SEQUÊNCIAS, Artigos e outras publicações Entre 2008-14_Paulo Vitor Grossi (2016)
Atualizado em 2016. Arte da capa: Marília Veloso
Atualizado em 2016. Arte da capa: Marília Veloso
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oa risada, não como se não ligasse, mas caso visse com<br />
certa altivez.<br />
Jéssica vai à cela do rapper MV Bill, caracterizado<br />
como ator, e discutem sobre a filhinha dela; Daiane sofre<br />
abusos do tio de criação e vai se refugiar na indiferença do<br />
pai biológico; Sabrina se envolve em uma relação de trocas<br />
com um traficante local e se vê desamparada ao revelar<br />
que será mãe de um filho do bandido.<br />
Dignidade é apenas viver; naturalmente; um conceito<br />
muito distante do seu sentido burguês tão atribuído nessa<br />
sociedade de consumo (e de valores pudicos); talvez<br />
mostrada apenas com carinho, dignidade humana menos<br />
deturpada.<br />
Sem preconceitos, em uma visão mais sensível do<br />
difícil cotidiano no cartão-postal xerocado chamado Rio de<br />
Janeiro; difícil existir, é dose seguir. Mas deve, não há<br />
outra saída que não mover-se. Que dirão as mães solteiras<br />
em todas as comunidades cariocas? Que dirão os rostinhos<br />
esquecidos que se igualaram na tela através do filme? A<br />
pobreza e faltas (recursos, atenção) rondam.<br />
Fora dessa onda de novelas meio que retratando a<br />
baixa renda, mais fiel e poético, Sonhos Roubados nos leva<br />
através dos bailes Funk, da praia, a matar aulas (já que o<br />
professor não veio de novo mesmo…) e pela pura vontade<br />
de ser menina, e de flertar também, claro. Corpo e mente<br />
agradecem!!<br />
Espíritos livres, cheias de curiosidades; porque não<br />
tem hora para falar o que se acha que deve!