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JUVENTUDES: É POSSÍVEL FALAR EM CULTURA JUVENIL?

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88sua consciência a tal pensamento. Neste diapasão, Williams (1979, p. 113) afirma que acultura“(...) todo um conjunto de práticas e expectativas, sobre a totalidade da vida: nossossentidos e distribuição de energia, nossa percepção de nós mesmos e nosso mundo.<strong>É</strong> um sistema vivido de significados e valores – constitutivo e constituidor – que, aoserem experimentados como práticas parecem confirmar-se reciprocamente.Constitui assim um senso da realidade para a maioria das pessoas na sociedade, umsenso de realidade absoluta, porque experimentada, e além da qual é muito difícilpara a maioria dos membros da sociedade movimentar-se, na maioria das áreas dasua vida”Nesse sentido, a hegemonia produz também contra-hegemonia, ou seja, a cultura dominanteproduz e limita, ao mesmo tempo, suas formas de contracultura.<strong>É</strong> inegável, a teoria materialista de cultura tem Williams como um de seus melhoresrepresentantes na medida em que, amplia o conceito no sentido de um processo integral davida, enfatizando a interdependência das várias esferas da realidade social e a atuação delascomo forças produtivas, ou seja, como elementos ativos na transformação social.Conclusão<strong>É</strong> “vero”, a juventude é um tema recente e encontra-se na pauta de estudiosos datemática juvenil, entretanto, reflexões aprofundadas acerca do tema são, ainda, bastantesincipientes, principalmente, no que tange ao desenvolvimento de uma racionalidade em tornodas juventudes e das violências, na escola. Tais ponderações incitam os estudiosos do tema arever o tema “juventudes” apreendendo sua pluralidade e diversidade, com vistas para adesconstrução e superação de alguns estereótipos, tais como, “o jovem é violento”, e/ou, “ojovem é irresponsável”.Ora, a categoria juventude, tem se tornado objeto de estudo das ciências sociais, destarte,como categoria política. Impende a promoção de discussões acerca da juventude tendo emvista a pluralidade no que diz respeito à diversidade de gênero, de pertencimento geracional,de classe social, de raça/etnia ou, mesmo, credo religioso, desconstruindo conceitoshegemônicos, dentre eles, “os jovens são todos iguais”, ou então, “a juventude é alienada.”Há um sério problema, portanto: para se alcançar maior nível de conscientização, háde se combater a hegemonia que domina nosso imaginário, combatendo-a com a consciência,

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