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Gorros da Solidariedade<br />
Dona Carmen Wasilewski é a prova que solidariedade não tem idade. Com 91 anos ela continua à frente do projeto Gorros da<br />
Solidariedade, que criou há cerca de 15 anos. A iniciativa veio de uma cena que tocou e mudou a vida dela: as pessoas esperando<br />
na fila para realizar uma sessão de quimioterapia. “Aquilo me doeu. Estava frio e eles estavam lá desprotegidos”, lembra.<br />
Então que teve a ideia de fazer gorros para doar às pessoas em tratamento. Para ela foi unir duas paixões: a vontade de ajudar<br />
com o prazer pelo tricô. “Quando era pequena, tive pneumonia e minha mãe não me deixava brincar. Ficava sentada, com cinco<br />
anos e uma agulha de bambu, tricotando”, lembra. “Mais tarde, no colégio, fazia tricô em baixo da carteira nas aulas de latim que<br />
eram terríveis. E depois de casada tricotei até no Maracanã, quando meus filhos e marido me levaram para assistir a um jogo”,<br />
relembra dona Carmen aos risos.<br />
O projeto funciona por meio de doações e mais pessoas ajudam dona Carmen a tricotar. “Um pedido de lã no Facebook arrecada<br />
em 15 minutos uns 300 novelos. Eu lavo, coloco amaciante e seco no sol. Elas crescem e ficam lindas. Quando o novelo<br />
é pequeno, faço gorros para crianças. Cada novelo dá para fazer dois gorros”, calcula.<br />
Os gorros são distribuídos em várias clínicas de Curitiba e também no litoral, e dona Carmen faz questão de se manter anônima.<br />
“O que faço ninguém sabe e acho melhor assim. Só quero ajudar as pessoas. No começo elas perguntavam quanto custava<br />
o gorro, e quando respondia que era de graça a felicidade deles era a melhor recompensa”, orgulha-se, ela que já fez mais de mil<br />
gorros em todos esses anos de projeto.<br />
Para ajudar: claudiawas@gmail.com<br />
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