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Revista Digital Cultura Colaborativa - Edição Julho

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Se por um lado as redes sociais são<br />

tidas como “vilãs da produtividade”<br />

por roubar a atenção e fazer com<br />

que o usuário se disperse das tarefas<br />

que estava executando inicialmente.<br />

Por outro lado, precisamos aprender<br />

a usá-las, principalmente no mundo<br />

corporativo, porque, sem dúvidas,<br />

elas podem ser ótimas ferramentas.<br />

Segundo o relatório da KPMG<br />

Internacional, produzido a partir<br />

de uma pesquisa realizada em<br />

2011 abordando organizações<br />

e empregados em 10 países,<br />

sobre como as empresas estão se<br />

beneficiando das mídias sociais, nove<br />

em cada dez entrevistados afirmam<br />

que as redes sociais permitem acesso<br />

mais amplo ao conhecimento, e têm<br />

a satisfação no trabalho reforçada<br />

pelo uso das mídias. Além disso,<br />

mais de 80% relata uma melhora em<br />

seus relacionamentos interpessoais<br />

e no desenvolvimento de seu perfil<br />

público-profissional em rede.<br />

A pesquisa demonstra principalmente<br />

que, com a implementação e usos<br />

corretos, os benefícios das redes<br />

sociais superam os riscos. A prova<br />

disso é que apenas um terço dos<br />

entrevistados pela KPMG dizem<br />

se sentir desperdiçando tempo<br />

nas redes e afirmam ter ganhos de<br />

produtividade.<br />

Algumas empresas insistem em<br />

adotar a prática do bloqueio, atitude<br />

que hoje é questionada como<br />

solução. Ter um empregado offlline<br />

das redes sociais durante o horário<br />

de trabalho não necessariamente<br />

significa que ele está realizando a sua<br />

atividade com qualidade. Esta poderia<br />

ser apenas uma das distrações,<br />

entre e-mails, telefonemas, reuniões<br />

e até a janela do escritório onde dá pra ver os<br />

carros na rua. Proibir o uso de redes sociais não<br />

garante diretamente foco no trabalho, além<br />

de ser uma atitude restritiva, que pode gerar<br />

descontentamento entre os colaboradores que se<br />

sentem privados de algo que já está incorporado<br />

em seu dia a dia.<br />

Sobre o bloqueio das redes, a pesquisa da KPMG<br />

constata que um terço das pessoas que disseram<br />

trabalhar em organizações que adotam essa<br />

prática, também afirmam que não só continuam<br />

acessando seus perfis por outros meios - como<br />

smartphones pessoais, por exemplo - como<br />

encontraram maneiras de contornar os protocolos<br />

de segurança criados pela empresa.<br />

Além disso, o estudo também aponta que ao<br />

adotar o bloqueio de acesso para os funcionários,<br />

as empresas também podem perder performance<br />

em suas estratégias de marketing digital e de<br />

negócios, uma vez que os colaboradores não<br />

engajam com a marca online e os seus níveis de<br />

satisfação no trabalho são baixos. De acordo com a<br />

pesquisa, 63% dos colaboradores que tem o acesso<br />

às redes sociais permitido relatam estar satisfeitos<br />

com o trabalho, enquanto nas empresas que<br />

adotam o bloqueio apenas 41% diz estar contente.<br />

Já o livre acesso à internet e as redes dentro de<br />

uma empresa pode trazer vantagens quando os<br />

empregados são instruídos sobre boas práticas<br />

de utilização. As redes sociais podem até serem<br />

positivas para a atividade realizada, quando<br />

pensamos em um trabalho que precisa ser<br />

produtivo e criativo, ou sobre a possibilidade<br />

de trazer novas ideias que podem ser tiradas<br />

das redes - que também funcionam como um<br />

repositório de informações.<br />

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