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Março/2016 - Revista VOi 128

Grupo Jota Comunicação

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• COLUNA<br />

Acesso<br />

à cultura<br />

Lei Rouanet<br />

Lei Rouanet<br />

e o<br />

copo<br />

cheio<br />

Foto: divulgação<br />

O colunista Guilherme Klopffleisch é<br />

diretor de planejamento da Mind<br />

Estratégias, empresa pioneira na<br />

utilização dos recursos da Lei Rouanet<br />

em favor da construção de imagem<br />

positiva. A Mind entende que recursos<br />

destinados à cultura - por meio dos<br />

impostos - não são filantropias e sim<br />

uma oportunidade para a empresa<br />

se relacionar com a comunidade,<br />

fornecedores e colaboradores.<br />

Contato:<br />

guilherme@mindestrategias.com.br<br />

Falar sobre a Lei Rouanet sempre é um desafio. Há muito preconceito em relação<br />

ao tema, todos são cheio de opiniões, mas poucos conhecem como funciona a lei de<br />

incentivo a cultura.<br />

Basta uma busca rápida no google e você irá encontrar um discurso de ódio. Como em<br />

tudo no Brasil a síndrome do primo pobre ronda a mente daqueles que vivem por aqui.<br />

Falar mal da Lei Rouanet está para as mídias, assim como a violência: é o que vende e o<br />

que dá mais cliques. Claro que se levanta uma suspeita muito grande quando essa verba<br />

é destinada a grandes artistas no país e de fato, é preciso investigar e ser transparente para<br />

que a distribuição do orçamento seja feita de forma justa e correta.<br />

Entretanto, ao olhar um copo de água pela metade você pode perceber ele como quase<br />

cheio ou quase vazio. Vai muito da maneira de olhar as coisas. Ter um olhar positivo e<br />

perceber as coisas boas que a Lei Rouanet trás para a nação é um excelente caminho –<br />

mesmo com todo descrédito que o governo federal sofre nos últimos meses. Poderíamos<br />

nos deter as cifras gigantescas destinadas a projetos culturais no último ano e lembrar que<br />

investir em cultura está diretamente relacionado a investir em educação, mas optamos em<br />

trazer a reflexão para o nosso quintal.<br />

Em 2015, realizamos diversos projetos culturais no Paraná. Entre os que mais exigiram da<br />

nossa equipe ao longo do ano foram o Parque Histórico de Carambeí, o Projeto Expressões<br />

Curitibanas e em dezembro a Casa do Papai Noel na cidade de São José dos Pinhais. É<br />

sobre esse último que vamos nos deter.<br />

O projeto Casa do Papai Noel de São José dos Pinhais é um bom exemplo do poder<br />

que a cultura tem. Durante todo o mês de dezembro diversas famílias circularam pelo<br />

parque. A maioria com perfil humilde pode sorrir nos teatros apresentados, chorar nos<br />

espetáculos e se emocionar com a presença do Papai Noel e toda a estrutura de iluminação<br />

oferecida no local.<br />

O poder transformador que a cultura proporciona em cada olhar, sorriso, gesto e atitude<br />

coletiva jamais poderá ser mensurado em cifras. Claro que quanto maior o investimento<br />

através da Lei Rouanet, mais projetos incentivados podem ser realizados. Entretanto, a<br />

experiência oferecida para comunidade e o poder transformador que o acesso a cultura<br />

gera não deve ser visto apenas em números.<br />

Então, para <strong>2016</strong> desejamos que todos estejam abertos e percebam o lado cheio do copo.<br />

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