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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXI | N.º: 209 | Setembro <strong>2015</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
ENTRONIZAÇÃO<br />
Confraria dos Saberes e Sabores de Portugal em Zurique<br />
“O futuro<br />
é sempre o<br />
resultado daquilo<br />
que fazemos no<br />
presente.”<br />
páginas centrais<br />
Direito<br />
Problemas e soluções<br />
contratuais...<br />
- pág. 10<br />
Saúde<br />
Sarampo compromete imunidade<br />
até três anos após infecção,<br />
diz estudo... - pág. 15<br />
Culinária<br />
Chefe Luís Machado substitiu o<br />
Chefe Silva, que termina colaboração<br />
com o Lusitano - pág. 32
2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Edição anterior<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />
Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
Direcção<br />
044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />
Futebol<br />
_________________________________<br />
InCentro<br />
incentro@cldz.ch<br />
Publicidade<br />
076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />
Rancho folclórico<br />
076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
Serviços municipais de informação para<br />
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />
Horário de atendimento:<br />
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />
Conheça as principais<br />
razões na<br />
página 17
Setembro <strong>2015</strong><br />
Editorial<br />
Lusitano de Zurique<br />
3<br />
Votos de Humanismo<br />
Hoje, data em que esta revista será distribuída é também<br />
o dia de ir a votos. Hoje serão eleitos os representantes<br />
para as comunidades portuguesas na Suíça<br />
para o CCP, Conselho das Comunidades Portuguesas.<br />
Este ano existe apenas uma lista, intitulada “Em defesa<br />
dos Emigrantes”, que se propõem a lutar pelo<br />
ensino gratuito do português no estrangeiro, adequar<br />
o sistema consular às necessidades técnicas actuais<br />
e também de criar um sistema de apoio ao regresso<br />
dos portugueses a sua terra natal. Portanto se esta<br />
recenseado e ainda não foi votar, não perca tempo.<br />
Não deixemos que nos tirem também este órgão, bastante<br />
importante para fazer sentir a voz dos emigrantes<br />
portugueses espalhados pela Europa.<br />
Se existem casos de união dentro da nossa comunidade<br />
de que nos podemos orgulhar, como o caso de<br />
vários compatriotas de Brunhais, Póvoa de Lanhoso,<br />
que se uniram para trazer a festa e alegria aquela terra,<br />
que permanece apagada durante o ano, chorando<br />
a sua gente emigrada.<br />
Sandra Ferreira - Directora<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Também existem casos chocantes e diários que nos<br />
passam ao lado e para os quais são necessários medidas<br />
urgentes, assim com a união e a solidariedade<br />
de todos. Falo em particular dos casos dos refugiados<br />
que estão diariamente fugindo à morte certa, em direcção<br />
à terra prometida - a Europa. Mães, pais e filhos<br />
desesperados, percorrendo sem destino muitas<br />
vezes o caminho da morte. E nós assistindo a tudo<br />
isso sem podermos fazer nada. Para além de estarmos<br />
a perder cada vez mais o civismo e a solidariedade,<br />
também já perdemos o humanismo.<br />
Hoje podemos defrontar-nos com um ser humano a<br />
ser espancado até a morte à nossa frente e qual é a<br />
nossa atitude? Virar a cara e seguir em frente.<br />
Vamos procurar ser mais solidários e humanos. Hoje<br />
por eles, amanhã poderemos ser nós.<br />
Ficha técnica<br />
Publicidade<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Email: info@cldz.ch<br />
Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4Sandra Ferreira - CC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4Armindo Alves - CC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Redacção e Colaboração<br />
4Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />
4Maria José Bernardo CC nº29<br />
4Pedro Nabais CC nº 30<br />
4Joana Araújo CC nº27<br />
4Jorge Rodrigues CC nº33<br />
4Daniel Bohren4Zuila Messmer<br />
4Domingos Pereira4Marta Pérez<br />
4Mónica Carvalhais4Emília Farinha<br />
4Mendes Serafim4Manuel Beja<br />
4Carmindo de Carvalho<br />
4Euclides Cavaco4Carlos Ademar<br />
4Amadeu Homem 4Carlos Paz4<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessariamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Outras fontes:<br />
Publicidade:<br />
mribatejo@hotmail.com<br />
Tel.: 076 379 67 27<br />
Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não adopta<br />
Nem respeita o (des)Acordo<br />
Ortográfico.
4 Lusitano de Zurique Votos de Humanismo<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Festival folclórico<br />
12 e 13 de Setembro<br />
Sábado festival Domingo Concertinas (*)<br />
(*) Para a concentração<br />
de concertinas a inscrição<br />
custa 25.- Fr.<br />
com Almoço (sem<br />
bebida) mas com direito<br />
a uma lembrança de<br />
participação.<br />
Rancho Folclórico do Centro Lusitano de Zurique<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Rancho Infantil de Pfäffikon SZ<br />
Inscrições:<br />
António Fernandes:<br />
076 344 15 40<br />
Rui Alves:<br />
+41 78 606 44 81<br />
Sporthalle Unterrohr,<br />
Unterrohrstrasse 2,<br />
8952 Schlieren<br />
Cozinha tradicional portuguesa<br />
(comes e bebes)<br />
ABERTURA<br />
Rancho Folclórico Casa do Benfica de Genebra<br />
Rancho Mocidade dos Anjos Vieira do Minho<br />
Grupo Musical<br />
da Sala<br />
16:00<br />
Horas<br />
Nova<br />
Onda
Setembro <strong>2015</strong><br />
Cultura<br />
Lusitano de Zurique<br />
5<br />
A CERVELAS<br />
Homenagem à salsicha da nação<br />
Ela é muito popular. A cervelas,<br />
salsicha nacional<br />
da Suíça. Um livro publicado<br />
no dia da Festa Nacional<br />
homenageia essa<br />
especialidade popular<br />
que atingiu o estatuto de<br />
prato culto que reconcilia<br />
jovens e velhos, suíços<br />
alemães, suíços francesas<br />
e suíços italianos.<br />
A Suíça tem centenas de<br />
variedades de salsicha,<br />
mas nenhuma tem a notoriedade<br />
da cervelas.<br />
Praticamente todos os<br />
suíços têm lembranças<br />
de infância com essa salsicha,<br />
geralmente assada<br />
num fogo de madeira.<br />
Mas cuidado, tem o jeito<br />
certo de fazer: fazendo<br />
uma incisão em forma de<br />
estrela nas duas pontas<br />
da salsicha, antes de assar,<br />
espetada num galho<br />
verde antes de colocar<br />
na chama. Ela faz barulho<br />
no fogo, a pele fica marrom<br />
escuro; ela fica pronta quando as extremidades<br />
começam a se abrir como pétalas de uma flor. É uma<br />
experiência quase sensual.<br />
Na Exposição Universal de 1900, a cervelas foi servida<br />
como especialidade suíça, o que praticamente estabeleceu<br />
seu estatuto de salsicha nacional. Hoje ainda,<br />
ela resta a salsicha mais vendida no país: 160 milhões,<br />
quer dizer, 20 peças por habitante, por ano. Isso quer<br />
dizer que a cervelas é mais do que uma pequena salsicha.<br />
Em 176 páginas, os autores do livro estão aí para<br />
lembrar.<br />
(Imagens: ROTH SCHMID/AS Verlag,<br />
Texto: Gaby Ochsenbein/swissinfo.ch)<br />
(texto escrito em PT/BR)<br />
AQUI TAMBÉM<br />
SOMOS PORTUGAL.<br />
ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO DA SUÍÇA<br />
Rue de Lausanne, 67/69 - 1202 Genève<br />
Telf: 022 908 03 60 · Fax: 022 908 03 69<br />
Email: geneve@cgd.pt<br />
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6 Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
E tudo parou para ver Brunhais brilhar<br />
No verão de 2013 uma conversa<br />
entre amigos, em<br />
que o tema eram as festas<br />
do passado, então surgiu<br />
a ideia de voltar a fazer a<br />
festa em Honra de S. Paio<br />
Brunhais concelho da Póvoa<br />
de Lanhoso.<br />
De uma simples ideia rápido se tomou<br />
a decisão de “sim vamos fazer<br />
a festa” e assim se começou a contactar<br />
amigos e familiares entre Suíça,<br />
Luxemburgo e Portugal, para se<br />
formar um grupo de trabalho, a vontade<br />
foi unânime, todos estavam dispostos<br />
a levar este projecto em frente,<br />
foi agendada a primeira reunião<br />
onde se definiu a data De 31 de Julho<br />
a 2 de Agosto, estabeleceram prioridades<br />
e plano de trabalho, devido<br />
a crise que se fazia sentir, decidiu-<br />
-se organizar aqui na Suíça (Zurique)<br />
2 torneios de futebol de salão, um<br />
torneio de Sueca e jogos de Malha, e<br />
uma tasquinha em Portugal no mês<br />
de Agosto também com jogos de malha<br />
e um peditório porta a porta aos<br />
Imigrantes de Brunhais.<br />
Entre uns e outros se procuraram<br />
patrocinadores venderam-se rifas,<br />
e rápido se chegava dia 17 de Novembro<br />
dia do nosso torneio de futebol,<br />
um dia de muito stress mas<br />
nada que este grupo não estivesse<br />
preparado, um bom espectáculo de<br />
futebol compensado com as bancadas<br />
repletas tudo nos dava mais<br />
força para começar a trabalhar para<br />
o torneio de sueca e jogos da malha.<br />
O dia chegou e mais uma vez o<br />
resultado não poderia ser melhor.<br />
Chegando a Agosto mesmo de férias<br />
este grupo não parou e realizou a<br />
sua tasquinha em Brunhais Portugal<br />
para também angariar verbas para a<br />
festa, muito trabalho, mas mais uma<br />
vez compensatório.<br />
De regresso a Zurique continuou-se<br />
a preparar o segundo torneio que se<br />
realizou a 16/11/14, e mais uma vez<br />
superou as nossas expectativas.<br />
E assim chegava o dia tão esperado<br />
31 de Julho o inicio das nossas festas,<br />
Brunhais brilhava com a Igreja<br />
iluminada, arcaria nas ruas, a música<br />
entoava relembrando as festas de<br />
antigamente.<br />
Tudo o esforço feito durante estes 2<br />
anos estava ali recompensado o Grupo<br />
de trabalho como também para<br />
todos aqueles que de uma maneira<br />
ou de outra contribuíram para esta<br />
Festa, ver o respeito das pessoas nas<br />
procissões, ver a alegria na chegada<br />
dos bombos no peditório pela Freguesia,<br />
a Igreja cheia que tornou-se<br />
pequena para tanta gente, o recinto<br />
cheio para ver as bandas no seu melhor,<br />
ver e ouvir o grito de alegria das<br />
pessoas no final de cada sessão de<br />
fogo, dos comentários nas redes sociais,<br />
das felicitações que nos eram<br />
dadas pessoalmente, por tudo isto e<br />
muito mais e que valeu a pena trabalhar<br />
para estas pessoas, com este<br />
grupo que deu tudo de si.<br />
E assim se passaram os dias de festa<br />
que terminaram mas a marca ficou.<br />
Deixo aqui agradecimento a todas as<br />
entidades que nos patrocinaram ao<br />
longo destes 2 anos, não vou mencionar<br />
nomes pois a lista seria imensa,<br />
a todas as pessoas de Brunhais<br />
que contribuíram quer em Brunhais<br />
quer no estrangeiro, a todos aqueles<br />
que mesmo não sendo da nossa<br />
freguesia também deram a sua contribuição.<br />
Com isto me despeço dizendo do<br />
fundo do coração muito obrigado<br />
por nos terem ajudado a tornar o<br />
sonho realidade.<br />
“Brunhais e pequeno na sua área,<br />
mas grande na bondade no coração<br />
da sua gente “.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Comunidades<br />
Lusitano de Zurique<br />
7<br />
SEGUROS<br />
Doença ( krakenkasse )<br />
181.10 Chf ( adultos / +25 anos )<br />
194.00 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />
43.90 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />
VIDA, JURÍDICO<br />
ACIDENTES<br />
AUTOMÓVEL<br />
POUPANÇA REFORMA, etc...<br />
CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />
*Compra de outros créditos<br />
“Permissos” L, B, C<br />
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Schlossgasse 5 – 8003 Zürich<br />
Telm.: 076 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80<br />
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info@andradefinance.ch
8 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Setembro <strong>2015</strong>
Setembro <strong>2015</strong><br />
Comunidades<br />
Lusitano de Zurique<br />
9<br />
Os piolhos matam-se de muitas maneiras<br />
≈ Domingos Pereira ≈<br />
Exemplo disso foram<br />
as comemorações<br />
do 10 junho e<br />
outros encontros<br />
onde se encenam<br />
espectáculos de<br />
patriotismo, de autopromoção<br />
e dos<br />
amigos.<br />
Enquanto muitos<br />
de nós iniciávamos<br />
os preparativos<br />
das merecidas<br />
férias, gozarmos o<br />
merecido repouso<br />
na nossa querida<br />
pátria, por aqui<br />
sugiram acontecimentos<br />
que desafia<br />
o senso comum<br />
e que por isso, merecem<br />
estas minhas<br />
palavras.<br />
Dia de Portugal<br />
Este ano as comemorações<br />
oficiais do Dia de<br />
Portugal, de Camões e<br />
das Comunidades Portuguesas<br />
realizaram-se em<br />
Renens no Cantão Vaud a<br />
6 de junho. A organização<br />
esteve a cargo da Coordenação<br />
do Ensino Português<br />
na Suíça e Instituto<br />
Camões.<br />
A dimensão do evento levou<br />
a organização a råecorrer<br />
a uma sala de espectáculos,<br />
e para tal, (o<br />
Estado Português) teve a<br />
necessidade de recorrer<br />
a parceiros, (três instituições<br />
bancarias) “importantes<br />
para a expansão<br />
da língua portuguesa”...<br />
No Cantão Ticino também<br />
se realizaram as comemorações<br />
10 de junho<br />
extra-oficiais. Com um<br />
programa e organizadores<br />
diferentes, mas também,<br />
por uma instituição<br />
oficiais do Estado Português.<br />
As parcerias também<br />
foram necessárias.<br />
Sem a solidariedade das<br />
instituições bancárias (diferentes<br />
do evento oficial)<br />
e de casas vinícolas alentejanas,<br />
(cada uma contribuiu<br />
com o produto que<br />
melhor elaboram) o 10 de<br />
Junho (extra-oficial) não<br />
se comemorava nesta região.<br />
Grandes valores<br />
patrióticos…<br />
Realidade virtual<br />
Por sua vez, o Consulado<br />
Geral de Portugal em Zurique<br />
e o seu sistema de redes<br />
interligadas (internet)<br />
não funcionou e ainda<br />
não funciona. E assim, os<br />
funcionários para aguentar<br />
as consciências… e a<br />
incompreensão do utente,<br />
tentavam esclarecer;<br />
“é o servidor que não funciona,…<br />
é novo, foi colocado<br />
á pouco tempo…”. Certamente<br />
o fornecedor foi<br />
o mesmo dos consulados<br />
virtuais. Felizmente que<br />
estado investiu alguns milhões<br />
para trazer os benefícios<br />
que são esta triste<br />
realidade.<br />
É caso para dizer que “o<br />
sistema entrou de férias”.<br />
Esforço<br />
Para a embaixada de Portugal<br />
em Berna, o Estado<br />
Português (com enorme<br />
sacrifício) fez a nomeação<br />
de um técnico principal<br />
para a área social, - depois<br />
de há um ano ter despedido<br />
o anterior.<br />
É de louvar “o esforço”<br />
dos senhores responsáveis<br />
pelo Ministério dos<br />
Negócios Estrangeiros (e<br />
ao que tudo indica) com<br />
a contribuição do Secretario<br />
de Estado das Comunidades.<br />
Ao colocarem<br />
neste cargo, um representante<br />
muito próximo<br />
do governo, a deputada<br />
(em funções até ao final<br />
do mandato) do PSD Maria<br />
Ester Vargas com acento<br />
na assembleia da república<br />
pelo ciclo eleitoral<br />
de Viseu.<br />
Esta nomeação vem satisfazer<br />
os interesses dos<br />
cidadãos e do estado português<br />
pelas seguintes<br />
razões: Demostra a disponibilidade<br />
dos deputados<br />
da coligação e a sua capacidade<br />
de acumular cargos,<br />
funções em países<br />
diferentes e vários ordenados.<br />
No caso concreto<br />
de técnico principal para<br />
a área social é equivalente<br />
ao de um diplomata<br />
(regime de comissão especial).<br />
Certamente, será<br />
pelo motivo que, depois<br />
de terminar esta comissão<br />
de serviço (de três<br />
anos) a senhora deputada<br />
alcançará o ultimo patamar<br />
profissional, a idade<br />
de reforma?...<br />
Acçôes<br />
Uma vez mais, o Secretario<br />
de Estado e das Comunidades<br />
(SEC) tem mostrado<br />
valores de rigor nas<br />
contas do ministério, na<br />
execução e cumprimento<br />
dos seus deveres em<br />
nome da cultura e identidade<br />
portuguesa.<br />
Desta vez, no passado<br />
mês de junho, o responsável<br />
por pelouro da SEC<br />
apadrinhou, – e muito<br />
bem - assim como o colega<br />
partidário (deputo eleito<br />
pelo ciclo da europa) a<br />
constituição de uma confraria<br />
(dos sabores e saberes)<br />
que tem por objectivo<br />
“promover” a cultura<br />
portuguesa…<br />
Os organizadores do<br />
evento, rigorosos no cumprimento<br />
do seu dever,<br />
quiseram oferecer o melhor<br />
aos seus confrades<br />
num dos locais mais requintados<br />
e com grande<br />
tradição e historia no sector<br />
vinícola na área de Zurique.<br />
Mas como não queriam<br />
perder o controlo<br />
das contas recorreram ao<br />
patrocínio “da Câmara de<br />
Viseu, que pagou tudo”!<br />
Isto sim, são acções com<br />
mérito! Um confrade representante<br />
do estado<br />
português no continente<br />
patrocina - em varias dezenas<br />
de milhares - acções<br />
do departamento do<br />
outro confrade no estrangeiro.<br />
É como diz o povo, os piolhos<br />
matam-se de muitas<br />
maneiras!
10 Lusitano de Zurique Direito<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Contratos<br />
M.L. lavou e passou a ferro a roupa ao<br />
seu senhorio, que vive no mesmo prédio,<br />
2 vezes por mês. Ela anotou na sua<br />
agenda a cada vez em que dia tinha trabalhado<br />
e quantas horas. Estava combinado<br />
que o senhorio pagaria este<br />
serviço. O senhorio nunca pagou nada<br />
durante toda a relação locativa de cerca<br />
de um ano. Depois de o senhorio ter<br />
apresentado a queixa junto do Organismo<br />
de arbitragem de assuntos de locação,<br />
M.L. quer também exigir o seu salário.<br />
Ela quer saber, o que tem de fazer<br />
para isso.<br />
O acordo segundo o qual M.L lavaria e passaria a ferro<br />
a roupa do senhorio, que vive na mesma casa, não<br />
foi fechado juntamente com o Contrato de alocação<br />
(contrato de arrendamento) e não era por isso parte<br />
integrante dele. Para a exigência do salário de M.L. não<br />
é competente o Organismo de arbitragem de assuntos<br />
de locação. Ela não pode exigir o seu salário no processo<br />
do Organismo de arbitragem de assuntos de locação,<br />
tendo sim de apresentar a sua exigência junto<br />
do juiz comunal e, se aí não houver acordo, junto do<br />
Tribunal de Trabalho.<br />
O acordo para lavar a roupa foi feito oralmente: Um<br />
contrato de trabalho oral é válido. Para uma exigência<br />
de trabalho M.L. tem todavia de pelo menos provar<br />
que trabalhou e quanto trabalhou para o seu senhorio.<br />
Se ela pudesse provar que lavou a roupa do seu senhorio<br />
e quantas vezes lhe lavou a roupa, então o tribunal<br />
determinaria um salário normal para tais relações laborais.<br />
Se no entanto o senhorio contesta, que M.L trabalhou<br />
para ele, é muito difícil prová-lo, porque nada<br />
foi acordado por escrito, para além do filho do senhorio<br />
não há testemunhas e M.L. apenas exige o seu salário<br />
após mais de um ano e, a saber, apenas depois de o<br />
senhorio ter apresentado queixa contra ela devido ao<br />
contrato de locação. Tal pode parecer ao tribunal como<br />
uma “ato de vingança”. M.L. escreveu na sua agenda<br />
em que dias trabalhou e quantas horas trabalhou. Mas<br />
isto não serve como prova, sendo apenas uma pura<br />
afirmação, porque as notas na agenda também poderiam<br />
ter sido feitas posteriormente com vista a arranjar<br />
provas para a queixa. Existe pois um grande risco,<br />
que M.L. perderia o processo por falta de provas, o que<br />
lhe poderia custar facilmente Fr. 3’000 de custas judiciais<br />
e indemnização das partes, acrescidos dos custos<br />
do seu próprio advogado de aproximadamente Fr.<br />
5’000. Se tivermos em conta de que a exigência salarial<br />
pelo lavar e passar a ferro da roupa monta no máximo<br />
a CHFr. 6.000 (dependendo do salário-hora estipulado<br />
pelo tribunal), o processo não vale a pena de um<br />
ponto de vista económico, porque o risco de perder o<br />
processo, que custaria a M.L. Fr. 8’000, é nitidamente<br />
maior, do que a hipótese de ganhar o processo e assim<br />
ganhar Fr. 6’000. A avaliação desta situação seria outra<br />
se M.L. tivesse um seguro contra o risco processual,<br />
porque este arcaria com todos os custos (custas de<br />
tribunal, indemnização das partes, custos do próprio<br />
advogado) e M.L. só poderia assim ganhar. Acontece<br />
aliás, que seguros contra o risco processual recusam<br />
arcar com custos, quando as hipóteses de ganhar são<br />
pequenas, como, por exemplo, quando não há provas<br />
para a exigência apresentada. É por isso importante<br />
perguntar antes de uma queixa, ao seguro contra o risco<br />
processual, se os custos são suportados por ele no<br />
caso concreto.<br />
M.L. quer saber se vale a pena fechar um seguro contra<br />
o risco processual. Um seguro contra o risco processual<br />
vale basicamente a pena, porque os processos<br />
perdidos são relativamente caros e só raramente há<br />
processos, onde se saiba de início com 100% de hipóteses,<br />
que se vai ganhar. Muitas pessoas prescindem por<br />
este facto, segundo a minha experiência, de exigências<br />
bem fundadas, por terem medo dos possíveis custos.<br />
Os prémios de um seguro contra o risco processual de<br />
Fr. 400 a Fr. 500 por ano não são exagerados. Nenhum<br />
seguro suporta no entanto os custos de um processo,<br />
que seja previsível já no momento do fecho do seguro.<br />
Se M.L. fechasse por consequência agora um seguro<br />
contra o risco processual, este não suportaria os custos<br />
do processo para a exigência do salário face ao senhorio.<br />
Tem perguntas que digam respeito ao direito?<br />
Envie a sua pergunta com a indicação “Lusitano” a:<br />
Bohren Rechtsanwalt, Postfach<br />
229, 8024 Zürich<br />
ou para: mail@dbohren.ch<br />
ou grave a sua pergunta no respondedor automático do<br />
Lusitano 044/241 52 60
Setembro <strong>2015</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
11<br />
Mudanças no tempo ...<br />
Hoje lidar com os membros<br />
da família, transmitir valores e<br />
boas virtudes, não é fácil. Mas<br />
eu penso que nunca o foi. Eu<br />
não culpo o tempo, mas sim<br />
como se vive. Aliás certos modos<br />
de vida. O tempo contínua<br />
igual, 24 horas diárias, horas<br />
Mendes Serafim<br />
para trabalhar, comer, dormir.<br />
Concordo que o tempo mude.<br />
E tanto que existem dias que<br />
à partida eram para nascerem de céu limpo e nascem<br />
cheios de nuvens. Mas não é por serem assim,<br />
que esses mesmos dias mudam de nome ou de número<br />
de mês! Então porquê culpamos os tempos de<br />
certos males que aparecem na nossa vida. Sabes que<br />
mais! “Mesmo que por vezes para impores, transmitires<br />
valores e virtudes, que foram caminho a seguir<br />
dos nossos antepassados queridos, sejas apontado<br />
como antiquado. Não te importes, que eu também<br />
não”. Importante é que esteja a viver e ensinando<br />
pelo amor baseado na humidade, fraternidade, sereno<br />
e acolhedor, longe da ganância, egoísmo e da<br />
vaidade. E podes crer que o resultado virá. Do bem<br />
só pode vir bem. Já agora: É normal filhos criarem<br />
certos problemas ao terem que respeitar e aceitar<br />
valores e virtudes. Anormal é nós (Pais) tornarmo-<br />
-nos medrosos perante eles. Andarmos mandados<br />
por eles. Escravos deles. Ai...sim. “”Grande mudança<br />
de Tempos... Estou convencido que actualmente, não<br />
são os filhos que têm culpa de certas atitudes, mas<br />
sim nós os pais, já que estamos a perder autoridade<br />
perante eles. Queremos que eles sejam felizes, mas<br />
não lhes ensinamos a parte principal para atingir a felicidade.<br />
Maturidade. ! Sabes como a maior de parte nós<br />
educamos: “”Em vez de o rio desaguar no mar; é o mar<br />
que vêm ao encontro da nascente do rio. “” São tantos<br />
os filhos que em vez de estudar deveriam trabalhar...<br />
Como seria bom. Tanto para eles como para os seus<br />
Pais. Por outro lado estudar e trabalhar nas férias é<br />
uma das atitudes para se adquire maturidade. São muitas<br />
as pessoas que ocupam altos encargos que tiveram<br />
esta maturidade. Outras não sabem que fazer da vida,<br />
porque a mesada e o carro dos pais com depósito cheio<br />
de combustível, estavam sempre a sua disposição. Mudança<br />
só tem sentido se assentar em verdadeiros sentimentos<br />
e belas virtudes. O resto é tudo poeira, que<br />
mais tarde nos cega...<br />
Acompanha a minha escrita em .www.parte-oposta.<br />
blogspot.com
12 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
No Folclore por uma mistura de sentimentos<br />
Rui Alves<br />
José Manuel Miranda, natural da freguesia<br />
de Cristelo concelho de Barcelos.<br />
Pertence ao Rancho C.L.Z. desde 2002, admitiu que<br />
este não era o seu género de Musica preferida, mas<br />
devido a querer impressionar a namorada que vem<br />
de uma família de raízes folclóricas, decidiu então<br />
ingressar neste grupo com a ajuda do Sr. Pedro Nogueira,<br />
que o acompanhou até aos ensaios para poder<br />
aprender as danças do folclore para surpreender<br />
a sua noiva no dia do Casamento.<br />
Como referiu o folclore não era a sua onda mas desde<br />
início neste grupo teve ajuda de pessoas que até<br />
hoje pelas quais tem uma grande amizade, tal como<br />
por aqueles que já não pertencem a este Rancho.<br />
Refere que o Rancho faz parte de si, que quando não<br />
há ensaios ou saídas sente que lhe falta algo, sendo<br />
este “passatempo” um quebrar da rotina um escape<br />
da rotina diária e um aliviar de espírito.<br />
Durante estes anos diz ter passado por momentos<br />
bons e outros menos bons, mas sempre se conseguiu<br />
contornar esses momentos, não é fácil gerir um<br />
grupo como este pois somos um grupo de imigrantes,<br />
hoje estamos aqui e amanhã não sabemos.<br />
O Zé Manel (para os amigos) diz também ter um sentimento<br />
forte por este rancho sempre que sobe a um<br />
palco é com o sentimento de que “somos os melhores”<br />
(palavras do Zé Manel), diz sentir-se orgulhoso<br />
quando as pessoas aplaudem no fim das danças,<br />
pois esta é a forma de pagamento por todo o esforço<br />
dedicado em cima do palco.<br />
A terminar esta breve conversa o Zé Manel deixa aqui<br />
uma mensagem a todos para que continuemos a ser<br />
directos, unidos e sinceros acima de tudo, pois estamos<br />
no bom caminho.<br />
O R.C.L.Z agradece ao José Manuel por estas palavras,<br />
pela sinceridade e pela tua amizade, Que continues<br />
por muitos anos com este grupo, assim como o<br />
Folclore se mantenha na tua vida tanto como as suas<br />
tradições.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
13<br />
PROCURAMOS<br />
Jogadores<br />
e<br />
Treinadores<br />
O Departamento de Futebol dos Juniors do Centro<br />
Lusitano de Zurique procura Jovens nascidos<br />
entre 1995 e 2002 para completar as Equipas dos<br />
Escalões A, B e C.<br />
Procurámos também 2 ou 3 Treinadores para nos<br />
ajudar nesta modalidade.<br />
Se te despertou interesse, então contacta-me:<br />
Miguel Campos 076 379 79 21
14 Lusitano de Zurique Saúde<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Sarampo compromete imunidade até três<br />
anos após infecção, diz estudo<br />
Zuila Messmer (*)<br />
Pesquisas revelam que,<br />
se você contrai sarampo,<br />
pode correr o risco de até<br />
três anos depois, morrer<br />
de algo que não seria fatal<br />
caso não houvesse a<br />
infecção por sarampo.<br />
Isso acontece porque o<br />
sarampo pode afetar o<br />
sistema imunológico por<br />
até três anos, expondo os<br />
sobreviventes a um maior<br />
risco de contrair outras<br />
doenças infecciosas e potencialmente<br />
mortais, revelou<br />
um estudo recente<br />
na Universidade de Princeton.<br />
O sarampo é uma das<br />
doenças mais contagiosas<br />
do mundo e que<br />
pode levar a complicações<br />
perigosas como,<br />
infecções pulmonares,<br />
edema (inchaço) no<br />
cérebro e convulsões.<br />
Costuma provocar uma<br />
grande erupção cutânea<br />
e febre.<br />
Já se sabia que o sarampo<br />
poderia suprimir as defesas<br />
naturais do organismo<br />
durante meses, mas<br />
as recentes descobertas,<br />
publicadas na revista<br />
Science, demonstram<br />
que os perigos da doença<br />
- evitável com vacina -<br />
persistem por muito mais<br />
tempo, varrendo as essenciais<br />
células de memória,<br />
que armazenam informações<br />
sobre agentes<br />
infecciosos e protegem<br />
o corpo contra infecções<br />
como pneumonia, meningite<br />
e doenças parasitárias.<br />
Sarampo é uma doença<br />
infecciosa aguda, de natureza<br />
viral. A infecção<br />
respiratória é grave e altamente<br />
contagiosa. Afeta<br />
principalmente crianças.<br />
É transmitida através de<br />
gotículas expelidas pelo<br />
nariz, boca ou garganta<br />
de pessoas infectadas.<br />
Os sintomas iniciais que<br />
em geral aparecem 8-12<br />
dias após a infecção, incluem<br />
febre alta, coriza,<br />
olhos vermelhos, e pequenas<br />
manchas brancas<br />
na parte interna da boca.<br />
Vários dias depois vem<br />
uma erupção na pele, geralmente<br />
começando no<br />
pescoço e na face e gradualmente<br />
se espalhando<br />
pelo corpo.<br />
Essas vesículas (bolhas)<br />
generalizadas na pele,<br />
são responsável pelo aparecimento<br />
das diversas<br />
manifestações clínicas, inclusive<br />
pelas perdas consideráveis<br />
de eletrólitos e<br />
proteínas, gerando o quadro<br />
espoliante característico<br />
da infecção. Além<br />
disso, as complicações<br />
infecciosas contribuem<br />
para a gravidade do Sarampo,<br />
particularmente<br />
em crianças desnutridas<br />
e menores de um ano de<br />
idade.<br />
Vacina: Depois que a vacina<br />
contra o sarampo foi<br />
introduzida há 50 anos, a<br />
mortalidade por sarampo<br />
começou a cair na Europa<br />
e nos Estados Unidos, assim<br />
como as mortes por<br />
outras doenças infecciosas,<br />
ressaltaram os pesquisadores.<br />
Observando as mortes<br />
entre crianças de 1<br />
a 9 anos na Europa e de<br />
crianças entre 1 e 14 anos<br />
nos Estados Unidos, tanto<br />
em eras pré e pós-vacina,<br />
os especialistas descobriram<br />
uma correlação muito<br />
forte entre a incidência<br />
do sarampo e mortes por<br />
outras doenças, revelando<br />
um „período de latência“<br />
média de aproximadamente<br />
28 meses após a<br />
infecção por sarampo.<br />
O sarampo pode ser prevenido<br />
através da vacinação,<br />
com a vacina tetraviral<br />
e a vacina tríplice viral.<br />
O sarampo, embora seja<br />
uma doença viral, pode<br />
apresentar diversas complicações<br />
bacterianas,<br />
além dos riscos de uma<br />
mãe passar para o filho<br />
durante a gestação, fazendo<br />
assim com que o<br />
feto se desenvolva já com<br />
problemas no crescimento<br />
e ainda depois no nascimento.<br />
A boa noticia é que, as<br />
descobertas indicam<br />
também que, vacinas<br />
contra o sarampo têm benefícios<br />
que vão além da<br />
simples proteção contra<br />
o sarampo em si, afirmaram<br />
os pesquisadores.<br />
Informações importantes<br />
:<br />
Alguns países da Europa,<br />
África e Ásia, não apresentam<br />
uma cobertura<br />
de vacina muito ampla<br />
contra o sarampo. Neste<br />
sentido, recomenda-se às<br />
pessoas que destinam-se<br />
aos países vulneráveis à<br />
doença, a procurarem<br />
orientação médica, ou a<br />
se informarem nos centros<br />
de doenças tropicais,<br />
pelo menos quinze dias<br />
antes da viagem.<br />
Tratamento: Não existe<br />
tratamento específico<br />
para o sarampo, apenas<br />
para os sintomas, por isso<br />
previna-se, tomando os<br />
cuidados indicados, a vacina<br />
recomendada.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Cidadania<br />
Lusitano de Zurique<br />
15<br />
Programa do curso<br />
16.09.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
23.09.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Introdução, „cultura de boas-vindas“, orientar-se na ciadde<br />
„Típico Suíço“? de quatro línguas a um país multilinguístico<br />
Viver em Zurique<br />
Curso de integração destinado às mulheres, em<br />
português e com assistência infantil.<br />
Início: 16 de setembro de <strong>2015</strong> e 09 de março de 2016<br />
Quartas-feiras das 8:45 às 11:15h<br />
30.09.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Introdução à Geografia, História e Política Suíça<br />
05. - 16.10.<strong>2015</strong> Férias de Outono<br />
21.10.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
21.10.<strong>2015</strong><br />
15:00 – 17:30 h<br />
A cidade de Zurique: História, dados e fatos, Política, direito<br />
e administração<br />
Visita à Câmara Municipal<br />
28.10.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
04.11.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Passeio histórico pela parte antiga da cidade deZurique<br />
Sistema Escolar<br />
11.11.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
18.11.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Trabalho e formações contínuas ou<br />
Visita à usina de incineração do Hagenholz. O que acontece<br />
com o lixo? (primeiro grupo)<br />
Trabalho e formações contínuas ou<br />
Visita à usina de incineração do Hagenholz. O que acontece<br />
com o lixo? (segundo grupo)<br />
25.11.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
02.12.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
09.12.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Seguros sociais e finanças<br />
Saúde e sistema de seguro de saúde<br />
Moradia: vizinhança e a vida nos bairros<br />
16.12.<strong>2015</strong><br />
08:45 – 11:15 h<br />
Avaliação do Curso, encerramento e entrega dos certificados<br />
Musiksaal Stadthaus (Salão de Música da Prefeitura)<br />
Estimada interessada<br />
Mora em Zurique e deseja participar activamente na nossa cidade? Está<br />
interessada em assuntos de ordem cultural, social e legal e pretende conhecer<br />
outras mulheres, estabelecer novas relações e cultivar amizades? Então veio<br />
ter ao sítio certo.<br />
O curso de integração especialmente para mulheres oferece vasta informação<br />
sobre os assuntos sociais, legais e culturais. Serão abordados tópicos<br />
relacionados com a sociedade, tais como questões em torno da vida do dia-adia.<br />
Poderá contribuir com a sua própria experiência e a sua origem cultural.<br />
Aproveite esta oportunidade e conheça melhor a vida na nossa cidade!<br />
______________________________________________________<br />
Inscrição para o curso de integração "Viver em Zurique"<br />
O curso que começa em setembro <strong>2015</strong> O curso que começa em março 2016<br />
Sobrenome ______________________________________________________________<br />
Nome<br />
Endereço<br />
______________________________________________________________<br />
______________________________________________________________<br />
Código postal/ local de morada________________________________________________<br />
E-Mail _______________________________________________________________<br />
Telefone __________________________________________________________<br />
Local<br />
Zentrum „Karl der Grosse“, Kirchgasse 14, 8001 Zürich<br />
Tram Nr. 4 ou Nr. 15 até a parada „Helmhaus“<br />
Data de nascimento__________________________________________________________<br />
Em Zurique desde __________________________________________________________<br />
Nacionalidade __________________________________________________________<br />
Idioma desejado para o curso _______________________________________________<br />
Infantário Não Sim<br />
Nome da criança _____________________________ Idade da criança_______________<br />
Assinatura__________________________________________________________________<br />
Custo 60 Francos *)<br />
Infantário 30 Francos<br />
Informação e inscrição<br />
Integrationsförderung der Stadt Zürich<br />
Stadthaus (4° andar), Stadthausquai 17, Postfach 8001 Zürich<br />
Telefone 044 412 37 37, E-Mail integrationsfoerderung @zuerich.ch<br />
www.stadt-zuerich.ch/integration<br />
*) custo para as moradoras da cidade de Zurique. Interessadas que moram fora da<br />
cidade de Zurique devem contatar a secretaria da “Integrationsförderung der Stadt<br />
Zürich”, Telefone 044 412 37 37
16 Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Agradecimento<br />
As Caminheiras de Maria organizam a Festa do Dia<br />
da Mãe em Maio de <strong>2015</strong> onde foi lançado um apelo<br />
para a obtenção de donativos para comprar uma<br />
“cadeira de rodas especial” destinada à Luciana de<br />
Vila Facais.<br />
As Caminheiras de Maria informam, que a cadeira<br />
da Luciana foi comprada e já foi entregue à Luciana.<br />
A todos que colaboraram as Caminheiras agradecem<br />
encarecidamente.<br />
Obrigado<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Com apoio de:<br />
Sprachförderkredit der Stadt Zürich<br />
Bundesamt für Migration<br />
Integrationsförderung des Kantons Zürich<br />
CURSO BÁSICO<br />
de ALEMÃO<br />
<strong>SETEMBRO</strong> <strong>2015</strong><br />
Dübendorfstrasse 2<br />
CH-8051 Zürich<br />
044 340 10 70<br />
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português de excelente nível de qualidade na área de:<br />
Oferecemos: Professor que fala a língua portuguesa<br />
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CHF 380 para residentes na cidade de Zurique<br />
CHF 570 para residentes fora da cidade<br />
Cabeleireiro<br />
Estética e<br />
Depilação<br />
Make-up<br />
Permanente<br />
Visagista makeup<br />
artistico<br />
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Duas turmas: Segundas e quartas-feiras, de 07.09.<strong>2015</strong> a 03.02.2016<br />
Horário: das 19:00 às 20:45 horas<br />
Terças e quintas-feiras, de 08.09.<strong>2015</strong> a 04.02.2016<br />
Horário: das 19:00 às 20:45 horas<br />
Atenção: Número de vagas limitado!<br />
____________________________________________________________<br />
Informação e inscrição Local do curso<br />
Prof. Ronaldo Wyler 076 332 08 34 Centro Lusitano de Zurique<br />
Zuila Messmer 079 560 85 09 Birmensdorferstrasse 48 *<br />
8004 Zürich<br />
*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon<br />
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-O conteudo da materia Teorica ou Prática é lecionado no seu idioma<br />
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Setembro <strong>2015</strong><br />
Língua<br />
Lusitano de Zurique<br />
17<br />
RAZÕES CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO<br />
1. A Língua materna é<br />
o Português estabelecido<br />
ao longo de Séculos,<br />
neste sítio do Sudoeste<br />
Europeu;<br />
2. Esta Língua foi exportada<br />
para África, Ásia,<br />
Oceânia e América do<br />
Sul, a partir dos séculos<br />
XIV e XV;...<br />
3. Foi adoptada como<br />
linguagem de comunicação<br />
comum, por vários<br />
povos;<br />
4. Foi tendo uma evolução<br />
de vocabulário e<br />
de escrita, tanto na origem,<br />
como nos povos<br />
adoptantes da mesma;<br />
5. Com a diáspora foi-se<br />
espalhando para outros<br />
países e territórios;<br />
6. Mas tendo sempre<br />
por base... a MATRIZ.<br />
7. Fazendo algum paralelismo<br />
com a expansão<br />
de outras línguas:<br />
...<br />
(A) O Castelhano expandiu-se,<br />
a partir da sua<br />
matriz europeia, para a<br />
América do Sul e Norte<br />
de África;<br />
...<br />
(B) O Inglês para a Ásia,<br />
Oceânia, América do<br />
Norte e África, a partir<br />
da sua matriz europeia;<br />
8. Nenhuma destas línguas<br />
é falada e escrita<br />
da mesma forma, nos<br />
territórios de origem e<br />
nos territórios (hoje países)<br />
de destino;<br />
9. Daí não advém nenhuma<br />
questão de comunicação;<br />
Não se dificultou,<br />
de nenhuma forma, a<br />
comunicação entre os<br />
vários Povos adoptantes<br />
e o Povo da matriz;<br />
10. Não há Nenhum<br />
Acordo Ortográfico que<br />
submeta qualquer das<br />
Línguas (Castelhano,<br />
Inglês ou Francês) à dimensão<br />
de outros territórios<br />
onde se adoptou<br />
a Língua Mãe;<br />
11. Isso não prejudicou,<br />
nem prejudica a Língua,<br />
nas suas diversas matizes,<br />
nem a sua força<br />
internacional;<br />
12. Todos respeitam<br />
os matizes diversos da<br />
língua comum e entendem-se<br />
bem na sua essência;<br />
13. Os EUA têm 300 milhões<br />
de habitantes;<br />
- a India 1 bilião,<br />
- a Inglaterra apenas<br />
cerca de 40 milhões,<br />
os Escoceses e Galeses<br />
cerca de 30 milhões;<br />
14. Nem por isso (eventualmente<br />
por causa<br />
dos EUA ou da India) deixam<br />
de manter a sua autonomia<br />
Linguística;<br />
15. Não vejo, à face destes<br />
factos, nenhuma razão<br />
Teórica ou Prática,<br />
para Portugal adoptar<br />
(com carácter de Normas<br />
Positivas, de cumprimento<br />
obrigatório)<br />
as nuances da Língua<br />
falada e escrita noutras<br />
partes do Mundo;<br />
16. Não vejo a necessidade<br />
de se Desvirtuar a<br />
Língua Matriz;<br />
17. Por isso, e porque a<br />
Língua é um dos factores<br />
mais fortes da Identidade<br />
Lusíada, Não<br />
Acordar para viver<br />
Sintomas<br />
- Dependências<br />
(Fumar, Álcool, Drogas, etc.)<br />
- Obesidade e excesso de peso<br />
- Traumas e vivências menos<br />
felizes na infância<br />
vejo a utilidade de se<br />
atenuar a identidade de<br />
um Povo com 8 séculos<br />
de história, em favor de<br />
nuances com menos de<br />
300 anos;<br />
18. Não vejo qualquer<br />
utilidade, a não ser por<br />
alguns interesses particulares<br />
inconfessáveis<br />
ou inconfessados, de<br />
adoptarmos um acordo<br />
que desvirtua a Língua<br />
Matriz do Mundo Lusófono.<br />
Por mim nunca adoptarei<br />
a dita “nova” escrita.<br />
AGUARDO os VOSSOS<br />
COMENTÁRIOS aqui: https://goo.gl/D5qqwG<br />
Melhores cumprimentos<br />
Miguel Mattos Chaves<br />
Nova Homeopatia<br />
Terapias integrativas<br />
Hipnose / Regressão<br />
Terapia focada nas Soluções<br />
e Psicopatologias em<br />
Transpessoal<br />
- Depressão<br />
- Dores, alergias, medos, e fobias<br />
Terapia Holística<br />
EFT - Técnica de desbloqueio<br />
Energético<br />
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Faço a Terapia em português, espanhol e alemão.
18 Lusitano de Zurique Setembro <strong>2015</strong><br />
Comunidades<br />
33 anos ao serviço da Comunidade<br />
Portuguesa em Zofingen<br />
Maria dos santos<br />
Quando visualizamos o nosso passado,<br />
vemos que toda a Comunidade<br />
Portuguesa se reunia, não só<br />
pela amizade, mas também com<br />
um objectivo.<br />
Criar laços culturais através do que<br />
hoje chamamos, Movimento Associativo.<br />
A A.Z.U.L. mantêm-se na luta pelo<br />
patriotismo há mais de 30 anos.<br />
Criar não custa, alimentar é tarefa<br />
difícil, mas manter bem recheado<br />
o conteúdo associativo é o mais<br />
complicado. No entanto todos querem<br />
dar continuidade ao empenho<br />
que tiveram os sócios fundadores.<br />
Na sua maioria já regressaram e os<br />
que ficaram e assistiram a este aniversário<br />
foram poucos.<br />
Muitas foram as Associações que<br />
se perderam, esta envolveu-se,<br />
encorajou-se, motiva-se a cada fim<br />
de semana e luta por prestar a Comunidade<br />
Portuguesa, sócios e não<br />
sócios o melhor das tradições de<br />
Portugal.<br />
O impossível, torna-se possível com<br />
uma equipa de corpos gerentes,<br />
que foram eleitos por dois anos. A<br />
Sr. Presidente Leonor Vieira, Conselho<br />
fiscal gerido por Fernando<br />
Cabral, que foi um dos grandes ausentes,<br />
Assembleia Geral Joaquim<br />
Pereira. São eles em conjunto que<br />
outros membros desta colectividade,<br />
que nos deleitam com uns dos<br />
melhores, Bacalhau, batata a muro<br />
e feijão frade, nos tradicionais serões<br />
de sábado á noite. Sábado e<br />
Domingo, temos varia especialidades<br />
da culinária portuguesa, ao dispor<br />
de quem quer o domingo para<br />
descansar, conviver e encontrar<br />
amigos, nesta sede, com um excelente,<br />
espaço físico.<br />
A Associação Zofingen União Lusíada,<br />
é um exemplo de luta.<br />
Escolheu para festejar o dia do sócio,<br />
a famosa data de 10 Junho dia<br />
de Portugal de Camões e das Comunidade<br />
Portuguesas.<br />
Como nem sempre é ao fim de semana,<br />
tentam que esta comemorações<br />
sejam realizadas o mais próximo<br />
possível desta data. Este ano a<br />
13 Junho.<br />
Na mesa podemos saborear os tradicionais<br />
rissois, pasteis de bacalhau,<br />
camarão, varias saladas e os<br />
famosos grelhados estiveram bem<br />
presente. Mas se os grelhados fazem<br />
parte da dieta mediterrânea, a<br />
mesa das sobremesas foi um tentação,<br />
para todos. Eu incluida.<br />
A parte da animação esteve a cargo<br />
do solista Manuel Joaquim Cardoso<br />
“Grupo de Baile” fundado pelo<br />
mesmo em 1997. Com formação<br />
musical, este senhor também do<br />
karaok actualiza a sua musica todas<br />
as semanas, com o apoio da casa<br />
da musica de Viseu do qual é sócio<br />
e cliente VIP.<br />
A A.Z.U.L. agradece a todos os que<br />
estiveram presentes, e também<br />
aqueles que por motivos pessoais<br />
não puderam estar. Um abraço de<br />
bem haja, a toda a Comunidade<br />
Portuguesa que nos visita e que<br />
nos amima a dar continuidade a<br />
este projecto.<br />
Ao senhor Nelson Alves que apesar<br />
de não ser sócio, presta um serviço<br />
indispensável a esta casa com o<br />
seu apoio técnico, nas nossas máquinas.<br />
Aqueles que por detrás da fachada<br />
A.Z.U.L. com diferente filosofias,<br />
têm um papel importante no<br />
desenvolvimento do nosso trabalho.<br />
São todos vocês que com o<br />
vosso benefício, nos fazem acreditar,<br />
no passado, no presente e no<br />
futuro.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
19<br />
TAP - Mais uma monumental ALDRABICE!<br />
Carlos Paz (*)<br />
O secretário de estado das privatizações,<br />
Sérgio Monteiro, RECUSOU-<br />
-SE a prestar esclarecimentos à Assembleia<br />
da República sobre a PRI-<br />
VATIZAÇÃO da TAP.<br />
De acordo com o senhor secretário<br />
de estado, tal recusa deveu-se<br />
à confidencialidade dos dados de<br />
AVALIAÇÃO da TAP. Por outras palavras:<br />
o Governo estava a vender<br />
uma propriedade NOSSA, recusando-se<br />
a prestar esclarecimentos sobre<br />
a venda aos proprietários (NÓS<br />
TODOS) ou aos seus representantes<br />
(Deputados eleitos, de TODAS<br />
as cores políticas).<br />
Hoje, 24 de Agosto de <strong>2015</strong>, ficámos<br />
a saber a verdadeira razão:<br />
- TUDO o que o Governo disse sobre<br />
a PRIVATIZAÇÃO da TAP é MEN-<br />
TIRA. Pura ALDRABICE!<br />
Fomos convencidos pelo Governo<br />
que a venda NUNCA poderia ocorrer<br />
às Empresas que manifestaram<br />
interesse pela TAP e que a poderiam<br />
desenvolver e capitalizar (Emirates,<br />
Qatar, Turkish, Ethiad, etc…),<br />
para além de estarem (TODAS) dispostas<br />
a PAGAR muito mais pela<br />
TAP do que os valores ridículos pelos<br />
quais foi vendida.<br />
Dizia o Governo que se tinham de<br />
cumprir as regras de Bruxelas que<br />
IMPEDIAM a venda da TAP a empresas<br />
fora da Europa. Hoje, Bruxelas<br />
esclareceu: a companhia é<br />
DEMASIADO pequena para provocar<br />
preocupações de concorrência<br />
europeia – por outras palavras:<br />
vendam-na a quem quiserem pelo<br />
valor que quiserem!<br />
Fomos TODOS, uma vez mais, EN-<br />
GANADOS em todo este processo:<br />
- Não era necessário vender a empresa<br />
ao desbarato;<br />
- Não era obrigatório vender a empresa<br />
a empresários descapitalizados;<br />
O problema é que uma venda (BOA<br />
para os Portugueses – a bons valores<br />
e a quem quisesse desenvolver<br />
a companhia) não serviria os interesses<br />
instalados, porque:<br />
- Não pagaria as comissões políticas<br />
que esta pagou (de elevado interesse<br />
em ano em que é necessário<br />
financiar a campanha eleitoral);<br />
- Instauraria de IMEDIATO uma auditoria<br />
aos CRIMES de Gestão que<br />
têm sido cometidos na TAP (por<br />
gestores e comissários políticos de<br />
TODAS as cores partidárias).<br />
Onde estão agora os jornalistas, os<br />
comentadores, os trabalhadores,<br />
os sindicatos, os movimentos de<br />
cidadãos, os políticos da oposição?<br />
Bem sei que andam TODOS entretidos<br />
em Campanha Eleitoral. Mas,<br />
agora que estamos a ser ROUBA-<br />
DOS DESCARADAMENTE é que era<br />
necessária a sua intervenção! Onde<br />
estão?<br />
Recordo que, com a Assembleia da<br />
República de férias e com o período<br />
eleitoral, já não existe NENHUMA<br />
entidade que possa fiscalizar o Governo.<br />
E o negócio RUINOSO para todos<br />
nós vai MESMO ser concretizado!<br />
Espero que, um dia, tarde ou cedo,<br />
TODOS os CRIMES cometidos (Corrupção,<br />
Abuso de poder, Participação<br />
em negócio, Abuso de informação<br />
privilegiada, Desvio de fundos,<br />
etc.) em TODOS os processos de<br />
Privatização dos últimos 10 anos<br />
NÃO fiquem IMPUNES!<br />
Já chega de tanto lixo!<br />
(*) Professor no Instituto Superior de Gestão<br />
Vaga de<br />
Emprego<br />
COLABORADORA<br />
Local de trabalho:<br />
Restaurante-Bar/ Buffet do<br />
Centro Luzitano de Zurique<br />
Contacto:<br />
ROSA PEREIRA<br />
Tl. 077 403 72 55
20 Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Confraria dos Saberes e Sabo<br />
ENTRON<br />
O futuro é sempre o<br />
resultado daquilo que<br />
fazemos no presente.<br />
≈ Agostinho Ribeiro ≈<br />
≈ Antonio Durães ≈<br />
≈ António Rodrigues ≈<br />
≈ Altino Fernandes ≈<br />
≈ António Gomes ≈<br />
≈ Ismael Santos ≈<br />
≈ Amadeu Gonçalves ≈<br />
≈ António Melo ≈<br />
≈ Carlos Martins ≈<br />
A<br />
Confraria dos Saberes<br />
e Sabores de<br />
Portugal em Zurique,<br />
nasceu da vontade<br />
de um grupo de pessoas<br />
oriundas do Norte a Sul<br />
de Portugal. Um grupo<br />
profundamente ligado às<br />
suas terras pelos usos,<br />
costumes e tradições,<br />
que se acostumaram a<br />
reunir à volta da gastronomia<br />
e enófila e começaram<br />
a organizarem-se<br />
com as famílias em Junho<br />
de 1998 formando assim<br />
o Grupo Copo fónico de<br />
Zurique que por sua parte<br />
no dia 26 de Junho <strong>2015</strong><br />
deu origem à Confraria<br />
dos Saberes e Sabores de<br />
Portugal em Zurique apadrinhado<br />
pela confraria<br />
dos saberes e sabores da<br />
≈ Carlos Monteiro ≈<br />
≈ Carlos Santos ≈<br />
≈ Carmo Marques ≈<br />
≈ Armindo Alves ≈ (autor do texto)<br />
≈ Jorge Rodrigues ≈<br />
≈ JosÉ Ribeiro ≈<br />
≈ José Botelho ≈<br />
≈ José Fernandes ≈
Setembro <strong>2015</strong><br />
Comunidades<br />
res de Portugal em Zurique<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
IZAÇÃO<br />
Beira “Grão Vasco”.<br />
A confraria dos saberes<br />
e sabores de Portugal<br />
em Zurique, assume<br />
nos seus objectivos uma<br />
acção de dignificação e<br />
defesa dos produtos endógenos,<br />
através de um<br />
conjunto de actividades<br />
que pretendem valorizar,<br />
defender e promover o<br />
vasto Património Cultural,<br />
gastronómico e enófilo<br />
de Portugal.<br />
≈ Leonel Pereira ≈<br />
≈ Rogério Pais ≈<br />
≈ Rui Alexandre ≈<br />
A confraria representa a<br />
cultura viva de todo que é<br />
nosso, pois compete-nos<br />
zelar pela preservação<br />
e divulgação da nossa<br />
Identidade, dos Saberes,<br />
dos Sabores, dos usos,<br />
costumes e tradições que<br />
por inerência nos estão<br />
associados.<br />
≈ Luis Aleixo ≈<br />
≈ Pedro Silva ≈<br />
≈ Rui Leituga Santos ≈<br />
O acto de entronização é<br />
sem dúvida o momento<br />
mais nobre que ilustra a<br />
vida da confraria de cada<br />
Associado e no percurso<br />
da mesma. Esta acção<br />
que deve encher-nos de<br />
orgulho, é sem dúvida um<br />
contributo muito importante<br />
na divulgação de<br />
Portugal, das suas raízes,<br />
da sua Cultura, para além<br />
do reforço dos laços de ligação<br />
a Portugal.<br />
≈ Luis Cordeiro ≈<br />
≈ Manuel Carvalho Silva ≈<br />
≈ Miguel Pereira ≈<br />
≈ Manuel Cruz ≈<br />
≈ Tony Wolf ≈<br />
≈ Marco Neves ≈<br />
≈ José Lopes.jpg ≈<br />
≈ José Manuel Araújo ≈<br />
≈ João Pais ≈<br />
≈ João Peixoto ≈
22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
Setembro <strong>2015</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
23<br />
Um em cada cinco trabalhadores recebe o<br />
salário mínimo<br />
Houve empresas que para não despedirem baixaram salários<br />
Desde 2011, a percentagem de trabalhadores<br />
a ganhar 505 euros subiu 73,6%. Ganhou-se<br />
competitividade à custa de salários baixos<br />
Dinheiro Vivo<br />
A economia portuguesa está mais competitiva<br />
desde a chegada da troika, mas em grande parte<br />
à custa de desvalorização salarial. Hoje, um em<br />
cada cinco trabalhadores (19,6%) ganha o salário<br />
mínimo nacional de 505 euros por mês; em 2011,<br />
antes das medidas de ajustamento impostas pelos<br />
credores, apenas 11,3% recebia a remuneração<br />
base, então de 485 euros. É um aumento<br />
de 73,6%, segundo os números do Ministério da<br />
Economia.<br />
trabalhadores bem pagos por pessoas mais jovens e<br />
mal pagas”. E sem aumento de produtividade, admite<br />
Sérgio Monte, da UGT.<br />
Os dados do Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE)<br />
mostram, que em Outubro de 2014, uma fatia de 25%<br />
das mulheres recebiam o salário mínimo, enquanto<br />
15% dos homens ganhava 505 euros.<br />
Contas feitas, em Outubro do ano passado 880 mil<br />
trabalhadores recebiam o salário mínimo; três anos<br />
antes, na altura em que a troika aterrou em Portugal,<br />
eram menos 345 mil. Alojamento e restauração é o<br />
sector de actividade onde o peso do salário mínimo<br />
é maior - 25,6% dos trabalhadores ganham a remuneração<br />
base. Logo a seguir surgem as indústrias transformadoras,<br />
como as confecções (24,8%) e as actividades<br />
administrativas e dos serviços de apoio (24,3%).<br />
„Houve empresas que, para não despedirem trabalhadores,<br />
baixaram os salários”, confirma António<br />
Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de<br />
Portugal (CIP) ao Dinheiro Vivo, acrescentando que<br />
do lado dos patrões „sempre temos defendido que<br />
mais vale ter-se um posto de trabalho remunerado<br />
com o salário mínimo nacional (SMN) do que o desemprego”.<br />
Para os sindicatos, no entanto, a realidade<br />
mais negra: „Assistimos a uma substituição de
24 Lusitano de Zurique História<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
O Documento dos Nove e a Assembleia de Tancos<br />
liderada pelo primeiro-mi-<br />
Face à situação, foi ao en-<br />
com a excepção de Mar-<br />
nistro Vasco Gonçalves, e<br />
contro de Melo Antunes<br />
ques Júnior. Também a<br />
os moderados. O presi-<br />
e pediu-lhe que passasse<br />
distribuição pelas unida-<br />
dente da República, gene-<br />
ao papel o que há muito<br />
des militares para recolha<br />
ral Costa Gomes, insistiu<br />
vinham a conversar den-<br />
de assinaturas não tar-<br />
em dar posse a um novo<br />
tro do grupo a que ambos<br />
dou, enquanto uma cópia<br />
governo liderado por Vas-<br />
pertenciam. Salientou os<br />
chegou à redacção do Jor-<br />
co Gonçalves, quando,<br />
contributos de Vítor Alves,<br />
nal Novo, que a publicou 2 .<br />
Carlos Ademar<br />
mcademar@gmail.com<br />
ao longo do mês de Julho,<br />
este fora perdendo o<br />
apoio dos partidos maio-<br />
Vítor Crespo, dele próprio<br />
e de Melo Antunes 1 . Algumas<br />
horas depois, o do-<br />
A contundência marcava<br />
o texto: «É necessário denunciar<br />
vigorosamente o<br />
ritários e dos moderados.<br />
cumento estava pronto e<br />
espírito fascista subjacen-<br />
A publicação do<br />
Documento dos Nove, a<br />
7 de Agosto de 1975, representou<br />
o desencadear<br />
público das hostilidades<br />
entre a linha gonçalvista,<br />
Vasco Lourenço<br />
afirmou a Maria Manuela<br />
Cruzeiro que após um encontro<br />
com Costa Gomes,<br />
sentiu-o determinado a<br />
conceder nova oportunidade<br />
a Vasco Gonçalves.<br />
foi rapidamente assinado<br />
por todos os moderados<br />
que pertenciam ao Conselho<br />
da Revolução (CR),<br />
1 Maria Manuela<br />
Cruzeiro, Vasco Lourenço…,<br />
pp.445-448.<br />
te ao projecto que, dizendo-se<br />
socialista, acabará<br />
na prática numa ditadura<br />
burocrática dirigida con-<br />
2 Maria Inácia<br />
Rezola, 25 de Abril - Mitos<br />
de uma Revolução...,<br />
p. 183.
Setembro <strong>2015</strong><br />
História<br />
Lusitano de Zurique<br />
25<br />
tra a massa uniforme e<br />
Foi em ambiente<br />
consideráveis alterações,<br />
que seria o Conselho a<br />
inerte dos cidadãos. É<br />
crispado que decorreu<br />
com a redução do nú-<br />
decidir, não podia ter sido<br />
necessário repelir ener-<br />
esta Assembleia. «Houve<br />
mero dos conselheiros,<br />
mais clara. Era o mesmo<br />
gicamente o anarquismo<br />
excessos de linguagem<br />
alegadamente para mel-<br />
que dizer que entravam<br />
e o populismo, que con-<br />
de parte a parte» 5 , saídas<br />
horar a sua operaciona-<br />
os dois primeiros e saía o<br />
duzem<br />
inevitavelmente<br />
da sala intempestivas, o<br />
lidade, verificando-se, no<br />
terceiro (…). A mesa indi-<br />
à catastrófica dissolução<br />
não reconhecimento das<br />
cômputo final, uma fran-<br />
ca o comandante Martins<br />
do Estado, numa fase<br />
conclusões,<br />
demissões<br />
ca desvantagem para os<br />
Guerreiro para ler e pôr<br />
de desenvolvimento da<br />
e renúncias a cargos. Há<br />
gonçalvistas. Um dos mili-<br />
à votação o comunicado<br />
sociedade em que, sem<br />
referências a acusações<br />
tares da Marinha, Martins<br />
final, mas ele não aceita,<br />
Estado, nenhum projecto<br />
pessoais que no calor da<br />
Guerreiro, dando mostras<br />
nem concorda que se cha-<br />
político é viável» 3 .<br />
discussão não terão sido<br />
de que, com aquela As-<br />
me Assembleia do MFA ao<br />
Costa Gomes,<br />
porém, não apreciou a publicidade<br />
que os promotores<br />
quiseram dar ao Documento.<br />
Reconheceu, mais<br />
tarde, que concordava<br />
com o seu teor, mas não<br />
com a forma arquitectada<br />
para o divulgar. Por<br />
isso, na reunião de 10<br />
de Agosto do Directório 4 ,<br />
com Vasco Gonçalves, votou<br />
a favor da suspensão<br />
dos conselheiros da Revolução<br />
que o assinaram.<br />
Foi, porém sol de pouca<br />
dura já que foram reintegrados<br />
na sequência da<br />
Assembleia do MFA de<br />
Tancos, a 5 de Setembro,<br />
e que veio revelar-se decisiva<br />
para o virar de página<br />
no que ao chamado<br />
gonçalvismo respeita.<br />
3 Adelino Gomes<br />
e José Pedro Castanheira,<br />
Os dias Loucos do<br />
PREC…, p. 243.<br />
4 Organismo de<br />
cúpula eleito pelo CR,<br />
que integrava o PR, o<br />
PM e comandante do<br />
COPCON.<br />
evitadas. Da acta desta<br />
Assembleia, existente na<br />
Torre do Tombo, não se<br />
consegue extrair o espírito<br />
de disputa e de crispação<br />
a que alguns dos que estiveram<br />
presentes se referem.<br />
O general Costa<br />
Gomes, procurando talvez<br />
induzir na assistência<br />
a mudança que pressentia<br />
e que se viria efectivamente<br />
a dar, anunciou: «O<br />
Povo já não aceita a condução<br />
do MFA» 6 , indo, no<br />
fundo, ao encontro da frase<br />
de ordem lançada mês<br />
e meio antes pelo PS, na<br />
grande manifestação da<br />
Alameda D. Afonso Henriques:<br />
«O povo não está<br />
com o MFA».<br />
Foi também nesta<br />
Assembleia, que o Conselho<br />
da Revolução sofreu<br />
5 António Ramalho<br />
Eanes em entrevista<br />
ao autor…<br />
6 Costa Gomes in<br />
Sousa e Castro, Capitão<br />
de Abril, Capitão de<br />
Novembro… p. 211.<br />
sembleia, algo de profundo<br />
mudara, afirmou: «O<br />
MFA morreu. Vamos ver<br />
o que nasceu» 7 . Também<br />
alguns moderados saíram<br />
do CR, designadamente<br />
Vítor Alves, Melo Antunes<br />
e Vítor Crespo, ainda que<br />
os dois primeiros reentrassem<br />
na reunião do<br />
Conselho que decorreu<br />
no dia 8 8 . Concretamente<br />
sobre estas exclusões,<br />
será interessante transcrever<br />
uma passagem do<br />
livro, Quinhentos e setenta<br />
e nove dias de Revolução,<br />
cujo autor, Vaza<br />
Pinheiro, este presente:<br />
«Alguém perguntou se<br />
Melo Antunes, Vítor Alves<br />
e Costa Martins farão<br />
parte do novo CR. A resposta<br />
do próprio presidente<br />
[Costa Gomes] de<br />
7 Acta da AMFA<br />
de 5 de Setembro em<br />
Tancos. (Arquivo do CR<br />
- ANTT)<br />
8 Acta da reunião<br />
do CR de 8 de Setembro<br />
de 1975. (Arquivo do CR<br />
- ANTT)<br />
que ali se passou. A barafunda<br />
é total. Sucedem-se<br />
intervenções sem nexo,<br />
nem controlo, reflectindo<br />
cada uma o que se passava<br />
na alma de cada um.<br />
Golpada, golpada, era a<br />
palavra mais ouvida (…).<br />
Como nota final, apenas<br />
isto: nenhum comunicado<br />
foi lido e posto à votação,<br />
portanto não houve Assembleia<br />
de Tancos, mas<br />
de tamancos» 9 .<br />
O cerco às forças<br />
políticas e militares mais<br />
radicais ia-se fechando,<br />
contribuindo para a criação<br />
das condições que<br />
potenciaram o 25 de Novembro<br />
de 1975 - que colocaria<br />
um ponto final na<br />
revolução iniciada a 25 de<br />
Abril de 1974.<br />
9 Vaza Pinheiro,<br />
Quinhentos e setenta e<br />
nove dias de Revolução<br />
– retrato de uma época.<br />
Porto: Campo das Letras,<br />
1999, p. 259.
26 Lusitano de Zurique Crónica<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Os charlatães do Pontal e o doente imaginário<br />
Coronel Carlos Matos Gomes<br />
Lembrei-me do doente<br />
imaginário a propósito<br />
dos discursos do Pontal.<br />
O Doente Imaginário (Le<br />
Malade Imaginaire) foi a<br />
última peça escrita por<br />
Molière, em 1673. Nela,<br />
Molière satiriza a precária<br />
ciência do seu tempo, a<br />
medicina. Faz uma crítica<br />
feroz à relação médicopaciente,<br />
marcada pela<br />
frieza e pela cupidez. Em<br />
O Doente Imaginário, ele<br />
disserta sobre a má-fé dos<br />
poderosos – neste caso, a<br />
dos médicos, naquela época,<br />
charlatães, na maioria.<br />
Visto do Pontal, pelos olhos<br />
clínicos de Passos Coelho e<br />
Paulo Portas, os portugueses<br />
são doentes imaginários,<br />
estão cheios de saúde<br />
e de ronha. Queixam-se, os<br />
malandros. Se trocarmos<br />
médicos por economistas<br />
da troika e seus agentes<br />
locais durante estes quatro<br />
anos, ficamos com uma<br />
ideia da charlatanice de<br />
quem nos governou. Os<br />
portugueses, como os povos<br />
dos países periféricos<br />
da Europa, somos, infelizmente,<br />
doentes reais e<br />
fomos tratados por charlatães<br />
sem escrúpulos, idênticos<br />
aos que Molière apresentou<br />
como ignorantes e<br />
pretensiosos por ludibriarem<br />
e explorarem os desprotegidos<br />
que lhes caíam<br />
nas garras.<br />
Molière deixou para a<br />
posteridade uma crítica<br />
feroz à medicina, que hoje<br />
assenta como uma luva à<br />
ideologia única da União<br />
Europeia e foi mais longe,<br />
chegou à negação da<br />
própria medicina. O mesmo<br />
que qualquer pessoa<br />
sensata fará a propósito<br />
das receitas das atuais escolas<br />
de economia triunfante<br />
prescritas aos gritos<br />
por Paulo Portas, enquanto<br />
se lhe descolavam as melenas<br />
do crânio liso.<br />
A negação de Moliére teve<br />
origem na sua experiência<br />
com médicos que lhe extorquiam<br />
dinheiro prometendo<br />
saúde, numa época<br />
em que o diagnóstico de<br />
tuberculose equivalia a<br />
uma sentença de morte. As<br />
pobres nações periféricas<br />
estão tuberculosas, como<br />
Moliére estava. As troikas,<br />
Bruxelas e Berlim, o BCE<br />
e o FMI são os médicos<br />
vigaristas que enganam<br />
doentes reais, que eles infectaram<br />
e enfraqueceram,<br />
prometendo-lhes a cura<br />
com remédios desadequados<br />
e empíricos. Empréstimos<br />
sobre empréstimos,<br />
no caso.<br />
A doença tem sintomas<br />
conhecidos. Basta ler títulos<br />
de jornais, ao acaso:<br />
– 34 mil portugueses sem<br />
bens para pagar dívidas.<br />
DN 04 dezembro 2012. A<br />
lista pública de execuções<br />
bateu o recorde de devedores.<br />
O total de dívidas<br />
incobráveis disparou para<br />
os 488 milhões de euros,<br />
à ordem de 67 mil euros<br />
por dia só nos últimos 11<br />
meses. A lista pública de<br />
execuções já tem mais de<br />
34.700 nomes de devedores<br />
que não têm dinheiro<br />
para pagar as dívidas<br />
nem bens para penhorar.<br />
– As dívidas incobráveis<br />
atingem já os 488 milhões<br />
de euros, notícia o Diário<br />
Económico.<br />
– Injunções – O número<br />
de dívidas através do Balcão<br />
Nacional de Injunções<br />
(BNI) disparou de 185.024,<br />
em 2013, para 206.980, em<br />
2014. Os processos que<br />
mais contribuíram para<br />
este aumento dizem respeito<br />
a dívidas de menos<br />
de 500 euros. Notícia ao<br />
Minuto 09/08/15. Isto representa<br />
um aumento de<br />
54%, avança o Jornal de<br />
Notícias.<br />
“são cada vez mais as pessoas<br />
que pedem ajuda na<br />
associação (DECO) com<br />
contas de água, luz, gás<br />
e telecomunicações para<br />
pagar. Muitas delas já em<br />
fase de injunção. No entanto,<br />
e apesar do reconhecimento<br />
da existência<br />
da dívida, não têm dinheiro<br />
para pagar”.<br />
– 7774 portugueses por dia<br />
deixaram de pagar dívidas<br />
ao banco. JN 08/05/2013.<br />
Os portugueses individualmente<br />
estão de corda na
Setembro <strong>2015</strong><br />
Crónica<br />
Lusitano de Zurique<br />
27<br />
garganta. E quanto ao Estado,<br />
está melhor?<br />
– Dívida pública portuguesa<br />
é a quarta mais alta<br />
entre 43 países da OCDE.<br />
06 Jul <strong>2015</strong>, Lusa. De acordo<br />
com a OCDE a dívida<br />
pública representa mais de<br />
130% em percentagem do<br />
PIB.<br />
– Dívida pública real é de<br />
quase 200% do PIB. TVI 17<br />
de Março <strong>2015</strong>.<br />
– Dívida portuguesa volta<br />
ao radar dos analistas.<br />
Jornal de Negócios de 22-<br />
07-<strong>2015</strong>. «O indicador que<br />
o FMI utilizou como argumento<br />
para defender a<br />
reestruturação da dívida<br />
pública grega deixa Portugal<br />
em pior situação no<br />
curto prazo. Com elevadas<br />
necessidades de financiamento,<br />
Lisboa também<br />
está na zona de risco do<br />
Fundo.»<br />
«Entre <strong>2015</strong> e 2020, o Estado<br />
português tem de se<br />
financiar nos mercados,<br />
por ano, entre 17% e 21%<br />
do PIB para pagar dívidas<br />
e défices, estima o FMI na<br />
sua última análise à sustentabilidade<br />
da dívida<br />
pública nacional.»<br />
Estamos, depois de 4 anos<br />
de intenso tratamento pelos<br />
médicos imaginários,<br />
mais doentes, isto é, mais<br />
pobres e com menor possibilidade<br />
de recuperação:<br />
– Portugal tem mais 210<br />
mil pessoas em risco de<br />
pobreza ou exclusão desde<br />
2010. Expresso 04.04.<strong>2015</strong>.<br />
– Cáritas adverte que “um<br />
número significativo de<br />
pessoas desempregadas”<br />
não está abrangido pelas<br />
redes de segurança normais.<br />
Risco em 2014 subiu<br />
para 27,5%. RR 22.04.<strong>2015</strong>.<br />
– Presidente da Cáritas Internacional<br />
critica austeridade<br />
que tem “a economia<br />
como Deus”.<br />
– Bruxelas: Portugal “não<br />
foi capaz de lidar” com aumento<br />
da pobreza.<br />
– Bispo do Porto: “É tempo<br />
de dizer basta ao sofrimento<br />
dos mais pobres”.<br />
– Portugal foi o país europeu<br />
em que mais aumentou<br />
o risco de pobreza e exclusão<br />
social em 2014, logo<br />
seguido pela Grécia, segundo<br />
o Relatório da Crise<br />
da Cáritas Europa <strong>2015</strong>,<br />
que é apresentado esta<br />
quarta-feira em Lisboa.<br />
– O relatório “O aumento<br />
da pobreza e das desigualdades<br />
– Modelos sociais<br />
justos são necessários<br />
para a solução” é uma<br />
análise aprofundada sobre<br />
a forma como a crise está<br />
a ser enfrentada nos sete<br />
países da União Europeia<br />
mais atingidos: Chipre,<br />
Grécia, Irlanda, Itália, Roménia<br />
e Espanha.<br />
– O documento, que foi divulgado<br />
no passado dia 19<br />
de Fevereiro em Itália, que<br />
tem a liderança do Conselho<br />
Europeu, destaca<br />
que Portugal foi o país que<br />
teve o maior aumento da<br />
taxa de risco de pobreza e<br />
exclusão social no último<br />
ano, com uma subida de<br />
2,1 pontos percentuais,<br />
para 27,5%. A média na<br />
União Europeia é 24,5%.<br />
“Outro dado relevante é<br />
que Portugal, apesar de<br />
toda a austeridade e de todos<br />
os sacrifícios pedidos,<br />
tem a segunda maior dívida<br />
pública em comparação<br />
com o PIB (128%) logo<br />
a seguir à Grécia (174,9%)”,<br />
disse à agência Lusa o<br />
presidente da Cáritas Portuguesa.<br />
Ao fim de 4 anos de intenso<br />
tratamento, o doente real<br />
está moribundo, o Estado<br />
está mais endividado e os<br />
portugueses estão mais<br />
pobres.<br />
Para terminar a história:<br />
Moliére morreu de tuberculose,<br />
depois de uma<br />
última representação do<br />
«Doente Imaginário». Era<br />
um doente real, tratado<br />
por charlatães como os<br />
que no Pontal nos prometeram<br />
a cura, enquanto<br />
agravavam as condições<br />
para a doença alastrar.<br />
(*) in<br />
’A Viagem dos Argonautas<br />
CRÉDITOS JFA<br />
Provavelmente o mais rápido da suíça<br />
Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />
É necessário perceber e a JFA percebe<br />
O contacto directo é muito importante.<br />
0900 25 04 74 (86Rp./min)<br />
Badenerstrasse 406<br />
8004 Zürich<br />
071 222 44 72<br />
Kornhausstrasse 3<br />
9000 St. Gallen<br />
061 363 06 85<br />
Dornacherstrasse 119<br />
4053 Basel
28 Lusitano de Zurique Opinião<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
≈ © Alberto PizzoliAFP/Getty Images ≈<br />
A ocupação da Europa<br />
Manuel Araújo<br />
A "ocupação da Europa" 1 é um facto.<br />
Está em marcha 2 e devemos ser<br />
realistas e deixarmo-nos de falsos<br />
moralismos e do “politicamente<br />
correcto”.<br />
Esta invasão 3 de refugiados proveniente<br />
de países muçulmanos faz<br />
parte do plano há muito comentado<br />
de uma alegada “islamização<br />
da Europa" 4 . Há ainda quem não<br />
acredite… mas já em Fevereiro deste<br />
ano o Estado Islâmico ameaçou<br />
mandar meio milhão de imigrantes<br />
para a Europa 5 como uma "arma<br />
1) http://goo.gl/Dcuf2J<br />
2) http://goo.gl/AKyJrv<br />
3) https://goo.gl/JuIcVl<br />
4) https://goo.gl/DWUqN9<br />
5) http://goo.gl/NZThRD<br />
psicológica", tendo mesmo ameaçado<br />
que dentro de 5 anos dominaria<br />
parte da Europa 6 , Espanha e<br />
Portugal incluídos. Alguns elementos<br />
do Estado Islâmico foram já detectados<br />
misturados com os verdadeiros<br />
refugiados. 7<br />
Acredito que os refugiados são sem<br />
dúvida vítimas que estão a ser usados<br />
8 . As imagens verdadeiramente<br />
dramáticas das TVs são terríveis<br />
onde se vêem mulheres, velhos e<br />
crianças a sofrer e a morrer. Sejamos<br />
realistas e que essas imagens<br />
não nos toldem a razão. Devemos<br />
estar atentos, pois há já um país europeu<br />
em estado de sítio 9 e o problema<br />
dos refugiados tende a alastrar a<br />
6) http://goo.gl/5WCTaV<br />
7 http://goo.gl/4gwesb<br />
8) https://goo.gl/CYsqxj<br />
9) http://goo.gl/SRGXIK<br />
toda a Europa. Portugal prepara-se<br />
para acolher 1500 legais.<br />
Porque não é politicamente correcto<br />
10 neste momento falar do<br />
problema 11 , os políticos (oposição<br />
incluída) ignoram-no e nada fazem<br />
e nada dizem porque têm medo de<br />
ser apelidados de islamofobos e<br />
perder votos.<br />
Os causadores deste êxodo são sobejamente<br />
conhecidos, mas falta<br />
a coragem aos responsáveis europeus<br />
para apontar o dedo e gritar<br />
bem alto que o “rei vai nu”. Se não<br />
forem tomadas medidas urgentes a<br />
Europa irá pagar uma "factura" pesada<br />
de efeitos incalculáveis.<br />
10) http://goo.gl/motrWs<br />
11) http://goo.gl/bmHrCW
Setembro <strong>2015</strong><br />
Turismo<br />
Lusitano de Zurique<br />
29<br />
Praga<br />
A cidade de Praga, capital a<br />
República Checa, é um dos<br />
mais belos e antigos centros<br />
urbanos da Europa,<br />
famosa pelo seu extenso<br />
património arquitectónico<br />
e por uma vida cultural<br />
Emília Farinha<br />
muito diversificada.<br />
A melhor forma de conhecer<br />
a cidade é começar a sua visita pela parte antiga, a chamada<br />
“Cidade Velha”. Na praça central poderá admirar<br />
o Relógio Astronómico que, de hora a hora presenteia<br />
os seus visitantes com um espectáculo de bonecos de<br />
madeira, poderá subir à Torre da Antiga Prefeitura e<br />
apreciar a vista maravilhosa sobre a cidade ou visitar<br />
a Catedral de Týn e a Igreja de São Nicolau. A pouca<br />
distância da praça encontra-se o Convento de Santa<br />
Agnes com a sua fantástica colecção de arte medieval<br />
da Galeria Nacional Checa. No Bairro Judeu ou Josefov,<br />
o mais antigo da Europa, encontrará inúmeras<br />
sinagogas históricas ( Sinagoga Velha-Nova, Sinagoga<br />
Espanhola, Sinagoga Maisel, etc.), assim como o velho<br />
Cemitério Judaico. Este é um local carregado de história<br />
e infelizmente bastante triste. Durante séculos, os<br />
judeus viveram encerrados neste bairro cercados por<br />
um muro e foram vitimas de grandes atrocidades. O<br />
muro só foi derrubado em 1848.<br />
A Ponte Carlos, construída sobre o rio Vltava durante<br />
o período gótico, é considerada o símbolo da capital<br />
checa. Possui uma torre em cada umas das suas extremidades<br />
e mais de 30 esculturas barrocas ao longo da<br />
sua extensão.<br />
Outro ponto de interesse é o chamado Distrito do Castelo,<br />
que conta com inúmeras atracções turísticas. O<br />
Castelo de Praga é o monumento mais importante de<br />
toda a República Checa. Composto por um amplo conjunto<br />
de palácios, igrejas, pátios e jardins, é a sede do<br />
poder politico e religioso desde o séc. IX. Vale a pena<br />
ainda uma visita à Catedral de São Vito com as suas<br />
pinturas medievas, vitrais e mosaicos do séc. XIV e à<br />
Basílica de São Jorge e as suas esculturas e pinturas<br />
checas. Na Cidade Baixa (Malá Strana) existem dezenas<br />
de restaurantes e hotéis de grande qualidade, muitos<br />
deles situados nos arredores da Praça da Cidade<br />
Baixa. um bom local para relaxar um pouco.<br />
Finalmente para terminar a sua visita a esta maravilhosa<br />
capital europeia, vá até à “Cidade Nova” e perca-se<br />
na Praça Venceslau, o ponto alto desta região situada<br />
nos arredores do centro histórico da cidade. Aqui encontrará<br />
um número infinito de lojas, restaurantes, cafés<br />
e hotéis de luxo. Um bom sitio para fazer compras e<br />
deliciar-se com um Ceske Trdlo, um doce muito comum<br />
na República Checa.
30 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Brasil- Acesso à Internet como direito<br />
constitucional<br />
Joana Araújo (*)<br />
Windows 10 sabe mais sobre<br />
você do que a sua mãe!<br />
A Microsoft lidera com um enorme avanço sobre<br />
os seus concorrentes mais directos, mas depois<br />
de ter lançado o Windows 10 muitos utilizadores<br />
queixam-se principalmente de problemas de privacidade<br />
e ameaçam mudar de sistema operativo.<br />
Mas não são apenas os utilizadores particulares<br />
que se queixam. Por exemplo a Sony não aconselha<br />
a actualização do novo sistema nos modelos<br />
Vaio, alegando que o sistema Windows 10 ainda<br />
não é o ideal.<br />
O Windows 10 deu um passo além no rastreamento<br />
de inúmeras informações dos usuários, tendo<br />
deixado muitos inquietos e inseguros.<br />
Há mesmo que afirme que o Windows 10, é todo<br />
ele um vírus e que esta é a hora certa para mudar<br />
o sistema operativo; exemplo do Linux/Ubuntu<br />
que é gratuito e tem actualizações gratuitas.<br />
Catarina Gomes<br />
A proposta de emenda constitucional<br />
que pede a consagração<br />
do direito de acesso<br />
à Internet já foi aprovada<br />
pela Comissão de Constituição<br />
e Justiça do Senado.<br />
Espera-se que esta medida<br />
contribua para o combate<br />
à info-exclusão, pois a integração<br />
do acesso à Internet<br />
na Constituição Federal do<br />
Brasil, como direito social,<br />
obrigaria o Estado a implementar<br />
políticas públicas<br />
que incrementem a inclusão<br />
digital.A alteração da<br />
constituição necessita da<br />
confirmação de mais duas<br />
votações, uma no Senado e<br />
outra na Câmara dos Deputados.Rodrigo<br />
Rollemberg,<br />
ex-senador e actual governador<br />
do Distrito Federal,<br />
justifica a proposta de constitucionalização<br />
do acesso à<br />
Internet, dizendo que cada<br />
vez mais os direitos à informação,<br />
educação e trabalho,<br />
dependem do acesso a<br />
novas tecnologias.“A inclusão<br />
desse novo direito em<br />
nossa Constituição Federal<br />
contribuirá decisivamente<br />
para a superação das desigualdades<br />
brasileiras e<br />
dará um amplo horizonte<br />
de oportunidades aos nossos<br />
cidadãos hoje inexoravelmente<br />
excluídos de um<br />
futuro melhor”, comenta<br />
Rollemberg, citado pela<br />
Agência Brasil.De acordo<br />
com um relatório recente<br />
da União Internacional de<br />
Telecomunicações, o Brasil<br />
está na 65ª posição entre os<br />
166 avaliados no acesso a<br />
novas tecnologias de informação<br />
e comunicação.<br />
in bit<br />
OnHub: o novo router sem fios da Google resolve os problemas em casa<br />
O OnHub é um router wireless para<br />
uso doméstico, criado pela Google e<br />
pela TP-Link, que permite resolver<br />
problemas que frequentemente surgem<br />
quando o utilizador quer aceder<br />
à Internet.<br />
O OnHub privilegia sobretudo a usabilidade,<br />
bem como a estética dos<br />
diferentes cenários em que se enquadra.<br />
O dispositivo funciona via wireless,<br />
sendo que apresenta apenas uma<br />
porta de rede para que o utilizador<br />
possa estabelecer ligação à Internet.<br />
Tem ainda 13 antenas interiores que<br />
garantem a melhor relação sinal/potência<br />
e um acesso mais rápido, utilizando<br />
as normas 802.11 b/g/n/ac a<br />
2,4 GHz e 5 GHz.<br />
Inclui ainda uma porta USB 3.0, pelo<br />
que os utilizadores podem ligar discos<br />
externos, e uma capacidade de<br />
armazenamento de 4GB.<br />
Toda a gestão do OnHub é realizada<br />
através de uma aplicação concebida<br />
pela Google que pode ser utilizada<br />
em qualquer ‘smartphone’ ou ‘tablet’,<br />
tanto Android como iOS.<br />
A manutenção do equipamento será<br />
feita de forma automática, sendo<br />
que serão descarregadas e instaladas<br />
actualizações de firmware ou de<br />
segurança sempre que seja necessário.<br />
Para já, o OnHub só pode ser pré-encomendado<br />
em lojas online como a<br />
Google Store, Amazon ou Walmart.<br />
A venda em lojas físicas poderá ser<br />
feita na próxima semana, mas somente<br />
no Canadá e nos EUA.<br />
B!T<br />
(*) [Joana Araújo com agências]
Setembro <strong>2015</strong><br />
Horóscopo<br />
Lusitano de Zurique<br />
31<br />
Carneiro<br />
Caranguejo<br />
Balança<br />
Capricórnio<br />
Este mês é uma importante<br />
oportunidade para o signo<br />
Carneiro resolverem pendências<br />
materiais e emocionais<br />
que caracterizaram<br />
os últimos dois anos. É a<br />
mudança de movimento<br />
do planeta Saturno que<br />
traz decisões, resoluções e<br />
uma fluência maior nesses<br />
temas.No trabalho, tende a<br />
haver uma melhoria e o desejo<br />
de fazer novas coisas,<br />
mais amplas. É o inicio do<br />
movimento do planeta Júpiter<br />
no sector profissional<br />
do signo Carneiro, que trará<br />
boas novas envolvidas<br />
com estudos, conhecimento<br />
e viagens.<br />
Touro<br />
Para o signo Touro este<br />
mês representa definições<br />
e resoluções em seus relacionamentos<br />
e parcerias,<br />
um tema que lhe acompanhou<br />
ao longo dos últimos<br />
dois anos. Agora é a hora<br />
de fazer um balanço do<br />
que ocorreu nesse período<br />
e assimilar as lições evolutivas,<br />
agindo com mais maturidade<br />
e consciência.<br />
Em relação ao trabalho é<br />
uma bela oportunidade de<br />
você se expressar de uma<br />
forma mais criativa e confiante.<br />
Gémeos<br />
Este mês é muito especial<br />
para o signo Gémeos, com<br />
definições importantes<br />
ligadas ao trabalho, saúde,<br />
qualidade de vida e ao<br />
aprimoramento pessoal,<br />
técnico e mental, que foi<br />
uma característica evidenciada<br />
ao longo dos últimos<br />
dois anos. Saturno não estará<br />
mais em movimento<br />
retrógrado e é um momento<br />
para resolver pendências<br />
relacionadas a estes<br />
assuntos.<br />
Quantos aprendizados<br />
emocionais têm vivido o<br />
signo Caranguejo ao longo<br />
destes últimos dois anos?<br />
Neste mês, o planeta Saturno<br />
não estará mais em<br />
movimento retrógrado, é<br />
uma bela oportunidade<br />
para você assimilar esses<br />
ensinamentos e entender<br />
o verdadeiro e profundo<br />
significado do amor. É<br />
também um mês com um<br />
potencial criativo imenso,<br />
em que podem retornar<br />
antigos projectos e interesses,<br />
que valem a pena você<br />
desenvolver com maestria.<br />
Leão<br />
Uma das características<br />
mais importantes deste<br />
mês ao signo Leão é o movimento<br />
retrógrado do planeta<br />
Vênus, que indica a<br />
necessária reavaliação e o<br />
repensar de suas atitudes<br />
emocionais, do que você<br />
valoriza, gosta e quais são<br />
as suas prioridades.Em relação<br />
ao trabalho, é uma<br />
bela oportunidade que<br />
está ressaltada no novo<br />
movimento do planeta Júpiter<br />
no sector de talentos<br />
e potenciais, o que lhe<br />
pode trazer mais confiança<br />
para expressar as suas habilidades<br />
e para aprimorar<br />
os seus talentos.<br />
Virgem<br />
Este mês traz uma boa<br />
nova ao signo Virgem. Depois<br />
de 12 anos chega o<br />
momento da entrada do<br />
planeta Júpiter no seu signo,<br />
o que é um sinal de<br />
oportunidades de crescimento,<br />
relacionados a uma<br />
nova auto-imagem, uma<br />
visão mais expansiva da<br />
realidade e que estimula o<br />
aprimoramento em conhecimentos<br />
e viagens.<br />
Importantes definições<br />
financeiras e de valores<br />
marcam este mês ao signo<br />
Balança. É o momento de<br />
assimilar as lições e questões<br />
que estiveram presentes<br />
ao longo dos dois<br />
últimos anos. É o momento<br />
de fazer um balanço do<br />
que foi conquistado e de<br />
continuar agindo com maturidade<br />
e responsabilidade,<br />
redescobrindo o que<br />
é realmente valioso para<br />
você.Em relação ao trabalho,<br />
há oportunidades de<br />
desenvolvimento e de aprimoramento,<br />
sobretudo<br />
por você confiar mais nos<br />
seus talentos e potenciais.<br />
Escorpião<br />
É hora de assimilar os<br />
aprendizados emocionais<br />
e de construção de uma<br />
nova identidade que estiveram<br />
presentes na vida<br />
do signo Escorpião nos<br />
últimos dois anos. Temos<br />
neste mês o movimento de<br />
Saturno, que já não mais<br />
retrógrado em seu signo,<br />
o que indica melhores condições<br />
de avaliar tudo que<br />
passou e de se sentir mais<br />
centrado, integrado e maduro.<br />
Sagitário<br />
Este mês é marcado pela<br />
mudança no movimento<br />
do seu planeta regente Júpiter,<br />
que passa a actuar<br />
no ponto mais alto da mandala<br />
do signo Sagitário, indicando<br />
oportunidades de<br />
expansão e de crescimento,<br />
relacionadas ao seu<br />
aprimoramento pessoal<br />
e profissional. Em relação<br />
à vida profissional, este é<br />
um mês muito interessante,<br />
que pode trazer oportunidades,<br />
promoções e<br />
um desenvolvimento mais<br />
confiante de seus talentosl.<br />
Para o signo Capricórnio,<br />
este mês é importante<br />
para reflectir sobre os seus<br />
valores emocionais, sobre<br />
questões financeiras e<br />
também sobre valores espirituais<br />
e aquilo que está<br />
muito além da matéria. É<br />
um período importante<br />
para renegociações, que<br />
lhe farão desenvolver as<br />
suas habilidades com mais<br />
consciência e responsabilidade.<br />
Aquário<br />
Este mês representa ao signo<br />
Aquário a necessidade<br />
de reverem as suas atitudes<br />
nos relacionamentos,<br />
parcerias e associações.<br />
Isso é marcado astrologicamente<br />
pelo movimento<br />
retrógrado do planeta<br />
Vênus.Em relação ao trabalho,<br />
há oportunidades<br />
interessantes de desenvolvimento<br />
e o mês também<br />
pode apresentar algumas<br />
surpresas. Explore mais os<br />
seus talentos criativos.<br />
Peixes<br />
Neste mês, temos um novo<br />
movimento acontecendo<br />
no sector de relacionamentos<br />
e parcerias. É o ingresso<br />
do planeta Júpiter, que<br />
promove uma necessária<br />
ampliação de horizontes<br />
nas suas relações. É importante<br />
encarar as pessoas,<br />
as relações de uma maneira<br />
mais abrangente e despojada<br />
de velhos condicionamentos.Em<br />
relação ao<br />
trabalho, é uma bela oportunidade<br />
de expansão,<br />
marcada principalmente<br />
pela possibilidade de fazer<br />
novos contactos profissionais,<br />
inclusive com pessoas<br />
que não fazem parte do<br />
seu círculo habitual de relacionamentos.<br />
É hora de<br />
expandir horizontes também<br />
no trabalho.<br />
Adaptação:Joana Araújo
Culinária<br />
32 Lusitano de Zurique Setembro <strong>2015</strong><br />
Culinária<br />
O Chefe Silva termina colaboração<br />
com o Lusitano - Obrigado Chefe!<br />
Manuel Araújo<br />
O Chefe Silva é natural de Caldelas, Amares, uma pacata<br />
vila termal do Minho que ele adora e gostava de<br />
lá acabar o resto dos seus dias. - “O Minho é metade<br />
da minha alma e metade do meu coração. É ao Minho<br />
que vou pelo Natal, pelos Santos, pela Páscoa e sempre<br />
que posso. É a minha terra. O Minho e a sua gente estão<br />
sempre no meu coração, mas Amares e Caldelas nem se<br />
fala… devo confessar, que o que eu gostava mesmo, era<br />
de viver o resto da minha vida em Caldelas.” - Confessou-<br />
-nos numa entrevista dada há alguns anos.<br />
Quando jovem os pais do Chefe Silva puseram-no a estudar<br />
para padre em Braga, mas ele fugiu invocando<br />
que não tinha vocação e o que ele gostava mesmo era<br />
de mulheres, por isso não devia ser padre. De castigo<br />
puseram-no a trabalhar nas obras. Mais tarde foi<br />
ajudante de ferreiro em Caldelas e finalmente acabou<br />
por ser cozinheiro “por acidente”, pois o que ele queria<br />
mesmo era ser empregado de mesa “para andar limpo<br />
e de lacinho ao pescoço”.<br />
como era habitual, isolou-se e actualmente sente-se<br />
cansado. É este o único motivo do fim da colaboração.<br />
Em meu nome pessoal e da Direcção do Centro Lusitano<br />
de Zurique agradecemos a sua ajuda e prestigiosa<br />
participação, que foi de grande importância para a revista<br />
e bastante apreciada pelos nossos leitores.<br />
Desejamos-lhe sinceramente felicidades e longa vida<br />
com boa saúde. Obrigado Chefe Silva!<br />
A partir deste número a página que foi do<br />
Chefe Silva ficará assegurada pelo Chefe Luís<br />
Machado. O Luís Machado é amigo pessoal do<br />
Chefe Silva. Foi ele que o substituiu também<br />
na revista Teleculinária. Bem-vindo Chefe e<br />
obrigado por ter aceitado o nosso convite.<br />
O Chefe Silva actualmente vive em Lisboa e foi um dos<br />
Chefes de cozinha mais conhecidos no país. Foi durante<br />
muitas décadas figura assídua em programas de<br />
televisão e também Director técnico da sobejamente<br />
conhecida Teleculinária. Foi nosso colaborador desde<br />
2004, onde mês após mês ele indicava-nos as receitas<br />
dos seus inúmeros livros, que gostava de ver publicadas<br />
na nossa revista. Dava dicas, trocava-mos ideias,<br />
dava conselhos e falámamos de Caldelas.<br />
Após o falecimento da sua esposa há alguns anos, ele<br />
ficou bastante abalado e triste e deixou de conviver<br />
≈ Chefe Silva com o Chefe Luís Machado ≈
Setembro <strong>2015</strong><br />
Culinária<br />
Lusitano de Zurique<br />
33<br />
Chefe Luís Machado - breve apresentação<br />
≈Chefe Luís Machado≈<br />
Luís Machado, em pequeno, passava<br />
parte do seu tempo de brincadeiras<br />
a tentar perceber que<br />
mistérios eram aqueles que saiam<br />
das mãos das mulheres da casa. À<br />
roda dos tachos e dos cheiros, girava<br />
o seu universo de aventuras<br />
imaginadas de lutas de cowboys<br />
e Índios. Depressa percebeu, de<br />
cada vez que surripiava uma prova<br />
dos sabores confeccionados, que<br />
a cozinha podia ser um espaço de<br />
criação. É na adolescência, os amigos<br />
reuniam-se sempre à sua mesa<br />
em forma de desafio. Todos sabiam<br />
que o seu engenho para a cozinha<br />
era grande. Daí a formar-se na Escola<br />
Profissional de Salvaterra de<br />
Magos e mais tarde na Escola Superior<br />
de Hotelaria do Estoril foi um<br />
passo.<br />
Desde os 23 anos que não para de<br />
se surpreender com o prazer que<br />
a cozinha lhe dá. É nesta zona de<br />
conforto que se sente bem Luís<br />
Machado é chefe residente das Edições<br />
Plural, onde desde 2005 confecciona<br />
pratos únicos, criativos e<br />
fáceis de executar. É nas revistas<br />
Teleculinária, Ementa da Semana,<br />
Teleculinária Especial Robot de Cozinha<br />
e Teleculinária Gold que o seu<br />
trabalho se destaca. O mote de tantas<br />
receitas varia e depende da inspiração<br />
ou das sugestões que são<br />
surgindo nas mais variadas formas.<br />
Luís Machado tem desenvolvido a<br />
sua actividade profissional na área<br />
da Educação, partilhando os seus<br />
conhecimentos como docente de<br />
“pratica de cozinha” na Escola Superior<br />
e Tecnologia do Mar de Peniche,<br />
assim como formador no Centro de<br />
Formação Profissional, ou em aulas<br />
de culinárias promovidas por várias<br />
entidades.<br />
É também consultor para a área alimentar<br />
em diversos restaurantes e<br />
empresas alimentares.<br />
Produziu ainda as receitas do livro<br />
“Sem Pedra de Sal” da autoria de<br />
Maria Antónia Peças e João Breda,<br />
e do livro “chefe Silva: O senhor<br />
Tele culinária - 74 Anos de vida intensa”,<br />
da autoria de Amílcar Malhó,<br />
editado pelas Edições Plural.<br />
Tem tido diversas participações televisivas<br />
em rubricas de culinária e<br />
já foi jurado em muitos concursos<br />
gastronómicos.<br />
A gastronomia, continua a fasciná-<br />
-lo como no primeiro dia...<br />
Risoto<br />
de bacalhau<br />
com manga<br />
e coco<br />
para seis pessoas
34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />
O azar do senhor Cláudio<br />
- É curioso que o senhor Cláudio ainda não<br />
tenha chegado; ele é sempre tão pontual!<br />
- Diz um empregado para um colega da fábrica.<br />
-Então, tu ainda não sabes que tiveram de<br />
transportá-lo de urgência para o hospital<br />
ontem à noite?<br />
- O quê! Não me digas! Não pode ser! Eu ainda<br />
ontem à tarde o vi no jardim com a nova<br />
secretária! ...<br />
-Pois, foi por isso mesmo: também o viu a<br />
mulher!. ..<br />
Uma pequena adivinha<br />
Há uma pequena adivinha que agrada muito<br />
aos ingleses, particularmente aos mais<br />
conserva dores.<br />
- Por que é que o Governo Trabalhista se parece<br />
com um violão?<br />
-Porque é segurado com a esquerda e tocado<br />
com a direita...<br />
O coelho e o elefante<br />
No tempo em que os animais falavam, ninguém<br />
se preocupava por ter um local apropriado<br />
para fazer as suas necessidades. Era<br />
à balda, os animais faziam-nas em qualquer<br />
lugar. Porém, o leão, rei dos animais, achou<br />
que isso era uma indecência e, um dia, reunindo-os<br />
a todos disse-lhes:<br />
- Meus amigos, eu quero que haja limpeza<br />
no reino. Quero que vocês, a partir de hoje,<br />
vão todos à vala!<br />
Os animais, todos muito compreensivos,<br />
acei taram com muito agrado as ordens do<br />
rei e, desde esse dia, pequenos e grande,<br />
desde o coelho ao elefante, todos passaram<br />
a ir à vala. Mas, eis que, dois dias depois, o<br />
coelho apresenta-se no palácio do rei, queixando-se,<br />
indignado, que não desejava voltar<br />
mais à vala:<br />
-Porquê? -inquiriu o rei. E o coelho explicou:<br />
-Porque, ontem, quando lá fui, estava lá um<br />
elefante e ele perguntou-me várias vezes<br />
se eu lar gava o pêlo: «Coelho largas o pêlo?<br />
Coelho largas o pêlo?». E como eu respondi<br />
sempre que não, ele agarrou-me e serviu-se<br />
de mim como quem se eu fosse papel higiénico<br />
...<br />
Num jovem país africano<br />
Um presidente europeu é recebido com as<br />
maiores honras numa jovem nação africana.<br />
No fim do banquete e dos discursos do presidente<br />
ne gro e do presidente branco e dos<br />
respectivos brin des, o presidente branco<br />
levanta-se e diz, dirigindo a palavra à esposa<br />
do presidente negro;<br />
-A senhora deseja tomar-me o braço?<br />
- Não, senhor - responde a negra. - Não tenho<br />
fome!...<br />
Palavras de Deus<br />
No princípio do mundo, Deus criou Portugal<br />
com os seus vales, os seus rios, as suas montanhas<br />
e as suas paisagens. Criou este belo<br />
jardim à beira mar plantado, este maravilhoso<br />
cantinho da Terra. E, contemplando a sua<br />
obra, Deus disse:<br />
-Na verdade aqui excedi-me, ultrapassei os<br />
meus limites, cometi realmente um excesso,<br />
fui re almente injusto para com o resto da<br />
terra! Na ver dade, este sol, este mar, esta<br />
doçura, esta variedade e esta riqueza não<br />
existem em nenhuma outra par te da terra!...<br />
E, desejando por fim restabelecer o equilíbrio,<br />
Deus criou os portugueses ...<br />
Entre o avô e o neto<br />
O neto:<br />
-Por que é que o avôzinho bebe sempre tanto<br />
todos os dias?<br />
- É para afogar os meus desgostos - res- ponde<br />
o avô.<br />
- E consegue-o?<br />
-Não, não consigo.<br />
-E porque não?<br />
-Porque os meus desgostos sabem nadar.<br />
(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Júnior<br />
Lusitano de Zurique<br />
35<br />
Sabias...<br />
1-<br />
Questões que te<br />
farão girar a cabeça.<br />
Em que se notabilizou Luísa<br />
Todi?<br />
2- Quem foi José Malhoa?<br />
3- Quem foi José Ferreira Borges?<br />
4- Quem foi José Anastácio<br />
Cunha?<br />
5- Qual foi o português que<br />
mereceu a distinção do Prémio<br />
NOBEL?<br />
6- Quem foi Pêro Vaz de<br />
Caminha?<br />
7- Quem escreveu as obras éticodidácticas<br />
“Livro da Ensinança<br />
da Arte de Bem Cavalgar Toda a<br />
Sela” e o “Leal Conselheiro”?<br />
8- Como se chama a escritora<br />
e poetisa que, entre outras<br />
obras, escreveu: “O Cavaleiro da<br />
Dinamarca”, “Dual” e “Contos<br />
Exemplares”?<br />
9- Em que se evidenciou Alçada<br />
Baptista?<br />
1O- Quem foi .. o fundador da<br />
dinastia de Bragança?<br />
11- Quem foi Baltasar Guedes?<br />
12- Que rei teve o título de «O<br />
Justiceiro»?<br />
13- Quem é o autor da obra<br />
literária “A Confissão de Lúcio”?<br />
14- Quem descobriu o<br />
arquipélago da ilha da Madeira?<br />
15- Por que ficou famoso Pedro<br />
Álvares Cabral?<br />
RESPOSTAS<br />
1-Luísa Todi (1753-1833), nascida<br />
em Setúbal, teve uma carreira<br />
notável como cantora lírica,<br />
reconhecida internacionalmente.<br />
2- José Malhoa (1855-1933) foi<br />
pintor. Dedicou a sua pintura,<br />
sobretudo, ao quotidiano do<br />
homem do campo.<br />
3- José Ferreira Borges (1786-<br />
1838), natural do Porto, licenciou-se<br />
em leis pela Universidade<br />
de Coimbra. Deixou-nos<br />
várias obras valorosas do foro<br />
judicial.<br />
4-José Anastácio Cunha (1744-<br />
1787) nasceu em Lisboa e foi<br />
poeta e matemático. Ocupou a<br />
cátedra de Geometria na Universidade<br />
de Coimbra. A publicação<br />
da sua “Obra Poética”, em<br />
1839, revela -o como um precursor<br />
do romantismo.<br />
5-. Foi António Caetano Egas<br />
Moniz (1874-1955), natural de<br />
Arouca, Estarreja. Formado em<br />
Medicina, foi embaixador em<br />
Madrid, ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros, professor nas Universidades<br />
de Coimbra e Lisboa.<br />
Sendo um médico psiquiatra notável,<br />
foi laureado com o Prémio<br />
Nobel da Medicina, em 1949.<br />
6-Pêro Vaz de Caminha (1450-<br />
1501), natural do Porto, foi escrivão<br />
da Armada de Pedro Álvares<br />
Cabral. Celebrizou-se com<br />
a famosa carta a D. Manuel I<br />
sobre o descobrimento do Brasil<br />
( de 22-04 a 01-05-1500). A<br />
referida carta foi publicada pela<br />
primeira vez em 1817.<br />
7- Foi D. Duarte, «O Eloquente»,<br />
rei de Portugal.<br />
8- Foi Sophia de Mello Breyner<br />
Andresen, nascida no Porto, em<br />
1919.<br />
9- António Alçada Baptista,<br />
nascido na Covilhã, em 1927,<br />
evidenciou-se, ganhando notoriedade,<br />
como escritor.Formado<br />
em Direito, escreveu obras<br />
como “Peregrinação Interior”,<br />
“Os Nós e os Laços” e “O. Riso<br />
de Deus”.<br />
10- Foi D. João IV, «O Restaurador»<br />
(1604-1656), natural de Vila<br />
Viçosa .. Foi rei de Portugal desde<br />
01-12-1640 até 06-11-1656.<br />
Era duque de Bragança quando,<br />
com prudente reserva, aderiu<br />
ao movimento restaurador que<br />
eclodiria a 01-12-1640. Aclamado<br />
pelo Povo, foi coroado a<br />
15-12-1640, tomando medidas<br />
decisivas para garantir a Restauração.<br />
Soube reerguer o País<br />
abalado até aos alicerces. Foi<br />
cognominado «O Restaurador»<br />
por ter contribuído para a Restauração<br />
da Independência de<br />
Portugal, subjugado ao domínio<br />
espanhol, durante 60 anos.<br />
11- Baltasar Guedes (1620-1693)<br />
nasceu no Porto e foi o fundador<br />
do Colégio para Meninos<br />
Orfãos. Ordenado sacerdote<br />
aos 24 anos, aplicou todos os<br />
seus bens e esmolas que angariou<br />
na fundação do Colégio da<br />
Nossa Senhora da Graça, para<br />
meninos orfãos, no Porto, em<br />
1651.<br />
12- Foi D. Pedro 1 (1320-1367).<br />
Era natural de Coimbra. Foi casado<br />
com D. Constança Manuel,<br />
a qual tinha ao seu serviço a<br />
jovem fidalga galega chamada<br />
Inês de Castro, por quem D. Pedro<br />
se apaixonou e da qual teve<br />
4 filhos. À morte de D. Constança,<br />
em 1345, passou o príncipe a<br />
viver maritalmente com D. Inês.<br />
No entanto, o rei D. Afonso IV,<br />
pai de D. Pedro 1, aconselhado<br />
por alguns nobres da Corte,. e<br />
temendo que os bastardos se<br />
candidatassem à sucessão ao<br />
trono, contra o herdeiro legítimo,<br />
acabou por consentir no assassínio<br />
de D. Inês (1355). Assim<br />
que D. Pedro I subiu ao trono,<br />
vingou-se dos cri minosos que<br />
assassinaram a sua amada.<br />
13- Foi Mário de Sá-Carneiro<br />
(1890-1916), natural de Lisboa,<br />
poeta e ficcionista.<br />
14- Foram os navegadores Tristão<br />
Vaz e João Gonçalves Zarco,<br />
em 1418-1419.<br />
15- Pedro Álvares Cabral (1467-<br />
1520), · natural de Belmonte, ficou<br />
famoso ao descobrir o Brasil,<br />
no dia 1 de Maio de 1500.<br />
Coordenação: Joana Araújo
36 Lusitano de Zurique Literatura<br />
Setembro <strong>2015</strong><br />
Conversa insólita<br />
Ria, porque rir faz bem. Ria, nem que seja<br />
da minha estupidez. Ria e goze a vida...<br />
Carmindo de<br />
Carvalho<br />
Um fulano que eu conheço muito bem, muito melhor<br />
que ninguém, disse-me que não está acomodado com<br />
as coisas da vida, somente resignado, hoje levantou-se<br />
bem disposto e como de costume foi logo para a casa<br />
de banho.<br />
Sentou-se na sanita e como ia empanzinado fez logo<br />
o que lhe apeteceu. Largou uma grande, sonora e<br />
estrondosa artilharia.<br />
Vindo do quarto ali mesmo a poucos passos ao lado,<br />
ouviu a voz da mulher a dizer:<br />
“Está no armário!”<br />
“O quê? Ah! sim. Recebido e entendido “, pensou.<br />
Depois de ter largado a carga e por isso mesmo já bem<br />
aliviado, regressou ao quarto e perguntou à mulher:<br />
“O que disseste?”<br />
“Que está no armário.’’<br />
“O quê?”, tornou a perguntar, mauzão a esticar o gozo<br />
daquele momento.<br />
“O papel higiénico.”<br />
“Pois sei muito bem que está no armário, mas o que tu<br />
ouviste não foi eu a perguntar pelo papel, mas sim o<br />
meu cu a largar um grande peido.”<br />
“Ah! Seu grande porcalhão.”<br />
“Porquê? Se estava no sítio certo e por enquanto<br />
ainda não paga imposto. Disso ainda a “Troika” não se<br />
lembrou de impor.”<br />
Resta dizer que ela um dia foi ao otorrino e ele disse<br />
lhe que tinha um pequeno buraco num ouvido e que<br />
tinha de ser operada. Acagaçada, nunca mais lá voltou.<br />
Palavras para quê?<br />
Com esta conversa mal cheirosa, você que é o meu<br />
leitor neste momento deve de estar a pensar:<br />
“E ele que até se estava a portar bem até aqui vem<br />
agora borrar toda a escrita.” Pois bem. Seja um pouco<br />
benevolente e pense que esta vida é curta e com um<br />
ai vimos, e com outro ai vamos. Ria, porque rir faz<br />
bem. Ria, nem que seja da minha estupidez. Ria e<br />
goze a vida.<br />
Não se feche num casulo carrancudo, medonho e<br />
atrofiante. Tomar-se-á num claustrofóbico de drogas<br />
dependente.<br />
Também lhe digo que em nenhum momento leu,<br />
porque eu não escrevi, por isso não lhe prometi, que ia<br />
encontrar uma obra certinha, ajuizada, arrumadinha.<br />
Um dia quando a selecção portuguesa de futebol ia<br />
partir de viagem para disputar um europeu, ao Sr.<br />
Herman José a quem muitos consideram um grande<br />
cómico, ouvi-lhe dizer:<br />
“Rapazes ganhem lá essa merda”.<br />
Outro dia estando eu em Portugal, ouvi em directo<br />
numa estação de rádio uma coisa que se apresentava<br />
como entrevista a uma banda de rock.<br />
Diz o entrevistador:<br />
“Aqui o é claro que disse o nome mas eu agora por<br />
conveniente necessidade lógica omito anda todo<br />
felizardo da vida, tem uma nova namorada. Para andar<br />
assim tão contente, ela deve ser muito boa na cama.”<br />
Rus, xus, raspus. E um silêncio comprometedor se<br />
seguiu.<br />
“O gajo deve ter levado um murro nos cornos.<br />
Mereceu-as. Espero que nem pitada se tenha<br />
perdido”, pensei.<br />
E pronto por agora chega, amanhã cá estarei para vos<br />
contar mais.
Setembro <strong>2015</strong><br />
Poesia<br />
Lusitano de Zurique<br />
37<br />
“Terras da nossa Terra”<br />
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MINHO<br />
Lá no Norte com esplendor<br />
Surge alegre o verde Minho<br />
Notável no folclore<br />
E tão nosso verde vinho.<br />
Província de tradições<br />
E rica em gastronomia<br />
Aqui atrai multidões<br />
Sempre a qualquer romaria.<br />
Trajes tradicionais<br />
Bordados com fino linho<br />
São motivos principais<br />
Que dão vida e cor ao Minho.<br />
Braga, Vizela, Esposende<br />
Famalicão e Viana<br />
Barcelos, Fafe e transcende<br />
Guimarães de que se ufana.<br />
Ó Minho só o teu vira<br />
Essa dança tão notória<br />
Os forasteiros inspira<br />
A visita obrigatória.<br />
Teu povo peculiar<br />
Com sorriso e com carinho<br />
Recebe e sabe adular<br />
Quem visita o nosso Minho! ...<br />
BRAGA<br />
Bracara Augusta<br />
Bem no coração do Minho<br />
Surge a cidade de Braga<br />
Nasceu dum burgo velhinho<br />
Quase no tempo se apaga.<br />
Chamada Bracara Augusta<br />
Dos Romanos veio a ser<br />
Muito importante e robusta<br />
Antes de Cristo nascer.<br />
P’los árabes destruída<br />
Riquíssima é sua História<br />
Mais tarde reconstruída<br />
E conservada notória.<br />
De arcebispos cidade<br />
E seculares monumentos<br />
Como a Sé padrão de idade<br />
Do tempo quais testamentos.<br />
Braga mui turismo induz<br />
Por ter fama e tradição<br />
Deslumbrando o Bom Jesus<br />
Ou festas de São João.<br />
Aqui fica o meu convite<br />
Venha a Braga p’ra ver tudo<br />
A não ser que acredite<br />
Ver Braga por um canudo!...<br />
Distinta vila de Amares<br />
És no interior do Minho<br />
Terra de mil paladares<br />
E do melhor verde vinho.<br />
És p’los rios definida<br />
Que te dão alma e fulgor<br />
Quase como enternecida<br />
Propalando o esplendor.<br />
És um verde paraíso<br />
Que aqui convida ao lazer<br />
E o turista com sorriso<br />
Extasia de prazer.<br />
Tens recursos naturais<br />
Que emergem da agricultura<br />
E solares senhoriais<br />
Que te emprestam formosura.<br />
Sá de Miranda elegeu<br />
Amares o seu burgo amado<br />
Dedicado aqui viveu<br />
E nele está sepultado.<br />
És um lugar preferido<br />
Qual eterno pergaminho<br />
Como postal colorido<br />
A adornar o nosso Minho! ...<br />
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