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Revista Dr Plinio 014

Maio de 1999

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GESTA MARIAL DE UM VARÃO CATÓLICO<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>, quando deputado<br />

eleição católica em Campinas está<br />

emperrada porque faltam cédulas.<br />

— Sr. Arcebispo, parece-me que<br />

esta informação está equivocada,<br />

porque nós enviamos tudo direito,<br />

etc. Mas vou telefonar para Campinas<br />

e daqui a pouco dou uma informação<br />

a Vossa Excelência.<br />

Telefonei para a LEC campineira<br />

e me responderam:<br />

— Não nos chegou nenhuma reclamação;<br />

a notícia é falsa. Todos os<br />

candidatos estão largamente atendidos.<br />

Percebi que, pretendendo me prejudicar,<br />

alguém fizera intriga com<br />

D. Duarte. Liguei para ele, expliquei<br />

a realidade da situação e consegui<br />

tranqüilizá-lo.<br />

“Todas as Marias<br />

votaram no <strong>Plinio</strong>”<br />

Um de meus primos trabalhava<br />

como mesário numa seção eleitoral,<br />

e na hora do almoço, em sua casa,<br />

contou ao pai:<br />

— O <strong>Plinio</strong> está fazendo uma<br />

devastação! Eu estou trabalhando<br />

na seção da letra “M”. Tudo quanto<br />

é Maria está inscrita lá, e<br />

elas só querem votar nele.<br />

Quando acabam as cédulas<br />

dele, ficam na cabine<br />

até eu mandar pegar mais<br />

no depósito. Todas as Marias<br />

votaram no <strong>Plinio</strong>.<br />

Era 31 de maio. Terminado<br />

o trabalho eleitoral,<br />

fui calmamente jantar em<br />

casa, e depois me entreguei<br />

aos exercícios de devoção<br />

em louvor a Nossa<br />

Senhora, cujo mês chegava<br />

ao fim.<br />

Começa a contagem dos<br />

votos, e por todo lado meu<br />

nome vai aparecendo em<br />

boa quantidade. Ao longo<br />

dos dias os jornais vão publicando<br />

os resultados, com<br />

pasmo para minha família,<br />

que esperava eleitores para<br />

mim apenas no Hotel Parque Balneário...<br />

Para santificar minha alma e estar<br />

completamente desapegado do<br />

meu cargo, caso fosse eleito, decidi<br />

não acompanhar as apurações. Mas<br />

minha irmã as conferia dia a dia.<br />

Quando, de manhã, eu entrava para<br />

tomar café, ela habitualmente estava<br />

ali, e me contava as últimas. Eu a<br />

ouvia com certa frieza.<br />

Numa manhã, cumprimentei-a:<br />

“Como vai você?” Ela não me respondeu.<br />

Fez uma reverência diante<br />

de mim, como se faria assim na corte,<br />

e disse:<br />

— Senhor Deputado, meus parabéns!<br />

Levando na brincadeira, senteime<br />

e quis começar a falar de outro<br />

assunto. Ela insistiu:<br />

— Senhor Deputado, meus parabéns!<br />

Você não prestou atenção?<br />

— Mas, o que há?<br />

— Hoje você foi proclamado eleito!<br />

Era uma vitória estrondosa que<br />

se confirmava, pois eu havia obtido<br />

o dobro de votos do afamado Alcântara<br />

Machado, candidato que ficou<br />

em segundo lugar.<br />

Começava para mim o problema<br />

da Constituinte.<br />

<br />

A jovem Rosée,<br />

irmã de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

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