13.07.2015 Views

relações mundo da vida e cultura no processo educativo

relações mundo da vida e cultura no processo educativo

relações mundo da vida e cultura no processo educativo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

11578A afirmação de Habermas aponta também para as práticas <strong>cultura</strong>is <strong>no</strong> ambienteescolar, bem como para as definições curriculares <strong>da</strong> escola. Na linha desse pensamento,ain<strong>da</strong> podemos ressaltar queTodo ato de intercompreensão pode ser concebido como fazendo parte de um<strong>processo</strong> cooperativo, de interpretação, procurando a definição intersubjetiva desituações — os conceitos dos três <strong>mundo</strong>s servem de sistemas de coordena<strong>da</strong>scomuns, <strong>no</strong>s quais os contextos situacionais podem ser ordenados de modo a que umacordo seja obtido sobre o que os participantes podem tratar enquanto estados defato, <strong>no</strong>rmas váli<strong>da</strong>s ou experiências subjetivas de vi<strong>da</strong>. (HABERMAS, 1987, p. 85-86)Esse pensamento segue <strong>no</strong> sentido <strong>da</strong> consideração <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> dos indivíduos na escolaou na comuni<strong>da</strong>de externa. As experiências a que Habermas se refere seriam as vivênciascotidianas que são marca<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s indivíduos, tornando-se reali<strong>da</strong>des cujos significadosprecisam ser considerados <strong>no</strong> ambiente escolar, podendo, inclusive contribuir com a dinâmicado currículo escolar.Para mim, <strong>cultura</strong> é o armazém de saber, do qual os participantes <strong>da</strong> comunicaçãoextraem interpretações <strong>no</strong> momento em que se entendem mutuamente sobre algo. Asocie<strong>da</strong>de compõe-se de ordens legítimas através <strong>da</strong>s quais os participantes <strong>da</strong>comunicação regulam sua pertença a grupos sociais e garantem soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de.(HABERMAS, 1990, 96)Ao desenvolver a categoria <strong>mundo</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, que considera pa<strong>no</strong> de fundo do agircomunicativo, Habermas observa:A prática comunicativa cotidiana, na qual o <strong>mundo</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> está centrado, alimentasede um jogo conjunto, resultante <strong>da</strong> reprodução <strong>cultura</strong>l, <strong>da</strong> integração social e <strong>da</strong>socialização, e esse jogo está, por sua vez, enraizado nessa prática. (HABERMAS,1990, p. 100)Ain<strong>da</strong> a esse respeito, em Teoria <strong>da</strong> Ação Comunicativa, Habermas (1987, p. 30)observa que “o conceito abstrato de <strong>mundo</strong> é condição necessária para que os sujeitos queatuam comunicativamente possam entender-se entre si sobre o que sucede <strong>no</strong> <strong>mundo</strong> ou o quese deve produzir <strong>no</strong> <strong>mundo</strong>”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!