Barros

Mudança de hábitos
Um dos ensinamentos dessa filosofia de vida é dar
valor ao que realmente interessa, como as relações.
Que tal passar mais noites conversando com os vizinhos
na calçada, convivendo com a família e os amigos?
Jorge explica que as mudanças devem acontecer
devagar, por prazer e jamais pela culpa. Ele cita a
campanha mundial Segunda sem Carne. “O novo hábito
causa impacto no planeta, pois reduz o consumo de
carne. Não é pesado para ninguém e ainda faz as
pessoas pensarem sobre o assunto.”
Desejo x Necessidade
Segundo o monge, há uma grande confusão entre
felicidade e a satisfação que acompanha a aquisição
de um produto. Pense em quantas vezes você já
quis comprar algo quando estava triste, ansioso ou
com medo? E tente lembrar se a compra curou os
sentimentos. Um bom caminho é aprender a diferenciar
necessidade e desejo, e, principalmente, observar
o quanto a compra de um item desnecessário traz
satisfação. Antes de comprar por impulso, pergunte-se:
“Isso vai me fazer mais feliz?”
Um novo jeito de comprar
Consumo do bem
A maneira sustentável de
comprar é baseada na
aplicação dos cinco erres:
1 - Reflita antes de comprar
2 - Recuse o que é desnecessário
3 - Reduza o que é excessivo
4 - Reutilize sempre que possível
5 - Recicle o que não tem
mais utilidade
E lembre-se de fazer
as perguntas:
“Eu realmente preciso?”
“Tenho como pagar?”
“Quando se recupera a lucidez, percebe-se que o
mais simples é bom para o corpo, para o bolso e para o
ambiente”, explica Jorge. Antes de entrar em uma dívida,
reflita até que ponto aquele produto merece que você
trabalhe por meses para pagar as prestações. E quais
os impactos que aquele produto causa no ambiente.
Você precisa mesmo? Já parou para pensar que a graça
daquela calça velha, que ainda está boa para usar, são
as histórias que ela já viveu? É um jeito diferente de
valorizar o que somos, não é mesmo?
O seu poder
Jorge explica que escolher o que se
compra é mais valioso do que poder
comprar o que se quer. E você tem poder
para isso! Lembre-se de que você é que
está no comando, e não o vendedor da
loja ou a publicidade.
FEVEREIRO 2016 / Avista 55