revista Musica & Mercado
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<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
da da lei e antecipa uma nova realidade<br />
para o mercado: “Precisamos continuar<br />
investindo na qualidade dos produtos,<br />
pois com a musicalização nas escolas, os<br />
clientes ficarão mais exigentes”.<br />
Já a Michael começou no segmento<br />
em outubro de 2008, com o lançamento<br />
da marca Michael Club. Dentre suas estratégias<br />
para os novos produtos, a empresa<br />
está desenvolvendo parcerias com<br />
lojistas para divulgação no ponto de<br />
venda com o uso dos personagens que<br />
compõem a imagem do Michael Club,<br />
criando um espaço lúdico que atrai<br />
tanto os pais quanto as crianças. Para<br />
Daniel Soares, gerente de marketing da<br />
Michael, a lei de música nas escolas propicia<br />
uma abertura de mercado enorme<br />
para o setor e deve ser explorada tanto<br />
pelos fabricantes quanto pelos lojistas<br />
para incrementar as vendas.<br />
No lado do varejo, o lançamento<br />
das linhas infantis traz expectativas,<br />
mas ainda não representa uma realidade<br />
de vendas. A Eletrônica <strong>Musica</strong>l, por<br />
exemplo, localizada em Fortaleza, CE,<br />
começou a vender esses produtos há<br />
oito meses. Nesse nicho, os instrumentos<br />
mais vendidos são a bateria e o violão,<br />
mas a representatividade no faturamento<br />
total ainda é muito pequena.<br />
De acordo com João Carlos, diretor<br />
comercial da loja, a concorrência com<br />
brinquedos e aparelhos eletrônicos ainda<br />
pesa na hora da escolha do cliente.<br />
“Os instrumentos infantis são muitas<br />
vezes até mais caros que os instrumentos<br />
tradicionais. Isso se explica pelo fato<br />
de que tais produtos não são de brinquedo<br />
e, na mente da maioria, se uma<br />
guitarra normal custar R$ 300,00, a infantil<br />
será R$ 150,00, por exemplo, e isso<br />
não acontece”, explica João.<br />
O que diz a lei?<br />
A lei que traz de volta a educação musical<br />
para as escolas do Brasil foi aprovada<br />
no dia 11 de agosto de 2009 e definiu<br />
o período de três anos para que seja<br />
efetivamente implementada em todo o<br />
território nacional. Quanto ao conteúdo,<br />
as recomendações do MEC são de<br />
que os alunos aprendam noções básicas<br />
de música, além de cantos cívicos,<br />
ritmos, danças e sons de instrumentos<br />
regionais e folclóricos para abranger a<br />
diversidade cultural do Brasil. As aulas<br />
de música serão ministradas na disciplina<br />
de artes, que também continuará<br />
com as outras atividades artísticas:<br />
dança, teatro e artes plásticas.<br />
Outra característica é não ser necessário<br />
o ensino de música em todos<br />
os anos dos ensinos fundamental e<br />
médio, indefinição que o MEC promete<br />
especificar até 2011. Segundo Helena<br />
de Freitas, coordenadora-geral de Programas<br />
de Apoio à Formação e Capacitação<br />
Docente de Educação Básica<br />
no Ministério da Educação, “o objetivo<br />
não é formar músicos, mas oferecer<br />
uma formação integral para as crianças<br />
e a juventude. O ideal é articular<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 79