SEQUÊNCIAS, Artigos e outras publicações Entre 2008-14_Paulo Vitor Grossi (2016)

cabível a desse livro, se forem analisar o contexto em que
se passa. Notem, caros leitores, que o autor (e inventor!)
britânico Arthur C. Clarke fora nascido no longínquo ano
de 1917… e publicou a presente obra em 1973. É de se
admirar a genialidade e visão deste homem!
Há na narrativa diversas analogias aos primeiros
descobridores – o próprio capitão Norton, da nave
Endeavour, que vai interceptar Rama, é fã de carteirinha do
Capitão James Cook – o carinha do Turismo? Temos
também a questão de uma ótica capitalista (ainda no ano
de 2130 e lá-vai-algo…), e certa nomeação de corpos
celestes em tom meio de escárnio, já que na época lhes
faltava alternativas de nomes mitológicos.
Rama tem “uma simetria e um padrão geral”
complexos demais para a mente humana. E mesmo
espaçonautas treinados passam pela exaustão e dramas no
desconhecido, a lutar contra a fadiga de percorrer a
gigantesca interrogação que é Rama e sua exploração.
Em estado de constante transformação, mostra-se
verdadeiro desafio à lógica, repleto dos mais variados
conflito de possibilidades e reviravoltas. Uma obra
criativa, sem dúvida, coisa difícil nos dias de hoje… com
todas essas variações de alguns originais.
Ainda outro detalhe que seria tão mais surpreendente
do que achar água nesse território inóspito?? E isso é só o
começo… os mistérios sem fim são expressões; a boa
leitura agradece, é isso aí! (Ah, alguém já se lembrou de