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• COLUNA<br />
Acesso<br />
à cultura<br />
Lei Rouanet<br />
Lei Rouanet<br />
e o<br />
copo<br />
cheio<br />
Foto: divulgação<br />
O colunista Guilherme Klopffleisch é<br />
diretor de planejamento da Mind<br />
Estratégias, empresa pioneira na<br />
utilização dos recursos da Lei Rouanet<br />
em favor da construção de imagem<br />
positiva. A Mind entende que recursos<br />
destinados à cultura - por meio dos<br />
impostos - não são filantropias e sim<br />
uma oportunidade para a empresa<br />
se relacionar com a comunidade,<br />
fornecedores e colaboradores.<br />
Contato:<br />
guilherme@mindestrategias.com.br<br />
Falar sobre a Lei Rouanet sempre é um desafio. Há muito preconceito em relação<br />
ao tema, todos são cheio de opiniões, mas poucos conhecem como funciona a lei de<br />
incentivo a cultura.<br />
Basta uma busca rápida no google e você irá encontrar um discurso de ódio. Como em<br />
tudo no Brasil a síndrome do primo pobre ronda a mente daqueles que vivem por aqui.<br />
Falar mal da Lei Rouanet está para as mídias, assim como a violência: é o que vende e o<br />
que dá mais cliques. Claro que se levanta uma suspeita muito grande quando essa verba<br />
é destinada a grandes artistas no país e de fato, é preciso investigar e ser transparente para<br />
que a distribuição do orçamento seja feita de forma justa e correta.<br />
Entretanto, ao olhar um copo de água pela metade você pode perceber ele como quase<br />
cheio ou quase vazio. Vai muito da maneira de olhar as coisas. Ter um olhar positivo e<br />
perceber as coisas boas que a Lei Rouanet trás para a nação é um excelente caminho –<br />
mesmo com todo descrédito que o governo federal sofre nos últimos meses. Poderíamos<br />
nos deter as cifras gigantescas destinadas a projetos culturais no último ano e lembrar que<br />
investir em cultura está diretamente relacionado a investir em educação, mas optamos em<br />
trazer a reflexão para o nosso quintal.<br />
Em 2015, realizamos diversos projetos culturais no Paraná. Entre os que mais exigiram da<br />
nossa equipe ao longo do ano foram o Parque Histórico de Carambeí, o Projeto Expressões<br />
Curitibanas e em dezembro a Casa do Papai Noel na cidade de São José dos Pinhais. É<br />
sobre esse último que vamos nos deter.<br />
O projeto Casa do Papai Noel de São José dos Pinhais é um bom exemplo do poder<br />
que a cultura tem. Durante todo o mês de dezembro diversas famílias circularam pelo<br />
parque. A maioria com perfil humilde pode sorrir nos teatros apresentados, chorar nos<br />
espetáculos e se emocionar com a presença do Papai Noel e toda a estrutura de iluminação<br />
oferecida no local.<br />
O poder transformador que a cultura proporciona em cada olhar, sorriso, gesto e atitude<br />
coletiva jamais poderá ser mensurado em cifras. Claro que quanto maior o investimento<br />
através da Lei Rouanet, mais projetos incentivados podem ser realizados. Entretanto, a<br />
experiência oferecida para comunidade e o poder transformador que o acesso a cultura<br />
gera não deve ser visto apenas em números.<br />
Então, para <strong>2016</strong> desejamos que todos estejam abertos e percebam o lado cheio do copo.<br />
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