se indignado no tema, que a fes
- Page 137 and 138:
arato, como se todos quisessem, emb
- Page 139 and 140:
em momentos privilegiados, a ponte
- Page 141 and 142:
modinheiros nacionais pop~llares; o
- Page 143 and 144:
BURRO DE CARGA(samba)(... )Deus fez
- Page 145 and 146:
inquestionaveis, funciona no reino
- Page 147 and 148:
Ha tambemum determinado tipo de con
- Page 149 and 150:
Ora vejam s6A mulher que ezl arranj
- Page 151 and 152:
Ou em Trem de ferro:06.. .Quando me
- Page 153 and 154:
CABECA E AS(samba)Nunca mais um car
- Page 155 and 156:
Se aqui o clima de magia niio perde
- Page 157 and 158:
Sabia, sabib cantou nu mataE anunci
- Page 159 and 160:
N6o ha mulciria nem mole'stia de Ch
- Page 161 and 162:
38 - WISNIK, Jose Miguel. (1989) p.
- Page 163 and 164:
DUO TEMATICO-ESTIL~STICO:ESTRELA DA
- Page 165 and 166:
dialogo, tambem pode nos ajudar com
- Page 167 and 168:
Te esperarei corn mafuas novenas ca
- Page 169 and 170:
a compreensiio da dubiedade formado
- Page 171 and 172:
especie de transe" em confront0 com
- Page 173 and 174:
JURA (samba)Jura jura juraPelo Senh
- Page 175 and 176:
de juramento de fidelidade que se m
- Page 177 and 178:
fragment0 de Deus nos livre (... do
- Page 179 and 180:
6 - DICIONARIO Pratico da Biblia Sa
- Page 181 and 182:
17 - Que vale a "nota" sem o carinh
- Page 183 and 184:
\20 - SILVA, Ismael. LP. Se'rie Nov
- Page 185 and 186:
interpessoais tradicionais. E uma c
- Page 187 and 188:
ALENCAR, Edigar de. Nosso Snhd do s
- Page 189 and 190:
CANDIDO, Antonio, CASTELO, Jose Ade
- Page 191 and 192:
LOPEZ, Tele Porto Ancona. Mario de
- Page 193:
SILVA, Maximiano de Carvalho e et a
- Page 196 and 197:
Baudelaire. 166Bernardes, Artur. 84
- Page 198 and 199:
Lamartine das Serenatas (ver Cearen
- Page 200 and 201:
TiaCiata. 83,95,96Tinhoriio Uose Ra
- Page 202 and 203:
COLEC~O BIBLIOTECA CARIOCAA ERA DAS
- Page 204 and 205:
Andrt Gardel nasceu em Canoas, RS,