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CAPITULO 5 - Desintoxicação como uma forma de cura<br />
Quando comemos alimentos cozidos pela primeira vez, quando ainda bebês, a<br />
primeira camada de muco é criada no nosso corpo. Uma parte do muco é formada<br />
como um filamento ao longo do aparelho digestivo, enquanto o restante<br />
fica acumulado num lugar mais conveniente, os pulmões. Esse muco não pode<br />
ficar nos pulmões permanentemente, então, eles usam um mecanismo similar<br />
ao peristalse, <strong>para</strong> se livrar do muco. É como milhões de pequenos dedos na<br />
sua superfície, que trabalham como um cinto móvel fazendo a limpeza. Este<br />
mecanismo leva porções do muco dos pulmões até o nariz – é quando vemos os<br />
bebês com o nariz escorrendo. Quando alimentamos nosso bebê com alimentos<br />
que formam muco, o bebê tem corisa o tempo todo. É o corpo tentando<br />
expulsar o muco. É a natureza agindo. Todo excesso do muco seria evacuado<br />
através do nariz do bebê e os pulmões ficariam limpos, se deixássemos que isso<br />
acontecesse.<br />
Porém, o que é que nós fazemos quando vemos o nariz do nosso bebê escorrendo? A reação típica<br />
é, “oh! meu bebê está com coriza. A pele em volta do narizinho dele está tão irritada. Tenho que<br />
fazer alguma coisa. Vou levá-lo ao médico”. O médico prescreve umas gôtas nasais. Nos sentimos<br />
bem porque fizemos o que pudemos <strong>para</strong> ajudar nosso bebê. Infelizmente essas gôtas não são<br />
necessárias, pelo contrário, são prejudiciais. O bebê não tem nenhuma deficiência no nariz. Essas<br />
gôtas são tóxicas. São tão tóxicas que o corpo pára de expulsar o muco dos pulmões e se concentra<br />
em expulsar as toxinas das gôtas nasais. O nariz pára de escorrer e o muco volta <strong>para</strong> os pulmões.<br />
Olhamos <strong>para</strong> o nosso bebê e dizemos, “Sim, o remédio funcionou. Meu bebê está bem agora.” O<br />
que não sabemos é que o nariz parou de escorrer porque o corpo concentrou energia <strong>para</strong> eliminar<br />
as toxinas das gôtas. E que o nariz vermelho escorrendo não é tão perigoso quanto os pulmões<br />
cheios de muco e os efeitos das toxinas das gôtas no corpo. Com o tempo, as camadas de muco<br />
vão se tornando mais densas. Aí, cerca de três meses depois, o nariz do bebê começa a escorrer<br />
novamente. O que nós fazemos? Nós pensamos, “está com coriza, é melhor ligar <strong>para</strong> o médico”.<br />
Levamos o bebê de volta <strong>para</strong> o médico que prescreve umas gôtas mais fortes, dessa vez porque<br />
a quantidade de secreção é maior e mais concentrada e faz as amídalas ficarem inflamadas. A<br />
secreção também provoca rouquidão, porque percorre a traquéia, cobrindo as cordas vocais. O<br />
medicamento mais forte, geralmente antibiótico, é tão tóxico que o corpo pára de desintoxicar e<br />
passa a se concentrar em eliminá-lo. Aí, o bebê não vai ficar doente por algum tempo, até que o<br />
corpo recupere a energia necessária e continue no esforço <strong>para</strong> desintoxicar.<br />
Pense por um momento: Quando normalmente você tem mais energia do que de costume? Você<br />
tem mais energia quando está de férias, ou no fim de semana se consegue relaxar? Quando geralmente<br />
você fica doente? Você já falou alguma vez, “ é sempre assim, tiro algum tempo <strong>para</strong> descansar<br />
e fico doente.” Quando seu corpo recebe extra energia, ele aproveita <strong>para</strong> utilizá-la antes<br />
que seja desviada <strong>para</strong> outra coisa. Ele usa essa energia <strong>para</strong> desintoxicar. É por isso que ficamos<br />
doentes quando damos uma <strong>para</strong>da.<br />
Para acelerar a liberação das toxinas o corpo cria a febre. Febre não é simplesmente<br />
uma elevação da temperatura, e sim um complexo processo que requer<br />
tempo e energia <strong>para</strong> realizar o seu trabalho. Para criar a febre, o corpo tem<br />
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