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Propaganda Julho 2016

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ISSN 0033-1244<br />

Entrevista<br />

Luis Martini, da Wine, fala sobre<br />

o marketing do e-commerce de vinhos<br />

Cannes<br />

As expectativas dos criativos brasileiros<br />

sobre o maior festival do mundo<br />

edição 783 • ano 60 • junho de <strong>2016</strong> • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />

Propõe ruptura do modelo<br />

tradicional de agência


ISSN 0033-1244<br />

ENTREVISTA<br />

Luis Martini, da Wine, fala sobre<br />

o marketing do e-commerce de vinhos<br />

CANNES<br />

As expectativas dos criativos brasileiros<br />

sobre o maior festival do mundo<br />

edição 783 • ano 60 • junho de <strong>2016</strong> • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />

Propõe ruptura do modelo<br />

tradicional de agência<br />

22<br />

PERFIL - LDC propõe<br />

ruptura de modelo<br />

tradicional de agência<br />

40<br />

Especial – Expectativas<br />

das agências mais<br />

premiadas em Cannes<br />

5. Editorial – Mês de Cannes<br />

6. E-mails<br />

7. Linha direta – Ruptura<br />

8. Memória – Galeria<br />

18. Opinião – A mesa de sinuca<br />

20. Digital – É preciso ver e<br />

ser visto<br />

10<br />

Entrevista - Luis<br />

Martini, diretor de<br />

marketing da Wine.<br />

com.br, fala das estratégias de<br />

crescimento do terceiro maior<br />

e-commerce de vinho do mundo<br />

48<br />

pesquisa – Ranking<br />

das mais valiosas<br />

38<br />

Agência – BP One abre<br />

novos escritórios<br />

56<br />

Mercado - Coca Cola<br />

expande atuação<br />

com AdeS<br />

50<br />

Campanha – Fleurity<br />

quer derrubar tabu e<br />

ganhar mercado<br />

32. Zap<br />

34. Vaivem<br />

52. Obladi, Obladá – O mendigo<br />

da Croisette<br />

54. Making Of – Assinada pela<br />

Oficina Produções, websérie<br />

divulga desempenho da<br />

SulAmérica<br />

58. Hobby – Publicitário da GTB<br />

busca meditação para encarar<br />

momentos de escolhas<br />

60. Gastronomia – Seara lança<br />

plataforma digital com receitas do<br />

chef Alex Atala<br />

62. Click do Alê<br />

64. Livros<br />

66. Dorinho<br />

4 propaganda | junho <strong>2016</strong>


editorial<br />

(Pedro Yves)<br />

Mês de Cannes<br />

“As sete agências brasileiras mais premiadas no evento,<br />

ouvidas pela <strong>Propaganda</strong>, destacaram que a<br />

aposta será em “qualidade” não em “quantidade”.<br />

A 63ª edição do Festival de Cannes teve aumento de 7% no total de peças<br />

inscritas em relação ao ano passado, com 43.101 trabalhos, um recorde<br />

histórico para o evento. Porém, o Brasil, um dos países que mais inscreve<br />

trabalhos, diminuiu em 10% sua presença este ano. A recessão econômica<br />

sem dúvida é o motivo desse decréscimo, o que reconhece até Philip Thomas,<br />

CEO do Cannes Lions. As sete agências brasileiras mais premiadas<br />

no evento, ouvidas pela <strong>Propaganda</strong>, destacaram que a aposta será em<br />

“qualidade” não em “quantidade”. Leia mais na reportagem especial de<br />

Suzi Cavalari sobre Cannes nesta edição.<br />

Matéria de capa, a LDC, que chega a maioridade ao completar 21 anos em<br />

<strong>2016</strong>, sob o comando de Guga Ketzer, vem se destacando no mercado por<br />

adotar um novo modelo de agência, com estrutura horizontal e multidisciplinar,<br />

mais tecnológica, que possa trabalhar em parceria com os clientes<br />

em busca de soluções de comunicação que vão além da propaganda<br />

tradicional.<br />

Na prática, isso significa que, ao invés de pegar e separar o trabalho que<br />

normalmente entra pelo atendimento, vai à mídia, planejamento e criação,<br />

a LDC une equipes multidisciplinares e não profissionais separados<br />

por departamentos. Como diz Guga, “posso juntar num job atendimento,<br />

planejamento, mídia, criação, um arquiteto, sociólogo ou psicólogo, para<br />

desenvolver a idéia, a busca será por desenvolver um conceito forte, seguido<br />

de execução.”<br />

Nosso entrevistado do mês é Luis Martini, diretor de marketing da Wine.<br />

com.br. Terceiro maior e-commerce de vinhos do mundo, com 140 mil<br />

sócios, 300 mil clientes ativos, 7,3 milhões de garrafas comercializadas em<br />

2015 e portfólio de mais de dois mil rótulos (incluindo cervejas especiais<br />

e vinhos), tem a proposta de democratizar o mundo do vinho. A Wine é<br />

considerada a empresa mais inovadora do Brasil na categoria varejo online<br />

e a 6ª no ranking geral, segundo pesquisa da DOM Strategy Partners.<br />

Pedro Yves é diretor de redação<br />

pedroyves@editorareferencia.com.br<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 5


(revista propaganga.com.br)<br />

Entrevista<br />

Muito bacana a entrevista com o Fábio,<br />

desafios do dia a dia de uma agência<br />

aliado a uma mudança total de cultura<br />

não é para qualquer um. Gostei do lado<br />

mais humano que a revista direcionou<br />

as perguntas, acho que no fundo são essas<br />

perguntas que gostaríamos de fazer.<br />

Lúcia Machado, SP<br />

Opinião<br />

Essa coluna é sensacional. O Eustachio é<br />

simples, direto e brilhante. Vale a pena a leitura.<br />

Eu recomendo!<br />

Márcio Souza, SP<br />

Perfil<br />

Amo a Almap. Baita agência criativa com<br />

trabalhos maravilhosos. É muita cabeça boa<br />

pensando junto. Parabéns Almap e <strong>Propaganda</strong><br />

por esse perfil.<br />

Antônio Prado, SC<br />

A Almap é uma agência fora da curva. Os<br />

trabalhos dispensam qualquer apresentação,<br />

mas é sempre bom saber mais sobre<br />

receitas de sucesso. Dá pra gente aproveitar<br />

um pouco nos nossos negócios.<br />

Fátima Nunes, SP<br />

A Almap consegue se reinventar e surpreender<br />

a todo tempo. Tive a impressão de estar<br />

lendo sobre outra agência. Porque sou assinante<br />

da revista e o último perfil da Almap<br />

foi em setembro, mas não é que a agência já<br />

traz novidades no modelo de atuação com<br />

uma pegada de inovação meses depois!<br />

Priscila Medeiros, SP<br />

Mídia<br />

A matéria ficou demais viu!!!!<br />

Nikolas Capp, Campinas<br />

Obladi, Obladá<br />

Que bom que a coluna do Castelo voltou.<br />

O nome é outro, mas o conteúdo<br />

irreverente é o mesmo, graças à Deus!<br />

Já faz tempo que acompanho as crônicas<br />

dele.<br />

Carlos Suarez, Fortaleza<br />

Hobby<br />

Que matéria linda. Nós adoramos. Três páginas.<br />

Ficou linda a matéria. Já compartilhamos<br />

com a agência. Muito obrigada. O Guto<br />

disse que ficou muito, mas muito legal.<br />

Parabéns!!!”<br />

Claudia Pereira, SP<br />

Click do Ale<br />

O calendário da Pirelli é um sucesso! Amo as<br />

fotos! Mandou bem Ale, estou esperando as<br />

próximas fotos. Você arrasa!<br />

Celina Amorin, SP<br />

Errata<br />

Na última edição da <strong>Propaganda</strong> (782/<br />

maio) na seção Linha Direta, onde se lê:<br />

“... uma única peça comprometida...”,<br />

leia-se “... uma única peça não comprometida...”<br />

o parágrafo fica assim: Há<br />

que se destacar, porém, na história da<br />

AlmapBBDO, desde a sua fundação nos<br />

anos 50 do século passado, sob a denominação<br />

de Alcântara Machado Publicidade,<br />

um inequívoco compromisso<br />

com a criatividade. Seu produto final<br />

sempre procurou inovar, com o cuidado<br />

observado pelas gerações de executivos<br />

e profissionais que por lá passaram, alcançando<br />

de forma ainda mais ampla a<br />

que hoje responde pela agência, de jamais<br />

assinar uma única peça não comprometida<br />

com esse princípio.<br />

Diretor de Redação: Pedro Yves<br />

propaganda@editorareferencia.com.br<br />

Editora assistente: Suzi Cavalari<br />

suzi@editorareferencia.com.br<br />

Editor de fotografia: Alê Oliveira<br />

Direção de arte: Anilton Rodrigues Marques<br />

anilton@editorareferencia.com.br<br />

COLABORADORES<br />

Carlos Castelo, Dorinho Bastos, José Eustachio,<br />

Nelson Varón Cadena e Alberto Pardo<br />

diretora comercial<br />

Mel Floriano<br />

mel@editorareferencia.com.br<br />

Gerente comercial<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Diretores<br />

Armando Ferrentini<br />

Nello Ferrentini<br />

GERENTE master de marketing<br />

Tatiana Milani Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Diretor-Executivo<br />

Tiago A. Milani Ferrentini<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

circulação<br />

Vendas de Assinaturas/Central de Renovações/Exemplares<br />

Atrasados/Central de Atendimento a Assinantes:<br />

assinatura@editorareferencia.com.br<br />

SÃO PAULO<br />

Rua François Coty, 228 - CEP 01524-030<br />

São Paulo - SP - Tels.: (11) 2065-0738<br />

DEMAIS ESTADOS:<br />

0800 704 414 9<br />

RIO GRANDE DO SUL<br />

Porto Alegre - Telefax (51) 3346-4418<br />

Colaboradora<br />

Ana Paula Jung<br />

propsul@uol.com.br<br />

(51) 3346-4418<br />

REPRESENTANTES COMERCIAIS<br />

AM - atendimento@vrassessoria.com.br<br />

AL/SE - comercial@gabinetedemidia.com.br<br />

BA - bette.fernandes@gmail.com<br />

CE/MA/PI - ricardo@moviemidia.net<br />

DF - fernando@meioemidia.com<br />

ES - Didimo.effgen@uol.com.br<br />

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MT/MS - propmarkmtms@terra.com.br<br />

PA - propmark.para@gmail.com<br />

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PR - miriam@linscomunicacao.com.br<br />

RJ - propmarkrj@gmail.com<br />

RS - flavio.duarte@terra.com.br<br />

SC - anuar@comtato.net<br />

INTERIOR SP - fernando@fecampos.com.br<br />

celso@grupocrcom.com.br<br />

luciane@hbm.net.br<br />

Grande São Paulo<br />

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Educacional Estado De São Paulo<br />

jdias@moboup .com.br<br />

Turismo Estado De São Paulo<br />

gilmar@gsfpublicidade.com.br<br />

A revista <strong>Propaganda</strong> é uma pu blicação<br />

mensal da Editora Refe rência Ltda.<br />

Tiragem 20 mil exemplares<br />

CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />

FILIAção:<br />

Fale com a redação. Envie sua opinião para: propaganda@editorareferencia.com.br<br />

As mensagens recebidas poderão ser editadas e publicadas de forma reduzida.<br />

A revista <strong>Propaganda</strong> utiliza a<br />

tinta ecológica ISO BIO-REVERSE,<br />

da Premiata na impressão de<br />

suas edições<br />

6 propaganda | junho <strong>2016</strong>


linha direta<br />

(Ferrentini)<br />

Ruptura<br />

“Brasileiros que ainda acreditam nesses políticos, justificam dizendo<br />

que o dinheiro arrecadado de forma ilícita obedecia a um projeto<br />

de poder que em primeiro lugar visava defender os pobres”<br />

1. A LDC, tema de capa e da seção Perfil desta edição de <strong>Propaganda</strong>, vem realizando uma ruptura<br />

no modelo tradicional de agência em nosso país, procurando acompanhar as mudanças<br />

do mercado, além das exigências dos próprios clientes anunciantes e do público consumidor<br />

das marcas que atende.<br />

Formada basicamente na sua cúpula por jovens, porém experientes profissionais, sob a liderança de<br />

Guga Ketzer, a LDC tem procurado de fato alterar o modelo de atendimento e mesmo de completa<br />

parceria com os seus clientes.<br />

Comandando a mídia, por exemplo, Daniel Chalfon foge do uso clássico dos meios, sempre em busca<br />

de inovações que possam favorecer as contas que a agência atende.<br />

No planejamento, o valoroso publicitário Ken Fujioka tem repetidas demonstrações de como<br />

é possível planejar campanhas que acompanhem os objetivos de marketing dos seus clientes-<br />

-anunciantes, mostrando aos mesmos novos caminhos para serem trabalhados em um mercado<br />

em constante mutação.<br />

Márcio Callage é o VP de desenvolvimento da LDC e sabe como poucos aplicar os segredos do desenvolvimento<br />

mesmo em uma economia em crise como vivemos atualmente no Brasil.<br />

> Armando Ferrentini é diretor-presidente<br />

da Editora Referência<br />

E o quadro avançado da agência se completa com Ronaldo Severino, diretor financeiro/administrativo,<br />

com sólida formação profissional na área, tendo já trabalhado em outras agências de sucesso an-<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

teriormente, que atendiam importantes clientes como demonstra a seção Perfil da presente edição.<br />

A LDC não está prometendo uma ruptura. Diante do que o leitor poderá ler na matéria de Suzi Cavalari com<br />

fotos de Alê Oliveira (o profissional de fotografia mais conhecido do mercado publicitário brasileiro e que<br />

vem de cobrir com sua técnica de ângulos diferenciados, o recente Cannes Lions), a LDC encontra-se em plena<br />

ruptura, demonstrando que a palavra não é apenas fachada, mas aplicada com rigor absoluto pela agência<br />

em defesa dos seus clientes e do próprio mercado.<br />

2. O Brasil está demorando muito para combater uma crise infernal, causada por desvarios de um governo<br />

que tentou fazer do país a sua casa.<br />

Muito do que sabemos de erros grosseiros cometidos por importantes personagens do governo Dilma Rousseff, inclusive<br />

malfeitos como ela própria gostava de repetir em um passado recente, para dizer que jamais a eles recorria,<br />

têm ordem de grandeza jamais vista em desvios de numerário público dos diversos órgãos oficiais.<br />

Brasileiros que ainda acreditam nesses políticos, justificam dizendo que o dinheiro arrecadado de forma ilícita obedecia<br />

a um projeto de poder que em primeiro lugar visava defender os pobres.<br />

Conversa absolutamente sem sentido, primeiro porque nenhum fato delituoso pode ser justificado dessa maneira, e<br />

segundo porque, na verdade, essa defesa jamais aconteceu, não na escala que eles têm alardeado.<br />

Vamos torcer – e muito – para que o Senado acabe por afastar de forma definitiva a presidente Dilma Rousseff, consolidando<br />

o seu vice Michel Temer até o término do mandato em 2018.<br />

Pode não ser a melhor opção para muitos, mas é o que temos com validade para a função. Realizar outra eleição em<br />

outubro próximo, é de um absurdo enorme, que só poderá piorar ainda mais a crise, prolongando-a quem sabe por<br />

muito mais tempo do que as pessoas de bem deste país e razoavelmente preparadas, esperam que aconteça.<br />

Ninguém aguenta mais as consequências de uma crise fabricada por falta de escrúpulos.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 7


memória<br />

(Cadena)<br />

Galeria<br />

É a primeira vez nos quinze anos em que escrevo esta coluna que o texto são as imagens.<br />

Fiz uma seleção de alguns personagens e momentos da propaganda brasileira<br />

que vale a pena registrar nas páginas dessa revista. Alguns são personagens que tiveram<br />

singular influência e representatividade na propaganda da primeira metade do<br />

século XX, a exemplo de Cosi, Wilda, Nice, Orlandi e Parmegiani. E você leitor há de<br />

convir, são fotos que têm um valor para além do simples registro.<br />

Eric Nice, primeiro programador visual da revista <strong>Propaganda</strong> e, na época da<br />

foto, decano dos diretores de arte e seu maior ícone, recebendo em 1974 um<br />

prêmio conquistado pela Salles no Festival de Cannes<br />

A bela Nair de Tefé, esposa do Marechal Hermes da Fonseca, na<br />

elegância dos seus 90 anos. Na companhia do Grande Otelo, ambos<br />

ciceroneados por Fernando Gerardó, da Lintas, no Copacabana Palace<br />

> Nelson Varón Cadena é autor do livro “Brasil –<br />

100 Anos de <strong>Propaganda</strong>” e editor do blog<br />

almanaquedacomunicacao.com.br/blog<br />

Oswaldo Mendes recebe do<br />

prefeito Coutinho Jorge, de<br />

Belém (PA), a medalha ao mérito<br />

no aniversário da cidade, em 1988<br />

8 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Said Farhat foi nomeado ministro da Comunicação Social no Governo do general<br />

Figueiredo em 1978. O mercado publicitário homenageou o ex-diretor da<br />

Standard e da J.Walter Thompson com um almoço para 300 convidados vips<br />

A elegância de Gerhard Wilda, um dos maiores diretores de arte que o Brasil<br />

já teve, o criador do logo da Kibon, à direita. Do outro lado da foto, a beleza<br />

de Bruna Lombardi em noite de festa da propaganda brasileira<br />

Três decanos da propaganda brasileira: Francisco Teixeira Orlandi,<br />

Leonel Parmegiani e Júlio Cosi<br />

Esse era o computador dos anos 1970. Prancheta de Licínio de Almeida,<br />

diretor de arte da Standard e responsável por inúmeras capas da<br />

<strong>Propaganda</strong> na sua face inicial. Na época da foto trabalhava na Gang<br />

O sorriso do saudoso Eloy Simões, primeiro à esquerda, um dos fundadores<br />

do Prêmio Colunistas e por muitos anos colaborador desta revista<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 9


entrevista<br />

(Luis Martini)<br />

In vino veritas<br />

> por Suzi Cavalari<br />

foto divulgação<br />

10 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

Com 140 mil sócios, 300 mil clientes ativos, 7,3 milhões de garrafas comercializadas<br />

em 2015 e um portfólio de mais de dois mil rótulos (incluindo cervejas especiais<br />

e vinhos), a Wine.com.br, fundada por Rogerio Salume, completará oito<br />

anos em novembro. Uma empresa fora da curva, por assim dizer, surgiu com<br />

o propósito de democratizar o mundo do vinho. Para isso, trouxe ideias inovadoras,<br />

além da webstore, que já é o terceiro maior e-commerce de vinhos do<br />

mundo, mantém o ClubeW, o maior clube de vinhos da América Latina, no qual<br />

os associados recebem mensalmente uma WineBox com duas, quatro ou seis<br />

garrafas de vinhos, cuidadosamente selecionados pela equipe de Winehunters.<br />

Considerada a empresa mais inovadora do Brasil, na categoria varejo on-line e<br />

a 6ª no ranking geral, segundo pesquisa da DOM Strategy Partners, seus colaboradores<br />

são chamados de Wineanos. Em abril, venceu na categoria Content<br />

is King do prêmio Markie Awards <strong>2016</strong>. Realizado na Modern Marketing<br />

Experience, em Las Vegas, evento promovido anualmente pela Oracle Corporation<br />

que reconhece empresas pela excelência no marketing moderno, na<br />

ocasião, foi a única brasileira da categoria em que concorreram as empresas:<br />

Dell Inc., Atmel Corporation, Sammons Retirement Solutions e TD Ameritrade<br />

Institutional. Algumas ações como estas diferenciam a atuação da Wine no<br />

mercado, como a do Dia Internacional da Mulher, em que a WBeer (lançada há<br />

dois anos para comercializar cervejas especiais) trouxe uma campanha que<br />

valoriza o público feminino, na contramão das campanhas habituais do mercado<br />

cervejeiro, representada especialmente pelas mulheres que estão neste<br />

universo. O objetivo foi reforçar a real posição que elas ocupam na sociedade,<br />

trazendo questões de âmbitos sociais e, principalmente, valorizá-las no mercado<br />

da cerveja com o slogan “Cerveja de mulher é a que ela quiser”. Desde 2012<br />

a Wine.com.br é integrante do e.Bricks Digital, braço do grupo RBS, companhia<br />

criada para desenvolvimento de negócios no setor digital com investimentos<br />

estratégicos, participando de empresas inovadoras, em estágio de alto crescimento,<br />

líderes em suas áreas de atuação. Luis Martini, diretor de marketing<br />

da Wine.com.br, executivo que por mais de 10 anos atuou na Natura, conta nas<br />

próximas páginas as estratégias que garantem os bons resultados da empresa.


A Wine recentemente foi premiada na<br />

categoria Content is King do prêmio<br />

Markie Awards <strong>2016</strong>. Como foi isso?<br />

Fugindo do óbvio que ficamos superfelizes.<br />

O que está por trás disso é quanto<br />

os nossos sócios nos pedem esse tipo de<br />

conteúdo. Tudo o que fazemos é para<br />

atende-los. O nível de envolvimento na<br />

Wine é bastante elevado, alguns exemplos<br />

destes engajamentos me deixaram<br />

impressionado assim que cheguei<br />

(outubro). Já de cara fiz uma pesquisa<br />

com os associados sobre a relevância<br />

dos nossos conteúdos. Um questionário<br />

com 90 perguntas, sem nenhum brinde<br />

para os respondentes. Em apenas<br />

uma semana mais de três mil pessoas<br />

responderem. Era 21 de dezembro, às<br />

vésperas do Natal, pior período para<br />

pesquisa. Continuamente estamos acessando<br />

os clientes para melhorar nossos<br />

conteúdos, um trabalho natural para<br />

nós. Porque temos um time dedicado a<br />

gerar conteúdo, com especialistas divididos<br />

por canais.<br />

Fabio (à esquerda) com o time 360i - Axios<br />

Abaixo, cenas da campanha Adaptoys<br />

Divide também o conteúdo conforme o<br />

perfil do consumidor?<br />

Diferente de algumas empresas que<br />

trabalham de forma mais massiva, nós<br />

segmentamos todos os nossos trabalhos<br />

de comunicação e conteúdo. Quando<br />

vamos mandar um newsletter, e-mail<br />

marketing, fazemos uma adaptação do<br />

conteúdo que está sendo enviado, da<br />

oferta de produto e posicionamento<br />

de preço, porque sabemos exatamente<br />

o comportamento de consumo e<br />

de navegação no site de todos os consumidores.<br />

Conseguimos, inclusive,<br />

gravar onde a pessoa clicou durante a<br />

“O nível de assertividade é tão alto que a taxa<br />

de abertura é superior a 90%. Estamos buscando<br />

cada vez mais adequar target, público alvo,<br />

com conteúdo adequado e oferta de produto”<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 11


entrevista<br />

“Já adesivamos uma<br />

aeronave da Azul<br />

(abril/2015), por exemplo.<br />

Temos desejo de aumentar<br />

isso, ainda estamos<br />

estudando como, e<br />

desenvolvendo o<br />

segmento no Brasil”<br />

navegação no site. Consigo<br />

cruzar tudo isso, quando<br />

alguém receber um e-<br />

-mail marketing no dia,<br />

na verdade fizemos 60,<br />

mas cada cliente receberá<br />

apenas um. O nível de assertividade<br />

é tão alto que<br />

a taxa de abertura é superior<br />

a 90%. Estamos buscando<br />

cada vez mais adequar<br />

target, público alvo,<br />

com conteúdo adequado<br />

e oferta de produto. Tem marcas que ora trabalha<br />

conteúdo, ora vendas, eu não acho honestamente<br />

que é a melhor forma que se faz com o tempo do<br />

consumidor. Porque se tem um produto que vende<br />

muito é porque as pessoas se lembram dele,<br />

por que não gerar conteúdo associado? O outro<br />

extremo também é perigoso, uma marca que todos<br />

amam, mas não compram. Brand lover para<br />

mim são pessoas que conhecem a marca, têm<br />

conhecimento espontâneo, desejo de consumir<br />

e compram. E é isso que trazemos para a Wine,<br />

quem conhece ama. Segmentação e personificação<br />

é o que temos buscado evoluir, como trago a<br />

persona para outros pontos de contato. Estamos<br />

fazendo até impulsionamento de mídias sociais<br />

segmentando de acordo com o target que queremos<br />

atingir. Entre a primeira quinzena de abril<br />

que fizemos uma abordagem mais generalizada<br />

e a segunda que foi mais personalizada, aumentamos<br />

a visualização em 600%. Gasta-se menos,<br />

com taxa de conversão muito maior.<br />

Quais são estas personas?<br />

Consolidamos em quatro. Identificamos o economizador<br />

que é caçador de barganha; o economizador<br />

extravagante que não quer gastar muito; tem<br />

o experimentador: aquele que adora provar sem<br />

restrição econômica e busca conhecimento, sem<br />

medo de errar; tem ainda o tradicional que lê mais<br />

sobre o tema, inclusive ficha técnica. Existe uma<br />

associação grande entre os consumidores de vinhos<br />

e cervejas.<br />

Com base nesses consumidores são feitas as<br />

estratégias de marketing?<br />

Exatamente. Se pensar em portfólio de produto<br />

o experimentador vai se sentir muito mais à<br />

vontade para experimentar um vinho da Nova<br />

Zelândia, Hungria, Albânia, do que o consumidor<br />

tradicional. Mandar este tipo de recomendação<br />

para o perfil mais tradicional, de um vinho sem<br />

classificação, com título e premiação, muito provavelmente<br />

não haverá conversão. Fazemos isso<br />

em primeiro lugar pensando em produto, pois<br />

temos uma seleção com 2,5 mil rótulos: como direciono<br />

minha oferta de produtos considerando<br />

as personas; em segundo lugar é preço, o posicionamento<br />

de cada marca versus o público, o que<br />

faz toda a diferença. Não adianta eu oferecer uma<br />

garrafa de R$ 6 mil para o economizador. Depois<br />

pensamos em conteúdo, com um conceito novo<br />

de ideias líquidas (Bauman, sociólogo e escritor),<br />

por exemplo, harmonização é extremamente desejada<br />

como conteúdo pelos nossos sócios. Como<br />

a ideia se molda para os canais de comunicação<br />

da marca? Para o YouTube subo um vídeo da receita<br />

de uma moqueca harmonizando com um<br />

vinho, no Facebook vai um post com foto, na revista<br />

vai um anúncio da vinícola com a sugestão<br />

do prato. É moldar a ideia de acordo com o canal<br />

de comunicação.<br />

E o canal de comunicação forte é o digital?<br />

Sim. Mas fazemos mídia impressa. Já adesivamos<br />

uma aeronave da Azul (abril/2015), por exemplo.<br />

Temos desejo de aumentar isso, ainda estamos estudando<br />

como, e desenvolvendo o segmento no<br />

Brasil. O e-commerce cresce mais que qualquer<br />

outro canal, também conseguimos oferecer uma<br />

diversificada gama de produto, além da penetração<br />

média do consumo de vinho no país, que ainda é<br />

baixa, temos muito espaço a crescer.<br />

Pode se dizer que está acontecendo ao mesmo<br />

tempo o desenvolvimento do e-commerce e o<br />

consumo de vinho no Brasil?<br />

Sim. Como a aceitação da compra do e-commerce.<br />

Quando a Wine foi lançada não existia comprar<br />

12 propaganda | junho <strong>2016</strong>


LDC.<br />

MAS PODE CHAMAR<br />

DE A AGÊNCIA DE:<br />

ADRIANA FAVARO, ADRIANO SOUZA,<br />

ALESSANDRA PIMENTEL, ALESSANDRO NILO,<br />

ALEXANDRE SCAFF, ALINE PRATES, ALLAN<br />

NUNES, ÁLVARO BARTH, ANA LAURA POHL,<br />

ANA LUISA ANDRÉ, ANA PAULA BECKER, ANA<br />

SABA, ANDRÉ GUIMARÃES, ANDRÉ HOSOUME,<br />

ANDRÉ MICHELS, ANDRÉ SERANTE, ANDRÉ<br />

TROSTER, ANNA MARTHA DUARTE, ANNE<br />

ABDON MOURA, BÁRBARA OLIVEIRA, BRUNA<br />

CARLETTI, BRUNA SIMÕES, BRUNO BRESSAN,<br />

BRUNO GOMES, BRUNO SATTIM, CAUIQUE<br />

DUTRA, CAMILA LEITE, CAMILLA CIAPPINA,<br />

CARINA BRANCO, CARLA CARDENUTO,<br />

CARLA PATRICIA CONCEIÇÃO, CARLOS<br />

CÉSAR, CARLOS MASCHETI, CAROLINA<br />

NIGRO, CAROLINE GUISELINI, CÁSSIO MORON,


entrevista<br />

vinho no Brasil sem pegar na garrafa. A segunda<br />

inovação foi a Winebox, porque não tinha como<br />

transportar vinho no avião. Antigamente era naquelas<br />

caixas de madeira, quebrava. A Winebox foi<br />

a primeira embalagem certificada pela Anac para<br />

transportar garrafa. Nossa avaria é de menos de 1%.<br />

Tem uma verba anual destinada a marketing?<br />

É um percentual da receita líquida que varia entre 5<br />

e 7%. O faturamento do ano passado foi de R$ 300<br />

milhões.<br />

Tem previsão de crescimento?<br />

A previsão do e-commerce é de 8% de aumento nas<br />

vendas. Nós estimamos ultrapassar isso chegando<br />

a duplo dígito. Estamos revisando alguns números,<br />

mas será acima de 10%. A Wine é líder, infelizmente<br />

vimos o encerramento da operação da Sonoma<br />

(concorrente); só por este evento já ganharíamos.<br />

Desejamos crescer acima do mercado, com isso ganharemos<br />

market share.<br />

A questão da alta do dólar atrapalha o negócio,<br />

considerando que os vinhos são importados?<br />

Nosso planejamento estratégico do ano prevê uma<br />

evolução da curva do dólar no ano, pensando num<br />

cenário pessimista. E tem que ser assim porque senão<br />

não se consegue trabalhar no Brasil.<br />

Podemos dizer que é um negócio favorável<br />

porque se o cenário é ruim as pessoas tendem<br />

a beber para esquecer ou se está tudo bem,<br />

para comemorar?<br />

Não. Mas tem um fator bacana que são as pessoas<br />

estarem comemorando mais em casa, seja para<br />

economizar, seja para estar num ambiente mais<br />

controlado.<br />

Em abril vocês fecharam com a DPZ&T.<br />

Já tem campanha sendo elaborada?<br />

Gostamos muito do trabalho dessa agência. Não somos<br />

um anunciante do porte dos clientes que ela<br />

tem, mas viram na Wine uma aposta. Uma oportunidade<br />

de ajudar nossa empresa a crescer, e crescerem<br />

conosco, uma parceira. Já começamos a fazer<br />

alguns trabalhos como o de usabilidade do site,<br />

como melhoramos a experiência dos nossos consumidores<br />

dentro do nosso portal. Começamos num<br />

ritmo mais devagar, neste mês já temos um diagnóstico<br />

e estamos retrabalhando nosso posicionamento,<br />

não que seja mudança, mas estamos tentando<br />

uma abordagem nova com olhar mais fresco.<br />

A ideia é trazer um institucional, em primeiro momento<br />

só será a Wine, até para testarmos. Gostaríamos<br />

de fazer mídia impressa, testar um pouco o<br />

mundo off-line. Este ano teremos também um filme<br />

para TV, deve sair mais para o final do ano.<br />

A campanha da WBeer do Dia Internacional<br />

da Mulher foi bem diferente do que o<br />

mercado cervejeiro costuma fazer.<br />

A DPZ&T deve seguir essa linha?<br />

Essa campanha foi feita totalmente dentro de casa.<br />

Foi bem provocativa, acho que tem ali uma oportunidade<br />

para nós de irmos<br />

contra o mercado, é uma<br />

ousadia de questionar o<br />

status quo, de fazer o contrário.<br />

A Wine nasceu assim.<br />

Essa pegada de seguir<br />

o contrário do mercado é o<br />

caminho de diferenciação<br />

para nós, que tem personalidade<br />

Wine/WBeer.<br />

“A previsão do e-commerce<br />

é de 8% de aumento nas<br />

vendas. Nós estimamos<br />

ultrapassar isso chegando<br />

a duplo dígito. Estamos<br />

revisando alguns números,<br />

mas será acima de 10%”<br />

Por que foi considerada a<br />

empresa mais inovadora<br />

no varejo?<br />

Tem coisas que são muito sutis, mas reverberam<br />

muito mais do que imaginamos. Vou dar<br />

um exemplo real, fizemos um anúncio de um vinho<br />

com uma pizza. Um sócio comprou o vinho<br />

e ligou para a Wine dizendo que queria a pizza,<br />

explicamos que era só uma sugestão de harmonização,<br />

mas em meia hora mandamos uma pizza<br />

para ele, de surpresa. Ele já havia desligado o<br />

telefone e nem esperava. Esse é o tipo de coisa<br />

que arrepia quem trabalha com marketing. Outro<br />

exemplo, no final do ano passado um cervejeiro<br />

nada romântico nos contou que adorava cerve-<br />

14 propaganda | junho <strong>2016</strong>


CECILIA CILENTO, CELSO DAL SASSO, CÉSAR<br />

MONTEIRO, CLÁUDIA SCHNEIDER, CLAUDIA<br />

STANCEV, CLAUDIA WESCHENFELDER,<br />

CLÉBER VIEIRA, DANIEL CHALFON, DANILO<br />

MASO, DANILO OLIVEIRA, DAVID MAIA, DAVI<br />

DOS SANTOS, DENISE PERRUPATO, DENIS<br />

LISBOA, DINO MISAEL, DUDA DOS REIS,<br />

EDILEUZA MAIA, EDSON DA SILVA, EDUARDO<br />

COLEONI, EDUARDO TALLIA, ELIANE BARROS,<br />

EMERSON ALVES, EVERTON BEHENCK,<br />

FABIANA MANTOVANI, FABIANE FERRAREZI,<br />

FABIANE VEIGA, FÁBIO CÂMARA, FÁBIO<br />

SABOYA, FABRÍCIO KASSICK, FABRÍCIO<br />

PRETTO, FELIPE REIS, FERNANDA CAMARGO,<br />

FERNANDA MOINO, FERNANDA TEIXEIRA,<br />

FERNANDO ARINS, FERNANDO BUENO,<br />

FERNANDO ROCCO, FLÁVIA ITO, GABRIEL<br />

ABRUCIO, GABRIELA MAIA, GERSON PERUZZI,<br />

GETÚLIO DE SOUSA, GIAN LUCAS SAMPAIO,<br />

GLAUCIA GUERRA, GUGA KETZER,<br />

GUILHERME GAROFALO, GUILHERME PALMA,<br />

HENRIQUE OMIYA, IAN BORTZ, INÁ FRAGA,


entrevista<br />

“Lançamos o Wine Eventos,<br />

um site para atender os<br />

pedidos dos nossos sócios<br />

de estarmos presentes nos<br />

momentos especiais deles,<br />

como festas, casamentos.<br />

Queremos fazer disso uma<br />

continuidade da estratégia<br />

da Wine. Será um serviço<br />

de consultoria de<br />

harmonização, quantidade<br />

necessária”<br />

jas especiais e iria pedir a<br />

namorada em casamento,<br />

queria que fosse algo especial.<br />

Reproduzimos os<br />

momentos marcantes da<br />

história deles em rótulos<br />

que colamos em cervejas<br />

especiais, o último rótulo<br />

continha o pedido. Só isso<br />

já bastava, mas ainda demos<br />

a festa a eles, montamos<br />

uma ilha com os rótulos<br />

personalizados. O que<br />

nos diferencia no final do<br />

dia é isso. É o que nos faz<br />

inovadores. Levamos em<br />

consideração a opinião<br />

dos nossos sócios.<br />

Tem sazonalidade de vendas?<br />

Muita. Tem duas óticas para ver sazonalidade. A<br />

primeira é a natural, orgânica, que são as datas comemorativas<br />

do varejo e o clima, junho a agosto<br />

é de se esperar que se venda mais porque é mais<br />

frio, convidativo para um bom vinho. A segunda<br />

é uma curva causada pela Wine que é março e<br />

novembro. Março porque é aniversário do clube,<br />

vira um pico de vendas, mês voltado aos sócios,<br />

com campanhas, viagens, premiação, tempo de<br />

casa. No último mês de março fizemos seis meses<br />

de clube e encontramos mais de 900 pessoas que<br />

estavam conosco desde o dia 1; para estes mandamos<br />

uma Winebox especial com brindes. Já<br />

novembro é aniversário da Wine, que neste ano<br />

completará oito anos.<br />

Qual a representatividade da Wine e da WBeer?<br />

A WBeer tem previsão de crescer 40%, até pela base<br />

ser menor. Ela teve faturamento de R$ 30 milhões<br />

no ano passado. O consumo de cervejas especiais<br />

tem crescido.<br />

Tem novidades para este ano?<br />

Lançamos o Wine Eventos, um site para atender<br />

os pedidos dos nossos sócios de estarmos presentes<br />

nos momentos especiais deles, como festas,<br />

casamentos. Queremos fazer disso uma continuidade<br />

da estratégia da Wine. Será um serviço de<br />

consultoria de harmonização, quantidade necessária.<br />

Também vamos lançar a compra programada,<br />

porque todo mundo compra vinho e esquece<br />

da água, temos boas águas no nosso portfólio. Desenvolvemos<br />

um serviço em que o sócio recebe na<br />

periodicidade, quantidade e marca que ele escolher,<br />

regularmente, a água em sua casa. Faremos<br />

isso também com a cerveja. Temos 25 projetos em<br />

desenvolvimento.<br />

Tem planos de ampliar venda para outras<br />

categorias de bebidas?<br />

Sim. Estamos testando uma vodca americana no<br />

nosso site, a New Amsterdam da Gallo que é um<br />

parceiro nosso nos Estados Unidos, para testarmos<br />

a atratividade. Custa R$ 60. Ao invés de ganhar<br />

margem a gente garante que mais pessoas possam<br />

consumir.<br />

Vão mudar de sede?<br />

Sim. Ainda está em obras, fica em Vitória (ES). Projeto<br />

feito para a Wine, com chuveiros para os colaboradores<br />

que forem trabalhar de bike, por exemplo.<br />

A previsão era de inaugurar em setembro, mas<br />

fizemos alterações para aperfeiçoar a obra, será o<br />

lugar para recebermos as pessoas. Então deve ficar<br />

pronta no início do ano que vem. Toda a parte administrativa<br />

vai mudar para lá.<br />

O que mudou após a entrada do E.bricks na<br />

operação?<br />

A Wine desde que nasceu sempre foi auditada com<br />

transparência total nos números. Entra para somar.<br />

A Wine era mais jovem ainda. E a E.bricks via<br />

RBS entra para ajudar com governança, política de<br />

ética. Um grupo grande traz isso, garantir mais controle<br />

com melhoria de processos. Temos reunião<br />

de board para priorização de projetos, para ganhar<br />

produtividade reduzindo custos, por exemplo.<br />

16 propaganda | junho <strong>2016</strong>


INDAIARA PELIZARIO, IRIA ANDRÉ, IZABEL<br />

DE ABREU, JAIME MAIANTE, JÉSSICA DOS<br />

SANTOS, JÉSSICA MORAES, JÉSSICA SOUZA,<br />

JOÃO MENDES, JOSEFA DO NASCIMENTO,<br />

JULIANA AMBOLD, JULIANA CANDUCCI, JÚLIO<br />

CÉSAR BIANCULLI, KARINA REBELO, KARINA<br />

VADASZ, KELLY COTTA, KEN FUJIOKA, KIKO<br />

BORGER, KIKO FERREIRA, LAURA LEME, LAURA<br />

MORAES, LAURA RAMOS, LEANDRO OTSUKA,<br />

LEANDRO THOT, LETÍCIA VONO, LEVI SANTOS,<br />

LILIANE SOUSA, LÍVIA MARQUEZI, LUCAS ITRI,<br />

LUCAS PESTANA, LUCAS VINAGRE, LUCAS<br />

OLIVEIRA, LUCIA CLEMENTE, LUCIANO<br />

MARANGONI, LUIZA VALENTI, LUIZ FERREIRA,<br />

MARCELO AGOSTINHO, MARCELO BÁZAN,<br />

MARCELO CÂMARA, MARCELO MARQUES,<br />

MARCELO TOMIOKA, MARCELO VENDRAMEL,<br />

MÁRCIO CALLAGE, MÁRCIO PELENSE,<br />

MARCOS AURÉLIO FRANCO, MARCOS<br />

MOURA, MARIA EUGÊNIA MORAES, MARIA<br />

EUNICE DE ALMEIDA, MARIANA SALGADO,<br />

MARILEUZA OLIVEIRA, MARÍLIA CHIARELLI,


(José Eustachio)<br />

A mesa de sinuca<br />

Arquivo pessoal<br />

> José Eustachio é chairman da<br />

Talent Marcel<br />

Nos últimos tempos, um pensamento recorrente tem instigado minha curiosidade:<br />

por que as empresas que se pretendem inovadoras incluem na decoração dos seus<br />

escritórios uma mesa de sinuca revestida, preferencialmente, de feltro vermelho, em<br />

substituição ao tradicional verde? No lugar mais nobre, em destaque, no ambiente<br />

de trabalho, lá está a mesa de sinuca reinando entre previsíveis cadeiras, mesas e<br />

poltronas.<br />

Movido pela minha curiosidade, fui pesquisar na web a origem do jogo de sinuca, ou<br />

bilhar, se preferir, na expectativa de encontrar algo que pudesse me ajudar a decifrar<br />

o significado da sua adoção, tão frequente, no ambiente corporativo das empresas<br />

atuantes na nova economia, nas startups e congêneres. Fracasso total, não descobri<br />

nada de revelador.<br />

De acordo com minha pesquisa, a origem da sinuca data da era do homem primitivo,<br />

porém, teria sido no século XV, no que chamamos hoje Continente Europeu, que<br />

teria assumido seu formato mais próximo do que conhecemos hoje. Nada de relação<br />

com algo místico, ou simbolismos de disputa entre machos, guerra ou qualquer outra<br />

expressão da natureza humana. Apenas uma forma prosaica de passar o tempo.<br />

Recorrendo minha memória, recordei que há alguns anos toda casa bacana tinha um<br />

salão de jogos e uma mesa de sinuca, nesse caso, forrada de feltro verde, que, por<br />

alguns poucos meses, era o centro das atenções, até cair no desuso e passar a ser utilizada<br />

como suporte para aquelas tralhas que queríamos tirar do caminho. Novamente<br />

falhei em identificar alguma conexão que respondesse minha curiosidade sobre a<br />

mesa de sinuca no ambiente corporativo.<br />

Na minha necessidade de encontrar uma explicação, cheguei mesmo a pensar que<br />

algum fabricante de mesas de sinuca poderia ter montado um conluio com decoradores<br />

e arquitetos, com o intuito de convencer seus clientes sobre a importância de<br />

incluir esse indispensável objeto na montagem dos seus escritórios, mas no final me<br />

pareceu um plano sofisticado demais para ser levado a cabo.<br />

Lamento confessar, mas continuo corroído pela curiosidade, impotente em encontrar<br />

uma razão do porquê de uma mesa de sinuca de feltro vermelho no meio do escritório.<br />

Poderia ser uma forma de se mostrar contra as convenções? Não, muito primário.<br />

Seria a senha para ser aceito no clube dos modernos? Não, muito superficial.<br />

Talvez possa ser uma tentativa de criar um clima de descontração? Não, muito clichê.<br />

Realmente eu acredito que as empresas, verdadeiramente inovadoras, que estão<br />

quebrando paradigmas, adotando modelos de relação com o trabalho menos formais<br />

e gerando ideias, soluções e produtos, que estão mudando nossa maneira de viver,<br />

não precisariam desse tipo de recurso fácil, de um artifício cenográfico, elas são o<br />

que são, porque assim são. Então volta o pensamento: o que aquela maldita mesa de<br />

sinuca forrada de feltro vermelho está fazendo lá?<br />

18 propaganda | junho <strong>2016</strong>


MARILIZA FELIZARDO, MARINA PEDROLLO,<br />

MÁRIO BARBALHO, MELISSA DE ANDRADE,<br />

MICHEL BARBOSA, NATALIA FERNANDES,<br />

NATALIE GRUC, NATHALIA KOTT, NELSON<br />

DA COSTA, NELSON GRAÇA, PAMELA BRITO,<br />

PATRICIA NUNES, PAULA MENDES, PAULA<br />

NUNES, PAULA PADILHA, PEDRO PEDREIRA,<br />

PRISCILLA MELLONE, RAFAELA BREVIGLIERI,<br />

RAFAELA PORTO, RAFAEL ÁVILA, RAFAEL<br />

LOPES, RAFAEL MANTESSO, RAFAEL MEREL,<br />

RAMON RIBEIRO, RAPHAEL FRANZINI,<br />

RAQUEL FERREIRA, REJANE DOS SANTOS,<br />

RENATA BELLOC, RENATA SVAIZER, RENATO<br />

NOSE, RICARDO BARROS, ROBERTA MORAES,<br />

ROBERTO PORTO, ROBERTO ROQUE,<br />

RODOLFO BELON, RODRIGO NÉIA,<br />

RODRIGO NINCAO, RODRIGO SANTANA,<br />

RODRIGO TAMER, ROGÉRIO LAYDNER,<br />

RONALDO SEVERINO, SAMUEL SIQUEIRA,<br />

SANDRA DE SOUZA, SEMIR GONÇALVES,<br />

SÉRGIO MUGNAINI, SID FERNANDES,<br />

SILVIO CARDOSO, SIMONI DE MEDEIROS,


digital<br />

(viewability)<br />

Arquivo pessoal<br />

É preciso ver e ser visto<br />

“Ao adotar o conceito de viewability, as marcas poderão<br />

separar o joio do trigo, pois a métrica não garante o sucesso<br />

da campanha, mas sim a oportunidade de que os usuários<br />

possam interagir e desta forma seguir o funil até a conversão”<br />

> Alberto Pardo é CEO e fundador<br />

da Adsmovil*<br />

Em qualquer mercado a necessidade de comprovação do retorno em relação ao investimento<br />

é prioridade tanto para quem investe como para quem presta o serviço. O ecossistema<br />

digital não é diferente e respira esse debate diariamente em busca de novas e mais precisas<br />

formas de mensurar o impacto e efetividade da publicidade. O último passo desta evolução<br />

é a criação da métrica de viewability, que permite a compreensão concreta da oportunidade<br />

de os usuários verem os anúncios.<br />

De acordo com números do IAB, 54% dos anúncios on-line passam despercebidos por parte<br />

dos usuários. Por esta razão, as marcas poderiam estar desperdiçando suas verbas ao pagar<br />

por anúncios que não são vistos. Por exemplo, se um banner carrega na parte inferior de uma<br />

página mobile, mas o usuário não a visualiza, essa impressão não é considerada visível. De<br />

acordo com o guia de boas práticas da entidade, para um formato display ser considerado<br />

“viewable” é preciso que 50% da peça esteja presente na tela ativa do usuário por pelo menos<br />

um segundo. No caso de vídeo, mínimo de 50% da área por pelo menos dois segundos.<br />

É diante deste panorama que o conceito de “viewability” ganha força, pois contribui para<br />

que os anunciantes passem a medir as impressões reais dos anúncios, ou seja, quando realmente<br />

o usuário vê a publicidade. Desta forma, o resultado de uma campanha não seria<br />

equivalente a mil impressões, mas sim de que mil pessoas a tenham visto.<br />

A nova métrica tem importância para todos os players da indústria. Do ponto de vista do anunciante,<br />

o que está em jogo é a segurança de que as peças não apenas foram entregues (impressões),<br />

mas também tiveram a oportunidade de serem vistas pelos usuários, ou seja, de que seu<br />

investimento não foi desperdiçado em peças que, por ventura, tenham sido entregues na tela<br />

inativa ou visíveis em apenas uma pequena fração de sua área total (abaixo de 50%).<br />

Ao adotar o conceito de viewability, as marcas poderão separar o joio do trigo, pois a métrica<br />

não garante o sucesso da campanha, mas sim a oportunidade de que os usuários possam<br />

interagir e desta forma seguir o funil até a conversão. Ao analisar o resultado de uma campanha<br />

com alta taxa de viewability, porém, com baixa conversão, será preciso identificar se a<br />

criação, mensagem e plano de mídia foram adequados ao público-alvo desejado. A tendência<br />

ao longo do tempo é o aprimoramento da campanha como um todo. Para os veículos,<br />

a métrica traz a pressão necessária para a reavaliação da qualidade dos inventários e que<br />

sejam pensados a partir da lógica da navegação fluida do usuário e não apenas com foco nas<br />

impressões.<br />

Diante deste contexto, acreditamos na importância da capacitação de agências e para oferecer<br />

aos anunciantes a possibilidade de contar com a métrica de viewability. É nosso papel<br />

demonstrar às marcas a qualidade do trabalho e confiança de que o investimento em publicidade<br />

mobile se reverterá em oportunidade de engajamento com seus consumidores.<br />

A demanda por transparência nos resultados no ecossistema digital exige como primeiro<br />

passo a adoção da métrica de viewability na mensuração das campanhas. Em publicidade é<br />

imprescindível ver e ser visto!<br />

20 propaganda | junho <strong>2016</strong>


SINÉSIO DE OLIVEIRA, STEFANIE GIANNINI,<br />

SUZANA DE QUEIROZ, TANCREDO DE SOUZA,<br />

THASSIO DE ARAUJO, THAYS ALMENDRA,<br />

THIAGO BOCATTO, THIAGO RODRIGUES,<br />

THIENY PRATES, THOMAS PETRECHE, TICIANA<br />

GOMES, VALQUÍRIA APARECIDA, VANESSA<br />

LIMA, VANESSA RAMALHO, VERA LUCIA MAIA,<br />

VICTÓRIA VIEIRA, VITOR BARBATO, VIVIAN<br />

DANTAS, WAGNER FRAGATA, WELTON SILVA,<br />

WILLIAM PAIVA, YOHANA NUNES, YURI SABOYA,<br />

ZEZÉ DIAS.<br />

LDC<br />

AV. BRIG. LUÍS ANTÔNIO, 4980<br />

JD. PAULISTA SÃO PAULO/SP<br />

01402 002<br />

WWW.<br />

LDC.AGENCY<br />

CONTATO<br />

@LDC.AGENCY


Perfil<br />

(LDC)<br />

Horizontal e<br />

multidisciplinar<br />

LDC propõe ruptura do modelo tradicional de agência para<br />

fortalecer relação de negócios com clientes e gerar novas receitas<br />

> por Suzi Cavalari<br />

fotos Alê Oliveira<br />

Guga Ketzer<br />

Sócio e presidente, com apenas quatro anos de profissão, ganhou o Leão<br />

de Ouro em Print no Young Creatives, em Cannes – o único conquistado<br />

até hoje pelo Brasil. Foi o único criativo latino-americano apontado pelo Advertising<br />

Age como um dos “Creatives You Should Know”. Na versão 2012<br />

da pesquisa AgencyScope, realizada com profissionais de marketing, foi<br />

apontado como um dos 13 publicitários mais destacados do Brasil. Entre<br />

os prêmios recebidos ao longo de sua carreira estão One Show, D&AD, Clio,<br />

LIA, Fiap, El Ojo, NY Festival, Prêmio Abril, CCSP, Wave, Webby Awards e 31<br />

Leões em Cannes (sendo 6 de Ouro). Também faz parte do board da Waves<br />

for Water, organização internacional que atua em 25 países e já levou água<br />

potável a mais de 20 milhões de pessoas. Em 2014, graças a sua atuação na<br />

ONG, foi eleito Paulistano Nota 10 pela revista Veja São Paulo.<br />

Um novo modelo de agência, com estrutura horizontal e<br />

multidisciplinar, mais tecnológica, que possa trabalhar em<br />

parceria com os clientes para chegar a soluções de comunicação<br />

que extrapolem a propaganda tradicional é a nova<br />

proposta da LDC. A agência, que chega à maioridade ao<br />

completar 21 anos em <strong>2016</strong>, sob o comando de Guga Ketzer,<br />

quer abrir novos caminhos para gerar novas receitas.<br />

“Olhamos para os clientes com possibilidade de parcerias e<br />

negócios, não só em produzir conteúdo que vai à mídia. Estamos<br />

nos preparando para isso, reestruturando a agência,<br />

nos colocando mais como equipes que trabalham, do que<br />

departamentos. Na prática é, ao invés de pegar e separar o<br />

trabalho que normalmente entra pelo atendimento, vai à<br />

mídia, planejamento e criação, ter equipes multidisciplinares<br />

que vão atacar o problema e não equipes sentadas por<br />

departamentos. Posso juntar num job atendimento, planejamento,<br />

mídia, criação, um arquiteto, sociólogo ou psicólogo<br />

para desenvolver a ideia”, diz Guga, sócio-presidente<br />

da LDC. “A busca será por desenvolver um conceito forte,<br />

seguido de execução.”<br />

Para tanto, a agência deve divulgar um novo modelo de<br />

atuação nos próximos meses. “Ainda não definimos nomes,<br />

vamos apresentar em breve uma estrutura bem diferente.<br />

Estamos primeiro testando para depois divulgar.<br />

O que posso adiantar é que nos inspiramos em empresas<br />

de tecnologia e inovação, em que toda e qualquer ideia primeiro<br />

é desenvolvida e depois prototipada”, explica Guga.<br />

Já no próprio processo que é feito por pessoas e expertises<br />

diferentes. A ideia é otimizar talentos, onde e como<br />

performam melhor. “Certa vez uma executiva de RH de<br />

uma grande empresa de tecnologia, uma das mais desejadas<br />

para se trabalhar, nos contou que existem apenas<br />

cinco níveis hierárquicos que vai do estagiário ao CEO, na<br />

companhia. Poxa, às vezes temos isso só no atendimento.<br />

22 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Daniel Chalfon<br />

Sócio e VP de mídia, tem 41 anos de idade. Iniciou sua carreira em<br />

1992 na McCann-Erickson. Em 1998, passou a integrar o time da<br />

DM9DDB. Dois anos depois, aos 26 anos de idade, foi o profissional<br />

mais jovem a assumir a direção geral de mídia de uma agência no<br />

Brasil. Recebeu mais de 30 prêmios nacionais e internacionais – incluindo<br />

quatro Leões no Festival de Cannes, e o prêmio contribuição<br />

profissional da APP. Sempre atuante nas principais associações do<br />

mercado na busca da evolução constante da profissão, foi o responsável<br />

pela introdução de inovações como Certificação do Profissional<br />

de Mídia, o primeiro sistema de mensuração de TV em redes sociais<br />

no Brasil (TTV), o Media Compass e o Media Leadership Program. É o<br />

atual presidente do Grupo de Mídia de São Paulo pelo segundo mandato<br />

e mentor e conselheiro voluntário da Endeavor, ONG dedicada<br />

ao empreendedorismo.<br />

Será que estamos sendo atraentes para estas pessoas? Porque<br />

tu só sobe (sic) na vertical. Será que não tem que ter,<br />

por exemplo, dentro do atendimento um cara mais focado<br />

em marketing no desenvolvimento de novos negócios, investindo<br />

em especialização para que as pessoas tenham a<br />

liberdade de criar o seu próprio espaço baseado no talento<br />

delas, não em uma regra para subir?”. Por exemplo, a LDC<br />

tem um head de social mídia, mas também uma head de<br />

estratégia de conteúdo que prepara o material que vai para<br />

social mídia, mas não o cria. “Estão surgindo coisas específicas<br />

que estão, inclusive, gerando agências específicas.<br />

Isso significa que tenho que ter gente com esse mesmo espelhamento”,<br />

pondera.<br />

No atendimento da LDC já existe um profissional que é mais<br />

“interno” e outro “externo”, um que é mais operação e outro<br />

marketing. “Antes colocávamos tudo dentro da mesma caixa,<br />

os clientes estão pedindo novas expertises e as pessoas, por<br />

outro lado, querendo ser valorizadas pelos seus talentos”. Outro<br />

exemplo é um profissional de usabilidade, que em outros<br />

tempos poderia estar em produção, atualmente senta junto<br />

com a criação, mas não responde para o diretor de criação,<br />

ele ajuda a desenvolver a melhor experiência on-line. “Não dá<br />

mais para uma agência generalizar. Temos até desenvolvedor<br />

que escreve códigos, é um redator”. Os 15 profissionais que<br />

vieram da extinta Pereira & O’Dell São Paulo, na incorporação<br />

pela LDC em março, corroboram a visão. “Trouxe talento e expertise,<br />

principalmente porque a equipe do Márcio (Callage)<br />

já nasceu mais contemporânea, de entender que uma agência<br />

não é tão vertical. Tem quem vai ajudar a ‘espetar’ quem já<br />

estava aqui. Fora isso, o próprio Márcio é um cara que começou<br />

na criação, foi para o cliente e depois empreender uma<br />

agência”, explica Guga. “O mais importante da Pereira, além<br />

de novas contas, é o perfil dos profissionais que, somados aos<br />

nossos, nos faz crescer na qualidade de trabalho, são de diversas<br />

formações, a agência melhorou muito do ponto de vista<br />

qualitativo. Time bom é heterogêneo”, acrescenta Daniel<br />

Chalfon, sócio e VP de mídia. As contas oriundas da Pereira &<br />

O’Dell são Olympikus, Azaleia, UFC e Uber.<br />

Neste mês a agência ganhou ainda a conta da Laureate Brasil,<br />

integrante da rede global líder em ensino superior Laureate<br />

International Universities, para o atendimento das quatro<br />

instituições de ensino da rede em São Paulo (Universidade<br />

Anhembi Morumbi, BSP – Business School São Paulo e<br />

Complexo Educacional FMU | FIAM-FAAM). Mesmo com as<br />

conquistas, a projeção é que o crescimento seja igual ou levemente<br />

superior a 2015, que também teve desempenho parecido<br />

com o ano anterior. A LDC ocupa atualmente a 17ª posição<br />

no ranking de investimento publicitário em compra de<br />

mídia, com R$ 494.499 milhões nos quatro primeiros meses<br />

do ano. Encerrou 2015 na mesma posição, com R$ 1.517.335<br />

bilhão aportado, segundo a Kantar Ibope Media, que considera<br />

os valores de tabela cheia, sem descontos. “O ano já<br />

seria duro para nós, pois começa com a saída do fundador.<br />

Agora o desafio é repensar a agência para manter o alcançado<br />

até aqui e nos diferenciar nos próximos anos”, diz Guga.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 23


Perfil<br />

(LDC)<br />

Ken Fujioka<br />

Sócio e VP de planejamento, tem 45 anos de idade. Em seus mais de 20<br />

anos de carreira, viveu todos os lados do planejamento: como cliente,<br />

veículo, consultor e agência. Foi um dos fundadores do Grupo de Planejamento<br />

(GP), entidade que atualmente preside. Trabalhou como professor-coordenador<br />

do Bootcamp de planejamento da Miami Ad School<br />

ESPM, professor-especialista do MBA de marketing do IBMEC e revisor<br />

técnico da edição brasileira do livro “Verdades, Mentiras e <strong>Propaganda</strong><br />

– A Arte do Planejamento”, de Jon Steel. Teve cases premiados no internacional<br />

Jay Chiat Awards e no Effie Awards Brasil, incluindo um Grand<br />

Prix. Foi eleito mais de uma vez Profissional de Planejamento pela APP e<br />

pela ABP. Adora futebol e beisebol, esporte que praticou por vários anos<br />

— mas atualmente se limita ao squash e ao pôquer.<br />

Uma das estratégias adotadas é o fim do “briefing estático”,<br />

com a utilização de ferramentas que permitem um briefing<br />

vivo do início ao fim do processo, com colaboração de clientes<br />

e os profissionais da agência. Outra novidade foi a implementação<br />

de uma ferramenta capaz de gerir todo o volume<br />

de informação produzido no dia a dia da agência. “Precisamos<br />

entrar um pouco mais no mundo da consultoria. Temos<br />

mais de 200 cabeças aqui. Muitas vezes pensamos apenas<br />

a serviço do cliente e precisamos pensar a serviço da agência<br />

também, gerando conteúdo a si própria”, afirma Guga.<br />

De acordo com ele, se discute pouco o erro, enfatizando os<br />

acertos, dificilmente as agências possuem os históricos de<br />

todo o ocorrido, de quais foram os aprendizados, tanto para<br />

o bem como para o mal. “Porque muitas vezes a informação<br />

da agência acaba se espalhando, as pessoas saem e se perde<br />

tudo. Mas a nossa ferramenta consegue criar um belo histórico<br />

que fica dentro de um só lugar. Temos aprendido com empresas<br />

de tecnologia que qualquer startup errou muito antes<br />

de acertar. E não temos isso na comunicação, nós queremos<br />

estimular a cultura do ‘sim erramos, vamos aprender com<br />

cada erro’. É uma questão de gestão mais contemporânea, de<br />

expor as fragilidades para conseguir crescer. Cultura de conhecimento<br />

para lidar com a informação dentro da agência.<br />

Quantas concorrências já fizemos num setor e muitas vezes<br />

esquecemos, partimos do zero na próxima, esquecendo-se<br />

de tudo que já foi trabalhado?”.<br />

Há ainda o estímulo a cultura do “por que não”? No sentido<br />

de questionar o status quo. “O que nos fez dar esse direcionamento<br />

é o fato de termos muitos clientes com níveis de<br />

estrutura de comunicação muito mais ricos que as agências,<br />

de modo que temos de correr atrás para ter o diálogo no mesmo<br />

nível. Quero entregar inteligência e não apenas peças de<br />

comunicação. Ser remunerado e ter participação disso, uma<br />

sociedade, como um grande parceiro intelectual da marca.<br />

Esse é um bom momento para discussão, para todos saírem<br />

ganhando. Tem alguns clientes que já estamos trabalhando<br />

com remuneração diferenciada, mas estamos pensando em<br />

diversas maneiras de remuneração, não precisamos ter um<br />

só, podemos abrir vários pontos de remuneração diferentes,<br />

será por relevância.”<br />

“As agências, de modo geral, estão no modelo de fonte de<br />

receita ligada à mídia, queremos manter isso, mas buscar novos<br />

modelos de receitas. Não busco novas formas de remuneração,<br />

mas de receitas. Não estou aqui para discutir como<br />

ganho dinheiro, mas como ganhar novo dinheiro. Isso tem<br />

a ver com a maneira como estamos nos estruturando, tudo<br />

está interligado”, ressalta Chalfon.<br />

Segundo ele, a LDC prima por ter um relacionamento de alto<br />

nível com os clientes, o que garante uma posição privilegiada<br />

de acesso aos negócios para estarem mais cedo presentes<br />

no processo. “Temos visto que os melhores resultados, não<br />

por acaso, são frutos de um trabalho cujo tempo de maturação<br />

é maior que de uma simples campanha. Toda movimentação<br />

da agência é no sentido de fazermos isso mais e mais<br />

porque, enquanto transformo o deles, também transformo o<br />

meu, não só resolver problemas imediatos. A campanha da<br />

24 propaganda | junho <strong>2016</strong>


PMG da Nextel é um exemplo. O briefing veio muito antes<br />

disso, da necessidade de uma nova maneira de comunicar<br />

varejo, do consumidor entender a proposta comercial da<br />

Nextel. Trabalhamos juntos com a área de sistema, com o<br />

comercial, da Nextel”.<br />

Chalfon explica que, de modo geral, a mídia na LDC deve<br />

refletir essa estrutura mais horizontal, dando cada vez mais<br />

espaço ao talento técnico. Atualmente, é composta por uma<br />

diretora geral que comanda o dia-a-dia da mídia, mais dois<br />

Márcio Callage<br />

VP de desenvolvimento, é também diretor da ABP e membro do conselho<br />

de Comunicação dos Jogos Olímpicos Rio <strong>2016</strong>. Já trabalhou com<br />

a marca Olympikus - período em que a empresa ganhou a liderança no<br />

segmento esportivo. Em 2011 fundou, em sociedade com o Grupo ABC,<br />

a DM9Sul, em Porto Alegre – que se tornou a agência mais premiada<br />

do Brasil fora de São Paulo – e foi eleita três vezes a agência do ano<br />

no Rio Grande do Sul e agência de marketing promocional do ano no<br />

Brasil pelo Prêmio Colunistas. Entre os prêmios, se destacam os cinco<br />

Leões em Cannes (PR, Branded Content, Promo & Activation, Design e<br />

Press) e dois Webby Awards. Antes de chegar à LDC, Callage estava à<br />

frente da operação brasileira da Pereira & O’Dell.<br />

diretores responsáveis pela parte de planejamento, com divisão<br />

de contas. Além de um head de pesquisa e ROI e um<br />

executivo focado em mídia de performance e programática,<br />

uma área nova criada no fim do ano passado. “Embora<br />

muitos de nossos clientes já tenham uma compra de mídia<br />

programática, existe um nicho de clientes que busca performance<br />

ligada a seus negócios, não à marca ou aumento de<br />

eficiência na compra de mídia. Eles possuem transações on-<br />

-line, operam compra de mídia numa outra frequência, estão<br />

comprando negócios, esta nova área está dedicada a isso, já<br />

temos três clientes com este perfil”.<br />

A agência como um todo, não tem área separada, trabalha<br />

com especialistas, pronta para se comunicar com os consumidores<br />

na plataforma que for relevante no momento,<br />

com uma estrutura adaptável e em constante revisão. “Temos<br />

também uma grande preocupação com as pessoas”,<br />

diz Chalfon, que de tempos em tempos bloqueia um dia na<br />

agenda para tomar café com algum profissional da LDC. Perfil<br />

que atraiu Ken Fujioka, sócio e VP de planejamento, com<br />

mais de 10 anos de casa, entre idas e vindas. O executivo diz<br />

que não pensou duas vezes diante da proposta de se tornar<br />

sócio, há cinco anos. “Valores da agência como humanista,<br />

caráter, paixão pelo que faz, isso tudo vem antes de resultados<br />

financeiros, comerciais. O que é verdade desde a origem<br />

da agência, por tudo isso, foi fácil a minha decisão de virar<br />

sócio”, diz.<br />

O planejamento na LDC conta com uma equipe de 12 planejadores<br />

com perfis diferentes, experiência em construção de<br />

marcas, análise de informação, digital, multidisciplinar, que<br />

conversa com o momento atual da agência, uma nova organização<br />

que pressupõe disciplinas diferentes se misturando.<br />

Tudo isso para trazer trabalhos em profundidade, como o<br />

projeto que irá estudar a cultura do brasileiro, aspectos culturais<br />

da sociedade brasileira que afetam o pensamento das<br />

pessoas sobre marcas e processo decisório. Essa iniciativa é<br />

liderada principalmente pelos planejadores. Serão estudos<br />

pontuais e periódicos sobre determinados temas.<br />

E falando em projetos, Márcio Callage, que chegou à LDC<br />

na incorporação da Pereira & O’Dell, em março, assumiu a<br />

vice-presidência de desenvolvimento para trabalhar em projetos<br />

e iniciativas que busquem solucionar os desafios que<br />

os clientes tenham, mas por caminhos não tradicionais, com<br />

o objetivo de gerar novos negócios, prospecção de clientes,<br />

mas também ampliar negócios dentro dos atuais clientes<br />

da casa. “A propaganda está mudando muito, na verdade,<br />

o mundo está passando por uma transformação que está<br />

acontecendo muito rápida, e entendemos que existia espaço<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 25


Perfil<br />

(LDC)<br />

dentro da agência para a construção de uma função que venha<br />

desenvolver projetos que não são convencionais. Uma<br />

função que tenha um poder de influência grande dentro da<br />

LDC, mas trabalhando com os recursos da própria agência”,<br />

diz Callage.<br />

De acordo com o executivo, não tem uma equipe, o trabalho<br />

é feito por intermédio das áreas da agência. No momento<br />

em que se detecta que o cliente tem um desafio, há<br />

talentos e ferramentas que irão auxiliar na solução. “Vou<br />

trabalhar em conjunto com as áreas. Uma hora a solução<br />

pode estar dentro da mídia, outra no planejamento, ou na<br />

criação. Pode ser ainda um desafio de produção, do desenvolvimento<br />

de um produto. Ou que precisemos de recursos<br />

que estão fora da agência, então não necessariamente<br />

é uma nova área, mas uma função que trabalha transversal<br />

às áreas, buscando os recursos dentro e fora da LDC para<br />

construir uma solução, um novo negócio e um incremento<br />

de receita para a agência”.<br />

Callage começou a carreira como redator, depois desenvolveu<br />

uma unidade de inovação dentro de uma agência que<br />

acabou dando origem a várias outras empresas. Virou cliente,<br />

e foi liderar aquela que se tornou a maior marca esportiva<br />

do Brasil, a Olimpykus, e essa experiência no marketing<br />

trouxe o entendimento de que o anunciante tem verba para<br />

gerar resultado, mas não necessariamente isso é propaganda.<br />

O que vai ao encontro da filosofia da LDC de ser uma<br />

parceira de negócios dos clientes. “Depois me tornei sócio<br />

da DM9 de Porto Alegre, o que me deu um entendimento do<br />

fluxo geral da agência para poder utilizar nessa nova função<br />

que estamos criando, então sei aonde está o recurso dentro<br />

da agência para tentar buscar um outro tipo de resposta”.<br />

Quanto às expectativas em relação à LDC e ao novo trabalho,<br />

Callage sintetiza como desafiador: “Porque estamos<br />

Histórico<br />

Ronaldo Severino<br />

Diretor financeiro/administrativo. Com mais de 30 anos de experiência<br />

no mercado publicitário, atua desde 2009 como diretor financeiro<br />

e administrativo da LDC. Formado em administração de empresas e<br />

com MBA no IBMEC, já teve passagens pela (antiga) Lage & Magy, Grey<br />

e Plano Trio, onde trabalhou com importantes anunciantes como: Alpargatas,<br />

Ericsson, Penalty, Bradesco, C&A, Embratel, Vivo, Novartis,<br />

Gerber, Grendene, Whirlpool, Nokia, Unilever, entre outros.<br />

A LDC é controlada pelo Grupo ABC, que em novembro<br />

anunciou a venda de 100% de suas ações para o gigante<br />

norte-americano Omnicom. A absorção da Pereira<br />

& O’Dell São Paulo pela LDC foi o primeiro movimento<br />

após a mudança de mãos do ABC. A agência é presidida<br />

pelo sócio Guga Ketzer, que assumiu a liderança<br />

oficialmente em janeiro deste ano, após desligamento<br />

do fundador, Celso Loducca, que culminou com a mudança<br />

de marca para LDC. Conta ainda com os sócios e<br />

VPs Daniel Chalfon e Ken Fujioka. “Trata-se de um parceiro<br />

internacional muito forte, ganhamos uma rede e<br />

isso ajuda a prospectar. Podemos atender nossos clientes<br />

globalmente, num momento em que o mundo cada<br />

vez mais é de fusões e aquisições porque se ganha em<br />

escala, nada mal estar junto de um grupo global”, diz<br />

Guga. Em 1995, nascia a Lowe Loducca & Partners, em<br />

sociedade com o Banco Icatu, Nizan Guanaes e, com<br />

participações menores, Cristiane Maradei, Javier Talavera<br />

e João Muniz. A agência passa a fazer parte do<br />

Grupo ABC em 2006. Já em 2010 ocorre a fusão com a<br />

MPM, também do ABC.<br />

26 propaganda | junho <strong>2016</strong>


construindo uma função, então não existe régua, não existe<br />

um parâmetro ou uma referência, nós estamos criando esta<br />

referência. É uma grande oportunidade porque sabemos que<br />

a indústria da comunicação e do marketing está passando<br />

por uma transformação enorme, o que faz com que a gente<br />

também possa aproveitar para crescer, não para recuar, ter<br />

medo. É um pouco a felicidade de viver numa época que ninguém<br />

tem a resposta ainda do que vai acontecer, para onde<br />

vai o negócio. Está todo mundo vivendo o presente, entendo<br />

que a revolução digital e esse mundo pós-digital vai mudar<br />

muito o cenário, e estamos preparados para nos destacar no<br />

meio disso. O desafio maior é justamente este, em um mundo<br />

em transformação, você está com um pé no presente e a<br />

cabeça no futuro”.<br />

Cases<br />

Principais executivos<br />

Guga Ketzer, sócio-presidente<br />

Daniel Chalfon, sócio - VP de mídia<br />

Ken Fujioka, sócio - VP de planejamento<br />

Marcio Callage, VP de desenvolvimento<br />

Ronaldo Severino, CFO<br />

Adriana Favaro, diretora-geral de mídia<br />

André Troster, diretor-geral de planejamento<br />

Cecília Cilento, diretora-geral de atendimento<br />

Fabiane Veiga, diretora geral de operações<br />

Raphael Franzini, diretor de criação<br />

Cassio Moron, diretor de criação<br />

Fabio Saboya, diretor de criação<br />

Sergio Mugnaini, diretor de criação<br />

Clientes<br />

- Ambev<br />

- L’Occitane<br />

- Azaleia<br />

- Dijean<br />

- Baruel<br />

- Nextel<br />

- Catho<br />

- Neymar Jr.<br />

- Fox International Channels - Olympikus<br />

20th Century Fox<br />

- PepsiCo<br />

- FMU FIAM FAAM<br />

- Record<br />

- Universidade Anhembi - Red Bull<br />

Morumbi<br />

- Santander<br />

- BSP – Business School<br />

- Uber<br />

São Paulo<br />

- UFC<br />

- Leroy Merlin<br />

- Unidas<br />

Nextel “Tá nas suas mãos”<br />

Cliente da LDC desde 2008, a Nextel investiu nos últimos<br />

anos em ações de publicidade com foco em varejo<br />

e vendas, após ter construído uma personalidade ousada<br />

e questionadora como contadora de histórias, que<br />

fazia com que as pessoas se identificassem com a marca.<br />

Em sua nova campanha institucional, a LDC retoma<br />

à Nextel este formato de sucesso abordando um tema<br />

que está em evidência na sociedade: os rótulos. A temática<br />

da campanha faz um paralelo com a realidade<br />

da empresa. Mesmo competindo com grandes operadoras<br />

do mercado desde 2013 e apresentando os melhores<br />

indicadores de qualidade e crescimento no setor de<br />

telecomunicações, ainda é conhecida por muitos como<br />

uma fornecedora apenas de serviço de rádio. Os filmes,<br />

em formato de storytelling, têm como protagonistas<br />

a modelo Daniella Cicarelli e o músico Júnior Lima,<br />

personagens que encararam o desafio de expor os julgamentos<br />

que receberam durante suas trajetórias. E os<br />

filmes são só o começo dessa campanha que terá forte<br />

desdobramento no ambiente digital a partir da página<br />

nextel.com.br/tanassuasmaos, que será alimentada<br />

com entrevistas dos protagonistas, além de conversar<br />

com novos personagens que também já foram impactados<br />

pela mesma situação.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 27


Perfil<br />

(LDC)<br />

Neymar Jr #somostodosmacacos<br />

Apesar de ser uma das maiores celebridades do mundo, Neymar<br />

não deixou de ser vítima do racismo nos campos europeus. Por<br />

isso, ele procurou a agência disposto a desenvolver uma ação<br />

que desse uma resposta para esses atos. O desafio da comunicação<br />

era colocar luz na questão, relembrar as pessoas do quão<br />

grave e condenável é o racismo no futebol e gerar um amplo debate<br />

na sociedade. A ideia foi a seguinte: quando uma banana<br />

fosse atirada no campo – comum artifício de racistas do futebol<br />

– em direção ao Neymar, ela seria simplesmente descascada e<br />

comida, mostrando indiferença, irreverência e ironia. A oportunidade<br />

veio, entretanto, para seu amigo Daniel Alves, que conhecia<br />

a ideia e a executou como planejado. Em seguida, a LDC<br />

deu sequência à estratégia, orientando Neymar a postar uma<br />

foto comendo uma banana com a hashtag #somostodosmacacos<br />

e convocando as pessoas a fazerem o mesmo. A campanha<br />

ganhou o mundo, registrando mais de 1,3 milhão de interações<br />

no Instagram, 1,5 milhão no Facebook, 3,6 milhões de menções<br />

no Twitter e 16 milhões de menções em diversos portais.<br />

A partir da ação, as buscas pelo tema “racismo” aumentaram<br />

três vezes em comparação ao ano de 2013 e a expressão “Somos<br />

Todos” se tornou um ícone da cultura popular.<br />

Toddy - Quarto da Cowzação<br />

Toddy® é uma marca que fala com adolescentes,<br />

o que requer constante reinvenção.<br />

A partir disso, surgiram as famosas<br />

Vacas, que nasceram com a missão de<br />

criar identificação com este público e<br />

ajudaram a tornar Toddy sinônimo de irreverência.<br />

Mas com o passar do tempo, as<br />

personagens deixaram de acompanhar o<br />

target, justamente quando a marca visava<br />

expandir seu portfólio para a categoria<br />

de biscoitos. Uma exclusiva etnografia<br />

digital sobre o target fez a LDC entender<br />

que o que essa molecada mais queria era<br />

zoar, daí surgiu o conceito “Vamo Cowzar”.<br />

As Vacas passaram a criar um conteúdo,<br />

assumindo a linguagem desses jovens,<br />

e viraram YouTubers de um assunto que<br />

encanta este público: games. No projeto,<br />

vários influenciadores do Brasil foram convidados<br />

para jogarem com as personagens<br />

no cenário onde o adolescente é mais adolescente:<br />

o quarto, ou melhor, no “O Quarto<br />

da Cowzação”. Os números da plataforma<br />

impressionam: mais de 20 episódios, mais<br />

de 250 mil inscritos no canal do YouTube,<br />

mais de 5,4 milhões de views, e em<br />

2015 aumento em duplo dígito de alguns<br />

indicadores como o número de pessoas<br />

que dizem que Toddy tem comunicação<br />

atrativa e que oferece algo diferente das<br />

outras, o awareness da marca na categoria<br />

de biscoitos foi convertido em experimentação<br />

e em um crescimento expressivo nas<br />

vendas desse segmento.<br />

28 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Catho – “Trabalho”<br />

O trabalho no Brasil é algo muito maior que um emprego e<br />

uma fonte de renda. Ele define as pessoas, cria a identidade<br />

de cada indivíduo, quase como um sobrenome. Percebendo<br />

essa importância, principalmente em um cenário<br />

de crise, a Catho queria reforçar seu posicionamento de<br />

agente transformador, sendo uma aliada para que cerca<br />

de 700 pessoas encontrem trabalho todos os dias. O desafio<br />

da LDC, portanto, era trazer uma campanha que contivesse<br />

uma mensagem de esperança, refletindo uma abordagem<br />

mais madura, olho no olho. Por isso, o trabalho era<br />

o narrador que se dirigia diretamente a cada indivíduo, de<br />

forma emocional. Os flights de TV e digital foram gerenciados<br />

e otimizados em tempo real, fazendo com que as<br />

veiculações nos diferentes meios se complementassem,<br />

maximizando a cobertura e controlando a frequência. A<br />

estratégia focada em rich media, mobile, social e display,<br />

com a concepção e gestão de 286 variações criativas, em<br />

21 formatos distintos, em 80 placements de impacto e<br />

performance em portais, redes sociais e parceiros afiliados,<br />

resultou na taxa de visualização de mais de 30%<br />

(11,5 milhões de visualizações em menos 30 segundos),<br />

indicando alta aderência ao target de forma segmentada.<br />

A abordagem proposta e executada pela LDC reverberou<br />

a mensagem dos vídeos das campanhas e direcionou o<br />

público-alvo para a adesão aos serviços Catho.<br />

Leroy Merlin - Campanha <strong>2016</strong><br />

Com o objetivo de manter a posição de liderança nacional da Leroy Merlin, sendo percebida como uma<br />

marca moderna, parceira e acessível, a LDC criou a campanha institucional em <strong>2016</strong> se inspirando nas<br />

casas de verdade. “A Leroy Merlin sempre se destacou como um sinônimo de inovação e elegância em sua<br />

categoria. Nosso papel é fazer com que essa liderança intelectual seja captada cada vez mais pelos clientes<br />

por meio da comunicação”, diz Guga Ketzer. A comunicação de <strong>2016</strong> conseguiu favorecer uma maior<br />

proximidade da rede com o cliente, fortalecendo a imagem de uma empresa amiga, aliada do consumidor.<br />

Santander – “O que a gente pode<br />

fazer por você hoje?”<br />

A tradução desse olhar diferente que o banco tem foi manifestada<br />

na campanha “o que a gente pode fazer por você hoje”, a começar<br />

pelo formato. Os filmes desenvolvidos pela LDC não continham<br />

trilha sonora e possuíam texto forte, com locução em off do ator<br />

Lázaro Ramos. Tudo que o Santander faz é para que pessoas e<br />

negócios prosperem. A partir disso, os temas escolhidos na campanha<br />

apresentavam uma visão sem estereótipo por parte do banco,<br />

falando sobre gêneros, regiões do país, empreendedorismo,<br />

posicionando-o como uma marca inclusiva e transparente.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 29


Perfil<br />

(LDC)<br />

#IMmigrant<br />

Com o objetivo de chamar atenção para a crise migratória atual, a campanha #IMmigrant criada para a Refugees<br />

United – ONG de tecnologia especializada em reconectar refugiados que perderam o contato com suas famílias –<br />

mostrou como toda pessoa tem um histórico de migração e o quanto estamos próximos dessa situação. Pelo site<br />

www.IMmigrant.im, as pessoas puderam criar uma imagem com as suas nacionalidades e usá-la para compartilhar<br />

sua história e mostrar seu apoio aos imigrantes do mundo todo. Em apenas um mês, 70 mil imagens foram<br />

criadas e compartilhadas, incluindo do jogador Neymar Jr. e muitas outras personalidades, e mais de 200 mil<br />

acessos foram registrados no site provenientes do mundo inteiro.<br />

NFscan - InstaGraacc<br />

No Estado de São<br />

Paulo, toda compra<br />

gera um crédito que<br />

pode ser doado para<br />

uma ONG. O processo<br />

é simples, basta<br />

não colocar um CPF<br />

na nota e entregar o<br />

cupom fiscal para a<br />

instituição, sem custo<br />

algum. Entretanto, além do desafio de fazer mais<br />

pessoas doarem os seus cupons, as ONGs precisavam<br />

cadastrar manualmente os números de cada cupom<br />

no site do governo, um a um. Pensando em aumentar<br />

o número de arrecadações e facilitar estes cadastros<br />

das NFs, a LDC desenvolveu o software NFscan,<br />

que digitaliza todos os números e envia direto para<br />

o banco de dados da instituição. O software é livre,<br />

qualquer instituição pode criar sua versão e a primeira<br />

a utilizar essa tecnologia foi o GRAACC, com o app<br />

InstaGraacc. No ar desde junho de 2015, o app tem<br />

cinco mil usuários, mais de 50 mil notas doadas e 30<br />

ONGs utilizando o sistema. O app é gratuito e pode ser<br />

baixado em instagraacc.com.br ou no nfscan.cc<br />

Guga Kuerten – Raquetes do Jogo<br />

Em homenagem à trajetória do tenista número um<br />

do mundo em 2000, a agência LDC criou uma série<br />

de raquetes que reproduzem nas cordas os lances dos<br />

jogos mais importantes da carreira de Guga Kuerten.<br />

Idealizadas para serem vendidas em leilões beneficentes,<br />

o valor arrecadado com as raquetes foi revertido<br />

para o Instituto Guga Kuerten, que usa o esporte<br />

como ferramenta para garantir a inclusão social de<br />

crianças, adolescentes e pessoas com deficiência.<br />

30 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Imaflora – Origens Brasil®<br />

Durante três anos, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) e o Instituto Socioambiental<br />

(ISA) estudaram mecanismos que apoiassem a gestão da produção das populações extrativistas e povos indígenas.<br />

A partir deste desafio, a LDC lançou a identidade visual da plataforma digital Origens Brasil®, um sistema de rastreamento<br />

dos produtos com origem no Xingu, com informações fornecidas pelos próprios produtores do território.<br />

Para isso, a agência criou um sistema de identidade associado à tecnologia de rastreamento do projeto. Para cada<br />

produto um logo diferente, para cada logo uma história diferente. Uma marca escaneável via QRCode, carregada de<br />

informações e que muda de acordo com o produto. A iniciativa permite mais transparência à sociedade das práticas<br />

comerciais adotadas pelos indígenas. Entre as informações disponíveis, estão a história, nome/idade e etnia de<br />

quem extraiu o produto e as características do território onde foi produzido. www.origensbrasil.org.br<br />

Red Bull – Summer Edition<br />

Para lançar a Summer Edition, versão da Red Bull com<br />

sabor de frutas tropicais que já era vendida fora do Brasil<br />

e que seria introduzida no país de forma limitada, a<br />

LDC aproveitou a proximidade do início do horário de<br />

verão e criou uma campanha com diversos desdobramentos,<br />

principalmente no ambiente digital. A campanha<br />

iniciou com a hashtag #summeriscoming, exposta<br />

em diversas ativações nas redes sociais. Já o segundo<br />

momento foi centrado na #horaextradeverão, quando<br />

o novo produto foi enviado a influenciadores em<br />

uma caixa com um filtro exclusivo para tirar fotos no<br />

instagram e contou com uma ação no aplicativo Waze,<br />

onde o usuário que estivesse passando próximo de um<br />

parque na cidade de São Paulo recebia a notificação<br />

“como você vai aproveitar sua hora extra de verão?”. A<br />

campanha contou também com uma parceria com a<br />

Deezer, com uma playlist exclusiva da Red Bull para o<br />

verão. O awareness da marca cresceu de forma significativa<br />

no target no período.<br />

DJay<br />

Para provar que é possível explorar outras<br />

formas de comunicação que não só propaganda,<br />

a LDC criou uma startup. A partir<br />

de um projeto com dj’s da Red Bull, a<br />

agência criou o DJay.cc, um software que<br />

transforma a música eletrônica em partitura,<br />

mostrando que dj’s também são<br />

músicos. O objetivo principal era encorajar<br />

músicos profissionais a registrarem<br />

suas performances, ensinar e inspirar<br />

outros músicos, amadores. É também um<br />

espaço colaborativo para DJs e foi desenvolvido<br />

para compartilhar a arte por trás<br />

de uma mixagem.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 31


zap<br />

Fotos: divulgação<br />

Nova categoria<br />

Innovation Group<br />

A Getty Images, líder mundial em comunicação<br />

visual, anuncia a formação<br />

do Innovation Group: divisão de especialistas<br />

focados em atender às necessidades<br />

dos clientes das empresas de<br />

mídia, bem como explorar ainda mais<br />

o crescimento e novos fluxos de receita<br />

dentro do mercado consumidor.<br />

Steve Heck, que ocupava o cargo de<br />

chief technology officer, foi escolhido<br />

como o líder do grupo de especialistas, recebendo agora o título<br />

de senior VP chief innovation officer. Irá desenvolver a prática<br />

Bicampeã<br />

A Neoway conquistou, pelo segundo ano consecutivo,<br />

o Prêmio ABEMD (Associação Brasileira<br />

de Marketing Direto). Em 2015, com o<br />

case da Portobello, e este ano, a premiada foi<br />

a Ceratti, na categoria CRM/Database/Loyalty,<br />

com o case “Ceratti & Neoway – Vender mais e<br />

melhor”. A fabricante de alimentos tinha por<br />

objetivo aumentar a penetração de mercado,<br />

mapear possíveis novos clientes e otimizar o<br />

A Jaguar Land Rover investirá R$ 5 milhões para anunciar<br />

o lançamento do F-Pace, primeiro SUV da marca de luxo. O<br />

montante engloba ações de marketing de experiência, principal<br />

estratégia da companhia, além de campanha publicitária<br />

encabeçada pela agência Babel, que tem previsão de estreia<br />

para setembro. “Um lançamento como este não poderia deixar<br />

de ter mídia, teremos um plano agressivo”, diz Gabriel<br />

Patini, diretor de marketing e produto para América Latina e<br />

Caribe da Jaguar Land Rover. O primeiro SUV da marca, já lançado<br />

em países da Europa, vem com a expectativa de dobrar<br />

as vendas da Jaguar no Brasil neste ano, que só nos primeiros<br />

quatro meses de <strong>2016</strong> já experimentou aumento de 70% nas<br />

vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “Espera-se<br />

que 90% dos clientes do F-Pace sejam novos, que nunca<br />

haviam encontrado na marca algo que os atendessem, apesar<br />

de simpatizantes do Jaguar”, explica Patini. A Jaguar Land<br />

Rover inaugurou este mês em Itatiaia (RJ) sua primeira fábrica<br />

fora do Reino Unido, sob o aporte de R$750 milhões.<br />

de inovação global da Getty Images, liderando<br />

uma dedicada equipe focada<br />

na criação e experimentação com objetivo<br />

de continuar a avançar o portfólio<br />

já existente de produtos da empresa,<br />

bem como desenvolver novas proposições<br />

de consumo. Aproveitando-se dos<br />

consideráveis ativos, conhecimento e<br />

experiência, o grupo será encarregado<br />

de criar produtos e serviços atraentes<br />

que apoiem a missão global da empresa<br />

para continuamente abrir novos caminhos e levar a Getty Images<br />

para o maior público possível.<br />

processo de roteirização da prospecção, visando aumentar<br />

a sua produtividade. A solução da Neoway<br />

contribuiu significativamente para que a equipe alcançasse<br />

o recorde histórico de vendas, crescimento<br />

de market share e aumento do ticket médio. De<br />

acordo com a empresa, o retorno sobre investimento<br />

na ferramenta foi de 72%. Já a efetividade nos leads<br />

foi de 71%, com uma taxa de conversão de 27% e a<br />

abertura de novos clientes cresceu 56%.<br />

32 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Reposionamento<br />

A Natura reposiciona a marca Chronos que completa<br />

30 anos. Muda tudo a partir de um convite<br />

à inclusão de beleza, com uma linha de 37 novos<br />

produtos, entre lançamentos e reformulações<br />

que devem acontecer até o final do ano. Vem<br />

também com nova roupagem que tem logotipo<br />

inspirado no nascimento de Chronos, um resgate<br />

da cosmética-terapia que originou a marca. A<br />

DPZ&T é a agência que comanda a campanha de mídia, cujo aporte<br />

gira em torno de R$ 60 milhões e deve ocorrer até o final de <strong>2016</strong>. Já<br />

está no ar o filme com o conceito de que a beleza não nasce pronta<br />

e não obedece aos padrões, um “Manifesto da Beleza”, resultado<br />

de pesquisa que ouviu, durante todo o ano passado, milhares de<br />

mulheres para entender a fundo qual era a relação de cada uma<br />

delas com a Natura e com a beleza. O plano de mídia mais robusto<br />

deve durar 30 dias, demais ações permanecem até dezembro, segundo<br />

Fernanda Rollo, head global de cuidados faciais da Natura.<br />

Desempenho McCann<br />

Com agências vencedoras<br />

de oito países, a McCann<br />

também conquistou um<br />

Gran Sol de Iberoamérica<br />

(Grand Prix) pela campanha<br />

criada para L’Oréal para o 1º<br />

Dia da Mulher de uma transgênero;<br />

o reconhecimento<br />

da Ideia Mais Audaz (Mídia<br />

Integrada) para uma ação<br />

de conscientização sobre o<br />

câncer de mama criada pela<br />

McCann San José para a rede<br />

varejista Gollo, da Costa<br />

Rica; e a Copa de Iberoamérica<br />

para a McCann Espanha,<br />

por sua campanha para<br />

Jagermeister. Como rede, a<br />

McCann alcançou um total de 217 pontos, resultado da soma<br />

dos prêmios ganhos pela McCann Santiago, McCann Colômbia,<br />

McCann Ecuador, McCann Lima, McCann San José, Mercado<br />

McCann en Argentina, WMcCann en Brasil, Momentum Brasil,<br />

McCann España y The Back Room/McCann España. Além do<br />

Gran Sol de Iberoamérica e da Ideia Mais Audaz, as agências da<br />

McCann ganharam 10 Ouros, 11 Pratas, 15 Bronzes e 19 finalistas.<br />

Caras novas<br />

Com uma equipe sênior formada por 95 profissionais, o design<br />

da Chevrolet trabalha em cima de três pilares: tecnologia, performance<br />

e design, com centro no Brasil. São apenas oito no<br />

mundo. Foi assim para o lançamento da Trailblazer 2017, que<br />

traz 50 inovações em relação ao modelo de <strong>2016</strong>. A fabricante,<br />

que investirá entre 2015 e 2019 mais de R$ 13 bilhões no Brasil,<br />

sendo que metade deste montante será para atualização do<br />

portfólio, com foco em tecnologia, conectividade e eficiência<br />

energética, e o restante para uma nova família que chegará ao<br />

mercado até 2019, está confiante com a retomada no crescimento<br />

nas vendas de veículos. Há sete meses lidera o setor<br />

no país. A nova identidade da GM agora é global e a missão<br />

do time de design é, de acordo com Wagner Montes Cla Dias,<br />

diretor de design criativo da GM do Brasil, oferecer diferenciação<br />

e emoção aos produtos. A Trailblazer tem valor entre<br />

R$ 159 mil a R$ 189 mil, e o público alvo são as famílias com<br />

renda superior a R$ 25 mil, que possuem filhos e mais de um<br />

veículo. A conta publicitária da GM é dividida entre as agências<br />

WMcCann e Publicis.<br />

Trabalhos assinados pela F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />

ganharam um Grand Sol e outros 18 troféus, sendo 6<br />

Ouros, 9 Pratas, 2 Bronzes e um Copa Iberoamérica no<br />

Fiap. A soma coloca a agência comandada por Fabio<br />

Fernandes em segundo lugar na classificação geral do<br />

festival e em primeiro lugar entre as brasileiras. A campanha<br />

criada para Leica Gallery São Paulo, “Everything<br />

in Black & White”, foi a grande vencedora do festival<br />

com um Grand Sol (Grand Prix) na categoria Gráfica e<br />

um Copa Iberoamérica na categoria de Eletrodomésticos<br />

e Eletrônica.<br />

Entre os premiados, destaque para os filmes produzidos<br />

pela FatBastards para Skol: “Equalizer” (1 Prata), “BigodOn”<br />

(1 Ouro e 1 Prata) e “Batalha de Vegas” (1 Prata e<br />

1 Bronze). Completam a lista de conquistas da F/Nazca<br />

trabalhos criados para Honda, Nissin-Ajinomoto, D&AD<br />

e Miami Ad School.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 33


Vaivém<br />

(maio)<br />

A Africa contrata Rodrigo Maroni (no<br />

centro) como VP de planejamento. Nos<br />

últimos anos, o profissional esteve à frente<br />

do planejamento da Wieden+Kennedy<br />

SP, antes liderou o planejamento digital<br />

da DM9DDB. Tem larga experiência internacional,<br />

passou cinco anos em Nova<br />

York, onde trabalhou na JWT e em seguida<br />

na BBH. O executivo lidera equipe de<br />

20 profissionais, que tem como diretores<br />

Marcia Neri e Marina Pires.<br />

A FCB Brasil contrata o diretor<br />

de arte, Rafael Beretta.<br />

O criativo fará dupla com<br />

Romero Cavalcanti, diretor<br />

de criação. Com sete anos de<br />

experiência, o executivo vem<br />

da F/Nazca, onde estava há<br />

três anos. Antes, iniciou sua<br />

carreira na Loducca, onde ficou por<br />

quase quatro anos.<br />

A Audio.ad, empresa de<br />

soluções em publicidade<br />

em áudio digital, contratou<br />

Marcelo Leite (ex-Editora<br />

Globo) como executivo comercial<br />

no Brasil. O profissional<br />

será responsável pelo<br />

atendimento às agências de<br />

publicidade e aos anunciantes, e se reportará<br />

ao diretor geral Bruno Ruffo.<br />

Formado em publicidade e propaganda<br />

e pós-graduado em marketing pela<br />

ESPM, tem mais de 30 anos de experiência<br />

no mercado publicitário, com<br />

passagens por empresas como O Estado<br />

de S. Paulo, Rádio 89 FM, Rádio Na-<br />

34 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

tiva e Rádio Alpha, Grupo Abril, Grupo<br />

Ejesa/Ongoing (Jornais Brasil Econômico,<br />

Marca Brasil, Meia Hora e O Dia)<br />

e Modern Mídia (mídia OOH – Grupo<br />

Bandeirantes).<br />

Enio Kawahara é o novo diretor de arte<br />

da Heads <strong>Propaganda</strong>. Com mais de 15<br />

anos de experiência e passagens por<br />

Age, DM9, Y&R e FCB Brasil, chega para<br />

compor a equipe de Astério Segundo e<br />

Kike Borell. Sua chegada reforça a equipe<br />

de criação do escritório de São Paulo.<br />

O Grupo Ogilvy Brasil promoveu algumas<br />

mudanças em sua estrutura. As novidades<br />

envolvem cargos de liderança<br />

nas agências Ogilvy & Mather, Etco e David.<br />

Karina Ribeiro, que há quatro anos<br />

liderava a operação da David em São Paulo,<br />

assume o cargo de diretora executiva<br />

do Grupo Ogilvy Brasil. Ela começa a trabalhar<br />

diretamente ao lado do presidente<br />

Sergio Amado, com prospecção e identificação<br />

de sinergias entre as agências e de<br />

novas oportunidades dentro dos clientes<br />

que já estão na casa. Para o lugar da executiva,<br />

a David oficializa a contratação de<br />

Sylvia Panico, ex-Grupo Newcomm, que<br />

fica responsável por toda operação em<br />

São Paulo. A executiva foi líder das operações<br />

Grey Brasil, New Energy e ainda<br />

esteve por nove anos na Y&R como diretora-geral<br />

de atendimento, chegando ao<br />

cargo de VP executiva, responsável pelas<br />

áreas de atendimento e mídia. Ainda<br />

tem passagens pela Leo Burnett, JWT e<br />

FCB Brasil. Outra novidade da agência é<br />

a chegada de Daniela Bombonato como<br />

diretora-geral de planejamento. A publicitária<br />

ingressou no grupo em 2001, chegou<br />

a ser head de planejamento da Ogilvy<br />

& Mather e desde 2011 liderava a área na<br />

Etco, agência que tem como principal<br />

cliente o Magazine Luiza. Também tem<br />

passagens pela Thymus Branding e Leo<br />

Burnet. Profissional premiada, ainda é<br />

professora da Miami Ad School no Bootcamp<br />

de planejamento desde 2007.<br />

Leonardo Marçal integra a<br />

criação da FCB como redator.<br />

Há oito anos em São Paulo, o<br />

carioca vem da Africa, onde<br />

estava há um ano e meio, em<br />

sua segunda passagem pela<br />

agência. Antes, passou por<br />

agências como Talent Marcel,<br />

Lew’Lara\TBWA, Loducca (atual<br />

LDC) e DPZ, tendo atendido clientes<br />

como Vivo, ESPN, Budweiser, Santander,<br />

Embratel e Bavaria, entre outros.<br />

A MediaMath, empresa de mídia programática,<br />

anuncia Mario Rubino<br />

como country manager<br />

no Brasil. O executivo, com<br />

mais de 20 anos em experiência<br />

no mercado digital,<br />

assume a liderança no país.<br />

Iniciou sua carreira no mercado<br />

financeiro, integrou o primeiro<br />

time do portal automotivo Web-<br />

Motors, após o round de investimento<br />

feito pela GP Investimentos. Trabalhou<br />

por quatro anos como consultor, ajudando<br />

na consolidação do mercado de<br />

tecnologia no Brasil. Juntou-se ao time<br />

da MediaMath em 2014 criando e consolidando<br />

a área comercial, além de desenvolver<br />

e coordenar a estratégia que<br />

resultou no maior crescimento da empresa<br />

em todo o mundo (1Q <strong>2016</strong> x 1Q<br />

2015), quadro de funcionários triplicado<br />

e com um primeiro trimestre de <strong>2016</strong> totalmente<br />

positivo.


A GPMídia, agência digital full service<br />

com foco em performance, traz quatro<br />

profissionais: a supervisora de business<br />

intelligence Carmen do Prado Leite (ex-<br />

-Predicta), o analista sênior de SEO Fábio<br />

Assis (ex-Agência Mestre), o webdesigner<br />

Alexandre Perez (ex-New Blue),<br />

e a assistente de atendimento Fabrícia<br />

Mariano (ex-Cappuccino). Carmem tem<br />

seis anos de experiência em marketing<br />

digital e especialização em business intelligence,<br />

web analytics e SEO. Passou<br />

pela MXK9, Plano Digital e Predicta. Na<br />

GPMídia, irá trabalhar na área de inteligência<br />

com foco em clientes de varejo,<br />

moda e telecom. Assis está há sete anos<br />

no mercado: começou na agência a RS<br />

Design, passou pela CuboCC e, por úl-<br />

timo, pela Agência Mestre, trabalhando<br />

para clientes como WebMotors, NET e<br />

Mondelez. Na GPMídia ele irá atuar no<br />

planejamento de projetos estratégicos<br />

de SEO. Perez acumula seis anos de<br />

experiência nas áreas de webdesign e<br />

design gráfico, com passagens por empresas<br />

como Pró-Corpo Estética, Rosco<br />

do Brasil e NewBlue. Na agência, entra<br />

para reforçar o time criativo de Recovery.<br />

Já Fabrícia é formada em marketing<br />

e tem quatro anos de experiência<br />

no mercado publicitário e performance,<br />

com passagens por agências como Link<br />

Search e Cappuccino Digital. Vai atuar<br />

no núcleo de contas<br />

de branding/performance<br />

da agência.<br />

Após atuar por<br />

mais de 13 anos no<br />

mercado publicitário<br />

de São Paulo,<br />

o mineiro André<br />

Simões chega à<br />

WMcCann Rio para<br />

assumir a diretoria de mídia da agência.<br />

Em São Paulo, passou pela Ogilvy, Euro<br />

RSCG (Havas), Taterka (DPZ&T) e JWT.<br />

Sua última atuação antes de se mudar<br />

para a capital fluminense foi como head<br />

de mídia na Natura Cosméticos.<br />

Danilo Castro integra o time de mídia<br />

da FCB como diretor para Nivea. Com<br />

mais de 22 anos de experiência na área<br />

de mídia, ele vem da DM9DDB. Antes,<br />

trabalhou, como diretor de mídia, na<br />

Euro RSCG por oito anos, na JWT, Mc-<br />

Cann Erickson e Talent. Também atuou<br />

na Leo Burnett e DPZ.<br />

Novo modelo<br />

Para um mercado que muda a cada dia, novos modelos de<br />

negócio precisam ser pensados. É nessa reinvenção que os<br />

publicitários João Santos, Eduardo Almeida, Dudu Lopes e<br />

Daniel Lopes apostam. Os quatro se uniram para criar a Battery,<br />

focada em criação e produção de conteúdo.<br />

A proposta dos quatro tem formato próprio: “não estamos<br />

levando criativos para dentro de uma produtora, nem produtores<br />

para uma agência. Queremos criar algo do zero e não<br />

somar talentos a uma estrutura pronta. Percebemos que,<br />

unindo forças e deixando fórmulas para trás, é possível chegar<br />

a resultados diferentes no momento em que os clientes<br />

mais precisam de novas soluções”, diz Almeida, responsável<br />

pela estratégia e criação, esta última ao lado de João Santos.<br />

A nova empresa se propõe a repensar os modelos de comunicação<br />

tradicionais, oferecendo soluções que nem sempre<br />

são aquelas que os sócios definem como lineares. Ir além da<br />

criação significa investir também na produção, dando aos<br />

Em pé, João Santos e Dudu Lopes. Sentados, Daniel Lopes e Eduardo Almeida<br />

jobs características autorais. Seguindo esse modelo, a Battery<br />

já está desenvolvendo projetos de conteúdo criativo,<br />

diretamente ou em conjunto com agências, para CBF, Supergasbras<br />

e GSK.<br />

Os quatro sócios atuam no mercado publicitário. Almeida,<br />

que recentemente estava na direção de criação da NBS, presidiu<br />

o Clube de Criação do Rio de Janeiro e tem passagens<br />

por agências como Grey, FCB e Quê. Santos é graduado pelo<br />

New York Institute of Photography, foi diretor de criação<br />

associado da Giacommetti Rio e também atuou no Clube<br />

de Criação do Rio de Janeiro, como VP. Lopes e Daniel são<br />

sócios da Silence, produtora de áudio carioca que continua<br />

operando de forma independente.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 35


Vaivém<br />

(maio)<br />

A agência global Huge, que atende<br />

com serviços de User Experience (UX),<br />

Design, Marketing e Estratégia, reforça<br />

a sua expansão no mercado brasileiro<br />

com a contratação de dois novos<br />

talentos: João Paulo Escobar, o Jota,<br />

como planning director, com foco em<br />

engagement, loyalty e social; e Silvia<br />

Melo, para o cargo de associate experience<br />

director. Ambos vão integrar o<br />

novo escritório da Huge em São Paulo,<br />

sob o comando do General Manager<br />

Daniel Tártaro. Com passagens pelo<br />

planejamento das agências OgilvyOne<br />

e Havas.<br />

Com mais de 15 anos de experiência<br />

no mercado publicitário, Eduardo Megale<br />

(direita) é o novo diretor de atendimento<br />

da Artplan em São Paulo. Há<br />

quase um ano respondia como diretor<br />

de contas na agência e dedicou seu<br />

trabalho a clientes dos mais diversos<br />

segmentos, além de ter atuado na área<br />

de marketing da Peugeot. Na Artplan o<br />

profissional respondia pelas contas de<br />

Amanco e Elo, e agora passa a ser responsável<br />

pela gestão de todos os clientes<br />

da agência na área de atendimento.<br />

36 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

F/Nazca Saatchi & Saatchi anuncia a<br />

promoção de Toni Fernandes e Leonardo<br />

Claret, ambos na agência desde<br />

2012, à posição de diretores de criação.<br />

Fernandes, redator, e Leo, diretor de<br />

arte, trabalham juntos desde 2007 e<br />

quando chegaram à F/Nazca vinham<br />

de cinco anos de trabalho conjunto na<br />

Lew’Lara/TBWA. Ao logo de suas carreiras<br />

conquistaram diversos prêmios<br />

nacionais e internacionais, como Leões<br />

em Cannes e Estrelas no Clube de<br />

Criação, entre outros.<br />

A Leo Burnett Tailor<br />

Made contrata Fabio<br />

Nagano para reforçar<br />

a equipe criativa da<br />

agência. Recém-chegado<br />

da DM9DDB,<br />

onde atuou por um<br />

ano e meio, o criativo<br />

assume o cargo de redator na equipe<br />

comandada pelos diretores de criação<br />

Vinicius Stanzione e Pedro Utzeri, sob<br />

a direção geral de criação de Marcelo<br />

Reis. Esta é a segunda passagem do publicitário<br />

pela LBTM, a primeira foi entre<br />

2006 e 2011 também como redator.<br />

Formado em publicidade e propaganda<br />

pela Universidade Metodista, Nagano<br />

acumula passagens pelas agências<br />

Lew’Lara\TBWA, Ogilvy e W/Brasil.<br />

A W3haus de Tiago Ritter e Chico<br />

Baldini cria a vice-presidência de conteúdo,<br />

liderada por Larissa Magrisso.<br />

Sob o seu comando está uma equipe<br />

de 20 profissionais com diferentes<br />

perfis atuando nas áreas de estratégia<br />

e produção de conteúdo multiplataforma,<br />

community management e social<br />

listening.<br />

A Dim & Canzian contrata Lucas Padilha,<br />

como Front-End Developer, profissional<br />

que chega para fazer parte do time de<br />

tecnologia da agência, e Lucas Melim que<br />

integrará a equipe de planejamento. Padilha<br />

tem passagens pela Bikoo Startup,<br />

Brother Cast Comunicação e AlmapBB-<br />

DO. Já Melim passou pela Jüssi, Rapp Brasil<br />

e GSK Marketing Brasil.<br />

A Mood\TBWA anuncia a contratação<br />

do redator curitibano Benny Hirsch.<br />

Formado em publicidade e propaganda<br />

pela Universidade Positivo<br />

de Curitiba, o redator chegou à cidade<br />

de São Paulo com o objetivo de cursar<br />

a Miami Ad School/ESPM. Nesse período,<br />

ingressou também na Lew’Lara\<br />

TBWA.<br />

A REF+T contratou Will Prestes (ex-<br />

-Getup) como diretor de planejamento.<br />

Com 20 anos de carreira, tem uma ampla<br />

experiência no mercado de comunicação<br />

com atuação em mídia digital,<br />

planejamento estratégico, criação e<br />

inovação, design e desenvolvimento<br />

de experiências e produto.<br />

A F.biz contrata Rafaela Queiroz como<br />

diretora de mídia do grupo. A publicitária<br />

chega para comandar uma equipe formada<br />

por mais de 20 pessoas. Nos últimos<br />

dois anos atendeu as marcas Brasil Kirin,<br />

Camisaria Colombo e Kimberly-Clark por<br />

meio da ABC do Estilo, consultoria de marketing<br />

criada por ela em 2013.


QUEM NÃO PARTICIPA PERDE A VEZ.<br />

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Um prêmio da Editora Referência e<br />

do MadiaMundoMarketing<br />

INSCRIÇÕES: marketingbest.com.br


Agência<br />

(BP One)<br />

Equipe da BP One<br />

> por Suzi Cavalari<br />

fotos divulgação<br />

Em ação<br />

Agência de live marketing do interior<br />

de São Paulo expande operação<br />

A princípio era um sonho no interior de São Paulo. Quase três<br />

anos depois, o desafio é administrar o rápido crescimento<br />

da BP One, agência de live marketing de Ribeirão Preto, que<br />

no próximo mês abre dois novos escritórios: em São Paulo e<br />

Curitiba. A projeção é de crescer 100%, parte do aumento da<br />

receita vem de ações ligadas às Olimpíadas para Ambev, Oi<br />

e Cyrela, esta última recém-conquistada. Num mercado que<br />

movimenta mais de R$ 40 bilhões ao ano, a mensuração de<br />

resultados também é outro desafio. Para tanto, a agência adquiriu<br />

há um mês a Absoluta, empresa de tecnologia também<br />

do interior de São Paulo, que faz todo o sistema de gestão<br />

para acompanhar o andamento das campanhas. O modelo de<br />

negócios da BP One prevê atendimento da cadeia como um<br />

todo: criação, planejamento, produção,<br />

execução, logística e ativação. Para isso,<br />

conta com seis empresas parceiras e o<br />

suporte do Grupo Banana’s.<br />

A BP One faz parte do Grupo Banana’s<br />

dos sócios Alysson Peixoto, Luit Marques<br />

e Marcelo Rocci, que possuem<br />

as empresas: Bananas Eventos, produtora<br />

de eventos; B3 e Luit & Rocci,<br />

empresas de apoio para infra, gestão<br />

e operação; Cauliflora, espaço<br />

de eventos; Loja Via Mia, franquia<br />

de calçados e acessórios femininos,<br />

além da Vita Tour, agência de turismo.<br />

De acordo com Peixoto, a história<br />

toda partiu de um projeto à Ambev na<br />

Copa do Mundo em 2014, quando ainda<br />

o Grupo fazia live marketing pela<br />

unidade de marketing promocional<br />

da produtora Banana’s Eventos. Foi<br />

38 propaganda | junho <strong>2016</strong>


a ação do Cinturão da Copa, envolvendo quase 500 pontos<br />

de vendas em 12 capitais. Os bares se localizavam no<br />

entorno num raio de até três quilômetros. “Não posso<br />

deixar de falar na Ambev, que foi nossa primeira cliente.<br />

Primeiro grande projeto que atuamos com o grupo inteiro:<br />

criamos, planejamos, produzimos, projetamos, operamos<br />

logisticamente, além de iniciar a mensuração, ainda sem a<br />

empresa de gestão. Foi um projeto vencedor que abriu caminho<br />

para iniciarmos uma história”, explica o executivo.<br />

Alguns valores da gigante fabricante de bebidas foram,<br />

inclusive, incorporados à BP One: meritocracia, esquema<br />

de bônus, metas, por exemplo, além de três diretores virarem<br />

sócios do negócio. Eram apenas cinco colaboradores,<br />

atualmente são 50, atendendo a clientes como Oi, Vans,<br />

Ambev, Syngenta, Minerva, Souza Cruz, etc.<br />

A unidade de marketing promocional que começou dentro<br />

do Banana’s foi separada para ter uma gestão independente<br />

comandada atualmente por Peixoto. “Foi muito mais rápido<br />

do que imaginávamos. Tínhamos dois caminhos que considerávamos<br />

relevantes à nova empresa: inverter o processo construtivo<br />

da cadeia de uma agência, ou seja, uma agência de live<br />

marketing pensa em primeiro lugar na contratação dos melhores<br />

criativos, atendimento, escritório bacana, mas nós não<br />

tínhamos condições para isso, nem de trazer os profissionais,<br />

pois queríamos manter a matriz em Ribeirão, então construímos<br />

modelos de negócios com parceiros associados permitindo<br />

criar, planejar, produzir. Tenho duas indústrias associadas<br />

de comunicação visual, merchandising e tecnologia aplicada,<br />

uma unidade de operação e logística, um profissional que dirige<br />

52 coligadas, e incorporamos recentemente uma empresa<br />

de sistema de gestão e tecnologia, com a qual eu consigo mensurar<br />

qualquer atividade. Por exemplo, temos um projeto com<br />

a Ambev do mini RGB com três mil pontos de vendas, com um<br />

controle de gestão de KPIs de tudo que vai desde a produção<br />

na indústria à ativação no PDV”.<br />

“Era um sonho, criar, planejar, produzir, operar logisticamente<br />

e positivar, além de mensurar tudo isso. Temos hoje parceiras<br />

em que já representamos 70% do faturamento delas.<br />

Posso trabalhar o todo ou pontualmente. Passamos a ter inteligência<br />

industrial porque algumas soluções no PDV, quando<br />

vamos fazer em larga escala, algumas peças encarecem. Conseguimos<br />

ter solução em material com a mesma intensidade e<br />

comunicação desejável com valor 10 vezes menor”.<br />

A meta de expansão da BP One é agressiva, abrir até 2018 escritórios<br />

no Centro-Oeste, Sul e Nordeste, esta última, porque<br />

as empresas que são atendidas pela BP One têm suas filiais por<br />

lá. O faturamento da agência no ano passado foi de R$ 11 milhões,<br />

a meta para <strong>2016</strong> é de R$ 20 milhões.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 39


Especial<br />

(Cannes)<br />

Façam suas<br />

apostas<br />

Expectativas das brasileiras mais<br />

premiadas da história de Cannes<br />

Categoria 2015 <strong>2016</strong><br />

Creative Data Lions 619 715<br />

Creative Effectiveness Lions 160 109<br />

Cyber Lions 3.738 2.886<br />

Design Lions 2.409 2.857<br />

Digital Craft Lions - 1.150<br />

Direct Lions 2.813 3.097<br />

Entertainment Lions 1.394 1.843<br />

Entertainment Lions for Music - 637<br />

Film Lions 3.070 2.801<br />

Film Craft Lions 2.205 2.315<br />

Glass: The Lion for Change 166 155<br />

Health & Wellness Lions 1.430 2.024<br />

Innovation Lions 226 381<br />

Integrated Lions - 279<br />

Media Lions 3.179 2.986<br />

Mobile Lions 1.246 1.259<br />

Outdoor Lions 5.037 5.365<br />

Pharma Lions 432 583<br />

PR Lions 1.969 2.224<br />

Print & Publishing Lions 4.470 3.775<br />

Product Design Lions 280 538<br />

Promo & Activation Lions 3.196 3.458<br />

Radio Lions 1.720 1.410<br />

Titanium Lions 374 254<br />

TOTAL 40.133 43.101<br />

A 63ª edição do Festival de Cannes teve aumento de 7% no total de peças inscritas<br />

em relação ao ano passado, com 43.101 trabalhos, um recorde histórico<br />

para o evento. Porém, para o Brasil houve um decréscimo de 10%. A recessão<br />

econômica que enfrenta o país pode ser um dos motivos, segundo Philip Thomas,<br />

CEO do Cannes Lions. As 10 agências brasileiras mais premiadas no evento,<br />

ouvidas pela <strong>Propaganda</strong> confirmaram redução no número de peças inscritas.<br />

Elas destacaram que a aposta será em “qualidade” não em “quantidade”.<br />

No Festival como um todo, houve crescimento em 18 das 24 categorias, com<br />

destaque para Product Design Lions (92% de alta), além de aumento em prêmios<br />

associados às três competições especializadas: Lions Entertainment,<br />

Lions Innovation and Lions Health. Entertainment Lions (anteriormente<br />

denominado Branded Content & Entertainment) cresceu 32%, com 1.843<br />

inscrições, enquanto que o novo Entertainment Lions for Music atraiu 637<br />

inscrições. Os dois prêmios ligados ao Lions Innovation também apresentaram<br />

crescimento. Creative Data Lions teve aumento de 16% nas inscrições e<br />

Innovation Lions, 69%.<br />

Os Pharma Lions e Health & Wellness Lions, mais uma vez apresentaram<br />

um aumento significativo (+35% e +42%, respectivamente), com um total de<br />

2.607 trabalhos inscritos. O novo Digital Craft Lions recebeu 1.150 inscrições;<br />

Film Craft apresentou aumento de até 5%; e as categorias Craft dentro de outros<br />

Lions também se destacaram este ano (veja quadro ao lado). O Festival<br />

acontece entre os dias 18 e 25 deste mês. Confira nas próximas páginas a expectativa<br />

das sete agências brasileiras mais premiadas da história do Festival,<br />

além de suas apostas.<br />

40 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Outdoors exibem retratos de vítimas de Mariana<br />

AlmapBBDO (1972-2015)<br />

A mais premiada<br />

807 pontos – 1GP/ 36 Ouros/ 49 Pratas /100 Bronzes<br />

Peças inscritas: não revelada<br />

Apostas<br />

14 anos de Pedigree; a arte nunca esquece Panamericana;<br />

despertar C&A; filme global Havaianas; Getty<br />

Imagens; guerra Dr Scholl; HP Magic Words; mulher Dr<br />

Scholl; pai Volkswagen e PÇ na porta VW.<br />

Luiz Sanches, sócio-diretor geral de criação<br />

“Magic Words”, o livro de quem nunca escreveu<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 41


Especial<br />

(Cannes)<br />

Sport Club Recife<br />

Ogilvy & Mather (1981-2015)<br />

2ª mais premiada<br />

593 Pontos – 2 GPs/ 36 Ouros/ 33 Pratas/ 52 Bronzes<br />

Sendo 103 Leões conquistados em seis edições (2010-2015)<br />

Peças inscritas: Será 20% menor que de 2015<br />

Expectativa<br />

“Sem dúvida pelo nosso desempenho, mas além das nossas<br />

peças, é sempre grande a expectativa em ver para qual direção<br />

o mercado foi neste último ano e irá no próximo, principalmente<br />

em categorias como Cyber, Mobile e Innovation<br />

Lions, mas também nas mais tradicionais como promo ou<br />

direct”.<br />

Aposta<br />

“Acho que o nosso favorito é o case “Adote um PequenoTorcedor”,<br />

do Sport Clube do Recife, que juntou pais e crianças<br />

para adoção graças à paixão em comum pelo time, com<br />

17 crianças adotadas e já<br />

vivendo com suas novas<br />

famílias”.<br />

Claudio Lima, VP nacional de criação<br />

Atribuição x desempenho<br />

“O conjunto. Tivemos muitas<br />

mudanças criativas nos<br />

últimos anos, mas a Ogilvy<br />

continua ganhando, graças<br />

principalmente à união de<br />

vários departamentos da<br />

agência, que mantêm a máquina<br />

em movimento. Ou<br />

seja, é uma integração de<br />

todas as áreas, que trabalham<br />

juntas e unem forças<br />

para o sucesso de uma<br />

campanha”.<br />

Segredo BIC<br />

Young & Rubicam (1978 – 2015)<br />

5ª mais premiada<br />

244 pontos – 3 Ouros/ 23 Pratas/ 36 Bronzes<br />

Peças inscritas: não revelada<br />

Expectativa<br />

“Além da premiação, o Festival é uma excelente fonte de<br />

inspiração para novas ideias, um observatório de tendências<br />

e, claro, oportunidade de relacionamento. É o ponto de<br />

encontro anual do mercado publicitário e de entretenimento<br />

do mundo todo”.<br />

Aposta<br />

“Temos uma série de campanhas com potencial para prêmio.<br />

Mas se for para definir alguma ‘aposta’, gosto bastante<br />

do “Segredo”, criado para BIC. Independentemente de ganhar<br />

prêmio ou não, é uma ação que reflete a criatividade<br />

que cultuamos”.<br />

Atribuição x desempenho<br />

“Se trata de um trabalho<br />

de construção iniciado<br />

há alguns anos, com base<br />

em dois fatores principais:<br />

aproximamos a criação do<br />

planejamento para produzir<br />

insights poderosos. E<br />

continuamos numa busca<br />

permanente de excelência<br />

no craft”.<br />

David Laloum, presidente<br />

42 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Estadão<br />

FCB (1998 – 2015)<br />

6ª mais premiada<br />

229 pontos – 1 GP/ 13 Ouros/ 16 Pratas/<br />

16 Bronzes<br />

Peças inscritas: pouco menor em relação<br />

a 2015, priorizando qualidade<br />

Expectativa<br />

“Cannes é um Festival excelente para ver<br />

tudo de legal que está acontecendo no<br />

mercado. Trabalhos, tendências, opiniões<br />

de gente que festeja a criatividade no<br />

mundo todo”.<br />

Estadão<br />

Aposta<br />

“Difícil fazer apostas quando não sabemos<br />

todos os trabalhos que estarão concorrendo.<br />

Então vou falar dos trabalhos<br />

que achamos supercompetitivos como<br />

Nivea doll, ainda em algumas categorias<br />

que avaliam resultados. Além do “#7minutos1denuncia”<br />

e do “Songs of violence”<br />

feitos para o Estadão, que nos dão um<br />

orgulho danado”.<br />

Atribuição x desempenho<br />

“Um trabalho criativo e estratégico feito<br />

sempre com muita participação e coragem<br />

do cliente. Critério”.<br />

Joana Monteiro, CCO<br />

Nivea Doll<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 43


Jeep Renegade<br />

Leo Burnett Tailor Made (2000 – 2015)<br />

7ª mais premiada<br />

226 pontos – 7 Ouros/ 21 Pratas/ 24 Bronzes<br />

Peças inscritas: 150<br />

Expectativa<br />

“Que seja um momento de reflexão da nossa dinâmica criativa e<br />

de aprender com as best practices do mercado internacional”.<br />

Aposta<br />

“Estamos apostando muito na Galaxy<br />

Surfboard para Samsung e no Vigilant<br />

Wallpaper para Jeep. São peças<br />

inovadoras, para grandes marcas, e<br />

foram bem recebidas pelo público-<br />

-alvo.”<br />

Atribuição x desempenho<br />

“Ao nosso trabalho de entendimento<br />

do negócio do cliente e o foco em<br />

ideias criativas e relevantes para os<br />

clientes. A palavra que mais resume<br />

tudo isso são, na verdade, duas: insatisfação<br />

constante”.<br />

44 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

Marcelo Reis, copresidente


Tramontina<br />

J. Walter Thompson (2000-2015)<br />

9ª mais premiada<br />

159 pontos – 4 Ouros/ 13 Pratas/ 22 Bronzes<br />

Peças inscritas: pouco menor em relação a 2015.<br />

Expectativa<br />

“O Brasil é um país que sabe jogar esse jogo, que leva isso<br />

mais a sério do que qualquer outro no mundo, que tem um<br />

número absurdo de inscrições, de profissionais dedicados e<br />

que que sabem fazer bons cases. Essa mistura de criatividade<br />

e vontade do brasileiro de ganhar Leão faz com que ele<br />

sempre se dê bem no final das contas”.<br />

Aposta<br />

“Test Drive do Bem para Tramontina e No Pulso do Brasil,<br />

para o Instituto Ayrton Senna, são bons exemplos. ”<br />

Atribuição x desempenho<br />

Trabalho, muito trabalho. Sobre o forte da agência, nada<br />

muito diferente: trabalho.<br />

Instituto Ayrton Senna<br />

Ricardo John, CCO para Brasil e América do Sul<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 45


Especial<br />

(Cannes)<br />

LDC (2003-2015)<br />

10º mais premiada<br />

137 pontos – 6 Ouros/ 7 Pratas/ 20 Bronzes<br />

Peças inscritas: 99 versos 32 no ano passado<br />

Guga Ketzer, presidente (legenda da foto)<br />

Apostas<br />

Categoria Mobile, pelo maior número de inscrição de peça<br />

(16), seguido de Digital Craft (15)<br />

Instituto Guga Kuerten<br />

LDC (2003-2015)<br />

10ª mais premiada<br />

137 pontos – 6 Ouros/ 7 Pratas/ 20 Bronzes<br />

Peças inscritas: 99 versos 32 no ano passado<br />

Apostas<br />

“Na categoria Mobile, pelo maior número de inscrições de<br />

peça (16), seguido de Digital Craft (15)”. Alchemist (Paulo<br />

Coelho), Tennis Court (Guga Kuerten), Djay, Origens Brasil<br />

(Imaflora), Beer, forwater (Waves 4 Water), The match racquets<br />

(Guga Kuerten), #Immigrant (Refunite), Words to Watch<br />

(Easy Way Language Center), Money Talk (Roc Nation)<br />

Guga Ketzer, sócio-presidente<br />

Imaflora<br />

46 propaganda | junho <strong>2016</strong>


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Pesquisa<br />

(Ranking BrandZ)<br />

As mais valiosas<br />

O Ranking BrandZ das 50 marcas<br />

mais valiosas e mais fortes do Brasil,<br />

estudo encomendado pelo WPP,<br />

completa 10 anos<br />

Há uma década o estudo encomendado pelo grupo WPP, o<br />

Ranking BrandZ das 50 marcas mais valiosas e mais fortes<br />

do Brasil, traz uma seleção de grandes companhias que<br />

investem na construção de marca. Parte deste esforço é creditado<br />

às agências de comunicação. “É o único ranking de<br />

valor de marca que utiliza uma pesquisa de mercado com<br />

consumidores (Brandz) e, em muitos casos, as agências de<br />

publicidade têm um papel muito importante na construção<br />

deste ativo”, explica Eduardo Tomiya, diretor-geral da<br />

Millward Brown Vermeer no Brasil, instituto responsável<br />

pelo levantamento.<br />

Entre os destaques ao longo da década, está o Bradesco, grande<br />

vencedor do período, apesar deste ano figurar em quarto<br />

lugar. A marca patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos<br />

Rio <strong>2016</strong>, com valor estimado em R$ 153 bilhões, é atendida<br />

por cinco agências de publicidade: a WMcCann (atende<br />

a área institucional, esportes e segmentos, desde 2012), a<br />

Y&R (produtos, desde 2004), a F&Q Brasil (empresas ligadas,<br />

desde 2000), a Mcgarrybowen (online institucional, desde<br />

2004) e a One digital (online produtos, desde 2005). Segundo<br />

Washington Olivetto, chairman da W/McCann, há alguns<br />

grandes motivos para o desempenho da marca. “A coerência<br />

absoluta do seu marketing e comunicação, a manutenção da<br />

sua abrangência nacional e de suas características de instituição<br />

absolutamente democrática e a reafirmação de todos<br />

esses valores cotidianamente, por meio de campanhas sólidas<br />

e consistentes. Nos últimos anos, particularmente pela<br />

campanha Bra, que só poderia ser assinada por quem tem o<br />

Bra de Brasil no nome: o Bradesco”, explica.<br />

Outro destaque é a Skol, marca do portfólio da AB Inbev que<br />

se mantém na liderança pelo quarto ano consecutivo, avaliada<br />

em mais de R$ 23 bilhões. A conta da fabricante de cerveja<br />

é dividida entre as agências F/Nazca (pilsen) e a Wieden<br />

+ Kennedy São Paulo (Skol Beats e portfólio), além da<br />

The Marketing Store que cuida das ações de PDV da empresa.<br />

Eduardo Tomiya, diretor-geral da Millward Brown<br />

Vermeer no Brasil<br />

“Inúmeros fatores mantêm a Skol líder<br />

de mercado há tantos anos e as campanhas<br />

certamente fazem parte desse<br />

cenário. A busca por formatos e propagandas<br />

inovadoras sempre foi uma<br />

premissa da comunicação da Skol.<br />

Busca oferecer ao público situações<br />

nas quais se identificam, se surpreendam<br />

e se divirtam. O objetivo é sempre<br />

surpreender, nos renovando para manter<br />

maior proximidade e identidade<br />

com o consumidor. Essa é uma das características<br />

que diferencia a marca. Os<br />

aspectos mais relevantes em uma comunicação<br />

são a consistência e a ousadia<br />

das mensagens que passamos”, diz<br />

Fernando Bayeux, gerente de marketing<br />

de Skol. Em seguida, do mesmo<br />

segmento e companhia, está a Brahma<br />

na segunda posição do ranking das<br />

mais valiosas, com valor estimado de<br />

mercado superior a R$ 11 bilhões. Deu<br />

um salto de duas posições em relação<br />

a 2015. É atendida pelas agências Africa<br />

(on e off-line) e a Vice (projeto da<br />

plataforma SRTNJ: de interação com o<br />

público).<br />

Na terceira posição aparece a marca<br />

Sadia da BRF, avaliada em mais de<br />

48 propaganda | junho <strong>2016</strong>


BrandZ Top 50 Brasil<br />

em USD MM<br />

# Marca Indústria<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

24<br />

25<br />

Skol<br />

Brahma<br />

Sadia<br />

Bradesco<br />

Itaú<br />

Antarctica<br />

Bohemia<br />

Natura<br />

Ipiranga<br />

Cielo<br />

Petrobras<br />

Lojas Americanas<br />

Vivo<br />

Porto Seguro<br />

Seara<br />

Amil<br />

Perdigão<br />

Iguatemi<br />

Pão de Açúcar<br />

Smiles<br />

Vigor<br />

Schincariol<br />

Drogasil<br />

Multiplus<br />

Lojas Renner<br />

Beer<br />

Beer<br />

Food<br />

Financial Institution<br />

Financial Institution<br />

Beer<br />

Beer<br />

Cosmetics<br />

Retail<br />

Credit Cards<br />

Energy<br />

Retail<br />

Communication Providers<br />

Insurance<br />

Food<br />

Healthcare<br />

Food<br />

Retail<br />

Retail<br />

Loyalty Programs<br />

Food<br />

Beer<br />

Drugstores<br />

Loyalty Programs<br />

Retail<br />

Valor da Marca<br />

2014<br />

8,500<br />

4,185<br />

2,757<br />

5,202<br />

4,315<br />

1,859<br />

1,309<br />

1,700<br />

1,072<br />

941<br />

821<br />

843<br />

541<br />

779<br />

436<br />

472<br />

540<br />

472<br />

558<br />

493<br />

-<br />

607<br />

256<br />

401<br />

320<br />

Valor da Marca<br />

2015<br />

6,743<br />

3,269<br />

2,010<br />

1,920<br />

1,875<br />

1,383<br />

1,153<br />

826<br />

824<br />

664<br />

659<br />

588<br />

548<br />

544<br />

432<br />

421<br />

416<br />

323<br />

307<br />

290<br />

288<br />

281<br />

281<br />

270<br />

255<br />

Variação %<br />

2014/2015<br />

-20.7%<br />

-21.9%<br />

-27.1%<br />

-63.1%<br />

-56.6%<br />

-25.6%<br />

-11.9%<br />

-51.4%<br />

-23.1%<br />

-29.4%<br />

-19.7%<br />

-30.3%<br />

1.4%<br />

-30.2%<br />

-0.9%<br />

-10.8%<br />

-22.9%<br />

-31.6%<br />

-44.9%<br />

-41.2%<br />

N/A<br />

-53.7%<br />

9.8%<br />

-32.7%<br />

-20.3%<br />

Variação na<br />

Posição<br />

0<br />

2<br />

2<br />

-2<br />

-2<br />

0<br />

1<br />

-1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

0<br />

6<br />

0<br />

12<br />

6<br />

3<br />

5<br />

-1<br />

1<br />

NEW<br />

-6<br />

15<br />

4<br />

8<br />

“A coerência absoluta do<br />

seu marketing e<br />

comunicação, a<br />

manutenção da sua<br />

abrangência nacional e<br />

de suas características de<br />

instituição absolutamente<br />

democrática e a<br />

reafirmação de todos esses<br />

valores cotidianamente, por<br />

meio de campanhas<br />

sólidas e consistentes.<br />

Nos últimos anos,<br />

particularmente pela<br />

campanha Bra, que só<br />

poderia ser assinada por<br />

quem tem o Bra de Brasil no<br />

nome: o Bradesco”<br />

(Washington Olivetto)<br />

26<br />

27<br />

28<br />

Totvs<br />

Casas Bahia<br />

Droga Raia<br />

Information Technology<br />

Retail<br />

Drugstores<br />

439<br />

605<br />

198<br />

233<br />

222<br />

218<br />

-47.0%<br />

-63.3%<br />

9.8%<br />

0<br />

-10<br />

18<br />

R$ 7 bilhões. A gigante do setor de alimentos<br />

concentra suas campanhas na<br />

29<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

Embraer<br />

Odontoprev<br />

Buscapé<br />

Vale<br />

Localiza<br />

CVC<br />

Magazine Luiza<br />

Aviation<br />

Healthcare<br />

Searching Engine<br />

Mining<br />

Car Rental<br />

Travel Agency<br />

Retail<br />

374<br />

312<br />

395<br />

467<br />

369<br />

224<br />

310<br />

215<br />

208<br />

205<br />

190<br />

157<br />

153<br />

151<br />

-42.4%<br />

-33.3%<br />

-48.0%<br />

-59.4%<br />

-57.5%<br />

-31.6%<br />

-51.2%<br />

2<br />

4<br />

-2<br />

-8<br />

-1<br />

7<br />

0<br />

F/Nazca, já no que diz respeito a marketing<br />

digital fica por conta da LiveAD.<br />

A Sadia saltou duas posições em comparação<br />

a 2015. “Percebemos poucas<br />

mudanças no estudo deste ano com<br />

relação ao ano passado. Isso demons-<br />

36<br />

37<br />

38<br />

39<br />

40<br />

41<br />

42<br />

Gol<br />

Anhanguera<br />

BMF Bovespa<br />

Havaianas<br />

Oi<br />

Extra<br />

BTG Pactual<br />

Airline<br />

Education<br />

Stock Exchange<br />

Fashion<br />

Communication Providers<br />

Retail<br />

Financial Institution<br />

205<br />

457<br />

219<br />

218<br />

-<br />

381<br />

1,118<br />

150<br />

140<br />

134<br />

128<br />

126<br />

123<br />

120<br />

-26.8%<br />

-69.4%<br />

-38.7%<br />

-41.6%<br />

N/A<br />

-67.7%<br />

-89.2%<br />

9<br />

-12<br />

4<br />

4<br />

NEW<br />

-11<br />

-33<br />

tra que as empresas continuam em seu<br />

propósito de marca e entregando valor<br />

para os seus acionistas”, diz Tomiya.<br />

No geral, em comemoração aos 10 anos<br />

de ranking, o BrandZ também calculou<br />

o desempenho das marcas desde a<br />

43<br />

44<br />

45<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

TAM<br />

Fleury<br />

Friboi<br />

Estacio<br />

Adria<br />

Bompreço<br />

Taeq<br />

Airline<br />

Healthcare<br />

Food<br />

Education<br />

Food<br />

Retail<br />

Food<br />

176<br />

-<br />

198<br />

301<br />

210<br />

244<br />

254<br />

104<br />

97<br />

93<br />

91<br />

82<br />

82<br />

78<br />

-40.9%<br />

N/A<br />

-52.8%<br />

-69.7%<br />

-61.0%<br />

-66.5%<br />

-69.4%<br />

7<br />

NEW<br />

2<br />

-10<br />

-3<br />

-8<br />

-10<br />

sua primeira edição. Na década, o grande<br />

vencedor é o Bradesco, seguido ainda<br />

por Itaú, Petrobras, Skol e Banco do<br />

Brasil. Já o Google assume novamente<br />

o topo de marcas mais fortes, que havia<br />

perdido para o Facebook no ano passa-<br />

50<br />

Arezzo<br />

Fashion<br />

193<br />

75<br />

-61.0%<br />

-2<br />

do. Confira a lista completa ao lado.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 49


Campanha<br />

(Fleurity)<br />

Quebra de paradigmas<br />

Empresa brasileira quer conquistar fatia de mercado<br />

dominado por multinacionais<br />

> por Suzi Cavalari<br />

fotos divulgação<br />

Uma parceria entre a Bordo Comunicação, Montenipper<br />

Productions, estúdio Beto Gatti, além da House Agency<br />

da Eco, propõe uma comunicação para quebrar tabus e<br />

ganhar uma fatia de mercado que atualmente é dominado<br />

por multinacionais. A protagonista da campanha é a<br />

atriz Flávia Alessandra; as grandes companhias são, por<br />

exemplo, P&G e Johnson & Johnson que detêm as marcas<br />

Always e Sempre Livre, respectivamente; o produto em<br />

questão é o Fleurity, marca norte-americana de coletor<br />

menstrual, que desde o ano passado<br />

está sendo fabricado e comercializado<br />

no Brasil pela Eco em conjunto<br />

com o Grupo Neo.<br />

Trata-se de um coletor de silicone<br />

(hipoalergênico da Dow Corning)<br />

que tem como missão a quebra de<br />

paradigmas no Brasil, segundo Rafael<br />

Born, diretor da Fleurity e Carlos<br />

50 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Dieter, diretor comercial de marketing<br />

da empresa. “É um assunto que é considerado<br />

tabu, principalmente por ser<br />

‘automático’, a menina teve sua primeira<br />

menstruação e já começa a utilizar o<br />

absorvente. Nossa campanha é voltada a<br />

essa quebra de paradigmas. Focamos em<br />

mostrar as mulheres que o coletor é uma<br />

solução para se sentirem livres no período<br />

menstrual. Apresentamos as vantagens<br />

do produto, em relação à higiene,<br />

economia, conforto, liberdade e sustentabilidade.<br />

É um trabalho crescente,<br />

em que o resultado virá a médio e longo<br />

prazo, mas já estamos colhendo ótimos<br />

frutos, visto que estamos no mercado a<br />

apenas oito meses”, explicam.<br />

A comunicação sobre a marca teve início<br />

em outubro do ano passado. A campanha<br />

de vendas, no mês seguinte, focada<br />

em conteúdos digitais, redes sociais e<br />

via assessoria de imprensa. O principal<br />

desafio do novo produto é conseguir<br />

convencer as mulheres a trocarem o<br />

absorvente comum pelo coletor. Para<br />

tanto os executivos apostam em Flavia<br />

Alessandra. “Idealizamos uma mulher<br />

que pudesse transmitir uma essência<br />

única, levando confiança e tranquilidade<br />

para o universo feminino”, afirmam.<br />

“É uma honra representar essa tendência<br />

mundial de cuidados femininos e<br />

poder mostrar novas possibilidades às<br />

mulheres”, afirma a atriz.<br />

Ecológico, econômico, seguro e confortável,<br />

o produto quer deixar para trás<br />

o status de “novidade” para se firmar<br />

como o queridinho de mulheres das<br />

mais diferentes idades, apesar de hoje<br />

ter como consumidoras jovens entre 18-<br />

24 anos, lifestyle. “Como trabalhamos<br />

muito forte o mercado on-line, conseguimos<br />

segmentar muito bem nossas<br />

Rafael Born, diretor da Fleurity<br />

ações”, diz Carlos. O copo de silicone<br />

que chegou para competir com os absorventes<br />

externos e internos tem vantagem<br />

de ter a duração de 10 anos – durante<br />

a vida fértil, uma mulher usa entre<br />

10 e 15 mil absorventes; a praticidade<br />

de passar até 12 horas sem precisar trocar;<br />

ser mais higiênico; não causa odor;<br />

além da promessa do fim das alergias e<br />

pruridos que costumam acompanhar o<br />

ciclo menstrual. Com preço médio de<br />

R$ 80, a meta é atingir 500 mil unidades<br />

vendidas até o final de 2017.<br />

Carlos Dieter, diretor comercial e marketing<br />

“O mercado de coletores ainda é muito<br />

pequeno, se comparado ao de absorventes,<br />

obviamente. Sabemos que temos um grande caminho<br />

para conquistar, estamos trabalhando com e-commerce<br />

próprio, e-commerces parceiros, farmácias, médicos,<br />

entre outros. Chegamos com uma solução diferente<br />

e que cumpre o que promete, por isso acreditamos<br />

no crescimento rápido. Inclusive a<br />

Revista Fortune dos EUA, publicou recentemente<br />

uma matéria sobre cuidados<br />

femininos, tratando deste que é<br />

um mercado nos EUA de mais de US$<br />

15 bilhões, e o produto alvo número<br />

1 são os coletores, que vêm tomando<br />

todo mercado dos absorventes”, conclui<br />

Carlos.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 51


Mercado<br />

(aquisição)<br />

Coca-Cola expande atuação<br />

Marca de bebidas à base de soja foi comprada pela Femsa<br />

A The Coca-Cola Company e a engarrafadora mexicana Coca-Cola Femsa<br />

anunciaram um acordo com a Unilever para a compra da linha de bebidas à<br />

base de soja AdeS, por US$ 575 milhões. A operação foi aprovada pelos conselhos<br />

de administração das duas empresas. A transação, no entanto, precisa ser<br />

referendada pelas autoridades antitruste dos países onde AdeS é comercializado.<br />

No Brasil, a autoridade regulatória é o Cade (Conselho Administrativo de<br />

Defesa Econômica). Após a conclusão, o objetivo é que AdeS se torne parte da<br />

plataforma de bebidas não-gasosas da empresa em seus territórios franqueados.<br />

O plano é trabalhar com seus parceiros engarrafadores locais para levar crescimento<br />

à marca AdeS em cada mercado, assim como outras parcerias já feitas<br />

no segmento de bebidas não-gasosas. Em 2013, AdeS enfrentou um problema<br />

industrial e perdeu share no país.<br />

Fundada em 1988 na Argentina, a AdeS é líder desse segmento na América<br />

Latina. Primeira grande marca lançada na categoria, a AdeS foi pioneira no<br />

desenvolvimento do segundo maior mercado global de bebidas à base de soja.<br />

A marca está presente no Brasil, no México, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai,<br />

na Bolívia, no Chile e na Colômbia. Em 2015, foram vendidas 56,2 milhões<br />

de unidades de seus produtos e registrou receita líquida de US$ 284 milhões.<br />

No Brasil, dentro do processo de diversificação para oferecer produtos que se<br />

adaptem ao estilo de vida e às unidades do consumidor, o Sistema Coca-Cola,<br />

por meio da Leão Alimentos e Bebidas, também está comprando a Laticínios<br />

Verde Campo, de Minas Gerais. Ainda não há prazo para a conclusão do negócio.<br />

Com fábrica em Lavras (MG), a Verde Campo é dona da linha de produtos<br />

sem lactose Lacfree. Na categoria de refrigerantes, a mais recente inovação da<br />

Coca-Cola Brasil é a Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares.<br />

“A aquisição da AdeS representa mais um marco para o Sistema Coca-Cola<br />

em oferecer opções para os consumidores. Trata-se de uma marca líder em sua<br />

categoria, e estamos muito satisfeitos por adicioná-la ao nosso portfólio. É a<br />

continuidade de uma bem-sucedida parceria com nossos engarrafadores latino-<br />

-americanos e traz mais inovação aos nossos mercados”, afirmou Brian Smith,<br />

presidente para a América Latina da Coca-Cola. “A AdeS complementa e reforça<br />

nosso portfólio de bebidas não-gasosas, dando a nossos consumidores uma<br />

gama mais ampla de opções. Com nosso parceiro, The Coca-Cola Company,<br />

vamos alavancar a liderança e integrar marca ao nosso robusto modelo de<br />

atuação para levar mais valor e inovação a essa nova plataforma de bebidas”,<br />

disse John Santa Maria, CEO da Femsa. “Esta venda é um passo em direção<br />

à remodelação do nosso portfólio na América Latina, para garantir à Unilever<br />

um crescimento sustentável e maior foco ao nosso negócio. AdeS é uma marca<br />

ícone, e nós acreditamos que seu potencial pode ser atingido fazendo parte<br />

do Sistema Coca-Cola”, comentou Miguel Kozuszok, vice-presidente executivo<br />

para a América Latina da Unilever.<br />

52 propaganda | junho <strong>2016</strong>


making of<br />

(SulAmérica)<br />

Uma missão<br />

Assinada pela Oficina Produções, websérie divulga<br />

desempenho da SulAmérica em substituição<br />

ao formato tradicional do relatório anual<br />

> por Cassiano<br />

Zuppo, sócio-diretor de<br />

atendimento e produtor<br />

executivo da Oficina<br />

Produções<br />

fio e na pesquisa de referência percebemos<br />

que a tarefa não seria simples. Precisávamos<br />

formular uma proposta que<br />

fosse ao mesmo tempo inovadora, mas<br />

também adequada a uma instituição<br />

financeira com 120 anos de mercado,<br />

sólida e dinâmica. Durante o processo<br />

de pesquisa, identificamos que empresas<br />

de vanguarda, que apresentam seus<br />

resultados anuais em produções audiovisuais,<br />

utilizavam variações de vídeos<br />

classicamente institucionais como, por<br />

exemplo, executivos discursando, letreiros<br />

com informações numéricas, locução<br />

em off e inserts de funcionários.<br />

Produções funcionais, mas que não<br />

atendiam mais aos requisitos de quem<br />

buscava inovação. A solução veio de<br />

A oportunidade de participar do processo de concorrência um questionamento relativamente<br />

para o projeto da SulAmérica trouxe desafios interessantes. simples que tivemos sobre o caso: que<br />

Disputado, trazia uma proposta que inicialmente parecia tipo de situação poderíamos ter para<br />

simples: fazer um vídeo institucional para divulgar os resultados<br />

alcançados pela companhia em 2015. Há alguns anos por informações sobre uma empresa?<br />

retratar em vídeo o interesse genuíno<br />

a empresa faz seus relatórios anuais<br />

em vídeo, apresentando as suas<br />

principais realizações por meio do<br />

discurso de seus executivos. E esta<br />

poderia ter sido mais uma produção<br />

tradicional, porém, ao chegarmos na<br />

primeira reunião de briefing, a mensagem<br />

foi clara: a SulAmérica queria<br />

algo inovador, ou seja, uma produção<br />

que tivesse as informações sobre<br />

o desempenho da empresa e que<br />

rompesse com o formato conhecido,<br />

mostrando modernidade, arrojo e<br />

inovação.<br />

Voltamos à produtora com esse desa-<br />

Cassiano Zuppo, acenando para câmera, e sua equipe nas filmagens do vídeo institucional<br />

54 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Às vezes, o óbvio demora a aparecer.<br />

Quem, se não um estagiário,<br />

recém-chegado, estaria mais ávido<br />

por informações e relacionamentos?<br />

Quem melhor que um estagiário<br />

para dar uma visão clara e isenta<br />

sobre uma empresa? A partir desses<br />

questionamentos, apresentamos a<br />

proposta da websérie.<br />

Seria notoriamente uma inovação<br />

para a SulAmérica fazer uma websérie<br />

com a participação de seus<br />

executivos contracenando com<br />

“atores-estagiários” que na trama<br />

seriam os responsáveis por reunir<br />

todas as informações necessárias<br />

para a composição do relatório<br />

anual de 2015. Após avaliação de<br />

todos os concorrentes, vencemos<br />

o processo de concorrência. Com a proposta aprovada, começaram<br />

os desafios de produção. A equipe da SulAmérica<br />

participou efetivamente do casting para a seleção dos dois<br />

jovens, que além de bons atores, teriam que ter “alma” de<br />

estagiário de fato. Eles não estariam sozinhos na trama,<br />

para trazer mais humor e emoção, eles estariam sob a tutela<br />

de uma funcionária da empresa, a terceira personagem, Angélica.<br />

Após dois dias de teste de VT, com mais de 50 candidatos,<br />

fechamos nossa seleção: Carla Fioroni (Angélica),<br />

Matheus Gomes (Pedro) e Giulia<br />

Gayoso (Mari).<br />

Fizemos um planejamento de produção<br />

detalhado e o cronograma<br />

foi seguido à risca. Havia o desafio<br />

de fazer todas as gravações na<br />

sede recém-inaugurada da empresa,<br />

em São Paulo. Para viabilizar<br />

o projeto em quatro diárias<br />

de gravação, com os funcionários<br />

da empresa trabalhando e ainda<br />

conciliar a agenda dos executivos,<br />

contamos com uma equipe de 26<br />

pessoas que iam montando e desmontando<br />

sets de gravação em<br />

salas de reunião, salas de executivos<br />

e baias da empresa. Os equipamentos<br />

tinham que ser compactos<br />

e a ordem mantida, já que tudo<br />

aconteceria com a empresa em pleno funcionamento.<br />

A pós-produção foi mais tranquila, pois a ideia era não ter<br />

letreiros ou grafismos — todas as informações deveriam aparecer<br />

de maneira integrada à trama. Para isso acontecer, gravamos<br />

a tela de tablets e notebooks integrados às cenas, com<br />

os resultados que precisavam ser destacados. Tudo correu<br />

exatamente como planejado. Houve uma ótima sinergia da<br />

equipe da produtora com a SulAmérica e isso sem dúvida foi<br />

fundamental para o sucesso da produção.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 55


Obladi, Obladá<br />

(Castelo)<br />

O mendigo da Croisette<br />

Arquivo pessoal<br />

O criativo Wanderley Dóro fez no final de maio uma belíssima homenagem ao Jack Ronc<br />

em sua página do Facebook: a Semana do Jack.<br />

Para quem não é sabe, Jack foi um grande diretor de arte e também um elogiado artista<br />

plástico. Um sujeito muito especial que, por vezes, operava com a singeleza de uma criança.<br />

Mas que, acima de tudo, era alguém que amava o que fazia.<br />

Eu o conheci quando era diretor de criação na Euro RSCG, hoje Havas. Contratei-o para<br />

fazer as campanhas da construtora Even e logo ficamos amigos.<br />

Lembro-me que chamamos o Pedro Souza, à época do atendimento, mas que queria virar<br />

redator, para duplar com ele. Foi uma química muito interessante a dos dois; a experiência<br />

do Jack somada à gana do Pedro.<br />

Jack costumava vir no começo da noite em minha sala com uma foto de referência na mão.<br />

Punha na mesa e começava a contar uma ideia com um forte sotaque interiorano. Depois,<br />

ao final, sempre afirmava, como se fosse um ponto final:<br />

- É Cannes ou não é?<br />

Se a criação fosse aprovada aí ele se transformava num menino de calças curtas.<br />

- Vou ligar pro Cacalo! – anunciava, levantando-se da mesa e brandindo a foto de referência.<br />

E o nosso fotógrafo Cacalo, com quem ele adorava trabalhar, se via às voltas com o<br />

perfeccionismo do Jack na manhã seguinte.<br />

Jack Ronc foi uma das figuras mais carismáticas com quem trabalhei em agência. Um infante<br />

que brincava de layoutar, mas fazia isso, ao mesmo tempo, com a gravidade de um<br />

cirurgião da rainha.<br />

Ainda por cima era um pensador da propaganda. Certa vez me contou um sonho seu em<br />

tom intimista.<br />

Quando estivesse mais velho e as agências não o quisessem mais, pegaria um voo para<br />

Paris e de lá até Nice. Então iria de ônibus até Cannes. Ali se estabeleceria até que suas<br />

economias acabassem. Nesse dia se dirigiria até a Croisette, escolheria um ponto bom da<br />

avenida e passaria a viver como um “clochard”, um mendigo.<br />

Para alguns um final de carreira melancólico, mas o Jack afirmava que seria ao menos um<br />

pedinte na Riviera Francesa, região de logradouros finos e elegantes, onde todo ano acontece<br />

o Festival de <strong>Propaganda</strong>, que ele não sabia viver sem.<br />

— Quer situação melhor que a desse mendigo? – defendia – Ali naquelas praias, respirando<br />

arte, cinema, comunicação o tempo todo? E com cada gorjeta gorda!<br />

> Carlos Castelo é escritor e publicitário<br />

Twitter: @castelorama<br />

A ideia acabou mexendo comigo. Ainda estava longe de me aposentar, contudo pensei em<br />

como as coisas se apresentariam a mim num futuro próximo. Jack estava certo, não era de<br />

todo má a ideia de se estabelecer como esmoler na França. Pena que nos deixou tão cedo<br />

e não efetivou o seu sonho para vermos o que aconteceria.<br />

56 propaganda | junho <strong>2016</strong>


hobby<br />

(meditação)<br />

O silêncio fala<br />

> por Arnaldo Boico, diretor<br />

de criação da GTB<br />

fotos Marçal Neto<br />

58 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

Publicitário busca meditação para<br />

encarar momentos de escolhas<br />

No dia a dia, com pequenas coisas, é preciso encarar momentos<br />

de escolhas difíceis, que colocam em cheque a fragilidade.<br />

No trabalho, com os filhos, no trânsito ou no supermercado, as<br />

decisões moldam nosso futuro. Quando recebi o convite para<br />

ser diretor de criação na GTB, fiquei muito animado. Até o dia<br />

da primeira entrevista, quando ficou claro que nos próximos<br />

anos eu atenderia uma marca de carros. Imaginem um ciclista,<br />

meditador e vegetariano, trabalhando para uma das indústrias<br />

consideradas vilãs do nosso século. Toda minha convicção entrou<br />

em contradição. E imagino que você aí, lendo esse artigo,<br />

também já deve ter passado, ou está passando, pela mesma situação.<br />

Não foi do dia para a noite, nem com um insight único<br />

e fulminante, mas posso dizer que depois de alguns meses, resolvi<br />

minha contradição interna com a meditação. Vou explicar.<br />

Ao contrário do que todos pensam, meditar não é silenciar a<br />

mente.<br />

Quer dizer, é, também. Mas talvez só o<br />

Dalai Lama tenha conseguido chegar nesse<br />

estágio de pura conexão. Nós, meros<br />

mundanos, precisamos dar um primeiro<br />

passo. Saber acolher os nossos pensamentos,<br />

nossas sombras. Entender a natureza<br />

de onde eles surgem. Meditação é<br />

muito sobre o momento presente, sobre<br />

o agora. A grande maioria das técnicas<br />

mais antigas de meditação parte de um<br />

ponto muito simples: a respiração. Pres-<br />

“Toda minha convicção<br />

entrou em contradição.<br />

E imagino que você aí,<br />

lendo esse artigo, também<br />

já deve ter passado, ou<br />

está passando, pela<br />

mesma situação”


“Não foi do dia para a noite, nem<br />

com um insight único e fulminante,<br />

mas posso dizer que depois de alguns<br />

meses, resolvi minha contradição<br />

interna com a meditação”<br />

tar atenção na sua respiração é prestar atenção no agora. Atenção<br />

plena, em todos os sentidos e com todos os sentidos. Esse<br />

é um ótimo ponto de partida. Eu não venho de uma família de<br />

budistas, muito menos de meditadores.<br />

Meu primeiro contato com o “místico” foi aos 19 anos, com a<br />

Ayahuasca (conhecida como Santo Daime), num centro espiritualista<br />

em São Paulo. Era uma época na qual a minha juventude<br />

buscava respostas. Estava insatisfeito com meu trabalho, projetos,<br />

clientes. Talvez isso fosse somente reflexo da minha pouca<br />

idade, mas talvez fosse o início da minha revolução pessoal. Ao<br />

longo da minha vida e da minha carreira, aprendi técnicas muito<br />

importantes para atingir um estado mínimo de equanimidade<br />

mental. Um estado em que, sim, tenho momentos de raiva,<br />

de alegrias, e estresse, mas sempre, e digo sempre mesmo, sem<br />

apego a isso. Tem uma passagem de Buda que diz: “sentir raiva<br />

dos outros é como beber um veneno e esperar que a outra<br />

pessoa morra”. Nossa cura e nosso veneno são um só – o que<br />

define um ou outro é a medida. Com esse pequeno<br />

histórico que introduzi, vou te dar a chave que usei<br />

na minha situação: aprendi a ressignificar minhas<br />

ações. Aprendi a ter gratidão por ser um buscador da<br />

consciência, que está frente a frente com um cliente<br />

importante, que tem um potencial enorme para fazer<br />

muito pelo mundo.<br />

Veja bem. Sou um cliclista assumido. E o mundo está<br />

passando por mudanças. As marcas, hoje em dia,<br />

têm um papel social muito mais evidente do que 10<br />

anos atrás. E dito isso, só existem dois caminhos. Um<br />

deles é trabalhar todo dia com um peso nas minhas<br />

costas, negando que existe um mundo de possibilidades<br />

positivas a serem feitas. O outro caminho é dar<br />

significado à minha posição, ao meu cliente, aos ciclos<br />

urbanos de mudança e tentar, de coração aberto,<br />

mesmo, reverter o fluxo. Perceber que o carro não é<br />

o vilão, mas sim o modo como o estamos utilizando<br />

que é nocivo à sociedade. Lendo a minha conclusão,<br />

parece um raciocínio fácil de chegar, mas meditei<br />

muito sobre esse assunto para poder trabalhar feliz e<br />

com amorosidade. Ressignifiquei meu trabalho, minha<br />

função. Posso fazer a diferença, se assim desejar<br />

e tiver verdade na palavra.<br />

Tenho plena convicção de que a publicidade é um<br />

setor em que a vaidade e os egos são enormes. E isso<br />

pode ser muito cruel durante alguns anos. Mas pouco<br />

a pouco, degrau por degrau, vamos começando a liberar<br />

essas amarras para iniciar um novo ciclo dentro<br />

dessa profissão. Os clientes estão mudando, os produtos<br />

estão mudando, os consumidores também. Talvez<br />

seja hora de nós também começarmos essa mudança,<br />

que parte de dentro para fora, num processo longo e<br />

transformador, mas que traz uma recompensa valiosa,<br />

para dentro e fora do mercado publicitário.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 59


gastronomia<br />

(galinhada)<br />

“Hoje Tem Frango”<br />

Seara lança plataforma digital com receitas do chef Alex Atala<br />

> por Pedro Yves<br />

fotos divulgação<br />

60 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

A Seara criou a plataforma digital de conteúdo “Hoje Tem<br />

Frango” com o endosso de um dos mais prestigiados chefs<br />

brasileiros, Alex Atala. A iniciativa traz informações sobre<br />

tudo que envolve o frango, desde a origem, os processos<br />

de produção, as variedades de produto, dicas de preparo e<br />

receitas com especialistas. O projeto tem a parceria da Sunset<br />

e da WMcCann – agências da marca – com estratégias<br />

de comunicação voltadas para os ambientes on e off-line,<br />

além de ações nos pontos de venda.<br />

A Seara produz 5,6 milhões de aves diariamente no Brasil<br />

e pertence à JBS, líder global na produção de frango e<br />

presente em mais de 150 países, com produção diária de<br />

mais de 13 milhões de aves. O portfólio da empresa conta,<br />

além da marca brasileira Seara, com<br />

outras grandes marcas globais como<br />

Pilgrim’s, nos Estados Unidos e México,<br />

e Moy Park, na Europa.<br />

O Brasil é o terceiro maior produtor<br />

mundial, com 13,5 milhões de toneladas,<br />

sendo 70% dessa produção voltada<br />

ao consumo doméstico. O frango é<br />

a proteína animal mais consumida –<br />

cerca de 78% dos lares brasileiros consomem<br />

a carne de duas a três vezes na<br />

semana.<br />

Para uma navegação interativa, o ca-


nal foi desenvolvido com um design adaptado para qualquer<br />

dispositivo e em formato mobile first para facilitar o<br />

acesso aos usuários via smartphone. O internauta tem a<br />

opção de se cadastrar e ter seu perfil personalizado de forma<br />

randômica com os temas mais buscados por ele dentro<br />

do site. A plataforma digital está dividida em cinco seções:<br />

Do Campo à Mesa, Mitos e Verdades, Dicas e Receitas, Especialistas<br />

e Produtos.<br />

Alex Atala é dono de dois restaurantes renomados em São<br />

Paulo: D.O.M. (o melhor restaurante do Brasil, segundo o guia<br />

Michelin) e Dalva e Dito, voltado à comida regional, com toque<br />

autoral. A seguir, uma receita de galinhada do Dalva e Dito<br />

Galinhada Dalva e Dito<br />

(Rendimento: 4 porções)<br />

Para a galinha:<br />

1 galinha caipira<br />

5 dentes de alho<br />

2 cebolas médias<br />

4 tomates<br />

1 pimenta de cheiro<br />

50g de salsinha<br />

10 folhas de hortelã<br />

50g de manjericão<br />

100g de coentro<br />

1 folha de louro<br />

50g de colorau<br />

Sal<br />

Pimenta<br />

Óleo de canola<br />

Modo de preparo<br />

Corte a galinha em pedaços pequenos. Reserve.<br />

Corte o alho, a cebola e o tomate em meia lua. Em um bowl (tipo de tigela),<br />

misture os pedaços de galinha, os legumes cortados, o restante<br />

dos temperos e as ervas e deixe marinando por 24hs.<br />

Em uma panela grande com fundo grosso, refogue a galinha com os<br />

temperos e legumes e um fio de óleo. Cubra com água.<br />

Deixe cozinhar em fogo baixo por, aproximadamente, três horas. Se<br />

necessário, vá completando a panela com um pouco de água para<br />

não secar.<br />

Para o quiabo:<br />

200g de quiabo<br />

200 ml de vinagre<br />

1l de água<br />

Modo de preparo<br />

Misture a água e o vinagre em um bowl. Adicione os quiabos e deixe-<br />

-os em imersão por 20 minutos. Retire da água e reserve.<br />

Em seguida, cozinhe os quiabos em água fervente com sal por cinco<br />

minutos.<br />

Para o pirão:<br />

70g de farinha de mandioca<br />

sal<br />

pimenta do reino<br />

Modo de preparo<br />

Reserve 400 ml do caldo do cozimento da galinha e misture com 70g<br />

de farinha de mandioca.<br />

Cozinhe mexendo sempre até engrossar. Tempere com sal e pimenta.<br />

Para o arroz:<br />

100g de arroz<br />

200 ml de água<br />

1 cebola pequena<br />

óleo<br />

sal<br />

Modo de preparo<br />

Lave o arroz em água corrente. Reserve.<br />

Em uma panela, refogue a cebola picada em um fio de óleo. Adicione<br />

o arroz e o sal. Acrescente a água já aquecida e cozinhe com a panela<br />

tampada em fogo brando.<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 61


click do alê<br />

(aleoliveira@propmark.com.br)<br />

porto<br />

Nem só de Leões vive Cannes<br />

O público que vai à Riviera francesa acompanhar as palestras de conteúdo e as<br />

premiações do festival mais importante da publicidade mundial é agraciado por<br />

uma série de atrações, algumas fechadas e muitas a céu aberto<br />

Palias<br />

62 propaganda | junho <strong>2016</strong>


Martinez<br />

pier<br />

Praia<br />

Carlton<br />

Le Cannes<br />

propaganda | junho <strong>2016</strong> 63


leitura<br />

64 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

Convivência de<br />

famílias<br />

Marcelo Conde lança o romance<br />

“Apneia”. Editada pela Chiado,<br />

a publicação põe à prova a dinâmica<br />

de convivência de famílias<br />

que moram num mesmo condomínio,<br />

após um acontecimento<br />

inesperado. Thiago sobe boiando,<br />

13 minutos depois de prender<br />

o fôlego agarrado à base da escada,<br />

no fundo da piscina do condomínio.<br />

No mercado editorial, Marcelo participou<br />

também da antologia de contos “Granja”. Além de<br />

escritor, é diretor de criação da WMcCann.<br />

Varejo competitivo<br />

O universo varejista é o tema do<br />

livro “Varejo Competitivo, vol.<br />

20”, publicação coordenada pelos<br />

professores Claudio Felisoni<br />

de Angelo, José Augusto Giesbrecht<br />

da Silveira e Nuno Manoel<br />

Martins Dias Fouto. A obra apresenta<br />

os seis melhores trabalhos<br />

apresentados no “20º Prêmio<br />

Excelência em Varejo – Ibevar”,<br />

premiação promovida anualmente<br />

pelo Instituto Brasileiro<br />

de Executivos de Varejo e Mercado<br />

de Consumo. O novo volume da série ‘Varejo Competitivo’<br />

dá continuidade a um projeto pioneiro de publicação de artigos<br />

sobre a comercialização de produtos e serviços para o consumidor<br />

final. É uma obra que tem muito a contribuir para o conhecimento<br />

do pequeno ao grande varejista. São seis capítulos.<br />

Dois deles falam sobre a “tropicalização” da Black Friday, que<br />

se destaca pelo interesse do consumidor por ofertas em tempos<br />

de dinheiro escasso. O prefácio foi escrito pelo diretor geral das<br />

“Lojas Zema”, Romeu Zema Neto. Cada volume da série traz<br />

uma coleção de trabalhos acadêmicos com grande potencial de<br />

aplicação à realidade brasileira e dá continuidade a um projeto<br />

pioneiro de publicação de artigos sobre a comercialização de<br />

produtos e serviços para o consumidor final. Todos os capítulos<br />

incluem bibliografia específica, permitindo que o leitor, seja<br />

ele profissional do comércio ou estudante de disciplinas relacionadas<br />

ao varejo, se aprofunde nos temas da obra.<br />

Releitura clássica<br />

A parceria entre a Mauricio de<br />

Sousa Produções e a Companhia<br />

das Letrinhas está ganhando<br />

seu terceiro “filhote”, na Coleção<br />

Turma da Mônica. Trata-se<br />

da clássica história Chico Bento,<br />

sete anos, que fez sucesso desde<br />

a sua primeira publicação,<br />

em 1982, e ganha uma releitura<br />

nos traços estilizados da ilustradora<br />

Rosinha.<br />

Na Coleção Turma da Mônica, histórias em quadrinhos clássicas,<br />

escritas e desenhadas pelo próprio Mauricio de Sousa, são<br />

vertidas em prosa e lançadas em formato de livros infantis, com<br />

traços e cores de grandes ilustradores brasileiros. Já foram publicados<br />

Mônica é Daltônica? e Turma da Mônica em Os Azuis, com<br />

artes de Odilon Moraes e Elisabeth Teixeira, respectivamente.<br />

Monetização de marcas<br />

No livro “100 graus: o ponto de ebulição<br />

de sucesso”, Rafa Prado ensina jovens<br />

empreendedores a “criar” dinheiro,<br />

quebrando paradigmas e desenvolvendo<br />

insights para pensar de forma inovadora.<br />

O autor é fundador e presidente<br />

da BCY Global (Brand Called You), que<br />

ensina como a monetização de marcas<br />

pessoais, a partir da criação de produtos<br />

digitais, imersões nacionais e internacionais<br />

e eventos para milhares de pessoas,<br />

pode gerar milhões de reais em poucos meses. Dentre os<br />

clientes que já ajudou a conquistar milhões estão o empresário<br />

Carlos Wizard, o best-seller Roberto Shinyashiki e Jordan Belfort,<br />

o verdadeiro Lobo de Wall Street. O livro foi escrito para<br />

inspirar jovens, estudantes, empreendedores, profissionais liberais,<br />

autônomos, desempregados e pessoas insatisfeitas na carreira,<br />

mas que buscam alternativas para os padrões de sucesso<br />

impostos pela sociedade. De forma franca, simples e direta, ele<br />

mostra que o segredo do sucesso depende de investir em suas<br />

habilidades naturais e fazer com que sua paixão seja o combustível<br />

para alcançar sua maestria, sendo tais habilidades o fator<br />

determinante para criar dinheiro, liberdade e uma vida plena e<br />

feliz. Em sua primeira semana de vendas, em abril, o livro apareceu<br />

no segundo lugar da lista dos mais vendidos de negócios do<br />

ranking PublishNews<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


66 propaganda | junho <strong>2016</strong><br />

dorinho<br />

(Deodato, o bom contato)


A NOTÍCIA AO VIVO E A CORES<br />

Temos 125 mil cadastrados no VANGUARDA REPÓRTER. Diariamente<br />

eles nos enviam sugestões de matérias, fotos e vídeos. Além dos<br />

nossos jornalistas de plantão 24 horas por dia, a turma do<br />

VANGUARDA REPÓRTER nos avisa quando alguma coisa acontece.<br />

Se a ocorrência for importante, nossas unidades móveis e o<br />

mochilink são acionados e o nosso helicóptero VANCOP decola<br />

para cobrir o fato. A notícia vai direto para o ar, ao vivo e a cores.<br />

O aplicativo VANGUARDA REPÓRTER, desenvolvido<br />

pela Vanguarda, permite acesso direto aos nossos<br />

servidores, sem ter que falar com ninguém.<br />

É automatizado. É Vanguarda.<br />

AFILIADA REDE GLOBO


Máquinas devem substituir homens? Devem, e isto não é mais<br />

matéria para discussão, no mínimo desde a Revolução Industrial.<br />

Mas máquinas podem substituir o talento? Ora, quem<br />

duvida é louco, diriam alguns céticos, mas nem tanto. Contraditórios<br />

à parte, o fato é que desde a criação da primeira agência<br />

de propaganda no mundo, em 1841, por Volney Palmer, em<br />

Boston, a civilização nunca mais foi a mesma. Marcas como Coca<br />

Cola, Levi’s, Facebook, Mc Donald’s, Goodyear, Rubbermaid, Ford,<br />

Fiat, Disney, Nestlé e outras milhares dos mais diversos segmentos,<br />

países e datas, estão aí para comprovar que o talento ainda é matéria-prima<br />

indispensável para o sucesso de qualquer produto. Qualidade<br />

é fundamental? Sim, mas nenhuma marca sobreviverá e<br />

atravessará os tempos sem o apoio e o talento de uma boa agência<br />

de propaganda. Não é por outra razão, em época de WhatsApp, Snapchat<br />

e outras ferramentas de mídia, que a ALAP sente orgulho toda<br />

vez que alguma nova empresa de publicidade,design e digital passa a<br />

fazer parte de seu quadro de Agência Latino-Americana de Publicidade<br />

Efetiva da ALAP, mostrando a importância do trabalho de comunicação,<br />

neste admirável mundo novo do marketing e/ou propaganda.<br />

AL: Artecetera Comunicação Integrada, Six <strong>Propaganda</strong>. AP: Red Comunicação. AM: Mene & Money, Tape <strong>Propaganda</strong>, Saga Publicidade. BA: Engenhonovo Comunicação, Propeg<br />

Comunicação. CE: 333 Comunicação, Bolero Comunicação, Ipanema Comunicação, SG Propag Comunicação e Marketing, Síntese Comunicação, Slogan <strong>Propaganda</strong>. DF: AZÊ/FBR<br />

<strong>Propaganda</strong>. ES: 4PS Agência Digital, Aquatro Comunicação & Marketing, Danza Estratégia & Comunicação, Imeks Publicidade e Marketing. GO: AMP <strong>Propaganda</strong>, Cannes<br />

Publicidade, Type <strong>Propaganda</strong>. MA: 712 <strong>Propaganda</strong> e Marketing. MT: Época <strong>Propaganda</strong>, Genius Publicidade, Gonçalves Cordeiro. MS: Oceano Comunicação & Novos Negócios,<br />

Remat Marketing & <strong>Propaganda</strong>, Slogan Publicidade. MG: ASA Comunicação, M87 Group Worldwide, RC Comunicação. PA: Galvão Comunicação, Gamma Comunicação, Griffo<br />

Comunicação e Jornalismo, Mendes Comunicação. PB: Antares Comunicação, RPG Comunicação Social Mercadológica, SIN Comunicação, Superliga 66 Comunicação. PR: Heads<br />

<strong>Propaganda</strong>, Master Comunicação, OpusMultipla. PE: Aliança Comunicação, Ampla Comunicação, BG9 Comunicação, Italo Bianchi Comunicação, Mid Comunicação. PI: Eclética<br />

Comunicação, Plug <strong>Propaganda</strong> e Marketing, S/A <strong>Propaganda</strong>, Vende Publicidade. RJ: Binder FC Comunicação, PPR – NBS. RN: Artc Comunicação Integrada, Ratts Ratis<br />

Comunicação, Seven <strong>Propaganda</strong>. RS: 3YZ, 722 Comunicação, Agência Bumerangue, Agência GH, Agência Matriz, Ama Comunicação, BK Comunicação, Competence Comunicação,<br />

CPL-Centro de <strong>Propaganda</strong>, Darup Comunicação, Dez Comunicação, e21 Multicomunicação, Embrace Comunicação e Marketing, Escala Comunicação, Evidence Comunicação,<br />

Gimmik Comunicação e Marketing, Global, Integrada Comunicação Total, JJD Proequipe, JWalter Thompson, Martins+Andrade Comunicação, Merplan Comunicação, Minuano<br />

Comunicação, Moove Comunicação, Morya Comunicação, News PS <strong>Propaganda</strong>, Paim e Associados, Planet House <strong>Propaganda</strong>, <strong>Propaganda</strong> Futebol Clube, Positiva Comunicação e<br />

Marketing, RBA Publicidade, Pubblicitá Sul, Selling Comunicação e Marketing, SLM Comunicação, UP and GO, Valliosa Comunicação, Zebra Pop. RO: Vip Publicidade. SC: Calumma<br />

Comunicação, DMPA Comunicações, D/Araujo Comunicação, MDO Comunicação e Inovação, Quadra Comunicação. SP: Africa Comunicação, Agnelo Pacheco Comuncação,<br />

AlmapBBDO Publicidade, Arkus <strong>Propaganda</strong>, Arquitetando Design, Átomo Comunicação, De Brito <strong>Propaganda</strong>, DPZ&T <strong>Propaganda</strong>, EastSide23 Comunicação e Marketing, Ego<br />

Comunicação, F/Nazca Saatchi & Saatchi Publicidade, FLAGCK, Grey Brasil, Le Pera Comunicação, Leoburnett Publicidade, Lew Lara TBWA, Ogilvy & Mather, Porto Criativo Digital,<br />

Publicis Brasil, Rino Comunicação, Talent Comunicação e <strong>Propaganda</strong>, WMccann, Y&R Brasil <strong>Propaganda</strong>: SE: Agência P, Flap Comunicação. TO: Agência Public.<br />

Todas apoiam com os veículos de comunicação o 21º Festival Mundial de Publicidade de Gramado de 7 a 9 de junho de 2017, evento realizado nos anos ímpares desde 1975, voltado para o conhecimento e<br />

a inovação: www.festivalgramado.com.br. Referência nacional em eventos de comunicação pelo Itamaraty desde 2008, quando foi distribuída uma Agenda para às Embaixadas pelo Ministério de Relações<br />

Exteriores.<br />

Acesse www.alap.com.br e faça parte deste admirável mundo novo.

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