POBREZA E CURRÍCULO UMA COMPLEXA ARTICULAÇÃO
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Figura produzida pela Equipe de Criação e Desenvolvimento com base em fotografia de Omena (2006) e texto do autor.<br />
As pressões dos(as) pobres por reconhecimentos positivos<br />
No processo de incorporação da história da produção social, econômica, política e cultural da<br />
pobreza nos currículos, é necessário incluir as tentativas de combate à pobreza que tantos programas e<br />
políticas públicas se propõem a efetuar. Como exemplo no Brasil, podemos citar as políticas de garantia<br />
de renda básica mínima, como o Programa Bolsa Família, e os programas Saúde da Família, Minha Casa<br />
Minha Vida, Pró-Creche, Primeira Infância Melhor etc.<br />
Há pesquisas, análises e muito conhecimento acumulado sobre essa diversidade de programas<br />
e políticas destinados a combater a pobreza, não só no Brasil como também em outros países.<br />
Contudo, é necessário que essas políticas sejam examinadas com cuidado pelas áreas de conhecimento<br />
curriculares, a fim de garantir uma ampla visão sobre o tema e evitar reduzi-lo a um viés estritamente<br />
assistencialista. O fato de esses programas serem de Estado confere-lhes um significado político novo,<br />
isto é, não são setores compassivos da sociedade que organizam campanhas para minimizar a pobreza<br />
no Natal, mas é o Estado que assume seu dever político de garantir renda, alimentação, casa etc. para<br />
os grupos sociais que vivem na pobreza. Além disso, uma análise histórica detida implica observar<br />
que, ao longo do tempo, as representações dos(as) pobres depreendidas das políticas públicas foram<br />
Módulo IV - Pobreza e Currículo: uma complexa articulação 25