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relações mundo da vida e cultura no processo educativo

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11577caminho alternativo à razão, Habermas tem produzido reflexões e promovido debatesprofícuos nas áreas <strong>da</strong> filosofia, <strong>da</strong> sociologia e do direito que têm emprestado importantescontribuições à área <strong>da</strong> educação. Com forte presença acadêmica, Habermas tem se ocupadocom a pesquisa que diz respeito às condições de vi<strong>da</strong> do homem na civilização moderna.Mesmo não estando entre os teóricos que particularmente se ocupam com a discussãoa respeito <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> escolar, Habermas certamente traz contribuições que possibilitamenriquecer o debate, pois em sua teoria do agir comunicativo revela sua preocupação com avalorização dos aspectos <strong>cultura</strong>is do homem <strong>no</strong> encontro com os demais. Diante disso, agrande questão com a qual <strong>no</strong>s ocupamos neste trabalho assim se apresenta: Mundo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e<strong>cultura</strong>, que reali<strong>da</strong>de seria essa?DesenvolvimentoNa busca pelo desvelamento dessa questão, dialogamos com Habermas a partir de seustextos publicados a partir dos a<strong>no</strong>s 80, quando passa a enfocar o agir comunicativo.A partir <strong>da</strong> teoria do agir comunicativo (1987) Habermas trabalha a abor<strong>da</strong>gempolítico-<strong>cultura</strong>l dos homens que se relacionam entre si, por meio de <strong>no</strong>rmas lingüisticamentearticula<strong>da</strong>s, tendo como objetivo mútuo o entendimento. O conhecimento gerado a partirdesse encontro comunicativo tem em vista promover a emancipação dos indivíduos.O agir comunicativo pode ser compreendido como um <strong>processo</strong> circular <strong>no</strong> qual oator é as duas coisas ao mesmo tempo: ele é o iniciador, que domina as situaçõespor meio de ações imputáveis; ao mesmo tempo, ele é também o produto <strong>da</strong>stradições nas quais se encontra, dos grupos solidários aos quais pertence e dos<strong>processo</strong>s de socialização <strong>no</strong>s quais se cria. (HABERMAS, 1989, p. 166)Observando desta perspectiva, já é possível perceber que <strong>no</strong> bojo <strong>da</strong> teoria deHabermas está a consideração e o resgate dos valores sócio-<strong>cultura</strong>is.Podemos imaginar os componentes do <strong>mundo</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, a saber, os modelos <strong>cultura</strong>is,as ordens legítimas e as estruturas de personali<strong>da</strong>de, como se fossem condensações esedimentações dos <strong>processo</strong>s de entendimento, <strong>da</strong> coordenação <strong>da</strong> ação, e <strong>da</strong>socialização, os quais passam através do agir comunicativo. Aquilo que brota <strong>da</strong>sfontes do pa<strong>no</strong> de fundo do <strong>mundo</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e desemboca <strong>no</strong> agir comunicativo, quecorre através <strong>da</strong>s comportas <strong>da</strong> tematização e que torna possível o domínio desituações, constitui o estoque de um saber comprovado na prática comunicativa.(HABERMAS, 1990, p. 96)

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