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EDIÇÃO 02 - Dezembro/05 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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fato de, na presença de cloro, ocorrer acloração de alguns desses compostosencontrados na água, particularmente,substâncias húmicas, levando à formaçãodos trihalometanos.A presença de estruturas fenólicasocorre naturalmente no meio ambiente,como resultado da decomposição devegetais no solo, no metabolismosecundário de plantas e aparecem comointermediários na formação de húmus(VILLAS BÔAS, 1999). O aumento nosníveis de fenol no ambiente é devido àsatividades industriais, principalmente,naqueles efluentes provenientes derefinarias, siderúrgicas e indústrias deprodutos químicos orgânicos (BASTOSet al,1997 apud VILLAS BÔAS, 1999).A presença desse e de alguns outroscompostos no reator podecomprometer os processos bioquímicosenvolvidos na degradação de material.Villas Bôas (1999) demonstrou, em seutrabalho, que ocorre uma seleção dosmicrorganismos presentes no lodo doreator biológico, quando submetidos aambientes estressantes, necessitando deum certo tempo para que haja umareconfiguração da microfauna presentenesse lodo. Em ambientes restritivos,observamos uma diminuição dadiversidade desses microrganismos. Napresença de concentrações variáveis defenol, Villas-Bôas mostrou que, à medidaque a concentração aumenta, ocorreuma seleção em favor de alguns grupos,tais como as do grupo Sporosarcina,Klebsiella (por exemplo, a Klebsiellapneumoniae).As vazões médias para esgoto brutoapresentadas pela ETE Barueri foi de6.1<strong>05</strong> L/s e estão dentro dos valores deprojeto. Assim, esse parâmetro não deveinterferir no desempenho do sistema. ATabela 8 mostra o IVL, a relaçãoalimento/microrganismos (F/M) e idadedo lodo (), para o lodo retirado doreator.Jordão (1998), em seu trabalho,discute o valor para o IVL que melhorrepresentaria uma boa sedimentalidadepara o lodo. Mostrou que em algumassituações nas quais o lodo apresentavaaltas concentrações e não sedimentava,o valor encontrado para o IVL estavaao redor de 130 mL/g. De acordo coma literatura clássica sobre operações deestações de tratamento, o autor cita oMOP-11 da WEF (1990), o qualsugere um valor acima de 200 mL/g,indicando um lodo de má qualidade.No entanto, Jordão (1998)demonstrou:(i) a viscosidade e resistência do lodonão estão relacionadas aos valores deIVL;(ii) a temperatura afeta a viscosidadeda amostra, alterando os resultados doteste;(iii) os ensaios devem ser feitos emproveta padrão.A utilização do índice volumétrico delodo diluído (Diluted Sludge VolumeIndex – IVLD) pode ser aplicado a lodoscom altas concentrações de sólidos ouem estado de intumescimento (JORDÃO,1998). As relações entre o IVLD e IVLsão da ordem de 0,58 a 0,77. Assim,para lodos com IVL de 149 mL/g, oIVLD correspondente foi de 86 mL/g.Desse modo, o método utilizado paramedição do índice volumétrico deve serescolhido com precaução para evitarfalsos resultados que possam levar aestratégias operacionais inadequadas.Os dados fornecidos para o IVL daETE Barueri mostram valores superioresa 200 mL/g para os meses de agosto/20<strong>02</strong> (251 mL/g), setembro/20<strong>02</strong>(288 mL/g), outubro/20<strong>02</strong> (203 mL/g).Em média, o valor do IVL para a ETEBarueri foi de 198,8 mL/g, no períodoconsiderado. Esses resultados não sãosatisfatórios e indicam problemasoperacionais.A Tabela 9 mostra as concentraçõesde coliformes presentes no esgoto brutoe efluente, para a ETE Barueri.Não há dados para avaliar osmicrorganismos que compunham olodo do reator da ETE Barueri, para operíodo considerado.Tabela 8 – Valores obtidos para os parâmetros IVL; F/M, idade do lodo da ETE BarueriFonte: SABESP, 2003Tabela 9 – Comparativa dos valores para coliformes na ETE BarueriFonte: SABESP, 2003dezembro 20<strong>05</strong>53

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