2015 - Revista Top 100
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J Distribuidores de peças<br />
em concreto da Bombóleo, Paulo Marques explica que<br />
“não houve uma diminuição de margem. Mantivemos<br />
a margem de anos anteriores, embora, de facto, ela seja<br />
manifestamente insuficiente para que novos investimentos<br />
ocorram mais amiúde”. E concretiza: “O problema da margem<br />
é grande mas, em nossa opinião, os custos logísticos<br />
associados ao negócio das peças e acessórios auto, em nada<br />
ajudam as empresas do setor. Entendemos que estes custos<br />
deveriam ser transversais a toda a cadeia de distribuição,<br />
até ao consumidor final”. Mais. “Os designados ‘portes’<br />
são para muitos operadores um argumento de venda, o<br />
que, em nossa opinião, não faz qualquer sentido”. De<br />
resto, a “constante exigência da entrega da peça na hora<br />
e a consequente oferta de ‘portes’ leva a que as empresas<br />
aumentem consideravelmente os seus custos logísticos”.<br />
Na opinião de Paulo Marques, no futuro, os custos terão<br />
de ser “repartidos” por toda a cadeia de distribuição. “Só<br />
assim conseguiríamos ter um impacto imediato nas contas<br />
de exploração” e realizar “investimentos mais rápidos para<br />
benefício de toda a cadeia”.<br />
Na Japopeças, a estabilidade ainda é o que era, muito<br />
devido à “qualidade do produto”, garante Luís Costa, administrador<br />
da empresa. Importante, para este responsável,<br />
é ainda estarem “sempre atentos a oportunidades quanto<br />
à diversificação da oferta”. Para que não haja qualquer<br />
dúvida, “as margens praticadas são aquelas que consideramos<br />
mínimas para manter a nossa estrutura sustentável,<br />
permitindo-nos, ao mesmo tempo, continuar competitivos<br />
no mercado”, salienta Luís Costa, que não deixa de dar o<br />
mote para contrariar o problema das margens. “A solução<br />
para manter a empresa sustentável num cenário de diminuição<br />
de margens é caminhar no sentido da eficiência<br />
máxima. E, por consequência, desperdício mínimo. Ou<br />
HHH<br />
Mercado<br />
seja, todos os processos devem ser otimizados e a qualidade<br />
do serviço deve ser máxima. A qualidade da oferta<br />
deve ser inquestionável, porque o mercado, com o passar<br />
do tempo, terá capacidade de reconhecer que adquirir os<br />
nossos produtos é a escolha acertada”, afirma.<br />
l Fazer os trabalhos de casa<br />
Face a este cenário, a estratégia da Bragalis não passa<br />
apenas por “aumentar o volume de negócios e continuar<br />
a crescer”. Não. Para José Alberto, diretor-geral da empresa,<br />
“o crescimento da faturação não é uma obsessão”<br />
e prefere “continuar a acompanhar o mercado, desenvolvendo<br />
o negócio de forma consolidada e sustentada.<br />
Manter um bom nível de serviços, diversificar a nossa oferta<br />
de acordo com as necessidades da procura e reter uma<br />
margem razoável que nos permita continuar no negócio<br />
confortavelmente, será a nossa estratégia permanente”.<br />
Dito isto, a diminuição das margens não apanhou José<br />
Alberto distraído. “Era previsível, desde há muitos anos, só<br />
os mais desatentos poderiam pensar que se manteriam as<br />
margens exorbitantes que se retinham há quinze ou vinte<br />
Diversidade.<br />
A qualidade da oferta<br />
é inquestionável.<br />
Mas o sucesso obriga<br />
ainda a dispor de<br />
uma gama vasta<br />
16 | <strong>Top</strong> <strong>100</strong> Aftermarket <strong>2015</strong>