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Revista Apólice #218

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encontro de líderes<br />

mas estas são amplamente pensadas,<br />

não se limitam a Órgãos de Controle.<br />

“A sociedade civil não existe mais como<br />

termo de uso, mas ela encolheu e é avessa<br />

à política”, opinou Carlos. O corporativismo<br />

ainda é um forte componente político,<br />

com influência sobre as instituições. A<br />

Justiça não pode ser avaliada por uma<br />

única instância, comarca ou processo. “Se<br />

a gente personaliza a Justiça está errado.<br />

Temos que respeitar a lei e não o juiz”.<br />

Samuel Pessoa, economista pesquisador<br />

da FGV, disse para olharmos<br />

a redemocratização como um avanço<br />

para passarmos para uma sociedade<br />

aberta, com acesso a serviços públicos e<br />

capacidade para exercer uma função e se<br />

construir como pessoa.<br />

O caminho das instituições parece<br />

bom, na visão dele. “Temos um desenho<br />

institucional com presidencialismo<br />

forte em sua capacidade de organizar o<br />

Congresso, muito fragmentado partidariamente.<br />

O presidente deve construir a<br />

coalisão”.<br />

A melhora do desenho institucional é<br />

melhor do que a melhora da economia. A<br />

mediana da sociedade quer muito atacar<br />

o problema de distribuição de renda. “No<br />

❙❙Painel Sociedade<br />

longo prazo percebemos que não há um<br />

trade off entre crescimento econômico<br />

e equidade social. O eleitor mediano no<br />

Brasil vota por aumento da carga tributária<br />

e serviços sociais. O problema é que<br />

temos o conflito entre o país patrimonialista<br />

e a agenda do eleitor mediano, que<br />

pede bolsa família, regulação do salário<br />

mínimo. Estas duas pressões estão nos<br />

levando ao descontrole econômico”,<br />

destacou Samuel.<br />

Por que a coisa desandou? A sociedade<br />

de forma coletiva vai criando as narrativas<br />

de como as coisas funcionam. Por<br />

acaso, tivemos no centro da formulação<br />

da política econômica, estimulada pelo<br />

presidente Lula, uma leitura do processo<br />

do desenvolvimento econômico que nos<br />

colocou no desvio.<br />

Todo o cenário econômico depende<br />

A divisão em federações da CNseg completa 10 anos. A partir da esquerda: Edson Franco, presidente da FenaPrevi; João Francisco<br />

da Costa, presidente da FenSeg; Joaquim Mendanha, superintendente da Susep; Marcio Coriolano, presidente da CNseg; Solange<br />

Beatriz, presidente da FenaSaúde e Marco Barros, presidente da FenaCap.<br />

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