352 Observaçõesdante foi sustada por compressão digital. Viu-se então que 1 / 8 depollegada da parede arterial estava intacto no lado externo daperfuração, e que do lado interno não persistia senão uma faixade adventícia de '/e de pollegada. A bala tinha passado atravezda artéria, levando toda a sua parede, excepto os bordos, e emseguida linha feito um grande orifício na veia 110 seu lado posteriore externo, mesmo acima do ponto de reunião com a veiaprofunda. A hemorragia venosa foi definitivamente sustada pormeio de sutura lateral, tendo a veia ao nivel da sutura ficadocorti o seu calibre muito reduzido; mas, desde que se levantaramas pinças de hemostase temporaria, a veia retomou umcalibre proximamente egual a um terço do calibre que apresentavaacima e abaixo da sutura, circulando o sangue.Relativamente á artéria, viu-se que a perda de substanciaque apresentava linha3 / 8 de pollegada do comprimento. Liberadan'uma extensão de duas pollegadas, fez-se a resecção de V2pollegada das suas paredes no ponto lesado, o o topo central foiinvaginado no pcripherico 110 comprimento de uma pollegada,por meio de quatro fios duplos que atravessavam todas as paredesda artéria. A adventicia linha sido dissecada na extensãode V3 de pollegada. Foram collocadas suturas 11a extremidadedo topo distai, compreendendo apenas a túnica media do topocentral. A adventicia foi collocada sobre a linha de união e suturada.Tiradas as pinças, a hemostase mostrou-se perfeita. O pulsoreappareceu desde logo na artéria abaixo do nivel da sutura, esentia-se, ainda que fracamente, na tibial posterior e na pediosa.A bainha vascular e tecido conjunctivo visinlios foram suturadosa catgut Sutura cutanea, sem drenagem.A operação tinha durado duas horas e meia, a maior partedas quaes tinham sido consagradas á sutura venosa. A artéria,pelo contrario, foi rapidamente suturada. O doente foi collocadode modo que a perna ficou elevada o envolvida em algodão.Em 11 de Outubro, quatro dias depois da operação, sentia-seo pulso da pediosa. Eni 8 de Dezembro, a circulação continuavaperfeita, não tendo o doente apresentado qualquer perturbaçãodepois da operação. Em 4 de Janeiro o doenle abandonou ohospital, sem edema ou qualquer perturbação circulatória.
— Suturas circularas da artérias 353OBSERVAÇÃO XIVKRAUSIS — Sutura circular da femoral consecutivaa resecção da artéria durante a extirpação de umtumor carcinomatoso. Bom resultado immediato.Gangrena e amputação.Deutsche medizinische Wochenschrift, 1900, Veroins-Beilage,pag. 82.Durante a extirpação de um tumor carcinomatoso teve queser reseccado um segmento de veia e de artéria femoraes.Hemostase temporaria com pinças de PEAN, cujos ramostinham sido protegidos coin cautchouc. Depois de se ter fortementeflectido a perna, o topo central foi invaginado no topoporipherico. Oito pontos de sulura, partindo do topo central, atres millimetros do bordo vascular, compreendendo as túnicasmedia e externa, penetravam de dentro para fóra na extremidadeperipherica, a um centímetro do topo seccionado, atravessandotoda a parede. Logo depois da sutura sentiram-se as pulsaçõesda artéria acima e abaixo do ponto suturado. Mais tardepor causa de gangrena, teve que ser feita a amputação.OBSERVAÇAO XVKUMMEL — Sutura circular da femoral consecutivaa resecção da artéria por tumor carcinomatoso. Recidivae morte ao fim de quatro meses.Munchener medizinische Wochenschrift, 1899, png. 1398.Durante a ablação duma massa cancerosa ganglionar daregião inguinal direita, encontrou-se a artéria femoral rodeadade substancia cancerosa por todos os lados.Liberada a artéria acima e abaixo, collocadas pinças guarnecidasde cautchouc, o segmento de artéria invadido foi reseccadona extensão de cinco centímetros. Depois de liberar soffi-23