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OPINIÃO <strong>Janeiro</strong> <strong>2017</strong> 23 AMADEU HOMEM ABENÇOADO 25 DE ABRIL! Tenho alguns Amigos de boa qualidade intelectual entre militares de carreira, já reformados. Todos eles travaram a guerra colonial. E quase todos eles sustentam que essa guerra não estava perdida e que os movimentos por eles designados de "terroristas" jamais alcançariam uma definitiva vitória militar. Sendo um tema fracturante, eu raramente replico. Ouço e calo. Não arrisco boas Amizades por divergências de mera suposição. Mas como só um deles se encontra no meu FaceBook - e como é um Homem de uma invulgar tolerância e capacidade de diálogo - eu posso aqui trazer, hoje, o que desde sempre pensei. A guerra colonial poderia arrastar-se penosamente por mais alguns anos. Quantos ? Não faço ideia. Mas Portugal, enquanto Povo, acabaria por dizer "basta" a tal matadouro, como o fez em 25 de Abril de 1974. Por outro lado, o nosso País tinha vindo a perder, sucessivamente, todos os apoios internacionais que poderiam sustentar tal esforço bélico. A Conferência de Bandung roubara-nos o apoio dos chamados países não- alinhados. A hegemonia branca da Rodésia claudicou. O "apartheid" sul-africano entrara num imparável processo de decomposição. E, para culminar tal ramalhete, a administração Kennedy - contrariando a doutrina Eisenhower - manifestou-se formalmente contrária às pretensões portuguesas. Tinhamos contra nós, ainda, a China e a União Soviética, potências municiadoras e sustentáculos efectivos dos " movimentos trerroristas" ou "de libertação" (como se quiser). Assim sendo, a guerra ganhava-se como? E com quem? Com que apoios? Com que cumplicidades ou, ao menos, com que aliados? Já haviam caído com fragor todos os impérios coloniais europeus. O da grande e poderosíssima Grã-Bretanha ; o da França ; o da Alemanha; o da Holanda ; o da Bélgica; o da Itália; o da Espanha. Mais algum de que não me lembre? Um dos maiores crimes de Salazar residiu na caturrice inqualificável do "Orgulhosamente Sós". Ficar só contra o mundo é mais do que um acto de irresponsabilidade. É sobretudo um acto de orgulho demente. Era possível aguentar mais uns anos ? Mais uma década, talvez ? Se calhar era ! Mas aguentar nunca seria vencer. E, nessa interinidade, quantos mais mortos ? Quantos mais mutilados ? Quantos mais incapacitados ? Quantos mais arruinados psicologicamente? Abençoado 25 de Abril ! NELSON S. LIMA Neuropsicólogo Clínico, Diretor de Pesquisas Científicas e de Bolsas de Estudo na Agência ABQUALIS (Berlim, Alemanha) O CÍRCULO VIRTUOSO DA VIDA! O elemento primordial da vida não é a matéria mas a energia que torna a matéria dotada de uma série de atributos. É a energia que torna e mantém um corpo num or- ganismo vivo, com capacidade de aprendizagem, adaptação e evolução. Para isso, a “informação” útil é o outro componente da matéria viva. Sem essa “informação” (que ocorre 500 mil vezes por segundo no nosso corpo), o organismo vivo definha e morre. Viver é assim o resultado da conjugação de dois elementos: energia e “informação”. São estes elementos básicos e fundamentais que geram a vida. Seja a de um planeta, seja a de um ser humano. Quando a energia decresce (por muitas razões que se conjugam) e a “informação” deixa de alimentar o organismo, este caminha para a entropia e o colapso. Seguir-se-á a morte mas esta, sob o ponto de vista da física, é apenas transformação, mudança de estado. A energia retoma o seu papel e a “informação” a sua importância. A morte é pois uma mudança de estado porque o grande processo da vida simplesmente continua.