SEQUÊNCIAS, Artigos e outras publicações Entre 2008-14_Paulo Vitor Grossi (2016)

achando que somos selvagens ou mortos de fome. É preciso
lembrar como as pernas e as veias da tua terra estão
arrombadas??? E solução não é dar risadas, ah não. Deve
existir uma hora para tudo, favor não misturar as bolas.
Como reagiriam a uma bala na cabeça? O que está
para o povo brasileiro como banal às vezes fere a visão do
estrangeiro desacostumado. Há de se pedir coerência,
simpatia, paciência, essas virtudes da delicadeza de
espírito. O mundo é cheio de surpresas. Quem que não se
abateu com “novos” costumes? Não que a violência seja
realmente algo corriqueiro a ponto de viramos a página do
jornal desinteressadamente; até nos espanta e faz meditar.
Mas friso que a forma como encaramos nossos problemas
sociais é louca! Qualquer outro ser em outro canto que
juntasse os pontos saberia que estamos atados, nos
achando imunes, cegos, e pensando que “é melhor que
aconteça com o vizinho.” Como não desejar uma revolução
verdadeira? Uma queda de poder, uma nova instituição,
ordem e paz ao país? Não som ente ao tocante do Estado do
Rio, mas a todo país, que sofre com o mesmo lado ruim da
colonização, coronelismos e outras nomenclaturas que
excluem a população de pensar criticamente, de odiar a
visão lamentável em que se encontram! A reação é algo
natural do ser; por qual motivo deixar para lá? E, ainda
mais, por tanto tempo? O país não está crescendo, talvez
economicamente, de fato, nas costas das potências que se
enfraqueceram e necessitam de mais recursos? Onde fica a
mente, a cultura, a inquietude? E, acima de tudo, tem de se
envergonhar realmente ao criticar? O governo não é teu
pai, teu vizinho fofoqueiro, a mulher que quer