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ISSN 0033-1244<br />
Entrevista<br />
Luis Martini, da Wine, fala sobre<br />
o marketing do e-commerce de vinhos<br />
Cannes<br />
As expectativas dos criativos brasileiros<br />
sobre o maior festival do mundo<br />
edição 783 • ano 60 • junho de <strong>2016</strong> • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />
Propõe ruptura do modelo<br />
tradicional de agência
ISSN 0033-1244<br />
ENTREVISTA<br />
Luis Martini, da Wine, fala sobre<br />
o marketing do e-commerce de vinhos<br />
CANNES<br />
As expectativas dos criativos brasileiros<br />
sobre o maior festival do mundo<br />
edição 783 • ano 60 • junho de <strong>2016</strong> • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />
Propõe ruptura do modelo<br />
tradicional de agência<br />
22<br />
PERFIL - LDC propõe<br />
ruptura de modelo<br />
tradicional de agência<br />
40<br />
Especial – Expectativas<br />
das agências mais<br />
premiadas em Cannes<br />
5. Editorial – Mês de Cannes<br />
6. E-mails<br />
7. Linha direta – Ruptura<br />
8. Memória – Galeria<br />
18. Opinião – A mesa de sinuca<br />
20. Digital – É preciso ver e<br />
ser visto<br />
10<br />
Entrevista - Luis<br />
Martini, diretor de<br />
marketing da Wine.<br />
com.br, fala das estratégias de<br />
crescimento do terceiro maior<br />
e-commerce de vinho do mundo<br />
48<br />
pesquisa – Ranking<br />
das mais valiosas<br />
38<br />
Agência – BP One abre<br />
novos escritórios<br />
56<br />
Mercado - Coca Cola<br />
expande atuação<br />
com AdeS<br />
50<br />
Campanha – Fleurity<br />
quer derrubar tabu e<br />
ganhar mercado<br />
32. Zap<br />
34. Vaivem<br />
52. Obladi, Obladá – O mendigo<br />
da Croisette<br />
54. Making Of – Assinada pela<br />
Oficina Produções, websérie<br />
divulga desempenho da<br />
SulAmérica<br />
58. Hobby – Publicitário da GTB<br />
busca meditação para encarar<br />
momentos de escolhas<br />
60. Gastronomia – Seara lança<br />
plataforma digital com receitas do<br />
chef Alex Atala<br />
62. Click do Alê<br />
64. Livros<br />
66. Dorinho<br />
4 propaganda | junho <strong>2016</strong>
editorial<br />
(Pedro Yves)<br />
Mês de Cannes<br />
“As sete agências brasileiras mais premiadas no evento,<br />
ouvidas pela <strong>Propaganda</strong>, destacaram que a<br />
aposta será em “qualidade” não em “quantidade”.<br />
A 63ª edição do Festival de Cannes teve aumento de 7% no total de peças<br />
inscritas em relação ao ano passado, com 43.101 trabalhos, um recorde<br />
histórico para o evento. Porém, o Brasil, um dos países que mais inscreve<br />
trabalhos, diminuiu em 10% sua presença este ano. A recessão econômica<br />
sem dúvida é o motivo desse decréscimo, o que reconhece até Philip Thomas,<br />
CEO do Cannes Lions. As sete agências brasileiras mais premiadas<br />
no evento, ouvidas pela <strong>Propaganda</strong>, destacaram que a aposta será em<br />
“qualidade” não em “quantidade”. Leia mais na reportagem especial de<br />
Suzi Cavalari sobre Cannes nesta edição.<br />
Matéria de capa, a LDC, que chega a maioridade ao completar 21 anos em<br />
<strong>2016</strong>, sob o comando de Guga Ketzer, vem se destacando no mercado por<br />
adotar um novo modelo de agência, com estrutura horizontal e multidisciplinar,<br />
mais tecnológica, que possa trabalhar em parceria com os clientes<br />
em busca de soluções de comunicação que vão além da propaganda<br />
tradicional.<br />
Na prática, isso significa que, ao invés de pegar e separar o trabalho que<br />
normalmente entra pelo atendimento, vai à mídia, planejamento e criação,<br />
a LDC une equipes multidisciplinares e não profissionais separados<br />
por departamentos. Como diz Guga, “posso juntar num job atendimento,<br />
planejamento, mídia, criação, um arquiteto, sociólogo ou psicólogo, para<br />
desenvolver a idéia, a busca será por desenvolver um conceito forte, seguido<br />
de execução.”<br />
Nosso entrevistado do mês é Luis Martini, diretor de marketing da Wine.<br />
com.br. Terceiro maior e-commerce de vinhos do mundo, com 140 mil<br />
sócios, 300 mil clientes ativos, 7,3 milhões de garrafas comercializadas em<br />
2015 e portfólio de mais de dois mil rótulos (incluindo cervejas especiais<br />
e vinhos), tem a proposta de democratizar o mundo do vinho. A Wine é<br />
considerada a empresa mais inovadora do Brasil na categoria varejo online<br />
e a 6ª no ranking geral, segundo pesquisa da DOM Strategy Partners.<br />
Pedro Yves é diretor de redação<br />
pedroyves@editorareferencia.com.br<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 5
(revista propaganga.com.br)<br />
Entrevista<br />
Muito bacana a entrevista com o Fábio,<br />
desafios do dia a dia de uma agência<br />
aliado a uma mudança total de cultura<br />
não é para qualquer um. Gostei do lado<br />
mais humano que a revista direcionou<br />
as perguntas, acho que no fundo são essas<br />
perguntas que gostaríamos de fazer.<br />
Lúcia Machado, SP<br />
Opinião<br />
Essa coluna é sensacional. O Eustachio é<br />
simples, direto e brilhante. Vale a pena a leitura.<br />
Eu recomendo!<br />
Márcio Souza, SP<br />
Perfil<br />
Amo a Almap. Baita agência criativa com<br />
trabalhos maravilhosos. É muita cabeça boa<br />
pensando junto. Parabéns Almap e <strong>Propaganda</strong><br />
por esse perfil.<br />
Antônio Prado, SC<br />
A Almap é uma agência fora da curva. Os<br />
trabalhos dispensam qualquer apresentação,<br />
mas é sempre bom saber mais sobre<br />
receitas de sucesso. Dá pra gente aproveitar<br />
um pouco nos nossos negócios.<br />
Fátima Nunes, SP<br />
A Almap consegue se reinventar e surpreender<br />
a todo tempo. Tive a impressão de estar<br />
lendo sobre outra agência. Porque sou assinante<br />
da revista e o último perfil da Almap<br />
foi em setembro, mas não é que a agência já<br />
traz novidades no modelo de atuação com<br />
uma pegada de inovação meses depois!<br />
Priscila Medeiros, SP<br />
Mídia<br />
A matéria ficou demais viu!!!!<br />
Nikolas Capp, Campinas<br />
Obladi, Obladá<br />
Que bom que a coluna do Castelo voltou.<br />
O nome é outro, mas o conteúdo<br />
irreverente é o mesmo, graças à Deus!<br />
Já faz tempo que acompanho as crônicas<br />
dele.<br />
Carlos Suarez, Fortaleza<br />
Hobby<br />
Que matéria linda. Nós adoramos. Três páginas.<br />
Ficou linda a matéria. Já compartilhamos<br />
com a agência. Muito obrigada. O Guto<br />
disse que ficou muito, mas muito legal.<br />
Parabéns!!!”<br />
Claudia Pereira, SP<br />
Click do Ale<br />
O calendário da Pirelli é um sucesso! Amo as<br />
fotos! Mandou bem Ale, estou esperando as<br />
próximas fotos. Você arrasa!<br />
Celina Amorin, SP<br />
Errata<br />
Na última edição da <strong>Propaganda</strong> (782/<br />
maio) na seção Linha Direta, onde se lê:<br />
“... uma única peça comprometida...”,<br />
leia-se “... uma única peça não comprometida...”<br />
o parágrafo fica assim: Há<br />
que se destacar, porém, na história da<br />
AlmapBBDO, desde a sua fundação nos<br />
anos 50 do século passado, sob a denominação<br />
de Alcântara Machado Publicidade,<br />
um inequívoco compromisso<br />
com a criatividade. Seu produto final<br />
sempre procurou inovar, com o cuidado<br />
observado pelas gerações de executivos<br />
e profissionais que por lá passaram, alcançando<br />
de forma ainda mais ampla a<br />
que hoje responde pela agência, de jamais<br />
assinar uma única peça não comprometida<br />
com esse princípio.<br />
Diretor de Redação: Pedro Yves<br />
propaganda@editorareferencia.com.br<br />
Editora assistente: Suzi Cavalari<br />
suzi@editorareferencia.com.br<br />
Editor de fotografia: Alê Oliveira<br />
Direção de arte: Anilton Rodrigues Marques<br />
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Carlos Castelo, Dorinho Bastos, José Eustachio,<br />
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Nello Ferrentini<br />
GERENTE master de marketing<br />
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A revista <strong>Propaganda</strong> é uma pu blicação<br />
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Fale com a redação. Envie sua opinião para: propaganda@editorareferencia.com.br<br />
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da Premiata na impressão de<br />
suas edições<br />
6 propaganda | junho <strong>2016</strong>
linha direta<br />
(Ferrentini)<br />
Ruptura<br />
“Brasileiros que ainda acreditam nesses políticos, justificam dizendo<br />
que o dinheiro arrecadado de forma ilícita obedecia a um projeto<br />
de poder que em primeiro lugar visava defender os pobres”<br />
1. A LDC, tema de capa e da seção Perfil desta edição de <strong>Propaganda</strong>, vem realizando uma ruptura<br />
no modelo tradicional de agência em nosso país, procurando acompanhar as mudanças<br />
do mercado, além das exigências dos próprios clientes anunciantes e do público consumidor<br />
das marcas que atende.<br />
Formada basicamente na sua cúpula por jovens, porém experientes profissionais, sob a liderança de<br />
Guga Ketzer, a LDC tem procurado de fato alterar o modelo de atendimento e mesmo de completa<br />
parceria com os seus clientes.<br />
Comandando a mídia, por exemplo, Daniel Chalfon foge do uso clássico dos meios, sempre em busca<br />
de inovações que possam favorecer as contas que a agência atende.<br />
No planejamento, o valoroso publicitário Ken Fujioka tem repetidas demonstrações de como<br />
é possível planejar campanhas que acompanhem os objetivos de marketing dos seus clientes-<br />
-anunciantes, mostrando aos mesmos novos caminhos para serem trabalhados em um mercado<br />
em constante mutação.<br />
Márcio Callage é o VP de desenvolvimento da LDC e sabe como poucos aplicar os segredos do desenvolvimento<br />
mesmo em uma economia em crise como vivemos atualmente no Brasil.<br />
> Armando Ferrentini é diretor-presidente<br />
da Editora Referência<br />
E o quadro avançado da agência se completa com Ronaldo Severino, diretor financeiro/administrativo,<br />
com sólida formação profissional na área, tendo já trabalhado em outras agências de sucesso an-<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
teriormente, que atendiam importantes clientes como demonstra a seção Perfil da presente edição.<br />
A LDC não está prometendo uma ruptura. Diante do que o leitor poderá ler na matéria de Suzi Cavalari com<br />
fotos de Alê Oliveira (o profissional de fotografia mais conhecido do mercado publicitário brasileiro e que<br />
vem de cobrir com sua técnica de ângulos diferenciados, o recente Cannes Lions), a LDC encontra-se em plena<br />
ruptura, demonstrando que a palavra não é apenas fachada, mas aplicada com rigor absoluto pela agência<br />
em defesa dos seus clientes e do próprio mercado.<br />
2. O Brasil está demorando muito para combater uma crise infernal, causada por desvarios de um governo<br />
que tentou fazer do país a sua casa.<br />
Muito do que sabemos de erros grosseiros cometidos por importantes personagens do governo Dilma Rousseff, inclusive<br />
malfeitos como ela própria gostava de repetir em um passado recente, para dizer que jamais a eles recorria,<br />
têm ordem de grandeza jamais vista em desvios de numerário público dos diversos órgãos oficiais.<br />
Brasileiros que ainda acreditam nesses políticos, justificam dizendo que o dinheiro arrecadado de forma ilícita obedecia<br />
a um projeto de poder que em primeiro lugar visava defender os pobres.<br />
Conversa absolutamente sem sentido, primeiro porque nenhum fato delituoso pode ser justificado dessa maneira, e<br />
segundo porque, na verdade, essa defesa jamais aconteceu, não na escala que eles têm alardeado.<br />
Vamos torcer – e muito – para que o Senado acabe por afastar de forma definitiva a presidente Dilma Rousseff, consolidando<br />
o seu vice Michel Temer até o término do mandato em 2018.<br />
Pode não ser a melhor opção para muitos, mas é o que temos com validade para a função. Realizar outra eleição em<br />
outubro próximo, é de um absurdo enorme, que só poderá piorar ainda mais a crise, prolongando-a quem sabe por<br />
muito mais tempo do que as pessoas de bem deste país e razoavelmente preparadas, esperam que aconteça.<br />
Ninguém aguenta mais as consequências de uma crise fabricada por falta de escrúpulos.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 7
memória<br />
(Cadena)<br />
Galeria<br />
É a primeira vez nos quinze anos em que escrevo esta coluna que o texto são as imagens.<br />
Fiz uma seleção de alguns personagens e momentos da propaganda brasileira<br />
que vale a pena registrar nas páginas dessa revista. Alguns são personagens que tiveram<br />
singular influência e representatividade na propaganda da primeira metade do<br />
século XX, a exemplo de Cosi, Wilda, Nice, Orlandi e Parmegiani. E você leitor há de<br />
convir, são fotos que têm um valor para além do simples registro.<br />
Eric Nice, primeiro programador visual da revista <strong>Propaganda</strong> e, na época da<br />
foto, decano dos diretores de arte e seu maior ícone, recebendo em 1974 um<br />
prêmio conquistado pela Salles no Festival de Cannes<br />
A bela Nair de Tefé, esposa do Marechal Hermes da Fonseca, na<br />
elegância dos seus 90 anos. Na companhia do Grande Otelo, ambos<br />
ciceroneados por Fernando Gerardó, da Lintas, no Copacabana Palace<br />
> Nelson Varón Cadena é autor do livro “Brasil –<br />
100 Anos de <strong>Propaganda</strong>” e editor do blog<br />
almanaquedacomunicacao.com.br/blog<br />
Oswaldo Mendes recebe do<br />
prefeito Coutinho Jorge, de<br />
Belém (PA), a medalha ao mérito<br />
no aniversário da cidade, em 1988<br />
8 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Said Farhat foi nomeado ministro da Comunicação Social no Governo do general<br />
Figueiredo em 1978. O mercado publicitário homenageou o ex-diretor da<br />
Standard e da J.Walter Thompson com um almoço para 300 convidados vips<br />
A elegância de Gerhard Wilda, um dos maiores diretores de arte que o Brasil<br />
já teve, o criador do logo da Kibon, à direita. Do outro lado da foto, a beleza<br />
de Bruna Lombardi em noite de festa da propaganda brasileira<br />
Três decanos da propaganda brasileira: Francisco Teixeira Orlandi,<br />
Leonel Parmegiani e Júlio Cosi<br />
Esse era o computador dos anos 1970. Prancheta de Licínio de Almeida,<br />
diretor de arte da Standard e responsável por inúmeras capas da<br />
<strong>Propaganda</strong> na sua face inicial. Na época da foto trabalhava na Gang<br />
O sorriso do saudoso Eloy Simões, primeiro à esquerda, um dos fundadores<br />
do Prêmio Colunistas e por muitos anos colaborador desta revista<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 9
entrevista<br />
(Luis Martini)<br />
In vino veritas<br />
> por Suzi Cavalari<br />
foto divulgação<br />
10 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
Com 140 mil sócios, 300 mil clientes ativos, 7,3 milhões de garrafas comercializadas<br />
em 2015 e um portfólio de mais de dois mil rótulos (incluindo cervejas especiais<br />
e vinhos), a Wine.com.br, fundada por Rogerio Salume, completará oito<br />
anos em novembro. Uma empresa fora da curva, por assim dizer, surgiu com<br />
o propósito de democratizar o mundo do vinho. Para isso, trouxe ideias inovadoras,<br />
além da webstore, que já é o terceiro maior e-commerce de vinhos do<br />
mundo, mantém o ClubeW, o maior clube de vinhos da América Latina, no qual<br />
os associados recebem mensalmente uma WineBox com duas, quatro ou seis<br />
garrafas de vinhos, cuidadosamente selecionados pela equipe de Winehunters.<br />
Considerada a empresa mais inovadora do Brasil, na categoria varejo on-line e<br />
a 6ª no ranking geral, segundo pesquisa da DOM Strategy Partners, seus colaboradores<br />
são chamados de Wineanos. Em abril, venceu na categoria Content<br />
is King do prêmio Markie Awards <strong>2016</strong>. Realizado na Modern Marketing<br />
Experience, em Las Vegas, evento promovido anualmente pela Oracle Corporation<br />
que reconhece empresas pela excelência no marketing moderno, na<br />
ocasião, foi a única brasileira da categoria em que concorreram as empresas:<br />
Dell Inc., Atmel Corporation, Sammons Retirement Solutions e TD Ameritrade<br />
Institutional. Algumas ações como estas diferenciam a atuação da Wine no<br />
mercado, como a do Dia Internacional da Mulher, em que a WBeer (lançada há<br />
dois anos para comercializar cervejas especiais) trouxe uma campanha que<br />
valoriza o público feminino, na contramão das campanhas habituais do mercado<br />
cervejeiro, representada especialmente pelas mulheres que estão neste<br />
universo. O objetivo foi reforçar a real posição que elas ocupam na sociedade,<br />
trazendo questões de âmbitos sociais e, principalmente, valorizá-las no mercado<br />
da cerveja com o slogan “Cerveja de mulher é a que ela quiser”. Desde 2012<br />
a Wine.com.br é integrante do e.Bricks Digital, braço do grupo RBS, companhia<br />
criada para desenvolvimento de negócios no setor digital com investimentos<br />
estratégicos, participando de empresas inovadoras, em estágio de alto crescimento,<br />
líderes em suas áreas de atuação. Luis Martini, diretor de marketing<br />
da Wine.com.br, executivo que por mais de 10 anos atuou na Natura, conta nas<br />
próximas páginas as estratégias que garantem os bons resultados da empresa.
A Wine recentemente foi premiada na<br />
categoria Content is King do prêmio<br />
Markie Awards <strong>2016</strong>. Como foi isso?<br />
Fugindo do óbvio que ficamos superfelizes.<br />
O que está por trás disso é quanto<br />
os nossos sócios nos pedem esse tipo de<br />
conteúdo. Tudo o que fazemos é para<br />
atende-los. O nível de envolvimento na<br />
Wine é bastante elevado, alguns exemplos<br />
destes engajamentos me deixaram<br />
impressionado assim que cheguei<br />
(outubro). Já de cara fiz uma pesquisa<br />
com os associados sobre a relevância<br />
dos nossos conteúdos. Um questionário<br />
com 90 perguntas, sem nenhum brinde<br />
para os respondentes. Em apenas<br />
uma semana mais de três mil pessoas<br />
responderem. Era 21 de dezembro, às<br />
vésperas do Natal, pior período para<br />
pesquisa. Continuamente estamos acessando<br />
os clientes para melhorar nossos<br />
conteúdos, um trabalho natural para<br />
nós. Porque temos um time dedicado a<br />
gerar conteúdo, com especialistas divididos<br />
por canais.<br />
Fabio (à esquerda) com o time 360i - Axios<br />
Abaixo, cenas da campanha Adaptoys<br />
Divide também o conteúdo conforme o<br />
perfil do consumidor?<br />
Diferente de algumas empresas que<br />
trabalham de forma mais massiva, nós<br />
segmentamos todos os nossos trabalhos<br />
de comunicação e conteúdo. Quando<br />
vamos mandar um newsletter, e-mail<br />
marketing, fazemos uma adaptação do<br />
conteúdo que está sendo enviado, da<br />
oferta de produto e posicionamento<br />
de preço, porque sabemos exatamente<br />
o comportamento de consumo e<br />
de navegação no site de todos os consumidores.<br />
Conseguimos, inclusive,<br />
gravar onde a pessoa clicou durante a<br />
“O nível de assertividade é tão alto que a taxa<br />
de abertura é superior a 90%. Estamos buscando<br />
cada vez mais adequar target, público alvo,<br />
com conteúdo adequado e oferta de produto”<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 11
entrevista<br />
“Já adesivamos uma<br />
aeronave da Azul<br />
(abril/2015), por exemplo.<br />
Temos desejo de aumentar<br />
isso, ainda estamos<br />
estudando como, e<br />
desenvolvendo o<br />
segmento no Brasil”<br />
navegação no site. Consigo<br />
cruzar tudo isso, quando<br />
alguém receber um e-<br />
-mail marketing no dia,<br />
na verdade fizemos 60,<br />
mas cada cliente receberá<br />
apenas um. O nível de assertividade<br />
é tão alto que<br />
a taxa de abertura é superior<br />
a 90%. Estamos buscando<br />
cada vez mais adequar<br />
target, público alvo,<br />
com conteúdo adequado<br />
e oferta de produto. Tem marcas que ora trabalha<br />
conteúdo, ora vendas, eu não acho honestamente<br />
que é a melhor forma que se faz com o tempo do<br />
consumidor. Porque se tem um produto que vende<br />
muito é porque as pessoas se lembram dele,<br />
por que não gerar conteúdo associado? O outro<br />
extremo também é perigoso, uma marca que todos<br />
amam, mas não compram. Brand lover para<br />
mim são pessoas que conhecem a marca, têm<br />
conhecimento espontâneo, desejo de consumir<br />
e compram. E é isso que trazemos para a Wine,<br />
quem conhece ama. Segmentação e personificação<br />
é o que temos buscado evoluir, como trago a<br />
persona para outros pontos de contato. Estamos<br />
fazendo até impulsionamento de mídias sociais<br />
segmentando de acordo com o target que queremos<br />
atingir. Entre a primeira quinzena de abril<br />
que fizemos uma abordagem mais generalizada<br />
e a segunda que foi mais personalizada, aumentamos<br />
a visualização em 600%. Gasta-se menos,<br />
com taxa de conversão muito maior.<br />
Quais são estas personas?<br />
Consolidamos em quatro. Identificamos o economizador<br />
que é caçador de barganha; o economizador<br />
extravagante que não quer gastar muito; tem<br />
o experimentador: aquele que adora provar sem<br />
restrição econômica e busca conhecimento, sem<br />
medo de errar; tem ainda o tradicional que lê mais<br />
sobre o tema, inclusive ficha técnica. Existe uma<br />
associação grande entre os consumidores de vinhos<br />
e cervejas.<br />
Com base nesses consumidores são feitas as<br />
estratégias de marketing?<br />
Exatamente. Se pensar em portfólio de produto<br />
o experimentador vai se sentir muito mais à<br />
vontade para experimentar um vinho da Nova<br />
Zelândia, Hungria, Albânia, do que o consumidor<br />
tradicional. Mandar este tipo de recomendação<br />
para o perfil mais tradicional, de um vinho sem<br />
classificação, com título e premiação, muito provavelmente<br />
não haverá conversão. Fazemos isso<br />
em primeiro lugar pensando em produto, pois<br />
temos uma seleção com 2,5 mil rótulos: como direciono<br />
minha oferta de produtos considerando<br />
as personas; em segundo lugar é preço, o posicionamento<br />
de cada marca versus o público, o que<br />
faz toda a diferença. Não adianta eu oferecer uma<br />
garrafa de R$ 6 mil para o economizador. Depois<br />
pensamos em conteúdo, com um conceito novo<br />
de ideias líquidas (Bauman, sociólogo e escritor),<br />
por exemplo, harmonização é extremamente desejada<br />
como conteúdo pelos nossos sócios. Como<br />
a ideia se molda para os canais de comunicação<br />
da marca? Para o YouTube subo um vídeo da receita<br />
de uma moqueca harmonizando com um<br />
vinho, no Facebook vai um post com foto, na revista<br />
vai um anúncio da vinícola com a sugestão<br />
do prato. É moldar a ideia de acordo com o canal<br />
de comunicação.<br />
E o canal de comunicação forte é o digital?<br />
Sim. Mas fazemos mídia impressa. Já adesivamos<br />
uma aeronave da Azul (abril/2015), por exemplo.<br />
Temos desejo de aumentar isso, ainda estamos estudando<br />
como, e desenvolvendo o segmento no<br />
Brasil. O e-commerce cresce mais que qualquer<br />
outro canal, também conseguimos oferecer uma<br />
diversificada gama de produto, além da penetração<br />
média do consumo de vinho no país, que ainda é<br />
baixa, temos muito espaço a crescer.<br />
Pode se dizer que está acontecendo ao mesmo<br />
tempo o desenvolvimento do e-commerce e o<br />
consumo de vinho no Brasil?<br />
Sim. Como a aceitação da compra do e-commerce.<br />
Quando a Wine foi lançada não existia comprar<br />
12 propaganda | junho <strong>2016</strong>
LDC.<br />
MAS PODE CHAMAR<br />
DE A AGÊNCIA DE:<br />
ADRIANA FAVARO, ADRIANO SOUZA,<br />
ALESSANDRA PIMENTEL, ALESSANDRO NILO,<br />
ALEXANDRE SCAFF, ALINE PRATES, ALLAN<br />
NUNES, ÁLVARO BARTH, ANA LAURA POHL,<br />
ANA LUISA ANDRÉ, ANA PAULA BECKER, ANA<br />
SABA, ANDRÉ GUIMARÃES, ANDRÉ HOSOUME,<br />
ANDRÉ MICHELS, ANDRÉ SERANTE, ANDRÉ<br />
TROSTER, ANNA MARTHA DUARTE, ANNE<br />
ABDON MOURA, BÁRBARA OLIVEIRA, BRUNA<br />
CARLETTI, BRUNA SIMÕES, BRUNO BRESSAN,<br />
BRUNO GOMES, BRUNO SATTIM, CAUIQUE<br />
DUTRA, CAMILA LEITE, CAMILLA CIAPPINA,<br />
CARINA BRANCO, CARLA CARDENUTO,<br />
CARLA PATRICIA CONCEIÇÃO, CARLOS<br />
CÉSAR, CARLOS MASCHETI, CAROLINA<br />
NIGRO, CAROLINE GUISELINI, CÁSSIO MORON,
entrevista<br />
vinho no Brasil sem pegar na garrafa. A segunda<br />
inovação foi a Winebox, porque não tinha como<br />
transportar vinho no avião. Antigamente era naquelas<br />
caixas de madeira, quebrava. A Winebox foi<br />
a primeira embalagem certificada pela Anac para<br />
transportar garrafa. Nossa avaria é de menos de 1%.<br />
Tem uma verba anual destinada a marketing?<br />
É um percentual da receita líquida que varia entre 5<br />
e 7%. O faturamento do ano passado foi de R$ 300<br />
milhões.<br />
Tem previsão de crescimento?<br />
A previsão do e-commerce é de 8% de aumento nas<br />
vendas. Nós estimamos ultrapassar isso chegando<br />
a duplo dígito. Estamos revisando alguns números,<br />
mas será acima de 10%. A Wine é líder, infelizmente<br />
vimos o encerramento da operação da Sonoma<br />
(concorrente); só por este evento já ganharíamos.<br />
Desejamos crescer acima do mercado, com isso ganharemos<br />
market share.<br />
A questão da alta do dólar atrapalha o negócio,<br />
considerando que os vinhos são importados?<br />
Nosso planejamento estratégico do ano prevê uma<br />
evolução da curva do dólar no ano, pensando num<br />
cenário pessimista. E tem que ser assim porque senão<br />
não se consegue trabalhar no Brasil.<br />
Podemos dizer que é um negócio favorável<br />
porque se o cenário é ruim as pessoas tendem<br />
a beber para esquecer ou se está tudo bem,<br />
para comemorar?<br />
Não. Mas tem um fator bacana que são as pessoas<br />
estarem comemorando mais em casa, seja para<br />
economizar, seja para estar num ambiente mais<br />
controlado.<br />
Em abril vocês fecharam com a DPZ&T.<br />
Já tem campanha sendo elaborada?<br />
Gostamos muito do trabalho dessa agência. Não somos<br />
um anunciante do porte dos clientes que ela<br />
tem, mas viram na Wine uma aposta. Uma oportunidade<br />
de ajudar nossa empresa a crescer, e crescerem<br />
conosco, uma parceira. Já começamos a fazer<br />
alguns trabalhos como o de usabilidade do site,<br />
como melhoramos a experiência dos nossos consumidores<br />
dentro do nosso portal. Começamos num<br />
ritmo mais devagar, neste mês já temos um diagnóstico<br />
e estamos retrabalhando nosso posicionamento,<br />
não que seja mudança, mas estamos tentando<br />
uma abordagem nova com olhar mais fresco.<br />
A ideia é trazer um institucional, em primeiro momento<br />
só será a Wine, até para testarmos. Gostaríamos<br />
de fazer mídia impressa, testar um pouco o<br />
mundo off-line. Este ano teremos também um filme<br />
para TV, deve sair mais para o final do ano.<br />
A campanha da WBeer do Dia Internacional<br />
da Mulher foi bem diferente do que o<br />
mercado cervejeiro costuma fazer.<br />
A DPZ&T deve seguir essa linha?<br />
Essa campanha foi feita totalmente dentro de casa.<br />
Foi bem provocativa, acho que tem ali uma oportunidade<br />
para nós de irmos<br />
contra o mercado, é uma<br />
ousadia de questionar o<br />
status quo, de fazer o contrário.<br />
A Wine nasceu assim.<br />
Essa pegada de seguir<br />
o contrário do mercado é o<br />
caminho de diferenciação<br />
para nós, que tem personalidade<br />
Wine/WBeer.<br />
“A previsão do e-commerce<br />
é de 8% de aumento nas<br />
vendas. Nós estimamos<br />
ultrapassar isso chegando<br />
a duplo dígito. Estamos<br />
revisando alguns números,<br />
mas será acima de 10%”<br />
Por que foi considerada a<br />
empresa mais inovadora<br />
no varejo?<br />
Tem coisas que são muito sutis, mas reverberam<br />
muito mais do que imaginamos. Vou dar<br />
um exemplo real, fizemos um anúncio de um vinho<br />
com uma pizza. Um sócio comprou o vinho<br />
e ligou para a Wine dizendo que queria a pizza,<br />
explicamos que era só uma sugestão de harmonização,<br />
mas em meia hora mandamos uma pizza<br />
para ele, de surpresa. Ele já havia desligado o<br />
telefone e nem esperava. Esse é o tipo de coisa<br />
que arrepia quem trabalha com marketing. Outro<br />
exemplo, no final do ano passado um cervejeiro<br />
nada romântico nos contou que adorava cerve-<br />
14 propaganda | junho <strong>2016</strong>
CECILIA CILENTO, CELSO DAL SASSO, CÉSAR<br />
MONTEIRO, CLÁUDIA SCHNEIDER, CLAUDIA<br />
STANCEV, CLAUDIA WESCHENFELDER,<br />
CLÉBER VIEIRA, DANIEL CHALFON, DANILO<br />
MASO, DANILO OLIVEIRA, DAVID MAIA, DAVI<br />
DOS SANTOS, DENISE PERRUPATO, DENIS<br />
LISBOA, DINO MISAEL, DUDA DOS REIS,<br />
EDILEUZA MAIA, EDSON DA SILVA, EDUARDO<br />
COLEONI, EDUARDO TALLIA, ELIANE BARROS,<br />
EMERSON ALVES, EVERTON BEHENCK,<br />
FABIANA MANTOVANI, FABIANE FERRAREZI,<br />
FABIANE VEIGA, FÁBIO CÂMARA, FÁBIO<br />
SABOYA, FABRÍCIO KASSICK, FABRÍCIO<br />
PRETTO, FELIPE REIS, FERNANDA CAMARGO,<br />
FERNANDA MOINO, FERNANDA TEIXEIRA,<br />
FERNANDO ARINS, FERNANDO BUENO,<br />
FERNANDO ROCCO, FLÁVIA ITO, GABRIEL<br />
ABRUCIO, GABRIELA MAIA, GERSON PERUZZI,<br />
GETÚLIO DE SOUSA, GIAN LUCAS SAMPAIO,<br />
GLAUCIA GUERRA, GUGA KETZER,<br />
GUILHERME GAROFALO, GUILHERME PALMA,<br />
HENRIQUE OMIYA, IAN BORTZ, INÁ FRAGA,
entrevista<br />
“Lançamos o Wine Eventos,<br />
um site para atender os<br />
pedidos dos nossos sócios<br />
de estarmos presentes nos<br />
momentos especiais deles,<br />
como festas, casamentos.<br />
Queremos fazer disso uma<br />
continuidade da estratégia<br />
da Wine. Será um serviço<br />
de consultoria de<br />
harmonização, quantidade<br />
necessária”<br />
jas especiais e iria pedir a<br />
namorada em casamento,<br />
queria que fosse algo especial.<br />
Reproduzimos os<br />
momentos marcantes da<br />
história deles em rótulos<br />
que colamos em cervejas<br />
especiais, o último rótulo<br />
continha o pedido. Só isso<br />
já bastava, mas ainda demos<br />
a festa a eles, montamos<br />
uma ilha com os rótulos<br />
personalizados. O que<br />
nos diferencia no final do<br />
dia é isso. É o que nos faz<br />
inovadores. Levamos em<br />
consideração a opinião<br />
dos nossos sócios.<br />
Tem sazonalidade de vendas?<br />
Muita. Tem duas óticas para ver sazonalidade. A<br />
primeira é a natural, orgânica, que são as datas comemorativas<br />
do varejo e o clima, junho a agosto<br />
é de se esperar que se venda mais porque é mais<br />
frio, convidativo para um bom vinho. A segunda<br />
é uma curva causada pela Wine que é março e<br />
novembro. Março porque é aniversário do clube,<br />
vira um pico de vendas, mês voltado aos sócios,<br />
com campanhas, viagens, premiação, tempo de<br />
casa. No último mês de março fizemos seis meses<br />
de clube e encontramos mais de 900 pessoas que<br />
estavam conosco desde o dia 1; para estes mandamos<br />
uma Winebox especial com brindes. Já<br />
novembro é aniversário da Wine, que neste ano<br />
completará oito anos.<br />
Qual a representatividade da Wine e da WBeer?<br />
A WBeer tem previsão de crescer 40%, até pela base<br />
ser menor. Ela teve faturamento de R$ 30 milhões<br />
no ano passado. O consumo de cervejas especiais<br />
tem crescido.<br />
Tem novidades para este ano?<br />
Lançamos o Wine Eventos, um site para atender<br />
os pedidos dos nossos sócios de estarmos presentes<br />
nos momentos especiais deles, como festas,<br />
casamentos. Queremos fazer disso uma continuidade<br />
da estratégia da Wine. Será um serviço de<br />
consultoria de harmonização, quantidade necessária.<br />
Também vamos lançar a compra programada,<br />
porque todo mundo compra vinho e esquece<br />
da água, temos boas águas no nosso portfólio. Desenvolvemos<br />
um serviço em que o sócio recebe na<br />
periodicidade, quantidade e marca que ele escolher,<br />
regularmente, a água em sua casa. Faremos<br />
isso também com a cerveja. Temos 25 projetos em<br />
desenvolvimento.<br />
Tem planos de ampliar venda para outras<br />
categorias de bebidas?<br />
Sim. Estamos testando uma vodca americana no<br />
nosso site, a New Amsterdam da Gallo que é um<br />
parceiro nosso nos Estados Unidos, para testarmos<br />
a atratividade. Custa R$ 60. Ao invés de ganhar<br />
margem a gente garante que mais pessoas possam<br />
consumir.<br />
Vão mudar de sede?<br />
Sim. Ainda está em obras, fica em Vitória (ES). Projeto<br />
feito para a Wine, com chuveiros para os colaboradores<br />
que forem trabalhar de bike, por exemplo.<br />
A previsão era de inaugurar em setembro, mas<br />
fizemos alterações para aperfeiçoar a obra, será o<br />
lugar para recebermos as pessoas. Então deve ficar<br />
pronta no início do ano que vem. Toda a parte administrativa<br />
vai mudar para lá.<br />
O que mudou após a entrada do E.bricks na<br />
operação?<br />
A Wine desde que nasceu sempre foi auditada com<br />
transparência total nos números. Entra para somar.<br />
A Wine era mais jovem ainda. E a E.bricks via<br />
RBS entra para ajudar com governança, política de<br />
ética. Um grupo grande traz isso, garantir mais controle<br />
com melhoria de processos. Temos reunião<br />
de board para priorização de projetos, para ganhar<br />
produtividade reduzindo custos, por exemplo.<br />
16 propaganda | junho <strong>2016</strong>
INDAIARA PELIZARIO, IRIA ANDRÉ, IZABEL<br />
DE ABREU, JAIME MAIANTE, JÉSSICA DOS<br />
SANTOS, JÉSSICA MORAES, JÉSSICA SOUZA,<br />
JOÃO MENDES, JOSEFA DO NASCIMENTO,<br />
JULIANA AMBOLD, JULIANA CANDUCCI, JÚLIO<br />
CÉSAR BIANCULLI, KARINA REBELO, KARINA<br />
VADASZ, KELLY COTTA, KEN FUJIOKA, KIKO<br />
BORGER, KIKO FERREIRA, LAURA LEME, LAURA<br />
MORAES, LAURA RAMOS, LEANDRO OTSUKA,<br />
LEANDRO THOT, LETÍCIA VONO, LEVI SANTOS,<br />
LILIANE SOUSA, LÍVIA MARQUEZI, LUCAS ITRI,<br />
LUCAS PESTANA, LUCAS VINAGRE, LUCAS<br />
OLIVEIRA, LUCIA CLEMENTE, LUCIANO<br />
MARANGONI, LUIZA VALENTI, LUIZ FERREIRA,<br />
MARCELO AGOSTINHO, MARCELO BÁZAN,<br />
MARCELO CÂMARA, MARCELO MARQUES,<br />
MARCELO TOMIOKA, MARCELO VENDRAMEL,<br />
MÁRCIO CALLAGE, MÁRCIO PELENSE,<br />
MARCOS AURÉLIO FRANCO, MARCOS<br />
MOURA, MARIA EUGÊNIA MORAES, MARIA<br />
EUNICE DE ALMEIDA, MARIANA SALGADO,<br />
MARILEUZA OLIVEIRA, MARÍLIA CHIARELLI,
(José Eustachio)<br />
A mesa de sinuca<br />
Arquivo pessoal<br />
> José Eustachio é chairman da<br />
Talent Marcel<br />
Nos últimos tempos, um pensamento recorrente tem instigado minha curiosidade:<br />
por que as empresas que se pretendem inovadoras incluem na decoração dos seus<br />
escritórios uma mesa de sinuca revestida, preferencialmente, de feltro vermelho, em<br />
substituição ao tradicional verde? No lugar mais nobre, em destaque, no ambiente<br />
de trabalho, lá está a mesa de sinuca reinando entre previsíveis cadeiras, mesas e<br />
poltronas.<br />
Movido pela minha curiosidade, fui pesquisar na web a origem do jogo de sinuca, ou<br />
bilhar, se preferir, na expectativa de encontrar algo que pudesse me ajudar a decifrar<br />
o significado da sua adoção, tão frequente, no ambiente corporativo das empresas<br />
atuantes na nova economia, nas startups e congêneres. Fracasso total, não descobri<br />
nada de revelador.<br />
De acordo com minha pesquisa, a origem da sinuca data da era do homem primitivo,<br />
porém, teria sido no século XV, no que chamamos hoje Continente Europeu, que<br />
teria assumido seu formato mais próximo do que conhecemos hoje. Nada de relação<br />
com algo místico, ou simbolismos de disputa entre machos, guerra ou qualquer outra<br />
expressão da natureza humana. Apenas uma forma prosaica de passar o tempo.<br />
Recorrendo minha memória, recordei que há alguns anos toda casa bacana tinha um<br />
salão de jogos e uma mesa de sinuca, nesse caso, forrada de feltro verde, que, por<br />
alguns poucos meses, era o centro das atenções, até cair no desuso e passar a ser utilizada<br />
como suporte para aquelas tralhas que queríamos tirar do caminho. Novamente<br />
falhei em identificar alguma conexão que respondesse minha curiosidade sobre a<br />
mesa de sinuca no ambiente corporativo.<br />
Na minha necessidade de encontrar uma explicação, cheguei mesmo a pensar que<br />
algum fabricante de mesas de sinuca poderia ter montado um conluio com decoradores<br />
e arquitetos, com o intuito de convencer seus clientes sobre a importância de<br />
incluir esse indispensável objeto na montagem dos seus escritórios, mas no final me<br />
pareceu um plano sofisticado demais para ser levado a cabo.<br />
Lamento confessar, mas continuo corroído pela curiosidade, impotente em encontrar<br />
uma razão do porquê de uma mesa de sinuca de feltro vermelho no meio do escritório.<br />
Poderia ser uma forma de se mostrar contra as convenções? Não, muito primário.<br />
Seria a senha para ser aceito no clube dos modernos? Não, muito superficial.<br />
Talvez possa ser uma tentativa de criar um clima de descontração? Não, muito clichê.<br />
Realmente eu acredito que as empresas, verdadeiramente inovadoras, que estão<br />
quebrando paradigmas, adotando modelos de relação com o trabalho menos formais<br />
e gerando ideias, soluções e produtos, que estão mudando nossa maneira de viver,<br />
não precisariam desse tipo de recurso fácil, de um artifício cenográfico, elas são o<br />
que são, porque assim são. Então volta o pensamento: o que aquela maldita mesa de<br />
sinuca forrada de feltro vermelho está fazendo lá?<br />
18 propaganda | junho <strong>2016</strong>
MARILIZA FELIZARDO, MARINA PEDROLLO,<br />
MÁRIO BARBALHO, MELISSA DE ANDRADE,<br />
MICHEL BARBOSA, NATALIA FERNANDES,<br />
NATALIE GRUC, NATHALIA KOTT, NELSON<br />
DA COSTA, NELSON GRAÇA, PAMELA BRITO,<br />
PATRICIA NUNES, PAULA MENDES, PAULA<br />
NUNES, PAULA PADILHA, PEDRO PEDREIRA,<br />
PRISCILLA MELLONE, RAFAELA BREVIGLIERI,<br />
RAFAELA PORTO, RAFAEL ÁVILA, RAFAEL<br />
LOPES, RAFAEL MANTESSO, RAFAEL MEREL,<br />
RAMON RIBEIRO, RAPHAEL FRANZINI,<br />
RAQUEL FERREIRA, REJANE DOS SANTOS,<br />
RENATA BELLOC, RENATA SVAIZER, RENATO<br />
NOSE, RICARDO BARROS, ROBERTA MORAES,<br />
ROBERTO PORTO, ROBERTO ROQUE,<br />
RODOLFO BELON, RODRIGO NÉIA,<br />
RODRIGO NINCAO, RODRIGO SANTANA,<br />
RODRIGO TAMER, ROGÉRIO LAYDNER,<br />
RONALDO SEVERINO, SAMUEL SIQUEIRA,<br />
SANDRA DE SOUZA, SEMIR GONÇALVES,<br />
SÉRGIO MUGNAINI, SID FERNANDES,<br />
SILVIO CARDOSO, SIMONI DE MEDEIROS,
digital<br />
(viewability)<br />
Arquivo pessoal<br />
É preciso ver e ser visto<br />
“Ao adotar o conceito de viewability, as marcas poderão<br />
separar o joio do trigo, pois a métrica não garante o sucesso<br />
da campanha, mas sim a oportunidade de que os usuários<br />
possam interagir e desta forma seguir o funil até a conversão”<br />
> Alberto Pardo é CEO e fundador<br />
da Adsmovil*<br />
Em qualquer mercado a necessidade de comprovação do retorno em relação ao investimento<br />
é prioridade tanto para quem investe como para quem presta o serviço. O ecossistema<br />
digital não é diferente e respira esse debate diariamente em busca de novas e mais precisas<br />
formas de mensurar o impacto e efetividade da publicidade. O último passo desta evolução<br />
é a criação da métrica de viewability, que permite a compreensão concreta da oportunidade<br />
de os usuários verem os anúncios.<br />
De acordo com números do IAB, 54% dos anúncios on-line passam despercebidos por parte<br />
dos usuários. Por esta razão, as marcas poderiam estar desperdiçando suas verbas ao pagar<br />
por anúncios que não são vistos. Por exemplo, se um banner carrega na parte inferior de uma<br />
página mobile, mas o usuário não a visualiza, essa impressão não é considerada visível. De<br />
acordo com o guia de boas práticas da entidade, para um formato display ser considerado<br />
“viewable” é preciso que 50% da peça esteja presente na tela ativa do usuário por pelo menos<br />
um segundo. No caso de vídeo, mínimo de 50% da área por pelo menos dois segundos.<br />
É diante deste panorama que o conceito de “viewability” ganha força, pois contribui para<br />
que os anunciantes passem a medir as impressões reais dos anúncios, ou seja, quando realmente<br />
o usuário vê a publicidade. Desta forma, o resultado de uma campanha não seria<br />
equivalente a mil impressões, mas sim de que mil pessoas a tenham visto.<br />
A nova métrica tem importância para todos os players da indústria. Do ponto de vista do anunciante,<br />
o que está em jogo é a segurança de que as peças não apenas foram entregues (impressões),<br />
mas também tiveram a oportunidade de serem vistas pelos usuários, ou seja, de que seu<br />
investimento não foi desperdiçado em peças que, por ventura, tenham sido entregues na tela<br />
inativa ou visíveis em apenas uma pequena fração de sua área total (abaixo de 50%).<br />
Ao adotar o conceito de viewability, as marcas poderão separar o joio do trigo, pois a métrica<br />
não garante o sucesso da campanha, mas sim a oportunidade de que os usuários possam<br />
interagir e desta forma seguir o funil até a conversão. Ao analisar o resultado de uma campanha<br />
com alta taxa de viewability, porém, com baixa conversão, será preciso identificar se a<br />
criação, mensagem e plano de mídia foram adequados ao público-alvo desejado. A tendência<br />
ao longo do tempo é o aprimoramento da campanha como um todo. Para os veículos,<br />
a métrica traz a pressão necessária para a reavaliação da qualidade dos inventários e que<br />
sejam pensados a partir da lógica da navegação fluida do usuário e não apenas com foco nas<br />
impressões.<br />
Diante deste contexto, acreditamos na importância da capacitação de agências e para oferecer<br />
aos anunciantes a possibilidade de contar com a métrica de viewability. É nosso papel<br />
demonstrar às marcas a qualidade do trabalho e confiança de que o investimento em publicidade<br />
mobile se reverterá em oportunidade de engajamento com seus consumidores.<br />
A demanda por transparência nos resultados no ecossistema digital exige como primeiro<br />
passo a adoção da métrica de viewability na mensuração das campanhas. Em publicidade é<br />
imprescindível ver e ser visto!<br />
20 propaganda | junho <strong>2016</strong>
SINÉSIO DE OLIVEIRA, STEFANIE GIANNINI,<br />
SUZANA DE QUEIROZ, TANCREDO DE SOUZA,<br />
THASSIO DE ARAUJO, THAYS ALMENDRA,<br />
THIAGO BOCATTO, THIAGO RODRIGUES,<br />
THIENY PRATES, THOMAS PETRECHE, TICIANA<br />
GOMES, VALQUÍRIA APARECIDA, VANESSA<br />
LIMA, VANESSA RAMALHO, VERA LUCIA MAIA,<br />
VICTÓRIA VIEIRA, VITOR BARBATO, VIVIAN<br />
DANTAS, WAGNER FRAGATA, WELTON SILVA,<br />
WILLIAM PAIVA, YOHANA NUNES, YURI SABOYA,<br />
ZEZÉ DIAS.<br />
LDC<br />
AV. BRIG. LUÍS ANTÔNIO, 4980<br />
JD. PAULISTA SÃO PAULO/SP<br />
01402 002<br />
WWW.<br />
LDC.AGENCY<br />
CONTATO<br />
@LDC.AGENCY
Perfil<br />
(LDC)<br />
Horizontal e<br />
multidisciplinar<br />
LDC propõe ruptura do modelo tradicional de agência para<br />
fortalecer relação de negócios com clientes e gerar novas receitas<br />
> por Suzi Cavalari<br />
fotos Alê Oliveira<br />
Guga Ketzer<br />
Sócio e presidente, com apenas quatro anos de profissão, ganhou o Leão<br />
de Ouro em Print no Young Creatives, em Cannes – o único conquistado<br />
até hoje pelo Brasil. Foi o único criativo latino-americano apontado pelo Advertising<br />
Age como um dos “Creatives You Should Know”. Na versão 2012<br />
da pesquisa AgencyScope, realizada com profissionais de marketing, foi<br />
apontado como um dos 13 publicitários mais destacados do Brasil. Entre<br />
os prêmios recebidos ao longo de sua carreira estão One Show, D&AD, Clio,<br />
LIA, Fiap, El Ojo, NY Festival, Prêmio Abril, CCSP, Wave, Webby Awards e 31<br />
Leões em Cannes (sendo 6 de Ouro). Também faz parte do board da Waves<br />
for Water, organização internacional que atua em 25 países e já levou água<br />
potável a mais de 20 milhões de pessoas. Em 2014, graças a sua atuação na<br />
ONG, foi eleito Paulistano Nota 10 pela revista Veja São Paulo.<br />
Um novo modelo de agência, com estrutura horizontal e<br />
multidisciplinar, mais tecnológica, que possa trabalhar em<br />
parceria com os clientes para chegar a soluções de comunicação<br />
que extrapolem a propaganda tradicional é a nova<br />
proposta da LDC. A agência, que chega à maioridade ao<br />
completar 21 anos em <strong>2016</strong>, sob o comando de Guga Ketzer,<br />
quer abrir novos caminhos para gerar novas receitas.<br />
“Olhamos para os clientes com possibilidade de parcerias e<br />
negócios, não só em produzir conteúdo que vai à mídia. Estamos<br />
nos preparando para isso, reestruturando a agência,<br />
nos colocando mais como equipes que trabalham, do que<br />
departamentos. Na prática é, ao invés de pegar e separar o<br />
trabalho que normalmente entra pelo atendimento, vai à<br />
mídia, planejamento e criação, ter equipes multidisciplinares<br />
que vão atacar o problema e não equipes sentadas por<br />
departamentos. Posso juntar num job atendimento, planejamento,<br />
mídia, criação, um arquiteto, sociólogo ou psicólogo<br />
para desenvolver a ideia”, diz Guga, sócio-presidente<br />
da LDC. “A busca será por desenvolver um conceito forte,<br />
seguido de execução.”<br />
Para tanto, a agência deve divulgar um novo modelo de<br />
atuação nos próximos meses. “Ainda não definimos nomes,<br />
vamos apresentar em breve uma estrutura bem diferente.<br />
Estamos primeiro testando para depois divulgar.<br />
O que posso adiantar é que nos inspiramos em empresas<br />
de tecnologia e inovação, em que toda e qualquer ideia primeiro<br />
é desenvolvida e depois prototipada”, explica Guga.<br />
Já no próprio processo que é feito por pessoas e expertises<br />
diferentes. A ideia é otimizar talentos, onde e como<br />
performam melhor. “Certa vez uma executiva de RH de<br />
uma grande empresa de tecnologia, uma das mais desejadas<br />
para se trabalhar, nos contou que existem apenas<br />
cinco níveis hierárquicos que vai do estagiário ao CEO, na<br />
companhia. Poxa, às vezes temos isso só no atendimento.<br />
22 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Daniel Chalfon<br />
Sócio e VP de mídia, tem 41 anos de idade. Iniciou sua carreira em<br />
1992 na McCann-Erickson. Em 1998, passou a integrar o time da<br />
DM9DDB. Dois anos depois, aos 26 anos de idade, foi o profissional<br />
mais jovem a assumir a direção geral de mídia de uma agência no<br />
Brasil. Recebeu mais de 30 prêmios nacionais e internacionais – incluindo<br />
quatro Leões no Festival de Cannes, e o prêmio contribuição<br />
profissional da APP. Sempre atuante nas principais associações do<br />
mercado na busca da evolução constante da profissão, foi o responsável<br />
pela introdução de inovações como Certificação do Profissional<br />
de Mídia, o primeiro sistema de mensuração de TV em redes sociais<br />
no Brasil (TTV), o Media Compass e o Media Leadership Program. É o<br />
atual presidente do Grupo de Mídia de São Paulo pelo segundo mandato<br />
e mentor e conselheiro voluntário da Endeavor, ONG dedicada<br />
ao empreendedorismo.<br />
Será que estamos sendo atraentes para estas pessoas? Porque<br />
tu só sobe (sic) na vertical. Será que não tem que ter,<br />
por exemplo, dentro do atendimento um cara mais focado<br />
em marketing no desenvolvimento de novos negócios, investindo<br />
em especialização para que as pessoas tenham a<br />
liberdade de criar o seu próprio espaço baseado no talento<br />
delas, não em uma regra para subir?”. Por exemplo, a LDC<br />
tem um head de social mídia, mas também uma head de<br />
estratégia de conteúdo que prepara o material que vai para<br />
social mídia, mas não o cria. “Estão surgindo coisas específicas<br />
que estão, inclusive, gerando agências específicas.<br />
Isso significa que tenho que ter gente com esse mesmo espelhamento”,<br />
pondera.<br />
No atendimento da LDC já existe um profissional que é mais<br />
“interno” e outro “externo”, um que é mais operação e outro<br />
marketing. “Antes colocávamos tudo dentro da mesma caixa,<br />
os clientes estão pedindo novas expertises e as pessoas, por<br />
outro lado, querendo ser valorizadas pelos seus talentos”. Outro<br />
exemplo é um profissional de usabilidade, que em outros<br />
tempos poderia estar em produção, atualmente senta junto<br />
com a criação, mas não responde para o diretor de criação,<br />
ele ajuda a desenvolver a melhor experiência on-line. “Não dá<br />
mais para uma agência generalizar. Temos até desenvolvedor<br />
que escreve códigos, é um redator”. Os 15 profissionais que<br />
vieram da extinta Pereira & O’Dell São Paulo, na incorporação<br />
pela LDC em março, corroboram a visão. “Trouxe talento e expertise,<br />
principalmente porque a equipe do Márcio (Callage)<br />
já nasceu mais contemporânea, de entender que uma agência<br />
não é tão vertical. Tem quem vai ajudar a ‘espetar’ quem já<br />
estava aqui. Fora isso, o próprio Márcio é um cara que começou<br />
na criação, foi para o cliente e depois empreender uma<br />
agência”, explica Guga. “O mais importante da Pereira, além<br />
de novas contas, é o perfil dos profissionais que, somados aos<br />
nossos, nos faz crescer na qualidade de trabalho, são de diversas<br />
formações, a agência melhorou muito do ponto de vista<br />
qualitativo. Time bom é heterogêneo”, acrescenta Daniel<br />
Chalfon, sócio e VP de mídia. As contas oriundas da Pereira &<br />
O’Dell são Olympikus, Azaleia, UFC e Uber.<br />
Neste mês a agência ganhou ainda a conta da Laureate Brasil,<br />
integrante da rede global líder em ensino superior Laureate<br />
International Universities, para o atendimento das quatro<br />
instituições de ensino da rede em São Paulo (Universidade<br />
Anhembi Morumbi, BSP – Business School São Paulo e<br />
Complexo Educacional FMU | FIAM-FAAM). Mesmo com as<br />
conquistas, a projeção é que o crescimento seja igual ou levemente<br />
superior a 2015, que também teve desempenho parecido<br />
com o ano anterior. A LDC ocupa atualmente a 17ª posição<br />
no ranking de investimento publicitário em compra de<br />
mídia, com R$ 494.499 milhões nos quatro primeiros meses<br />
do ano. Encerrou 2015 na mesma posição, com R$ 1.517.335<br />
bilhão aportado, segundo a Kantar Ibope Media, que considera<br />
os valores de tabela cheia, sem descontos. “O ano já<br />
seria duro para nós, pois começa com a saída do fundador.<br />
Agora o desafio é repensar a agência para manter o alcançado<br />
até aqui e nos diferenciar nos próximos anos”, diz Guga.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 23
Perfil<br />
(LDC)<br />
Ken Fujioka<br />
Sócio e VP de planejamento, tem 45 anos de idade. Em seus mais de 20<br />
anos de carreira, viveu todos os lados do planejamento: como cliente,<br />
veículo, consultor e agência. Foi um dos fundadores do Grupo de Planejamento<br />
(GP), entidade que atualmente preside. Trabalhou como professor-coordenador<br />
do Bootcamp de planejamento da Miami Ad School<br />
ESPM, professor-especialista do MBA de marketing do IBMEC e revisor<br />
técnico da edição brasileira do livro “Verdades, Mentiras e <strong>Propaganda</strong><br />
– A Arte do Planejamento”, de Jon Steel. Teve cases premiados no internacional<br />
Jay Chiat Awards e no Effie Awards Brasil, incluindo um Grand<br />
Prix. Foi eleito mais de uma vez Profissional de Planejamento pela APP e<br />
pela ABP. Adora futebol e beisebol, esporte que praticou por vários anos<br />
— mas atualmente se limita ao squash e ao pôquer.<br />
Uma das estratégias adotadas é o fim do “briefing estático”,<br />
com a utilização de ferramentas que permitem um briefing<br />
vivo do início ao fim do processo, com colaboração de clientes<br />
e os profissionais da agência. Outra novidade foi a implementação<br />
de uma ferramenta capaz de gerir todo o volume<br />
de informação produzido no dia a dia da agência. “Precisamos<br />
entrar um pouco mais no mundo da consultoria. Temos<br />
mais de 200 cabeças aqui. Muitas vezes pensamos apenas<br />
a serviço do cliente e precisamos pensar a serviço da agência<br />
também, gerando conteúdo a si própria”, afirma Guga.<br />
De acordo com ele, se discute pouco o erro, enfatizando os<br />
acertos, dificilmente as agências possuem os históricos de<br />
todo o ocorrido, de quais foram os aprendizados, tanto para<br />
o bem como para o mal. “Porque muitas vezes a informação<br />
da agência acaba se espalhando, as pessoas saem e se perde<br />
tudo. Mas a nossa ferramenta consegue criar um belo histórico<br />
que fica dentro de um só lugar. Temos aprendido com empresas<br />
de tecnologia que qualquer startup errou muito antes<br />
de acertar. E não temos isso na comunicação, nós queremos<br />
estimular a cultura do ‘sim erramos, vamos aprender com<br />
cada erro’. É uma questão de gestão mais contemporânea, de<br />
expor as fragilidades para conseguir crescer. Cultura de conhecimento<br />
para lidar com a informação dentro da agência.<br />
Quantas concorrências já fizemos num setor e muitas vezes<br />
esquecemos, partimos do zero na próxima, esquecendo-se<br />
de tudo que já foi trabalhado?”.<br />
Há ainda o estímulo a cultura do “por que não”? No sentido<br />
de questionar o status quo. “O que nos fez dar esse direcionamento<br />
é o fato de termos muitos clientes com níveis de<br />
estrutura de comunicação muito mais ricos que as agências,<br />
de modo que temos de correr atrás para ter o diálogo no mesmo<br />
nível. Quero entregar inteligência e não apenas peças de<br />
comunicação. Ser remunerado e ter participação disso, uma<br />
sociedade, como um grande parceiro intelectual da marca.<br />
Esse é um bom momento para discussão, para todos saírem<br />
ganhando. Tem alguns clientes que já estamos trabalhando<br />
com remuneração diferenciada, mas estamos pensando em<br />
diversas maneiras de remuneração, não precisamos ter um<br />
só, podemos abrir vários pontos de remuneração diferentes,<br />
será por relevância.”<br />
“As agências, de modo geral, estão no modelo de fonte de<br />
receita ligada à mídia, queremos manter isso, mas buscar novos<br />
modelos de receitas. Não busco novas formas de remuneração,<br />
mas de receitas. Não estou aqui para discutir como<br />
ganho dinheiro, mas como ganhar novo dinheiro. Isso tem<br />
a ver com a maneira como estamos nos estruturando, tudo<br />
está interligado”, ressalta Chalfon.<br />
Segundo ele, a LDC prima por ter um relacionamento de alto<br />
nível com os clientes, o que garante uma posição privilegiada<br />
de acesso aos negócios para estarem mais cedo presentes<br />
no processo. “Temos visto que os melhores resultados, não<br />
por acaso, são frutos de um trabalho cujo tempo de maturação<br />
é maior que de uma simples campanha. Toda movimentação<br />
da agência é no sentido de fazermos isso mais e mais<br />
porque, enquanto transformo o deles, também transformo o<br />
meu, não só resolver problemas imediatos. A campanha da<br />
24 propaganda | junho <strong>2016</strong>
PMG da Nextel é um exemplo. O briefing veio muito antes<br />
disso, da necessidade de uma nova maneira de comunicar<br />
varejo, do consumidor entender a proposta comercial da<br />
Nextel. Trabalhamos juntos com a área de sistema, com o<br />
comercial, da Nextel”.<br />
Chalfon explica que, de modo geral, a mídia na LDC deve<br />
refletir essa estrutura mais horizontal, dando cada vez mais<br />
espaço ao talento técnico. Atualmente, é composta por uma<br />
diretora geral que comanda o dia-a-dia da mídia, mais dois<br />
Márcio Callage<br />
VP de desenvolvimento, é também diretor da ABP e membro do conselho<br />
de Comunicação dos Jogos Olímpicos Rio <strong>2016</strong>. Já trabalhou com<br />
a marca Olympikus - período em que a empresa ganhou a liderança no<br />
segmento esportivo. Em 2011 fundou, em sociedade com o Grupo ABC,<br />
a DM9Sul, em Porto Alegre – que se tornou a agência mais premiada<br />
do Brasil fora de São Paulo – e foi eleita três vezes a agência do ano<br />
no Rio Grande do Sul e agência de marketing promocional do ano no<br />
Brasil pelo Prêmio Colunistas. Entre os prêmios, se destacam os cinco<br />
Leões em Cannes (PR, Branded Content, Promo & Activation, Design e<br />
Press) e dois Webby Awards. Antes de chegar à LDC, Callage estava à<br />
frente da operação brasileira da Pereira & O’Dell.<br />
diretores responsáveis pela parte de planejamento, com divisão<br />
de contas. Além de um head de pesquisa e ROI e um<br />
executivo focado em mídia de performance e programática,<br />
uma área nova criada no fim do ano passado. “Embora<br />
muitos de nossos clientes já tenham uma compra de mídia<br />
programática, existe um nicho de clientes que busca performance<br />
ligada a seus negócios, não à marca ou aumento de<br />
eficiência na compra de mídia. Eles possuem transações on-<br />
-line, operam compra de mídia numa outra frequência, estão<br />
comprando negócios, esta nova área está dedicada a isso, já<br />
temos três clientes com este perfil”.<br />
A agência como um todo, não tem área separada, trabalha<br />
com especialistas, pronta para se comunicar com os consumidores<br />
na plataforma que for relevante no momento,<br />
com uma estrutura adaptável e em constante revisão. “Temos<br />
também uma grande preocupação com as pessoas”,<br />
diz Chalfon, que de tempos em tempos bloqueia um dia na<br />
agenda para tomar café com algum profissional da LDC. Perfil<br />
que atraiu Ken Fujioka, sócio e VP de planejamento, com<br />
mais de 10 anos de casa, entre idas e vindas. O executivo diz<br />
que não pensou duas vezes diante da proposta de se tornar<br />
sócio, há cinco anos. “Valores da agência como humanista,<br />
caráter, paixão pelo que faz, isso tudo vem antes de resultados<br />
financeiros, comerciais. O que é verdade desde a origem<br />
da agência, por tudo isso, foi fácil a minha decisão de virar<br />
sócio”, diz.<br />
O planejamento na LDC conta com uma equipe de 12 planejadores<br />
com perfis diferentes, experiência em construção de<br />
marcas, análise de informação, digital, multidisciplinar, que<br />
conversa com o momento atual da agência, uma nova organização<br />
que pressupõe disciplinas diferentes se misturando.<br />
Tudo isso para trazer trabalhos em profundidade, como o<br />
projeto que irá estudar a cultura do brasileiro, aspectos culturais<br />
da sociedade brasileira que afetam o pensamento das<br />
pessoas sobre marcas e processo decisório. Essa iniciativa é<br />
liderada principalmente pelos planejadores. Serão estudos<br />
pontuais e periódicos sobre determinados temas.<br />
E falando em projetos, Márcio Callage, que chegou à LDC<br />
na incorporação da Pereira & O’Dell, em março, assumiu a<br />
vice-presidência de desenvolvimento para trabalhar em projetos<br />
e iniciativas que busquem solucionar os desafios que<br />
os clientes tenham, mas por caminhos não tradicionais, com<br />
o objetivo de gerar novos negócios, prospecção de clientes,<br />
mas também ampliar negócios dentro dos atuais clientes<br />
da casa. “A propaganda está mudando muito, na verdade,<br />
o mundo está passando por uma transformação que está<br />
acontecendo muito rápida, e entendemos que existia espaço<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 25
Perfil<br />
(LDC)<br />
dentro da agência para a construção de uma função que venha<br />
desenvolver projetos que não são convencionais. Uma<br />
função que tenha um poder de influência grande dentro da<br />
LDC, mas trabalhando com os recursos da própria agência”,<br />
diz Callage.<br />
De acordo com o executivo, não tem uma equipe, o trabalho<br />
é feito por intermédio das áreas da agência. No momento<br />
em que se detecta que o cliente tem um desafio, há<br />
talentos e ferramentas que irão auxiliar na solução. “Vou<br />
trabalhar em conjunto com as áreas. Uma hora a solução<br />
pode estar dentro da mídia, outra no planejamento, ou na<br />
criação. Pode ser ainda um desafio de produção, do desenvolvimento<br />
de um produto. Ou que precisemos de recursos<br />
que estão fora da agência, então não necessariamente<br />
é uma nova área, mas uma função que trabalha transversal<br />
às áreas, buscando os recursos dentro e fora da LDC para<br />
construir uma solução, um novo negócio e um incremento<br />
de receita para a agência”.<br />
Callage começou a carreira como redator, depois desenvolveu<br />
uma unidade de inovação dentro de uma agência que<br />
acabou dando origem a várias outras empresas. Virou cliente,<br />
e foi liderar aquela que se tornou a maior marca esportiva<br />
do Brasil, a Olimpykus, e essa experiência no marketing<br />
trouxe o entendimento de que o anunciante tem verba para<br />
gerar resultado, mas não necessariamente isso é propaganda.<br />
O que vai ao encontro da filosofia da LDC de ser uma<br />
parceira de negócios dos clientes. “Depois me tornei sócio<br />
da DM9 de Porto Alegre, o que me deu um entendimento do<br />
fluxo geral da agência para poder utilizar nessa nova função<br />
que estamos criando, então sei aonde está o recurso dentro<br />
da agência para tentar buscar um outro tipo de resposta”.<br />
Quanto às expectativas em relação à LDC e ao novo trabalho,<br />
Callage sintetiza como desafiador: “Porque estamos<br />
Histórico<br />
Ronaldo Severino<br />
Diretor financeiro/administrativo. Com mais de 30 anos de experiência<br />
no mercado publicitário, atua desde 2009 como diretor financeiro<br />
e administrativo da LDC. Formado em administração de empresas e<br />
com MBA no IBMEC, já teve passagens pela (antiga) Lage & Magy, Grey<br />
e Plano Trio, onde trabalhou com importantes anunciantes como: Alpargatas,<br />
Ericsson, Penalty, Bradesco, C&A, Embratel, Vivo, Novartis,<br />
Gerber, Grendene, Whirlpool, Nokia, Unilever, entre outros.<br />
A LDC é controlada pelo Grupo ABC, que em novembro<br />
anunciou a venda de 100% de suas ações para o gigante<br />
norte-americano Omnicom. A absorção da Pereira<br />
& O’Dell São Paulo pela LDC foi o primeiro movimento<br />
após a mudança de mãos do ABC. A agência é presidida<br />
pelo sócio Guga Ketzer, que assumiu a liderança<br />
oficialmente em janeiro deste ano, após desligamento<br />
do fundador, Celso Loducca, que culminou com a mudança<br />
de marca para LDC. Conta ainda com os sócios e<br />
VPs Daniel Chalfon e Ken Fujioka. “Trata-se de um parceiro<br />
internacional muito forte, ganhamos uma rede e<br />
isso ajuda a prospectar. Podemos atender nossos clientes<br />
globalmente, num momento em que o mundo cada<br />
vez mais é de fusões e aquisições porque se ganha em<br />
escala, nada mal estar junto de um grupo global”, diz<br />
Guga. Em 1995, nascia a Lowe Loducca & Partners, em<br />
sociedade com o Banco Icatu, Nizan Guanaes e, com<br />
participações menores, Cristiane Maradei, Javier Talavera<br />
e João Muniz. A agência passa a fazer parte do<br />
Grupo ABC em 2006. Já em 2010 ocorre a fusão com a<br />
MPM, também do ABC.<br />
26 propaganda | junho <strong>2016</strong>
construindo uma função, então não existe régua, não existe<br />
um parâmetro ou uma referência, nós estamos criando esta<br />
referência. É uma grande oportunidade porque sabemos que<br />
a indústria da comunicação e do marketing está passando<br />
por uma transformação enorme, o que faz com que a gente<br />
também possa aproveitar para crescer, não para recuar, ter<br />
medo. É um pouco a felicidade de viver numa época que ninguém<br />
tem a resposta ainda do que vai acontecer, para onde<br />
vai o negócio. Está todo mundo vivendo o presente, entendo<br />
que a revolução digital e esse mundo pós-digital vai mudar<br />
muito o cenário, e estamos preparados para nos destacar no<br />
meio disso. O desafio maior é justamente este, em um mundo<br />
em transformação, você está com um pé no presente e a<br />
cabeça no futuro”.<br />
Cases<br />
Principais executivos<br />
Guga Ketzer, sócio-presidente<br />
Daniel Chalfon, sócio - VP de mídia<br />
Ken Fujioka, sócio - VP de planejamento<br />
Marcio Callage, VP de desenvolvimento<br />
Ronaldo Severino, CFO<br />
Adriana Favaro, diretora-geral de mídia<br />
André Troster, diretor-geral de planejamento<br />
Cecília Cilento, diretora-geral de atendimento<br />
Fabiane Veiga, diretora geral de operações<br />
Raphael Franzini, diretor de criação<br />
Cassio Moron, diretor de criação<br />
Fabio Saboya, diretor de criação<br />
Sergio Mugnaini, diretor de criação<br />
Clientes<br />
- Ambev<br />
- L’Occitane<br />
- Azaleia<br />
- Dijean<br />
- Baruel<br />
- Nextel<br />
- Catho<br />
- Neymar Jr.<br />
- Fox International Channels - Olympikus<br />
20th Century Fox<br />
- PepsiCo<br />
- FMU FIAM FAAM<br />
- Record<br />
- Universidade Anhembi - Red Bull<br />
Morumbi<br />
- Santander<br />
- BSP – Business School<br />
- Uber<br />
São Paulo<br />
- UFC<br />
- Leroy Merlin<br />
- Unidas<br />
Nextel “Tá nas suas mãos”<br />
Cliente da LDC desde 2008, a Nextel investiu nos últimos<br />
anos em ações de publicidade com foco em varejo<br />
e vendas, após ter construído uma personalidade ousada<br />
e questionadora como contadora de histórias, que<br />
fazia com que as pessoas se identificassem com a marca.<br />
Em sua nova campanha institucional, a LDC retoma<br />
à Nextel este formato de sucesso abordando um tema<br />
que está em evidência na sociedade: os rótulos. A temática<br />
da campanha faz um paralelo com a realidade<br />
da empresa. Mesmo competindo com grandes operadoras<br />
do mercado desde 2013 e apresentando os melhores<br />
indicadores de qualidade e crescimento no setor de<br />
telecomunicações, ainda é conhecida por muitos como<br />
uma fornecedora apenas de serviço de rádio. Os filmes,<br />
em formato de storytelling, têm como protagonistas<br />
a modelo Daniella Cicarelli e o músico Júnior Lima,<br />
personagens que encararam o desafio de expor os julgamentos<br />
que receberam durante suas trajetórias. E os<br />
filmes são só o começo dessa campanha que terá forte<br />
desdobramento no ambiente digital a partir da página<br />
nextel.com.br/tanassuasmaos, que será alimentada<br />
com entrevistas dos protagonistas, além de conversar<br />
com novos personagens que também já foram impactados<br />
pela mesma situação.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 27
Perfil<br />
(LDC)<br />
Neymar Jr #somostodosmacacos<br />
Apesar de ser uma das maiores celebridades do mundo, Neymar<br />
não deixou de ser vítima do racismo nos campos europeus. Por<br />
isso, ele procurou a agência disposto a desenvolver uma ação<br />
que desse uma resposta para esses atos. O desafio da comunicação<br />
era colocar luz na questão, relembrar as pessoas do quão<br />
grave e condenável é o racismo no futebol e gerar um amplo debate<br />
na sociedade. A ideia foi a seguinte: quando uma banana<br />
fosse atirada no campo – comum artifício de racistas do futebol<br />
– em direção ao Neymar, ela seria simplesmente descascada e<br />
comida, mostrando indiferença, irreverência e ironia. A oportunidade<br />
veio, entretanto, para seu amigo Daniel Alves, que conhecia<br />
a ideia e a executou como planejado. Em seguida, a LDC<br />
deu sequência à estratégia, orientando Neymar a postar uma<br />
foto comendo uma banana com a hashtag #somostodosmacacos<br />
e convocando as pessoas a fazerem o mesmo. A campanha<br />
ganhou o mundo, registrando mais de 1,3 milhão de interações<br />
no Instagram, 1,5 milhão no Facebook, 3,6 milhões de menções<br />
no Twitter e 16 milhões de menções em diversos portais.<br />
A partir da ação, as buscas pelo tema “racismo” aumentaram<br />
três vezes em comparação ao ano de 2013 e a expressão “Somos<br />
Todos” se tornou um ícone da cultura popular.<br />
Toddy - Quarto da Cowzação<br />
Toddy® é uma marca que fala com adolescentes,<br />
o que requer constante reinvenção.<br />
A partir disso, surgiram as famosas<br />
Vacas, que nasceram com a missão de<br />
criar identificação com este público e<br />
ajudaram a tornar Toddy sinônimo de irreverência.<br />
Mas com o passar do tempo, as<br />
personagens deixaram de acompanhar o<br />
target, justamente quando a marca visava<br />
expandir seu portfólio para a categoria<br />
de biscoitos. Uma exclusiva etnografia<br />
digital sobre o target fez a LDC entender<br />
que o que essa molecada mais queria era<br />
zoar, daí surgiu o conceito “Vamo Cowzar”.<br />
As Vacas passaram a criar um conteúdo,<br />
assumindo a linguagem desses jovens,<br />
e viraram YouTubers de um assunto que<br />
encanta este público: games. No projeto,<br />
vários influenciadores do Brasil foram convidados<br />
para jogarem com as personagens<br />
no cenário onde o adolescente é mais adolescente:<br />
o quarto, ou melhor, no “O Quarto<br />
da Cowzação”. Os números da plataforma<br />
impressionam: mais de 20 episódios, mais<br />
de 250 mil inscritos no canal do YouTube,<br />
mais de 5,4 milhões de views, e em<br />
2015 aumento em duplo dígito de alguns<br />
indicadores como o número de pessoas<br />
que dizem que Toddy tem comunicação<br />
atrativa e que oferece algo diferente das<br />
outras, o awareness da marca na categoria<br />
de biscoitos foi convertido em experimentação<br />
e em um crescimento expressivo nas<br />
vendas desse segmento.<br />
28 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Catho – “Trabalho”<br />
O trabalho no Brasil é algo muito maior que um emprego e<br />
uma fonte de renda. Ele define as pessoas, cria a identidade<br />
de cada indivíduo, quase como um sobrenome. Percebendo<br />
essa importância, principalmente em um cenário<br />
de crise, a Catho queria reforçar seu posicionamento de<br />
agente transformador, sendo uma aliada para que cerca<br />
de 700 pessoas encontrem trabalho todos os dias. O desafio<br />
da LDC, portanto, era trazer uma campanha que contivesse<br />
uma mensagem de esperança, refletindo uma abordagem<br />
mais madura, olho no olho. Por isso, o trabalho era<br />
o narrador que se dirigia diretamente a cada indivíduo, de<br />
forma emocional. Os flights de TV e digital foram gerenciados<br />
e otimizados em tempo real, fazendo com que as<br />
veiculações nos diferentes meios se complementassem,<br />
maximizando a cobertura e controlando a frequência. A<br />
estratégia focada em rich media, mobile, social e display,<br />
com a concepção e gestão de 286 variações criativas, em<br />
21 formatos distintos, em 80 placements de impacto e<br />
performance em portais, redes sociais e parceiros afiliados,<br />
resultou na taxa de visualização de mais de 30%<br />
(11,5 milhões de visualizações em menos 30 segundos),<br />
indicando alta aderência ao target de forma segmentada.<br />
A abordagem proposta e executada pela LDC reverberou<br />
a mensagem dos vídeos das campanhas e direcionou o<br />
público-alvo para a adesão aos serviços Catho.<br />
Leroy Merlin - Campanha <strong>2016</strong><br />
Com o objetivo de manter a posição de liderança nacional da Leroy Merlin, sendo percebida como uma<br />
marca moderna, parceira e acessível, a LDC criou a campanha institucional em <strong>2016</strong> se inspirando nas<br />
casas de verdade. “A Leroy Merlin sempre se destacou como um sinônimo de inovação e elegância em sua<br />
categoria. Nosso papel é fazer com que essa liderança intelectual seja captada cada vez mais pelos clientes<br />
por meio da comunicação”, diz Guga Ketzer. A comunicação de <strong>2016</strong> conseguiu favorecer uma maior<br />
proximidade da rede com o cliente, fortalecendo a imagem de uma empresa amiga, aliada do consumidor.<br />
Santander – “O que a gente pode<br />
fazer por você hoje?”<br />
A tradução desse olhar diferente que o banco tem foi manifestada<br />
na campanha “o que a gente pode fazer por você hoje”, a começar<br />
pelo formato. Os filmes desenvolvidos pela LDC não continham<br />
trilha sonora e possuíam texto forte, com locução em off do ator<br />
Lázaro Ramos. Tudo que o Santander faz é para que pessoas e<br />
negócios prosperem. A partir disso, os temas escolhidos na campanha<br />
apresentavam uma visão sem estereótipo por parte do banco,<br />
falando sobre gêneros, regiões do país, empreendedorismo,<br />
posicionando-o como uma marca inclusiva e transparente.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 29
Perfil<br />
(LDC)<br />
#IMmigrant<br />
Com o objetivo de chamar atenção para a crise migratória atual, a campanha #IMmigrant criada para a Refugees<br />
United – ONG de tecnologia especializada em reconectar refugiados que perderam o contato com suas famílias –<br />
mostrou como toda pessoa tem um histórico de migração e o quanto estamos próximos dessa situação. Pelo site<br />
www.IMmigrant.im, as pessoas puderam criar uma imagem com as suas nacionalidades e usá-la para compartilhar<br />
sua história e mostrar seu apoio aos imigrantes do mundo todo. Em apenas um mês, 70 mil imagens foram<br />
criadas e compartilhadas, incluindo do jogador Neymar Jr. e muitas outras personalidades, e mais de 200 mil<br />
acessos foram registrados no site provenientes do mundo inteiro.<br />
NFscan - InstaGraacc<br />
No Estado de São<br />
Paulo, toda compra<br />
gera um crédito que<br />
pode ser doado para<br />
uma ONG. O processo<br />
é simples, basta<br />
não colocar um CPF<br />
na nota e entregar o<br />
cupom fiscal para a<br />
instituição, sem custo<br />
algum. Entretanto, além do desafio de fazer mais<br />
pessoas doarem os seus cupons, as ONGs precisavam<br />
cadastrar manualmente os números de cada cupom<br />
no site do governo, um a um. Pensando em aumentar<br />
o número de arrecadações e facilitar estes cadastros<br />
das NFs, a LDC desenvolveu o software NFscan,<br />
que digitaliza todos os números e envia direto para<br />
o banco de dados da instituição. O software é livre,<br />
qualquer instituição pode criar sua versão e a primeira<br />
a utilizar essa tecnologia foi o GRAACC, com o app<br />
InstaGraacc. No ar desde junho de 2015, o app tem<br />
cinco mil usuários, mais de 50 mil notas doadas e 30<br />
ONGs utilizando o sistema. O app é gratuito e pode ser<br />
baixado em instagraacc.com.br ou no nfscan.cc<br />
Guga Kuerten – Raquetes do Jogo<br />
Em homenagem à trajetória do tenista número um<br />
do mundo em 2000, a agência LDC criou uma série<br />
de raquetes que reproduzem nas cordas os lances dos<br />
jogos mais importantes da carreira de Guga Kuerten.<br />
Idealizadas para serem vendidas em leilões beneficentes,<br />
o valor arrecadado com as raquetes foi revertido<br />
para o Instituto Guga Kuerten, que usa o esporte<br />
como ferramenta para garantir a inclusão social de<br />
crianças, adolescentes e pessoas com deficiência.<br />
30 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Imaflora – Origens Brasil®<br />
Durante três anos, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) e o Instituto Socioambiental<br />
(ISA) estudaram mecanismos que apoiassem a gestão da produção das populações extrativistas e povos indígenas.<br />
A partir deste desafio, a LDC lançou a identidade visual da plataforma digital Origens Brasil®, um sistema de rastreamento<br />
dos produtos com origem no Xingu, com informações fornecidas pelos próprios produtores do território.<br />
Para isso, a agência criou um sistema de identidade associado à tecnologia de rastreamento do projeto. Para cada<br />
produto um logo diferente, para cada logo uma história diferente. Uma marca escaneável via QRCode, carregada de<br />
informações e que muda de acordo com o produto. A iniciativa permite mais transparência à sociedade das práticas<br />
comerciais adotadas pelos indígenas. Entre as informações disponíveis, estão a história, nome/idade e etnia de<br />
quem extraiu o produto e as características do território onde foi produzido. www.origensbrasil.org.br<br />
Red Bull – Summer Edition<br />
Para lançar a Summer Edition, versão da Red Bull com<br />
sabor de frutas tropicais que já era vendida fora do Brasil<br />
e que seria introduzida no país de forma limitada, a<br />
LDC aproveitou a proximidade do início do horário de<br />
verão e criou uma campanha com diversos desdobramentos,<br />
principalmente no ambiente digital. A campanha<br />
iniciou com a hashtag #summeriscoming, exposta<br />
em diversas ativações nas redes sociais. Já o segundo<br />
momento foi centrado na #horaextradeverão, quando<br />
o novo produto foi enviado a influenciadores em<br />
uma caixa com um filtro exclusivo para tirar fotos no<br />
instagram e contou com uma ação no aplicativo Waze,<br />
onde o usuário que estivesse passando próximo de um<br />
parque na cidade de São Paulo recebia a notificação<br />
“como você vai aproveitar sua hora extra de verão?”. A<br />
campanha contou também com uma parceria com a<br />
Deezer, com uma playlist exclusiva da Red Bull para o<br />
verão. O awareness da marca cresceu de forma significativa<br />
no target no período.<br />
DJay<br />
Para provar que é possível explorar outras<br />
formas de comunicação que não só propaganda,<br />
a LDC criou uma startup. A partir<br />
de um projeto com dj’s da Red Bull, a<br />
agência criou o DJay.cc, um software que<br />
transforma a música eletrônica em partitura,<br />
mostrando que dj’s também são<br />
músicos. O objetivo principal era encorajar<br />
músicos profissionais a registrarem<br />
suas performances, ensinar e inspirar<br />
outros músicos, amadores. É também um<br />
espaço colaborativo para DJs e foi desenvolvido<br />
para compartilhar a arte por trás<br />
de uma mixagem.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 31
zap<br />
Fotos: divulgação<br />
Nova categoria<br />
Innovation Group<br />
A Getty Images, líder mundial em comunicação<br />
visual, anuncia a formação<br />
do Innovation Group: divisão de especialistas<br />
focados em atender às necessidades<br />
dos clientes das empresas de<br />
mídia, bem como explorar ainda mais<br />
o crescimento e novos fluxos de receita<br />
dentro do mercado consumidor.<br />
Steve Heck, que ocupava o cargo de<br />
chief technology officer, foi escolhido<br />
como o líder do grupo de especialistas, recebendo agora o título<br />
de senior VP chief innovation officer. Irá desenvolver a prática<br />
Bicampeã<br />
A Neoway conquistou, pelo segundo ano consecutivo,<br />
o Prêmio ABEMD (Associação Brasileira<br />
de Marketing Direto). Em 2015, com o<br />
case da Portobello, e este ano, a premiada foi<br />
a Ceratti, na categoria CRM/Database/Loyalty,<br />
com o case “Ceratti & Neoway – Vender mais e<br />
melhor”. A fabricante de alimentos tinha por<br />
objetivo aumentar a penetração de mercado,<br />
mapear possíveis novos clientes e otimizar o<br />
A Jaguar Land Rover investirá R$ 5 milhões para anunciar<br />
o lançamento do F-Pace, primeiro SUV da marca de luxo. O<br />
montante engloba ações de marketing de experiência, principal<br />
estratégia da companhia, além de campanha publicitária<br />
encabeçada pela agência Babel, que tem previsão de estreia<br />
para setembro. “Um lançamento como este não poderia deixar<br />
de ter mídia, teremos um plano agressivo”, diz Gabriel<br />
Patini, diretor de marketing e produto para América Latina e<br />
Caribe da Jaguar Land Rover. O primeiro SUV da marca, já lançado<br />
em países da Europa, vem com a expectativa de dobrar<br />
as vendas da Jaguar no Brasil neste ano, que só nos primeiros<br />
quatro meses de <strong>2016</strong> já experimentou aumento de 70% nas<br />
vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “Espera-se<br />
que 90% dos clientes do F-Pace sejam novos, que nunca<br />
haviam encontrado na marca algo que os atendessem, apesar<br />
de simpatizantes do Jaguar”, explica Patini. A Jaguar Land<br />
Rover inaugurou este mês em Itatiaia (RJ) sua primeira fábrica<br />
fora do Reino Unido, sob o aporte de R$750 milhões.<br />
de inovação global da Getty Images, liderando<br />
uma dedicada equipe focada<br />
na criação e experimentação com objetivo<br />
de continuar a avançar o portfólio<br />
já existente de produtos da empresa,<br />
bem como desenvolver novas proposições<br />
de consumo. Aproveitando-se dos<br />
consideráveis ativos, conhecimento e<br />
experiência, o grupo será encarregado<br />
de criar produtos e serviços atraentes<br />
que apoiem a missão global da empresa<br />
para continuamente abrir novos caminhos e levar a Getty Images<br />
para o maior público possível.<br />
processo de roteirização da prospecção, visando aumentar<br />
a sua produtividade. A solução da Neoway<br />
contribuiu significativamente para que a equipe alcançasse<br />
o recorde histórico de vendas, crescimento<br />
de market share e aumento do ticket médio. De<br />
acordo com a empresa, o retorno sobre investimento<br />
na ferramenta foi de 72%. Já a efetividade nos leads<br />
foi de 71%, com uma taxa de conversão de 27% e a<br />
abertura de novos clientes cresceu 56%.<br />
32 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Reposionamento<br />
A Natura reposiciona a marca Chronos que completa<br />
30 anos. Muda tudo a partir de um convite<br />
à inclusão de beleza, com uma linha de 37 novos<br />
produtos, entre lançamentos e reformulações<br />
que devem acontecer até o final do ano. Vem<br />
também com nova roupagem que tem logotipo<br />
inspirado no nascimento de Chronos, um resgate<br />
da cosmética-terapia que originou a marca. A<br />
DPZ&T é a agência que comanda a campanha de mídia, cujo aporte<br />
gira em torno de R$ 60 milhões e deve ocorrer até o final de <strong>2016</strong>. Já<br />
está no ar o filme com o conceito de que a beleza não nasce pronta<br />
e não obedece aos padrões, um “Manifesto da Beleza”, resultado<br />
de pesquisa que ouviu, durante todo o ano passado, milhares de<br />
mulheres para entender a fundo qual era a relação de cada uma<br />
delas com a Natura e com a beleza. O plano de mídia mais robusto<br />
deve durar 30 dias, demais ações permanecem até dezembro, segundo<br />
Fernanda Rollo, head global de cuidados faciais da Natura.<br />
Desempenho McCann<br />
Com agências vencedoras<br />
de oito países, a McCann<br />
também conquistou um<br />
Gran Sol de Iberoamérica<br />
(Grand Prix) pela campanha<br />
criada para L’Oréal para o 1º<br />
Dia da Mulher de uma transgênero;<br />
o reconhecimento<br />
da Ideia Mais Audaz (Mídia<br />
Integrada) para uma ação<br />
de conscientização sobre o<br />
câncer de mama criada pela<br />
McCann San José para a rede<br />
varejista Gollo, da Costa<br />
Rica; e a Copa de Iberoamérica<br />
para a McCann Espanha,<br />
por sua campanha para<br />
Jagermeister. Como rede, a<br />
McCann alcançou um total de 217 pontos, resultado da soma<br />
dos prêmios ganhos pela McCann Santiago, McCann Colômbia,<br />
McCann Ecuador, McCann Lima, McCann San José, Mercado<br />
McCann en Argentina, WMcCann en Brasil, Momentum Brasil,<br />
McCann España y The Back Room/McCann España. Além do<br />
Gran Sol de Iberoamérica e da Ideia Mais Audaz, as agências da<br />
McCann ganharam 10 Ouros, 11 Pratas, 15 Bronzes e 19 finalistas.<br />
Caras novas<br />
Com uma equipe sênior formada por 95 profissionais, o design<br />
da Chevrolet trabalha em cima de três pilares: tecnologia, performance<br />
e design, com centro no Brasil. São apenas oito no<br />
mundo. Foi assim para o lançamento da Trailblazer 2017, que<br />
traz 50 inovações em relação ao modelo de <strong>2016</strong>. A fabricante,<br />
que investirá entre 2015 e 2019 mais de R$ 13 bilhões no Brasil,<br />
sendo que metade deste montante será para atualização do<br />
portfólio, com foco em tecnologia, conectividade e eficiência<br />
energética, e o restante para uma nova família que chegará ao<br />
mercado até 2019, está confiante com a retomada no crescimento<br />
nas vendas de veículos. Há sete meses lidera o setor<br />
no país. A nova identidade da GM agora é global e a missão<br />
do time de design é, de acordo com Wagner Montes Cla Dias,<br />
diretor de design criativo da GM do Brasil, oferecer diferenciação<br />
e emoção aos produtos. A Trailblazer tem valor entre<br />
R$ 159 mil a R$ 189 mil, e o público alvo são as famílias com<br />
renda superior a R$ 25 mil, que possuem filhos e mais de um<br />
veículo. A conta publicitária da GM é dividida entre as agências<br />
WMcCann e Publicis.<br />
Trabalhos assinados pela F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />
ganharam um Grand Sol e outros 18 troféus, sendo 6<br />
Ouros, 9 Pratas, 2 Bronzes e um Copa Iberoamérica no<br />
Fiap. A soma coloca a agência comandada por Fabio<br />
Fernandes em segundo lugar na classificação geral do<br />
festival e em primeiro lugar entre as brasileiras. A campanha<br />
criada para Leica Gallery São Paulo, “Everything<br />
in Black & White”, foi a grande vencedora do festival<br />
com um Grand Sol (Grand Prix) na categoria Gráfica e<br />
um Copa Iberoamérica na categoria de Eletrodomésticos<br />
e Eletrônica.<br />
Entre os premiados, destaque para os filmes produzidos<br />
pela FatBastards para Skol: “Equalizer” (1 Prata), “BigodOn”<br />
(1 Ouro e 1 Prata) e “Batalha de Vegas” (1 Prata e<br />
1 Bronze). Completam a lista de conquistas da F/Nazca<br />
trabalhos criados para Honda, Nissin-Ajinomoto, D&AD<br />
e Miami Ad School.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 33
Vaivém<br />
(maio)<br />
A Africa contrata Rodrigo Maroni (no<br />
centro) como VP de planejamento. Nos<br />
últimos anos, o profissional esteve à frente<br />
do planejamento da Wieden+Kennedy<br />
SP, antes liderou o planejamento digital<br />
da DM9DDB. Tem larga experiência internacional,<br />
passou cinco anos em Nova<br />
York, onde trabalhou na JWT e em seguida<br />
na BBH. O executivo lidera equipe de<br />
20 profissionais, que tem como diretores<br />
Marcia Neri e Marina Pires.<br />
A FCB Brasil contrata o diretor<br />
de arte, Rafael Beretta.<br />
O criativo fará dupla com<br />
Romero Cavalcanti, diretor<br />
de criação. Com sete anos de<br />
experiência, o executivo vem<br />
da F/Nazca, onde estava há<br />
três anos. Antes, iniciou sua<br />
carreira na Loducca, onde ficou por<br />
quase quatro anos.<br />
A Audio.ad, empresa de<br />
soluções em publicidade<br />
em áudio digital, contratou<br />
Marcelo Leite (ex-Editora<br />
Globo) como executivo comercial<br />
no Brasil. O profissional<br />
será responsável pelo<br />
atendimento às agências de<br />
publicidade e aos anunciantes, e se reportará<br />
ao diretor geral Bruno Ruffo.<br />
Formado em publicidade e propaganda<br />
e pós-graduado em marketing pela<br />
ESPM, tem mais de 30 anos de experiência<br />
no mercado publicitário, com<br />
passagens por empresas como O Estado<br />
de S. Paulo, Rádio 89 FM, Rádio Na-<br />
34 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
tiva e Rádio Alpha, Grupo Abril, Grupo<br />
Ejesa/Ongoing (Jornais Brasil Econômico,<br />
Marca Brasil, Meia Hora e O Dia)<br />
e Modern Mídia (mídia OOH – Grupo<br />
Bandeirantes).<br />
Enio Kawahara é o novo diretor de arte<br />
da Heads <strong>Propaganda</strong>. Com mais de 15<br />
anos de experiência e passagens por<br />
Age, DM9, Y&R e FCB Brasil, chega para<br />
compor a equipe de Astério Segundo e<br />
Kike Borell. Sua chegada reforça a equipe<br />
de criação do escritório de São Paulo.<br />
O Grupo Ogilvy Brasil promoveu algumas<br />
mudanças em sua estrutura. As novidades<br />
envolvem cargos de liderança<br />
nas agências Ogilvy & Mather, Etco e David.<br />
Karina Ribeiro, que há quatro anos<br />
liderava a operação da David em São Paulo,<br />
assume o cargo de diretora executiva<br />
do Grupo Ogilvy Brasil. Ela começa a trabalhar<br />
diretamente ao lado do presidente<br />
Sergio Amado, com prospecção e identificação<br />
de sinergias entre as agências e de<br />
novas oportunidades dentro dos clientes<br />
que já estão na casa. Para o lugar da executiva,<br />
a David oficializa a contratação de<br />
Sylvia Panico, ex-Grupo Newcomm, que<br />
fica responsável por toda operação em<br />
São Paulo. A executiva foi líder das operações<br />
Grey Brasil, New Energy e ainda<br />
esteve por nove anos na Y&R como diretora-geral<br />
de atendimento, chegando ao<br />
cargo de VP executiva, responsável pelas<br />
áreas de atendimento e mídia. Ainda<br />
tem passagens pela Leo Burnett, JWT e<br />
FCB Brasil. Outra novidade da agência é<br />
a chegada de Daniela Bombonato como<br />
diretora-geral de planejamento. A publicitária<br />
ingressou no grupo em 2001, chegou<br />
a ser head de planejamento da Ogilvy<br />
& Mather e desde 2011 liderava a área na<br />
Etco, agência que tem como principal<br />
cliente o Magazine Luiza. Também tem<br />
passagens pela Thymus Branding e Leo<br />
Burnet. Profissional premiada, ainda é<br />
professora da Miami Ad School no Bootcamp<br />
de planejamento desde 2007.<br />
Leonardo Marçal integra a<br />
criação da FCB como redator.<br />
Há oito anos em São Paulo, o<br />
carioca vem da Africa, onde<br />
estava há um ano e meio, em<br />
sua segunda passagem pela<br />
agência. Antes, passou por<br />
agências como Talent Marcel,<br />
Lew’Lara\TBWA, Loducca (atual<br />
LDC) e DPZ, tendo atendido clientes<br />
como Vivo, ESPN, Budweiser, Santander,<br />
Embratel e Bavaria, entre outros.<br />
A MediaMath, empresa de mídia programática,<br />
anuncia Mario Rubino<br />
como country manager<br />
no Brasil. O executivo, com<br />
mais de 20 anos em experiência<br />
no mercado digital,<br />
assume a liderança no país.<br />
Iniciou sua carreira no mercado<br />
financeiro, integrou o primeiro<br />
time do portal automotivo Web-<br />
Motors, após o round de investimento<br />
feito pela GP Investimentos. Trabalhou<br />
por quatro anos como consultor, ajudando<br />
na consolidação do mercado de<br />
tecnologia no Brasil. Juntou-se ao time<br />
da MediaMath em 2014 criando e consolidando<br />
a área comercial, além de desenvolver<br />
e coordenar a estratégia que<br />
resultou no maior crescimento da empresa<br />
em todo o mundo (1Q <strong>2016</strong> x 1Q<br />
2015), quadro de funcionários triplicado<br />
e com um primeiro trimestre de <strong>2016</strong> totalmente<br />
positivo.
A GPMídia, agência digital full service<br />
com foco em performance, traz quatro<br />
profissionais: a supervisora de business<br />
intelligence Carmen do Prado Leite (ex-<br />
-Predicta), o analista sênior de SEO Fábio<br />
Assis (ex-Agência Mestre), o webdesigner<br />
Alexandre Perez (ex-New Blue),<br />
e a assistente de atendimento Fabrícia<br />
Mariano (ex-Cappuccino). Carmem tem<br />
seis anos de experiência em marketing<br />
digital e especialização em business intelligence,<br />
web analytics e SEO. Passou<br />
pela MXK9, Plano Digital e Predicta. Na<br />
GPMídia, irá trabalhar na área de inteligência<br />
com foco em clientes de varejo,<br />
moda e telecom. Assis está há sete anos<br />
no mercado: começou na agência a RS<br />
Design, passou pela CuboCC e, por úl-<br />
timo, pela Agência Mestre, trabalhando<br />
para clientes como WebMotors, NET e<br />
Mondelez. Na GPMídia ele irá atuar no<br />
planejamento de projetos estratégicos<br />
de SEO. Perez acumula seis anos de<br />
experiência nas áreas de webdesign e<br />
design gráfico, com passagens por empresas<br />
como Pró-Corpo Estética, Rosco<br />
do Brasil e NewBlue. Na agência, entra<br />
para reforçar o time criativo de Recovery.<br />
Já Fabrícia é formada em marketing<br />
e tem quatro anos de experiência<br />
no mercado publicitário e performance,<br />
com passagens por agências como Link<br />
Search e Cappuccino Digital. Vai atuar<br />
no núcleo de contas<br />
de branding/performance<br />
da agência.<br />
Após atuar por<br />
mais de 13 anos no<br />
mercado publicitário<br />
de São Paulo,<br />
o mineiro André<br />
Simões chega à<br />
WMcCann Rio para<br />
assumir a diretoria de mídia da agência.<br />
Em São Paulo, passou pela Ogilvy, Euro<br />
RSCG (Havas), Taterka (DPZ&T) e JWT.<br />
Sua última atuação antes de se mudar<br />
para a capital fluminense foi como head<br />
de mídia na Natura Cosméticos.<br />
Danilo Castro integra o time de mídia<br />
da FCB como diretor para Nivea. Com<br />
mais de 22 anos de experiência na área<br />
de mídia, ele vem da DM9DDB. Antes,<br />
trabalhou, como diretor de mídia, na<br />
Euro RSCG por oito anos, na JWT, Mc-<br />
Cann Erickson e Talent. Também atuou<br />
na Leo Burnett e DPZ.<br />
Novo modelo<br />
Para um mercado que muda a cada dia, novos modelos de<br />
negócio precisam ser pensados. É nessa reinvenção que os<br />
publicitários João Santos, Eduardo Almeida, Dudu Lopes e<br />
Daniel Lopes apostam. Os quatro se uniram para criar a Battery,<br />
focada em criação e produção de conteúdo.<br />
A proposta dos quatro tem formato próprio: “não estamos<br />
levando criativos para dentro de uma produtora, nem produtores<br />
para uma agência. Queremos criar algo do zero e não<br />
somar talentos a uma estrutura pronta. Percebemos que,<br />
unindo forças e deixando fórmulas para trás, é possível chegar<br />
a resultados diferentes no momento em que os clientes<br />
mais precisam de novas soluções”, diz Almeida, responsável<br />
pela estratégia e criação, esta última ao lado de João Santos.<br />
A nova empresa se propõe a repensar os modelos de comunicação<br />
tradicionais, oferecendo soluções que nem sempre<br />
são aquelas que os sócios definem como lineares. Ir além da<br />
criação significa investir também na produção, dando aos<br />
Em pé, João Santos e Dudu Lopes. Sentados, Daniel Lopes e Eduardo Almeida<br />
jobs características autorais. Seguindo esse modelo, a Battery<br />
já está desenvolvendo projetos de conteúdo criativo,<br />
diretamente ou em conjunto com agências, para CBF, Supergasbras<br />
e GSK.<br />
Os quatro sócios atuam no mercado publicitário. Almeida,<br />
que recentemente estava na direção de criação da NBS, presidiu<br />
o Clube de Criação do Rio de Janeiro e tem passagens<br />
por agências como Grey, FCB e Quê. Santos é graduado pelo<br />
New York Institute of Photography, foi diretor de criação<br />
associado da Giacommetti Rio e também atuou no Clube<br />
de Criação do Rio de Janeiro, como VP. Lopes e Daniel são<br />
sócios da Silence, produtora de áudio carioca que continua<br />
operando de forma independente.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 35
Vaivém<br />
(maio)<br />
A agência global Huge, que atende<br />
com serviços de User Experience (UX),<br />
Design, Marketing e Estratégia, reforça<br />
a sua expansão no mercado brasileiro<br />
com a contratação de dois novos<br />
talentos: João Paulo Escobar, o Jota,<br />
como planning director, com foco em<br />
engagement, loyalty e social; e Silvia<br />
Melo, para o cargo de associate experience<br />
director. Ambos vão integrar o<br />
novo escritório da Huge em São Paulo,<br />
sob o comando do General Manager<br />
Daniel Tártaro. Com passagens pelo<br />
planejamento das agências OgilvyOne<br />
e Havas.<br />
Com mais de 15 anos de experiência<br />
no mercado publicitário, Eduardo Megale<br />
(direita) é o novo diretor de atendimento<br />
da Artplan em São Paulo. Há<br />
quase um ano respondia como diretor<br />
de contas na agência e dedicou seu<br />
trabalho a clientes dos mais diversos<br />
segmentos, além de ter atuado na área<br />
de marketing da Peugeot. Na Artplan o<br />
profissional respondia pelas contas de<br />
Amanco e Elo, e agora passa a ser responsável<br />
pela gestão de todos os clientes<br />
da agência na área de atendimento.<br />
36 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
F/Nazca Saatchi & Saatchi anuncia a<br />
promoção de Toni Fernandes e Leonardo<br />
Claret, ambos na agência desde<br />
2012, à posição de diretores de criação.<br />
Fernandes, redator, e Leo, diretor de<br />
arte, trabalham juntos desde 2007 e<br />
quando chegaram à F/Nazca vinham<br />
de cinco anos de trabalho conjunto na<br />
Lew’Lara/TBWA. Ao logo de suas carreiras<br />
conquistaram diversos prêmios<br />
nacionais e internacionais, como Leões<br />
em Cannes e Estrelas no Clube de<br />
Criação, entre outros.<br />
A Leo Burnett Tailor<br />
Made contrata Fabio<br />
Nagano para reforçar<br />
a equipe criativa da<br />
agência. Recém-chegado<br />
da DM9DDB,<br />
onde atuou por um<br />
ano e meio, o criativo<br />
assume o cargo de redator na equipe<br />
comandada pelos diretores de criação<br />
Vinicius Stanzione e Pedro Utzeri, sob<br />
a direção geral de criação de Marcelo<br />
Reis. Esta é a segunda passagem do publicitário<br />
pela LBTM, a primeira foi entre<br />
2006 e 2011 também como redator.<br />
Formado em publicidade e propaganda<br />
pela Universidade Metodista, Nagano<br />
acumula passagens pelas agências<br />
Lew’Lara\TBWA, Ogilvy e W/Brasil.<br />
A W3haus de Tiago Ritter e Chico<br />
Baldini cria a vice-presidência de conteúdo,<br />
liderada por Larissa Magrisso.<br />
Sob o seu comando está uma equipe<br />
de 20 profissionais com diferentes<br />
perfis atuando nas áreas de estratégia<br />
e produção de conteúdo multiplataforma,<br />
community management e social<br />
listening.<br />
A Dim & Canzian contrata Lucas Padilha,<br />
como Front-End Developer, profissional<br />
que chega para fazer parte do time de<br />
tecnologia da agência, e Lucas Melim que<br />
integrará a equipe de planejamento. Padilha<br />
tem passagens pela Bikoo Startup,<br />
Brother Cast Comunicação e AlmapBB-<br />
DO. Já Melim passou pela Jüssi, Rapp Brasil<br />
e GSK Marketing Brasil.<br />
A Mood\TBWA anuncia a contratação<br />
do redator curitibano Benny Hirsch.<br />
Formado em publicidade e propaganda<br />
pela Universidade Positivo<br />
de Curitiba, o redator chegou à cidade<br />
de São Paulo com o objetivo de cursar<br />
a Miami Ad School/ESPM. Nesse período,<br />
ingressou também na Lew’Lara\<br />
TBWA.<br />
A REF+T contratou Will Prestes (ex-<br />
-Getup) como diretor de planejamento.<br />
Com 20 anos de carreira, tem uma ampla<br />
experiência no mercado de comunicação<br />
com atuação em mídia digital,<br />
planejamento estratégico, criação e<br />
inovação, design e desenvolvimento<br />
de experiências e produto.<br />
A F.biz contrata Rafaela Queiroz como<br />
diretora de mídia do grupo. A publicitária<br />
chega para comandar uma equipe formada<br />
por mais de 20 pessoas. Nos últimos<br />
dois anos atendeu as marcas Brasil Kirin,<br />
Camisaria Colombo e Kimberly-Clark por<br />
meio da ABC do Estilo, consultoria de marketing<br />
criada por ela em 2013.
QUEM NÃO PARTICIPA PERDE A VEZ.<br />
15º MARKETING BEST SUSTENTABILIDADE<br />
INSCREVA SEU CASE<br />
Um prêmio da Editora Referência e<br />
do MadiaMundoMarketing<br />
INSCRIÇÕES: marketingbest.com.br
Agência<br />
(BP One)<br />
Equipe da BP One<br />
> por Suzi Cavalari<br />
fotos divulgação<br />
Em ação<br />
Agência de live marketing do interior<br />
de São Paulo expande operação<br />
A princípio era um sonho no interior de São Paulo. Quase três<br />
anos depois, o desafio é administrar o rápido crescimento<br />
da BP One, agência de live marketing de Ribeirão Preto, que<br />
no próximo mês abre dois novos escritórios: em São Paulo e<br />
Curitiba. A projeção é de crescer 100%, parte do aumento da<br />
receita vem de ações ligadas às Olimpíadas para Ambev, Oi<br />
e Cyrela, esta última recém-conquistada. Num mercado que<br />
movimenta mais de R$ 40 bilhões ao ano, a mensuração de<br />
resultados também é outro desafio. Para tanto, a agência adquiriu<br />
há um mês a Absoluta, empresa de tecnologia também<br />
do interior de São Paulo, que faz todo o sistema de gestão<br />
para acompanhar o andamento das campanhas. O modelo de<br />
negócios da BP One prevê atendimento da cadeia como um<br />
todo: criação, planejamento, produção,<br />
execução, logística e ativação. Para isso,<br />
conta com seis empresas parceiras e o<br />
suporte do Grupo Banana’s.<br />
A BP One faz parte do Grupo Banana’s<br />
dos sócios Alysson Peixoto, Luit Marques<br />
e Marcelo Rocci, que possuem<br />
as empresas: Bananas Eventos, produtora<br />
de eventos; B3 e Luit & Rocci,<br />
empresas de apoio para infra, gestão<br />
e operação; Cauliflora, espaço<br />
de eventos; Loja Via Mia, franquia<br />
de calçados e acessórios femininos,<br />
além da Vita Tour, agência de turismo.<br />
De acordo com Peixoto, a história<br />
toda partiu de um projeto à Ambev na<br />
Copa do Mundo em 2014, quando ainda<br />
o Grupo fazia live marketing pela<br />
unidade de marketing promocional<br />
da produtora Banana’s Eventos. Foi<br />
38 propaganda | junho <strong>2016</strong>
a ação do Cinturão da Copa, envolvendo quase 500 pontos<br />
de vendas em 12 capitais. Os bares se localizavam no<br />
entorno num raio de até três quilômetros. “Não posso<br />
deixar de falar na Ambev, que foi nossa primeira cliente.<br />
Primeiro grande projeto que atuamos com o grupo inteiro:<br />
criamos, planejamos, produzimos, projetamos, operamos<br />
logisticamente, além de iniciar a mensuração, ainda sem a<br />
empresa de gestão. Foi um projeto vencedor que abriu caminho<br />
para iniciarmos uma história”, explica o executivo.<br />
Alguns valores da gigante fabricante de bebidas foram,<br />
inclusive, incorporados à BP One: meritocracia, esquema<br />
de bônus, metas, por exemplo, além de três diretores virarem<br />
sócios do negócio. Eram apenas cinco colaboradores,<br />
atualmente são 50, atendendo a clientes como Oi, Vans,<br />
Ambev, Syngenta, Minerva, Souza Cruz, etc.<br />
A unidade de marketing promocional que começou dentro<br />
do Banana’s foi separada para ter uma gestão independente<br />
comandada atualmente por Peixoto. “Foi muito mais rápido<br />
do que imaginávamos. Tínhamos dois caminhos que considerávamos<br />
relevantes à nova empresa: inverter o processo construtivo<br />
da cadeia de uma agência, ou seja, uma agência de live<br />
marketing pensa em primeiro lugar na contratação dos melhores<br />
criativos, atendimento, escritório bacana, mas nós não<br />
tínhamos condições para isso, nem de trazer os profissionais,<br />
pois queríamos manter a matriz em Ribeirão, então construímos<br />
modelos de negócios com parceiros associados permitindo<br />
criar, planejar, produzir. Tenho duas indústrias associadas<br />
de comunicação visual, merchandising e tecnologia aplicada,<br />
uma unidade de operação e logística, um profissional que dirige<br />
52 coligadas, e incorporamos recentemente uma empresa<br />
de sistema de gestão e tecnologia, com a qual eu consigo mensurar<br />
qualquer atividade. Por exemplo, temos um projeto com<br />
a Ambev do mini RGB com três mil pontos de vendas, com um<br />
controle de gestão de KPIs de tudo que vai desde a produção<br />
na indústria à ativação no PDV”.<br />
“Era um sonho, criar, planejar, produzir, operar logisticamente<br />
e positivar, além de mensurar tudo isso. Temos hoje parceiras<br />
em que já representamos 70% do faturamento delas.<br />
Posso trabalhar o todo ou pontualmente. Passamos a ter inteligência<br />
industrial porque algumas soluções no PDV, quando<br />
vamos fazer em larga escala, algumas peças encarecem. Conseguimos<br />
ter solução em material com a mesma intensidade e<br />
comunicação desejável com valor 10 vezes menor”.<br />
A meta de expansão da BP One é agressiva, abrir até 2018 escritórios<br />
no Centro-Oeste, Sul e Nordeste, esta última, porque<br />
as empresas que são atendidas pela BP One têm suas filiais por<br />
lá. O faturamento da agência no ano passado foi de R$ 11 milhões,<br />
a meta para <strong>2016</strong> é de R$ 20 milhões.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 39
Especial<br />
(Cannes)<br />
Façam suas<br />
apostas<br />
Expectativas das brasileiras mais<br />
premiadas da história de Cannes<br />
Categoria 2015 <strong>2016</strong><br />
Creative Data Lions 619 715<br />
Creative Effectiveness Lions 160 109<br />
Cyber Lions 3.738 2.886<br />
Design Lions 2.409 2.857<br />
Digital Craft Lions - 1.150<br />
Direct Lions 2.813 3.097<br />
Entertainment Lions 1.394 1.843<br />
Entertainment Lions for Music - 637<br />
Film Lions 3.070 2.801<br />
Film Craft Lions 2.205 2.315<br />
Glass: The Lion for Change 166 155<br />
Health & Wellness Lions 1.430 2.024<br />
Innovation Lions 226 381<br />
Integrated Lions - 279<br />
Media Lions 3.179 2.986<br />
Mobile Lions 1.246 1.259<br />
Outdoor Lions 5.037 5.365<br />
Pharma Lions 432 583<br />
PR Lions 1.969 2.224<br />
Print & Publishing Lions 4.470 3.775<br />
Product Design Lions 280 538<br />
Promo & Activation Lions 3.196 3.458<br />
Radio Lions 1.720 1.410<br />
Titanium Lions 374 254<br />
TOTAL 40.133 43.101<br />
A 63ª edição do Festival de Cannes teve aumento de 7% no total de peças inscritas<br />
em relação ao ano passado, com 43.101 trabalhos, um recorde histórico<br />
para o evento. Porém, para o Brasil houve um decréscimo de 10%. A recessão<br />
econômica que enfrenta o país pode ser um dos motivos, segundo Philip Thomas,<br />
CEO do Cannes Lions. As 10 agências brasileiras mais premiadas no evento,<br />
ouvidas pela <strong>Propaganda</strong> confirmaram redução no número de peças inscritas.<br />
Elas destacaram que a aposta será em “qualidade” não em “quantidade”.<br />
No Festival como um todo, houve crescimento em 18 das 24 categorias, com<br />
destaque para Product Design Lions (92% de alta), além de aumento em prêmios<br />
associados às três competições especializadas: Lions Entertainment,<br />
Lions Innovation and Lions Health. Entertainment Lions (anteriormente<br />
denominado Branded Content & Entertainment) cresceu 32%, com 1.843<br />
inscrições, enquanto que o novo Entertainment Lions for Music atraiu 637<br />
inscrições. Os dois prêmios ligados ao Lions Innovation também apresentaram<br />
crescimento. Creative Data Lions teve aumento de 16% nas inscrições e<br />
Innovation Lions, 69%.<br />
Os Pharma Lions e Health & Wellness Lions, mais uma vez apresentaram<br />
um aumento significativo (+35% e +42%, respectivamente), com um total de<br />
2.607 trabalhos inscritos. O novo Digital Craft Lions recebeu 1.150 inscrições;<br />
Film Craft apresentou aumento de até 5%; e as categorias Craft dentro de outros<br />
Lions também se destacaram este ano (veja quadro ao lado). O Festival<br />
acontece entre os dias 18 e 25 deste mês. Confira nas próximas páginas a expectativa<br />
das sete agências brasileiras mais premiadas da história do Festival,<br />
além de suas apostas.<br />
40 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Outdoors exibem retratos de vítimas de Mariana<br />
AlmapBBDO (1972-2015)<br />
A mais premiada<br />
807 pontos – 1GP/ 36 Ouros/ 49 Pratas /100 Bronzes<br />
Peças inscritas: não revelada<br />
Apostas<br />
14 anos de Pedigree; a arte nunca esquece Panamericana;<br />
despertar C&A; filme global Havaianas; Getty<br />
Imagens; guerra Dr Scholl; HP Magic Words; mulher Dr<br />
Scholl; pai Volkswagen e PÇ na porta VW.<br />
Luiz Sanches, sócio-diretor geral de criação<br />
“Magic Words”, o livro de quem nunca escreveu<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 41
Especial<br />
(Cannes)<br />
Sport Club Recife<br />
Ogilvy & Mather (1981-2015)<br />
2ª mais premiada<br />
593 Pontos – 2 GPs/ 36 Ouros/ 33 Pratas/ 52 Bronzes<br />
Sendo 103 Leões conquistados em seis edições (2010-2015)<br />
Peças inscritas: Será 20% menor que de 2015<br />
Expectativa<br />
“Sem dúvida pelo nosso desempenho, mas além das nossas<br />
peças, é sempre grande a expectativa em ver para qual direção<br />
o mercado foi neste último ano e irá no próximo, principalmente<br />
em categorias como Cyber, Mobile e Innovation<br />
Lions, mas também nas mais tradicionais como promo ou<br />
direct”.<br />
Aposta<br />
“Acho que o nosso favorito é o case “Adote um PequenoTorcedor”,<br />
do Sport Clube do Recife, que juntou pais e crianças<br />
para adoção graças à paixão em comum pelo time, com<br />
17 crianças adotadas e já<br />
vivendo com suas novas<br />
famílias”.<br />
Claudio Lima, VP nacional de criação<br />
Atribuição x desempenho<br />
“O conjunto. Tivemos muitas<br />
mudanças criativas nos<br />
últimos anos, mas a Ogilvy<br />
continua ganhando, graças<br />
principalmente à união de<br />
vários departamentos da<br />
agência, que mantêm a máquina<br />
em movimento. Ou<br />
seja, é uma integração de<br />
todas as áreas, que trabalham<br />
juntas e unem forças<br />
para o sucesso de uma<br />
campanha”.<br />
Segredo BIC<br />
Young & Rubicam (1978 – 2015)<br />
5ª mais premiada<br />
244 pontos – 3 Ouros/ 23 Pratas/ 36 Bronzes<br />
Peças inscritas: não revelada<br />
Expectativa<br />
“Além da premiação, o Festival é uma excelente fonte de<br />
inspiração para novas ideias, um observatório de tendências<br />
e, claro, oportunidade de relacionamento. É o ponto de<br />
encontro anual do mercado publicitário e de entretenimento<br />
do mundo todo”.<br />
Aposta<br />
“Temos uma série de campanhas com potencial para prêmio.<br />
Mas se for para definir alguma ‘aposta’, gosto bastante<br />
do “Segredo”, criado para BIC. Independentemente de ganhar<br />
prêmio ou não, é uma ação que reflete a criatividade<br />
que cultuamos”.<br />
Atribuição x desempenho<br />
“Se trata de um trabalho<br />
de construção iniciado<br />
há alguns anos, com base<br />
em dois fatores principais:<br />
aproximamos a criação do<br />
planejamento para produzir<br />
insights poderosos. E<br />
continuamos numa busca<br />
permanente de excelência<br />
no craft”.<br />
David Laloum, presidente<br />
42 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Estadão<br />
FCB (1998 – 2015)<br />
6ª mais premiada<br />
229 pontos – 1 GP/ 13 Ouros/ 16 Pratas/<br />
16 Bronzes<br />
Peças inscritas: pouco menor em relação<br />
a 2015, priorizando qualidade<br />
Expectativa<br />
“Cannes é um Festival excelente para ver<br />
tudo de legal que está acontecendo no<br />
mercado. Trabalhos, tendências, opiniões<br />
de gente que festeja a criatividade no<br />
mundo todo”.<br />
Estadão<br />
Aposta<br />
“Difícil fazer apostas quando não sabemos<br />
todos os trabalhos que estarão concorrendo.<br />
Então vou falar dos trabalhos<br />
que achamos supercompetitivos como<br />
Nivea doll, ainda em algumas categorias<br />
que avaliam resultados. Além do “#7minutos1denuncia”<br />
e do “Songs of violence”<br />
feitos para o Estadão, que nos dão um<br />
orgulho danado”.<br />
Atribuição x desempenho<br />
“Um trabalho criativo e estratégico feito<br />
sempre com muita participação e coragem<br />
do cliente. Critério”.<br />
Joana Monteiro, CCO<br />
Nivea Doll<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 43
Jeep Renegade<br />
Leo Burnett Tailor Made (2000 – 2015)<br />
7ª mais premiada<br />
226 pontos – 7 Ouros/ 21 Pratas/ 24 Bronzes<br />
Peças inscritas: 150<br />
Expectativa<br />
“Que seja um momento de reflexão da nossa dinâmica criativa e<br />
de aprender com as best practices do mercado internacional”.<br />
Aposta<br />
“Estamos apostando muito na Galaxy<br />
Surfboard para Samsung e no Vigilant<br />
Wallpaper para Jeep. São peças<br />
inovadoras, para grandes marcas, e<br />
foram bem recebidas pelo público-<br />
-alvo.”<br />
Atribuição x desempenho<br />
“Ao nosso trabalho de entendimento<br />
do negócio do cliente e o foco em<br />
ideias criativas e relevantes para os<br />
clientes. A palavra que mais resume<br />
tudo isso são, na verdade, duas: insatisfação<br />
constante”.<br />
44 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
Marcelo Reis, copresidente
Tramontina<br />
J. Walter Thompson (2000-2015)<br />
9ª mais premiada<br />
159 pontos – 4 Ouros/ 13 Pratas/ 22 Bronzes<br />
Peças inscritas: pouco menor em relação a 2015.<br />
Expectativa<br />
“O Brasil é um país que sabe jogar esse jogo, que leva isso<br />
mais a sério do que qualquer outro no mundo, que tem um<br />
número absurdo de inscrições, de profissionais dedicados e<br />
que que sabem fazer bons cases. Essa mistura de criatividade<br />
e vontade do brasileiro de ganhar Leão faz com que ele<br />
sempre se dê bem no final das contas”.<br />
Aposta<br />
“Test Drive do Bem para Tramontina e No Pulso do Brasil,<br />
para o Instituto Ayrton Senna, são bons exemplos. ”<br />
Atribuição x desempenho<br />
Trabalho, muito trabalho. Sobre o forte da agência, nada<br />
muito diferente: trabalho.<br />
Instituto Ayrton Senna<br />
Ricardo John, CCO para Brasil e América do Sul<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 45
Especial<br />
(Cannes)<br />
LDC (2003-2015)<br />
10º mais premiada<br />
137 pontos – 6 Ouros/ 7 Pratas/ 20 Bronzes<br />
Peças inscritas: 99 versos 32 no ano passado<br />
Guga Ketzer, presidente (legenda da foto)<br />
Apostas<br />
Categoria Mobile, pelo maior número de inscrição de peça<br />
(16), seguido de Digital Craft (15)<br />
Instituto Guga Kuerten<br />
LDC (2003-2015)<br />
10ª mais premiada<br />
137 pontos – 6 Ouros/ 7 Pratas/ 20 Bronzes<br />
Peças inscritas: 99 versos 32 no ano passado<br />
Apostas<br />
“Na categoria Mobile, pelo maior número de inscrições de<br />
peça (16), seguido de Digital Craft (15)”. Alchemist (Paulo<br />
Coelho), Tennis Court (Guga Kuerten), Djay, Origens Brasil<br />
(Imaflora), Beer, forwater (Waves 4 Water), The match racquets<br />
(Guga Kuerten), #Immigrant (Refunite), Words to Watch<br />
(Easy Way Language Center), Money Talk (Roc Nation)<br />
Guga Ketzer, sócio-presidente<br />
Imaflora<br />
46 propaganda | junho <strong>2016</strong>
www.arnoldi.com.br<br />
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Rádios de Comunicação<br />
Venda, locação e assistência técnica
Pesquisa<br />
(Ranking BrandZ)<br />
As mais valiosas<br />
O Ranking BrandZ das 50 marcas<br />
mais valiosas e mais fortes do Brasil,<br />
estudo encomendado pelo WPP,<br />
completa 10 anos<br />
Há uma década o estudo encomendado pelo grupo WPP, o<br />
Ranking BrandZ das 50 marcas mais valiosas e mais fortes<br />
do Brasil, traz uma seleção de grandes companhias que<br />
investem na construção de marca. Parte deste esforço é creditado<br />
às agências de comunicação. “É o único ranking de<br />
valor de marca que utiliza uma pesquisa de mercado com<br />
consumidores (Brandz) e, em muitos casos, as agências de<br />
publicidade têm um papel muito importante na construção<br />
deste ativo”, explica Eduardo Tomiya, diretor-geral da<br />
Millward Brown Vermeer no Brasil, instituto responsável<br />
pelo levantamento.<br />
Entre os destaques ao longo da década, está o Bradesco, grande<br />
vencedor do período, apesar deste ano figurar em quarto<br />
lugar. A marca patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos<br />
Rio <strong>2016</strong>, com valor estimado em R$ 153 bilhões, é atendida<br />
por cinco agências de publicidade: a WMcCann (atende<br />
a área institucional, esportes e segmentos, desde 2012), a<br />
Y&R (produtos, desde 2004), a F&Q Brasil (empresas ligadas,<br />
desde 2000), a Mcgarrybowen (online institucional, desde<br />
2004) e a One digital (online produtos, desde 2005). Segundo<br />
Washington Olivetto, chairman da W/McCann, há alguns<br />
grandes motivos para o desempenho da marca. “A coerência<br />
absoluta do seu marketing e comunicação, a manutenção da<br />
sua abrangência nacional e de suas características de instituição<br />
absolutamente democrática e a reafirmação de todos<br />
esses valores cotidianamente, por meio de campanhas sólidas<br />
e consistentes. Nos últimos anos, particularmente pela<br />
campanha Bra, que só poderia ser assinada por quem tem o<br />
Bra de Brasil no nome: o Bradesco”, explica.<br />
Outro destaque é a Skol, marca do portfólio da AB Inbev que<br />
se mantém na liderança pelo quarto ano consecutivo, avaliada<br />
em mais de R$ 23 bilhões. A conta da fabricante de cerveja<br />
é dividida entre as agências F/Nazca (pilsen) e a Wieden<br />
+ Kennedy São Paulo (Skol Beats e portfólio), além da<br />
The Marketing Store que cuida das ações de PDV da empresa.<br />
Eduardo Tomiya, diretor-geral da Millward Brown<br />
Vermeer no Brasil<br />
“Inúmeros fatores mantêm a Skol líder<br />
de mercado há tantos anos e as campanhas<br />
certamente fazem parte desse<br />
cenário. A busca por formatos e propagandas<br />
inovadoras sempre foi uma<br />
premissa da comunicação da Skol.<br />
Busca oferecer ao público situações<br />
nas quais se identificam, se surpreendam<br />
e se divirtam. O objetivo é sempre<br />
surpreender, nos renovando para manter<br />
maior proximidade e identidade<br />
com o consumidor. Essa é uma das características<br />
que diferencia a marca. Os<br />
aspectos mais relevantes em uma comunicação<br />
são a consistência e a ousadia<br />
das mensagens que passamos”, diz<br />
Fernando Bayeux, gerente de marketing<br />
de Skol. Em seguida, do mesmo<br />
segmento e companhia, está a Brahma<br />
na segunda posição do ranking das<br />
mais valiosas, com valor estimado de<br />
mercado superior a R$ 11 bilhões. Deu<br />
um salto de duas posições em relação<br />
a 2015. É atendida pelas agências Africa<br />
(on e off-line) e a Vice (projeto da<br />
plataforma SRTNJ: de interação com o<br />
público).<br />
Na terceira posição aparece a marca<br />
Sadia da BRF, avaliada em mais de<br />
48 propaganda | junho <strong>2016</strong>
BrandZ Top 50 Brasil<br />
em USD MM<br />
# Marca Indústria<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
19<br />
20<br />
21<br />
22<br />
23<br />
24<br />
25<br />
Skol<br />
Brahma<br />
Sadia<br />
Bradesco<br />
Itaú<br />
Antarctica<br />
Bohemia<br />
Natura<br />
Ipiranga<br />
Cielo<br />
Petrobras<br />
Lojas Americanas<br />
Vivo<br />
Porto Seguro<br />
Seara<br />
Amil<br />
Perdigão<br />
Iguatemi<br />
Pão de Açúcar<br />
Smiles<br />
Vigor<br />
Schincariol<br />
Drogasil<br />
Multiplus<br />
Lojas Renner<br />
Beer<br />
Beer<br />
Food<br />
Financial Institution<br />
Financial Institution<br />
Beer<br />
Beer<br />
Cosmetics<br />
Retail<br />
Credit Cards<br />
Energy<br />
Retail<br />
Communication Providers<br />
Insurance<br />
Food<br />
Healthcare<br />
Food<br />
Retail<br />
Retail<br />
Loyalty Programs<br />
Food<br />
Beer<br />
Drugstores<br />
Loyalty Programs<br />
Retail<br />
Valor da Marca<br />
2014<br />
8,500<br />
4,185<br />
2,757<br />
5,202<br />
4,315<br />
1,859<br />
1,309<br />
1,700<br />
1,072<br />
941<br />
821<br />
843<br />
541<br />
779<br />
436<br />
472<br />
540<br />
472<br />
558<br />
493<br />
-<br />
607<br />
256<br />
401<br />
320<br />
Valor da Marca<br />
2015<br />
6,743<br />
3,269<br />
2,010<br />
1,920<br />
1,875<br />
1,383<br />
1,153<br />
826<br />
824<br />
664<br />
659<br />
588<br />
548<br />
544<br />
432<br />
421<br />
416<br />
323<br />
307<br />
290<br />
288<br />
281<br />
281<br />
270<br />
255<br />
Variação %<br />
2014/2015<br />
-20.7%<br />
-21.9%<br />
-27.1%<br />
-63.1%<br />
-56.6%<br />
-25.6%<br />
-11.9%<br />
-51.4%<br />
-23.1%<br />
-29.4%<br />
-19.7%<br />
-30.3%<br />
1.4%<br />
-30.2%<br />
-0.9%<br />
-10.8%<br />
-22.9%<br />
-31.6%<br />
-44.9%<br />
-41.2%<br />
N/A<br />
-53.7%<br />
9.8%<br />
-32.7%<br />
-20.3%<br />
Variação na<br />
Posição<br />
0<br />
2<br />
2<br />
-2<br />
-2<br />
0<br />
1<br />
-1<br />
1<br />
1<br />
2<br />
0<br />
6<br />
0<br />
12<br />
6<br />
3<br />
5<br />
-1<br />
1<br />
NEW<br />
-6<br />
15<br />
4<br />
8<br />
“A coerência absoluta do<br />
seu marketing e<br />
comunicação, a<br />
manutenção da sua<br />
abrangência nacional e<br />
de suas características de<br />
instituição absolutamente<br />
democrática e a<br />
reafirmação de todos esses<br />
valores cotidianamente, por<br />
meio de campanhas<br />
sólidas e consistentes.<br />
Nos últimos anos,<br />
particularmente pela<br />
campanha Bra, que só<br />
poderia ser assinada por<br />
quem tem o Bra de Brasil no<br />
nome: o Bradesco”<br />
(Washington Olivetto)<br />
26<br />
27<br />
28<br />
Totvs<br />
Casas Bahia<br />
Droga Raia<br />
Information Technology<br />
Retail<br />
Drugstores<br />
439<br />
605<br />
198<br />
233<br />
222<br />
218<br />
-47.0%<br />
-63.3%<br />
9.8%<br />
0<br />
-10<br />
18<br />
R$ 7 bilhões. A gigante do setor de alimentos<br />
concentra suas campanhas na<br />
29<br />
30<br />
31<br />
32<br />
33<br />
34<br />
35<br />
Embraer<br />
Odontoprev<br />
Buscapé<br />
Vale<br />
Localiza<br />
CVC<br />
Magazine Luiza<br />
Aviation<br />
Healthcare<br />
Searching Engine<br />
Mining<br />
Car Rental<br />
Travel Agency<br />
Retail<br />
374<br />
312<br />
395<br />
467<br />
369<br />
224<br />
310<br />
215<br />
208<br />
205<br />
190<br />
157<br />
153<br />
151<br />
-42.4%<br />
-33.3%<br />
-48.0%<br />
-59.4%<br />
-57.5%<br />
-31.6%<br />
-51.2%<br />
2<br />
4<br />
-2<br />
-8<br />
-1<br />
7<br />
0<br />
F/Nazca, já no que diz respeito a marketing<br />
digital fica por conta da LiveAD.<br />
A Sadia saltou duas posições em comparação<br />
a 2015. “Percebemos poucas<br />
mudanças no estudo deste ano com<br />
relação ao ano passado. Isso demons-<br />
36<br />
37<br />
38<br />
39<br />
40<br />
41<br />
42<br />
Gol<br />
Anhanguera<br />
BMF Bovespa<br />
Havaianas<br />
Oi<br />
Extra<br />
BTG Pactual<br />
Airline<br />
Education<br />
Stock Exchange<br />
Fashion<br />
Communication Providers<br />
Retail<br />
Financial Institution<br />
205<br />
457<br />
219<br />
218<br />
-<br />
381<br />
1,118<br />
150<br />
140<br />
134<br />
128<br />
126<br />
123<br />
120<br />
-26.8%<br />
-69.4%<br />
-38.7%<br />
-41.6%<br />
N/A<br />
-67.7%<br />
-89.2%<br />
9<br />
-12<br />
4<br />
4<br />
NEW<br />
-11<br />
-33<br />
tra que as empresas continuam em seu<br />
propósito de marca e entregando valor<br />
para os seus acionistas”, diz Tomiya.<br />
No geral, em comemoração aos 10 anos<br />
de ranking, o BrandZ também calculou<br />
o desempenho das marcas desde a<br />
43<br />
44<br />
45<br />
46<br />
47<br />
48<br />
49<br />
TAM<br />
Fleury<br />
Friboi<br />
Estacio<br />
Adria<br />
Bompreço<br />
Taeq<br />
Airline<br />
Healthcare<br />
Food<br />
Education<br />
Food<br />
Retail<br />
Food<br />
176<br />
-<br />
198<br />
301<br />
210<br />
244<br />
254<br />
104<br />
97<br />
93<br />
91<br />
82<br />
82<br />
78<br />
-40.9%<br />
N/A<br />
-52.8%<br />
-69.7%<br />
-61.0%<br />
-66.5%<br />
-69.4%<br />
7<br />
NEW<br />
2<br />
-10<br />
-3<br />
-8<br />
-10<br />
sua primeira edição. Na década, o grande<br />
vencedor é o Bradesco, seguido ainda<br />
por Itaú, Petrobras, Skol e Banco do<br />
Brasil. Já o Google assume novamente<br />
o topo de marcas mais fortes, que havia<br />
perdido para o Facebook no ano passa-<br />
50<br />
Arezzo<br />
Fashion<br />
193<br />
75<br />
-61.0%<br />
-2<br />
do. Confira a lista completa ao lado.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 49
Campanha<br />
(Fleurity)<br />
Quebra de paradigmas<br />
Empresa brasileira quer conquistar fatia de mercado<br />
dominado por multinacionais<br />
> por Suzi Cavalari<br />
fotos divulgação<br />
Uma parceria entre a Bordo Comunicação, Montenipper<br />
Productions, estúdio Beto Gatti, além da House Agency<br />
da Eco, propõe uma comunicação para quebrar tabus e<br />
ganhar uma fatia de mercado que atualmente é dominado<br />
por multinacionais. A protagonista da campanha é a<br />
atriz Flávia Alessandra; as grandes companhias são, por<br />
exemplo, P&G e Johnson & Johnson que detêm as marcas<br />
Always e Sempre Livre, respectivamente; o produto em<br />
questão é o Fleurity, marca norte-americana de coletor<br />
menstrual, que desde o ano passado<br />
está sendo fabricado e comercializado<br />
no Brasil pela Eco em conjunto<br />
com o Grupo Neo.<br />
Trata-se de um coletor de silicone<br />
(hipoalergênico da Dow Corning)<br />
que tem como missão a quebra de<br />
paradigmas no Brasil, segundo Rafael<br />
Born, diretor da Fleurity e Carlos<br />
50 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Dieter, diretor comercial de marketing<br />
da empresa. “É um assunto que é considerado<br />
tabu, principalmente por ser<br />
‘automático’, a menina teve sua primeira<br />
menstruação e já começa a utilizar o<br />
absorvente. Nossa campanha é voltada a<br />
essa quebra de paradigmas. Focamos em<br />
mostrar as mulheres que o coletor é uma<br />
solução para se sentirem livres no período<br />
menstrual. Apresentamos as vantagens<br />
do produto, em relação à higiene,<br />
economia, conforto, liberdade e sustentabilidade.<br />
É um trabalho crescente,<br />
em que o resultado virá a médio e longo<br />
prazo, mas já estamos colhendo ótimos<br />
frutos, visto que estamos no mercado a<br />
apenas oito meses”, explicam.<br />
A comunicação sobre a marca teve início<br />
em outubro do ano passado. A campanha<br />
de vendas, no mês seguinte, focada<br />
em conteúdos digitais, redes sociais e<br />
via assessoria de imprensa. O principal<br />
desafio do novo produto é conseguir<br />
convencer as mulheres a trocarem o<br />
absorvente comum pelo coletor. Para<br />
tanto os executivos apostam em Flavia<br />
Alessandra. “Idealizamos uma mulher<br />
que pudesse transmitir uma essência<br />
única, levando confiança e tranquilidade<br />
para o universo feminino”, afirmam.<br />
“É uma honra representar essa tendência<br />
mundial de cuidados femininos e<br />
poder mostrar novas possibilidades às<br />
mulheres”, afirma a atriz.<br />
Ecológico, econômico, seguro e confortável,<br />
o produto quer deixar para trás<br />
o status de “novidade” para se firmar<br />
como o queridinho de mulheres das<br />
mais diferentes idades, apesar de hoje<br />
ter como consumidoras jovens entre 18-<br />
24 anos, lifestyle. “Como trabalhamos<br />
muito forte o mercado on-line, conseguimos<br />
segmentar muito bem nossas<br />
Rafael Born, diretor da Fleurity<br />
ações”, diz Carlos. O copo de silicone<br />
que chegou para competir com os absorventes<br />
externos e internos tem vantagem<br />
de ter a duração de 10 anos – durante<br />
a vida fértil, uma mulher usa entre<br />
10 e 15 mil absorventes; a praticidade<br />
de passar até 12 horas sem precisar trocar;<br />
ser mais higiênico; não causa odor;<br />
além da promessa do fim das alergias e<br />
pruridos que costumam acompanhar o<br />
ciclo menstrual. Com preço médio de<br />
R$ 80, a meta é atingir 500 mil unidades<br />
vendidas até o final de 2017.<br />
Carlos Dieter, diretor comercial e marketing<br />
“O mercado de coletores ainda é muito<br />
pequeno, se comparado ao de absorventes,<br />
obviamente. Sabemos que temos um grande caminho<br />
para conquistar, estamos trabalhando com e-commerce<br />
próprio, e-commerces parceiros, farmácias, médicos,<br />
entre outros. Chegamos com uma solução diferente<br />
e que cumpre o que promete, por isso acreditamos<br />
no crescimento rápido. Inclusive a<br />
Revista Fortune dos EUA, publicou recentemente<br />
uma matéria sobre cuidados<br />
femininos, tratando deste que é<br />
um mercado nos EUA de mais de US$<br />
15 bilhões, e o produto alvo número<br />
1 são os coletores, que vêm tomando<br />
todo mercado dos absorventes”, conclui<br />
Carlos.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 51
Mercado<br />
(aquisição)<br />
Coca-Cola expande atuação<br />
Marca de bebidas à base de soja foi comprada pela Femsa<br />
A The Coca-Cola Company e a engarrafadora mexicana Coca-Cola Femsa<br />
anunciaram um acordo com a Unilever para a compra da linha de bebidas à<br />
base de soja AdeS, por US$ 575 milhões. A operação foi aprovada pelos conselhos<br />
de administração das duas empresas. A transação, no entanto, precisa ser<br />
referendada pelas autoridades antitruste dos países onde AdeS é comercializado.<br />
No Brasil, a autoridade regulatória é o Cade (Conselho Administrativo de<br />
Defesa Econômica). Após a conclusão, o objetivo é que AdeS se torne parte da<br />
plataforma de bebidas não-gasosas da empresa em seus territórios franqueados.<br />
O plano é trabalhar com seus parceiros engarrafadores locais para levar crescimento<br />
à marca AdeS em cada mercado, assim como outras parcerias já feitas<br />
no segmento de bebidas não-gasosas. Em 2013, AdeS enfrentou um problema<br />
industrial e perdeu share no país.<br />
Fundada em 1988 na Argentina, a AdeS é líder desse segmento na América<br />
Latina. Primeira grande marca lançada na categoria, a AdeS foi pioneira no<br />
desenvolvimento do segundo maior mercado global de bebidas à base de soja.<br />
A marca está presente no Brasil, no México, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai,<br />
na Bolívia, no Chile e na Colômbia. Em 2015, foram vendidas 56,2 milhões<br />
de unidades de seus produtos e registrou receita líquida de US$ 284 milhões.<br />
No Brasil, dentro do processo de diversificação para oferecer produtos que se<br />
adaptem ao estilo de vida e às unidades do consumidor, o Sistema Coca-Cola,<br />
por meio da Leão Alimentos e Bebidas, também está comprando a Laticínios<br />
Verde Campo, de Minas Gerais. Ainda não há prazo para a conclusão do negócio.<br />
Com fábrica em Lavras (MG), a Verde Campo é dona da linha de produtos<br />
sem lactose Lacfree. Na categoria de refrigerantes, a mais recente inovação da<br />
Coca-Cola Brasil é a Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares.<br />
“A aquisição da AdeS representa mais um marco para o Sistema Coca-Cola<br />
em oferecer opções para os consumidores. Trata-se de uma marca líder em sua<br />
categoria, e estamos muito satisfeitos por adicioná-la ao nosso portfólio. É a<br />
continuidade de uma bem-sucedida parceria com nossos engarrafadores latino-<br />
-americanos e traz mais inovação aos nossos mercados”, afirmou Brian Smith,<br />
presidente para a América Latina da Coca-Cola. “A AdeS complementa e reforça<br />
nosso portfólio de bebidas não-gasosas, dando a nossos consumidores uma<br />
gama mais ampla de opções. Com nosso parceiro, The Coca-Cola Company,<br />
vamos alavancar a liderança e integrar marca ao nosso robusto modelo de<br />
atuação para levar mais valor e inovação a essa nova plataforma de bebidas”,<br />
disse John Santa Maria, CEO da Femsa. “Esta venda é um passo em direção<br />
à remodelação do nosso portfólio na América Latina, para garantir à Unilever<br />
um crescimento sustentável e maior foco ao nosso negócio. AdeS é uma marca<br />
ícone, e nós acreditamos que seu potencial pode ser atingido fazendo parte<br />
do Sistema Coca-Cola”, comentou Miguel Kozuszok, vice-presidente executivo<br />
para a América Latina da Unilever.<br />
52 propaganda | junho <strong>2016</strong>
making of<br />
(SulAmérica)<br />
Uma missão<br />
Assinada pela Oficina Produções, websérie divulga<br />
desempenho da SulAmérica em substituição<br />
ao formato tradicional do relatório anual<br />
> por Cassiano<br />
Zuppo, sócio-diretor de<br />
atendimento e produtor<br />
executivo da Oficina<br />
Produções<br />
fio e na pesquisa de referência percebemos<br />
que a tarefa não seria simples. Precisávamos<br />
formular uma proposta que<br />
fosse ao mesmo tempo inovadora, mas<br />
também adequada a uma instituição<br />
financeira com 120 anos de mercado,<br />
sólida e dinâmica. Durante o processo<br />
de pesquisa, identificamos que empresas<br />
de vanguarda, que apresentam seus<br />
resultados anuais em produções audiovisuais,<br />
utilizavam variações de vídeos<br />
classicamente institucionais como, por<br />
exemplo, executivos discursando, letreiros<br />
com informações numéricas, locução<br />
em off e inserts de funcionários.<br />
Produções funcionais, mas que não<br />
atendiam mais aos requisitos de quem<br />
buscava inovação. A solução veio de<br />
A oportunidade de participar do processo de concorrência um questionamento relativamente<br />
para o projeto da SulAmérica trouxe desafios interessantes. simples que tivemos sobre o caso: que<br />
Disputado, trazia uma proposta que inicialmente parecia tipo de situação poderíamos ter para<br />
simples: fazer um vídeo institucional para divulgar os resultados<br />
alcançados pela companhia em 2015. Há alguns anos por informações sobre uma empresa?<br />
retratar em vídeo o interesse genuíno<br />
a empresa faz seus relatórios anuais<br />
em vídeo, apresentando as suas<br />
principais realizações por meio do<br />
discurso de seus executivos. E esta<br />
poderia ter sido mais uma produção<br />
tradicional, porém, ao chegarmos na<br />
primeira reunião de briefing, a mensagem<br />
foi clara: a SulAmérica queria<br />
algo inovador, ou seja, uma produção<br />
que tivesse as informações sobre<br />
o desempenho da empresa e que<br />
rompesse com o formato conhecido,<br />
mostrando modernidade, arrojo e<br />
inovação.<br />
Voltamos à produtora com esse desa-<br />
Cassiano Zuppo, acenando para câmera, e sua equipe nas filmagens do vídeo institucional<br />
54 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Às vezes, o óbvio demora a aparecer.<br />
Quem, se não um estagiário,<br />
recém-chegado, estaria mais ávido<br />
por informações e relacionamentos?<br />
Quem melhor que um estagiário<br />
para dar uma visão clara e isenta<br />
sobre uma empresa? A partir desses<br />
questionamentos, apresentamos a<br />
proposta da websérie.<br />
Seria notoriamente uma inovação<br />
para a SulAmérica fazer uma websérie<br />
com a participação de seus<br />
executivos contracenando com<br />
“atores-estagiários” que na trama<br />
seriam os responsáveis por reunir<br />
todas as informações necessárias<br />
para a composição do relatório<br />
anual de 2015. Após avaliação de<br />
todos os concorrentes, vencemos<br />
o processo de concorrência. Com a proposta aprovada, começaram<br />
os desafios de produção. A equipe da SulAmérica<br />
participou efetivamente do casting para a seleção dos dois<br />
jovens, que além de bons atores, teriam que ter “alma” de<br />
estagiário de fato. Eles não estariam sozinhos na trama,<br />
para trazer mais humor e emoção, eles estariam sob a tutela<br />
de uma funcionária da empresa, a terceira personagem, Angélica.<br />
Após dois dias de teste de VT, com mais de 50 candidatos,<br />
fechamos nossa seleção: Carla Fioroni (Angélica),<br />
Matheus Gomes (Pedro) e Giulia<br />
Gayoso (Mari).<br />
Fizemos um planejamento de produção<br />
detalhado e o cronograma<br />
foi seguido à risca. Havia o desafio<br />
de fazer todas as gravações na<br />
sede recém-inaugurada da empresa,<br />
em São Paulo. Para viabilizar<br />
o projeto em quatro diárias<br />
de gravação, com os funcionários<br />
da empresa trabalhando e ainda<br />
conciliar a agenda dos executivos,<br />
contamos com uma equipe de 26<br />
pessoas que iam montando e desmontando<br />
sets de gravação em<br />
salas de reunião, salas de executivos<br />
e baias da empresa. Os equipamentos<br />
tinham que ser compactos<br />
e a ordem mantida, já que tudo<br />
aconteceria com a empresa em pleno funcionamento.<br />
A pós-produção foi mais tranquila, pois a ideia era não ter<br />
letreiros ou grafismos — todas as informações deveriam aparecer<br />
de maneira integrada à trama. Para isso acontecer, gravamos<br />
a tela de tablets e notebooks integrados às cenas, com<br />
os resultados que precisavam ser destacados. Tudo correu<br />
exatamente como planejado. Houve uma ótima sinergia da<br />
equipe da produtora com a SulAmérica e isso sem dúvida foi<br />
fundamental para o sucesso da produção.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 55
Obladi, Obladá<br />
(Castelo)<br />
O mendigo da Croisette<br />
Arquivo pessoal<br />
O criativo Wanderley Dóro fez no final de maio uma belíssima homenagem ao Jack Ronc<br />
em sua página do Facebook: a Semana do Jack.<br />
Para quem não é sabe, Jack foi um grande diretor de arte e também um elogiado artista<br />
plástico. Um sujeito muito especial que, por vezes, operava com a singeleza de uma criança.<br />
Mas que, acima de tudo, era alguém que amava o que fazia.<br />
Eu o conheci quando era diretor de criação na Euro RSCG, hoje Havas. Contratei-o para<br />
fazer as campanhas da construtora Even e logo ficamos amigos.<br />
Lembro-me que chamamos o Pedro Souza, à época do atendimento, mas que queria virar<br />
redator, para duplar com ele. Foi uma química muito interessante a dos dois; a experiência<br />
do Jack somada à gana do Pedro.<br />
Jack costumava vir no começo da noite em minha sala com uma foto de referência na mão.<br />
Punha na mesa e começava a contar uma ideia com um forte sotaque interiorano. Depois,<br />
ao final, sempre afirmava, como se fosse um ponto final:<br />
- É Cannes ou não é?<br />
Se a criação fosse aprovada aí ele se transformava num menino de calças curtas.<br />
- Vou ligar pro Cacalo! – anunciava, levantando-se da mesa e brandindo a foto de referência.<br />
E o nosso fotógrafo Cacalo, com quem ele adorava trabalhar, se via às voltas com o<br />
perfeccionismo do Jack na manhã seguinte.<br />
Jack Ronc foi uma das figuras mais carismáticas com quem trabalhei em agência. Um infante<br />
que brincava de layoutar, mas fazia isso, ao mesmo tempo, com a gravidade de um<br />
cirurgião da rainha.<br />
Ainda por cima era um pensador da propaganda. Certa vez me contou um sonho seu em<br />
tom intimista.<br />
Quando estivesse mais velho e as agências não o quisessem mais, pegaria um voo para<br />
Paris e de lá até Nice. Então iria de ônibus até Cannes. Ali se estabeleceria até que suas<br />
economias acabassem. Nesse dia se dirigiria até a Croisette, escolheria um ponto bom da<br />
avenida e passaria a viver como um “clochard”, um mendigo.<br />
Para alguns um final de carreira melancólico, mas o Jack afirmava que seria ao menos um<br />
pedinte na Riviera Francesa, região de logradouros finos e elegantes, onde todo ano acontece<br />
o Festival de <strong>Propaganda</strong>, que ele não sabia viver sem.<br />
— Quer situação melhor que a desse mendigo? – defendia – Ali naquelas praias, respirando<br />
arte, cinema, comunicação o tempo todo? E com cada gorjeta gorda!<br />
> Carlos Castelo é escritor e publicitário<br />
Twitter: @castelorama<br />
A ideia acabou mexendo comigo. Ainda estava longe de me aposentar, contudo pensei em<br />
como as coisas se apresentariam a mim num futuro próximo. Jack estava certo, não era de<br />
todo má a ideia de se estabelecer como esmoler na França. Pena que nos deixou tão cedo<br />
e não efetivou o seu sonho para vermos o que aconteceria.<br />
56 propaganda | junho <strong>2016</strong>
hobby<br />
(meditação)<br />
O silêncio fala<br />
> por Arnaldo Boico, diretor<br />
de criação da GTB<br />
fotos Marçal Neto<br />
58 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
Publicitário busca meditação para<br />
encarar momentos de escolhas<br />
No dia a dia, com pequenas coisas, é preciso encarar momentos<br />
de escolhas difíceis, que colocam em cheque a fragilidade.<br />
No trabalho, com os filhos, no trânsito ou no supermercado, as<br />
decisões moldam nosso futuro. Quando recebi o convite para<br />
ser diretor de criação na GTB, fiquei muito animado. Até o dia<br />
da primeira entrevista, quando ficou claro que nos próximos<br />
anos eu atenderia uma marca de carros. Imaginem um ciclista,<br />
meditador e vegetariano, trabalhando para uma das indústrias<br />
consideradas vilãs do nosso século. Toda minha convicção entrou<br />
em contradição. E imagino que você aí, lendo esse artigo,<br />
também já deve ter passado, ou está passando, pela mesma situação.<br />
Não foi do dia para a noite, nem com um insight único<br />
e fulminante, mas posso dizer que depois de alguns meses, resolvi<br />
minha contradição interna com a meditação. Vou explicar.<br />
Ao contrário do que todos pensam, meditar não é silenciar a<br />
mente.<br />
Quer dizer, é, também. Mas talvez só o<br />
Dalai Lama tenha conseguido chegar nesse<br />
estágio de pura conexão. Nós, meros<br />
mundanos, precisamos dar um primeiro<br />
passo. Saber acolher os nossos pensamentos,<br />
nossas sombras. Entender a natureza<br />
de onde eles surgem. Meditação é<br />
muito sobre o momento presente, sobre<br />
o agora. A grande maioria das técnicas<br />
mais antigas de meditação parte de um<br />
ponto muito simples: a respiração. Pres-<br />
“Toda minha convicção<br />
entrou em contradição.<br />
E imagino que você aí,<br />
lendo esse artigo, também<br />
já deve ter passado, ou<br />
está passando, pela<br />
mesma situação”
“Não foi do dia para a noite, nem<br />
com um insight único e fulminante,<br />
mas posso dizer que depois de alguns<br />
meses, resolvi minha contradição<br />
interna com a meditação”<br />
tar atenção na sua respiração é prestar atenção no agora. Atenção<br />
plena, em todos os sentidos e com todos os sentidos. Esse<br />
é um ótimo ponto de partida. Eu não venho de uma família de<br />
budistas, muito menos de meditadores.<br />
Meu primeiro contato com o “místico” foi aos 19 anos, com a<br />
Ayahuasca (conhecida como Santo Daime), num centro espiritualista<br />
em São Paulo. Era uma época na qual a minha juventude<br />
buscava respostas. Estava insatisfeito com meu trabalho, projetos,<br />
clientes. Talvez isso fosse somente reflexo da minha pouca<br />
idade, mas talvez fosse o início da minha revolução pessoal. Ao<br />
longo da minha vida e da minha carreira, aprendi técnicas muito<br />
importantes para atingir um estado mínimo de equanimidade<br />
mental. Um estado em que, sim, tenho momentos de raiva,<br />
de alegrias, e estresse, mas sempre, e digo sempre mesmo, sem<br />
apego a isso. Tem uma passagem de Buda que diz: “sentir raiva<br />
dos outros é como beber um veneno e esperar que a outra<br />
pessoa morra”. Nossa cura e nosso veneno são um só – o que<br />
define um ou outro é a medida. Com esse pequeno<br />
histórico que introduzi, vou te dar a chave que usei<br />
na minha situação: aprendi a ressignificar minhas<br />
ações. Aprendi a ter gratidão por ser um buscador da<br />
consciência, que está frente a frente com um cliente<br />
importante, que tem um potencial enorme para fazer<br />
muito pelo mundo.<br />
Veja bem. Sou um cliclista assumido. E o mundo está<br />
passando por mudanças. As marcas, hoje em dia,<br />
têm um papel social muito mais evidente do que 10<br />
anos atrás. E dito isso, só existem dois caminhos. Um<br />
deles é trabalhar todo dia com um peso nas minhas<br />
costas, negando que existe um mundo de possibilidades<br />
positivas a serem feitas. O outro caminho é dar<br />
significado à minha posição, ao meu cliente, aos ciclos<br />
urbanos de mudança e tentar, de coração aberto,<br />
mesmo, reverter o fluxo. Perceber que o carro não é<br />
o vilão, mas sim o modo como o estamos utilizando<br />
que é nocivo à sociedade. Lendo a minha conclusão,<br />
parece um raciocínio fácil de chegar, mas meditei<br />
muito sobre esse assunto para poder trabalhar feliz e<br />
com amorosidade. Ressignifiquei meu trabalho, minha<br />
função. Posso fazer a diferença, se assim desejar<br />
e tiver verdade na palavra.<br />
Tenho plena convicção de que a publicidade é um<br />
setor em que a vaidade e os egos são enormes. E isso<br />
pode ser muito cruel durante alguns anos. Mas pouco<br />
a pouco, degrau por degrau, vamos começando a liberar<br />
essas amarras para iniciar um novo ciclo dentro<br />
dessa profissão. Os clientes estão mudando, os produtos<br />
estão mudando, os consumidores também. Talvez<br />
seja hora de nós também começarmos essa mudança,<br />
que parte de dentro para fora, num processo longo e<br />
transformador, mas que traz uma recompensa valiosa,<br />
para dentro e fora do mercado publicitário.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 59
gastronomia<br />
(galinhada)<br />
“Hoje Tem Frango”<br />
Seara lança plataforma digital com receitas do chef Alex Atala<br />
> por Pedro Yves<br />
fotos divulgação<br />
60 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
A Seara criou a plataforma digital de conteúdo “Hoje Tem<br />
Frango” com o endosso de um dos mais prestigiados chefs<br />
brasileiros, Alex Atala. A iniciativa traz informações sobre<br />
tudo que envolve o frango, desde a origem, os processos<br />
de produção, as variedades de produto, dicas de preparo e<br />
receitas com especialistas. O projeto tem a parceria da Sunset<br />
e da WMcCann – agências da marca – com estratégias<br />
de comunicação voltadas para os ambientes on e off-line,<br />
além de ações nos pontos de venda.<br />
A Seara produz 5,6 milhões de aves diariamente no Brasil<br />
e pertence à JBS, líder global na produção de frango e<br />
presente em mais de 150 países, com produção diária de<br />
mais de 13 milhões de aves. O portfólio da empresa conta,<br />
além da marca brasileira Seara, com<br />
outras grandes marcas globais como<br />
Pilgrim’s, nos Estados Unidos e México,<br />
e Moy Park, na Europa.<br />
O Brasil é o terceiro maior produtor<br />
mundial, com 13,5 milhões de toneladas,<br />
sendo 70% dessa produção voltada<br />
ao consumo doméstico. O frango é<br />
a proteína animal mais consumida –<br />
cerca de 78% dos lares brasileiros consomem<br />
a carne de duas a três vezes na<br />
semana.<br />
Para uma navegação interativa, o ca-
nal foi desenvolvido com um design adaptado para qualquer<br />
dispositivo e em formato mobile first para facilitar o<br />
acesso aos usuários via smartphone. O internauta tem a<br />
opção de se cadastrar e ter seu perfil personalizado de forma<br />
randômica com os temas mais buscados por ele dentro<br />
do site. A plataforma digital está dividida em cinco seções:<br />
Do Campo à Mesa, Mitos e Verdades, Dicas e Receitas, Especialistas<br />
e Produtos.<br />
Alex Atala é dono de dois restaurantes renomados em São<br />
Paulo: D.O.M. (o melhor restaurante do Brasil, segundo o guia<br />
Michelin) e Dalva e Dito, voltado à comida regional, com toque<br />
autoral. A seguir, uma receita de galinhada do Dalva e Dito<br />
Galinhada Dalva e Dito<br />
(Rendimento: 4 porções)<br />
Para a galinha:<br />
1 galinha caipira<br />
5 dentes de alho<br />
2 cebolas médias<br />
4 tomates<br />
1 pimenta de cheiro<br />
50g de salsinha<br />
10 folhas de hortelã<br />
50g de manjericão<br />
100g de coentro<br />
1 folha de louro<br />
50g de colorau<br />
Sal<br />
Pimenta<br />
Óleo de canola<br />
Modo de preparo<br />
Corte a galinha em pedaços pequenos. Reserve.<br />
Corte o alho, a cebola e o tomate em meia lua. Em um bowl (tipo de tigela),<br />
misture os pedaços de galinha, os legumes cortados, o restante<br />
dos temperos e as ervas e deixe marinando por 24hs.<br />
Em uma panela grande com fundo grosso, refogue a galinha com os<br />
temperos e legumes e um fio de óleo. Cubra com água.<br />
Deixe cozinhar em fogo baixo por, aproximadamente, três horas. Se<br />
necessário, vá completando a panela com um pouco de água para<br />
não secar.<br />
Para o quiabo:<br />
200g de quiabo<br />
200 ml de vinagre<br />
1l de água<br />
Modo de preparo<br />
Misture a água e o vinagre em um bowl. Adicione os quiabos e deixe-<br />
-os em imersão por 20 minutos. Retire da água e reserve.<br />
Em seguida, cozinhe os quiabos em água fervente com sal por cinco<br />
minutos.<br />
Para o pirão:<br />
70g de farinha de mandioca<br />
sal<br />
pimenta do reino<br />
Modo de preparo<br />
Reserve 400 ml do caldo do cozimento da galinha e misture com 70g<br />
de farinha de mandioca.<br />
Cozinhe mexendo sempre até engrossar. Tempere com sal e pimenta.<br />
Para o arroz:<br />
100g de arroz<br />
200 ml de água<br />
1 cebola pequena<br />
óleo<br />
sal<br />
Modo de preparo<br />
Lave o arroz em água corrente. Reserve.<br />
Em uma panela, refogue a cebola picada em um fio de óleo. Adicione<br />
o arroz e o sal. Acrescente a água já aquecida e cozinhe com a panela<br />
tampada em fogo brando.<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 61
click do alê<br />
(aleoliveira@propmark.com.br)<br />
porto<br />
Nem só de Leões vive Cannes<br />
O público que vai à Riviera francesa acompanhar as palestras de conteúdo e as<br />
premiações do festival mais importante da publicidade mundial é agraciado por<br />
uma série de atrações, algumas fechadas e muitas a céu aberto<br />
Palias<br />
62 propaganda | junho <strong>2016</strong>
Martinez<br />
pier<br />
Praia<br />
Carlton<br />
Le Cannes<br />
propaganda | junho <strong>2016</strong> 63
leitura<br />
64 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
Convivência de<br />
famílias<br />
Marcelo Conde lança o romance<br />
“Apneia”. Editada pela Chiado,<br />
a publicação põe à prova a dinâmica<br />
de convivência de famílias<br />
que moram num mesmo condomínio,<br />
após um acontecimento<br />
inesperado. Thiago sobe boiando,<br />
13 minutos depois de prender<br />
o fôlego agarrado à base da escada,<br />
no fundo da piscina do condomínio.<br />
No mercado editorial, Marcelo participou<br />
também da antologia de contos “Granja”. Além de<br />
escritor, é diretor de criação da WMcCann.<br />
Varejo competitivo<br />
O universo varejista é o tema do<br />
livro “Varejo Competitivo, vol.<br />
20”, publicação coordenada pelos<br />
professores Claudio Felisoni<br />
de Angelo, José Augusto Giesbrecht<br />
da Silveira e Nuno Manoel<br />
Martins Dias Fouto. A obra apresenta<br />
os seis melhores trabalhos<br />
apresentados no “20º Prêmio<br />
Excelência em Varejo – Ibevar”,<br />
premiação promovida anualmente<br />
pelo Instituto Brasileiro<br />
de Executivos de Varejo e Mercado<br />
de Consumo. O novo volume da série ‘Varejo Competitivo’<br />
dá continuidade a um projeto pioneiro de publicação de artigos<br />
sobre a comercialização de produtos e serviços para o consumidor<br />
final. É uma obra que tem muito a contribuir para o conhecimento<br />
do pequeno ao grande varejista. São seis capítulos.<br />
Dois deles falam sobre a “tropicalização” da Black Friday, que<br />
se destaca pelo interesse do consumidor por ofertas em tempos<br />
de dinheiro escasso. O prefácio foi escrito pelo diretor geral das<br />
“Lojas Zema”, Romeu Zema Neto. Cada volume da série traz<br />
uma coleção de trabalhos acadêmicos com grande potencial de<br />
aplicação à realidade brasileira e dá continuidade a um projeto<br />
pioneiro de publicação de artigos sobre a comercialização de<br />
produtos e serviços para o consumidor final. Todos os capítulos<br />
incluem bibliografia específica, permitindo que o leitor, seja<br />
ele profissional do comércio ou estudante de disciplinas relacionadas<br />
ao varejo, se aprofunde nos temas da obra.<br />
Releitura clássica<br />
A parceria entre a Mauricio de<br />
Sousa Produções e a Companhia<br />
das Letrinhas está ganhando<br />
seu terceiro “filhote”, na Coleção<br />
Turma da Mônica. Trata-se<br />
da clássica história Chico Bento,<br />
sete anos, que fez sucesso desde<br />
a sua primeira publicação,<br />
em 1982, e ganha uma releitura<br />
nos traços estilizados da ilustradora<br />
Rosinha.<br />
Na Coleção Turma da Mônica, histórias em quadrinhos clássicas,<br />
escritas e desenhadas pelo próprio Mauricio de Sousa, são<br />
vertidas em prosa e lançadas em formato de livros infantis, com<br />
traços e cores de grandes ilustradores brasileiros. Já foram publicados<br />
Mônica é Daltônica? e Turma da Mônica em Os Azuis, com<br />
artes de Odilon Moraes e Elisabeth Teixeira, respectivamente.<br />
Monetização de marcas<br />
No livro “100 graus: o ponto de ebulição<br />
de sucesso”, Rafa Prado ensina jovens<br />
empreendedores a “criar” dinheiro,<br />
quebrando paradigmas e desenvolvendo<br />
insights para pensar de forma inovadora.<br />
O autor é fundador e presidente<br />
da BCY Global (Brand Called You), que<br />
ensina como a monetização de marcas<br />
pessoais, a partir da criação de produtos<br />
digitais, imersões nacionais e internacionais<br />
e eventos para milhares de pessoas,<br />
pode gerar milhões de reais em poucos meses. Dentre os<br />
clientes que já ajudou a conquistar milhões estão o empresário<br />
Carlos Wizard, o best-seller Roberto Shinyashiki e Jordan Belfort,<br />
o verdadeiro Lobo de Wall Street. O livro foi escrito para<br />
inspirar jovens, estudantes, empreendedores, profissionais liberais,<br />
autônomos, desempregados e pessoas insatisfeitas na carreira,<br />
mas que buscam alternativas para os padrões de sucesso<br />
impostos pela sociedade. De forma franca, simples e direta, ele<br />
mostra que o segredo do sucesso depende de investir em suas<br />
habilidades naturais e fazer com que sua paixão seja o combustível<br />
para alcançar sua maestria, sendo tais habilidades o fator<br />
determinante para criar dinheiro, liberdade e uma vida plena e<br />
feliz. Em sua primeira semana de vendas, em abril, o livro apareceu<br />
no segundo lugar da lista dos mais vendidos de negócios do<br />
ranking PublishNews<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
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CMY<br />
K
66 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />
dorinho<br />
(Deodato, o bom contato)
A NOTÍCIA AO VIVO E A CORES<br />
Temos 125 mil cadastrados no VANGUARDA REPÓRTER. Diariamente<br />
eles nos enviam sugestões de matérias, fotos e vídeos. Além dos<br />
nossos jornalistas de plantão 24 horas por dia, a turma do<br />
VANGUARDA REPÓRTER nos avisa quando alguma coisa acontece.<br />
Se a ocorrência for importante, nossas unidades móveis e o<br />
mochilink são acionados e o nosso helicóptero VANCOP decola<br />
para cobrir o fato. A notícia vai direto para o ar, ao vivo e a cores.<br />
O aplicativo VANGUARDA REPÓRTER, desenvolvido<br />
pela Vanguarda, permite acesso direto aos nossos<br />
servidores, sem ter que falar com ninguém.<br />
É automatizado. É Vanguarda.<br />
AFILIADA REDE GLOBO
Máquinas devem substituir homens? Devem, e isto não é mais<br />
matéria para discussão, no mínimo desde a Revolução Industrial.<br />
Mas máquinas podem substituir o talento? Ora, quem<br />
duvida é louco, diriam alguns céticos, mas nem tanto. Contraditórios<br />
à parte, o fato é que desde a criação da primeira agência<br />
de propaganda no mundo, em 1841, por Volney Palmer, em<br />
Boston, a civilização nunca mais foi a mesma. Marcas como Coca<br />
Cola, Levi’s, Facebook, Mc Donald’s, Goodyear, Rubbermaid, Ford,<br />
Fiat, Disney, Nestlé e outras milhares dos mais diversos segmentos,<br />
países e datas, estão aí para comprovar que o talento ainda é matéria-prima<br />
indispensável para o sucesso de qualquer produto. Qualidade<br />
é fundamental? Sim, mas nenhuma marca sobreviverá e<br />
atravessará os tempos sem o apoio e o talento de uma boa agência<br />
de propaganda. Não é por outra razão, em época de WhatsApp, Snapchat<br />
e outras ferramentas de mídia, que a ALAP sente orgulho toda<br />
vez que alguma nova empresa de publicidade,design e digital passa a<br />
fazer parte de seu quadro de Agência Latino-Americana de Publicidade<br />
Efetiva da ALAP, mostrando a importância do trabalho de comunicação,<br />
neste admirável mundo novo do marketing e/ou propaganda.<br />
AL: Artecetera Comunicação Integrada, Six <strong>Propaganda</strong>. AP: Red Comunicação. AM: Mene & Money, Tape <strong>Propaganda</strong>, Saga Publicidade. BA: Engenhonovo Comunicação, Propeg<br />
Comunicação. CE: 333 Comunicação, Bolero Comunicação, Ipanema Comunicação, SG Propag Comunicação e Marketing, Síntese Comunicação, Slogan <strong>Propaganda</strong>. DF: AZÊ/FBR<br />
<strong>Propaganda</strong>. ES: 4PS Agência Digital, Aquatro Comunicação & Marketing, Danza Estratégia & Comunicação, Imeks Publicidade e Marketing. GO: AMP <strong>Propaganda</strong>, Cannes<br />
Publicidade, Type <strong>Propaganda</strong>. MA: 712 <strong>Propaganda</strong> e Marketing. MT: Época <strong>Propaganda</strong>, Genius Publicidade, Gonçalves Cordeiro. MS: Oceano Comunicação & Novos Negócios,<br />
Remat Marketing & <strong>Propaganda</strong>, Slogan Publicidade. MG: ASA Comunicação, M87 Group Worldwide, RC Comunicação. PA: Galvão Comunicação, Gamma Comunicação, Griffo<br />
Comunicação e Jornalismo, Mendes Comunicação. PB: Antares Comunicação, RPG Comunicação Social Mercadológica, SIN Comunicação, Superliga 66 Comunicação. PR: Heads<br />
<strong>Propaganda</strong>, Master Comunicação, OpusMultipla. PE: Aliança Comunicação, Ampla Comunicação, BG9 Comunicação, Italo Bianchi Comunicação, Mid Comunicação. PI: Eclética<br />
Comunicação, Plug <strong>Propaganda</strong> e Marketing, S/A <strong>Propaganda</strong>, Vende Publicidade. RJ: Binder FC Comunicação, PPR – NBS. RN: Artc Comunicação Integrada, Ratts Ratis<br />
Comunicação, Seven <strong>Propaganda</strong>. RS: 3YZ, 722 Comunicação, Agência Bumerangue, Agência GH, Agência Matriz, Ama Comunicação, BK Comunicação, Competence Comunicação,<br />
CPL-Centro de <strong>Propaganda</strong>, Darup Comunicação, Dez Comunicação, e21 Multicomunicação, Embrace Comunicação e Marketing, Escala Comunicação, Evidence Comunicação,<br />
Gimmik Comunicação e Marketing, Global, Integrada Comunicação Total, JJD Proequipe, JWalter Thompson, Martins+Andrade Comunicação, Merplan Comunicação, Minuano<br />
Comunicação, Moove Comunicação, Morya Comunicação, News PS <strong>Propaganda</strong>, Paim e Associados, Planet House <strong>Propaganda</strong>, <strong>Propaganda</strong> Futebol Clube, Positiva Comunicação e<br />
Marketing, RBA Publicidade, Pubblicitá Sul, Selling Comunicação e Marketing, SLM Comunicação, UP and GO, Valliosa Comunicação, Zebra Pop. RO: Vip Publicidade. SC: Calumma<br />
Comunicação, DMPA Comunicações, D/Araujo Comunicação, MDO Comunicação e Inovação, Quadra Comunicação. SP: Africa Comunicação, Agnelo Pacheco Comuncação,<br />
AlmapBBDO Publicidade, Arkus <strong>Propaganda</strong>, Arquitetando Design, Átomo Comunicação, De Brito <strong>Propaganda</strong>, DPZ&T <strong>Propaganda</strong>, EastSide23 Comunicação e Marketing, Ego<br />
Comunicação, F/Nazca Saatchi & Saatchi Publicidade, FLAGCK, Grey Brasil, Le Pera Comunicação, Leoburnett Publicidade, Lew Lara TBWA, Ogilvy & Mather, Porto Criativo Digital,<br />
Publicis Brasil, Rino Comunicação, Talent Comunicação e <strong>Propaganda</strong>, WMccann, Y&R Brasil <strong>Propaganda</strong>: SE: Agência P, Flap Comunicação. TO: Agência Public.<br />
Todas apoiam com os veículos de comunicação o 21º Festival Mundial de Publicidade de Gramado de 7 a 9 de junho de 2017, evento realizado nos anos ímpares desde 1975, voltado para o conhecimento e<br />
a inovação: www.festivalgramado.com.br. Referência nacional em eventos de comunicação pelo Itamaraty desde 2008, quando foi distribuída uma Agenda para às Embaixadas pelo Ministério de Relações<br />
Exteriores.<br />
Acesse www.alap.com.br e faça parte deste admirável mundo novo.