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288 Trartsplantaçôrg casciitares. — Cap. /. — Historiamédio, a resecçào da metade anterior da aorta abdominalna extensão de dois centimetros. No orifícioda parede do vaso foi collocado e suturado um pedaçode peritonco forrado com o transverso, quetinha sido tirado da parede antero-lateral do abdómendo mesmo animal e conservado durante alguns minutosem vaselina. Em 24 de Novembro de 1908,isto é, vinte e dois mezes depois da operação, foifeita uma laparotomia. Descoberta a aorta abdominalconstatou-se que as suas pulsações eram normaes.Não havia vestígios apparentes da operação; o calibredo vaso não estava alterado; a consistência da paredeera perfeitamente normal. Apesar d'isso um examemais attento da parede anterior da aorta permittiudistinguir uma zona elliptica em que se notou umaligeira mudança de côr, o que mostrava bem que tinhahavido adaptação morphologica e funccional do retalhoperitoneal transplantado. CARREL fez então aresecçào de um segmento de aorta compreendendotodo o remendo, e restabeleceu a circulação fazendoa transplantação de um segmento de veia cava. Logoem seguida a resecçào, no segmento da aorta isolado,o retalho peritoneal tornou-se bem apparente, porqueo tecido aortico retraiu-se, desde que deixou de estardistendido pela pressão sanguínea, ao passo que azona peritoneal conservou as mesmas dimensões.Foi feito o exame histologico d'esta peça. A paredeformada pelo retalho peritoneal tinha a mesma espessuraque a parede normal constituída por tecidoaortico. As fibras musculares do transverso que forravamo retalho, tinham sido substituídas por fibrasconjunctivas muito alongadas, semelhantes ás fibrasmusculares da parede da aorta. Não havia producção