relações mundo da vida e cultura no processo educativo
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11583conhecem a reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> escola ou que não estão dispostas a lançar um olhar sobre a reali<strong>da</strong>detão diversa e tão rica onde se insere. Urge repensar os conteúdos, os currículos e a formacomo estes são tratados. Devem ser definidos, sempre de <strong>no</strong>vo, os critérios sobre o que épreciso ensinar e aprender, quando e como, porque a escola é um grupo dinâmico, ca<strong>da</strong> umcom suas peculiari<strong>da</strong>des (MARQUES, 1992).Na<strong>da</strong> está pronto, acabado, pois tudo é retomado pelos sujeitos em interação. Assim,em vez de a escola insistir em lançar conceitos preestabelecidos <strong>no</strong> tempo, na forma como <strong>no</strong>passado foram definidos, promove em seu meio a busca <strong>da</strong> significação do que se lê, vê, ouve,escreve ou se faz, <strong>da</strong>s práticas sociais que historicamente foram se enraizando. Assim, osconceitos começam a sofrer modificações, o valor <strong>da</strong> história <strong>cultura</strong>l <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de passa aecoar, porque os sujeitos são outros, em ca<strong>da</strong> tempo. Assim, o ensi<strong>no</strong> começa quando omestre aprende com seus alu<strong>no</strong>s. Como Kierkegaard, ´o ensi<strong>no</strong> começa quando o mestreaprende com o discípulo, quando o mestre se situa <strong>no</strong> que o discípulo compreendeu, <strong>da</strong>maneira como o discípulo compreendeu` (MARQUES, 1992).A teoria apresenta<strong>da</strong> por Habermas encaminha a educação na perspectiva de umaracionali<strong>da</strong>de comunicativa, significando <strong>da</strong>r valor às questões que até aqui têm estadodesvincula<strong>da</strong>s <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem argumentativa e passem a ser considera<strong>da</strong>s parte do contexto doensinar e do aprender. Fala-se <strong>da</strong>s questões do <strong>mundo</strong> vivido. Evidentemente, que para issoocorrer, é necessário que sejam adotados procedimentos que ampliem os conceitospe<strong>da</strong>gógicos reinantes e os fun<strong>da</strong>mentos epistemológicos <strong>da</strong> educação e que estes sejamdemarcados em bases <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong> comunicação.A visão essencial de Habermas é a compreensão <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong>de, que, partindo <strong>da</strong>crítica <strong>da</strong> situação em vigor, encaminha para a superação <strong>da</strong> razão instrumental pela razãocomunicativa. Dentro dessa perspectiva, a educação é vista como <strong>processo</strong> <strong>no</strong> qual a vi<strong>da</strong> sealinha, via socie<strong>da</strong>de. Para a educação, eis que entra um componente fun<strong>da</strong>mental, aintersubjetivi<strong>da</strong>de.Habermas refuta os aspectos egoístas, individualistas e dominadores. Por outro,empenha-se por recuperar a universali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> razão. Abandona a filosofia <strong>da</strong> consciência,optando pela filosofia <strong>da</strong> linguagem. Segundo seu pensamento, o homem é capaz deestabelecer <strong>relações</strong> com o <strong>mundo</strong> físico, com os objetos, com seus desejos e sentimentos.Essas ações têm <strong>no</strong> <strong>mundo</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> as referências para as pretensões de ver<strong>da</strong>de eautentici<strong>da</strong>de. Considerando isso, Habermas se defronta com a plurali<strong>da</strong>de histórica e <strong>cultura</strong>l